6 Teorico
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As atividades na engenharia civil e na arquitetura são caracterizadas pelo exercício de
atividades de projeto e de execução de construções.
Uma boa prática, portanto, é reservarmos uma parte do tempo de formação para
estudarmos os problemas que ocorrem no canteiro de obras quando se tem a incumbência de
executarmos uma edificação e como são organizados estes trabalhos de modo a garantir o
cumprimento de todas as tarefas necessárias dentro dos prazos e dentro dos custos previstos.
A formação técnica dos profissionais que atuam nessas equipes, porém, não é diferente
das formações técnicas das equipes que trabalham na elaboração de projetos e nem poderia
ser pois a execução da obra é tarefa que implica num profundo conhecimento para a leitura e
compreensão dos documentos de projeto.
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1.1 Finalidade
Empregamos, em Gerenciamento de Obras, uma série de metodologias de trabalho
que visam proporcionar, à tarefa de se executar uma obra, um determinado planejamento
estratégico que possibilite o enfrentamento do problema de modo a cumprir as suas etapas de
execução dentro de um controle quanto a prazos e custos.
Tal controle é o ideal, mas só se faz possível dentro de um rigoroso método e de uma
disciplina levados a efeito desde o início dos trabalhos e continuados ao longo de toda a etapa
de execução da obra.
Para que possamos dar conta destas tarefas vamos abordar aqui a questão das
metodologias de trabalho que são necessárias para o enfrentamento desta questão.
A finalidade destas metodologias é para que possamos ter uma forma de procedimento
que sirva para a resolução da questão do gerenciamento independentemente do tipo e do
porte da obra, ou seja, trataremos de definir procedimentos que permitem a construção do
gerenciamento da obra para qualquer que seja o tipo de obra.
Numa obra o “plano estratégico” consiste em se ter uma clara compreensão de quais
serão as etapas nas quais a obra será construída, considerando-se que a complexidade do
problema consiste no fato de que a execução desta não pode ser feita através da sequência
linear de etapas tendo a execução de um subsistema de cada vez.
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De fato, apesar de alguns dos subsistemas serem efetuados em sequência linear (um
após o outro), esta não é uma regra que pode ser levada para toda a extensão da execução
da obra. Alguns subsistemas, tais como instalações prediais, revestimentos e acabamentos, por
exemplo, tem sua execução feita por partes e por intervalos para que a obra avance o
suficiente para poderem ser continuados e com isto, portanto, apresentam uma sequência não
linear de etapas.
Desta maneira a obra como um todo só pode ser feita se intercalarmos subsistemas
diferentes e é esta a complexidade para o seu planejamento pois temos que criar um plano em
que cada serviço a ser feito seja feito no momento exato para que possa dar a possibilidade de
sequência de obra, não provocando atrasos em seu cronograma.
Assim cada subsistema da obra pode ser executado desde que tenhamos a clara
percepção de qual é o elenco total de seus serviços necessários e quando exatamente os
serviços parciais podem se enquadrar no plano geral da obra para seu início, execução e
término, sob controle e coerente com todo o processo de construção.
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1.3.1 O “design review”
O “design review”, portanto, nada mais é do que uma verificação detalhada de que
todos os fatores que influem na execução da obra foram verificados e destina-se a dar uma
certeza de que nada foi esquecido para a execução do projeto. Trata-se de uma discussão
sobre o problema a ser resolvido feita pela equipe técnica de gerenciamento de obra usando-
se a metodologia do “brain storm” e a sua sistematização.
A sistematização desse “design review” e seu “brain storm” se faz através de uma
diagramação do tipo “espinha de peixe”, ou seja, agrupando-se todas as recomendações
formuladas pela equipe técnica em forma de grupos por recomendações temáticas (em função
de suas similaridades temáticas, complementariedades e especificidades próximas).
Esta lista de verificação (check list) das etapas de obra criadas a partir do planejamento
e sistematização descritos no item anterior (parte estratégica) deve ser acrescida das etapas dos
serviços produzidas pelo simples desenvolvimento necessário de execução de serviços técnicos
de construção civil (que é a parte linear técnica e portanto não estratégica), que resulta em
consequência da necessidade de composição dos serviços fornecendo as informações de
consumo de materiais e de mão de obra resultantes das informações contidas no projeto
executivo.
Cabe, neste momento, fazermos uma observação muito importante: quando se tratam
dos assuntos da construção civil temos que ter sempre o cuidado de não exagerarmos quanto
a generalização no tratamento deste assunto.
Costumamos pensar este tema como se só existisse um tipo de sistema construtivo que
é aquele mais convencional, praticado de longa data e amplamente empregado, ainda,
principalmente para edificações de pequeno porte: a edificação que é feita de forma artesanal,
passo a passo, misturando-se materiais no canteiro de obra e adquirindo componentes
minimamente industrializados, peça a peça. Este tipo de sistema construtivo implica numa
forma determinada de se planejar o andamento das etapas da construção, mas não é o único
tipo.
Ocorre que se alterarmos o tipo de sistema construtivo esta alteração implica numa
outra forma necessária de planejarmos as suas etapas.
Assim sendo apresentamos a seguir, de forma resumida, uma definição dos sistemas
construtivos que são empregados nos vários tipos de edificações e suas respectivas implicações
quanto ao planejamento de obra:
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1.3.5.1 - Convencional:
É uma premissa desse sistema construtivo que a obra será executada de forma
artesanal com os processos e os manuseios desses materiais realizados por operações com o
emprego da força humana.
1.3.5.2 — Racionalizado:
Este sistema construtivo difere do sistema construtivo convencional por apresentar uma
técnica diversificada que altera a forma convencional de se construir.
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blocos permitem a colocação de armações com aço estrutural e a concretagem interna nestes
blocos produz, dentro da alvenaria, pilaretes, vergas, cintas e vigas que substituem, desde que
corretamente projetadas e dimensionadas, a estrutura convencional de uma edificação de
pequeno ou médio porte dispensando, portanto a execução de formas na obra.
Trata-se, portanto, de uma forma não convencional de se construir, mais racional, mais
racionalizada e que portanto deve ter um tipo de planejamento na execução de obra
compatível com as possibilidades deste sistema construtivo diversificado.
1.3.5.3 — Pré-fabricado:
Neste tipo de sistema construtivo o canteiro de obras deve ser pensado mais como um
pátio de estocagem de componentes da edificação, pré-fabricados, e a obra resulta a partir de
uma montagem que é feita no local definitivo estabelecido no projeto para estes componentes
pré-produzidos.
O planejamento para a obra, neste tipo de sistema construtivo, deve prever esta “linha
de montagem” no canteiro de obras, o número reduzido de pessoal possibilitado pela
produção já elaborada antecipadamente desses componentes da edificação em outro local, o
emprego, no canteiro, de grandes equipamentos para transporte e içamento de grandes peças
de construção civil pré-produzidas e uma clara percepção da existência de um outro tipo de
ordem na sequência da obra decorrente da aplicação de etapas completamente diversificadas
das que são feitas através de subsistemas nas edificações em sistemas convencionais de
construção.
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Geralmente tem sido adotado o sistema pré-fabricado para a parte estrutural da
edificação e sistemas racionalizados ou mesmo convencionais para todos os subsistemas “não
estruturais” da obra.
Estas tarefas são verificadas através dos histogramas, dos cronogramas e das análises
das redes de precedência.
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1.6 Histogramas
1.7 Cronogramas
O projeto executivo nos permite ter uma avaliação precisa do consumo de materiais e
de serviços que uma obra acarreta.
Temos assim um valor de tempo previsto por unidade específica de serviço necessário
à obra, a ser produzido por um único funcionário. Quando se adota a decisão de que o
serviço será executado por um único funcionário tem-se, então com o emprego dos dados da
tabela de composição, o tempo total que este serviço demandará para ser executado.
O grande valor apresentado pelo controle com a utilização das redes de precedência é
que podemos calcular e recalcular prazos dentro de sistemas complexos e não lineares do
andamento das obras, podemos atrelar etapas e processos de andamento intercalando
resultados obtidos no andamento dos diversos subsistemas (interdependências) e programar a
execução total subdividida por metas gradativamente atingidas planejando tempos mínimos,
tempos máximos e folgas entre etapas o que nos cria uma maior confiabilidade quanto ao
controle e a tomada das decisões intermediárias.
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1.8.1 PERT Program Evaluation and Review Technique
Técnica de Avaliação e Revisão de Programas
Onde:
t é o atributo de tempo da atividade A;
A
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Como ampliar seus conhecimentos eu indico o link abaixo:
www.pedreiradefreitas.com.br.
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MATTOS, A. Planejamento e Controle de Obras. São Paulo, Editora Pini, 2010.
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