COREIA
COREIA
COREIA
nação, mas foi dividido em dois países separados pela Linha de Demarcação Militar: a Coreia do
Norte, República Popular Democrática da Chosun no norte e a Coreia do Sul, República da Coreia
no sul.
No idioma coreano, chama-se Hanguk. Han significa grande, um e Guk país (nara em coreano
legítimo). No idioma japonês, chama-se Kankoku. Coreia é o nome proveniente de uma dinastia
coreana, Koryo (918-1392), Choson (Coreia do Norte) de uma outra dinastia coreana, Choson
(1392-1910).
Coreia se refere aos estados (Joseon 조 선 /朝鮮 [N] e Hanguk 한 국 /韓國 [S]) a nação ou o povo
(Hanminjok 한 민 족 ), a língua (Hangugeo 한 국 어 /韓國語 [S] Joseonmal 조 선 말 [N]), e ao rasgo
geográfico (Hanbando 한 반 도 ), todos relacionados com os estados que hoje em dia se chamam
República Popular Democrática da Coreia (conhecido também como Coreia do Norte) e República
da Coreia (conhecida também como Coreia do Sul).
A Linha de Demarcação Militar (LDM), às vezes referida como linha de armistício, é a fronteira
entre Coreia do Norte e Coreia do Sul. Foi estabelecida como a linha de cessar-fogo ao fim das
hostilidades da Guerra da Coreia em 1953. A Linha de Demarcação Militar segue pela terra; no mar,
as duas Coreias são divididas pela Linha de Limite Norte.
A linha é dentro da DMZ, e corre perto do paralelo 38° N, cobrindo aproximadamente 248 km.[1]
Soldados americanos e sul-coreanos patrulham a linha ao longo do lado sul, enquanto o Exército
Popular da Coreia (EPC) patrulha o lado norte. Houve escaramuças frequentes ao longo da linha
desde o fim da Guerra da Coreia.
Em coreano, a linha é chamada Hyujeonseon, ou "linha de cessar-fogo". Também é às vezes
chamada Gunsa Bungye-seon (군 사 분 계 선 ), que significa literalmente "linha de demarcação
militar". Entretanto, no uso coloquial, a linha divisória muitas vezes é chamada Sampalseon (삼 팔
선 , "paralelo 38").
A linha em si é marcada por uma série de sinais idênticos que são colocados em intervalos através
da península. O lado dos sinais de face para o norte é escrito em Hangul e chinês, e em Hangul e
inglês no lado de face para o sul. Os sinais estão envelhecendo e enferrujando.
A divisão da Coreia em Coreia do Norte e Coreia do Sul resulta da vitória dos Aliados na II Guerra
Mundial de 1945, terminando o domínio colonial de 35 anos do Japão na Coreia. Em uma proposta
que obteve a oposição de quase todos os coreanos, os Estados Unidos e a União Soviética
concordaram em ocupar temporariamente o país com uma tutela com a zona demarcada de controle
ao longo do paralelo 38. O objetivo desta tutela foi o de estabelecer um governo coreano provisório,
que viria a ser "livre e independente no devido tempo." Embora as eleições fossem agendadas, as
duas superpotências apoiaram líderes diferentes e dois estados foram estabelecidos de forma eficaz,
cada qual reclama a soberania sobre toda a península coreana.
A Guerra da Coreia (1950-1953) deixou as duas Coreias, separadas pela Zona Desmilitarizada
Coreana, mantendo-se tecnicamente em guerra durante a Guerra Fria até os dias atuais. A Coreia do
Norte é um Estado comunista, muitas vezes descrito como stalinista e isolacionista. Sua economia
inicialmente teve um crescimento substancial, mas entrou em colapso na década de 1990, ao
contrário do seu vizinho comunista a China. A Coreia do Sul surgiu, após décadas de regime
autoritário, como uma democracia liberal capitalista, com uma das maiores economias do mundo.
Desde a década de 1990, os sul-coreanos com administrações progressivamente liberais, assim
como a morte do fundador norte-coreano Kim Il-sung, os dois lados deram pequenos passos no
sentido simbólico de uma possível reunificação coreana.
Domínio japonês (1910-1945)
História
Antecedentes
No final do Século 19 e início do Século 20, diversos países ocidentais competiram ativamente pela
influência, comércio, bens e territórios no Leste da Ásia; o Japão procurou unir-se a estes poderes
coloniais modernos. O recém-modernizado Governo Meiji do Japão voltou-se para a Coréia, então,
na esfera de influência da Dinastia Qing da China. O governo japonês procurou, inicialmente,
separar a Coréia dos Qing e tornar a Coréia um satélite japonês, de modo a promover a segurança
do país e os interesses nacionais.
Em janeiro de 1876, após a Restauração Meiji, o Japão utilizou a diplomacia das canhoneiras para
pressionar a Coreia a assinar o Tratado de Ganghwa, um tratado desigual, que abriu três portas
coreanas ao comércio japonês e concedeu direitos extraterritoriais aos cidadãos japoneses. Os
direitos concedidos ao Japão no âmbito do tratado foram semelhantes aos concedidos às potências
ocidentais no Japão após a visita do Comodoro Perry.
Um relance retrospectivo a milhares de anos da história coreana revela triunfos e tragédias, sucessos
e conflitos que deram forma à Coreia de hoje. Um fato notável que emerge de um estudo histórico
da Coreia é que os governos duradouros e estáveis dominavam o povo coreano. De um modo geral,
cada um dos reinos e dinastias coreanas durou cerca de 500 anos ou mais. Embora a história escrita
coreana começasse muito mais cedo do que o século VII, foi com a unificação dos Três Reinos pela
dinastia Silla em 668 que a Coreia, como uma entidade histórica com a cultura e a sociedade coesas,
veio ocupar a maioria da região da península como ainda hoje existe.
Antes do período unificado de Silla (668-935) havia o período dos Três Reinos o qual acabou
quando Silla conquistou o Reino de Baekje (18 A.C. - 660 D.C.) e o reino de Goguryeo (37 a.C. -
668 d.C.). A Dinastia Goryeo (918-1392) que seguiu, testemunhou o florescimento do Budismo,
que tinha chegado na Coreia durante a era dos Três Reinos. O período de Goryeo é bem conhecido
internacionalmente não só pela sua cerâmica marchetada azul-acinzentada, mas também pela
invenção da primeira tipografia de metal móvel do mundo. Com o estabelecimento da nova dinastia
Joseon do general Yi Seonggyeo (1392-1410) o Confucionismo torna-se a filosofia nacional
dominante até o domínio colonial forçadamente imposto pelo Japão (1910-1945). Finalmente , a
Coreia foi libertada do domínio Japonês no fim da Segunda Guerra Mundial, somente para ficar
emaranhada no conflito ideológico da Guerra Fria que, por sua vez, levou a península à divisão ao
longo do paralelo 38 e à formação de dois Estados separados do Sul e do Norte.
No passado a Coreia era considerada uma parte nobre da Ásia assim como a China e o Japão, mais
pobre.Já que a língua também remonta a passados longíquos e por hora ainda desconhecidos.
Costumava-se usar cabelo comprido e havia uma grande inclinação de se usar roupas brancas, era
uma desonra cortar os cabelos dos homens.
Era dos Três Reinos da Coreia (37 a.C. - 668 d.C.)/ Balhae (713 d.C. - 926 d.C.)
Os estudiosos, em geral, creem que os primeiros reinos ou estados na península coreana começaram
a formar-se durante a Idade do Bronze (1000 a.C.-300 a.C.). Deles, o reino supostamente fundado
por Dangun, conhecido geralmente por Gojoseon ou Joseon Antigo, logo surgiu como o mais
poderoso e consolidou seu poder em 233 a.C. Ante o poder emergente de Joseon Antigo, China
começou a preocupar-se mais e mais. O imperador chinês Han Wuti lançou uma invasão em 109
a.C.. Destruiu o reino no seguinte ano e estabeleceu quatro colonias militares para administrar a
parte norte, metade da península.
Entretanto, depois de um século, emergiu um novo reino chamado Goguryeo (37 a.C. - 668 d.C.)
na parte norte da península Goguryeo foi uma nação de guerreiros guiados por reis agressivos e
valentes como o rei Gwanggaeto (r. 391-410). Conquistou a tribos vizinhas uma atrás da outra, e
expandiu praticamente seu reino em todas as direções. Finalmente expulsou aos chineses de sua
última colônia militar, Nangnang (Lo-lang em chinês) em 313 d.C. Em seu apogeu, seu território
estendia-se até o interior da Manchúria, e ao sul chegava até a metade sulista da península coreana.
Um novo reino chamado Baekje (18 a.C. - 660 d.C) se desenvolveu ao sul do rio Hanggang, parte
de Seul atual. Os de Baekje eram mais pacíficos que os ferozes guerreirros de Goguryeo. Eles se
trasladaram ao sul fugindo da ameaça de sua rival ao norte. Baekje se estabeleceu firme como um
estado próspero e civilizado, fazendo intenso comércio com seus vizinhos de ultramar. Na realidade,
Baekje serviu como ponte importante para a transmissão da cultura continental ao Japão: lhes
passou o budismo, escritura chinesa e sistemas políticos e sociais. O doutor Wang In foi professor
do príncipe do Japão.
Shilla (57 a.C. - 668 d.C.), o mais longe da China, a princípio era o reino mais fraco e menos
desenvolvido dos três. Foi o último a aceitar ideias e credos estrangeiros, e sua sociedade estava
marcadamente dividida em classes sociais. Entretanto, Shilla cresceu rápido graças aos recursos de
seu singular Corpo de Hwarang (Flor de Juventude) e dos ensinamentos budistas. A meados do
século ¥µ, Silla consolidou seu poder e território, formou uma aliança militar com T'ang da China
para submeter Goguryeo e Baekje. As forças aliadas de Shilla-T'ang tiveram êxito, e a península foi
unificada pela primera vez em 668. Depois disso, os sobrevivientes do reino de Goguryeo
expulsaram as forças de T'ang da Manchúria e da parte norte da península, e estableceram ali o
reino de Balhae no ano de 698. Ainda que politicamente estivessem separados, os três reinos de
Goguryeo, Baekje e Shilla estavam relacionados étnica e lingüisticamente. Cada um deles
desenvolveram uma sofisticada estrutura política e adotaram a ética confuciana e a fé budista.
Ciência e tecnologia
Um dos mais bem conhecidos artefactos é Cheomsongdae, um observatório de 9,4 metros de altura
construído em 634. Acredita-se que seja um dos mais velhos observatórios astronómicos ainda
existentes.
A primeira prensa móvel de metal foi desenvolvida na Coreia em 1232 por Chae Yun-ui durante a
dinastia Goryeo.