Analise do Movimento

Humano

Aprendizagem motora

Refere a mudanças no movimento que sejam relativamente permanentes, mas

relacionadas à experiência ou à prática, em vez da idade.

1
 O modelo de Newell
Refere a mudanças no movimento que sejam relativamente permanentes, mas
relacionadas à experiência ou à prática, em vez da idade.

O modelo de Newell

Restrições estruturais
são restrições do indivíduo
relacionadas à estrutura
corporal.

Restrições funcionais
são restrições do indivíduo
relacionadas à função comportamental.

Restrições ambientais
são restrições relacionadas ao mundo que nos envolve.

Restrições da tarefa
incluem as metas de uma atividade ou movimento particular, a estrutura
das regras que envolvem aquele movimento ou atividade e as escolhas de
equipamento.

2
 Diagnosticar o erro
e
Intervir sobre a causa

Os profissionais devem ser capazes de:

• Analisar o desempenho com precisão
• Determinar se existe um erro
• Determinar a sua causa
• Intervir para otimizar

3
 Limitações na comparação de skills entre
alunos

• Certas técnicas podem ser mais ou menos adequadas

devido a diferenças individuais

• Uma falha observada pode ter várias causas subjacentes

• Os erros nem sempre são o resultado de uma técnica

inadequada

Pract itioners should be able t o identify errors

t hat are caused not by poor t echnique
but by problems related t o motor learning and cont rol.

Planear a observação dos skills

• Identifique o propósito e os elementos-chave da

habilidade
• Determine a perspetiva de visualização
• Decida o número de observações
• Considere capturar a performance em vídeo

4
9

Determinar a causa e possibilidades de

resolução

• Constrangimentos
• Compreensão
• Resposta
• Execução
• Sensorial

10

5
 1-Constrangimentos
• Nível de desenvolvimento
• Equipamento
• Estrutura da tarefa ou exercício
• Mudanças no meio ambiente
• Medo

Medo de aprender ?Como Superar

Como Ajudav a a aprender a superar o medo?
Constragimento que alteraram a Aprendizagem? Como resolver ?

11

2-Compreensão do Erro

• Quando o aluno não entende os requisitos da

habilidade ou o que é esperado
• Quando o aluno procura corrigir ou melhorar o Skill
(habilidade; capacidade)

12

6
 3-Seleção da Resposta

• Erro Percepção
• Tomada de Decisão
• Sistemático

13

Execução

• Coordenação neuromuscular
• Velocidade /precisão

14

7
 Sensorial

• Visual
• Proprioceptivo

15

Possibilidade : Aprendizagem e
controle motor

16

8
 Devemos Corrigir ?

• O aluno é capaz de o corrigir?

• Qual o seu conhecimento prévio/domínio ?
• Quanto tempo ?
• Qual a motivação ?

Um aluno faz parte da equipa de Desp. Escolar de basquetebol do 12º ano, gosta de jogar mas não como
federado. Ele é um dos melhores da equipa, mas apresenta uma falha na técnica de lançamento em
suspensão.
Devemos Corrigir? M antemos o movimento ?

17

Tipos de Correção
Quanto tempo o aluno precisa? Qual o objetivo?

• Refina o movimento
• Continua a tentar executar
• Reprogramação do padrão de coordenativo

. Coker, 2005, “Teaching tips for simplification,” Teaching Elementary Physical Education (16)6: 8–9.

18

9
 . Coker, 2005, “Teaching tips for simplification,” Teaching Elementary Physical Education (16)6: 8–9.

19

Tipo de análise do Movimento:

Qualitativa

Quantitativa

20

10
 Tipo de análise do Movimento
QUA LIT. QUA NT.

Nível de Escala de A mplitude de Velocidade A celeração Força

desenvolvimento apreciação passada

- Não mensurável - Mensurável

- Professor de Ed. Física - Biomecânico ou
e Treinador Fisiologista

(adaptado de Knudson e Morrison, 1997)

21

Tipo de análise: Qualitativa

Qualitativa:A análise qualitativa consiste na observação sistemática e na
avaliação qualitativa (não numérica) do movimento humano, no sentido de
aumentar a sua eficiência.

Observação de atividade
Não lida com a medição
(e.g. o deslocamento atual foi maior/menor que o deslocamento anterior, saltou mais agora)

22

11
 Tipo de análise: Qualitativa
• Subjetiva
• Aplicação direta
• Baixo custo

Abordagem interdisciplinar e integrada

que envolve:
• Desenvolvimento motor
• Aprendizagem motora
• Biomecânica
• Outras → pedagogia, psicologia fisiologia

23

Tipo de análise: Qualitativa

Lançamento (idade dos 2 aos 7)

Etapa 1 (~2-3) → envolve essencialmente:

Flexão e extensão do cotovelo
Posição dos pés inalterada

Etapa 2 (~3-5) → envolve essencialmente:

Flexão e extensão do cotovelo
Posição dos pés inalterada
Alguma rotação do tronco

24

12
 Tipo de análise: Qualitativa

Etapa 3 (~5-6) → envolve essencialmente:

Movimento do pé ipsilateral (do mesmo lado do braço que
lança limitando rotação do tronco)

Flexão e extensão do cotovelo (usualmente em linha recta)

Etapa 4 (~6.5-7) → envolve essencialmente:

Movimento do pé contralateral
Flexão do cotovelo
Rotação do tronco
Adução horizontal
Extensão do cotovelo

25

Tipo de análise: Qualitativa

Desenvolvimento motor – Sequência no
lançamento (idade 2 aos 7 anos)

Etapa 4
(~6.5-7)

Etapa 2
(~3-5)

Knudson, D. V., & Morrison, C. S. (2002). Qualitative analysis of human movement (2nd ed.): Human Kinetics
Publishers. Pag. 25

26

13
 Tipo de análise: Qualitativa

Qualitativa envolve:

• Desempenho desportivo observado → é dada

opinião sobre o que necessita de ser melhorado.

• Pode ser geral ou detalhada

• Comparação de desempenhos também pode ser

realizada.

27

Tipo de análise: Quantitativa

Quantitativa envolve:

A medição numérica do desempenho

(e.g. deslocamento = 3 m; velocidade = 3 m/s)

O desempenho desportivo é quantificado:

→ os padrões motores são determinados e comparados com valores

normativos

28

14
 Tipo de análise: Quantitativa

Quantitativa:

• Objetiva
• Baseia-se no que vê visualmente
• Análise de dados
• Custo elevado

Permite av aliar:
• Magnitude das forças geradas;
• Origem do mov imento

29

Tipo de análise: Qualitativa vs Quantitativa

Qualitativa:

Abordagem utilizada treinadores, técnicos, professores de

educação física

Quantitativa:

Abordagem utilizada essencialmente por investigadores

30

15
 Abordagens Biomecânicas
Estas abordagens identificam usualmente:

Componentes críticas da habilidade (skill)

Princípios Biomecânicos ou Princípios do movimento

31

Abordagens Para Análise Qualitativa

POSSUM → (purpose/observation system of studying

and understanding movement)

Sistema objectivo/observação para estudar e

compreender o movimento

Hudson (1985)

32

16
 Abordagens Para Análise Qualitativa

• Movimento classificado pelo seu objetivo

• Objetivo associado a dimensões

observáveis

• As dimensões são variáveis que o

observador avalia visualmente
33

Abordagens Para Análise Qualitativa

Exemplo:
O observador pode-se focar na totalidade do corpo ou apenas em segmentos

Princípio → Direção da força

Objetivo Observação

Altura Vertical

Alcance 45º

Velocidade Horizontal ou
abaixo

34

17
 Abordagens Para Análise Qualitativa
Abordagem estendida mais tarde para 10 conceitos:
Amplitude do movimento Coordenação

Rapidez do movimento Compactação

(Compactness)
Nº de segmentos Extensão na saída
Natureza dos segmentos Caminho da projecção
Equilibrio (Balance) Spin

Estes conceitos são as variáveis que o analista avalia e dá feedback para

melhorar o desempenho

35

Abordagens Para Análise Qualitativa

Amplitude do movimento Coordenação

Rapidez do movimento Compactação

(Compactness)
Nº de segmentos Extensão na saída

Natureza dos segmentos Caminho da projecção

Equilibrio (Balance) Spin

36

18
 Abordagens Para Análise Qualitativa
Outras abordagens biomecânicas baseadas em princípios
do movimento englobam:

Somatório dos torques articulares

Continuidade dos torques articulares
Impulso
Reação
Equilíbrio
Somatório e continuidade das velocidades segmento do corpo
Geração de momento angular
Conservação do momento angular
Manipulação de momento de inércia
Manipulação do corpo/segmento momento angular

37

Abordagens Para Análise Qualitativa

Modelo integrado de análise qualitativa
Etapa de preparação

Etapa de intervenção Etapa de

(e revisão) observação

Etapa de Avaliação
e Diagnóstico

38

19
 Abordagens Para Análise Qualitativa
Modelo integrado de análise qualitativa

39

[a] – Preparation - definição do conhecimento que o orientador dev e

possuir para realizar as fases seguintes.

Knudson e Morris (2002) consideram os seguintes pré-requisitos:

a.1) know ledge about the activ ity or mov ement - estabelecer as
características essenciais da activ idade/tarefa, descrevendo um conjunto
de modelos de mov imento, a sua eficácia e eficiência, de modo a que
este seja observ áv el;

a.2) know ledge about the performer(s)- compreender como diferentes

factores humanos e experiências v ivenciadas pelo indiv íduo permitem
rentabilizar o
processo de interv enção;

a.3) know ledge about effectiv e instruction- a forma e a natureza da

40 informação transmitida ao desportista.

20
 [b] – Observation- são apresentadas 3 estratégias para o treinador observ ar
o seu desportista:

b.1) Phase Analysis- na qual o mov imento é div idido em fases4 com o
objectiv o de melhorar a av aliação/diagnóstico, pois o treinador focaliza a
sua atenção para determinadas partes desse mov imento. De acordo com
os autores, esta estratégia dev e ser relacionada com a Temporal Analysis,
que consiste em especificar o tempo do mov imento, de modo a construir
uma representação espacial do mesmo na sequência da fase anterior;

b.2) Balance- na qual a observ ação incide nos segmentos que suportam o
mov imento (equilíbrio e origem do mov imento, por exemplo, iniciar a
observ ação pela base de apoio seguida do tronco e posteriormente os
braços);

Cap.1 O PROBLEMA - ENQUADRAMENTO

41
a.3) knowledge about effective instruction- a forma e a natureza da informação
transmitida ao desportista.

[b] – Obser vation- são apresentadas 3 estratégias para o treinador observar o seu desportista:
b.1) Phase Analysis- na qual o movimento é dividido em fases4 com o objectivo de
melhorar a avaliação/diagnóstico, pois o treinador focaliza a sua atenção para
determinadas partes desse movimento. De acordo com os autores, esta
estratégia deve ser relacionada com a Temporal Analysis, que consiste em

b.3) Critical Features-especificar

onde ao tempo
observação é organizada
do movimento, pelo
de modo a construir uma grau de importância
representação

das componentes envolvidas no movimento,

espacial do mesmo na sequência da fasena Figura 2 é apresentado um
anterior;

exemplo aplicativob.2)daBalance-
Análisena Qualitativa do Movimento para fazer o
qual a observação incide nos segmentos que suportam o

diagnóstico/avaliação movimento
de um serviço no ténis.
(equilíbrio e origem do movimento, por exemplo, iniciar a
observação pela base de apoio seguida do tronco e posteriormente os braços);
b.3) Critical Features- onde a observação é organizada pelo grau de importância das
componentes envolvidas no movimento, na Figura 2 é apresentado um
exemplo aplicativo da Análise Qualitativa do Movimento para fazer o
diagnóstico/avaliação de um serviço no ténis.

Critical Fea ture Cues

Gr ip Hammer grip; loose and relaxed

Toss Consistent placement; elevate the Ball

Pr epar ation Trophy; coil the body; back scratch

Continuous upwar d motion Uncoil; extend the wave

Follow-thr ough Release the wrist

Stance Align your hells; slow and throw

Figur a 2 - As “Critical Features and Cues” aplicadas a um serviço no ténis (Knudson e Mor r is, 2002)

[c] – Evaluation/Diagnosis - são propostos os seguintes modelos, para avaliar a prestação:

c.1) Templates Models - baseados na representação de um padrão de movimento

ideal, são utilizados como uma ferramenta de avaliação (no fundo uma
extensão da phase analysis). Com base em desvios verificados nos

42 4
Por exemplo, Elliott (2003b) utilizando este método, adapta-o para o treinador de ténis, em
preparação/acção/follow-through.

17

21
 [c] – Ev aluation/Diagnosis - são propostos os seguintes modelos, para
av aliar a prestação:

c.1) Templates Models - baseados na representação de um padrão de

mov imento ideal, são utilizados como uma ferramenta de av aliação (no
fundo uma extensão da phase analysis). Com base em desv ios v erificados
nos desportistas, sobre imagens pré-estabelecidas em experts é, então,
realizado o diagnóstico de outro desportista;
c.2) Principles of Mov ement - assentam na combinação de relações
biomecânicas simples, interacções multisegmentares e características
biológicas do sistema
esquelético humano;

c.3) Systematic Models - constroem a hierarquização do mov imento com

base no resultado final. Segundo Hay e Reid (1988) citados por Knudson e
Morris (2002), a regra principal para a construção deste modelo é a que
cada factor seja complementado pelos factores que v êm imediatamente
a seguir.
43

[d] – I ntervention - centra-se no tipo de feedback (quer v erbal, quer

utilizando outros suportes/formatos como, por exemplo, o v ídeo), o tipo
de linguagem utilizada e a sua complexidade na relação com o
desportista.
Consideram, ainda, que a dificuldade da tarefa a que o desportista
está sujeito dev erá aumentar progressiv amente.

44

22
 Brow n (1982)

45

Abordagens Para Análise Qualitativa

Etapa de preparação

Recolhe-se informação sobre:

• A atividade
Útil para definir componentes criticas (CC)

• Definição de componentes criticas (podem ser obtidas

através dosprincípios do movimento e dos modelos deterministas/hierárquicos

• O executante

• Seleciona-se uma estratégia de observação

46

23
 Abordagens Para Análise Qualitativa
Etapa de preparação - Informação sobre o actividade

Onde obter informação? É fidedigna?

Deve ser BASEADA EM EVIDÊNCIAS

Treinadores e executante

http://coachesinfo.com/ (deriva da sociedade internacional de biomecânica do desporto)

http://www.isbs.org (sociedade internacional de biomecânica do desporto - ISBS)

47

Abordagens Para Análise Qualitativa

Etapa de preparação - Informação sobre o atividade

Onde obter informação? É fidedigna?

Sport and Exercise Scientist
http://www.bases.org.uk
Swimming World Magazine
http://www.swimmingworldmagazine.com

Jornais científicos
Sports Biomechanics
http://www.tandf.co.uk /journals/rspb
New Studies in Athletics
http://www.iaaf.org/development/studies/index.html
Journal of Sports Sciences
http://www.tandf.co.uk /journals/rjsp
Journal of Applied Biomechanics
http://journals.humank inetics.com/jab
Medicine and Science in Sports and Exercise
http://journals.lww.com/acsm-msse/pages/def ault.aspx

48

24
 Abordagens Para Análise Qualitativa

Etapa de preparação - Informação sobre o executante

Idade

Sexo

Nível de desempenho

Capacidades físicas (e.g. Força, flexibilidade)

Histórico de lesões

Desenvolvimento cognitivo (relacionado com o feedback a fornecer)

Necessidades executante

49

Abordagens Para Análise Qualitativa

Etapa de preparação

Estratégia de observação

Como observar?
Todo o movimento?
Fases do movimento?

De qual perspetiva (ângulo visual, distância) o

movimento deve ser observado?

Quantas observações devem ser recolhidas?

50

25
 Abordagens Para Análise Qualitativa

Etapa de preparação

Estratégia de observação → Fases do movimento

51

Abordagens Para Análise Qualitativa

Pé direito
De qual perspectiva o
movimento deve ser visto?

Ângulo visual
Supinação Pronação

52

26
 Abordagens Para Análise Qualitativa

De qual perspectiva o movimento deve ser visto?

Distância visual

53

Abordagens Para Análise Qualitativa

•Etapa de preparação - Estratégia de observação

Outros cuidados:

Roupa do executante
Condições de iluminação
Pano de fundo
Utilização de vídeo

54

27
 Abordagens Para Análise Qualitativa
Etapa de observação

Execução da estratégia de observação

Recolha de informação sobre o movimento

Deverá focar-se: componentes críticas (identificadas na Etapa

de preparação)

55

Abordagens Para Análise Qualitativa

Etapa de Avaliação/Diagnóstico

Avaliação

Identificam-se pontos fortes e fracos (compara-se o desempenho

com modelo, fundamental definição componentes criticas)

Uso de escala de correção das CC

Exemplo: Amplitude do movimento articular

Inadequada --1
Pobre ----------2
Ok --------------3
Boa -------------4
Excelente -----5

56

28
 Abordagens Para Análise Qualitativa
Etapa de Avaliação/Diagnóstico

Diagnóstico
Define-se a prioridade das intervenções

Abordagens possíveis
O que ocorre primeiro?
Sequencia correta nas fases do movimento?
CC que maximizam o desempenho (e.g. velocidade salto comprimento)?
Corrigir o mais fácil primeiro?
Começar a partir da base de apoio? (atividadesem que a estabilidade é
critica, e.g. ginástica)

Separam-se causas de fraca prestação

57

Abordagens Para Análise Qualitativa

Etapa de Intervenção

Realizar 1 intervenção de cada vez (1 correcção por vez)

Atua-se no executante (dando-se feedback)

Feedback
Quando dar? Qual dar? Como dar?

Usualmente retorna-se à observação

58

29
 Abordagens Para Análise Qualitativa

EXEMPLO

O conhecimento da actividade, como analista de movimento, deve basear-

se em muitas disciplinas relacionadas com o desporto e exercício.

Exemplo:
Professor de Educação Física, - 1º ciclo - deverá ter conhecimento
principalmente de origem da disciplina de desenvolvimento motor

Professor de Educação Física do secundário - Deverá concentrar-se mais

na análise das competências individuais e técnicas utilizando,
principalmente, biomecânica.

59

Abordagens Biomecânicas
Abordagens biomecânicas baseadas em princípios do movimento

b≠c

Bartlett, R. (2007). Introduction to sports biomechanics: analysing human movement patterns (2nd ed.): Routledge. Pag. 46

60

30