Instituto Superior Politécnico de Benguela
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ESTUDANDES:
ADITH BIMBE
WILSON BANDEIRA
ORIENTADOR
RICARDO BAPOLO
BENGUELA, 2023
TRABALHO INVESTIGATIVO DE SISTEMAS POLÍTICOS
JURÍDICO-TRADICONAL
ESTUDANDES:
ADITH BIMBE
WILSON BANDEIRA
AGRADECIMENTO
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus.
AGRADECIMENTO......................................................................................................................... III
Objetivos ...................................................................................................................................... IV
CAPÍTULO I..................................................................................................................................... 7
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 7
CAPITULO II.................................................................................................................................... 8
2.1 A interpretação sobre a formação do Estado segundo o materialismo histórico. .................. 8
2.2 A ideação do conceito de Estado e o emergente Estado moderno ...................................... 10
2.3 As construções teóricas e os fundamentos filosóficos do Estado moderno ......................... 12
2.5 As transformações do Estado moderno e a desconstrução do Estado-nação. ..................... 13
CAPÍTULO III - A ASCENSÃO E DOMINAÇÃO DO ESTADO CAPITALISTA ....................................... 14
2.3 O Estado liberal ..................................................................................................................... 16
2.3 ESTADO NEOLIBERAL ............................................................................................................. 18
Capítulo IV ................................................................................................................................... 19
Contexto Hostórico de estado em Angola ................................................................................... 19
Conclusão .................................................................................................................................... 21
Referência Bibliográfica ............................................................................................................... 22
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
O termo "Estado" implica, ontologicamente, a noção de modo de ser, o
que, segundo Silveira Neto, pode-se acrescentar ao termo Estado a indicação
de um modo de ser da sociedade, uma forma com que se apresenta o poder. 1
Na Grécia Antiga usava-se a expressão polis para denominar a sociedade
política. Já para os romanos, o termo ‘’urb’’ indicava a cidade no sentido material
e ‘civitas’ no sentido espiritual. Embora mais tarde, quando Roma avança suas
fronteiras pelo mundo antigo, já não lhe bastavam tais termos, surgindo assim,
o conceito de ‘imperium’.
Por fim, na Idade Média, já com a concepção patrimonial de Estado,
encontram-se os termos ‘’territorium’’ e ‘land’, assim como estado- no sentido de
classe social. Todavia, a palavra - Estado - com seu significado atual, fora usada,
pela primeira vez, na literatura política por Nicolau Maquiavel em sua obra O
Príncipe, publicada em 1531: "todos os Estados, os domínios que tiveram e têm
poder sobre os homens, são estados e são ou repúblicas ou principados." Assim,
com Maquiavel, o termo Estado foi definitivamente consagrado, designando a
sociedade em sua plena expressão política e jurídica.
Diferentes doutrinas tentam explicar a origem do Estado, seja a doutrina
teológica do Estado que tem como seus expoentes Santo Tomás de Aquino,
Jacques Bossuet e Santo Agostinho, seja a doutrina do jusnaturalismo, surgida
no final da Idade Média, que defendia a ideia de que o Estado encontra
fundamento na própria natureza humana, com precedência do direito natural em
relação ao direito positivo. Ou seja, há um fundamento anterior às leis humanas,
que é o próprio direito do homem como criação de Deus, sendo essa a essência
do direito natural, apesar das suas muitas conceituações e significações
surgidas durante sua história.
Por fim, a doutrina contratualista, na qual o Estado é originado de um
acordo de vontades, onde cada um cede parcela de seus direitos individuais em
prol de todo o grupo. São autores da doutrina contratualista, entre outros,
Thomas Hobbes, John Locke, Jean-Jacques Rousseau e Samuel Pufendorf.
Quanto a nós, buscaremos observar este longo processo de construção
do Estado até o início de sua desconstrução que urge estudar para se
compreender as novas estruturas de inscrição do poder político que estão a
nascer e que irão substituir a “velha” instituição denominada, Estado.
CAPITULO II
O presente capítulo partirá de diferentes bases interpretativas. A primeira
no campo histórico natural, trazendo para o debate a teoria marxista sobre o
Estado cuja investigação adota a concepção materialista-dialética fundada por
Karl Marx. O objeto da história do Estado consiste no desenvolvimento dos
sistemas estatais e jurídicos em todo o seu aspecto concreto, ou seja, a essência
do Estado nas diversas formações socioeconômicas e jurídicas. A segunda e
terceira partes tratarão das principais bases filosóficas e econômicas de criação
do Estado moderno e as causas que levaram os teóricos burgueses à justificação
da ideia de Estado, e, sobretudo a emergência do Estado moderno.
Ressaltamos, todavia, que optamos por estudar no Capítulo II, seguinte, que
trata sobre o processo de consolidação do sistema capitalista, as formas
específicas de Estado por entendermos dentro do contexto do Estado capitalista.
Ao final do capítulo, o ponto de investigação será a tensão provocada pelo
processo de internacionalização, especialmente após a criação da Organização
das Nações Unidas (ONU) e o exponencial aumento da limitação in foro
doméstico e internacional dos poderes do Estado.
Capítulo IV
Contexto Hostórico de estado em Angola
No que corresponde ao atual território angolano, a ocupação teve início
ainda no período pré-histórico, mas os assentamentos humanos de maior
dimensão se instalaram somente com a chegada dos povos bochimanes,
considerados os aborígenes da Angola e que hoje constituem uma parcela muito
pequena da população do país.
Por volta do ano de 1000 a.C., grandes conjuntos populacionais já se
espalhavam pelo território angolano e foram se desenvolvendo no decorrer dos
séculos. Dentre os principais povos que se deslocaram até a região da Angola
nesse período estão os bantos (ou bantus). Além disso, importantes
organizações territoriais se consolidaram entre os séculos XIV e XV, como os
grandes reinos de Congo e de Ngolo, situados respectivamente ao norte e no
centro da Angola.
Esse foi o mesmo período em que os colonizadores portugueses
aportaram no continente. Os europeus se deslocaram em direção ao reino do
Congo no ano de 1483, firmando então uma relação com esse território.
A transformação de parte da Angola em colônia portuguesa aconteceu de
fato no ano de 1575, iniciada com Luanda. O domínio territorial português na
região se expandiu com o tempo, o que resultou em uma série de conflitos nos
dois principais reinos anteriormente citados.
Nos períodos subsequentes, muitas pessoas foram retiradas à força do
país na condição de escravizadas, sendo enviadas para as colônias portuguesas
nas Américas. Uma das principais áreas portuárias de onde partiam era
Cambinda, hoje província angolana.
A proibição do tráfico negreiro em 1850 no Brasil, um dos principais
destinos das pessoas escravizadas, junto do reordenamento interno da estrutura
econômica de produção e importação, provocou mudanças significativas na
Angola orientadas por Portugal.