Interpretacao Clinica Do Hemograma E1671209290
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SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
HEMATOLOGIA
Interpretação Clínica do Hemograma
Pollyana Lyra
Sumário
Interpretação Clínica do Hemograma. . ..................................................................................................................3
Introdução.............................................................................................................................................................................3
Contagem de Plaquetas. . ..............................................................................................................................................7
Contagem de Reticulócitos. . .......................................................................................................................................9
Índices Corpusculares.. ................................................................................................................................................13
Contagem de Plaquetas. . ............................................................................................................................................16
Métodos de Coloração para Sangue....................................................................................................................17
Eritrócitos Normais.......................................................................................................................................................18
Alterações das Hemácias...........................................................................................................................................19
Inclusões Eritrocitárias.............................................................................................................................................26
Hemoglobinopatias...................................................................................................................................................... 28
Leucócitos..........................................................................................................................................................................30
Questões de Concurso.................................................................................................................................................31
Gabarito................................................................................................................................................................................41
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................42
Referências........................................................................................................................................................................57
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3
Barros, 2016.
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Outra escolha que deve ser feita é quanto a utilização de seringa ou coleta a vácuo. Geral-
mente, cada laboratório define isso em procedimentos específicos, pois depende da habilidade
do profissional com cada instrumento desses. No sistema privado, pouco se vê a realização da
coleta com seringa atualmente.
Escolhido o tubo correto, é hora de proceder à coleta. Veja a seguir o passo a passo para
punção venosa (mais comum):
• 1. Ajuste o Garrote;
• 2. Faça antissepsia do local com álcool 70%;
• 3. Após apalpar e encontrar a veia, realize a punção;
• 4. Ajuste o tubo (se for a vácuo);
• 5. Solte o garrote assim que o sangue fluir no tubo ou na seringa;
• 6. Retire o tubo ou seringa após completar o volume desejado;
• 7. Pressione o local puncionado com algodão e oriente o paciente para não dobrar
o braço;
• 8. Escorra delicadamente o sangue pelo tubo.
Os principais vasos usados neste tipo de coleta são: artérias e veias (cefálica, basílica e do
dorso da mão).
DICA
Em provas, o termo FLEBOTOMISTA cai de forma frequente!
Significa “profissional que realiza a colheita do sangue”.
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Idem.
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A sequência de coleta para tubos plásticos de coleta de sangue é: tubo com citrato de só-
dio (tampa azul), tubo sem anticoagulante (tampa vermelha ou tampa amarela), tubo com he-
parina (tampa verde), tubo com EDTA (tampa roxa) e tubo com fluoreto de sódio (tampa cinza).
Os procedimentos manuais podem ser feitos por meio das células vermelhas, que são res-
ponsáveis pelo transporte de oxigênio para o resto do corpo, além de carregar o dióxido de
carbono de volta para os pulmões para que possa ser exalado. Se a contagem é baixa, o corpo
pode não estar recebendo o oxigênio de que necessita. Se a contagem é muito alta, pode ocorrer
obstrução de pequenos vasos sanguíneos (capilares), tornando difícil o transporte de oxigênio.
As contagens de eritrócitos, leucócitos e plaquetas são expressas como concentrações -
células por unidade de volume de sangue. A unidade de volume era expressa em milímetros
cúbicos (mm3), em decorrência das dimensões lineares da câmara (de contagem celular) do
hemocitômetro.
1 mm3 = 1,00003 µL
Devemos, sim, ter em mente esses valores de referência, mas para provas de concurso
existe uma ressalva: como existe variação entre autores, é importante verificar se o seu edital
indica bibliografia específica, pois isso pode influenciar no valor de referência adotado.
Existem vários tipos de análises no laboratório de hematologia. Alguns demandam méto-
dos manuais, outros recorrem ao uso de máquinas, são os chamados métodos automatiza-
dos. Em hematologia, podemos resumir esses métodos em:
a) Impedância (de baixa e de alta frequência): baseada na mudança da condutividade de
um determinado meio (ex.: solução salina) ao passar células sanguíneas.
b) Citometria de fluxo: células suspensas no diluente são submetidas a fluxo de laser.
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Análise realizada com base na passagem de um feixe de laser pela célula fazendo com que
ela disperse a luz, obedecendo a um parâmetro conforme a classe a que ela pertença (hemá-
cia, leucócitos etc.). Permite a detecção desse padrão para identificação de sua morfologia,
medidas de tamanho e volume.
c) Emissão de Fluorescência: medida da emissão de fluorescência pela amostra.
d) Absorção da luz após reações citoquímicas: a luz produzida por reações químicas entre
a amostra e o reagente é medida por meio de absorção (espectroscopia). Um exemplo disso é
a detecção automática de hemoglobina.
Essas tecnologias são utilizadas tanto para detectar quanto para contar células.
Destaco a seguir dois termos que aparecem muito em questões sobre automação em
hematologia:
Contagem de Plaquetas
As plaquetas são fragmentos de células responsáveis pelo início do processo de coagula-
ção. Quando um tecido de qualquer vaso sanguíneo é lesado, o organismo rapidamente encami-
nha as plaquetas ao local da lesão. As plaquetas se agrupam e formam um trombo, uma espécie
de rolha ou tampão, que imediatamente estanca o sangramento. Graças à ação das plaquetas, o
organismo tem tempo de reparar os tecidos lesados sem que haja muita perda de sangue.
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Como já disse, os valores de referência estão sempre sujeitos à bibliografia sugerida pelo
seu edital.
Como estamos estudando interpretação do hemograma, é importante abordar as altera-
ções que podem surgir nos exames.
Trombocitopenia é como chamamos a redução da concentração de plaquetas no sangue,
trombocitose, por sua vez, é o aumento. A dosagem de plaquetas é importante antes de cirur-
gias e para avaliar quadros de sangramentos sem causa definida.
A alteração na plaqueta pode ser indício de alguma patologia, por isso é importante inves-
tigar a sua etiologia. Observe algumas logo abaixo:
Quando é observado erro no tamanho das plaquetas, pode ser sinal de duas coisas:
• 1. Plaqueta gigante - chamada de Turnover (significa renovação plaquetária), sinaliza
destruição exagerada das plaquetas.
• 2. Microplaqueta - significa mieloproliferação, ou seja, está relacionada a uma síndrome
que engloba um conjunto de afecções devidas a uma proliferação crônica e anômala
das células hematopoiéticas.
A contagem manual de plaquetas pode ser realizada por métodos diretos e indiretos. Nos
métodos diretos, a contagem manual é realizada em um hemocitômetro, utilizando a micros-
copia de contraste de fase, que facilita a melhor identificação das plaquetas.
As plaquetas são contadas em extensões sanguíneas devidamente bem confeccionadas e
coradas para, posteriormente, serem correlacionadas com a contagem de eritrócitos.
Apesar de a contagem automatizada de plaquetas ser mais precisa e exata do que a con-
tagem manual, há um risco potencial para contagens falsamente baixas ou altas nos analisa-
dores hematológicos.
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Contagem de Reticulócitos
Os reticulócitos são hemácias imaturas. São produzidos pela medula óssea quando as
células tronco se diferenciam para formar hemácias. As células tronco inicialmente produzem
eritroblastos, que começam a fabricar hemoglobina (proteína de transporte do oxigênio) e aca-
bam perdendo o núcleo.
Essa contagem é realizada para avaliar a capacidade de produção de hemácias da medula
óssea e distinguir anemia relacionada com perda sanguínea ou destruição excessiva de hemá-
cias e anemia por diminuição da produção de hemácias. Isso porque, quando a anemia é pela
perda (hemorragia) excessiva, esperamos que o surgimento de perda de hemácias exceda a
produção de glóbulos vermelhos novos (reticulócitos) visto que não dá tempo de a medula
produzir hemácias na mesma velocidade que o paciente está perdendo sangue, o que acaba
sendo uma importante informação para a diferenciação da causa da anemia.
Seguindo o mesmo raciocínio, a contagem de reticulócitos é útil para monitorar a resposta
da medula óssea e a volta de sua função normal após quimioterapia, transplante de medula
óssea ou tratamento de anemias
Os reticulócitos são eritrócitos jovens, recém-liberados pela medula óssea e que ainda con-
tém o RNA ribossômico. São lançados no sangue periférico depois do 3º dia de uma hemor-
ragia, assim, tal exame após esse período é importante para verificar se houve resposta da
medula óssea na eritropoese, ou seja, na produção de sangue.
Sendo assim, essa contagem é o método mais simples para estudo da função eritropoética
(capacidade da medula em produzir sangue).
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Reticulocitoses
Reticulopenias
Hemoglobina
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Métodos:
Colorimétricos (oxihemoglobina e Cianometa-hemoglobina), Método de Coulter e espec-
trofotometria.
Vamos relembrar os princípios dos métodos:
Mas não observamos alterações somente para valores abaixo do normal de hemoglobina,
ao contrário: valores altos de hemoglobina podem indicar policitemia.
Bom, a verdade é que existem quadros nos quais as hemácias podem estar até elevadas e
ainda assim o paciente ter um tipo de anemia, por exemplo, nas talassemias. Por isso a conta-
gem de hemoglobina é essencial no diagnóstico.
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Hematócrito
O método é automatizado e mede o número de hemácias, bem como seu volume. Em se-
guida, é feito o cálculo para se obter o hematócrito.
O valor de hematócrito depende tanto de sexo, como de idade, e essa informação já foi cobra-
da em provas!
Índices Corpusculares
A análise do número de eritrócitos, o valor da hemoglobina, o hematócrito e as relações
entre eles fornecem os chamados INDÍCES HEMANTIMÉTRICOS, que permitem interpretar as
variações da série vermelha do sangue. Na tabela abaixo estão os índices, acompanhados da
fórmula de cálculo, o que cada um avalia e seu valor de referência.
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Esse quadro é um resumo ótimo em véspera de prova, hein? Separa aí para revisar!
Agora, vamos à explicação e interpretação de cada um dos índices?
• VCM
Vamos à interpretação?
• HCM
• CHCM
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• RDW
RDW (Red Cell Distribution Width) - índice fornecido por contadores automáticos que indica
a variação do volume das hemácias determinando o grau de anisocitose. O valor normal é de
11,5 a 15%
Todos esses parâmetros possibilitaram a classificação das anemias com base nas dife-
renças de tamanho e conteúdo de hemoglobina dos eritrócitos. Os índices provaram ser muito
úteis na classificação e no entendimento das anemias e são relatados por todos os analisado-
res hematológicos automatizados.
• VHS E Coagulograma
Saindo dos índices hemantimétricos, temos também outros exames feitos no laboratório
de hematologia clínica que complementam as informações para diagnóstico de diversas pato-
logias. Varemos, portanto, o VHS e o Coagulograma.
− VHS
O VHS, conhecido como exame de hemossedimentação, nada mais objetiva do que calcu-
lar a velocidade da sedimentação sanguínea. Essa velocidade vai depender de fatores como a
gravidade, a composição do plasma, a composição da hemácia, o tamanho da hemácia e sua
forma. É um exame utilizado para acompanhar quadros de infecção, visto que a tendência é
que quanto mais progride uma infecção ou um quadro inflamatório, mais proteínas são pro-
duzidas e mais rápido o sangue se sedimenta, ou seja, maior é a velocidade dessa sedimenta-
ção, ou VHS.
As proteínas mais abundantes no plasma são o fibrinogênio e as globulinas, por isso o va-
lor do VHS depende muito da concentração delas no sangue.
A metodologia é basicamente submeter a amostra de sangue com adição de oxalato ou
citrato de sódio à sedimentação em tubos específicos com escala contendo a distância per-
corrida pelo sangue sedimentado e medindo-se o tempo gasto. Após isso, realiza-se o cálculo
de velocidade.
Os valores de referência dependem do método escolhido e variam conforme sexo e idade.
− Coagulograma
Este exame é complementar, não faz parte do hemograma, ok? Nele, se utiliza outro antico-
agulante, o CITRATO DE SÓDIO, cuja tampa do frasco é azul, enquanto no hemograma se utiliza
o EDTA, da tampa roxa.
Veja abaixo a tabela com um resumo dos exames realizados, o que cada um avalia e seus
valores de referência:
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Contagem de Plaquetas
As plaquetas são discos finos, com diâmetro de 2 a 4 micrometros e volume igual a 5 a 7
fetolitros.
A contagem de plaquetas é feita geralmente em amostras de sangue total coletadas em
tubo com EDTA e utilizando os contadores automáticos de células, porém, esta análise é de
alto custo. Por isso ela pode ser feita em lâmina, utilizando a câmara de Neaubauer, micros-
copia. Apesar deste método ser menos preciso, ele fornece informações de morfologia da
plaqueta, que também tem seu significado clínico.
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Não confunda: esse exame faz parte do hemograma, mas repeti aqui porque tem forte relação
com a coagulação sanguínea.
Procedimento
1. Para evitar que o fundo de plasma do esfregaço seja corado de azul, os esfregaços
devem ser corados poucas horas após a preparação ou, se tiverem de permanecer sem colo-
ração, fixados;
2. A fixação e a coloração podem ser obtidas por meio da imersão das lâminas em recipientes
cheios de reagente. Como alternativa, as lâminas ou lamínulas podem ser dispostas na horizontal
e cobertas por completo com os reagentes. Nesse último método, cobrir os esfregaços com uma
quantidade copiosa de corante evita a evaporação que, de outro modo, causaria precipitação;
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Eritrócitos Normais
O eritrócito é uma célula altamente especializada, cuja função primordial é transportar oxi-
gênio para os tecidos. Sua forma é de um disco bicôncavo, com diâmetro médio de 7,5 (7,2 a
7,9 pm), diâmetro grosseiramente semelhante ao núcleo do linfócito pequeno. No esfregaço
de sangue periférico corado sua forma é arredondada, com uma área de palidez central que
ocupa em torno de um terço da célula.
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As células da linhagem eritrocítica são produzidas na medula óssea e sua produção depen-
de da integridade da mesma, da presença de fatores de crescimento, especialmente a eritro-
poetina, e da presença de elementos essenciais para a produção de eritrócitos, como ferro, fo-
latos e vitamina B12. As células vermelhas (eritroblastos) perdem o núcleo, transformando-se
em reticulócitos antes de serem liberadas para a circulação. Apenas em condições anormais
são visualizadas células vermelhas nucleadas no sangue periférico.
11
Aqui o problema é o contrário, devemos pensar nas causas que podem fazer a hemácia
ser menor do que o normal (VCM baixo). Nesse caso, o efeito do tempo é contrário: doenças
crônicas tendem a produzir hemácias menores (quanto mais o tempo passa, mais ela reduz de
tamanho). Em relação à deficiência nutricional, o problema é falta de Ferro.
11
Henry, 2012.
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Ora, se o Ferro está lá no grupo Heme, que faz parte da hemoglobina e que dá cor à hemá-
cia, se ele faltar na constituição, ela ficará maior ou menor do que o normal?
Menor, claro! Então, carência de ferro produz anemias microcíticas.
Por favor, não esqueça disso! Ela é a mais frequente em provas (e na clínica também).
Gente, esse depósito de hemoglobina ocorre porque algo (geralmente um anticorpo) rom-
peu a hemácia, certo? Só assim a hemoglobina consegue sair.
E se rompeu, a hemácia está maior ou menor que o normal?
Menor!
Ou seja, Hemossiderose também é um exemplo de anemia microcítica.
Por último, mas muitíssimo importante, estão as talassemias. Pensem assim sobre elas:
cada hemácia circulante possui milhões de moléculas de hemoglobina, e cada uma dessas
moléculas, em seu estado normal, é formada por duas cadeias α (alfa) conectadas a duas
cadeias β (beta) de globina(α2β2), um tipo de proteína. Assim, as Talassemias são caracteri-
zadas como defeitos no processo de produção dessas proteínas.
O que ocorre é a mutação de um ou dois cromossomas específicos (11 e 16). Em resposta,
a medula óssea para de produzir (ou produz de maneira insuficiente) um dos tipos de cadeia
de globina, assim, o problema no cromossomo 16 se manifesta pela falta de cadeias α (alfa).
Isso tudo resultará em uma desproporcionalidade entre o número de cadeias α e β produzidas,
e cada hemácia terá menos moléculas de hemoglobina em seu interior.
12
12
Fonte: Campiolo.
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Anemias macrocíticas são caracterizadas por um volume corpuscular médio das hemá-
cias maior do que o normal, geralmente porque não tiveram tempo de amadurecer, como é
caso de uma perda de sangue rápida (hemorragia), algum fator nutricional que faltou para
esse amadurecimento ou ainda algum problema genético que impede que ela tenha o volume
normal (falciforme e esferocitose, por exemplo). Lembrando que, à medida que a hemácia vai
amadurecendo, seu volume diminui. Hemácias grandes são, portanto, imaturas.
13
• Anemias Normocíticas
Além dessas alterações nas hemácias, pode haver inclusões eritrocitárias, ou seja, algu-
mas partículas podem estar presentes dentro delas (e isso não é nada saudável).
Vamos relembrá-las?
− Policromasia
13
Idem.
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São alterações na forma dos eritrócitos. Ocorrem em múltiplas condições anormais, po-
dendo decorrer da produção de eritrócitos anormais pela medula óssea ou da lesão das célu-
las na circulação. Algumas alterações são típicas de doenças determinadas, como veremos
nos exemplos que seguem.
15
• Esferócitos
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• Eliptócitos e Ovalócitos
Embora muitas vezes eliptócitos e ovalócitos sejam usados como sinônimos, o termo elip-
tócito refere-se às células cujo maior eixo é pelo menos duas vezes o menor. Os ovalócitos,
por sua vez, são as células cujo maior eixo é inferior ao dobro do eixo menor. Os eliptócitos
ou ovalócitos podem aparecer em várias condições hereditárias e adquiridas. Quando muito
numerosos, geralmente são decorrentes de eliptocitose hereditária, doença causada por uma
alteração hereditária da membrana do glóbulo vermelho.
16
Fonte: Henry, 2012.
17
Idem.
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18
• Estomatócitos
Os estomatócitos são células que apresentam uma fenda semelhante a uma boca na re-
gião central da célula. Podem ocorrer de forma esporádica em indivíduos normais e em nume-
rosas situações clínicas, sendo as mais comuns o abuso de álcool e a liepatoparia alcoólica.
Os estomatócitos estão presentes também nas estomatocitoses hereditárias, que são doen-
ças hereditárias da membrana do glóbulo vermelho associadas a distúrbios de regulação de
volume (alteração na permeabilidade de cátions), existindo duas variantes: a hiperidratada,
denominada hidrocitose hereditária, e a desidratada, denominada xerocitose hereditária.
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• Eritrócitos em alvo
A distribuição anormal de hemoglobina pode resultar na formação de uma célula com uma
mancha central de hemoglobina rodeada por uma área de palidez, chamada célula em alvo. São
formadas devido a um excesso de membrana em relação ao volume do citoplasma. Pode ocor-
rer quando existe excesso de lípides na membrana, como na icterícia obstrutiva e nas hepatopa-
tias graves, ou quando existe redução do conteúdo citoplasmático sem redução da membrana,
como ocorre nas talassemias, na deficiência de ferro e em algumas hemoglobinopatias.
21
Aparecem nas doenças falciformes (SS, SC, SP-talassemia e outras combinações de he-
moglobinas anormais com a hemoglobina S). A desoxi-hemoglobina S tende a formar polí-
meros que se alinham em fibras paralelas, tracionam a membrana do eritrócito e adquirem a
forma de foice ou crescente, característica dessas doenças.
20
Fonte: Hemoclass.
21
Fonte: Henry, 2012.
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22
Temos ainda as hemácias espiculadas, que podem ser crenadas ou equinócito, que pos-
suem de dez a trinta pequenas espiculas regulares. Há também os queranócitos, que geral-
mente possuem um par de espículas de comprimento e distribuição irregulares, e os esquizó-
citos, que são fragmentos eritrocitários, muitas vezes espiculados. Os acantócitos podem ser
observados na abetalipoproteinemia, nas doenças hepáticas e pós-esplenectomia, e decorrem
de alteração no conteúdo lipídico da membrana celular. Os queratócitos e esquizócitos são
células fragmentadas por trauma na microvasculatura, evidentemente na doença microangio-
pática decorrente de depósito de fibrina ou trauma mecânico na circulação por anormalidades
do coração e grandes vasos.
Inclusões Eritrocitárias
Agora iniciaremos com as inclusões citoplasmáticas.
As células vermelhas podem apresentar inclusões devido à presença de remanescentes de
material nuclear ou de mitocôndrias, ou à presença de micro-organismos no seu interior.
• Corpúsculos de Howell-Jolly
22
Fonte: Biomedicina Padrão.
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23
• Pontilhado basófilo
24
• Corpúsculos de Pappenheimer
Os anéis de Cabot são restos nucleares semelhantes a anéis azulados que podem ser ob-
servados nas anemias megaloblásticas, nas anemias hemolíticas e após esplenectomia.
23
Fonte: Minuto Biomedicina.
24
Fonte: Henry, 2012.
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• Esferocitose hereditária
Hemoglobinopatias
• Talassemia: doença hereditária que provoca má formação das cadeias globínicas do
grupo Heme da Hemoglobina. Vou apenas complementar informações sobre os subti-
pos de talassemias que existem dependendo do tipo de alteração que houver.
Tipos de Talassemias
Para entender de verdade a talassemia, é preciso compreender como é a hemoglobina de
indivíduos normais:
• HbA1: a globina é formada por duas cadeias alfa e duas cadeias beta.
• HbA2: a globina é formada por duas cadeias alfa e duas cadeias delta.
• HbF ou hemoglobina fetal: a globina é formada por duas cadeias alfa e duas cadeias
gama. Esse tipo de hemoglobina ocorre na infância e diminui com a idade, até desapa-
recer por completo no indivíduo adulto. Após os 6 meses de idade, somente a HbA1 e
HbA2 estão presentes.
A talassemia é classificada de acordo com o tipo de cadeia de globina que sofre al-
teração, em:
− Alfatalassemia (se a produção deficiente for na cadeia alfa);
− Betatalassemia (produção deficiente na cadeia beta).
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Leucócitos
Agora iniciaremos a segunda parte da aula, o estudo da série branca do sangue.
O leucograma é uma parte do hemograma tão importante quanto o eritrograma. Através
dele podemos analisar as células responsáveis pela defesa do organismo e, portanto, avaliar a
capacidade de resposta destas células frente a diferentes situações. O leucograma é compos-
to pela contagem total e diferencial de leucócitos e pela avaliação morfológica dos mesmos
no esfregaço sanguíneo.
Primeiro, é feita a hemólise das hemácias, posteriormente, a preservação e coloração dos
leucócitos para contagem na câmara de Neubauer.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/ANÁLISES CLÍNICAS/2018) Com relação a hemograma e provas de hemosta-
sia, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Dois pacientes adultos do sexo masculino foram diagnosticados com ane-
mia após análise dos resultados dos hemogramas. O hemograma do paciente 1 mostrou índi-
ces hematimétricos abaixo dos valores de referência, e o do paciente 2 apresentou índices he-
matimétricos dentro da faixa de referência. O esfregaço sanguíneo do paciente 1 apresentou
poiquilocitose discreta pela presença de eritrócitos em alvo, e o do paciente 2, poiquilocitose
discreta pela presença de drepanócitos.
Assertiva: Nessa situação, é correto inferir que o paciente 1 possui talassemia, e o paciente 2,
anemia falciforme.
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d) coletada com anticoagulante fluoreto, com homogeneização adequada (3 vezes, por inver-
são), eventual presença de hemólise não afeta a análise, e entregue no setor analítico em até
quatro horas após a coleta.
e) coletada com anticoagulante EDTA-K2, com homogeneização adequada (8 a 10 vezes, por in-
versão), com volume de sangue coletado conforme o tamanho do tubo utilizado (conferir no rótulo
do tubo), sem coágulo e hemólise e entregue no setor analítico em até quatro horas após a coleta.
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bilhões de pessoas em todo o mundo. A metade dos casos é determinada por deficiência de
ferro (DF), a deficiência nutricional mais prevalente e negligenciada no mundo, particularmente
entre as mulheres e as crianças dos países em desenvolvimento. É também significativamente
prevalente nos países industrializados e afeta pessoas de todas as idades em todos os países.”
Disponível em:
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/15/Anemia-por-Defici-ncia-de-Ferro.pdf.
Na suspeita de anemia por deficiência de ferro (ADF), deve-se solicitar um hemograma comple-
to (com os índices hematimétricos e avaliação de esfregaço periférico) e dosagem de ferritina.
Com relação ao resultado POSITIVO para ADF é correto afirmar que:
a) O VCM geralmente está aumentado.
b) Está associada ao aumento de ferritina.
c) O HCM geralmente está aumentado.
d) De acordo com os padrões diagnósticos da OMS, a ADF é leve a moderada, se a Hb fica entre
7 a 12 g/ dL, e grave, se a Hb for menor que 7 g/dL, com pequenas variações de acordo com a
idade, gênero ou presença de gestação.
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a) V • V • V • F • V.
b) V • V • F • V • V.
c) V • V • F • F • F.
d) F • V • F • F • V.
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GABARITO
1. E
2. E
3. E
4. e
5. d
6. c
7. d
8. a
9. b
10. a
11. d
12. d
13. d
14. d
15. c
16. d
17. c
18. d
19. b
20. e
21. b
22. a
23. c
24. b
25. c
26. b
27. b
28. b
29. d
30. b
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/ANÁLISES CLÍNICAS/2018) Com relação a hemograma e provas de hemosta-
sia, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Dois pacientes adultos do sexo masculino foram diagnosticados com ane-
mia após análise dos resultados dos hemogramas. O hemograma do paciente 1 mostrou índi-
ces hematimétricos abaixo dos valores de referência, e o do paciente 2 apresentou índices he-
matimétricos dentro da faixa de referência. O esfregaço sanguíneo do paciente 1 apresentou
poiquilocitose discreta pela presença de eritrócitos em alvo, e o do paciente 2, poiquilocitose
discreta pela presença de drepanócitos.
Assertiva: Nessa situação, é correto inferir que o paciente 1 possui talassemia, e o paciente 2,
anemia falciforme.
Na talassemia são encontradas células em alvo, porém não é diagnóstico, sendo necessário
ser feita a eletroforese de hemoglobina para quantificação da mesma.
Errado.
O eritrograma é a parte da análise da série vermelha e, além disso, há o HCM, que mede a He-
moglobina Corpuscular Média.
Errado.
O leucograma que consiste na série branca em que haverá aumento de eosinófilos nas infec-
ções parasitárias, não no hemograma, que se refere à série vermelha.
Errado.
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HEMATOLOGIA
Interpretação Clínica do Hemograma
Pollyana Lyra
a) Errada. Hemograma.
b) Certa. Fração leucocitária – leucograma.
c) Errada. Plaquetograma.
d) Errada. Hemograma.
Letra b.
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HEMATOLOGIA
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HEMATOLOGIA
Interpretação Clínica do Hemograma
Pollyana Lyra
I – Errada. O VCM é calculado pelo hematócrito sobre o valor das hemácias x 10.
II – Certa. A hemoglobina corpuscular média é a medida da massa de hemoglobina presente,
em média, nos eritrócitos. É um parâmetro útil para o controle de qualidade de analisadores
hematológicos.
III – Certa. A concentração de hemoglobina corpuscular média é calculada a partir da hemo-
globina e do hematócrito e auxilia na classificação das anemias em normocrômicas ou hi-
pocrômicas.
Letra c.
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HEMATOLOGIA
Interpretação Clínica do Hemograma
Pollyana Lyra
I – Certa. Calculado por meio do valor da hemoglobina pelo hematócrito, avalia a condição de
hipocromia.
II – Certa.
III – Errada. O índice RDW determina a amplitude de distribuição do tamanho dos eritrócitos.
Letra d.
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Na suspeita de anemia por deficiência de ferro (ADF), deve-se solicitar um hemograma comple-
to (com os índices hematimétricos e avaliação de esfregaço periférico) e dosagem de ferritina.
Com relação ao resultado POSITIVO para ADF é correto afirmar que:
a) O VCM geralmente está aumentado.
b) Está associada ao aumento de ferritina.
c) O HCM geralmente está aumentado.
d) De acordo com os padrões diagnósticos da OMS, a ADF é leve a moderada, se a Hb fica entre
7 a 12 g/ dL, e grave, se a Hb for menor que 7 g/dL, com pequenas variações de acordo com a
idade, gênero ou presença de gestação.
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As anemias ferroprivas são de carência de ferro, mas há também anemias por carência de
vitamina B12, por doença crônica e anemias hemolíticas.
Letra e.
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2. Grupo de doenças do sangue caracterizadas por defeito genético que resulta em diminuição
da produção de um dos dois tipos de cadeias que formam a molécula de hemoglobina.
3. Doença hereditária caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornan-
do-os parecidos com uma foice.
4. Tipo de anemia decorrente da privação, deficiência, de ferro dentro do organismo levan-
do à uma diminuição da produção, tamanho e teor de hemoglobina dos glóbulos verme-
lhos, hemácias.
a) I.3, II.2, III.1, IV.4
b) I.2, II.3, III.1, IV.4
c) I.4, II.3, III.2, IV.1
d) I.1, II.2, III.3, IV.4
1. III – Hemoglobina.
2. I – Talassemia.
3. II – Anemia falciforme.
4. IV – Anemia ferropriva.
Letra b.
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I – Verdadeira.
II – Verdadeira.
III – Verdadeira.
IV – Falsa. Os esquizócitos não têm relação com a coagulação intravascular disseminada.
V – Verdadeira.
Letra a.
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HEMATOLOGIA
Interpretação Clínica do Hemograma
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a) Talassemia.
b) Anemia Falciforme.
c) Anemia Perniciosa.
d) Deficiência de G-6-PD.
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Interpretação Clínica do Hemograma
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a) Errada. Macrocitose.
b) Errada. Macrocitose.
c) Errada. Normocítica.
d) Certa. Microcítica e hipocrômica.
Letra d.
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REFERÊNCIAS
HENRY, J. B. Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais. 20. ed. São Paulo
(SP): Manole, 2008. xvii,1734p.
ZAGO, Marco Antônio; FALCÃO, Roberto Passetto; PASQUINI, Ricardo. Tratado de Hematolo-
gia - Editores associados Nelson Spector, Dimas Tadeu Covas, Eduardo Magalhães Rego. São
Paulo: Editora Atheneu, 2013.
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