Calorimetria Indireta em Crianças E Adolescentes Com Bronquiolite Obliterante Pós-Infecciosa
Calorimetria Indireta em Crianças E Adolescentes Com Bronquiolite Obliterante Pós-Infecciosa
Calorimetria Indireta em Crianças E Adolescentes Com Bronquiolite Obliterante Pós-Infecciosa
FACULDADE DE MEDICINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
JULIANA PALUDO
JULIANA PALUDO
NLM: WS 280
FACULDADE DE MEDICINA
ADOLESCENTE
15 / 06 / 2010
Ao Dr. Gilberto Bueno Fischer e Dra. Elza Daniel de Mello pelo competente auxílio,
amadurecimento profissional;
Alegre, em especial a Sra. Alice Antônia Phaffenzeller, Kátia Groth e Leda Dalbem e as
Mocelin e as colegas nutricionistas Franciliane Jobim Benedetti e Vera Lúcia Bossa, pelo
Cristine Medeiros e Leila Ghizzoni pelo auxílio e colaboração nas diversas etapas desta
pesquisa;
Á minha família e ao meu namorado Marcelo por todo apoio, incentivo e paciência...
RESUMO
comparar com crianças e adolescentes hígidos. Metodologia: Estudo transversal com grupo
indivíduos, um com diagnóstico de BO e outro hígido, os quais foram pareados pelo gênero,
composição corporal. O gasto energético foi medido pela calorimetria indireta; o fator
atividade pelo recordatório 24h de atividades físicas e a ingestão energética pelos inquéritos
grupo BO e para o grupo controle: idade (11,8 ± 2,7) e (12,3 ± 2,8); índice de massa corporal
(18,9 ± 4,0 Kg/m2) e (18,8 ± 3,4 Kg/m2); gasto energético de repouso (GER) (1717,6 ± 781,5)
e (2019,9 ± 819); gasto energético total (GET) (2677,5 ± 1514,0 Kcal/dia) e (3396,1 ±
612,1Kcal/dia). O GER e GET não foram estatisticamente diferentes entre os grupos (p=
0,102; p=0,051). O GER não foi estatisticamente diferente nem quando ajustado para massa
magra (p=0,116). O GER está associado a MM (r=0,490; p0,001), sendo que quanto maior a
MM, maior o gasto energético. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre o
1.279,6Kcal a menos do que o previsto pelo GET (p<0,001). Houve diferença estatisticamente
significante entre o gasto energético medido pela calorimetria indireta e o estimado pelas
energética das crianças e adolescentes hígidos foi menor que o GET. Os resultados sugerem
que todas as fórmulas de predição utilizadas subestimaram as necessidades energéticas
calorimetria indireta.
ABSTRACT
infectious obliterans bronchiolitis (OB) receiving outpatient pediatric pulmonology care and
compare them with healthy children and adolescents. Methods: Cross-sectional study with
control group including 72 children and adolescents aged 8-18 years. Two groups of 36
individuals were compared – one diagnosed with OB and another healthy – which were paired
as to gender, age, and body mass index classification. Anthropometry and body composition
were used for nutritional assessment. Energy expenditure was measured by indirect
calorimetry, activity factor was assessed through 24-hour recall, and energy intake was
measured by nutrition surveys. Results: The following results are respectively presented to
the OB group and to the control group: age (11.8 ± 2.7) and (12.3 ± 2.8); body mass index
(18.9 ± 4.0 Kg/m2) and (18.8 ± 3.4 Kg/m2); resting energy expenditure (REE) (1717.6 ±
781.5) and (2019.9 ± 819); total energy expenditure (TEE) (2677.5 ± 1514.0 Kcal/day) and
(3396.1 ± 1557.9 Kcal/day); energy intake estimate (2294.1 ± 746.7 Kcal/day) and (2116.5 ±
612.1 Kcal/day). REE and TEE were not statistically different between groups (p=0.102;
p=0.051). REE was not statistically different even when adjusted for lean mass (p=0.116).
REE is associated with lean mass (r=0.490; p<0.001) – the higher the lean mass, the higher
the energy expenditure. There were no statistically significant differences between TEE and
energy expenditure in the OB group (p=0.202). The control group had an average intake
1279.6 Kcal lower than that predicted by TEE (p<0.001). There was a statistically significant
difference between energy expenditure measured by indirect calorimetry and that estimated
REE and TEE weresimilar between groups. Energy intake estimate in the healthy children and
adolescents was lower than TEE. Results suggest that all prediction equations used in this
study underestimated the energy needs when compared with indirect calorimetry.
calorimetry.
LISTA DE FIGURAS
Figura dissertação:
Figuras do artigo 2: Gasto energético medido por calorimetria indireta e o estimado por
infecciosa.
Figura 1 – Gráfico de dispersão pelo método de Bland-Altman das diferenças entre o VET
medido pela calorimetria e IOM versus as calorias médias entre os dois métodos nos dois
grupos. .................................................................................................................................... 119
Figura 2 – Gráfico de dispersão pelo método de Bland-Altman das diferenças entre o VET
medido pela calorimetria e Shofield versus as calorias médias entre os dois métodos nos dois
grupos. .................................................................................................................................... 120
Figura 3 – Gráfico de dispersão pelo método de Bland-Altman das diferenças entre o VET
medido pela calorimetria e OMS versus as calorias médias entre os dois métodos nos dois
grupos ..................................................................................................................................... 121
Figura 4 – Gráfico de dispersão pelo método de Bland-Altman das diferenças entre o VET
medido pela calorimetria e Harris-Benedict versus as calorias médias entre os dois métodos
nos dois grupos ....................................................................................................................... 122
LISTA DE TABELAS
obliterante pós-infecciosa.
Tabelas do artigo 2: Gasto energético medido por calorimetria indireta e o estimado por
infecciosa.
Quadros Dissertação:
Quadro do artigo 2: Gasto energético medido por calorimetria indireta e o estimado por
infecciosa.
A - altura em centímetros
CB - Circunferência do braço
FC - Fibrose cística
I - idade em anos
kJ - Quilojoules
MB - Metabolismo basal
MG – Massa gorda
MM – Massa magra
O2 - Oxigênio
OMS - Organização Mundial da Saúde
P - Peso em quilogramas
QR - Quociente respiratório
V O2 - Volume de oxigênio
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 19
2 REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................................... 21
2.1 BRONQUIOLITE OBLITERANTE PÓS-INFECCIOSA (BO) ....................................... 21
2.1.1 Definição ......................................................................................................................... 21
2.1.2 Histórico ......................................................................................................................... 21
2.1.3 Epidemiolgia .................................................................................................................. 22
2.1.4 Etiologia .......................................................................................................................... 22
2.1.5 Fisiopatologia ................................................................................................................. 23
2.1.6 Diagnóstico ..................................................................................................................... 24
2.1.7 Tratamento ..................................................................................................................... 25
2.1.8 Prognóstico ..................................................................................................................... 26
2.2 NUTRIÇÃO E DOENÇA PULMONAR ........................................................................... 27
2.2.1 Efeitos das Pneumopatias sobre o Estado Nutricional ............................................... 27
2.3 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ........................................................................................ 28
2.3.1 Antropometria ............................................................................................................... 29
2.3.2 Classificação do Estado Nutricional ............................................................................ 30
2.3.3 Avaliação da Composição Corporal ............................................................................ 31
2.3.4 Avaliação do Consumo Alimentar ............................................................................... 32
2.3.4.1 Recordatório de 24 horas ............................................................................................. 33
2.3.4.2 Registro Alimentar de 3 dias ........................................................................................ 34
2.4 METABOLISMO ENERGÉTICO ..................................................................................... 35
2.4.1 Definições........................................................................................................................ 35
2.4.2 Mensuração do Gasto Energético ................................................................................ 36
2.4.3 Calorimetria Indireta – Fundamentação Teórica ...................................................... 38
3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 42
4 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 44
4.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 44
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................. 45
5 METODOLOGIA................................................................................................................ 46
5.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA .................................................................................. 46
5.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ............................................................................................ 47
5.3 AMOSTRAGEM ................................................................................................................ 47
5.3.1 Cálculo do Tamanho da Amostra ................................................................................ 48
5.3.2 Critérios de Inclusão ..................................................................................................... 48
5.3.3 Critérios de Exclusão .................................................................................................... 49
5.3.4 Logística.......................................................................................................................... 49
5.3.5 Coleta de dados e Instrumentos ................................................................................... 51
5.3.5.1 Avaliação do estado nutricional ................................................................................... 51
5.3.5.1.1 Antropometria............................................................................................................ 51
5.3.5.1.2 Composição Corporal ................................................................................................ 53
5.3.5.2 Determinantes Energéticos .......................................................................................... 54
5.3.5.2.1 Ingestão Energética.................................................................................................... 54
5.3.5.2.2 Gasto Energético........................................................................................................ 56
5.3.5.2.3 Determinação do Gasto Energético Total (GET) ...................................................... 57
5.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA ................................................................................................. 58
5.5 ASPECTOS ÉTICOS ......................................................................................................... 59
6 CONCLUSÕES.................................................................................................................... 61
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 63
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 65
APÊNDICE A - ARTIGO 1 EM PORTUGUÊS ................................................................. 78
APÊNDICE B - ARTIGO 2 EM PORTUGUÊS .................................................................. 98
APÊNDICE C – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA
O GRUPO BO ....................................................................................................................... 123
APÊNDICE D – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA
O GRUPO CONTROLE. ..................................................................................................... 125
APÊNDICE E – RECORDATÓRIO ALIMENTAR DE 24 HORAS ............................. 127
APÊNDICE F – REGISTRO ALIMENTAR DE TRÊS DIAS ........................................ 128
APÊNDICE G – RECORDATÓRIO 24 HORAS DE ATIVIDADES FÍSICAS ............ 130
APÊNDICE H – FORMULÁRIO DE ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA
CALORIMETRIA INDIRETA ........................................................................................... 132
APÊNDICE I - CHECK LIST PARA A REALIZAÇÃO DO EXAME DE
CALORIMETRIA INDIRETA ........................................................................................... 133
APÊNDICE J - RESULTADO DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E
CALORIMETRIA INDIRETA ........................................................................................... 134
ANEXO A – QUESTIONÁRIO ISAAC ............................................................................. 136
ANEXO B – AUTO-AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO DE MATURAÇÃO SEXUAL....... 137
1 Introdução
19
1 INTRODUÇÃO
A nutrição não é uma ciência exata. Um dos primeiros objetivos ao se iniciar a terapia
metabolismo de energia é necessário para projetar estratégias nutricionais corretas para muitas
condições clínicas, uma vez que não é totalmente preciso calcular as necessidades individuais
(EXCEL et al., 2007). Entretanto, sabemos que é desafio para os clínicos prover energia
suficiente para a síntese de tecidos e função imunológica, bem como evitar complicações
aporte energético de acordo com o desgaste, baseado na avaliação individual por profissional
2 Revisão da Literatura
21
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1.1 Definição
2.1.2 Histórico
Em 1901, o Dr. Wilhelm Lange, ao relatar dois casos de pacientes adultos com doença
descreveu um paciente com diagnóstico de BO após revisar 42.038 autópsias de adultos feitas
surgiram duas séries de casos descritas por Lang e col e Wenman e col (LANG et al., 1969;
WENMAN et al., 1982). Treze anos após, em 1982, Roca et al., descreveram o primeiro caso
de BO pós transplante de medula óssea. Em 1985, Epler e Colby relataram pela primeira vez a
22
para a doença. Hardy et al., em 1988, estudando amostras de tecido pulmonar de 2897
2.1.3 Epidemiolgia
Apesar das primeiras descrições de BO terem sido feitas há mais de um século, não
existem dados epidemiológicos a respeito da doença (COLOM et al., 2006). A BO, tanto em
adultos como em crianças, até recentemente, era considerada uma doença rara (ZHANG;
SILVA, 2000).
No Brasil, não existem dados sobre a incidência da BO, mas há um estudo relatando
ser esta a causa mais comum de doença respiratória grave em crianças menores de dois anos
(RIBEIRO et al., 1978). No trabalho de Fischer, no Rio Grande do Sul, foram relatados
quatro casos em duzentos e treze crianças hospitalizadas por Bronquiolite Viral Aguda (BVA)
2.1.4 Etiologia
aéreo que inclui sete categorias: idiopática, associada à inalação de substâncias irritantes, pós-
MURRAY, 1989). É comum que ocorra nas crianças após um episódio de bronquiolite viral
aguda (BVA) (PINTO et al., 2006). A suspeita deve ser levantada quando não há melhora do
quadro clínico e persiste uma dependência do uso de oxigênio (MELO, 2005). Estimativas
2.1.5 Fisiopatologia
Após a agressão à via aérea, no estágio agudo, membranas hialinas, células epiteliais
massas polipóides que obliteram o lúmen da via aérea, parcial ou completamente, resultando
bronquíolo. Esse processo que acontece ao longo do feixe axial da via aérea reduz a
ventilação colateral e provoca obstrução ao fluxo aéreo (HARDY et al., 1988). Devido à
das secreções e bronquiectasias (HARDY et al., 1988; ZHANG; SILVA, 2000; MAUAD;
obstrução da via aérea também podem ocorrer na porção do pulmão envolvido (FERKOL;
DEVIS, 1999).
2.1.6 Diagnóstico
persistência dos sintomas respiratórios (> 4 semanas), após um episódio de infecção do trato
De acordo com Hardy, os sinais e sintomas que sugerem BO são: 1-sibilância por seis
padrão multifocal da doença e o procedimento traz riscos principalmente aos indivíduos mais
graves (COLOM; TEPER, 2009). Além disso, com os avanços das técnicas de imagem, em
achados radiológicos e clínicos, apoiados pelos testes de função pulmonar (HARDY ET AL.,
pulmonar fornecem medidas objetivas das alterações provocadas pela BO, complementando o
BO (CHANG et al., 1998; COLOM et al., 2006; LOBO et al., 2007; TEPER et al., 1999).
2.1.7 Tratamento
MICHELSON, 2005). Até o momento, ainda não está bem estabelecido. A maioria dos
outras medidas de suporte como fisioterapia, oxigenoterapia e nutrição (TEPER et al., 2002).
importância da terapia nutricional (FISCHER; MOCELIN, 1999; LOBO et al., 2007; TEPER
et al., 2002). Os poucos estudos disponíveis na literatura (CHAN et al., 2000; COLOM et al.,
2006; LOBO et al., 2007; MOCELIN et al., 2004; TEPER et al., 1999), os quais referem a
condição nutricional dos pacientes com BO, são inconsistentes em relação aos métodos
utilizados e não exploram a condição nutricional dos indivíduos, mas são unânimes ao
que apresentam doença supurativa e para desinsuflação nos pacientes com hiperinsuflação
(HARDY, 1994).
podem ter impacto considerável. A exposição ao fumo deve ser evitada, bem como o contato
com indivíduos com doenças respiratórias virais, especialmente nos primeiros meses
2.1.8 Prognóstico
prognóstico e tratamento são indefinidos, e apesar dos primeiros casos terem sido descritos
Nos primeiros anos de vida a morbidade é alta, porém, em longo prazo, poucos
A maioria dos pacientes com BO apresenta quadros moderados, fazendo com que o
prognóstico, em geral, seja bom. Contudo, alguns evoluem desfavoravelmente, com perda
(MUELLER, 2005).
incluem tosse, saciedade precoce, anorexia, perda de peso, dispnéia durante a alimentação e
fadiga. Conforme a doença pulmonar progride, outras condições relacionadas podem interferir
vômito, taquipnéia, hemoptise, dor torácica, pólipos nasais, anemia, depressão e paladar
2009).
28
paciente e suas relações com a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) na população
na BO, são escassas as informações científicas referentes aos fatores nutricionais e à doença
2010).
para que possamos verificar se o crescimento está se afastando do padrão esperado por doença
e/ou por condições sociais desfavoráveis. Ela tem por objetivo verificar o crescimento e as
(SINGULEM et al., 2000). Sabe-se que não existe um método sem críticas, tanto em se
2002).
29
2.3.1 Antropometria
ferramenta para a análise das condições de saúde e nutrição de crianças (ORELLANA et al.,
2009).
humano (SINGULEM et al., 2000). Tem sido recomendada como o principal método de
avaliação do crescimento infantil. Por sua simplicidade, baixo custo, por ser um método não-
(ARAÚJO, 2007).
do corpo, não sendo específicos, visto que somente identificam deficiência ou excesso do
da relação entre os fatores genéticos e ambientais, bem como das diferenças do crescimento
devem ser sempre analisados em função da idade e do sexo da criança, que são os principais
corporal. Portanto, o peso corporal é o somatório da massa orgânica e inorgânica existente nas
células, tecidos de sustentação, órgãos, músculos, ossos, gordura e água (JELLIFFE, 1968).
1968).
parâmetro isolado não caracteriza a condição nutricional geral do indivíduo, por isso, é
diagnóstico nutricional (KAMIMURA et al., 2002). Para avaliar o estado nutricional de uma
A validade do IMC é baseada na boa correlação que este apresenta com a gordura
corporal, principalmente a gordura interna (ANJOS, 1992; HIGGINS et al., 1988). De acordo
com o documento publicado pelo Centers for Diseases and Prevention, em 2003, o IMC pode
ser utilizado para avaliação tanto de baixo peso quanto de excesso de peso em crianças e
diferenciação entre sobrepeso com excesso de gordura daquele com hipertrofia da massa
31
muscular. A associação com outros indicadores, por exemplo, as dobras cutâneas, é muito
útil, permitindo discriminar na massa corporal encontrada pelo IMC a sua composição
(ROLLAND-CACHERA, 1993).
no modelo de dois compartimentos, ou seja, massa gorda e massa magra (ou massa livre de
gordura). A massa gorda corresponde ao tecido adiposo. A massa livre de gordura refere-se a
todos os resíduos químicos ou tecidos livre de lipídios, incluindo água, músculo, tecido
A medida das dobras cutâneas tem sido o método mais utilizado na determinação da
em relação aos outros métodos de avaliação (REZENDE et al., 2007). A dobra cutânea
subescapular (DCSE) correlaciona-se bem com a gordura total. Já a dobra cutânea triciptal
(DCT), apresenta melhor correlação com o percentual de gordura corporal, sendo um bom
referências para todas as idades (MARSHALL et al., 1991; ZEMEL et al., 1997).
indica que a avaliação dos estádios realizada por médicos capacitados oferece resultados mais
pertinentes a este tipo de avaliação, sua utilização impôs-se nas rotinas ambulatoriais de
32
forma ampla e sem a concorrência relevante de outros métodos de avaliação clínica. Já,
Martin et al. (2001), conclui em seu estudo que a avaliação da maturação, através da auto
Quantificar a ingestão alimentar tem sido descrito como um dos fatores de maior
2000).
Os métodos usados para medir a dieta são vários; apesar de parecerem fáceis, muitos
são os fatores que interferem na sua precisão, validade e reprodutibilidade. Sabemos, ainda,
que não há um “melhor método”, mas sim um método mais adequado para cada situação
Saúde, 1994).
das crianças em responder questões sobre seu comportamento alimentar, expressar atitudes de
decisão sobre o que comer e conceitos sobre nutrição antes de 7 ou 8 anos de idade, somente
por volta dos 10 a 12 anos, a criança tem capacidade de dar respostas confiáveis sobre sua
pelos pais à observação direta da ingestão da criança mostram que os pais são fonte confiável
de informação no ambiente do lar, mas não podem ser a única fonte de informação em
questionado sobre todos os alimentos e bebidas ingeridos nas últimas 24 horas, sendo de
alimentos e todas as bebidas ingeridas em todas as refeições do dia. Para este método
para que não sejam cometidos erros durante o questionamento, incluindo indução de respostas
os períodos de tempo. Esses dados podem ser anotados pelo próprio paciente ou por seu
de dias incluídos no registro varia, sendo comum a realização de três dias, cinco ou sete dias.
O registro de três dias apresenta a vantagem de ser mais rápido e menos cansativo para o
paciente. Deve-se instruir o paciente a realizar pelo menos um dia no final de semana, por se
tratar o final de semana de um dia atípico. Com relação à freqüência e intervalos de realização
destes registros, ainda não existe um consenso (DAL BOSCO et al., 2007). A obtenção de
registros com qualidade requer orientação padronizada dos participantes sobre o detalhamento
das informações a serem registradas, desde a maneira de informar a porção ingerida até o
detalhamento de receitas, relato sobre a adição de temperos, açúcar, sal, óleos e gorduras,
passando pela marca e especificidade de produtos industrializados. Além disso, para garantir a
deve rever os dados registrados, junto com o indivíduo sob investigação, logo após a
2.4.1 Definições
manipulados para fornecer energia e matéria prima para que o organismo desenvolva todas as
Metabolismo basal (MB) é a energia gasta pelo organismo para manter suas funções
O gasto energético de repouso (GER), por sua vez, refere-se ao período pós-absortivo,
muito ativos fisicamente) a 70% (nos indivíduos mais sedentários) do total de energia gasta
O efeito térmico dos alimentos contribui com cerca de 10% do GET que ocorre em
nutrientes, assim como para o armazenamento das reservas corporais de glicogênio e gordura
2005).
A unidade apropriada para expressar o gasto energético é o joule (energia gasta para
deslocar 1kg à distância de 1 metro pela força de 1 newton). No entanto, tipicamente utiliza-se
o calorie (quantidade de calor necessária para elevar 1g de água 1C, de 14,5 a 15,5C). Para
fazer a conversão de uma unidade para outra, usam-se os seguintes fatores: 1Kcal = 4,184 kJ
parte da resposta metabólica ao estresse que desencadeia nos pacientes. A elevação depende
tanto em contextos clínicos quanto em condições de vida normal. As fórmulas mais utilizadas
(LIGGET et al., 1987; ROCHA et al., 1999). A técnica da água duplamente marcada consiste
na utilização de uma água marcada com formas estáveis de isótopos (H218O e 2H2O) que é
administrado mais frequentemente pela via oral. A taxa de desaparecimento desses isótopos
desaparecimento dos dois isótopos é usada para estimar a taxa de produção de CO2 e,
horas. O alto custo desses isótopos e do equipamento de espectometria de massa usado para
medir os isótopos dificulta o uso corrente deste método (AVESANI et al., 2005). A água
isótopos. Além disso, não particulariza os momentos dos gastos energéticos (SILVA;
temperatura conhecida e cuja variação entre o ponto de entrada e saída expressará o calor
produzido pelo organismo durante sua permanência no interior da câmara. Para obterem-se
longo dentro da câmara, para que o calor emanado de seu corpo possa ser medido. Isso faz
com que as medidas não possam ser expressas por atividades específicas, já que haverá uma
No início do século XX, Benedict e Atwater, em trabalho análogo ao de Carl Von Voit
mais potentes para facilitar a medição e melhorar os tempos de respostas (NGUYEN et al.,
2003).
aparelho de alto custo, este método exige profissionais capacitados a fim de se obter medidas
consumido é utilizado para oxidar os substratos energéticos e que todo CO2 produzido é
eliminado pela respiração, é possível calcular a quantidade total de energia produzida. Essa
como calor durante o processo de oxidação (SIMONSON; DEFRONZO, 1990). Uma vez que
cada combustível (ROCHA et al., 2005). Uma interpretação adequada deve incluir análise do
quociente respiratório (QR= CO2 / O2). A faixa fisiológica do QR costuma estar entre 0,67 e
2007). Quando o O2 como o CO2 estão disponíveis, pode-se utilizar a equação proposta por
medidos por alterações no volume dentro de um reservatório fechado contendo O2. Esses
aparelhos são considerados o padrão áureo da calorimetria. Embora ainda utilizados para
indireta para se obter um resultado acurado. Esses cuidados incluem aspectos relacionados ao
40
metabólico em sí. O ambiente deve ser silencioso, com pouca iluminação e estar numa
realizar um jejum de 2 a 3 horas. O monitor deve ser ligado, no mínimo, 30 minutos antes do
calibrados antes e após cada medição (MULLEN, 1991). A duração do exame depende da
das leituras obtidas. Esta condição de equilíbrio é reconhecida quando o VO2 e VCO2 variam
administração de lactulose pode influenciar a medição do VO2, pois ela sofre fermentação no
cólon e produz CO2, que é inicialmente absorvido e depois eliminado pelos pulmões
(DIENER, 1997).
Uma vez que o uso da calorimetria indireta está se tornando cada vez mais comum, é
necessário dominar sua base metodológica, bem como suas limitações práticas e teóricas
(ROCHA et al., 2006). No entanto em que pese à indiscutível utilidade desta técnica, não
41
existe um claro consenso sobre a realização da mesma, pois não se têm definido padrões de
3 Justificativa
3 JUSTIFICATIVA
pediatria, bem como, com o intuito de ajustar com maior precisão o aporte calórico diários
4 Objetivos
4 OBJETIVOS
BO e os hígidos;
de atividade física.
46
5 Metodologia
5 METODOLOGIA
com idade entre 8 e 18 anos. Os pacientes com BO (G1) eram acompanhados no ambulatório
Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) – Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto
ensino fundamental e médio da rede pública de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
5.3 AMOSTRAGEM
A amostra selecionada para participar do estudo foi recrutada por amostragem não
probabilística por conveniência. A coleta de dados ocorreu nos meses de abril de 2007 a abril
de 2008.
hígidos, de ambos os sexos, com idade compreendida entre 8 e 18 anos, estudantes de duas
escolas públicas de Porto Alegre. Foi aplicado o questionário ISAAC (SOLÉ et al., 1998) para
48
Os grupos foram pareados por gênero, idade e índice de massa corporal (IMC).
IMC propostos por Must et al e classificados de acordo com os pontos de corte propostos por
São inexistentes os estudos sobre gasto energético e BO. Em indivíduos com asma os
estudos mostraram efeito muito pequeno, o que não seria clinicamente relevante. Optamos,
por isso, em detectar no mínimo um efeito moderado (≥0,7) entre os dois grupos quanto ao
sexos.
Entre os elegíveis para o grupo BO (G1), as crianças e adolescentes com diagnóstico de BO,
dos sintomas respiratórios nos últimos 30 dias. E no grupo controle (G2), as crianças e adolescentes
hígidos matriculados em uma das duas escolas estaduais selecionadas que atendessem aos critérios
lactulose ou outra medicação que alterasse o gasto energético e os com presença de outra
doença crônica foi considerada um critério de exclusão para o grupo controle. Atletas foram
5.3.4 Logística
feita a conferência do registro alimentar de três dias (RA3D). Após a aplicação de check-list
Triagem dos
Triagem dos Triagem nutricional para
prontuários
prontuários encontrar indivíduos que
atendendessem ao pareamento
TCLE / ISAAC
Critérios de Inclusão
Avaliação antropométrica
Primeiro R24h
RAF
Entregue RA3D+orientações do mesmo
Agendamento da calorimetria+entrega de
orientações
Segundo R24h
Recebimento e Revisão do RA3D
Execução da calorimetria indireta
5.3.5.1.1 Antropometria
descrito na tabela 1. Também foram aferidas as medidas da dobra cutânea triciptal (DCT),
devidamente calibrado, de acordo com as técnicas corretas de aferição (tabela 2), pelo mesmo
avaliador.
52
Dobra Compasso de dobras A dobra subescapular deve ser medida logo abaixo da
Cutânea cutâneas Lange – TBW extremidade inferior da escápula direita. A pele e o tecido
Subescap Escala: 0 – 60 mm subcutâneo devem ser pinçados neste local e a dobra
ular angulada em 45 a partir do plano horizontal, dirigindo-se
Precisão: 1 mm superiormente para dentro, onde deve-se colocar o
Peso do compasso: 185g plicômetro 1 cm abaixo dos dedos que pinçam a dobra.
Pressão da mola: constante
53
em 10g/mm²
Quadro 2 - Técnicas para aferição da Circunferência do Braço, Dobra Cutânea Triciptal e Dobra Cutânea
Subescapular
Fonte: Sichieri et al. (1999).
al., 1991).
(ANEXO B), segundo os critérios de Tanner (TANNER, 1962). Para classificação em pré-
ORGANIZATION, 1995).
equações e classificação de Slaughter (SLAUGTER et al., 1988). Para a soma das dobras
cutâneas triciptal e subescapular (SDCTS) utilizou-se como ponto de corte o percentil 90,
MENINOS
Pré-púberes raça branca %g = 1,21 (soma das 2 medidas) - 0,008 (soma das 2 medidas)² - 1,7
raça negra %g = 1,21 (soma das 2 medidas) - 0,008 (soma das 2 medidas)² - 3,5
Púberes raça branca %g = 1,21 (soma das 2 medidas) - 0,008 (soma das 2 medidas)² - 3,4
raça negra %g = 1,21 (soma das 2 medidas) - 0,008 (soma das 2 medidas)² - 5,2
Pós-púbere raça branca %g = 1,21 (soma das 2 medidas) - 0,008 (soma das 2 medidas)² - 5,5
raça negra %g = 1,21 (soma das 2 medidas) - 0,008 (soma das 2 medidas)² - 6,8
> 35 mm * %g = 0,783 (soma das 2 medidas) + 1,6
MENINAS
calculado pela equação de Slaughter e dividido por 100. A massa corporal magra foi obtida
pela subtração do peso corporal da massa de gordura (LOHMAN et al., 1988) e também
através da CMB.
composição corporal pela CMB utilizou-se os percentis da CMB, propostos por Frisancho
(1990).
horas (R24h) e um registro alimentar de 3 dias (RA3D). Para a realização dos recordatórios de
24 horas, foi solicitado aos participantes, que recordassem tudo o que comeram e beberam
num período prévio de 24horas e após repassado com o informante todas as informações
referidas. Os dados foram colhidos de dias de semana e não de finais de semana, pois, o
consumo do final de semana, geralmente, não reflete a dieta diária. Para auxiliar a descrição
álbum fotográfico com 390 fotos de porções de alimentos (MONTEIRO et al., 2007).
Também foi fornecido um formulário de registro alimentar, no qual foi solicitado aos
instruções exigidas. Juntamente com o formulário do registro alimentar de 3 dias foi fornecido
calorimetria indireta.
Programa de Apoio à Nutrição, versão 1.5, desenvolvido pela Escola Paulista de Medicina –
ou dos rótulos dos produtos. No caso dos alimentos e/ou preparações possuírem mais de uma
variação (por exemplo, marcas comerciais diferentes) e estas não estivessem especificadas
nos registros, escolhia-se aqueles com maior número de informações quanto aos aspectos
nutricionais.
56
aparelho utilizado para medir os gases exalados foi o monitor TEEM 100, Marca Inbrasport®
Inc. U.S.A. As amostras de gases foram coletadas por pneumotacômetro de baixo fluxo (4 a 6
litros/20 s.). A análise foi feita pelo programa Aerograph, o qual fornece o cálculo do gasto
observação contínua.
antes de cada determinação. A duração do exame foi de 25 minutos, sendo que os 5 primeiros
minutos foram direcionados para a estabilização dos gases e foram desconsiderados (HÖHER
57
et al., 2008). Os dados obtidos foram transferidos para o banco de dados do computador por
um cabo RS 232 (monitor-computador), para análise pelo programa Aerograf que utiliza a
equação de “Weir” (WEIR, 1949). Para validação do exame o quociente respiratório (QR)
deveria estar entre 0,67 e 1,3 (MATARESE, 1997). O resultado foi fornecido em
calorias/minuto e estas foram multiplicadas por 1440 para obtenção do GER de 24 horas.
sem o tempo de jejum solicitado, que tivessem ingerido 8 horas antes do mesmo
broncodilatadores de longa duração, tiveram seu exame suspenso e remarcado para outra data.
O GET foi determinado multiplicando-se o GER pelo fator atividade. O fator atividade
foi obtido pelo recordatório 24h de atividades físicas (RAF) e a intensidade das atividades foi
calculada com os valores expressos em Metabolic Equivalents Task – METs, de acordo com o
televisão foi obtido por questionário e utilizou-se o maior número de horas referido.
O gasto energético também foi estimado por fórmulas de predição (Quadro 2).
pelas fórmulas de predição, para que fosse verificado se existe coerência (resultados
SCHOFIELD, 1985 16,25 (P) + 1,372 (A) + 515,5 8,365 (P) + 4,65 (A) + 200
HARRIS BENEDICT, 1919 66.47+ 13.75(P) + 5.0 (A)- 6.76 (I) 655.10+9.56 (P)+1.85(A)- 4.68(I)
Para avaliar a relação entre o consumo e o gasto energético, foi feita uma comparação
entre a média dos recordatórios de 24horas e registro alimentar de 3 dias não consecutivos
com o resultado final fornecido pelo exame de calorimetria indireta (GET), a fim de verificar
e percentis 25-75 dependendo da distribuição das mesmas. Para avaliar a distribuição das
variáveis em cada grupo, o teste de Shapiro-Wilk foi utilizado. Para descrever as variáveis
Bland & Altman. Para estimar a magnitude das diferenças entre os grupos foi utilizado o
análises foram realizadas, na amostra total e nos eutróficos, através do programa SPSS
(Statistical Package for the Social Sciences) versão 12.0 (SPSS Inc, EUA).
Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre sob parecer número 1563/07 e do Hospital Materno
realização da mesma.
nutricional com orientações específicas ao seu estado nutricional (APÊNDICE H). Uma cópia
dos resultados das avaliações realizadas com o grupo BO foi entregue ao chefe da equipe
6 Conclusões
6 CONCLUSÕES
- O GER e o GET estimado pela calorimetria indireta não foram diferente entre os dois
grupos. O GER não foi estatisticamente diferente nem quando ajustado para MM. A massa
magra é um preditor fidedigno do gasto energético. Parece que o gasto energético está mais
total no grupo BO. O grupo controle apresenta um consumo médio de 1279,6Kcal/dia inferior
ao necessário.
grupos foram pareados pela classificação do IMC este resultado mostra-se lógico.
- Quanto ao nível de atividade física, observamos uma média maior, porém não significativa
7 Considerações Finais
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
calorimetria indireta, pode ser uma ferramenta útil e precisa na definição da conduta
obliterante pós-infecciosa.
64
Quanto às limitações, vale lembrar que, por ser de caráter transversal, o presente estudo
incluídos, permite uma visão inicial importante sobre o metabolismo energético no ainda
Referências
REFERÊNCIAS
2- Altmam DG. Practical Statistics for Medical Research. London: Chapman & Hall; 1991.
3- Amâncio OMS, Juzwiak CK, Oliveira ILC. Avaliação nutricional. In: Palma D, Escrivão
MAMS, Oliveira FLC et al. Nutrição clínica na infância e adolescência. Barueri, São Paulo:
Manole; 2009. p. 25-55.
4- Anção MS, Cuppari L, Draibe AS, Sigulem D. Programa de apoio à nutrição NutWin:
versão 1.5. São Paulo: Departamento de Informática em Saúde, SPDM, UNIFESP/EPM;
2002. 1 CD-ROM.
66
5- Anjos LA, Wahrlich V. Gasto energético: medição e importância para a área de nutrição.
In: Kac G, Sichieri R, Gicante DP. Epidemiologia nutricional. Rio de Janeiro:
Fiocruz/Atheneu; 1997. p. 165-80.
6- Anjos LA, Wahrlich V. Gasto energético: medição e importância para a área de nutrição.
In: Gilberto KAC, Sichieri R, Gicante DP. Epidemiologia nutricional. Rio de Janeiro:
Fiocruz/Atheneu; 2007.
7- Anjos LA. Índice de massa corporal (massa corporal.estatura-2) como indicador do estado
nutricional de adultos:revisão da literatura. Rev Saúde Pública. 1992;26:431-6.
10- Azevedo JCV, Brasil LMP, Macedo TBMA, et al. Comparison between objective
assessment and self-assessment of sexual maturation in children and adolescents. J Pediatr
(Rio J). 2009;85(2):135-42.
11- Barros SP, Arena EP, Pereira AC. Guia prático: avaliação antropométrica em pediatria.
São Paulo: Ponto Crítico; 2008.
12- Barros-Filho FAA. Métodos de avaliação da composição corporal em crianças. In:
Barbieri D, Palma D (eds). Gastroenterologia e nutrição. São Paulo: Atheneu; 2001. p. 219-
39.
13- Batezzati A, Viganó R. Indirect calorimetry and nutritional problems in clinical practive.
Acta Diabetol. 2001;38:1-5.
14- Bernardi JR, De Cezaro C, Fisber RM, et al. Estimativa do consumo de energia e de
macronutrientes no domicílio e na escola em pré-escolares. J Pediatr (Rio J). 2010;86(1):59-
64.
15- Blumgart HL, Macmahon ME. Bronchiolitis fibrosa obliterans. Thorax. 1966; 21:209-14.
16- Bonomo M. Como medir a ingestão alimentar? In: Dutra-de-Oliveira, JE. Obesidade e
anemia carencial na adolescência. São Paulo: Instituto Danone, 2000.
67
17- Buchman AL. Avaliação da composição corporal. In: Lopes FA, Singulem DM, Taddei
JAAC. Fundamentos da terapia nutricional em pediatria. Sarvier: São Paulo; 2002.
18- Burszteins S, Elwyn DH, Askanazi J, et al. (eds). Energy metabolism, indirect calorimetry
and nutrition. Baltimore: Williams and Wilkins; 1989.
19- Castro V, Moraes SA, Freitas ICM, et al. Variabilidade na aferição de medidas
antropométricas: comparação de dois métodos estatísticos para avaliar a calibração de
entrevistadores. Rev Bras Epidemiol. 2008;11(2):278-86.
20- Centers for Diseases and Prevention. Centers for Diseases Control and Prevention, BMI
for Children and Teens [Internet]. 2003. Updated 2003; cited 2009 Mar 10 ; Available
from: http://www.cdc.gov/nccdphp/dnpa/bmi/bmi-for-age.htm.
21- Chan PW, Muridan R, Debruyne JA. Bronchiolitis obliterans in children: clinical profile
and diagnosis. Respirology. 2000;5(4):369-75.
22- Chang AB, Masel JP, Masters B. Post-infectious bronchiolits obliterans: clinical,
radiological and pulmonary function sequelae. Pediatr Radiol. 1998;28(1):23-9.
23- Cintra IP, Heyde MEDVC, Schmitz BA, et al. Métodos de inquéritos dietéticos. Cadernos
de Nutrição SBAN. 1997;13(2):11-25.
24- Colom AJ, Teper AM. Clinical prediction rule to diagnose post-infectious bronchiolitis
obliterans in children. Pediatr Pulmonol. 2009;44:1065-9.
25- Colom AJ, Teper AM, Vollmer WM, et al. Risck factors for the development of
bronchiolitis obliterans in children with bronchiolitis. Thorax. 2006;61:503-6.
26- Coultas D, Funk L. Postinfectious bronchiolitis obliterans. In: Epler G (ed). Disease of the
bronchioles. New York: Roven Press; 1994.
27- Dal Bosco S, Conde SR, Machado IK. Métodos práticos para o cálculo de dietas. Lajeado:
Univates; 2007. p. 43-52.
28- Diener JRC. Calorimetria indireta. Rev Ass Med Brasil. 1997;43(3):245-53.
30- Eppler GR. Bronchiolitis obliterans organizing pneumonia: definition and clinical
features. Chest. 1992;102(1); 25-65.
31- Epler GR. The clinician’s classification of the disease of the bronchioles, In: Epler GR
(ed). Diseases of the bronchioles. New York: Roven Press; 1994.
32- Epler GR, Colby TV. Bronchiolitis obliterans organizing pneumonia. N Eng J Med.
1985;312(3):152-8.
33- Excel MOS, Borloni RFS, Mura JDP, et al. Terapia nutricional em pneumologia. In: Silva
SMCS; Mura JDP. Tratado de alimentação, nutrição & dietoterapia. São Paulo: Roca; 2007.
35- Ferkol T, Davis P. Bronchiectasis and bronchiolitis obliterans. In: Taussing L (ed).
Pediatric Respiratory Medicine. Saint Louis: Mosby; 1999.
36- Fernandes AC, Bezerra OMPA. Terapia nutricional na DPOC e suas complicações
nutricionais. J Bras Pneumol. 2006;32(5):461-71.
37- Ferreira IM. Chronic obstrutive pulmonary disease and malnutrition:why are we not
minning this battle? J Pneumol. 2003;29:107-15.
38- Fischer GB, Mocelin HT. Bronquiolite obliterante – sequelas de bronquiolite. In: Razov T
(ed). Doenças pulmonares em pediatria: diagnóstico e tratamento. São Paulo: Atheneu; 1999.
39- Fischer GB. Fatores prognósticos para bronquiolite viral aguda [tese]. Porto Alegre:
UFRGS; 1994.
40- Flitch C, Blumer J. The use and interpretation of indirect calorimetry in critically ill
patients. Crit Care Med. 2002;28(4):1248-9.
41- Fontanive R, De Paula TP, Peres WAF. Inquéritos dietéticos. In: Duarte, ACG (ed).
Avaliação nutricional. Aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo: Atheneu; 2007. p. 65-8.
69
43- Frank GC. Environmental influences on methods used to collect dietary data from
children. Am J Clin Nutr. 1994;59(1 Suppl):207S-11S.
44- Frisancho AR. Antropometric standards for the assessment of growth and nutritional
status. Ann Arbor: University of Michigan; 1990.
45- Goran MI. Measurement issues related to studies of childhood obesity: assessment of
body composition, body fat distribution, physical activity, and food intake. Pediatrics.
1998;101(3):505-18.
46- Hardy K. Childhood bronchiolitis obliterans. In: Epler G (ed). Diseases of the
bronchioles. New York: Raven Press; 1994. p. 415-26.
47- Hardy KA, Schidlow DV, Zaeri N. Obliterative bronchiolitis in children. Chest.
1988;93(3):460-6.
48- Harris JA, Benedict FG. A Biometric Study of Basal Metabolism in Man. Boston:
Carnegie Institution of Washington; 1919.
50- Höher JA, Teixeira PJZ, Hertz FT, et al. A comparison between ventilation modes: How
does activity level affect energy expenditure estimates? J Parenter Enteral Nutr. 2008;32
(2):176-83.
51- Institute of Medicine of the National Academies. Dietary Reference Intakes for Energy.
Food and nutrition board. Washington, DC: National Academy Press; 2002.
52- Isbell TR, Klesges RC, Meyers AW, et al. Measurement reliability and reactvity using
repeated measurements of resting energy expenditure with a face mask, mouthpiece, and
ventilated canopy. JPEN. 1991;15:165-8.
53- Jelliffe DB. Evaluacion del estado de nutrición de la comunidad. Geneva: WHO; 1968.
70
54- Jones CIJ. Clinical dilemma: which energy expenditure equation to use? J Parent Enteral
Nutr. 2004;28(4):283-3.
55- Jeejeebhoy KM, Hill GL, Owen OD. Nutritional and metabolism in patient care.
Philadelphia: Saunders; 1988.
56- Kamimura MA, Baxmann A, Sampaio LR, et al. Avaliação nutricional. In: Cuppari L.
Nutrição: nutrição clínica no adulto. São Paulo: Manole; 2002. p. 71-96.
57- Kaplan AS, Zemel BS, Neiswender KM, et al. Resting emergy expenditure in clinical
pediatrics: measures versus prediction equation. J Pediatr. 1995;127(2):200-5.
58- Kim CK, Kim SW, Kim JS, et al. Bronchiolotis obliterans in the 1990S in Korea and the
United States. Chest. 2001;120(4):1101-6.
63- Lang WRCW, Howden, Laws J, et al. Bronchopneumonia with serious sequelae in
children with evidence of adenovirus type 21 infection. Br Med J. 1969;1(5636):73-9.
64- Lang, W. Ueber line eigenthumeiche Erkrankung der Kleinen Bronchien und
Bronchiolen. Dtsch Arch Klin Med. 1901;70:342-64.
65- Leone C. Avaliação da condição nutricional. In: Nóbrega FJ, ed. Distúrbios da nutrição. 2.
ed. Rio de Janeiro: Revinter; 1998.
66- Liggett SB, St. John RE, Lefrak SS. Determination of resting energy expenditure utilizing
thermodilution pulmonary artery catheter. Chest. 1987;91:562-6.
71
67- Livingstone BEM, Robson PJ. Measurement of dietary intake in children. Prod Nutr Soc.
2000;52:279-93.
68- Lobo AL, Guardiano M, Nunes T. Bronquiolite obliterante pós-infecciosa na crianza. Rev
Port Pneumol. 2007;13(4):495-509.
69- Lohman TG, Roche AF. Martarrel R. Antropometric standardization reference manual.
Champagne, Illinois: Human Kinetic. Books; 1998.
70- Marr JW. Individual dietary surveys: purposes and methods. World Rev Nutr Diet.
1971;13:105-64.
71- Marshall JD, Hazlett CB, Spady DW, et al. Validity of convenient indicators of obesity.
Hum Biol. 1991;63(2):137-53.
72- Marson F, Martins MA, Colleto FA, et al. Correlação entre o consumo de oxigênio obtido
pelo método de Fick e pela calorimetria indireta no paciente grave. Arq Bras Cardiol.
2003;82(1):72-6.
73- Martin RHC, Uezu R, Parra SA, et al. Auto-avaliação da maturação sexual masculina por
meio da utilização de desenhos e fotos. Rev Paul Educ Fís. 2001;15(2):212-22.
74- Matareze LE. Indirect calorimetry: technical aspects. J Am Diet Assoc. 1997;97:S154-60.
75- Mattiello R, Sarria EE, Mallol J, et al. Post-infectious bronchiolitis obliterans: Can CT
scan findingd at early age anticipate lung function? Pediatr Pulmonol. 2010;45:315-9.
77- McLoud T. Chest radiographic findings of the healthy and diseases bronchioles. In: Epler
G, ed. Disease of the bronchioles. New York: Raven Press; 1994. p. 27-41.
78- Mello ED. O que significa avaliação do estado nutricional? J Pediatr (Rio J).
2002;78(5):357-8.
79- Melo ABF. Bronquiolite. In: Morais MB, Campos SD, Silvestrini WS. Pediatria. Barueri,
São Paulo: Manole; 2005. p. 663-5.
72
80- Milla PM, Puigdvalll R, Ramirez JH, et al. Calorimetria indirecta em el enfermo crítico:
validez de la medición durante 10 min. Nutr Hosp. 2004;19(2):95-8.
81- Milner AD, Murray M. Acute bronchiolitis in infancy: treatment and prognosis. Thorax.
1989;44(1):1-5.
82- Mocelin HT, Fischer GB, Cunha NS. Evaluación clínica y functional de niños com
bonquiolites obliterante post-infecciosa con seguimiento a largo plazo. Rev Chil Pediatr.
2004;75(Supl):S12-7.
83- Monteiro JP, Pfrimer K, Tremeschin MH, et al. Consumo alimentar: visualizando
porções. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007. p. 1-6.
84- Mueller DH. Terapia nutricional para doença pulmonar. In: Mahan LH, Stump SE.
Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 11.ed. São Paulo: Roca; 2005.
85- Mullen JL. Indirect calorimetry in critical care. Proc Nutr Soc. 1991;50:239-44.
87- Must A, Dallal GE, Dietz WH. Reference data for obesity: 85th and 95th percentiles of
body mass index (wt/ht2) and tricpes skinfold thickness. Am J Clin Nutr. 1991;53(4):839.
88- Nguyen T, Jonge L, Smith SR, et al. Chamber for indirect calorimetry with accurate
measurement and time discrimination of metabolic plateaus of over 20 min. Med Biol Eng
Comput. 2003;41:578-8.
89- Orellana JDY, Santos RV, Coimbra CEA Jr, et al. Antropometric evaluation of the
indigenous brasilian children under 60 months of age using NCHS 1977 and WHO/2005
growth curves. J Ped (Rio J). 2009;85(2):117-21.
90- Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação; Organização Mundial da
Saúde. Energy and protein requeriments.Geneve:WHO; 1994. (Techinical Repor Series, 724)
91- Pereira RA, Sichieri R. Métodos de avaliação do consumo de alimentos. In: Kac G,
Sichieri R, Gicante DP, ed. Epidemiologia nutricional. Rio de janeiro: Fiocruz/Atheneu; 2007.
p. 181-200.
73
92- Pimentel IC, Pereira CA, Maffei K. Necessidades nutricionais. In: Magnoni D, Cukier C,
ed. Perguntas e respostas em nutrição clínica. São Paulo: Roca; 2004. p. 100-6.
93- Pinto LA, Oliveira A, Collaziol S, et al. Associação de bronquiolite obliterante pós-
infecciosa e hemossiderose pulmonar na infância. J Bras Pneumol. 2006,32(6):587-91.
94- Rezende F, Rosado L, Franceschinni S, et al. Revisão crítica dos métodos disponíveis
para avaliar a composição corporal em grandes estudos populacionais e clínicos. Arch Lat-
Am Nutr. 2007;57(4):327-34.
96- Roca J, Granena A, Rodriguez-Roisin R, et al. Fatal airway disease in an adult with
chronic geaft-versus-host disease. Thorax. 1982;37(1):77-8.
97- Rocha EM, Abraão V, Ananais M, et al. Comparing indirect respiratory (IRC) calorimetry
and indirect circulatory (ICC) calorimetry in critically ill patients. Crit Care Med.
1999;27(15):116A.
98- Rocha EEM, Alves VGF, Silva MHN, et al. Can measured resting energy expenditure be
estimated by formulae in daily clinical nutrition practice? Curr Opin Clin Nutr Metab Care.
2005;8:319-28.
99- Rocha EEM, Alves VGF, Fonseca RBV. Indirect calorimtry: methodology, instruments
and clinical application. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2006,9:247-56.
100- Rolland-Cachera MF. Body composition during adolescence: methods, limitations and
determinants. Horm Res.1993;39(Suppl 3):25-40.
101- Santos RVD, Rosário NA, Ried CA. Bronquiolite obliterante pós-infecciosa:aspectos
clínicos e exames complementares de 48 crianças. J Bras Pneumol. 2004;30:20-5.
102- Santos CT, Castanho IA, Naegeli MST, et al. Calorimetria indireta no paciente crítico.
In: Duarte ACG, ed. Avaliação nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo:
Atheneu; 2007. p. 289-93.
74
103- Schofield WN. Predicting basal metabolic rate, new standards and review of previous
work. Clin Nutr. 1985;39(1):5-41.
104- Sichieri R, Fonseca VM, Lopes CS. Como medir a confiabilidade de dobras cutâneas.
Rev Bras Epidemiol. 1999;82(2):83-9.
105- Silva SRJ, Waitzber DL. Gasto energético. In: Waitzberg D, ed. Nutrição oral, enteral e
parenteral na prática clínica. 3. ed. São Paulo: Athneu; 2002. p. 327-42.
107- Singulem DM, Devincenzi MV, Lessa AC. Diagnóstico do estado nutricional da criança
e do adolescente. J Pediatr (Rio J). 2000,76(Supl 3):S275-84.
108- Slaugter MH, Lohman TG, Boileau RA, et al. Skinfold equations for estimation of body
fatness in children and youth. Human Biol. 1988;60(5):709-23.
109- Solé D, Vanna At, Yamada E, et al. International study of asthma and allegues in
chilhood (ISAAC) writteun questionnaire: validation of the asthma component among
Brasilian children. J Invest Allergol Clin Immunol. 1998;8:376-82.
110- Stallings VA, Zemel BS. Role of disease in energy balance in children. Am J Hum Biol.
1996;8(2):189-98.
111- Stokes MA, Hill GL. A single, accurate measurement of resting metabolic expenditure.
JPEN. 1991;15:281-7.
113- Takala J, Merilánen P. Handbook of gas exchange and indirect calorimetry. In: Takala J,
Meriläinen P, ed. Helsink, Finland: Instrumentarium; 1991. p. 1-74.
114- Teper AM, Kofman CD, Maffey AF, et al. Lung function in infants witch chronic
pulmonary disease after severe adenoviral illness. J Pediatr. 1999;134(6):730-3.
115- Teper A, Fischer GB, Jones MH. Sequelas respiratórias de doenças virais: do dignóstico
ao tratamento. J Pediatr. 2002;78(Supl.2): S187-94.
75
117- Vales SB. Evaluación de las necessidades energéticas. In: Castel AN, ed. Nutrición
artificial em el paciente grave. Barcelona: Dayma; 1989.
120- Waterlow J. Evaluación del estado nutricional en la comunidad. In: Waterlow JC, ed.
Malnutrition protéico-energética. Washington, DC: OPS; 1996.
122- Weier JB. New methods for calculating metabolic care with special reference to protein
metabolism. J Physiol. 1949;109:1-9.
123- World Health Organization. Physical Status: the use and interpretation of anthropometry.
Geneva: WHO; 1995. (WHO Technical Report Series 854).
124- World Health Organization. Energy and protein requirements. Report of a joint
FAO/WHO/UNU expert consultation. Geneva: WHO; 1985. (WHO Technical Report Series
No. 724).
125- Zemel BS, Jowad A, Fitzsimmons S, et al. Longitudinal relationship among growth,
nutritional status, and pulmonary function in children with cystic fibrosis: analysis of the
Cystic Fibrosis Fundation National CF Patient Registry. J Pediatr. 2000;137:374-80.
126- Zemel BS, Riley EM, Stallings VA. Evaluation of methodology for nutritional
assessment in chlidren:antropometry, body composition, and energy expenditure. Ann Rev
Nutr.1997;17:211-35.
Apêndices
78
RESUMO
ABSTRACT
Objectives: To quantify energy expenditure and estimate energy intake in children and
adolescents with post-infectious obliterans bronchiolitis (OB), and compare them with healthy
children and adolescents.
Methods: It is a cross-sectional study including 72 children and teenagers aged 8-18 years.
Two groups of 36 individuals were compared – one diagnosed with OB and another healthy –
which were paired as to gender, age, and body mass index classification. Anthropometry and
body composition were used for nutritional assessment. Energy expenditure was measured by
indirect calorimetry, activity factor was assessed through 24-hour recall, and energy intake
was measured by nutrition surveys.
Results: The following results are respectively presented to the OB group and to the control
group: body mass index (18.9 ± 4.0 Kg/m2) and (18.8 ± 3.4 Kg/m2); resting energy
expenditure (REE) (1717.6 ± 781.5) and (2019.9 ± 819); total energy expenditure (TEE)
(2677.5 ± 1514.0 Kcal/day) and (3396.1 ± 1557.9 Kcal/day); energy intake estimate (2294.1 ±
746.7 Kcal/day) and (2116.5 ± 612.1 Kcal/day). REE (p=0.102) and TEE (p=0.051) were not
statistically different between groups, not even after correction for lean mass. There were no
statistically significant differences between TEE and energy intake in the OB group
(p=0.202). The control group had a lower intake of calories than predicted by TEE (p<0.001).
Conclusion: REE and TEE were similar between groups. Energy intake estimate in the
healthy group was lower than TEE. The OB group had a harmonic energy balance.
INTRODUÇÃO
pulmonar obstrutiva crônica subseqüente a uma agressão ao trato respiratório inferior1. É uma
condição de amplo espectro clínico, cuja causa mais freqüente se associa ao adenovírus2.
Porém, o balanço energético (relação entre consumo e gasto energético) ainda não foi
nutricional dos BOs, mas não elucidam questões relacionadas ao seu metabolismo energético.
estimar a ingestão energética de crianças e adolescentes com BO, comparando com crianças e
adolescentes hígidos.
SUJEITOS E MÉTODOS
pós-infecciosa (grupo BO) e Controle (hígidos), os quais foram pareados por gênero, idade e
selecionados em duas escolas da rede pública do Rio Grande do Sul, Brasil. O grupo controle
82
foi considerado sem doença pulmonar quando avaliados pelo questionário ISAAC5 associado
o recordatório de atividade física (RAF). Na etapa seguinte, foi realizado o segundo R24h,
peso/risco para baixo peso; eutróficos e excesso de peso/risco para excesso de peso.
Para avaliação das reservas de massa magra (MM) e massa gorda (MG), foram
avaliador. Para obtenção da CB utilizou-se fita métrica inextensível marca Secca® e para
Slaughter9. A MM foi mensurada através da CMB e com base no %GC. Para classificação da
considerando-se como normal valores entre 80 a 120% do esperado. A CMB foi classificada
de acordo com Frisancho7. A concordância entre os métodos foi avaliada pelo método de
Kappa.
83
Para estimar o consumo alimentar, aplicou-se dois R24h e um RA3D, com apoio de um
álbum fotográfico11.
Dietary Reference Intakes (DRIs)13 2005. Considerou-se como dentro da normalidade valores
O gasto energético de repouso (GER) foi medido através da CI com circuito aberto. O
aparelho utilizado foi o monitor TEEM 100, Marca Inbrasport® Inc. U.S.A.. A análise foi
feita pelo programa Aerograph. A execução da CI foi realizada em ambiente silencioso e com
suspender 8 horas antes o uso de broncodilatadores de curta duração e 12 horas antes o uso de
O fator atividade foi obtido pelo recordatório 24h de atividades físicas (RAF) e a
O GET foi determinado multiplicando-se o GER pelo fator atividade, obtido pelo
RAF.
moderado (≥0,7) entre os dois grupos quanto ao gasto energético em repouso, para um nível
Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre e do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas
ANÁLISE ESTATÍSTICA
e percentis 25-75. Para avaliar a distribuição das variáveis em cada grupo, o teste de Shapiro-
relativas. A associação entre as variáveis quantitativas e o gasto energético foi avaliada pelos
(p0,05). As análises foram realizadas, na amostra total e nos eutróficos, através do programa
SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 12.0 (SPSS Inc, EUA).
RESULTADOS
Observa-se que não houve diferenças significativas entre as variáveis: gênero, idade,
estatisticamente diferentes entre os grupos, nem quando analisados de uma forma geral, nem
O gasto energético de repouso (GER), expresso como valor absoluto, não foi
estatisticamente diferente entre os grupos: 1717,6 ± 781,5 Kcal grupo BO e 2029,9 ± 819,0
Kcal grupo controle (p=0,102), mesmo quando ajustado para massa magra (p=0,116). Quando
avaliamos apenas os eutróficos a semelhança entre os grupos persiste: 1822,8 ± 774,2 grupo
BO e 2056,3 ± 891,4 grupo controle (p=0,322), mesmo quando ajustado para massa magra
(p=0,331). O GER está associado a MM (r=0,490; p0,001), sendo que quanto maior a MM,
O grupo controle tem uma média de fator atividade discretamente maior (1,65 ± 0,27),
apesar de não significativa (p=0,121), quando comparado com o grupo BO (1,54 ± 0,34).
0,223).
DISCUSSÃO
presente estudo, assim como no de MATTIELLO18 et al., 2008, o qual também utilizou o
IMC, prevaleceram os eutróficos (72,2%). MOCELIN19 et al., 2004, apesar de ter utilizado o
Z score para avaliação de 19 pacientes com BO entre 7 e 15 anos também observou maior
pacientes com BO, com idade entre 1,5 e 18,9 anos, chama a atenção para a alta prevalência
indivíduos com BO3,4, mesmo sem detalhar os métodos de diagnóstico nutricional, apontam a
Comparando o estudo de BOSA20 et al., 2008 ao nosso, cabe ressaltar que existem
BOSA20 et al., 2008, 64,9% da amostra tinha menos de 10 anos e foram utilizados outros
indicadores, além do IMC, para classificação do estado nutricional. Em nosso estudo somente
30,5% dos pacientes tinham idade inferior a 10 anos e, assim como nos estudos de
MATTIELLO18 et al., 2008 e MOCELIN19 et al., 2004, utilizou-se um único indicador para
São escassos os relatos que correlacionem BO com excesso de peso. Nosso estudo
vigilância nutricional direcionada não só para o baixo peso, mas também para os fatores de
Quanto à composição corporal, avaliada pela soma das dobras cutâneas triciptal e
corporal e 8,3% depleção de reserva de gordura corporal. O estudo de BOSA20 et al., 2008,
mesmo método, o que pode ser atribuído ao maior percentual de desnutridos encontrados. Em
estudo de BOSA20 et al., 2008, foi detectado um alto percentual de depleção muscular
(50,9%). Assim como para a massa gorda, atribui-se esta diferença ao maior percentual de
O gasto energético de repouso médio (GER), expresso como valor absoluto, não foi
estatisticamente diferente entre os grupos (p= 0,102). Também não observamos diferenças
eutróficos (n=26). Acreditamos que isso se deve a um dos critérios de inclusão do estudo que
exigia estabilidade clínica nos 30 dias que antecediam o início do mesmo. Provavelmente,
energético superior. Além disso, a semelhança existente entre os grupos quanto à massa
magra, que é o principal preditor do gasto energético21, também poderia explicar a falta de
diferença do GER entre os grupos. ASHLEY22 et al., corroboram em seu estudo o importante
88
papel da MM como preditora do gasto energético, pois afirmam que cerca de 70 a 80% das
variações do GER podem ser atribuídas à MM. Nossos achados assemelham-se a estudos em
meninos pré-púberes com asma14; em meninos chineses obesos e não obesos23; em crianças
com fibrose cística22 e em adolescentes com excesso de peso, asmáticos eutróficos e não
refere ao GER; VAN MIL25 et al., 2001, identificou maior gasto energético basal (GEB) em
obesos, mesmo quando ajustada para massa livre de gordura; ZEITLIN26 et al., 1992 e
MAFFEIS14 et al., 1998 sugerem uma atividade metabólica mais elevada por unidade de
massa magra em crianças asmáticas sem excesso de peso quando comparadas a não-
asmáticos.
Quanto à avaliação do nível de atividade física, observamos média maior, porém não
grupo controle também foi maior quando comparada com a do grupo BO. As evidências da
componente mais variável do gasto energético total28 e que países em desenvolvimento, como
o Brasil, carecem de instrumentos para a população jovem29. Devemos ainda considerar que
foi realizado apenas um recordatório de atividade física em nosso estudo, o que representa um
Conforme a literatura, sujeitos que sofrem de doenças crônicas podem ter diferentes
o ponto de vista estatístico (p=0,223), no que tange ao GET. Ao analisarmos a amostra total,
89
Considerando que o GET é o produto da multiplicação do GER pelo fator atividade, e que o
grupo controle apresentou uma média de GER e de nível de atividade física maior, mesmo
que não significativas, este achado mostra-se lógico. Não contabilizamos no cálculo do GET o
efeito termogênico dos alimentos, pois os participantes foram orientados a realizar jejum de 3
horas para a execução da calorimetria indireta. Acreditamos que, assim como para o GER, a
estabilidade clínica exigida para participação, tenha interferido no resultado encontrado, pois
o uso de determinadas medicações, nos períodos de piora clínica, podem aumentar o gasto
energético. ASHLEY22 et al., 2001, que estudaram o gasto energético em crianças com
fibrose cística clinicamente estáveis, declaram que deve-se tomar cuidado com as
extrapolações para crianças com doença pulmonar exacerbada. Além disso, MÜLLER e
energético total no grupo BO, o que provavelmente explica a alta prevalência de eutróficos
neste grupo. Acreditamos que isso se deve à boa adesão as orientações nutricionais fornecidas
e também ao fato do grupo BO registrar seu consumo alimentar com maior precisão por estar
diferença de 1141,2 Kcal/dia, para menos, entre o consumo alimentar estimado e o GET.
90
Cabe ressaltar que muitos fatores interferem na precisão, validade e reprodutibilidade dos
métodos utilizados para medir a ingestão dietética11. Para redução destes possíveis erros e
porções de alimentos11.
Não foi possível correlacionar o balanço energético com o estado nutricional no grupo
controle, pois o estado nutricional dos controles foi escolhido de forma direcionada, com base
da dieta.
Vale lembrar que, por ser de caráter transversal, o presente estudo não permite
estudo, permite uma visão inicial importante sobre o metabolismo energético no ainda escasso
Excesso de Peso” não foram discutidos, pois em função do pequeno número de indivíduos, a
Cabe ressaltar que por tratar-se do primeiro estudo que investigou o balanço energético
em BO, não existe referencial científico publicado que se assemelhe com a metodologia
utilizada neste trabalho. Por este motivo, a discussão dos resultados está sustentada, em
No que se refere especificamente à BO, são necessários mais estudos que investiguem
seu metabolismo energético frente à exacerbação dos sintomas respiratórios, bem como, que
elucidar com maior clareza os mecanismos pertinentes ao balanço energético desta entidade
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
1) Mattiello R, Sarria EE, Mallol J, Fischer GB, Mocelin H, Bello R, et al. Post-
infectious bronchiolitis obliterans: Can CT scan findingd at early age anticipate lung
4) Colom AJ, Teper AM, Vollmer WM, Deitte GB. Risck factors for the development of
5) Solé D, Vanna At, Yamada E, Rizzo MC, Naspitz CK. International study of asthma
6) Diener JRC. Calorimetria indireta. Rev Ass Med Brasil. 1997; 43:245-53.
7) Frisancho AR. Antropometric standards for the assessment of growth and nutritional
8) Must A, Dallal GE, Dietz WH. Reference data for obesity: 85th and 95th percentiles of
body mass index (wt/ht2) and tricpes skinfold thickness. Am J Clin Nutr. 1991;53:839.
9) Slaugter MH, Lohman TG, Boileau RA, Horswill CA, Stillman RJ, Van Loan MD, et
al. Skinfold equations for estimation of body fatness in children and youth. Human
Biol. 1988;60:709-23.
10) Buchman AL. Avaliação da composição corporal. In: Lopes FA, Singulem DM,
2002.
11) Monteiro JP, Pfrimer K, Tremeschin MH, Molina MC, Chiarello P. Consumo
12) RDA: Institute of Medicine of the National Academies. Dietary Reference Intakes for
Energy. Food and nutrition board. Washington, DC: National Academy Press; 2002.
93
13) DRIs: Institute of Medicine of the National Academies. Dietary Reference Intakes for
Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein, and Amino Acids.
14) Maffeis C, Chiocca E, Zaffanello M, Golinelli M, Pinelli L, Boner AL. Energy intake
and energy expenditure in prepubertal males with asthma. Eur Respir J. 1998;12:123-
9.
15) Matarese LE. Indirect calorimetry: technical aspects. J Am Diet Assoc. 1997;97:154-
60.
físicas: uma contribuição aos pesquisadores em fisiologia do exercício. Rev Bras Fis
Exer. 2003;2:117-208.
17) Barros SP, Arena EP, Pereira AC. Guia prático: avaliação antropométrica em
18) Mattiello R, Sarria EE, Stein R, Fischer GB, Mocelin HT, Barreto SS, et al. Functional
19) Mocelin HT, Fischer GB, Cunha NS. Evaluación clínica y functional de niños com
Pediatr. 2004;75(Supl):S12-7.
94
20) Bosa VL, Mello ED, Mocelin HT, Benedetti FJ, Fischer GB. Assessment of
21) Tounian PNC, Dumas N, Veinberg F, Girardet JP. Resting energy expenditure and
Nutrit. 2003;22:353-7.
22) Ashley MA, Broomhead L, Allen JR, Gaskin KJ. Variations in the measurement of
resting energy expenditure in children with cystic fibrosis. Eur J Clin Nutr.
2001;55:896-901.
23) Stensel DJ, Lin F, Nevill AM. Resting metabolic rate in obese and nonobese Chinese
24) Benedetti, FJ; Mocelin, HT; Bosa, VL; Mello, ED; Fischer, GB. Energy expenditure
and estimated caloric intake in asthmatic adolescents with excess body weight.
25) Van Mil EG, Westerterp KR, Kester AD, Saris WH. Energy metabolism in relation to
26) Zeitlin SR, Bond S, Wootton S, Gregson RK, Radford M. Increased resting energy
expenditure in childhood asthma: does this contribute towards growth failure? Arch
27) Pianoso PT, Davis HS. Determinants of physical fitness in children with asthma.
Pediatrics. 2004;113:225-9.
28) Meirelles CM, Gomes PSC. Efeitos agudos da atividade contra-resistência sobre o
gasto energético : revisitando o impacto das principais variáveis. Rev Bras Med
Esporte. 2004;10:122-30.
29) Guedes DP, Lopes CC, Guedes JERP. Reprodutibilidade e validade do questionário
2005;11:151-8.
TABELAS
Calorias consumidas (Kcal) 2294,1 ± 746,7 2395,8 ± 771,1 2116,5 ± 612,1 2243,3 ± 610,9
Juliana Paludo(1), Helena Teresinha Mocelin(2), Rita Mattiello(3), Edgar E. Sarria(4), Elza
Daniel de Mello(5), Gilberto Bueno Fischer(6).
RESUMO
Conclusão: O GER foi semelhante entre os grupos quando analisamos a amostra como um
todo e quando analisamos os eutróficos separadamente. Os resultados sugerem que todas as
fórmulas de predição utilizadas subestimaram as necessidades energéticas quando comparadas
com a calorimetria indireta, tanto na amostra geral como também no segmento eutróficos.
ABSTRACT
Methods: It is a cross-sectional study including 72 children and teenagers aged 8-18 years.
Two groups were compared – one diagnosed with OB and another healthy – which were
paired as to gender, age, and body mass index classification. Anthropometric measurements
and body composition were used for nutritional assessment. Energy expenditure was
measured by indirect calorimetry and estimated by prediction equations.
Results: Both groups were comprised of 36 adolescents, of which 24 were male; mean age
was 11.8 ± 2.7 in the OB group and 12.3 ± 2.8 years in the control group. Resting energy
expenditure (REE) measured by indirect calorimetry was 1717.6 ± 781.5 in the OB group and
2019.9 ± 819 in the control group, and it was not statistically significant (p=0.102), not even
after correction for lean mass. When only eutrophic individuals were evaluated, there were
also no statistically significant differences between REE in both groups (p=0.322). There was
a statistically significant difference between energy expenditure measured by indirect
calorimetry and that estimated by the prediction equations IOM, Shofield, FAO/OMS, and
Harris-Benedict, both in the general sample and only in the eutrophic category. All prediction
equations underestimated the individuals’ energy needs when compared with indirect
calorimetry.
Conclusion: REE was similar between groups when the sample was analyzed as a whole and
when eutrophic patients were individually assessed. Results suggest that all prediction
equations used in this study underestimated the energy needs when compared with indirect
calorimetry both in the general sample and in the segment of eutrophic individuals.
INTRODUÇÃO
para projetar estratégias nutricionais corretas para muitas condições clínicas, uma vez que
pode ser impreciso calcular as necessidades individuais de energia por tabelas de referência e
predição são utilizadas com maior freqüência, tanto em contextos clínicos como em condições
de vida saudável, pela praticidade e baixo custo. Existem mais de 190 fórmulas de predição e
Alguns autores relatam que o principal problema na prática clínica é estimar ou medir as
para favorecer uma melhor qualidade de vida (VEGA-BRICENÕ et al., 2009). O único
do estado nutricional desses pacientes (BOSA et al., 2008). Neste contexto, a calorimetria
indireta mostra-se como instrumento fundamental, pois é considerada o padrão áureo clássico
para a determinação do gasto energético na prática clínica (ROCHA et al., 2005). Ela permite
(MATARESE, 1997).
tornando cada vez mais populares, pois há mais calorímetros indiretos disponíveis e as
imprecisões de métodos de predição são bem conhecidas (REEVES et al., 2004). Entretanto,
nenhum estudo, até o momento, comparou o GER medido por calorimetria indireta com o
estimado por fórmulas de predição e crianças e adolescentes com bronquiolite obliterante pós-
medido por calorimetria indireta em crianças e adolescentes com bronquiolite obliterante pós-
infeciosa com o estimado por equações de predição elaboradas para a população saudável.
SUJEITOS E METODOS
pareados por gênero, idade e classificação do Índice de Massa Corporal (IMC). A coleta de
rede pública do Rio Grande do Sul, Brasil e, utilizou-se o questionário do estudo ISAAC
(SOLÉ et al., 1998), que avaliava a presença ou não de sintomas de asma e outras doenças
medicação que alterasse a avaliação do gasto energético, bem como, as com patologias
103
grupos.
indicador do estado nutricional escolhido foi o IMC. A classificação do IMC foi realizada, de
Frisancho (MUST et al., 1991; FRISANCHO, 1990;). Para as análises do estado nutricional
os pacientes foram agrupados em três categorias: baixo peso/risco para baixo peso; eutróficos
e excesso de peso/risco para excesso de peso. O estado nutricional dos controles foi
Para avaliação das reservas de massa magra (MM) e massa gorda (MG), foram
aferidas as medidas da dobra cutânea triciptal (DCT), dobra cutânea subescapular (DCSE) e
da circunferência do braço (CB), de acordo com as técnicas corretas de aferição, pelo mesmo
média entre elas (FRISANCHO, 1981). Para obtenção da CB utilizou-se fita métrica
inextensível marca Secca® e para medida das dobras cutâneas compasso Lange®.
Slaughter (SLAUGTER et al., 1988). A MM foi mensurada através da CMB e com base no
%GC obtido pela equação de Slaughter (SLAUGTER et al., 1988). Para classificação da
104
O gasto energético de repouso (GER) foi medido através da calorimetria indireta com
circuito aberto. O aparelho utilizado foi o monitor TEEM 100, Marca Inbrasport® Inc.
U.S.A. A análise foi feita pelo programa Aerograph, que utiliza a equação de Weir para o
do início do exame e em jejum de três horas (DURNIN, 1991). O grupo BO (G1) suspendeu 8
antes de cada determinação. A duração do exame foi de 25 minutos, sendo que os 5 primeiros
minutos foram direcionados para a estabilização dos gases e foram desconsiderados (HÖHER
et al., 2008). Para validação do exame, o quociente respiratório (QR) deveria estar entre 0,67
no Quadro 1.
SCHOFIELD, 1985 16,25 (P) + 1,372 (A) + 515,5 8,365 (P) + 4,65 (A) + 200
HARRIS BENEDICT, 1919 66.47+ 13.75(P) + 5.0 (A)- 6.76 (I) 655.10+9.56 (P)+1.85(A)- 4.68(I)
BO (G1) e 36 no grupo controle (G2). Tendo em vista que são inexistentes os estudos sobre
gasto energético e BO e que com asma os estudos mostraram efeito muito pequeno, o que não
entre os dois grupos quanto ao gasto energético em repouso, para um nível de significância de
5% e um poder de 80%.
Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre sob parecer número 1563/07 e do Hospital Materno
ANÁLISE ESTATÍSTICA
e percentis 25-75 dependendo da distribuição das mesmas. Para avaliar a distribuição das
106
variáveis em cada grupo, o teste de Shapiro-Wilk foi utilizado. Para descrever as variáveis
emparelhadas e o método de Bland & Altman. Para estimar a magnitude das diferenças entre
os grupos foi utilizado o intervalo de 95% de confiança. O nível de significância adotado foi
programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 12.0 (SPSS Inc, EUA).
RESULTADOS
Observa-se que não houve diferenças significativas entre as variáveis: gênero, idade,
O gasto energético de repouso (GER) expresso como valor absoluto, na amostra geral,
não foi estatisticamente diferente entre os grupos (p= 0,102), mesmo quando ajustado para
pelas fórmulas de predição entre os grupos também foram semelhantes, tanto na amostra geral
predição, na amostra geral e no segmento dos indivíduos eutróficos estão na Tabela 2. Todas
energético estimado pelas fórmulas de predição comparado com o medido pela calorimetria
DISCUSSÃO
imprecisão das equações preditoras documentadas na literatura, visto que todas as equações
métodos diretos e indiretos existentes. No entanto, sua aplicabilidade e confiança têm sido
medir o gasto calórico em diversas populações (DURNIN, 1991). Entretanto, até o presente
momento, nenhum estudo correlacionou o gasto energético medido pela calorimetria indireta
obliterante pós-infecciosa.
observa-se que os valores de gasto energético foram semelhantes estatisticamente. Isto pode
ser atribuído ao fato do gasto energético, estimado pelas fórmulas de predição, ser diretamente
proporcional ao peso, a estatura e a idade, os quais não foram estatisticamente diferentes entre
108
mesma comparação na categoria eutróficos, de ambos os grupos, detectamos que também não
O gasto energético de repouso (GER) expresso como valor absoluto, não foi
estatisticamente diferente entre os grupos nem quando avaliamos a amostra de uma forma
geral, nem quando restringimos a análise somente aos eutróficos. Supomos que isso se deve a
um dos critérios de inclusão do estudo, que exigia estabilidade clínica do paciente nos 30 dias
semelhança existente entre os grupos quanto a massa magra, que é o principal preditor do
gasto energético (TOUNIAN et al., 2003), também poderia explicar a falta de diferença do
GER entre os grupos. ASHLEY et al., 2001 corroboram em seu estudo o importante papel da
massa magra como preditora do gasto energético, pois afirmam que cerca de 70 a 80% das
resultados sugerem que os métodos foram discrepantes, pois todas as quatro fórmulas
Achados similares ao nosso, porém com populações diferentes, foram encontrados por
outros autores. PEREIRA et al., 2008, ao comparar quatro equações com a calorimetria
indireta em homens e mulheres ativos, observou que todas as quatro equações estudadas
109
gasto energético. Van Mil et al verificou que a FAO/OMS superestimou o GEB em obesos
(VAN MIL et al., 2001). Schneider e Mayer demonstraram que três das quatro equações
(SCHNEIDER E MAYER, 2005). Acreditamos que esta contradição possa ser atribuída a
mesmo em período de estabilidade clínica (ZEITLIN et al., 1992; MAFFEIS et al., 1998).
Outra questão relevante é que algumas fórmulas foram elaboradas com base nos valores do
GEB (gasto energético basal), enquanto neste estudo mediu-se o GER, que se refere ao
período pós-absortivo, e costuma ser 10% maior do que o basal. Na prática clínica estas
nomenclaturas se equivalem, visto que são poucas as situações em que o indivíduo encontra-
al.,2000), enquanto Dietz et al., em indivíduos com excesso de peso, encontrou concordância
melhor método dependerá dos objetivos da pesquisa (MELO et al., 2008). Os resultados
Excesso de Peso” não foram mencionadas na discussão, pois a validade das análises
indivíduos desses segmentos. Por isso, direcionou-se a discussão para as análises centradas na
Cabe salientar que por tratar-se do primeiro estudo que investigou a concordância entre
existe, até o momento, referencial científico publicado para esta população que se assemelhe
com a metodologia utilizada neste trabalho. Em função disso, a discussão dos resultados está,
em alguns momentos, baseada em estudos com outras pneumopatias crônicas, tais como asma
e fibrose cística. Quanto à fibrose cística, as comparações devem ser feitas com cautela, pois a
presença das manifestações digestórias, características desta patologia, além das respiratórias,
metabolismo energético desta entidade clínica, para que se possa propor e validar equações de
Frente aos achados, concluímos que as equações de predição: IOM, Shofield, FAO/OMS
e Harris-Benedict são inadequadas para crianças e adolescentes com BO, bem como, para os
392 Kcal no grupo BO e 670 Kcal no grupo controle, o que poderia acarretar, a médio e longo
eutróficos, que são a maioria da amostra, verificamos que para que as fórmulas de predição
pudessem ser utilizadas na prática clínica, para os BO e para os hígidos deste segmento, as
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
1. Jones CIJ. Clinical dilemma: which energy expenditure equation to use? J Parent
body composition, body fat distribution, physical activity, and food intake. Pediatrics.
1998;101(3):505-18.
6. Bosa VL, Mello ED, Mocelin HT, Benedetti FJ, Fischer GB. Assessment of
7. Rocha EEM, Alves VGF, Silva MHN, Chiesa CA, Fonseca RBV. Can measured
9. Joosten KFM. Why indirect calorimetry in critically ill patients: what do we want to
10. Reeves MM, Davies PSW, Bauer J, Battistutta D. Reducing the time period of steady
state does not affect the accuracy of energy expenditure measurements by indirect
11. Solé D, Vanna AT, Yamada E, Rizzo MC, Naspitz CK. International study of asthma
component among Brazilian children. J Invest Allergol Clin Immunol. 1998; 8: 376-
82.
12. Diener JRC. Calorimetria indireta. Rev Ass Med Brasil. 1997; 43(3):245-53.
13. Castro V, Moraes SA, Freitas ICM, Mondini L. Variabilidade na aferição de medidas
14. Must A, Dallal GE, Dietz WH. Reference data for obesity: 85th and 95th percentiles of
body mass index (wt/ht2) and triceps skinfold thickness. Am J Clin Nutr. 1991;
53(4):839.
15. Frisancho AR. Anthropometric standards for the assessment of growth and nutritional
16. Sichieri R, Fonseca VM, Lopes CS. Como medir a confiabilidade de dobras cutâneas.
17. Frisancho AR. New norms of upper limb fat and muscle areas for assessment of
18. Slaughter MH, Lohman TG, Boileau RA, Horswill CA, Stillman RJ, Bemben DA.
Skinfold equation for estimation of body fatness in children and youth. Hum Biol.
nutricional em pediatria. Lopes, F.A.; Singulem, D.M.; Taddei, J. A.A.C.. Sarvier: São
Paulo, 2002.
20. Altam, DG. Practical Statistics for Medical Research. London: Chapman & Hall,
1991.
22. World Health Organization; Physical Status: the use and interpretation of
23. Weir, JB. New methods for calculating metabolic care with special reference to
24. Durnin JV. Practical estimates of energy requirements. J Nutr 1991; 121(11): 1907-13.
25. Maffeis C, Chiocca E, Zaffanello M, Golinelli M, Pinelli L, Boner AL. Energy intake
and energy expenditure in prepubertal males with asthma. Eur Respir J 1998; 12: 123–
9.
26. Höher JA, Teixeira PJZ, Hertz FT, Moreira JS. A comparison between ventilation
modes: How does activity level affect energy expenditure estimates? J Parenter
apropriadas para adolescentes com sobrepeso e obesidade? Rev Bras Med Esporte.
2005; 11(3):93-6.
29. Pereira MP, Rocha GT, Santos LGM, Viana GCC, Navarro AC. Avaliação das
residentes em Brasília, DF, Brasil. Rev Bras de Nutr Esp. 2008; 2(8):67-75.
30. Tounian PNC, Dumas N, Veinberg F, Girardet JP. Resting energy expenditure and
31. Ashley MA, Broomhead L, Allen JR, Gaskin KJ. Variations in the measurement of
resting energy expenditure in children with cystic fibrosis. Eur J Clin Nutr 2001;
55:896-901.
32. Fett C, Fett WCR, Marchini JS. Gasto Energético de Repouso Medido vs. Estimado e
Relação com a Composição Corporal de Mulheres. Arq Bras Endocrinol Metab. 2006;
50(6): 1050-8.
33. Van Mil EG, Westerterp KR, Kester AD, Saris WH. Energy metabolism in relation to
body composition and gender in adolescents. Arch Dis Child. 2001; 85:73-8.
34. Zeitlin SR, Bond S, Wootton S, Gregson RK, Radford M. Increased resting energy
expenditure in childhood asthma: does this contribute towards growth failure? Arch
35. Rodrigues G, Moreno LA, Sarría A, Fleta J, Bueno M. Resting energy expenditure in
36. Dietz, WH. – Critical Periods for the development of obesity. Am. J Clin Nutr. 1994;
37. Melo CM, Tirapegui J, Ribeiro SML. Gasto energético corporal: conceitos, formas de
avaliação e sua relação com a obesidade. Arq Bras Endocrinol Metab. 2008;
52(3):452-64.
117
TABELAS
Figura 1 – Gráfico de dispersão pelo método de Bland-Altman das diferenças entre o VET
medido pela calorimetria e IOM versus as calorias médias entre os dois métodos nos dois
grupos. A linha central corresponde à média das diferenças e as linhas inferior e superior
correspondem à média das diferenças ± 2 desvios padrão, o que gera os limites de 95% de
concordância.
120
Figura 3 – Gráfico de dispersão pelo método de Bland-Altman das diferenças entre o VET
medido pela calorimetria e OMS versus as calorias médias entre os dois métodos nos dois
grupos. A linha central corresponde à média das diferenças e as linhas inferior e superior
correspondem à média das diferenças ± 2 desvios padrão, o que gera os limites de 95% de
concordância.
122
Figura 4 – Gráfico de dispersão pelo método de Bland-Altman das diferenças entre o VET
medido pela calorimetria e Harris-Benedict versus as calorias médias entre os dois métodos
nos dois grupos. A linha central corresponde à média das diferenças e as linhas inferior e
superior correspondem à média das diferenças ± 2 desvios padrão, o que gera os limites de
95% de concordância.
123
O GRUPO BO
Você e seu filho (a) estão sendo convidados (as) a participar de um estudo sobre
calorimetria indireta em crianças e adolescentes portadores de Bronquiolite Obliterante pós-
infecciosa. O estudo tem como objetivo principal quantificar o gasto energético metabólico
(quantidades de calorias gastas por dia) de crianças e adolescentes portadores de Bronquilite
Obliterante, através de um método chamado de calorimetria indireta.
Com os dados fornecidos por este método poderá ser calculado de forma mais exata a
quantidade de calorias que os pacientes necessitam e alimentá-los mais adequadamente. Sem
estes dados, a quantidade de calorias necessárias por dia também poderá ser calculada através
de uma operação matemática.
A calorimetria indireta é realizada através de um aparelho que analisa o ar que os
pacientes respiram, a quantidade de oxigênio consumido e a quantidade de gás carbônico
produzido no seu organismo. O exame dura em torno de 25 minutos. O paciente deve estar em
jejum por 3 horas. Este exame não emite gases e nenhuma outra substância, por isso, não
alterará em nada a respiração do paciente. Apenas servirá para medir. Também não trará
nenhum desconforto ou dor.
Estas medidas não vão alterar o tratamento que os pacientes estão recebendo e de
nenhuma maneira os prejudicará.
Caso você aceite participar do estudo, no mesmo dia da sua consulta com o
Pneumologista, você e seu filho(a) também terão a primeira consulta com a Nutrição. O
exame de calorimetria indireta será realizado em nível ambulatorial, em torno de dois a dez
dias após esta primeira consulta, em dia previamente agendado, na presença de um dos
responsáveis pela criança. A pesquisadora pagará o valor referente ao transporte para o
deslocamento. A realização do exame não acarretará nenhum custo ao paciente.
Fui esclarecido de que a pesquisa não interferirá no tratamento realizado e que, pelo
contrário, poderá contribuir para conhecer melhor a doença e assim ajudar no tratamento
desta. Será garantida resposta a qualquer pergunta a respeito do procedimento ou qualquer
outro assunto relacionado à pesquisa.
É garantido para os participantes do estudo que os resultados serão sigilosos e a
apresentação dos resultados não irá identificar a criança.
124
O Sr(a) é livre para escolher participar ou não deste estudo. Caso recuse, não haverá
nenhuma alteração no atendimento à criança.
O pesquisador responsável por este projeto é Gilberto Bueno Fischer, fone: (51) 3214
86 46, tendo este documento sido revisado e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do
Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre e do Hospital Materno Infantil
Presidente Vargas em_________________________.
-------------------------------------------------------------------------------------------------
Nome do paciente (Sujeito da Pesquisa)
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Nome ou assinatura do responsável legal do paciente
-----------------------------------------------------------------------------------------------
Assinatura do responsável pela pesquisa
Dr. Gilberto Bueno Fisher
F: 3214 86 46
-----------------------------------------------------------------------------------------------
Assinatura da pesquisadora
Nut. Juliana Paludo
F: 96 48 77 44
125
O GRUPO CONTROLE.
Você e seu filho (a) estão sendo convidados (as) a participar de um estudo sobre
calorimetria indireta em crianças e adolescentes. O estudo tem como objetivo principal
quantificar o gasto energético metabólico (quantidades de calorias gastas por dia) de crianças
e adolescentes, através de um método chamado de calorimetria indireta.
Com os dados fornecidos por este método poderá ser calculado de forma mais exata a
quantidade de calorias que as crianças e adolescentes necessitam e alimentá-las mais
adequadamente. Sem estes dados, a quantidade de calorias necessárias por dia também poderá
ser calculada através de uma operação matemática.
A calorimetria indireta é realizada através de um aparelho que analisa o ar que as
pessoas respiram, a quantidade de oxigênio consumido e a quantidade de gás carbônico
produzido no seu organismo. O exame dura em torno de 25 minutos. A criança ou adolescente
deve estar em jejum por 3 horas. Este exame não emite gases e nenhuma outra substância, por
isso, não alterará em nada a respiração. Apenas servirá para medir. Também não trará nenhum
desconforto ou dor.
Caso você aceite participar do estudo, o exame de calorimetria indireta será realizado
na escola, em horário de aula, em dia previamente agendado pela Nutricionista. A realização
do exame não acarretará nenhum custo.
Fui esclarecido de que a pesquisa não trará nenhum prejuízo à saúde da criança ou
adolescente, pelo contrário, poderá contribuir para conhecer melhor algumas doenças e assim
ajudar no tratamento destas. Será garantida resposta a qualquer pergunta a respeito do
procedimento ou qualquer outro assunto relacionado à pesquisa.
É garantido para os participantes do estudo que os resultados serão sigilosos e a
apresentação dos resultados não irá identificá-lo.
O Sr(a) é livre para escolher participar ou não deste estudo. Caso recuse, não haverá
nenhuma alteração no atendimento à criança ou adolescente.
O pesquisador responsável por este projeto é Gilberto Bueno Fischer, fone: (51) 3214
86 46, tendo este documento sido revisado e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do
Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre e do Hospital Materno Infantil
Presidente Vargas em_________________________.
126
---------------------------------------------------------------------------------------------------
Nome da criança ou do adolescente (Sujeito da Pesquisa)
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Nome ou assinatura do responsável legal
-----------------------------------------------------------------------------------------------
Assinatura do responsável pela pesquisa
Dr. Gilberto Bueno Fisher
F: 32 14 86 46
-----------------------------------------------------------------------------------------------
Assinatura da pesquisadora
Nut. Juliana Paludo
F: 96 48 77 44
127
Lanche da
Manhã
Almoço
Lanche da
Tarde
Jantar
Lanche
Noturno
129
Lanche da
Manhã
Almoço
Lanche da
Tarde
Jantar
Lanche
Noturno
Café da
Manhã
Lanche da
Manhã
Almoço
Lanche da
Tarde
Jantar
Lanche
Noturno
Nome:
Data:
CALORIMETRIA INDIRETA
- A criança não deve ter feito exercícios intensos 24horas antes de realizar o exame. No dia
ser suspensas 8hs ( ) ou 12hs ( ) antes do exame. Após seguir ingerindo as medicações,
REALIZAÇÃO DO EXAME:
DATA:
HORÁRIO:
133
CALORIMETRIA INDIRETA
NOME:
DATA:
AVALIADOR:
(Observar se existe
vazamento)
calorímetro estáveis
Calibragem do aparelho de
acordo com as
especificações do fabricante
Temperatura do paciente**
Jejum de 3 horas
Temperatura do ambiente
(21 a 23ºC)**
Tempo de execução do
OBS: O campo “valor” deve ser preenchido apenas nos itens identificados com o
símbolo **.
134
CALORIMETRIA INDIRETA
Nome: Idade:
Peso: Altura:
IMC: Classificação:
Percentual de gordura corporal: Classificação:
No quadro abaixo estão os dados sobre o gasto calórico (energia gasta nas atividades diárias e ingeridas pela
alimentação). Estes dados fornecem o equilíbrio energético do organismo. Quando há um desequilíbrio entre o
gasto e o consumo de energia (excesso ou falta de energia) pode haver prejuízos para a saúde do adolescente.
Anexos
136
Prezados pais,
Gostaríamos de convidar você para que seu filho (a) participe de uma pesquisa. Para isto,
primeiramente, precisamos de algumas informações sobre o estado de saúde geral do adolescente.
3) Nos últimos 12 (doze) meses, quantas crises de sibilos (chiado no peito) você teve?
( ) nenhuma crise ( ) 1 a 3 crises ( ) 4 a 12 crises ( )mais de 12 crises
4) Nos últimos 12 (doze) meses, com que freqüência você teve seu sono perturbado por chiado no
peito?
( ) Nunca acordou com chiado ( ) Menos de 1 noite por semana ( ) Uma ou mais noites por
semana
5) Nos últimos 12 (doze) meses, seu chiado foi tão forte a ponto de impedir que você conseguisse
dizer mais de 2 palavras entre cada respiração? ( ) Sim ( ) não
7) Nos últimos 12 (doze) meses, você teve chiado no peito após exercícios físicos? ( ) Sim ( ) não
8) Nos últimos 12 (doze) meses, você teve tosse seca à noite, sem estar gripado ou com infecção
respiratória? ( ) Sim ( ) não
MUITO OBRIGADO POR RESPONDER!
137