Notas de Aula CV 2023
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Notas de Aula CV 2023
Neste capítulo faremos o estudo da reta e do plano, suas relações métricas e diferentes
posicionamentos, utilizando os conceitos e resultados do Cálculo Vetorial introduzidos no
capítulo anterior.
3.1 - O PLANO
P1 P p P1 P2 q P1 P3 , com p, q .
OP OP1 p P1 P2 q P1 P3 (1)
68
Se P1 = ( x1 , y1 , z1 ), P2 = ( x2 , y2 , z2 ), P3 = ( x3 , y3 , z3 ) e P = ( x , y , z ), então
podemos reescrever a equação (1) da seguinte maneira:
x i y j zk x1 i y1 j z1 k p [( x 2 x1 ) i ( y 2 y1 ) j ( z 2 z 1 ) k ]
q[ i ( y3 y1 ) j ( z 3 z1 ) k ]
ou
xi y j zk x 1 p ( x 2 x1 ) q ( x 3 x1 ) i y1 p( y 2 y1 ) q( y 3 y 1 ) j
[ z 1 p( z 2 z 1 ) q( z 3 z 1 )] k
3
Como { i , j , k } é base do , vem
x x1 p ( x 2 x1 ) q ( x 3 x1 )
y y1 p( y 2 y1 ) q( y 3 y1 ) (2)
z z1 p( z 2 z 1 ) q( z 3 z 1 )
Estas são as equações paramétricas do plano . Os escalares p e q das equações (1) e (2)
chamam-se parâmetros do ponto P. As equações (1) e (2) mostram que a cada ponto P do plano
corresponde um par de parâmetros p, q , e a cada par de números reais p, q corresponde
um único ponto P .
Usando o produto misto podemos também chegar a outro tipo de equação para o plano
determinado pelos pontos P1, P2 e P3. Um ponto P se, e somente se, os vetores
P1 P , P1 P2 , P1 P3 0 (3)
Em coordenadas:
x x1 y y1 z z1
x 2 x1 y 2 y1 z 2 z1 0 (4)
x 3 x1 y 3 y 1 z 3 z 1
69
Observações: 1) As equações paramétricas e vetorial do plano determinado pelos
pontos P1 , P2 e P3 teriam um aspecto diferente se considerássemos os vetores
x x2 p ' ( x1 x 2 ) q'( x 3 x 2 )
y y2 p' ( y 1 y 2 ) q'( y 3 y 2 ) ( II )
z z2 p' ( z 1 z 2 ) q'( z 3 z 2 )
As equações (1) e (I) ou (2) e (II), representam o mesmo plano determinado pelos pontos
P1 , P2 e P3 , apesar do aspecto diferente. A equação cartesiana do plano determinado por três
pontos é sempre a mesma, qualquer que seja a ordem adotada para se considerar os pontos
P1 , P2 e P3 . Analogamente se considerássemos P3 P1 , P3 P2 e P3 P .
Exemplo:
1) Obtenha as equações paramétricas e cartesiana do plano que contém pontos
P1 = ( 1, 1, 2), P2 = (1, 2, 1) e P3 = (1, 4, 3). Verifique se os pontos A ( 1, 3, 0 ) B = (1, 1, 2)
pertencem a esse plano. Obtenha um ponto C do plano, distinto dos pontos dados.
70
Resolvendo o sistema obtemos p = 1 e q = 1. Logo existem parâmetros p e q que
correspondem ao ponto A, isto é, A . Vejamos se o ponto B (1, 1, 2) :
1 1 2 p 2q 2 p 2q 2
1 1 p 3q p 3q 0
2 2 3 p 5q 3 p 5q 0
P1 P , P1 P2 , P1 P3 0.
Como P1 P ( x 1 ) i ( y 1) j ( z 2 ) k , P1 P2 2i j 3 k e P1 P3 2i 3 j 5k ,
vem que:
x 1 y 1 z 2
2 1 3 0 x y z 2 0.
2 3 5
71
isto é, se os vetores P0 P , u e v são coplanares. Portanto, a equação vetorial do plano será:
OP OP 0 pu qv (1’)
Se P0 ( x0 , y 0 , z 0 ), u u1 i u2 j u3 k e v v1 i v 2 j v 3 k obtemos as equações
x x0 pu1 q v1
y y0 pu2 q v2 (2’)
z z0 pu3 qv3
P0 P, u, v 0 (3’)
x x0 y y0 z z0
u1 u2 u3 0 (4’)
v1 v2 v3
ponto P = (x, y, z) se, e somente se, AP , u e v forem L.D., isto é, se, e somente se,
x 1 y 2 z 3
AP , u , v 0 1 3 1 0 x 3y 8z 29 0
2 2 1
Vamos determinar agora às equações paramétricas de plano que passa pelo ponto
x 1 p 2q
y 2 3p 2q
z 3 p q
72
3.1.3 - Plano que contém um ponto e é perpendicular a um vetor
ai bj c k . x x0 i y y0 j z z0 k 0 ax + by + cz + d = 0
onde d ( ax0 by0 cz0 ). Observe que na equação cartesiana (5) os coeficientes de x, y e z
Exemplo:
1) Determine a equação normal do plano que passa pelo ponto A = (1, 2, 3) e é paralelo
ao plano 1: 3x - y + 2z + 5 = 0 .
Solução: Chamaremos de 1 o plano pedido e 2
n1 n2 n2
o plano dado. Como 1 é paralelo a 2 eles têm os
mesmos vetores normais. Assim o vetor normal de 1 será
A
n2 3i j 2 k . Seja P = (x, y, z) um ponto qualquer de 1 P 2
1. Como AP ( x 1) i ( y 2) j ( z 3) k , a equação
normal de 1 será
n 2 AP 0 3( x 1 ) ( y 2 ) 2( z 3 ) 0 3 x y 2 z 7 0.
Observações:
1. Dois planos 1 e 2 são perpendiculares ou n1 n2
ortogonais se seus vetores normais forem ortogonais, isto é,
1
n1 . n2 0 .
2
73
2. Para que dois planos 1 e 2 sejam paralelos é n1
necessário, mas não suficiente, que tenham vetores normais
n2
paralelos, isto é, n1 t n2 , t ou n1 n2 0
i j k
u v 2 1 1 3i 5j k
1 0 3
u v 1
w 3i 5j k
|| u v || 35
74
3) Seja um plano de equações paramétricas são x = 4 p + 2q, y = 2 + p e z = 3p q
Escreva a equação cartesiana do plano
Solução: As equações paramétricas de um plano contém várias informações úteis
x x0 p a1 qb1 , y y0 pa2 qb2 e z z0 p a3 qb3 . Por exemplo, um ponto P0 do plano é
4) Determine a equação do plano que passa pelo ponto A = (1, 2, 0) e é perpendicular aos
planos 3x y 2z 3 = 0 e 2x + y 3z + 1 = 0 .
Solução: Chamemos de 1 o plano de equação 3 x y 2 z 3 0 e de
2:2x y 3 z 1 0 . Observe que eles admitem, respectivamente, como vetores normais
n1 3i j 2 k e n2 2 i j 3 k . Observe que n1 não é múltiplo de n 2 . Logo os planos
1 e 2 não são paralelos. Sejam plano desejado e n o seu vetor normal. Como o plano
deve ser perpendicular aos planos dados 1 e 2 então n é paralelo ao vetor n1 n 2 . Como
A e se P ( x , y ,z ) é um ponto qualquer do plano , então sua equação fica :
3 1 2
( n1 n 2 ) AP 0 2 1 3 0 x y z 3 0.
x 1 y 2 z
75
6) Determine o ângulo entre o vetor u ( 1, 1, 3 ) e um vetor normal ao plano cujas
equações paramétricas são x = 2 3p + 2q, y = 1 3p + q e z = 3 + p 2q .
Solução: Analisando as equações paramétricas do plano, concluímos que os vetores
v ( 3, 3, 1 ), w ( 2 , 1, 2 ) são paralelos ao plano dado e, portanto, seu vetor normal será
i j k
n v w 3 3 1 (5, 4,3)
2 1 2
|u . v w |
5 4 9
|cos u , v w | 0 u, v w 90 0
|| u || || v w|| 11 50
do plano x0z, então j OP 0 ou y = 0. O plano coordenado y0z, plano yz, cujo vetor normal é
i tem equação é x = 0.
1) Escreva as equações paramétricas e cartesiana do plano determinado pelos pontos A = (3, 1, 2),
76
2) Ache a equação do plano que contém o ponto A=(2, 1, 1) e é ortogonal ao vetor
é paralelo ao vetor v 3i j 4k .
desse plano.
7) Obtenha um vetor de comprimento 15, normal ao plano x = 2 3p q,y=1+p 2q e
9) Encontre um vetor de comprimento 2/3 e que seja ortogonal ao plano que contém os
pontos M = (1, 0, 0), N = (0, 2, 0) e Q = (0, 0, 3) . Escreva a equação cartesiana desse plano.
11) Escreva a equação do plano que contém o eixo 0z e um vetor na direção da bissetriz do
ângulo entre os vetores i e j . Esboce o plano.
12) Determine uma base ortonormal negativa { a , b , c } tal que a seja normal ao plano 2x 5y
+ 4z 3 = 0 e os vetores b e c sejam paralelos a esse plano.
13) Escreva as equações cartesiana e paramétricas do plano que passa pela origem e é paralelo ao
A = (7, 2, 3) e B = (5, 6, 4), e é paralelo ao eixo 0x. O ponto médio de AB pertence a esse
plano?
15) Determine a equação do plano que contém o ponto A = (1, 2, 4) e é paralelo ao plano x0z.
77
16) Dados os planos 2x + my + 3z 5 = 0 e nx 6y 6z = 0, determine os valores de m e n para
perpendicular ao plano x y + 3z 5 = 0.
19) Escreva a equação do plano que passa pelo ponto A = (1, 2, 3) e é perpendicular aos planos
2x y + 3z = 0 e x + 2y + z 1 = 0.
20) Obtenha a equação do plano que passa pelo ponto A = (2, 2, -1) e é paralelo aos eixos
coordenados 0y e 0z .
b) x = 1 p + 2q , y = 3p q , z = 2 + 2p 2q d) x 3z + 2 = 0 e 2x 6z 4=0
a) 3x + 9y 2z 5=0 e x y 3z 4=0 c) 3x 5y + z = 0 e x + 5z + 8 = 0
b) x 3y z 9=0 e 2x + y z+1=0
23) Para que valores de m e n os pares de equações abaixo determinam planos paralelos ?
ortogonais :
a) 3x 5y + mz 3 = 0 e x + 3y + 2z 5=0 b) 2x + my + 3z = 1 e n x + y 3z = 6
c) 2x + 7y 3z = 0 e x + my + nz 1=0
plano.
78
3.2 - A RETA
Basicamente, uma reta é determinada por um ponto e uma direção. Alguns casos
particulares dessa situação serão estudados separadamente.
OP OP 0 t v, t (7)
Esta é a equação vetorial da reta que passa pelo ponto P0 e é paralela ao vetor v . Em
coordenadas, a equação (7) fica :
xi yj zk x0 i y0 j z0 k t( a i bj ck )
xi yj zk ( x0 at ) i ( y 0 bt ) j ( z 0 ct ) k
x x0 at
y y0 bt (8)
z z0 ct
Estas são as equações paramétricas da reta r que passa pelo ponto P0 ( x0 , y0 , z0 ) e tem a
direção do vetor v a i b j c k . O escalar t que aparece nas equações (7) e (8) chama-se
parâmetro do ponto P. O vetor v que dá a direção da reta chama-se vetor diretor da reta r. A
cada ponto P da reta r corresponde um valor do parâmetro t e a cada valor real do parâmetro t em
(7) ou (8) corresponde um ponto P da reta r .
Se v ai b j c k é o vetor diretor de uma reta r e é tal que a 0 , b 0 e c 0 , então
de (8) vem:
x x0 y y0 z z0
t ; t ; t
a b c
Portanto,
x x0 y y0 z z0
(9)
a b c
79
Estas são as equações simétricas da reta r que passa pelo ponto P0 ( x0 , y 0 , z 0 ) na
direção do vetor v ai bj ck .
Exemplos:
1) Escreva as equações vetorial, paramétricas e simétricas da reta que passa pelo ponto
x 1 4t
x 1 y 2 z 3
y 2 2t e .
4 2 5
z 3 5t
1 1 4t t 1
2
3 2 2t t 1
2
2 3 5t t 1
5
Como não existe um valor do parâmetro t correspondendo ao ponto B, concluímos
que B r. Observe que o ponto P0 ( 1, 2 , 3 ) corresponde ao parâmetro t = 0. Para obter outro
ponto C em r, distinto dos pontos A e P0 , basta atribuir a t um valor distinto dos já usados.
Assim, para qualquer valor real de t, t 1et 0, teremos um ponto na reta. Tomemos, por
exemplo, t = 1. Então, das equações paramétricas da reta r, obtemos x = 3, y = 4 e z = 8 e
assim teremos o ponto C = ( 3, 4, 8) r.
80
3.2.1.1- Reta situada em um plano coordenado
Se a reta r estiver contida em um dos planos coordenados, por exemplo, x0y, cuja
equação é z = 0, qualquer ponto P0 r será do tipo P0 ( x0 , y 0 , 0 ) e todo vetor de r se escreverá
x x0 a t
y y0 b t , .
z 0
Observe que neste caso não podemos obter as equações simétricas de r, mas sim uma
forma quase-simétrica, para a 0eb 0,
x x0 y y0
; z 0.
a b
Da expressão anterior tiramos:
b
y y0 (x x0 ) ; z 0
a
que é, no plano z = 0, a equação da reta que passa pelo ponto P0 ( x0 , y 0 , 0 ) e tem como
Dois pontos P1 = (x1 , y1, z1), P2 = (x2 , y2, z2), com P1 P2 , determinam uma única reta,
a reta r que passa por um desses pontos e tem a direção do vetor v P1 P2 . Dessa forma,
recaímos na mesma situação de 3.2.1. Então um ponto P = (x, y, z) pertencerá à reta r
determinada pelos pontos P1 e P2 se, e somente se,
P1 P t P1 P2 ,
ou seja,
OP OP1 t P1 P2 , (7’)
81
Se v P1 P2 ( x 2 x1 ) i ( y 2 y1 ) j ( z 2 z 1 ) k , então
x x1 ( x2 x1 ) t
y y1 ( y2 y1 )t , (8’)
z z1 ( z2 z1 )t
Sejam 1 e 2 dois planos não paralelos e não coincidentes, cujas equações são,
respectivamente, a1 x b1 y c1 z d 1 0 e a 2 x b2 y c 2 z d 2 0 . Note que estes planos se
cortam segundo uma reta r, indicada por
a x b1 y c1 z d 1 0
r: 1
a 2 x b2 y c 2 z d 2 0
a 1 x b1 y c1 z d1 b1 y c1 z d1
a 2 x b2 y c 2 z d2 b2 y c 2 z d2
(I ) ( II )
Um ponto P0 pertencerá a reta r se satisfizer o sistema (I) acima. Por exemplo, fazendo
x = 0, obtemos o sistema (II), que resolvido nos dará o ponto P = (0, y, z) . A reta r 1 2
82
Exemplo:
n1 i 2 j k e n2 2 i j k . Então
i j k
v n1 n2 1 2 1 3i j 5k
2 1 1
é um vetor diretor de r. Vamos determinar o ponto P0. Fazendo, por exemplo, y = 0, no sistema
acima e usando escalonamento, obtemos:
x z 1 1 1 1 1 1 1 1 0 5 x 5
`2x z 4 2 1 4 0 1 6 0 1 6 z 6.
.(**)
Note que chegamos às equações paramétricas distintas das já obtidas na resolução
anterior. As equações (**) expressam uma reta que passa pelo ponto P0 ( 5 ,0 ,6 ) , e tem a
direção do vetor u 3i j 5 k , enquanto as equações (*) expressam uma reta que passa
83
3 1
pelo ponto P1 ( 7 / 5 , 6 / 5 , 0 ) , com vetor diretor v i j k . Logo as retas
5 5
equacionadas em (*) e (**) tem a mesma direção. Além disso, se em (*) fizermos t = 6
obteremos o ponto (5, 0, 6), usado em (**) e, se em (**) fizermos t = 6/5 obteremos o ponto
(7/5, -6/5, 0), usado em (*). Logo (*) e (**) são duas expressões diferentes da mesma reta.
Observações:
v1 v 2 0.
ou v1 m v2 ,
3 5
Logo, P0 ( 1, ,2) , v i j 4 k e as equações paramétricas da reta dada são:
2 2
3 5
x 1 t, y t , z 2 4t , .
2 2
2) Escreva as equações da reta que contém o ponto A = ( 2, 1, 0) e é perpendicular ao
plano 2x + 3y z=4.
Solução: Se a reta r é perpendicular ao plano , então r
n r
tem a direção do vetor normal de , que é n 2i 3j k.
Então, as equações paramétricas da reta r que passa pelo ponto
84
x 2 y 1
e as equações simétricas são z.
2 3
3) Escreva as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto P0 = (1, 1, 1) e é paralela à reta
interseção dos planos 3x y + z = 0 e x + 2y z=0
i j k
v n1 n 2 3 1 1 i 4j 7k
1 2 1
4) Escreva a equação da reta que passa pelo ponto A = (1, 3, 2) e é paralela à reta
x 3
( y 2 ); z 9 . O ponto M = ( 1, 1, 9) pertence a essa reta?
4
Solução: Chamemos de r a reta pedida e de r1 a reta dada. Como r é paralela a r1, então r
, , ,
1) Escreva as equações paramétricas e simétricas da reta que passa pelo ponto A = (1, 2, 2) cujo
vetor diretor é v 3 i j k.
85
2) Escreva as equações da reta que passa pelos pontos P1 ( 1, 2 , 3 ) e P2 ( 5 , 0 , 6 ) Verifique se
os pontos P3 ( 9 , 2 , 9 ) e P4 ( 9 , 2 , 3 ) pertencem a essa reta.
3) Escreva as equações paramétricas e simétricas da reta cuja equação vetorial é
OP i 2 j 3 k t( i j k ),
5y 4
4) Obtenha as equações paramétricas da reta x 1 6z 9 .
2
5) Obtenha a reta x = 2 - s, y = 4, z = 3s na sua forma simétrica.
6) Determine as equações da reta que passa pelo ponto A = (1, 1, 2) e pelo ponto médio do
segmento BC , onde B = ( 1, 0, 1) e C = (5, 2, 1).
7) Obtenha, em cada caso, um vetor unitário paralelo à reta dada.
z
a) x = 1 2t , y = 5 + t, z = 2 + 4t b) x 1= ;y 3.
7
8) A reta r passa pelo ponto P0 ( 1, 2 , 5 ) e é paralela à reta que contém os pontos A = (3, 0, 1)
e B = ( 1 , 2, 1) . Escreva suas equações.
9) Determine as equações da reta que passa pela origem e é ortogonal às retas r1 : x t 2,
y 5t 3, z 6 t 5 e r2 : x 1 3s , y s , z 7 2s.
10) Obtenha as equações da reta dada pelos planos x + y + z = 0 e 2x + 3y z 4 = 0.
11) Escreva a equação da reta passa pelo ponto C = ( 1, 1, 0) e é paralela aos planos 3x + 3y + z
+1=0 e x+ y z=0.
12) Escreva a equação do plano que contém o ponto A = (2, 3, 0) e é perpendicular à reta
x 1 z
y 2; .
2 4
13) O plano contém o ponto Q = (2, 1, 2) e é perpendicular à reta que passa pela origem e por
Q . Escreva sua equação.
14) Decomponha o vetor v i 2 j k na soma dos vetores u e w tal que u seja paralelo à
x 2 y 1
reta z 1 e w seja perpendicular a essa reta.
2 3
15) Escreva as equações do plano que contém a reta x 1 8 ,y 5 6 ,z 1 2 e a reta
interseção dos planos x + y + z = 2 e 2x + 3y z = 4 .
16) Obtenha uma base ortonormal positiva { a , b , c } tal que a seja paralelo a u e b ortogonal
a v , onde u o vetor normal do plano 2x + y 3z + 2 = 0 e v um vetor paralelo à reta
1 y
x 4 ; z 4.
2
17) Determine as equações da reta r que passa pelo ponto A = (1, 2, 1) e é perpendicular ao vetor
v j k e paralela ao plano x + y 5 = 0.
18) Dê as equações da reta que contém o ponto M = (2, 1, 3) e é perpendicular ao plano
3x + y 2z = 9.
86
3.3 - POSIÇÕES RELATIVAS, INTERSEÇÕES, ÂNGULOS
a) as retas r1 e r2 têm a mesma direção e pelo menos um ponto em comum. Neste caso, elas
são coincidentes. (Prove isto.)
b) as retas r1 e r2 têm a mesma direção e nenhum ponto em comum. Neste caso r1 e r2 são
ditas paralelas e determinam um plano.
c) as retas r1 e r2 têm direções diferentes e um ponto em comum. Neste caso r1 e r2 são ditas
concorrentes e também determinam um plano.
d) as retas r1 e r2 têm direções diferentes e nenhum ponto em comum. Neste caso r1 e r2 são
ditas reversas, e não existe plano que as contenha simultaneamente. As figuras abaixo
ilustram cada caso.
r1
r1 r2 r2
coincidentes paralelas
r1 r1
r2 r2
concorrentes reversas
Em qualquer uma das situações descritas a posição relativa das retas r1 e r2 depende de
87
ii) Se v1 v2 0 , então v1 e v2 serão L. I. e as retas r1 e r2 serão concorrentes ou
reversas. Tomemos pontos arbitrários P1 r 1 e P2 r2 .
x x1 a1 t x x2 a2 s
r1 : y y1 b1 t r2 : y y2 b2 s
z z1 c1 t z z2 c2 s
seus pontos comuns, caso existam, serão obtidos resolvendo o seguinte sistema de equações
x1 a1 t x2 a2 s a1 t a2 s x2 x1
: y1 b1 t y2 b2 s b1 t b2 s y2 y1
z1 c1 t z 2 c2 s c1 t c2 s z2 z1
cuja resolução nos leva a três possíveis situações:
1) sistema compatível e determinado, com solução única: {P0 ( x0 , y0 , z0 )} r1 r2 , isto é, r1 e r2
são concorrentes.
2) sistema compatível e indeterminado, com infinitas soluções. Então r1 e r2 , são coincidentes.
3) sistema incompatível (não há ponto comum). Então r1 r2 = . Neste caso, r1 e r2 são
paralelas ou reversas.
Exemplos:
1) Determinar a posição relativa dos pares de retas abaixo, sua interseção (caso exista) e
seu ângulo. Se as retas forem coplanares escrever a equação do plano que as contém. Se as retas
forem reversas, escrever a equação do plano que contém uma delas e é paralelo à outra .
88
x 1 y 2 z 5
1) r1 : ; r2 : x 7 3t , y 2 2t , z 1 2t
2 3 4
6 6 8 8 8
cos ( v1 , v 2 ) ( r1 , r2 ) arc cos .
29 17 29 17 29 17
Note que as retas concorrentes r1 e r2 determinam o plano que passa pelo ponto P0 e é
x 1 y 2 z 5
P0 P , v1 , v 2 0 2 3 4 0 2 x 16 y 13 z 31 0.
3 2 2
x 2 y 1 z 3 x 1 y 2 z 3
2) r1 : ; r2 :
6 4 4 9 6 6
89
2 1 1 2 3 3 1 1
1 , absurdo!
9 6 6 9 2
Logo, P1 r2 e portanto as retas r1 e r2 são paralelas, não havendo interseção entre elas.
P1 P , v1 , P1 P2 0 6x 20 y 11z 1 0.
3) r1 : x 2 2t , y 3t , z 1 4t ; r2 : x 3 s, y 1 4 s , z 2s
v1 e v 2 são L.I.. Assim, as retas r1 e r2 não têm a mesma direção, isto é, elas serão
concorrentes ou reversas. Vejamos se elas se interceptam:
2 2t 3 s s 2t 5
3t 1 4s 4s 3t 1
1 4t 7 2s 2s 4t 6
Resolvendo o sistema, vemos que o sistema é incompatível. Logo, não existe ponto
comum entre r1 e r2 , isto é, as retas são reversas, e não existe plano que as contenham. Assim
2 12 8 2 2
cos ( v1 , v 2 ) ( r1 , r2 ) arc cos .
29 21 29 21 29 21
Vamos obter o plano que contém r1 e é paralelo a r2. Observe que o plano contém os
vetores diretores de r1 e r2 . Portanto, se P1 ( 2 , 0 , 1 ) r1 e P ( x, y, z ) , então
P1P , v1 , v2 0 2x - z+ 5 = 0.
que é a equação cartesiana do plano que contém a reta r1 e é paralelo à reta r2.
4) r1 : x 2 6t , y 1 4t , z 3 4t ; r2 : x 8 9 s , y 3 6 s , z 1 6s
90
paralelo a v 2 e, portanto r1 e r2 serão paralelas ou coincidentes. Seja P2 ( 8 , 3, 1 ) r2 e
vejamos P2 r1 : .
8 2 6t
3 1 4t t 1 P2 r1
1 3 4t
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1) Sistema compatível e indeterminado, com grau de liberdade 1. Neste caso os planos serão
concorrentes e sua interseção será uma reta.
2) Sistema compatível e indeterminado, com grau de liberdade 2. Neste caso os planos serão
coincidentes.
3) Sistema incompatível. Neste caso os planos serão paralelos.
n1 n 2
( 1, 2 ) arc cos cos ( n1 , n 2 ) arc cos
n1 n2
Exemplos:
1) Determinar a posição relativa dos planos dados, sua interseção, caso exista, e seu ângulo.
1.1) 1: 2x + 3y + 3z - 5 = 0 e 2: 4x 6y 6z + 2 = 0
2 3 3 5 1 3/ 2 3/ 2 5/ 2 1 3/ 2 3/ 2 5/ 2
4 6 6 2 4 6 6 2 0 0 0 8
Logo o sistema é incompatível, isto é, não possui solução e, portanto os planos 1 e 2 são
paralelos.
1.2) 2
1: 3x y + 3z 9=0 e 2: 2x 3
y + 2z = 6
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