A ESFERA DIVINA E MÍSTICA - W. Lee
A ESFERA DIVINA E MÍSTICA - W. Lee
A ESFERA DIVINA E MÍSTICA - W. Lee
ESFERA
DIVINA
E
MÍSTICA
Witness Lee
CONTEÚDO
2
CAPÍTULO UM
ESBOÇO
3
A. O Espírito que dá vida ainda não era antes da
glorificação (ressurreição) de Cristo—Jo 7:39
B. O ultimo Adão (Cristo em carne) tornou-se o
Espírito que dá vida (cumprido Jo 7:39)—1Co
15:45b. Por isso, em 2 Coríntios 3:17 diz que “o
Senhor é o Espírito”, e os versículos seguintes usa
“O Senhor Espírito” como um titulo divino
composto.
C. O Espírito composto tipificado pelo óleo da unção
(composto de him de azeite de oliva com quatro
tipos de especiarias e sua eficácia) em Êxodo
30:23-25
D. O Espírito da vida, o Espírito de Deus, o Espírito
de Cristo, o próprio Cristo, e o Espírito que habita
interiormente em Romanos 8:2, 9-11, todos se
referem ao Espírito composto que dá vida.
A. Os sete Espíritos (o Espírito sete vezes intensi-
ficado, cf. sete vezes a luz do sol—Is 30:26) de
Deus—Ap 1:4; 3:1; 4:5; 5:6
II. A Igreja Católica, as denominações protestantes, as
assembléias dos Irmãos Unidos, as igrejas pentecostais, e
todos os grupos livres se agarram em sua teologia
imperfeita e não bíblica, distante da visão central de Deus
e não atingem o nível da conclusão da economia eterna de
Deus por causa de suas falhas, negligência e oposição aos
cinco pontos críticos acima citados com respeito ao
Espírito de Deus.
4
III. Deus necessita ter um povo que são homens-Deus para
serem Seus vencedores a fim de que Ele realize Sua
economia eterna com respeito a igreja resultando no Corpo
de Cristo e consumando na Nova Jerusalém.
Oração:
5
Escrituras, as verdades divinas, e a teologia genuína e
adequada.
O primeiro assunto abordado nas Escrituras é o próprio
Deus. A revelação com respeito a Deus envolve Sua pessoa, e a
Sua pessoa é muito misteriosa. Ele é um, contudo três;
portanto, Ele é triúno. As compreensões diferentes da Trindade
Divina tem sido o fator principal, um elemento oculto, de todos
os problemas no Cristianismo atual. O Cris-tianismo foi
dividido pelos diferentes conceitos da Trindade Divina.
A realização do segundo (Cristo) e do terceiro (o
Espírito) da Trindade Divina é ainda mais perturbador e
problemático. Quem é Cristo? Em resposta a esta pergunta,
diria a maioria dos cristãos que Cristo é o Filho de Deus.
Porém, muitos crentes não percebem que Cristo não é
meramente o Filho unigênito de Deus (Jo 3:16) mas também o
Filho primogênito de Deus (Rm 8:29; Cl 1:18; Hb 1:6; Ap 1:5).
Como pode o Filho unigênito se tornar o Filho primo-gênito?
Como Filho unigênito Ele deve ser somente filho e não pode ser
o primeiro, e como o Filho primogênito Ele é o primeiro Filho e
assim não pode ser somente Filho. Como deveríamos explicar
isto?
Os teólogos declaram que as pessoas da Trindade não
deveriam ser confusas. Não obstante, precisamos fazer certas
perguntas. É Cristo somente o Filho e não é também o Espírito?
O Espírito é somente o Espírito? O Espírito tam-bém não está
relacionado a Cristo e envolvido com o Filho? Outra pergunta
com respeito aos sete Espíritos (Ap 1:4; 3:1; 4:5; 5:6). De
6
acordo com Apocalipse 5:6 os sete Espíritos são os sete olhos
do Cordeiro. Os sete Espíritos e o Cordeiro são uma ou duas
pessoas? Seguramente Eles são dois, contudo os sete Espíritos
são os sete olhos do Cordeiro. Eles são um ou dois? Se
dissermos que o Cordeiro e os sete Espíritos como os sete olhos
do Cordeiro são um, outros, insistem que o Espírito é o Espírito
e o Filho é o Filho, nos acusam de confundir as pessoas da
Trindade Divina. Mas em Apocalipse 5:6 o terceiro da Trindade
Divina é os olhos do segundo. Como, então, o Espírito pode
estar separado do Filho? Seus olhos estão separados de você?
Enquanto seus olhos estive-rem olhando para alguém, você está
olhando para aquela pessoa. Ninguém diz, “Somente meus
olhos estão olhando para você; eu não estou olhando para
você.” Seus olhos são você. Se seus olhos olham para algo
significa que você está olhando. Estas são breves ilustrações das
deficiências da teologia no Cristianismo de hoje.
Pelo fato de as questões do Filho e do Espírito na
Trindade Divina serem tão difíceis e complicadas, temos sido
compelidos a dar a Cristo um titulo particular — o Cristo todo-
inclusivo. Cristo é todo-inclusivo porque Ele é tudo. Ele é Deus,
Ele é o Pai (Is 9:6), Ele é o Filho, e Ele é o Espírito. De acordo
com a revelação no Novo Testamento, o Pai é encarnado no
Filho (Cl 2:9), e o Filho é concebido pelo Espírito (Jo 14:17,
20). Assim, o Filho é a incorporação do Pai, e o Espírito é a
realização do Filho. Esta com certeza é uma linguagem divina e
celestial.
7
João 1:1 diz, “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus.” Desde que o Verbo era Deus,
que necessidade havia de Ele estar com Deus? Ninguém pode
explicar isto adequadamente, porque não temos a linguagem
para expressar este tipo de “cultura.”
8
Israel vinham juntos para desfru-tar o que eles tinham colhido.
Eles se alegravam juntos por um período de sete dias. O último
dia era o grande dia da festa. Naquele dia, para a surpresa
daqueles que participa-vam da festa, o Senhor Jesus se
levantou e clamou, dizendo, “Se alguém tem sede, venha a
Mim e beba.” Esta palavra é rica em significado, pois ela indica
que aqueles que estavam participando da Festa dos
Tabernáculos ainda estavam se-dentos, não tendo nada que
saciasse sua sede.
Tanto no passado quanto no presente, muitos grandes
homens, após tornarem-se bem-sucedidos em suas carreiras ou
empreendimento ou se tornarem renomados, sentiram que suas
vidas ainda era vaidade. Como o Rei Salomão eles poderiam
dizer, “Vaidade das vaidades; tudo é vaidade.… Atentei para
todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo é
vaidade e correr atrás do vento” (Ec 1:2, 14). Ter este
sentimento é estar sedento e insatisfeito. Percebendo que as
pessoas não tinham sido satisfeitas e a sede delas não tinha sido
saciada, o Senhor Jesus se levantou e clamou no grande dia da
festa, “Se alguém tem sede, venha a Mim e beba.” Isso é que é
uma grande palavra! Somente o Senhor Jesus estava
qualificado para dizer essa palavra. Somente Ele, um pequeno
homem de mais de trinta anos de idade, poderia dizer, “Quem
crer em Mim... do seu interior fluirão rios de água viva.”
No versículo 39 o apóstolo João, o escritor do Evan-
gelho de João, deu a explicação, dizendo, “Isso, porém, disse
Ele com respeito ao Espírito que haviam de receber os que Nele
9
cressem”. Aqui João não fala do Espírito de Deus, nem do
Espírito de Jeová, nem do Espírito Santo, mas simples-mente
do Espírito, dizendo-nos que “não havia o Espírito, porque
Jesus não tinha sido glorificado.” Sua palavra indica uma
expectativa — a expectativa de que, embora “não houvesse” o
Espírito, o momento estava chegando quando o Espírito estaria
lá. Este momento era o momento da glorifi-cação de Jesus, isto
é, o momento da ressurreição de Jesus (Lc 24:26). O Senhor
Jesus era o próprio Deus cheio de glória. Porém, Ele se tornou
carne, e Sua glória divina estava oculta dentro da casca de Sua
carne, a casca de Sua humanidade. Quando Ele morreu esta
casca foi quebrada, e quando Ele ressuscitou, a glória que
estava oculta dentro Dele foi liberada. Disto vemos que Sua
ressurreição foi Sua glorificação. Portanto, a expectativa em
João 7:39 era que quando o Senhor Jesus fosse glorificado pela
ressurreição, o Espírito que “não era” se tornaria o Espírito que
agora é.
10
Senhor Espírito” como um título divino composto. A palavra
em 1 Coríntios 15:45b sobre o último Adão se tornan-do o
Espírito que dá vida é um forte cumprimento da profecia em
João 7:39 com relação ao Espírito que não havia porque Cristo
ainda não tinha sido glorificado, ressuscitado. Na ressurreição,
Cristo se tornou o Espírito que dá vida.
Muitos pastores, missionários, teólogos, e mestres se
opõem a nós por ensinar que, de acordo com 1 Coríntios 15:45,
Cristo como o último Adão na carne se tornou o Espírito que dá
vida em ressurreição. Até mesmo dois coope-radores se
opuseram a nós nesta questão. Um destes coope-radores que
eventualmente se tornou um oponente disse que ele não
acreditava que Cristo o Filho pôde tornar-se o Espírito que dá
vida. Em uma ocasião esta pessoa me disse que cria que o Pai,
o Filho, e o Espírito eram três Deuses. Quando o ouvi dizer isto,
eu lhe disse que estava ensinando a heresia do triteísmo. Eu
mostrei-lhe a questão na Bíblia que diz que Deus é unicamente
um. O outro cooperador estava preocupado por causa de três
hinos que eu tinha escrito sobre Cristo como o Espírito (Hinos,
#493, 539, e 745). Ele admitiu que a Bíblia diz que Cristo se
tornou o Espírito que dá vida, entretanto ele me advertiu que
se nós pregarmos isto, o Cristianismo nos rejeitará. Eu disse,
“Irmão, eu vim para este país com o encargo de ensinar isto.
Considerando que você concorda que está de acordo com a
Bíblia dizer que Cristo se tornou o Espírito que dá vida, por
favor, dê-me a liberdade de ensinar esta verdade.”
11
O Novo Testamento fala dos dois tornou-se de Cristo.
João 1:14 diz que, como a Palavra, Deus tornou-se carne, e 1
Coríntios 15:45 diz que Cristo, como o último Adão na carne,
tornou-se o Espírito que dá vida. Devemos crer e ensinar tanto
que Deus tornou-se carne e que o último Adão tornou-se o
Espírito que dá vida.
12
Espírito de Deus. Mirra fluida tipifica a morte de Cristo, e o
cinamomo tipifica a doçura e a eficácia de Sua morte. Cálamo,
um junco que cresce em um pântano ou lugar barrento, cresce
em direção ao céu, tipifica ressurreição. Cássia tipifica o poder
repelente e a eficácia da ressurreição de Cristo. Cássia é um
tipo casca de árvore que era usada como repelente para repelir
cobras e insetos. Assim, cássia significa o poder, especialmente
o poder de repelir, da ressurreição de Cristo. Sua ressurreição
tem poder para repelir Satanás, a serpente. Estas quatro
especiarias foram compostas com um him de azeite de oliva
para se tornar um ungüento de cinco elementos.
Com este ungüento composto nós temos o número um
(um him de azeite de oliva) tipificando o único Deus e o
número quatro (quatro especiarias) tipificando o homem como
a criatura de Deus. Nós também temos o número três, visto no
fato de que a quantidade das especiarias envolvia três
unidades, cada uma de quinhentos siclos: mirra – quinhentos
siclos; cássia – duzentos e cinqüenta siclos; cálamo – duzentos e
cinqüenta siclos; e cássia – quinhentos siclos.
Conseqüentemente, a quantidade das especiarias con-sistia em
três unidades de quinhentos siclos, ou três unida-des de
quinhentos siclos. O número três tipifica o Deus Triúno. Aqui
devemos notar que a segunda unidade de quinhentos siclos foi
dividida em duas partes (tipificando Cristo, o centro da
Trindade Divina que foi ferido na cruz), cada uma de duzentos
cinqüenta siclos. Na Bíblia dois é o número do testemunho.
Além disso, com este ungüento composto nós temos o número
13
cinco, formado pela adição de um him de azeite de oliva e as
quatro especiarias. O número cinco também é visto nos
quinhentos siclos. Na Bíblia cinco tipifica responsabilidade. Por
exemplo, os Dez Mandamen-tos foram escritos em duas tábuas,
com cinco mandamentos em cada uma. Em Mateus 25 as dez
virgens são divididas em dois grupos que consistem em cinco
sábias e cinco néscias. De todo o antecedente nós vemos que os
números um, dois, três, quatro e cinco são todos usados no tipo
do óleo composto em Êxodo 30.
Este tipo no Antigo Testamento que de fato era um tipo
de profecia tem que ter um cumprimento de Novo Testa-mento.
O tipo do óleo da unção foi completamente cumprido no
Espírito que dá vida que foi produzido na ressurreição de
Cristo. O Espírito que dá vida, que o último Adão se tornou,
contém a divindade de Cristo, Sua humanidade, a doçura e a
eficácia de Sua morte, o poder e a eficácia de Sua ressur-reição.
O Espírito que dá vida é, portanto, o Espírito com-posto
tipificado pelo óleo da unção no Antigo Testamento.
14
Espírito de Deus, o Espírito de Cristo, o próprio Cristo, e o
Espírito que habita interiormente em Romanos 8:2, 9-11 todos
se referem ao Espírito composto que dá vida. No versículo 2
temos o Espírito da vida, e nos versículos de 9 a 11, o Espírito
de Deus, o Espírito de Cristo, o próprio Cristo, e o Espírito que
habita interiormente. Eles são cinco ou são um? O Espírito que
dá vida é chamado de o Espírito da vida, o Espírito da vida é o
Espírito de Deus, o Espírito de Deus é o Espírito de Cristo, o
Espírito de Cristo é o próprio Cristo. Além disso, este Espírito
que é da vida, de Deus, de Cristo, e o próprio Cristo que habita
em nós como o Espírito que habita interiormente dispensa vida
a nós todo o tempo. Este é o Cristo pneumático.
Segunda Coríntios 3:17 diz, “O Senhor é o Espírito”, e o
versículo 18 diz que somos transformados “como o Senhor
Espírito.” Como o título Deus Pai, o título Senhor Espírito é um
título divino composto. Ele é o Senhor, e Ele também é o
Espírito. Hoje nosso Cristo é o Cristo pneumático, o Cristo
pneumatizado, o Cristo que é tanto o Senhor quanto o Espí-rito.
Com o Espírito em Si, não havia humanidade. Do mesmo
modo, no Espírito não estava incluído os elementos da morte
de Cristo, a eficácia de Sua morte, de Sua ressur-reição, e o
poder de Sua ressurreição. Porém, o elemento da humanidade
de Cristo e os elementos de Sua morte, a eficácia de Sua morte,
da ressurreição e o poder de Sua ressurreição foram todos
adicionados e compostos com o Espírito de Deus para produzir
o Espírito composto. Hoje o Cristo pneumático é este Espírito
consumado que dá vida.
15
E. Os Sete Espíritos de Deus
16
sete vezes intensificado. Os sete Espíritos que são os sete olhos
do Cordeiro (Ap 5:6) indica que os sete Espíritos e Cristo são
uma só pessoa.
17
Católica, as denominações Protes-tantes, os Irmãos Unidos, as
igrejas Pentecostais, e todos os grupos livres são impedidos pela
teologia imperfeita e não bíblica deles da visão central de Deus
e não atingem a conclusão da economia eterna de Deus por
causa dos seus desvios, negligência e oposição aos cinco pontos
críticos ante-riores com relação ao Espírito de Deus que
salientamos nesta mensagem. A restauração do Senhor hoje é a
restauração destes pontos críticos com relação ao Espírito de
Deus no mover da economia eterna de Deus.
Estou bastante preocupado com todos os cooperadores e
presbíteros. Pode ser que muitos deles não tenham uma
percepção plena do que é a restauração do Senhor. Se nos
pedirem para explicar o que é a restauração hoje, devemos
responder com uma simples sentença: A restauração do Senhor
é Deus tornando-se carne, a carne tornando-se o Espírito que dá
vida, e o Espírito que dá vida tornando-se o Espírito sete vezes
intensificado para edificar a igreja que se torna o Corpo de
Cristo e isso consuma a Nova Jerusalém. Com relação a
presente restauração do Senhor, espero que nenhum de vocês
sejam impedidos por causa da velha teolo-gia ou da velha
percepção que vocês tem da restauração.
18
Deus deve ter um povo que são os homens-Deus para ser
Seus vencedores para Ele cumprir Sua economia eterna com
relação à igreja resultando no Corpo de Cristo e consu-mando a
Nova Jerusalém.
CAPÍTULO DOIS
ESBOÇO
ESBOÇO
19
A. Na esfera física do Seu ministério terreno, Cristo
é o Cristo em carne:
1. Por trinta e três anos e meio, a partir de Sua
encarnação para tornar-se a carne para Sua
morte toda-inclusiva.
2. Em Sua carne (Cl 1:22) Cristo executou Seu
ministério terreno ao cumprir a redenção
judicial de Deus, resultando objetivamente em
Deus:
a. Perdão dos pecados dos crentes—Ef 1:7.
b. Lavando os pecados dos crentes—Hb 1:3
c. Justificando os crentes—Rm 3:24
d. Reconciliando os crentes como Seus ini-
migos a Si mesmo—Rm 5:10a
e. Santificando os crentes na posição deles para
Si mesmo como Seu povo santo—Hb 13:12;
10:29
20
II. Entrar na esfera mística do ministério celestial de
Cristo:
A. Na esfera mística de Seu ministério celestial, Cristo
é o Cristo como o Espírito que dá vida:
1. A partir de Sua ressurreição na qual Ele se
tornou o Espírito que dá vida através da
eternidade.
2. Como o Espírito que dá vida (Rm 8:9-10; 2Co
3:17-18), Cristo está executando Seu minis-
tério celestial ao cumprir subjetivamente a
salvação orgânica em oito passos:
a. Regeneração—para gerar os crentes redi-
midos com Sua vida divina para que eles
possam ser nascidos de Deus para ser Seus
filhos de Sua espécie—Jo 1:12-13; 3:6b.
b. Alimentando—para alimentar os bebês re-
cém-nascidos pela regeneração em Seu
apascentamento do Seu rebanho ao nutrir e
cuidar (Ef 5:29) para que Suas ovelhas
possam crescer na vida divina para
maturidade—Jo 10:10-11, 14-16; 21:15-
17; Hb 13:20; 1Pe 5:4; 2:25
c. Santificação disposicional—para santificar os
crentes que estão crescendo na vida divina
em sua disposição com a natureza santa de
Deus—Rm 15:16; 6:19, 22; 1Ts 5:23
21
d. Renovação—ter a mente mudada em sua
religião, lógica, e filosofia com respeitos ao
universo, humanidade, Deus, etc, pelo
Espírito da verdade com a visão das
Escrituras, e até mesmo para ter a mente
de Cristo substituindo suas mentes por
meio da obra consumadora da cruz—Tt
3:5; Rm 12:2b; Ef 4:23; Rm 8:6; Fl 2:5; 2Co
4:16
e. Transformação—ser transformado não
apenas em natureza interiormente, mas
muito mais na forma exterior para
expressão. Não é uma correção nem
meramente uma mudança exterior; é um
metabolismo interior por ter mais do
elemento da vida divina adicionada aos
crentes para expressão exterior—Rm 12:2b;
2Co 3:18
f. Edificação—o crescimento dos crentes na
vida divina e sua união com outros crentes
na vida divina (Ef 4:15-16). Renovação
resulta em transformação, e transformação
resulta em edificação. Isso é plenamente
provado pela muralha com sua fundação
na Nova Jerusalém. A muralha da Nova
Jerusalém é de jaspe, expressando a
aparência de Deus (Ap 4:3). Enquanto as
22
pedras de jaspe estão sendo transformadas,
elas são unidas (juntas) e edificadas em
uma muralha.
g. Conformação—para ser conformado a ple-
na imagem do Filho primogênito de Deus,
que é o primeiro homem-Deus, como o
proto-tipo para reprodução em massa. Ele é
o Deus mesclado com o homem e o homem
mesclado com Deus para viver a vida do
homem-Deus que expressa todos os
atributos de Deus como as virtudes
humanas para expressão da glória divina
na humanidade, da qual a última
consumação e maturidade da vida divina é
a Nova Jerusalém—Rm 8:29; 1:4; Ef 4:14;
Ap 21
h. Glorificação—ser saturado com a glória
divina interiormente na maturidade da vida
divina e ser glorificado do exterior por e
com a gloria divina como a finalização da
redenção judicial de Deus dos corpos dos
crentes e a parte mais importante da fili-
ação divina na salvação orgânica de Deus—
Rm 8:30; Hb 2:10; Fl 3:21; Ef 4:30; Rm 8:23
23
mesmo como o Cristo na carne, mas por Si mesmo como
o Espírito.
Oração:
24
agradecemos, Senhor, por ter-nos escolhido e até mesmo nos
designado com uma comissão de levar a cabo Sua economia
eterna. Oh, isso é que é uma carreira! Por nós mesmos não
somos absolutamente qualificados, mas Tu nos comissio-naste.
O que diremos nós? Nós apenas olhamos para Ti. Senhor, abra
Seu coração novamente a nós e revele o que está oculto nas
profundezas de Seu bom prazer. Senhor, nós gostamos de estar
abertos a Ti. Nós não queremos ter qualquer coisa nos
impedindo. Senhor, nós Ti pedimos que tire todos os véus, toda
a lógica, teologias, filosofias, e ensinamentos tradicionais.
Senhor, remova camada após camada dos véus em nós. Senhor,
nós desejamos ser libertados, ser livrados de todas estas
algemas. Nós não queremos ser impedidos ou sermos limitados
de levar a cabo Sua economia. Obrigado, Senhor, por nos tratar
como Seus seguidores amorosos. Nós cremos que Tu estás aqui,
sentado conosco, querendo ter uma comunhão íntima, falar
face a face sobre Seu objetivo, segundo a Sua economia eterna.
Senhor, fale conosco. Nós rogamos para que possamos ouvir
Sua voz e possamos ver Sua visão. Amém, Senhor.
25
Em Sua pessoa Cristo é místico. Com respeito à
encarnação de Cristo, há dois tipos de registros no Novo
Testamento — um registro físico e um registro místico. Nos
Evangelhos sinópticos, os Evangelhos de Mateus, Marcos e
Lucas, o registro da encarnação do Senhor é completamente
físico. Nós temos dito que Ele nasceu de uma virgem, que Ele
foi posto em uma manjedoura, que pastores vieram adorá-Lo,
que Ele foi levado de Israel para o Egito, e que Ele cresceu em
Nazaré. Tudo isso é um registro físico. O registro no Evangelho
de João é absolutamente diferente. Por exemplo, o capítulo um
não é um registro físico, mas um registro místico. Os versículos
1 e 14 dizem, “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com
Deus, e o Verbo era Deus.… E o Verbo tornou-se carne e armou
tabernáculo entre nós… cheio de graça e da realidade.” Esta
maneira de falar sobre a encarnação é mística e misteriosa.
“Porque todos nós temos recebido da Sua plenitude, e graça
sobre graça” (v. 16). Isto também é místico. O relato de João
da encarnação de Cristo é totalmente místico.
De fato, todo o Evangelho de João é místico. “Todas as
coisas foram feitas por intermédio Dele [a Palavra].… Nele
estava vida, e a vida era a luz dos homens” (1:3, 4). Isto é
místico. Eis “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” e
sobre Ele o Espírito desceu “do céu como uma pomba, e
permaneceu sobre Ele” (vv. 29, 32). Isto, também, é místico.
Aqueles que criam Nele se tornavam pedras (v. 42). Falando de
Si mesmo como a escada celestial, Cristo disse, “Vereis o céu
aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do
26
Homem” (v. 51). Seguramente, todas estas coisas são místicas.
Cristo sendo o templo como a casa de Deus (2:16-21) é místico,
e regeneração também é mística. “O que é nascido do Espírito é
espírito” (3:6b). O resultado da regene-ração é produzir uma
noiva que é o aumento do Noivo (vv. 29-30). Uma vez mais,
esta é uma questão mística. “E como Moisés levantou a
serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja
levantado” (v. 14). Cristo sendo levan-tado na cruz como uma
serpente de bronze é certamente místico. Em 4:10 e 14 Cristo
nos fala que se bebermos da água viva que somente Ele pode
nos dar, esta água se tornará em nós “uma fonte de água que
jorrará pela vida eterna.” Então Ele continua a dizer, “Deus é
Espírito, e importa que os que O adoram O adorem em espírito
e veracidade” (v. 24). Tudo isto é místico.
Todos os santos na restauração do Senhor, especial-
mente os cooperadores e os presbíteros, precisam ter uma visão
clara com relação à esfera física e a esfera mística. Os
cooperadores e os presbíteros que tomam a frente na restau-
ração do Senhor têm que perceber que a restauração do Senhor
é descansar nos ombros dela. O que a restauração será
dependerá do que eles serão. Eu tenho um pesado encargo
sobre isto. Considerando que este é meu encargo, eu não posso
lhes dar ensinamentos comuns. Ao invés disso, terei que
apresentar algo especial. Você precisa conhecer esta era e
perceber que é uma era de ignorância, um tempo em que os
cristãos estão sendo cegados e aprisionados pela teologia
tradicional. Portanto, eu tenho o encargo de dizer a vocês que
27
precisam entrar numa esfera que é muito superior a esfera que
você está agora. Esta esfera mais elevada é a esfera mística do
ministério celestial de Cristo.
28
Deus veio “na semelhança da carne de pecado.” Cristo teve a
semelhança da carne de pecado, mas não a natureza do pecado,
da mesma maneira que a serpente de bronze tinha a forma de
uma serpente, mas não a natureza venenosa de uma ser-pente
(Jo 3:14; Nm 21:4-9). O Novo Testamento revela clara-mente
que Cristo era carne, contudo sem pecado; Ele nunca pecou (Hb
2:14; 4:15). Nós temos dito até mesmo que Deus fez Cristo
pecar por nós: “Ele não conheceu pecado, Deus O fez pecado
por nós” (2Co 5:21). Esta é a genuína, clara e pura visão da
Palavra de Deus.
29
deles para Si mesmo como Seu povo santo (Hb 13:12; 10:29).
Todas estas questões são muito boas, mas elas são físicas,
terrenas, judiciais e objetivas.
3. Como um Procedimento da
Salvação Plena de Deus
30
Aquele que experimentou a redenção judicial de Deus
pode ser considerado salvo somente ao ser regenerado, mas ele
ainda precisa ser salvo ainda mais pela salvação orgânica de
Deus no cumprimento da Sua economia.
31
está qualificado para levar a cabo Seu ministério celestial na
esfera mística.
a. Regeneração
32
conforme Sua espécie (Jo 1:12-13; 3:6b). Como filhos de Deus
nós somos do gênero Dele, da espécie Dele. Portanto, nós
somos deuses, tendo a vida e natureza de Deus, mas não Sua
Deidade.
b. Alimentação
c. Santificação Disposicional
d. Renovação
33
Deus, etc., pelo Espírito da verdade com as revelações das
Escrituras, até mesmo ter a mente de Cristo que subs-titui a
nossa mente pela obra consumadora da cruz (Tt 3:5; Rm 12:2b;
Ef 4:23; Rm 8:6; Fp 2:5; 2Co 4:16).
Os missionários que vinham para a China falavam muito
sobre amor, dizendo-nos que tínhamos que amar uns aos
outros. Depois que fui salvo, eu fui iluminado para ver
gradualmente que todas as virtudes Cristãs, inclusive o amor,
são diferentes das virtudes humanas naturais. Toda virtude
Cristã tem que ter uma qualificação quádrupla: Deve passar por
meio da cruz, deve ser pelo Espírito, deve ser para ministrar
Cristo, e deve ser para produzir a igreja. O amor ensinado no
Novo Testamento é um amor que é passado pela cruz, o qual
elimina o ego e é pelo Espírito, e ministra Cristo para produzir
a igreja. Após ter ficado claro em relação a isto, eu percebi que
os missionários estavam enganados em seus ensinamentos,
porque eles ensinavam erradamente sobre o amor enquanto
reivindicavam que o ensinamento deles estava de acordo com a
Bíblia. O amor desvendado na Bíblia não é um amor humano
natural (amar os homens sem egoísmo) como aquele ensinado
por Confúcio.
O princípio é o mesmo com submissão. A submissão de
uma irmã a seu marido deve ser uma submissão a qual é por
meio da cruz, isto é, pelo Espírito, que ministra ou dispensa
Cristo, e que é para a produção e edificação da igreja. Este tipo
de submissão é completamente diferente da submissão
ensinada por Confúcio. Este tipo de submissão é por meio da
34
vida natural, não tendo nada a ver com a cruz, o Espírito, e o
dispensar de Cristo e não tem o objetivo de produzir a igreja.
Nós precisamos ser impressionados com o fato de que
todas as virtudes ensinadas pela Bíblia são por meio da cruz,
pelo Espírito, e ministrar Cristo para produção das igrejas para
a edificação do Corpo. Com relação a este assunto nossa mente
precisa ser renovada.
e. Transformação
f. Edificação
35
provado pela muralha da Nova Jerusalém com seus funda-
mentos. A muralha da Nova Jerusalém é de jaspe, expres-sando
a aparência de Deus (Ap 4:3). Enquanto as pedras de jaspe
estavam sendo transformadas, elas foram sendo unidas umas as
outras e edificando uma muralha.
Não deveríamos pensar que ser edificados é apenas nos
relacionar mais intimamente com outros crentes de uma
maneira natural. Esta não é a maneira de ser edificado. A
maneira adequada de ser edificado é crescer juntos na vida
divina. Enquanto estivermos crescendo, este crescimento nos
une a todos como um só.
g. Conformação
h. Glorificação
36
Glorificação é ser saturado com a glória divina inte-
riormente na maturidade da vida divina e ser glorificado
exteriormente por e com a glória divina como a finalização da
redenção judicial de Deus do corpo dos crentes e a porção
máxima da filiação divina na salvação orgânica de Deus (Rm
8:30; Hb 2:10; Fp 3:21; Ef 4:30; Rm 8:23).
Efésios 4:30 diz que fomos selados com o Espírito Santo
“até o dia da redenção.” Redenção aqui referes-se à redenção
do nosso corpo. O Espírito Santo como o selo em nós está nos
selando continuamente com o elemento de Deus até que nosso
corpo seja redimido, isto é, transfigurado e glori-ficado. Isto
significa que a glorificação é uma questão de saturação. Nós
podemos comparar o Espírito Santo à tinta que permeia e
satura as páginas de um livro. Todos nós fomos pintados pelo
Espírito Santo, e ano após ano e dia após dia Seu “pintar”, Seu
dispensar da vida divina, está nos saturando gradualmente até
que sejamos glorificados. Nós fomos pintados pelo Espírito
Santo que é a glória de Deus. Nós temos sido, então, pintados
pela glória de Deus, e o “pintar” da glória de Deus está fazendo
com que a Sua glória nos permeie até saturar todo nosso ser. Se
virmos isto, perceberemos que glorificação não é meramente
objetiva, mas muito subjetiva.
O tempo da saturação plena será o tempo da redenção
do nosso corpo. Nós fomos regenerados em nosso espírito e
estamos sendo transformados agora em nossa alma, mas nosso
corpo ainda faz parte da velha criação. Por esta razão, nosso
velho corpo precisa ser redimido. A última fase da redenção, a
37
redenção do nosso corpo, será a porção máxima da nossa
filiação.
Se não controlarmos nosso corpo adequadamente de
acordo com os atributos divinos expressos por meio das
virtudes humanas, nosso corpo se tornará algo horrível. Como
uma pessoa idosa eu sou bastante fraco em meu corpo, e esta
fraqueza física me aborrece. Eu ainda posso mover e trabalhar,
mas diariamente estou sofrendo por causa de minha fraqueza
física. Interiormente eu digo, “Senhor Jesus, um dia eu serei
glorificado. Então serei liberto deste velho corpo o qual não
tem parte na filiação divina.”
A filiação é do Espírito, e o Espírito está nos saturando
com a filiação até que nosso corpo seja saturado com ela. Então
experimentaremos a plena filiação, a “filificação” plena, a
redenção de nosso corpo. Nós ainda temos uma parte—nosso
corpo físico—o qual não foi “filificado”, então estamos
esperando pelo dia quando até mesmo nosso corpo se tornará
parte da filiação divina.
38
C. Lembrando Que Todos os Itens da Salvação Orgânica
de Deus são Levados a cabo por meio do
Ministério Celestial de Cristo
CAPÍTULO TRÊS
39
ESBOÇO
40
recebido o Espírito da ressurreição de Cristo e ainda
não tinham entrado na esfera divina e mística.
B. Depois do dia da ressurreição de Cristo:
1. Quando o Espírito da realidade viesse, Ele guiaria
os discípulos, que então seria o Espírito da ressur-
reição de Cristo, para toda a realidade concer-nente
a economia de Deus para o Corpo de Cristo, que é o
Cristo pneumático e o Espírito consumado.
2. Ele falou que o que Ele ouvisse de Cristo, Ele
declararia aos discípulos nas vinte e duas epísto-las
do Novo Testamento de Romanos a Apoca-lipse—Jo
16:13
41
V. Todos os crentes deveriam estar nesta esfera divina e
mística do Espírito consumado para serem mesclados
com o Deus Triúno para preservar a unidade.
A. Todos os crentes deveriam permanecer no Filho
para que o Filho possa permanecer neles de modo
que possam produzir muitos frutos para glorifi-
cação (expressão) do Pai—Jo 15:4-5, 8
B. Todos os crentes deveriam ser um; exatamente como
o Pai está no Filho e o Filho no Pai, a fim de que
também possam estar tanto no Pai como no Filho—o
Filho está nos crentes e o Pai está no Filho, de modo
que possam ser perfeitos (aperfei-çoados) em um—Jo
17:21,23.
VI. O ministério celestial de Cristo é executado nesta esfera
mística, e a salvação orgânica de Deus é praticamente
efetuada nessa esfera.
VII. Os crentes devem considerar grandemente a entrada nesta
esfera, percebendo que sem Cristo tornando-Se o Espírito
que dá vida, sem Cristo sendo o Cristo pneu-mático, sem
Cristo sendo o Senhor Espírito, e sem Cristo sendo o
Cristo em ressurreição e não apenas em carne, não há
absolutamente nenhuma maneira para os crentes
participarem, experienciarem, e desfru-tarem a seção
orgânica da salvação completa de Deus em Cristo.
Oração:
42
Senhor, nós cremos que nestes dias Tu estás falando
conosco, desvendando as profundezas que há em Ti. Nós somos
tão abençoados. Obrigado. Senhor, agora nós vimos a Ti para
aprender como Tu, o Deus Triúno, é uma esfera e ver que Tu
desejas que entremos nesta esfera, isto é, entrar em Ti. Senhor,
abra nossos olhos. Leva embora nossa incapa-cidade e nos
torna capaz de conhecer as coisas místicas como Tu as conhece.
Ó Senhor, nos cubra, nos limpe, e nos unja. Senhor, permita
que sintamos a Sua presença e saibamos que Tu estás aqui
falando conosco. Que todos nós possamos ouvir a Sua voz.
Senhor, Tu é tão misericordioso. Não somos dignos de nada.
Não somos nada, e não temos nada, e não podemos fazer nada.
Mas nós O temos como nosso tudo. Amém.
43
que o Pai está corporificado no Filho e o Filho é a
corporificação do Pai, formando uma esfera divina e mística, o
esfera do Deus Triúno. Portanto, o próprio Deus Triúno é uma
esfera divina e mística.
A esfera divina e mística na qual podemos entrar hoje
não é simplesmente a esfera divina e mística do Deus Triúno,
mas a esfera divina e mística do Espírito consumado e o Cristo
pneumático. Os termos Espírito consumado e o Cristo
pneumático são muito particulares.
Quem é o Espírito consumado? O Espírito consumado é
o Espírito composto tipificado pelo óleo da unção — um
composto de um him de azeite de oliva com quatro tipos de
especiarias e a eficácia delas (Êx 30:23-25). Antes do Espírito
ser consumado, Ele era o Espírito de Deus, o Espírito de Jeová,
e o Espírito Santo. Ele somente participou na criação de Deus
como o Espírito de Deus (Gn 1:2). Muito depois, quando os
Israelitas, o povo escolhido de Deus, estavam em dificuldadeS,
Deus desceu para os ajudar como o Espírito de Jeová (Jz 3:10;
6:34; 11:29; 13:25). O Espírito de Jeová era Deus se
aproximando do Seu povo para ajudá-los de uma maneira
objetiva, não de uma maneira subjetiva.
O Antigo Testamento é principalmente um registro de
duas coisas: A criação de Deus e a história de Israel, o povo
escolhido de Deus. Pelo fato de sua história ser tão mise-rável,
eles constantemente precisavam da ajuda de Deus. Se Deus não
tivesse vindo para ajudar Seu povo escolhido em suas
dificuldades, não teriam sobrevivido. Na criação de Deus o
44
Espírito era o Espírito de Deus, e na ajuda de Deus a Israel o
Espírito era o Espírito de Jeová.
Por meio da encarnação Deus tornou-se um homem.
Deus se tornando um homem foi algo que era totalmente novo,
e para este algo novo, um título particular foi usado para o
Espírito de Deus — o Espírito Santo (Mt 1:18, 20; Lc 1:35). Em
grego o Espírito Santo é chamado freqüentemente de “o
Espírito Santo” (Lc 2:26; 3:22; 10:21; Jo 14:26). O título o
Espírito Santo foi usado com respeito à encarnação porque a
encarnação era algo extremamente santo. A vinda de Deus para
tornar-se um homem foi uma questão muito santa, e Lucas 1:35
usa até mesmo a expressão ‘o ente santo’. Como a concepção do
homem-Deus era do Espírito Santo, assim o que nasceu daquela
concepção era um ente santo. O Espírito que proporcionou isto
não era meramente o Espírito de Deus nem apenas o Espírito de
Jeová, mas o Espírito Santo. Na Bíblia, portanto, o Espírito é
chamado de o Espírito de Deus, o Espírito de Jeová e o Espírito
Santo.
Em João 7 vemos que o Senhor Jesus, o homem-Deus,
participou da Festa dos Tabernáculos. No último dia da festa, o
grande dia, Ele ficou em pé e exclamou, dizendo, “Se alguém
tem sede, venha a Mim e beba. Quem crer em Mim… do seu
interior fluirão rios de água viva” (vv. 37-38). No próximo
versículo João, o autor deste Evangelho, dá uma palavra de
explicação: “Isso, porém, disse Ele com respeito ao Espírito que
haviam de receber os que Nele cressem; pois ainda não havia o
Espírito, porque Jesus não havia sido ainda glorificado” (v. 39).
45
Precisamos prestar atenção espe-cial às palavras “ainda não
havia o Espírito”. O Espírito de Deus estava lá desde o princípio,
na criação; o Espírito de Jeová tinha vindo ajudar o povo de
Israel em suas dificul-dades muitas e muitas vezes; e o Espírito
Santo tinha sido ativo na encarnação. Como João poderia dizer
que ainda não havia o Espírito? Sim, o Espírito estava lá como
o Espírito de Deus em Gênesis, como o Espírito de Jeová em
Juízes, e como o Espírito Santo em Mateus e Lucas, mas o
Espírito – o Espírito como o Espírito composto e consumado –
ainda “não havia” em João 7:39, porque naquele momento
Jesus não havia sido glorificado. O homem Jesus foi glorificado
na ressurreição (Lc 24:26). Portanto, o Espírito ainda “não
havia” até a ressurreição de Cristo. Na ressurreição Cristo, o
último Adão na carne, tornou-se o Espírito que dá vida, o
Espírito que é vida (1Co 15:45b).
Agora podemos ver algo com relação à história da con-
sumação do Espírito. Embora já houvesse o Espírito de Deus, o
Espírito de Jeová e o Espírito Santo, o Espírito que dá vida
ainda “não havia” em João 7 porque o Senhor Jesus não tinha
passado pela morte pelos pecados do homem e contudo não
tinha entrado na ressurreição. Pelo contrário, na época de João
7 Ele ainda estava na carne e não podia entrar nas pessoas para
ser a vida delas. Mas em ressurreição Cristo se tornou o Espírito
que dá vida, e agora Ele pode entrar nos crentes para dar vida
a eles.
Na ressurreição o Espírito de Deus foi mesclado com a
humanidade de Cristo, com Sua morte e sua eficácia, e com a
46
Sua ressurreição e seu poder. O resultado desta mescla é o
Espírito composto e consumado.
A Bíblia revela o fato de que o Espírito se tornou o
Espírito consumado. Pelo fato de muitos cristãos não terem
visto a visão na Bíblia com respeito ao Espírito consumado, eles
precisam ser reeducados. Alguns podem dizer, “Deus é o
mesmo desde a eternidade; Ele nunca teve qualquer mu-
dança.” Porém, a Bíblia revela claramente que Deus, que é
Espírito, se tornou carne (Jo 1:14). Isso não foi uma mudança?
Além disso, o último Adão na carne se tornou o Espírito que dá
vida. Isso também não foi uma mudança? Primeiramente, Deus
mudou isso por meio da encarnação, Ele se tornou carne, e
então Ele mudou isso novamente, em ressurreição, Ele se
tornou o Espírito que dá vida, e este Espírito é o Espírito
consumado. Eu espero que estes que estão debaixo da velha
influência da teologia tradicional, estejam dispostos a aprender
que a Bíblia, nossa autoridade mais elevada, revela tudo com
respeito ao Espírito consu-mado.
A Bíblia também revela que Cristo se tornou o Cristo
pneumático. Na eternidade Cristo era Deus como o Espírito,
entretanto, Ele se tornou carne. Romanos 1:3 e 4 diz que Ele
“veio da descendência de Davi segundo a carne”, mas que Ele
foi “designado Filho de Deus com poder segundo o Espírito de
santidade pela ressurreição dos mortos.” O título o Espírito de
santidade, refere à divindade de Cristo, Sua essência divina.
Primeira Pedro 3:18, fala da crucificação de Cristo, diz que Ele,
por um lado, foi levado à morte na carne, mas por outro,
47
vivificado no Espírito. A crucificação somente colocou Cristo na
morte na Sua carne, não em Seu Espírito como a Sua
divindade. O Seu Espírito como Sua divindade não morreu na
cruz quando Sua carne morreu; pelo contra-rio, Seu Espírito
como Sua divindade foi vivificado, estimu-lado com novo poder
de vida. Assim, enquanto Ele estava morrendo em Sua
humanidade e até mesmo depois que Ele foi sepultado, Seu
Espírito como Sua divindade permanecia ativo.
Em João 12:24 o Senhor Jesus referiu a Si como um grão
de trigo: “Se o grão de trigo não cair na terra e morrer, fica ele
só; mas se morrer, produz muito fruto.” Quando Ele caiu na
terra como um grão de trigo, a morte começou imediatamente.
Mas enquanto a Sua “casca” estava mor-rendo, a vida divina
dentro Dele estava crescendo. Disto vemos que enquanto o
Senhor Jesus estava morrendo, Ele também estava crescendo.
Sem este tipo de ação, Ele não poderia ter sido ressuscitado.
A carne de Jesus foi crucificada e sepultada. Como ela
poderia ser ressuscitada? Em João 20 Pedro e João entraram na
tumba na qual o Senhor havia sido sepultado. “Pedro entrou na
tumba; e ele viu os panos de linho deixados ali e o lenço que
estivera sobre a cabeça de Jesus, não posto com os panos de
linho, mas enrolado um lugar a parte” (vv. 6-7). O corpo
seguramente não tinha sido roubado. Como, então, era possível
para a carne morta e sepultada do Senhor ser ressuscitada? A
resposta para esta pergunta é que de acordo com a Sua carne
Ele tinha sido sepultado lá, mas de acordo com a Sua divindade
Ele tinha permanecido muito ativo. Entre o tempo do Seu
48
sepultamento e ressurreição, Seu Espí-rito como Sua divindade
estava trabalhando para ressuscitar Sua humanidade, elevá-la,
e introduzi-la na divindade de forma que Sua humanidade
pudesse nascer de Deus. De acordo com Atos 13:33 ela estava
em ressurreição para que Deus gerasse Jesus para ser o Filho de
Deus. Ele foi gerado para ser o Filho primogênito de Deus
tendo Sua humanidade então elevada na divindade e até
mesmo introduzida na filiação divina. Simultaneamente, Ele se
tornou o Espírito que dá vida e por meio disso tornou-se o
Cristo pneumático.
Temos visto que o Espírito foi consumado e que Cristo se
tornou o Espírito que dá vida, o Cristo pneumático. Assim,
podemos falar agora da esfera divina e mística deste Espírito
consumado e deste Cristo pneumático. Que esfera maravi-lhosa
é esta!
Mostramos que os três da Trindade Divina são alto-
existentes, sempre-existentes, e coinerem, e assim como o Pai, o
Filho e o Espírito são uma esfera divina e mística. Com o
Próprio Deus Triúno como uma esfera mística não há qualquer
“complicação”, mas na esfera divina e mística do Espírito
consumado e o Cristo pneumático há várias “compli-cações”,
todas as quais são bênçãos para nós.
Deus queria que estivéssemos Nele. Se Ele fosse somente
o Deus Triúno sem a humanidade de Cristo, morte, e
ressurreição, e nós pudéssemos entrar Nele, encontra-ríamos o
Pai, o Filho e o Espírito, mas nada de humanidade, morte, e
ressurreição. Porém, quando entrarmos na esfera divina e
49
mística do Espírito consumado e o Cristo pneu-mático, nós não
apenas temos a divindade, mas também a humanidade de
Cristo, a morte de Cristo com sua eficácia, e a ressurreição de
Cristo com seu poder repelente. Tudo está aqui nesta esfera
maravilhosa.
Embora eu tenha nascido na China e me tornado um
cidadão americano naturalizado, eu posso testificar que não
tenho o sentimento de que eu sou Chinês ou Americano. Minha
esfera não é a China ou a América – minha esfera é o Deus
Triúno complexo e complicado. Eu estou aqui com o Pai, com o
Filho que foi crucificado e ressuscitado, e com o Espírito
consumado. Considerando que eu estou em nesse Deus Triúno,
eu tenho tudo que preciso. Se eu precisar de crucificação, eu a
encontro nesta esfera que eu já fui crucificado. Se eu precisar
de ressurreição, nesta esfera eu já fui ressuscitado. Louvado
seja o Senhor por essa esfera divina e mística!
Nesta conjuntura, vamos considerar o que está reve-lado
em João 14 com relação à esfera divina e mística do Espírito
consumado e o Cristo pneumático. O versículo 1 diz, “Não se
turbe o vosso coração.” Em que esfera ficamos abor-recidos?
Ficamos preocupados na terra, no mundo (16:33), na esfera
física.
Neste versículo (14:1) o Senhor Jesus continuou a dizer,
“Crede em Deus, crede também em mim.” Aqui a preposição
em é muito importante. Não só deveríamos crer em Deus e em
Cristo, mas deveríamos crer em Deus e em Cristo. Nosso
coração está preocupado porque estamos no mundo, e a
50
maneira de resolver este problema é entrarmos em Cristo
crendo Nele. Aqui podemos ver duas esferas: a esfera física—o
mundo onde todas as dificuldades estão—e a esfera mística do
Deus Triúno, o Pai, o Filho, e o Espírito onde a paz está.
Em 16:33 o Senhor Jesus disse, “Essas coisas vos tenho
dito para que em Mim tenhais paz. No mundo tendes aflição;
mas tende ânimo, Eu venci o mundo.” Aqui nova-mente vemos
tanto a esfera física (“o mundo”) e a esfera mística (“Mim”).
Os capítulos quatorze, quinze e dezesseis de João são
uma seção. No começo desta seção o Senhor Jesus indicou, em
14:1, que a intenção Dele era falar algo para nos ajudar a crer
Nele. Não deveríamos pensar que em Cristo é uma questão
simples. Se Ele não tivesse morrido na cruz e tirado nossos
pecados, para crucificar nossa carne e terminar nosso velho
homem, e se Ele não tivesse ressuscitado para se tornar o
Espírito que dá vida, não haveria maneira para Ele entrar em
nós e levar-nos para dentro Dele.
Se estivéssemos lá quando o Senhor Jesus falou sobre
crer em Deus e Nele, poderíamos ter dito, “Senhor, eu quero
entrar em Ti. Diga-me como crer em Ti.” Como revelam os
versículos seguintes, para entrarmos Nele, Ele teve que morrer
e ser ressuscitado para se tornar o Espírito que dá vida, para
que pudéssemos recebê-Lo crendo Nele e invo-cando, “Ó
Senhor Jesus.”
Entre 14:1 e 16:33 temos o ensinamento do Senhor com
respeito a como crer Nele. João 14:2a diz, “Na casa de Meu Pai
há muitas moradas.” Em 14:1 o Senhor Jesus falou sobre crer
51
em Deus e crer Nele, mas aqui Ele de repente falou sobre a casa
de Seu Pai. A casa do Pai seguramente não é uma mansão
celestial, mas algo místico. De acordo com a interpretação em
2:16, 21, “a casa de Meu Pai” refere-se ao templo, o aumento
de Cristo em Sua ressurreição para ser a igreja, o Seu Corpo,
como o lugar de habitação de Deus (1Tm 3:15; Ef 2:21-22). Em
princípio, o corpo de Cristo era somente Seu corpo individual.
Mas por meio de Sua morte e ressur-reição, Seu corpo foi
aumentado para ser Seu Corpo corpo-rativo, o qual é a igreja, a
casa de Deus (1Tm 3:15), o templo de Deus (Ef 2:21). Você já
tinha percebido que quando você creu em Deus e no Filho,
você entrou na igreja?
João 14:2 diz-nos que na casa do Pai há “muitas
moradas.” Estas moradas são os crentes, os membros do Corpo
de Cristo. Todo crente é uma morada, como afirmado no
versículo 23.
Na parte posterior do versículo 2 o Senhor Jesus disse,
“Eu vou preparar-vos lugar.” As palavras “Eu vou” significa “Eu
morrerei”. Ao dizer “Eu vou” Ele estava falando sobre Sua
morte de uma maneira mística.
Neste ponto eu quero lembrar vocês que o Evangelho de
João é um livro místico e que todo registro em João é um
registro místico. Falar da encarnação dizendo “a Palavra
tornou-se carne” (1:14) é falar de uma maneira mística. Do
mesmo modo, falar da água viva que se torna em nós uma
fonte de água a jorrar pela vida eterna (4:10, 14) também é
falar de uma maneira mística. Pelo fato de João ser um livro
52
místico, quando o lemos precisamos compreendê-lo mística-
mente.
Em João 14:3 o Senhor Jesus continuou, “E se eu vou e
vos preparar lugar, virei outra vez e vos receberei para Mim
mesmo, para que onde Eu estou estejais vós também.” Aqui Ele
falou tanto de Sua ida quanto de Sua vinda. “Eu virei” é um
presente continuo, indicando que quando o Senhor Jesus falou
estas palavras Ele já estava vindo. Enquanto Ele estava falando,
Ele estava preparando para entrar na ressur-reição. “Eu irei” é
morrer e “Eu virei” é ser ressuscitado. Antes de morrer Ele já
sabia que iria voltar. Aqui Sua ida e Sua vinda, a Sua morte e
ressurreição, são referidas de uma maneira mística.
Neste versículo o Senhor Jesus disse, “Eu vos recebe-rei
para Mim mesmo.” Se nós estivéssemos estado lá, pode-riamos
ter dito, “Senhor, Tu não me receberá na casa do Pai? Por que
dizes que me receberá em Ti mesmo?” A resposta para essa
pergunta é que a casa do Pai é o próprio Cristo.
O versículo 3 termina com as palavras “Onde Eu estou
estejais vós também”. Ele está no Pai. Assim, para estarmos
onde Ele está significa que também estamos no Pai. Isto está
relacionado ao nosso crer no Pai, a esfera divina e mística.
O Senhor Jesus continuou a dizer, “E para onde Eu vou,
vós sabeis o caminho” (v. 4). Então Tomé disse, “Senhor, não
sabemos para onde vais; como podemos saber o cami-nho?” (v.
5). De acordo com o versículo 6 Jesus disse a ele, “Eu sou o
caminho e a realidade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por
mim.” Aqui o Senhor não disse, “ninguém vem para a casa do
53
Pai”; Ele disse, “ninguém vem ao Pai.” Vir ao Pai é vir para a
casa do Pai, pois o Pai é a casa. A frase senão por mim revela
que só podemos vir ao Pai como a casa por meio de Cristo
como o caminho.
No versículo seguinte o Senhor Jesus disse, “Se vós Me
tivésseis conhecido, conheceríeis também a Meu Pai; e desde
agora O conheceis e O tendes visto”. Quando Filipe ouviu isto
ele disse, “Senhor, mostrar-nos o Pai, e isso nos basta” (v. 8). Os
versículos 9 e 10 continuam, “Disse-lhe Jesus: Há tanto tempo
estou convosco, e não me tens conhecido, Filipe? Quem Me vê
a Mim, vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês que
Eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que Eu digo
vos digo, não as digo de Mim mesmo, mas o Pai, que
permanece em Mim, faz as Suas obras”. Aqui vemos que o falar
do Filho era na verdade o falar do Pai, o trabalhar do Pai por
permanecer Nele. Isto é completamente místico.
Temos enfatizado o fato de que o Deus Triúno é uma
esfera divina e mística. Como revelado na primeira parte de
João 14, o Filho está no Pai, e o Pai está no Filho. Nos versí-
culos 16 a18 nós temos não apenas uma palavra com relação
ao Pai e o Filho, mas também com relação ao Espírito: “Eu
rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que
esteja para sempre convosco, o Espírito da realidade que o
mundo não pode receber, porque não O vê ou O conhece; vós O
conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós. Não vos
deixarei órfãos; virei a vós outros.” O primeiro Consolador era
Cristo na carne, e o outro Consolador é o Espírito da realidade.
54
O “Aquele” que é o Espírito da realidade no versículo 17 se
torna o “Eu” que é o próprio Senhor no versículo 18. Isto
significa que o Cristo que estava na carne passou pela morte e
ressurreição para se tornar o Espírito que dá vida, o Cristo
pneumático. Isto não é meramente espiritual—ele é místico.
Nós não podemos dizer que o Espírito da realidade é espiritual
e o Cristo que estava na carne não era espiritual, pois quando
Ele estava na carne, Cristo o Filho, certamente era espiritual. O
que precisamos ver aqui não é algo que é apenas espiritual,
mas algo místico.
O versículo 19 continua, “Ainda por um pouco e o
mundo não Me verá mais; vós, porém, Me vereis; porque Eu
vivo, vós também vivereis.” Isto se refere à ressurreição de
Cristo. Porque Ele vive em ressurreição, nós também vive-mos,
porque fomos regenerados na Sua ressurreição, como revelado
em 1 Pedro 1:3.
Em João 14:20 o Senhor Jesus falou de “naquele dia.”
“Naquele dia” era o dia da Sua ressurreição (20:19), o dia no
qual Ele se tornaria o Cristo pneumatizado, o Cristo pneu-
mático. Portanto, naquele dia na verdade significa “no dia da
ressurreição.”
Vamos ler agora todo o versículo 20: “Naquele dia, vós
conhecereis que Eu estou em Meu Pai, e vós em Mim, e Eu em
vós.” Isto se refere à esfera divina e mística onde não somente
o Pai, o Filho, e o Espírito estão, mas também onde os crentes
estão. Louvado seja o Senhor que, como crentes em Cristo,
55
estamos agora na esfera divina e mística do Espírito consumado
e o Cristo pneumático!
56
podemos saber que o Filho está no Pai, que os crentes estão no
Filho, e que o Filho está nos crentes (João 14:19-20).
57
A. Tudo o Que o Pai Possui É Propriedade do Filho
58
todas estas coisas aos crentes. Esta é a transição divina para a
economia eterna da Trindade Divina.
59
unidade deve ser igual à unidade entre os três do Deus Triúno.
De fato, a unidade dos crentes é a unidade do Deus Triúno. Ela
está no Deus Triúno para que possamos ser aperfeiçoados para
ser um. Portanto, a verda-deira unidade está no Deus Triúno.
Em João 14-16 o Senhor Jesus apresentou uma men-
sagem aos Seus discípulos, e então em João 17 Ele orou ao Pai.
No final da Sua oração, Ele indicou que nossa unidade deveria
ser no Deus Triúno, com o Cristo pneumático e o Espírito
consumado. Esta unidade que é a unidade genuína é o mesclar
dos crentes com o Deus Triúno. Para ter esta unidade, os
crentes devem estar no Deus Triúno como uma esfera divina e
mística. Aqui o Pai está no Filho, o Filho está nos crentes, e os
crentes estão no Filho que está no Pai. Isto significa que os
crentes são um com o Deus Triúno na esfera divina e mística do
Cristo pneumático e o Espírito consu-mado.
60
Os crentes devem considerar grandemente a entrada
nesta esfera, percebendo que sem o Cristo que se tornou o
Espírito que dá vida, sem o Cristo que é o Cristo pneumático,
sem o Cristo que é o Senhor Espírito, e sem o Cristo que é o
Cristo em ressurreição e não somente na carne, absoluta-mente
não há nenhuma maneira para os crentes participa-rem,
experimentarem, e desfrutarem a seção orgânica da salvação
completa de Deus em Cristo.
61
CAPÍTULO QUATRO
Esboço
62
entrando na morte e sepultamento de Cristo (Mt
3:2, 5-6).
B. Nessa união o Espírito da realidade germina os
crentes arrependidos com a ressurreição da vida de
Cristo para regenerá-los, gerando-os no seu espírito
novamente—1Pe 1:3; Jo 3:3,5.
C. Isto é “o que é nascido do Espírito [de Deus] é
espírito [do homem]—um espírito nascido do
Espírito—Jo 3:6
D. O Espírito de Deus testifica com o espírito dos
crentes regenerados que eles são filhos de Deus
(espiritual)—Rm 8:16.
II. Para abrir a segunda seção de alimentar
A. O Senhor deseja que os crentes regenerados como
bebês recém-nascidos alimentem-se do leite
(espiritual) da palavra, que é espírito e vida (Jo
6:63), para que eles possam crescer em Sua vida
para sua salvação diária—1Pe 2:2
A. Conforme eles crescem na vida divina, eles tam-
bém têm que ser nutridos de alimento sólido, não
somente de leite, ao exercitar seu espírito para
contatar o Espírito da palavra de Deus a fim de
que possam receber o suprimento da vida—Hb
5:13-14; Mt 4:4b.
III. Para abrir a terceira seção da santificação disposi-cional:
A. Os crentes que foram regenerados e que estão
crescendo precisam ser santificados pelo Espí-rito
63
Santo (Rm 15:16) em sua disposição com o
elemento da vida ressurreta de Cristo a qual eles
recebem por meio da nutrição para que a
disposição natural, tortuosa, perversa e cheia de
peculiaridades, possam ser santificadas com a
natureza santa, divina de Deus (2Pe 1:4) a fim de
que eles possam ser santificados para Deus (Ef
1:4).
B. Essa santificação disposicional pelo Espírito Santo
começa a partir do nosso espírito pas-sando pela
nossa alma para nosso corpo a fim de que todo
nosso ser possa ser totalmente santificado—1Ts
5:23
IV. Para abrir a quarta seção da renovação:
A. Conforme prosseguimos com a santificação dispo-
sicional, o Senhor nos renova pelo Seu Espí-rito—
Tt 3:5
B. O Espírito renovador é mesclado com o nosso
espírito regenerado como um espírito mesclado
para expandir a nossa mente para renovar todo
nosso ser como um membro do novo homem des-
pindo do nosso velho homem, isto é, ao renun-
ciar e negar nosso velho ego (Mt 16:24), e
revestindo do novo homem, isto é, ao aplicar o
que Cristo cumpriu na criação do novo homem
(Ef 2:15), por viver e magnificar Cristo através do
64
suprimento abundante do Espírito de Jesus Cristo
(Fl 1:19-21)—Ef 4:22-24.
C. O Senhor usa os sofrimentos no ambiente para
consumir, para matar, nosso homem exterior a
fim de que o nosso homem interior seja reno-vado
dia após dia—2Co 4:16.
C. Visto que todos nós os crentes seremos a parte
consumadora da Nova Jerusalém, temos que ser
renovados para ser tão novos como a Nova
Jerusalém—Ap 21:2
V. Para abrir a quinta seção da transformação:
A. A transformação é pela renovação da nossa mente
(Rm 12:2b). Ela não é um tipo de corre-ção
exterior, ou ajuste, mas um metabolismo interior
pela adição do elemento da vida divina de Cristo
em nosso ser para ser expressado exteriormente
na imagem de Cristo. Ela é então pelo Senhor
Espírito (o Cristo pneumático) para nos
transformar à imagem da glória de Cristo—2Co
3:18
D. Temos que viver e andar pelo Espírito (Gl 5:16,
25) e andar segundo o espírito mesclado (Rm
8:4b), de modo que a vida divina de Cristo possa
nos regular para nos transformar à imagem do
Senhor em glória.
VI. Para abrir a sexta seção da edificação:
65
A. Primeira Coríntios 3:9 e 12 nos desvendam que
somos edifício de Deus e temos que edificar com
ouro (simbolizando a natureza dourada de Deus,
o Pai), prata (a obra redentora de Deus o Filho), e
as pedras preciosas (a obra transforma-dora de
Deus o Espírito), não com madeira (sim-bolizando
a natureza do homem natural), palha (o homem
caído, o homem carnal), e feno (a obra e viver
que resultam da origem terrena). Isto indica que o
edifício de Deus no qual somos participantes deve
ser pelos itens transforma-dores como ouro, prata
e pedras preciosas, não pela nossa natureza, nossa
carne, e coisas de origem terrena.
B. O edifício de Deus como a edificação da igreja, o
Corpo de Cristo, por meio da transformação do
Espírito está claramente simbolizado pela mu-
ralha de jaspe com seus fundamentos da Nova
Jerusalém (Ap 21:18-20). Jaspe é uma pedra
preciosa transformada e a muralha da Nova
Jerusalém parece um grande bloco de jaspe,
indicando que enquanto as pedras estavam sob a
transformação, elas foram edificadas juntas. Por
isso, tanto o edifício como a transformação são
pelo mesmo Espírito transformador e edifi-cador.
C. Os escritos de Paulo desvenda a nós que a igreja, o
Corpo de Cristo, como o lugar de habitação de
66
Deus está em nosso espírito habitado pelo Espírito
de Deus—Ef 2:22; Rm 8:11
D. Cristo faz Sua morada em nossos corações por
meio do fortalecimento do Espírito de Deus em
nosso homem interior (nosso espírito regene-
rado) onde Cristo está (2Tm 4:22), para a pleni-
tude (expressão) de Deus—Ef 3:16-19
E. Baseado no fato de que o Espírito de Deus habita
interiormente no amante de Cristo (Jo 14:17), Deus o
Pai e o Filho vêm para o amante de Cristo e faz uma
mutua habitação com ele (v.23).
67
Senhor, fale a nós para que possamos receber visões adicionais.
Amém.
68
mas também são um espírito. O Espírito é vida e Aquele que dá
vida. Deus é o Espírito e em Sua salvação orgânica
maravilhosa, Ele nos fez um espírito com Ele. Esta é apenas
uma palavra simples em 1 Coríntios 6:17, mas eu nunca vi esta
verdade mesmo depois de ter estudado a Bíblia durante pelo
menos trinta anos. Um dia eu percebi que eu era um espírito
com Deus. Isto não é algo pequeno. Lamentavel-mente, até
mesmo na restauração do Senhor, muitos dos presbíteros e até
mesmo os cooperadores não sabem a verda-deira posição deles.
Nossa verdadeira posição é que somos um espírito com Deus.
Fomos salvos neste nível elevado. O que Deus é, nós somos.
Quando percebermos nosso estado, isto afetará nosso
viver. Quando eu falo com as pessoas de maneira engraçada, eu
sou reprovado interiormente por ser tão desprendido e leviano
sem peso. Eu sou lembrado sobre a minha posição, e tenho que
confessar ao Senhor. Devido a minha posição divina, não ouso
ser desprendido ou leviano. Eu não ouso fazer piada. Nem
mesmo com meus netos eu ouso falar levianamente, porque eu
não sou apenas o avô deles. Eu sou um avô que tem a mesma
posição que Deus.
De acordo com 1 Coríntios 6:17, a intenção de Deus em
Sua salvação orgânica é unir o espírito do crente com Seu
Espírito como um espírito—um espírito mesclado. Conse-
qüentemente, isto não é apenas o espírito mesclado, mas um
espírito que é um espírito com Deus, ele é igual a Deus em Sua
vida e natureza, mas não em Sua Deidade. Esta é a chave para
abrirmos as oito seções da salvação orgânica de Deus. Se não
69
tivermos esta chave, a porta ficará fechada. Quando tivermos
esta chave, a porta será aberta e podere-mos ver todas as coisas
escondidas do lado de dentro.
70
B. O Espírito da Realidade Faz Germinar
os Crentes Arrependidos
Primeiramente, somos convencidos de que nascemos de
Adão em pecado e que devemos tomar Cristo como nossa
justiça. Se não fizermos, sofreremos o julgamento com Sata-nás.
Esta convicção nos leva a morte e a ressurreição de Cristo.
Nesta conjuntura, o Espírito da realidade germina-nos, os
crentes arrependidos, com a vida de ressurreição de Cristo para
nos regenerar, nos gerar novamente em nosso espírito (1Pe 1:3;
Jo 3:3, 5). Devemos tomar nota dos dois espíritos aqui. O
Espírito germina nosso espírito. Esta é a chave para
entendermos a regeneração.
71
A. Alimentar do Leite Espiritual da Palavra
72
Espírito da palavra de Deus para que eles possam receber a
provisão de vida (Hb 5:13-14; Mt 4:4b). Nosso receber a
provisão de vida é para nossa maturidade em vida. Mesmo na
seção de alimentar, tanto o Espírito como nosso espírito estão
envolvidos.
III. ABRIR A TERCEIRA SEÇÃO DA
SANTIFICAÇÃO DISPOSICIONAL
A. No Espírito Santo
73
Deus, especialmente os crentes Gentios que são mais comuns.
Todos os crentes regenerados e em crescimento precisam ser
santificados em sua disposição com o elemento da vida de
ressurreição da vida de Cristo, a qual eles recebem através do
nutrimento, de forma que eles possam ser santificados com a
natureza santa de Deus (2Pe 1:4) para que possam tornar-se
santos para Deus (Ef 1:4). A santifi-cação mencionada em
Romanos 6:19 e 22 refere-se a este tipo de santificação. Nossa
natureza caída tornou-se uma dispo-sição distorcida, tortuosa e
pervertida, que precisa ser ajus-tada e endireitada
particularmente na santificação de Deus com Sua natureza
santa.
74
A. O Renovar do Espírito Santo
75
homem, mas temos que aplicar o novo homem. Temos que nos
despir do velho homem e nos revestir do novo homem pela
renovação do Espírito mesclado com nosso espírito para se
expandir em nossa mente e renová-la. Isso é mudar nossa
mente.
Em Mateus 16:24 o Senhor diz que se quisermos vir após
Ele, precisamos negar a nós mesmo e tomar nossa cruz. Negar a
si mesmo é renunciar-se, aplicar a cruz a nós mes-mos. Isso é
despir-se do velho homem. Revestir-se do novo homem é viver
e magnificar Cristo pela provisão abundante do Espírito de
Jesus Cristo (Fp 1:19-21). A renovação está completamente
envolvida com o Espírito e nosso espírito regenerado os quais
se tornam o um espírito. Este um espírito é o espírito renovado
em nossa mente para mudá-la.
76
de Deus com cada situação em nosso ambiente diário.
Diariamente estamos preocupados com muitas coisas. Esta
preocupação pode ser com nosso cônjuge, nossos filhos, ou
nossos cooperadores. Esta preocupação consome nosso homem
exterior, nosso homem natural, de forma que nosso homem
interior possa ser renovado com a provisão da vida de
ressurreição.
D. Tornando-se tão Novo quanto à Nova Jerusalém
77
renovada, você será transformado. Transformação não é
nenhum tipo de correção externa ou ajuste, mas um metabo-
lismo interno pela adição do elemento da vida divina de Cristo
em nosso ser para ser expressado exteriormente à imagem de
Cristo. Nossa digestão e assimilação da comida é um tipo de
metabolismo para receber um elemento novo e descartar o
elemento velho. Por termos o elemento da vida de Cristo
adicionado em nosso espírito, há uma espécie de meta-bolismo
para produzir algo para ser expressado exterior-mente à
imagem de Cristo. Se uma pessoa não comer durante vários
dias, sua face ficará pálida. Para adquirir uma cor saudável em
sua face, ela precisa ser alimentada corretamente. Então sua
face ficará saudável e rosada. Isso é para expressão. Hoje a
transformação espiritual é a mesma coisa. Temos que ter o
elemento da vida de Cristo adicionado em nós por comê-Lo
como nosso alimento espiritual. Então haverá o metabolismo
para descartar o elemento velho ao ser adicionado o elemento
novo da vida de Cristo. Assim ele será expressado
exteriormente para ser a imagem de Cristo. Esta transformação,
este tipo de metabolismo, é por meio do Senhor Espírito (o
Cristo pneumático) para nos transformar à imagem da glória de
Cristo (2Co 3:18). O Senhor agora se tornou o Espírito, e este
Senhor Espírito é o Espírito trans-formador.
78
Temos que viver e andar pelo Espírito (Gl 5:16, 25) e
andar de acordo com o espírito mesclado (Rm 8:4b), para que a
vida divina de Cristo possa regular-nos e transformar-nos à
imagem do Senhor em glória. O Espírito não somente produz
um metabolismo divino em nós, mas também nos ajusta. Ele
ajusta nosso andar, e isto também gera transformação em nós.
Interiormente há o metabolismo; exteriormente há o ajuste.
79
A edificação de Deus assim como a edificação da igreja,
o Corpo de Cristo, é por meio da transformação do Espírito
tipificado claramente pela muralha de jaspe com seus funda-
mentos da Nova Jerusalém (Ap 21:18-20). Jaspe é uma pedra
preciosa transformada e a muralha da Nova Jerusalém se
parece com um grande pedaço de jaspe, indicando que
enquanto as pedras estavam sob transformação, elas tam-bém
foram edificadas junto. Conseqüentemente, tanto a edificação
quanto a transformação são através do mesmo Espírito
transformador e edificador. O Espírito edificador é o mesmo
Espírito transformador. Os dois são unidos juntos. Onde há
transformação, também há edificação. Hoje na igreja é a
mesma coisa—sem transformação, sem edificação.
Coordenação não é edificação. A edificação é pela vida trans-
formada. Quando somos transformados, somos edificados
juntos com os outros. Vamos dizer que vários irmãos estejam
trabalhando juntos. Quando a peculiaridade de cada irmão
aflorar, será difícil haver coordenação entre eles, é inútil dizer
a eles para crescerem juntos como um edifício. Estes irmãos
podem ser edificados juntos somente sendo transfor-mados. Por
meio da transformação individual de cada um eles crescem
juntos. A transformação produz o crescimento de vida, e este
crescimento os edifica juntos. Esta é a verda-deira edificação da
igreja hoje. A verdadeira edificação não é somente
coordenação. Nossa coordenação, cedo ou tarde, será quebrada
se nós não formos transformados. Talvez um certo irmão sinta
80
que ele não pode continuar junto com outro irmão por causa da
peculiaridade forte daquele irmão. O que este irmão deveria
fazer? Ele deve ir para a cruz para servir de exemplo para o
outro irmão seguir. Depois de um período de tempo, ambos
aprenderão a serem crucificados para ser transformados. Então
eles não precisarão se preocupar quanto à coordenação, porque
eles crescerão juntos. Os membros de nosso corpo físico não
são meramente coorde-nados. Eles estão crescendo juntos
através da circulação sangüínea.
81
interior (nosso espírito regenerado) onde Cristo está (2Tm
4:22), para a plenitude (expressão) de Deus (Ef 3:16-19).
Efésios 3 nos diz que hoje Cristo está fazendo Sua morada em
nosso coração. Fazer esta morada é a edificação. Isto acontece
primeiramente por sermos fortalecidos com poder mediante o
Espírito em nosso homem interior, em nosso espírito. Então
Cristo tem a chance de edificar Sua morada em nosso coração
de forma que possamos ser enchidos, resultando na plenitude
do Deus Triúno para a expressão do Deus Triúno.
82
Na salvação orgânica de Deus, primeiro nossa vida é
tocada, isto é, Deus na regeneração coloca a Si mesmo em
nosso espírito para ser nossa vida. Nossa vida agora tem uma
adição. No passado tínhamos apenas nossa vida huma-na. Mas
pela regeneração começamos a ter outra vida que foi
adicionada à nossa velha vida, e esta vida é a vida de Deus. Isto
não é uma troca, mas a adição de uma outra vida. Então nossa
natureza é santificada com a natureza de Deus; nossa mente é
mudada por ter a mente de Deus em nossa mente pelo espírito
mesclado. Isto significa que todo nosso ser é transformado.
CAPÍTULO CINCO
83
“O PRÓPRIO ESPÍRITO COM NOSSO ESPÍRITO” A
CHAVE PARA ABRIR AS OITO SEÇÕES DA
SALVAÇÃO ORGÂNICA DE DEUS
(2)
Esboço
84
Sua glória (Fl 3:21). Por isso, é chamada de a
redenção do corpo dos crentes—Ef 4:30; Rm 8:23
D. Esta glorificação, a redenção do nosso corpo, é o
desfrute pleno da nossa filiação—Rm 8:23
85
pensados por não provar o dano da segun-
da morte durante a era do reino—Ap 2:8-11
3. Santificar os crentes na igreja em Pérgamo
da união com o mundo e dos ensinamentos
de Balaão e dos Nicolaítas para serem os
vencedores para que possam ser recompen-
sados para comer o maná escondido e ter
uma pedra branca na qual um novo nome
será escrito na era do reino—Ap 2:12-17
4. Salvar os crentes na igreja em Tiatira da
adoração dos ídolos, fornicação, ensina-
mentos demoníacos, e das coisas profundas
de Satanás para serem vencedores para que
possam ser recompensados com a autori-
dade sobre as nações na era do reino—Ap
2:18-29
5. Ressuscitar os crentes na igreja em Sardes
da sua morte e condição de morte para
serem vencedores para que possam ser
recompensados ao andar com o Senhor
vestidos de branco e não terem seus nomes
apagados do livro da vida, mas confessados
pelo Senhor diante do Pai e Seus anjos na
era do reino—Ap 3:1-6
6. Encorajar os crentes na igreja em Filadélfia
para reter o que eles têm para que ninguém
tome sua coroa para serem vencedores para
que sejam recompensados a fim de que
sejam a coluna no templo de Deus com o
nome de Deus e o nome da Nova Jerusalém
e o novo nome do Senhor escrito sobre eles
na era do reino—Ap 3:7-13
7. Despertar os crentes da igreja em Laodicéia
de sua mornidão e condição sem Cristo,
exortando-os a pagar o preço pelo ouro refi-
nado, vestes brancas, e ungüento e abrir a
sua porta ao bater do Senhor para serem
vencedores a fim de que possam ser recom-
86
pensados para sentarem-se no trono do
Senhor na era do reino—Ap 3:14-22
E. Pelo:
1. O falar do Cristo pneumático sete vezes
intensificado, ilimitado, liberador de vida,
(o Cordeiro com os sete Espíritos como
Seus olhos—Ap 5:6) as sete igrejas no prin-
cípio de cada epístola respectivamente se
tornando o falar sete vezes intensificado,
todo inclusivo, o Espírito que dá vida para
todas as sete igrejas no final de cada
epístola universalmente—Ap 2:1, 7, 5, 11,
12, 17, 18, 29; 3:1, 6, 7, 13, 14, 22.
2. A participação dos santos vencedores que
estão vivendo em seu espírito—Ap 1:10; 4:2;
17:3; 21:10
F. Para:
1. A preparação completa da noiva para Cristo
o noivo ter Seu casamento triunfante no
milênio para Sua satisfação segundo o Seu
bom prazer—Ap 19:7-9
2. A formação do exército nupcial para Cristo
derrotar e destruir Seus inimigos mais im-
portantes na humanidade, o Anticristo e seu
falso profeta—Ap 19:11-21; 17:14
3. Amarrar Satanás e lançá-lo para o abismo por
mil anos—Ap 19:11-21; 17:14
4. Trazer o reino de Cristo e de Deus, que será o
milênio—Ap 20:4-6
5. A consumação inicial da Nova Jerusalém no
milênio (Ap 2:7) e sua plena consumação
no novo céu e nova terra (Ap 21:2)
G. O resultado final—o Espírito finalmente consuma-
do como a consumação do Deus Triúno proces-
sado se torna o Noivo e o agregado dos santos
vencedores se tornam a noiva do romance uni-
versal entre o Deus redentor e Seu homem redi-
mido como a conclusão das Escrituras na totali-
dade—Ap 22:17
87
Oração: Senhor, nós Te agradecemos por Teu propósito divino.
Tu queres fazer-nos exatamente iguais Ti em vida e natureza,
mas não na Deidade. Senhor, Tu adicionaste Sua vida divina à
nossa humanidade criada, caída, redimida, e ressuscitada.
Senhor, Tu santificaste nossa disposição distor-cida para fazer-
nos como Tu és em Sua natureza santa. Senhor, Tu ainda estás
trabalhando até que sejamos redimi-dos em nosso corpo para
fazer-nos iguais a Ti. Por fim, seremos capazes de dizer,
"Senhor, o que Tu és, nós somos, e o que somos, Tu és." A única
diferença é que Tu tens a Deidade. Nós Te agradecemos e Te
adoramos porque nós não temos a Deidade. Tu és o único Deus.
Tu és o Deus Triúno processado e consumado. Nós temos a
humanidade mais a divindade, e Tu tens a divindade mais a
humanidade. Que maravilhoso o fato de Deus ter humanidade!
O Deus Triúno processado e consumado tem humanidade.
Senhor, abra os céus a nós. Nós queremos estar nos céus para
ver todas as coisas como Tu as vê. Dá-nos eloqüência. Isto é
absoluta-mente uma nova cultura na esfera mística. Precisamos
de Sua linguagem; nós precisamos de Sua eloqüência.
88
VII. ABRIR A SÉTIMA SEÇÃO DA
CONFORMAÇÃO
A. A Consumação da Transformação
89
todos os escolhidos e regenerados foram predestinados (1Pe
1:3). Que resultado isto produziu!
C. A Perfeita Varonilidade
90
Embora essa medida seja imensurável, podemos atingi-la por
meio de nossa confor-mação.
91
sua salvação (Ef. 1:13; 4:30). Quando um selo com muita tinta
é aplicado à algumas páginas de papel, ela saturará até a
última página. Efésios 4:30 diz que fomos selados com o
Espírito para o dia da redenção. “Para” significa "resultar em."
Esta tinta do selar do Espírito, por fim, resultará na redenção
de nosso corpo em nossa glorificação. Quanta
liberdade damos a esta tinta em nossa vida Cristã? Ser
santificados suavemente, renovados, transfor-mados e
conformados disposicionalmente, significa que per-mitimos a
tinta agir rapidamente dentro de nós até a nossa glorificação.
Estar na glória tem dois aspectos. Por um lado, entraremos na
glória. Por outro lado, esta glória nos satura interiormente pela
tinta do selar do Espírito ao longo de toda a vida Cristã.
Precisamos estar debaixo do pintar do Espírito diariamente.
Então entraremos para a glória por meio deste pintar interior, o
qual é a saturação interior da glória de Deus em nós.
92
D. O Desfrute Pleno da Nossa Filiação
93
regeneração, somos santificados disposicio-nalmente com o
elemento da vida de ressurreição de Cristo. Por meio de nossa
santificação, nossa natureza natural distorcida, tortuosa e
pervertida é ajustada e endireitada com Sua natureza santa. O
Espírito Santo dispensa a natu-reza santa de Deus em nosso ser
para endireitar nossa disposição tortuosa. Pelo fato de
participarmos da natureza divina que é perfeita e reta, nossa
natureza é corrigida. Então nossa mente é renovada, mudada.
Filipenses 2 diz que deveríamos ter a mente de Cristo (v. 5). A
obra de renovação de Deus acontece por meio de Seu Espírito
mesclado com nosso espírito para saturar nossa mente com
todos os pensa-mentos e critérios de Deus, para mudar nossa
mente. Base-ado na regeneração, santificação e renovação, o
Senhor Espí-rito hoje está transformando nosso ser por meio da
adição da Sua vida divina para produzir um metabolismo
divino dentro de nós. Isto transforma todo nosso ser. Por fim,
esta transfor-mação será completada levando-nos à
varonilidade da medida da estatura da plenitude de Cristo,
conformando à imagem do Filho primogênito de Deus que é o
agregado do Deus Triúno. Finalmente, pela saturação da glória
de Deus dentro de nós, a glória sairá de nós. Então entraremos
na glória e estaremos em glória. Quando atingirmos esta glória,
nós diremos, "Senhor Deus, que misericórdia e graça que somos
o que Tu és, e Tu és o que somos." Esta é a última consumação
das oito seções da salvação orgânica de Deus. A salvação
plena de Deus não é apenas nos redimir e nos perdoar
judicialmente, nos lavar, nos justificar, nos re-conciliar a Ele e
94
nos santificar posicionalmente. Isto foi leva-do a cabo por
Cristo na carne em Seu ministério terreno. A redenção judicial
de Deus foi somente o procedimento para Ele nos salvar
organicamente como o Espírito que dá vida, como o Cristo
pneumático, para participarmos na salvação orgânica de Deus
como o propósito da salvação plena de Deus no ministério
celestial de Cristo.
95
Seu Ministério Celestial
96
escrever 2 Timóteo por volta de 67 D.C., Paulo foi martirizado.
Menos de trinta anos depois, João escreveu o livro de
Apocalipse que mostra a degradação das igrejas. Ele também
escreveu 2 João, a qual é uma Epístola que revela a proibição
contra a heresia, que já estava se alastrando na igreja.
O livro de Apocalipse se inicia desta maneira:
"Graça a vós outros e paz da parte Daquele que é, e que era, e
que está vindo, e da parte dos sete Espíritos que estão diante do
Seu trono, e da parte de Jesus Cristo, a fiel Testemunha, o
Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra" (1:4-5).
Nestes versículos os sete Espíritos são especificados como o
segundo da Trindade Divina. Então o livro de Apocalipse nos
dá um registro completo do mover do Espírito sete vezes
intensificado no ministério celestial de Cristo para fazer
inúmeras coisas.
A. Para:
97
2. Fortalecer os Crentes Sofredores
na Igreja em Esmirna
98
recompensado com a autoridade sobre as nações na era do
reino (2:18-29).
99
Claro que, eles serem Deus e o Senhor Jesus é em vida e em
natureza, mas não na Deidade.
B. Por:
100
inclusivo, sete vezes intensificado para todas as sete igrejas no
final de cada epístola universalmente (Ap 2:1, 7, 8, 11, 12, 17,
18, 29; 3:1, 6, 7, 13, 14, 22). No começo de cada epístola
Cristo está falando, e no final é o Espírito falando. Isto mostra
que Cristo é o Espírito.
2. Os Santos Vencedores
Vivem no Espírito Deles
C. Para:
101
O ministério celestial de Cristo sete vezes intensifi-cado
também é para a formação do exército nupcial para Cristo
derrotar e destruir Seus inimigos mais elevados na
humanidade, o Anticristo e o seu falso profeta (Ap 19:11-21;
17:14). A vinda do Anticristo e o seu falso profeta será os
inimigos humanos de Cristo, atacando Cristo ao máximo. Eles
lutarão frente a frente com um exército contra Cristo. Mas
Cristo e Sua noiva os destruirão e os lançarão no lago de fogo.
3. A Prisão de Satanás
102
escala plena. Todos os crentes, através da disciplina de mil
anos, serão amadurecidos, transformados, e confor-mados, para
participar na Nova Jerusalém na eternidade.
D. O Resultado Final
103
CAPÍTULO SEIS
104
Leitura Bíblica: 1Co 1:1-2, 9, 10-13; 3:3-4; Ef 4:3-6
Esboço
105
E. Cristo é “deles e nosso”—Cristo é a porção dos
santos na localidade em Corinto e de todos os
santos em todo o lugar, que participam da
comunhão (desfrute) de Cristo, na qual todos os
crentes foram chamados pelo Deus fiel—1:2e, 9
F. As divisões entre os santos são condenadas pelo
apóstolo como a autoridade delegada de Cristo a
Cabeça—1:10-13
G. Cristo não está dividido—Cristo é único, não é
divisível nem dividido—1:13
H. Divisão é da carne, segundo a maneira do
homem—3:3-4
I. Nossa prática sob a divisão e a degradação confusa
do cristianismo hoje:
1. Nós não participamos nem deveríamos
participar da heresia Católica, das deno-
minações protestantes, e nenhum tipo de
grupos livres de cristãos.
2. Mas reconhecemos e recebemos os crentes
individuais em Cristo, que crêem no
Senhor Jesus Cristo, redimidos pelo Seu
sangue e regenerados pelo Espírito San-to,
que não são facciosos (Tt 3:10), não
causam divisões (Rm 16:17), não adoram
ídolos, nem vivem em pecado (1Co 5:11),
mesmo que eles ainda se relacionam com
qualquer das divisões acima citadas.
106
3. Somos um com todos os crentes que estão
na restauração do Senhor em todo o mundo.
4. Nós não temos nenhum credo, temos apenas
a única Bíblia traduzida adequada-mente e
interpretada por e segundo a própria Bíblia.
II. A única unidade do Corpo universal de Cristo—Ef 4:3-6
A. A única unidade do Corpo universal de Cristo é do
Espírito, essa unidade os crentes não deve-riam
quebrá-la, mas preservá-la diligentemente na
unidade do vínculo da paz—v.3
B. Em todo o universo há apenas um Corpo único de
Cristo, com o Deus Triúno como seu conte-údo—
vv.4-6
107
b. O entremesclar de todas as igrejas em
determinados distritos.
c. O entremesclar de todos os coopera-
dores.
d. O entremesclar de todos os presbí-
teros.
2. Esse entremesclar não é social, mas o
entremesclar do próprio Cristo que está nos
membros individuais, as igrejas dis-tritais,
os cooperadores, e os presbíteros
desfrutam, experimentam e comparti-lham.
3. Para a edificação do Corpo universal de
Cristo (Ef 1:23) para consumar a Nova
Jerusalém (Ap 21:2) como o objetivo final
da economia de Deus segundo o Seu bom
prazer (Ef 3:8-10; 1:9-10)
108
tudo a nós com a finalidade de nos fazer iguais a Ti em vida e
natureza, mas não em Sua Deidade. Nós agradecemos por isto.
Nós O adoramos. O ponto principal nestes dias é que Tu tens
nos revelado que desejas ter um grupo de pessoas para serem
moldadas por meio da regeneração, santificação, renovação,
transformação, conformação, e glorificação para ser iguais a Ti.
Nós Te pelo que Tu és. Amém.
A. A Igreja de Deus
109
Primeira Coríntios 1:2a falam da igreja de Deus. A igreja
tem que ser de Deus. Ela não deveria ser de qualquer outra
coisa. Isto se refere ao conteúdo da igreja em sua essência.
Cada questão substancial tem sua fonte. Então ela tem seu
fundamento. Intrinsecamente, dentro do funda-mento, há a
essência. O conteúdo da igreja é essencialmente o próprio Deus.
B. A Igreja em Corinto
110
Sul da Califórnia há uma igreja chamada “The Taiwan Gospel
Church”. Estes crentes usaram Taiwan como a base deles. Eu
cresci na China na cidade de Chefoo, e em Chefoo havia a
Igreja da Inglaterra. As pessoas estabelecem igrejas muito
facilmente. Hoje é mais fácil estabelecer uma igreja do que
abrir um restaurante. Todas as denominações têm fundamento
divisivo, incluindo os Batistas do Sul, os Presbiterianos e os
Luteranos.
Se nós os crentes preservarmos o modelo estabelecido
por Deus na Bíblia para ter uma igreja em uma cidade,
poderemos guardar a unidade. Qualquer crente que vier para
uma cidade tem que estar na igreja naquela cidade. Se eu for
para Tóquio, eu devo me reunir na igreja em Tóquio. Se eu for
para Londres, eu devo ir para a igreja em Londres. Se eu for
para Dallas, eu tenho que me reunir com a igreja em Dallas.
Então, espontaneamente não haverá nenhuma divi-são. A Bíblia
estabeleceu um modelo de como os crentes devem se reunir. O
primeiro ajuntamento dos cristãos foi em Jerusalém, e Atos 8:1
chama este ajuntamento de a igreja em Jerusalém. Jerusalém
era uma cidade grande, mas havia somente uma igreja naquela
cidade. Embora haja uma igreja em uma cidade, a igreja não
necessariamente precisa se reunir em num único lugar. Mas
devemos ter em mente que a cidade na qual estamos deve ser a
única base local da igreja.
C. Os Chamados Santos
111
Aqueles que foram santificados em Cristo Jesus, os
chamados santos, são os constituintes como a estrutura da
igreja (1Co 1:2c). O Deus Triúno é o conteúdo da igreja, com o
Espírito como a essência, o Senhor como o elemento, e o Pai
como a fonte. A estrutura da igreja é os crentes genuínos, os
verdadeiros santos, os santificados em Cristo Jesus. A igreja
deve ser de Deus, em sua base local, e com os santos como os
constituintes.
112
de Cristo no qual todos os crentes foram chamados pelo Deus
fiel (1:2e, 9). O mesmo Cristo não é a porção somente para
uma igreja local, mas também para todas as igrejas na terra.
Ele é a porção comum repartida a nós por Deus. Toda igreja
local tem uma porção de Cristo. Além disso, fomos chamados
pelo Deus fiel na comunhão de Cristo. Como os chamados
santos, Cristo é nossa porção, e fomos chamados para o
desfrute, a comunhão de Cristo como o centro.
113
G. Cristo Não Está Dividido
H. A Divisão é da Carne
114
pessoa natural, mas Cristo é tudo e em todos (Cl 3:11). Na cruz
tanto Judeus e Gentios foram crucificados. Segundo, tudo deve
ser pelo Espírito. Terceiro, isto é para dispensar Cristo a outros.
Quarto, tudo é para a edificação da igreja. Em outras palavras,
tudo o que fazemos deve ser por meio da cruz pelo Espírito
para dispensar Cristo aos outros para a edificação da igreja
como o Corpo de Cristo.
Mas hoje as pessoas não tomam a cruz ou vivem pelo
Espírito. Ao invés disso, vivem pela sua carne. Elas não querem
dispensar Cristo. Antes, querem o tipo de vida social que tem.
Após nossas reuniões, gostamos de congregar com aqueles que
vão de encontro ao nosso background natural. Os Chineses vão
para os Chineses e os Americanos vão para os Americanos. Isto
mostra que precisamos ser crucificados. O sabor Japonês, o
sabor Chinês, o sabor Taiwanês, e o sabor Americano, todos
devem ser crucificados. Não deveríamos fazer coisas de acordo
com nosso sentimento, mas de acordo com o Espírito. Não
somente deveríamos desfrutar Cristo para nós mesmos, mas
dispensar Cristo a outros. O sabor do nosso homem natural com
nossa cultura é o sabor de homens, o sabor da carne. Isso tem
que ser crucificado pelo Espírito para que possamos dispensar
Cristo para a igreja.
115
participamos e jamais deveríamos participar da heresia
Católica, as denominações Protestantes, e qualquer espécie de
grupos livres de cristãos. Participar de quaisquer destas coisas é
participar de uma divisão. Mas reconhecemos e recebemos os
crentes individuais em Cristo que crêem no Senhor Jesus Cristo
que são redimidos pelo Seu sangue e regenerados pelo Espírito
Santo, que não são facciosos (Tt 3:10), que não causam divisões
(Rm 16:17), que não adoram ídolos ou vivem em pecado (1Co
5:11), e mesmo se eles ainda estão associados a quaisquer
destas divisões acima citadas. Romanos 16:17 diz que devemos
ficar atentos àqueles que fazem ou criam divisões. Há quatro
tipos de pessoas que não podemos tolerar: pessoas que são
divisivas, facciosas, idóla-tras, ou ainda vivem em pecado.
Recebemos qualquer um que não esteja nestas categorias,
porque não somos divisivos, mas não podemos ir às reuniões
deles, porque as reuniões deles são divisivas.
Nós somos um com todos os crentes que estão na resta-
uração do Senhor em toda parte do mundo. Também, não
temos nenhum credo; temos somente a única Bíblia correta-
mente traduzida e interpretada de acordo com a própria Bíblia.
A Palavra de Deus é inspirada. Nós somente devería-mos
interpretar a Bíblia de acordo com a Bíblia. Por exem-plo, os
discípulos de Confúcio têm o conceito de renovação, mas isto é
diferente do ensinamento da Bíblia. A renovação na Bíblia é
que nosso velho homem deve ser crucificado e deve ser
consumido de forma que o novo homem interior possa ser
renovado.
116
Todas as virtudes na vida Cristã deveriam ser por meio
da cruz e pelo Espírito para dispensar Cristo para a igreja.
Muitos falam sobre amor, mas o ensinamento da Bíblia em
relação ao amor é único. O amor deve ser por meio da cruz
pelo Espírito para dispensar Cristo para a igreja. Quando
amamos alguém, temos que checar se nosso eu está ou não
crucificado e se nosso amor é pelo Espírito. Além disso, não
amamos as pessoas para nosso interesse, mas pelo dispensar de
Cristo e para a edificação do Corpo. Esta é a virtude humana do
amor ensinada pela Bíblia, a qual é abso-lutamente diferente do
amor mundano. Este é um exemplo de interpretar a Bíblia de
acordo com a Bíblia.
A. A Unidade do Espírito
117
crucificado pela cruz de Cristo; e assim devemos seguir o
Espírito. Então poderemos ter a unidade do Espírito pelo
dispensar de Cristo e para a edificação do Seu Corpo. Não
deveríamos quebrar esta unidade, mas preservá-la
diligentemente no vinculo da paz.
B. O Um Só Corpo de Cristo
118
Deus mesclou o Corpo junto (1Co 12:24). A palavra
mesclou também significa ajustou, harmonizou, temperou e
mesclou. Deus mesclou o Corpo, ajustou o Corpo, harmonizou
o Corpo, temperou o Corpo, e mesclou o Corpo. A palavra
grega para mesclar implica perda de peculiaridades. A
peculiaridade de um irmão pode ser rapidez, e de outro pode
ser lentidão. Mas na vida do Corpo a lentidão desaparece e a
rapidez é levada embora. Todas estas peculiaridades se vão.
Deus mesclou todos os crentes de diferentes raças e cores.
Quem pode fazer os negros e os brancos perderem suas
peculiaridades? Somente Deus pode fazer isto. Um marido e
uma esposa só podem ter harmonia em sua vida matrimonial
perdendo suas peculiaridades.
Para ser harmonizado, misturado, ajustado, mesclado, e
temperado na vida do Corpo, temos que passar pela cruz e pelo
Espírito, dispensando Cristo aos outros por causa do Corpo de
Cristo. Os cooperadores e presbíteros têm que aprender a serem
crucificados. Tudo que fazemos deveria ser pelo Espírito para
dispensar Cristo. Também, o que fazemos não deveria ser para
nosso interesse e segundo o nosso querer, mas para a igreja.
Contanto que pratiquemos estes pontos, nós teremos a mescla.
Todos estes pontos significam que devemos ter comu-
nhão. Quando um cooperador fizer qualquer coisa, ele deve ter
comunhão com os outros cooperadores. Um presbítero deve ter
comunhão com os outros presbíteros. A comunhão nos
tempera; a comunhão nos ajusta; a comunhão nos harmoniza; a
comunhão nos entremescla. Deveríamos nos esquecer se somos
119
lentos ou rápidos e somente ter comunhão com outros. Não
deveríamos fazer nada sem comunhão com os outros santos que
estão coordenando conosco. A comunhão exige que paremos
quando estivermos a ponto de fazer algo. Em nossa
coordenação na vida da igreja, na obra do Senhor, todos nós
devemos aprender a não fazer nada sem comu-nhão.
Entre nós deveria haver o entremesclar de todos os
membros individuais do Corpo de Cristo, o entremesclar de
todas as igrejas em determinados distritos, o entremesclar de
todos os cooperadores, e o entremesclar de todos os presbí-
teros. Entremesclar significa que sempre devemos parar para
ter comunhão com outros. Então receberemos muitos
benefícios. Se nos isolarmos e nos excluirmos, perderemos
muito ganho espiritual. Aprenda a ter comunhão. Aprenda
estar entremesclado. De agora em diante, as igrejas devem
reunir-se freqüentemente para se entremesclarem. Podemos
não ser usados para isto, mas após começarmos a praticar o
entremesclar algumas vezes, adquiriremos o gosto por ele. Isto
é a coisa mais gratificante e preserva a unidade do Corpo
universal de Cristo. Hoje é muito fácil para nos entre-
mesclarmos uns com os outros por causa desta era moderna
com suas facilidades modernas.
Quando nos entremesclamos juntos, temos a cruz e o
Espírito. Sem a cruz e o Espírito, tudo o que temos é a carne
com divisão. Não é fácil ser crucificado e fazer todas as coisas
pelo Espírito em nós. É por isso que temos que aprender a nos
entremesclar. O entremesclar exige que sejamos crucifi-cados.
120
O entremesclar exige que estejamos no Espírito para dispensar
Cristo e fazer tudo por causa do Seu Corpo.
Podemos nos reunir sem muito entremesclar porque
cada um permanece em si mesmo. Eles têm medo de ofender os
outros e cometer erros, assim eles permanecem quietos. Esta é
a maneira do homem segundo a carne. Quando nos reunimos,
deveríamos experimentar o terminar da cruz. Assim
aprenderíamos a seguir o Espírito, como dispensar Cristo, e
como dizer e fazer algo para o benefício do Corpo. Isso mudará
toda a atmosfera da reunião e temperará a atmosfera.
Entremesclar não é uma questão de ficar quieto ou falar, mas
uma questão de ser temperado. Podemos estar em harmonia,
porque fomos temperados. Por fim, todas as distinções terão
ido embora. Entremesclar significa perder as distinções. Todos
nós temos que pagar algum preço para praticar o entremesclar.
Um grupo de presbíteros podem se reunir freqüente-
mente sem estarem entremesclados. Estar entremesclado
significa que você é tocado através de outros e que você está
tocando outros. Mas você deveria tocar outros de uma mane-ira
entremesclada. Passe pela cruz, faça coisas pelo Espírito, e faça
tudo para dispensar Cristo por causa do Seu Corpo. Não
deveríamos vir para uma reunião de entremesclar e ficar
calados. Temos que nos preparar para dizer algo ao Senhor. O
Senhor pode usá-lo, mas você precisa ser tempe-rado e
crucificado, e precisa aprender a seguir o Espírito para
dispensar Cristo por causa do Seu Corpo.
121
Quando eu tinha apenas vinte e sete anos aproxima-
damente, uma igreja foi levantada em minha cidade natal. Eu
aprendi a fazer tudo por meio da cruz e pelo Espírito para
ministrar Cristo para o Seu Corpo. Por eu ser jovem, eu orei a
oração de Salomão: “Senhor, dá-me, pois agora sabedoria e
conhecimento para conduzir o Teu povo” (2Cr 1:10), e o
Senhor me respondeu. Através dos anos, eu aprendi a entre-
mesclar com os santos.
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