EBO - Cervical e Torácica
EBO - Cervical e Torácica
EBO - Cervical e Torácica
COLUNA TORÁCICA
COLUNA CERVICAL INFERIOR
Etapa Dois
COLUNA TORÁCICA
COLUNA CERVICAL INFERIOR
Índice:
A Coluna Cervical
− Generalidades
− Elementos ósseos −
Plano ligamentar
Articulações corpóreas
Articulações dos arcos posteriores
Articulações costovertebrais
Articulações costotransversas
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− Plano muscular
− Biomecânica
− Anatomia palpatória
− Leis de Freyette
− Diferentes tipos de disfunções vertebrais
− Diagnóstico
− Técnicas de correção das disfunções torácicas −
Patologias
A Coluna Cervical
− Elementos ósseos
∙ Coluna anterior
∙ Coluna lateral
∙ Coluna posterior
∙ Canal vertebral
− Elementos ligamentares
− Elementos musculares
− Fisiologia articular ∙
Flexão extensão
∙ Inclinação, rotação ∙
Articulação unco vertebral
− Mecanismo lesional osteopático
− Localização morfológica −
Biomecânica osteopática
− Diagnóstico osteopático
∙ Anamneses
∙ Inspecção estática
∙ Teste de Jackson
∙ Quick Scaning
∙ Teste de palpação
∙ Teste de Klein
∙ Inspecção dinâmica
∙ Teste globais ∙
Testes analíticos
− Técnicas de preparação
− Técnicas de manipulação
− Resumo das técnicas miotensivas
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− Patologias cervicais
− Exame clínico do ponto de vista neurológico
A Coluna Torácica
Formada por 12 vértebras, é o mais extenso dos segmentos da coluna, sua principal
característica é a articulação com as costelas. Como um conjunto, a coluna torácica apresenta
uma curva sagital de concavidade anterior, cujo ápice é a vértebra T6: o corpo de T6 apresenta
um aspecto cuneiforme. Essa curva é primitiva , as curvas cervicais e lombares são
segundárias.
I – Generalidades
b) Nas 10 primeiras vértebras torácicas, ao nível dos processos transversos, encontra-se uma
faceta costal articulada com a tuberosidade costal.
II – Elementos Ósseos
- 2 inferiores, orientadas para baixo e para fora, perto da borda inferior 2°)
Essas facetas articulares são inclinadas à 45° em relação a horizontal:
- As superiores, situadas para frente e acima dos processos transversos são
orientados para cima, e para trás e um pouco para fora e elas tem uma
forma ligeiramente convexa.
- As inferiores são menores, tem uma orientação oposta e são ligeiramente
côncavas.
3°) Os processos transversos são oblíquos para trás e para fora, apresentam, na parte anterior
da sua extremidade, uma faceta articular costal.
4°) As lâminas tem uma forma quadrada.
5°) Os processos espinhosos, longos e muito oblíquos para baixo e para trás, possuem na sua
extremidade um volumoso tubérculo.
Algumas vértebras apresentam características específicas:
1°) T1: Vértebra de transição. Seu corpo assemelha-se ao corpo das cervicais e possui
unicamente uma faceta costal destinada à 1° costela. Seu processo espinhoso é
geralmente mais proeminente.
2°) T10: Não possui faceta costal inferior, nem faceta ao nível dos processos
transversos.
3°) T12: Vértebra de transição, que parece como as vértebras lombares. Corpo mais
volumoso, espesso. Não possui facetas costais inferiores e transversas.
Os processos articulares inferiores de T12 são orientados para frente e para fora como as
vértebras lombares.
Segundo Blandine
– ligamento longitudinal posterior III.2. Articulações dos arcos
posteriores: Além da cápsula articular encontra-se também: a) Os ligamentos amarelos,
entre as lâminas;
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b) O ligamento supraespinhal
c) Os ligamentos interespinhosos;
d) Os ligamentos intertransversários, deT2 à T10
a) Superfícies articulares:
- Lado Costal: faceta ovalar, situada inferior e medialmente à tuberosidade
costal.
- Lado da vértebra: faceta correspondente na face anterior da parte
superior do processo transverso.
b) Meios de União: 5 ligamentos:
- ligamento costotransversal posterior:
Que vai do processo transverso até a tuberosidade costal.
- ligamento costotransversal interósseo
Curto, espesso e resistente, vai da face posterior do colo da costela até o
processo transverso.
- ligamento costotransverso superior:
(ligamento suspensor da costela), situado ao nível da articulação, ele vai
do colo da costela até a transversa da vértebra suprajacente. Ele é formado
de 3 feixes:
- Feixe Principal, Feixe Ântero-Interno, e Feixe Póstero-Interno
1o ) Os Supracostais
Esses músculos vão do processo transverso de uma vértebra
dorsal ate a costela situada um nível mais baixo ou 2 níveis
abaixo.
Ação:
Eles participam da rotação vertebral ou da
elevação da costela segundo que o ponto
fixo seja a costela ou a coluna vertebral.
Segundo Blandine – músculos supracostais
O transversário espinhoso,
segundo
Blandine
V. Biomecânica
V.1.Flexão -extensão:
A amplitude global de 40°
Na flexão, o espaço intervertebral é pinçado anteriormente e boceja na parte posterior, o
núcleo desloca-se para trás. Os processos articulares inferiores da vértebra suprajacente
deslizam para frente.
O movimento está limitado pela tensão:
– dos ligamentos interespinhosos
– dos ligamentos amarelos
– das cápsulas interapofisárias
– do ligamento longitudinal posterior.
Os movimentos de uma costela são comparados ao movimento de uma alça de balde. Eles modificam
o diâmetro do tórax.
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Espinhosa de T2 a T12:
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É possível palpar as espinhosas de T1 a T12. Elas são fáceis de palpar sem movimento, mas precisa-se
fazer algum movimento para afinar a palpação.
Até ao nível de T4-T5 utiliza-se a alavanca da cabeça para evidenciar as vértebras torácicas.
Abaixo de T4-T5 utiliza-se a flexão do tronco, para palpar as vértebras inferiores em relação
às superiores.
Não deve-se buscar sistematicamente uma espinhosa estritamente no plano sagital da
suprajacente, porque a coluna não é absolutamente reta. Ao nível T3-T5, zona que tem
espinhosas mais curtas, as espinhosas são mais afastadas, mas quando chega-se ao nível do
ápice da curva torácica, as espinhosas mais longas, encaixam-se sobre as outras como as
telhas de um teto.
Leis de Freyette
Elas são determinadas pelos movimentos fisiológicos, e guiados pelos elementos que ligam as
vértebras.
(Disco, cápsula, ligamentos, tendões, presença das costelas e músculos monoarticulares)
Primeira Lei :
1) A partir de uma posição neutra
- É a posição de referência e de descanso
- O apoio intervertebral é essencialmente feito sobre o disco -
As superfícies articulares posteriores estão livres das
tensões.
→ Durante a lateroflexão a rotação dos corpos vertebrais torácicos se faz automaticamente
para o lado oposto. A coluna encontra-se em situação fisiológica, esse movimento será
definido como sendo N.S.R.
→ Esse movimento de 1a lei assegura a instalação das curvas adaptativas.
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Segunda Lei:
Patologicamente, quando a proprioceptividade está perturbada devido a um movimento
brusco, forçado, haverá um ponto de apoio nas facetas articulares posteriores e inferiores. →
Então o corpo da vértebra vai girar para a concavidade
→ Isto representa a entorse vertebral monosegmentar de acordo com a 2a Lei de Freyette: Rotação do
mesmo lado que a inclinação lateral.
A partir de uma posição de extensão
A extensão da coluna torácica produz movimentos de inclinação lateral e de rotação homóloga.
→ A inclinação lateral será possível unicamente com uma rotação do mesmo lado movimento
ligado com a 2a lei de Freyette, definido como FRS e ERS, vai ocasionar a lesão primária,
monosegmentar traumática.
∆ ∆ !!! ERS
- Esse movimento vai assegurar os fenômenos adaptativos quando a restrição de mobilidade for
plurisegmentar.
- Ele vai também ocasiona a lesão primária traumática monosegmentar.
Conclusão:
Posição neutra : N.S.R. plurisegmentar, assegura a instalação das curvas adaptativas, lateroflexão
oposta a rotação
Flexão: F.S.R. plurisegmentar, adaptação, lateroflexão oposta a rotação
F.R.S. monosegmentar, lesão traumática, primária, lateroflexão mesmo sentido
que a rotação
Extensão: E.R.S. plurisegmentar, adaptativa, lateroflexão no sentido oposto a rotação
E.R.S. monosegmentar, lesão traumática, primária, lateroflexão no mesmo
sentido que a rotação.
Devido a obliqüidade das facetas articulares das vértebras torácicas, o movimento de lateroflexão é
associado a rotação.
Quando na palpação encontra-se o processo espinhoso desviado lateralmente, é provável que
você encontrou uma vértebra em lesão. (Cuidado tem processos espinhosos que são
anatomicamente desviados) Essa disfunção pode estar associada a uma flexão ou extensão
da mesma vértebra, e uma rotação do corpo para o lado oposto a espinhosa desviada. Pode-se
encontrar do lado da rotação do corpo uma transversa em posterioridade. O teste de Mitchell
permite definir se a lesão é de Flexão, de Extensão ou Neutra.
IX. Diagnóstico
1 – Anamnese
2 – Inspecção estática
3 – Inspecção dinâmica
4 – Quick scanning
5 – Teste de posicionamento
6 – Teste de mobilidade
7 – Teste específico para as vértebras
8 – Teste de acumulação dos parâmetros livres
IX.6.Teste de Mobilidade:
IX. 6. 1. Flexão
Paciente sentado, braços em V
Osteopata lateralmente
Palpa com os indicadores os espaços interespinhosos, infrajacentes da vértebra a testar.
Mobiliza a coluna torácica em flexão para avaliar a capacidade de mobilidade em flexão.
IX.6.2. Extensão
Paciente sentado, braços em V
O osteopata apalpa com os indicadores os espaços intrespinhoso e infrajacentes da vértebra a
testar.
Mobiliza a coluna torácica em extensão, para avaliar a capacidade de mobilidade em extensão.
IX.6.3. Lateroflexão
Paciente sentado, pés no chão
O osteopata palpa com seus indicadores as faces laterais das espinhosas da vértebra a testar.
Mobiliza a coluna torácica em lateroflexão esquerda e direita, para avaliar a lateroflexão mais
fácil
IX.6.4 - Rotação
Paciente sentado, pés no chão
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IX. 7.1. T1 e T4
Paciente sentado
Osteopata com os polegares em contato com os processos transversos das vértebras, busca
uma posterioridade. Se existe uma posterioridade em um nível, ou em alguns níveis faz-se uma
flexão, uma extensão da cabeça até sentir a tensão chegar ao nível lesionado. Ele pode assim
perceber se a posterioridade aumenta em flexão.
Nota: No caso de posterioridades em alguns níveis em posição neutra o teste pode ser feito
nestes diferentes níveis, ou simplesmente localizar o processo transverso que é o mais
posterior e que corresponde a vértebra do ápice da curva, então fazer o teste em flexão
extensão e tratá-la.
IX.7.2. T4 – T7
Paciente sentado em posição neutra
Osteopata com os dedos médios nos processos transversos, verifica se existe uma posterioridade unilateral
ou bilateral.
Diagnostico em flexão: feito de maneira passiva empurrando o tórax do paciente para trás
Diagnóstico em extensão: faz-se utilizando os dedos médios apoiados diretamente sobre os processos
transversos e com um deslizamento para frente
IX.7.3. D7-D12: Teste de Mitchell: este teste já foi estudado com a região lombar
Osteopata em finta anterior de frente para o paciente, Mi anterior frente ao paciente e posterior mais
lateralmente
Paciente cruza os seus braços e os coloca sobre o ombro do osteopata, do mesmo lado da perna
posterior do mesmo.
O stretching pode ser feito deslocando o peso da perna anterior para posterior
Pode-se utilizar parâmetros de extensão
Pode-se utilizar os parâmetros de lateroflexão e rotação homolateral (pouca tensão).
Pode-se fazer lateroflexão de um lado e rotação para o lado contrário (muita tensão)
A vértebra em disfunção.
O contato da mão corretora se faz através do duplo contato da eminência tenar e dos dedos dobrados.
O contato é feito nas vértebras infrajacentes para uma disfunção em flexão, e esse contato é
feito na vértebra suprajacente para uma disfunção em extensão.
Alavanca superior em flexão ou extensão.
Contato do tórax do osteopata com os braços do paciente.
Normalização:
O osteopata exerce uma pressão nos cotovelos do paciente, até a barreira articular;
Ao final da expiração o drive é dado na direção da cabeça do paciente para uma disfunção em
flexão, e na direção dos pés do paciente para uma disfunção em extensão.
O paciente pode também ficar nessa posição com as mãos cruzadas na nuca, para manipular as torácicas
superiores.
Paciente em decúbito ventral, a cabeça girada lateralmente, braços pendentes de cada lado da
mesa.
Osteopata em finta anterior do lado oposto a lesão,
O osteopata toma contato pisiforme no processo transverso direito com seu pisiforme esquerdo.
Contato com a transversa oposta da vertebra infrajacente com seus pisiforme direito.
O osteopata acompanha a expiração e a descida das costelas e termina esse movimento com um
thrust seco e curto com pisiforme esquerdo.
O pisiforme somente estabiliza.
Drive na direção do chão e dos pés do paciente.
Essas técnicas corrigem as lesões que apresentam uma transversa posterior e inferior.
Posição do paciente: decúbito ventral, braços pendentes a cabeça girada do lado da posterioridade.
Posição do osteopata: finta anterior, ao nível da pelve do lado oposta à posterioridade.
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Contato das mãos : pisiforme em contato com a posterioridade, contato reforçado pelo pisiforme oposto
apoiado ao nível da tabaqueira anatômica da mão que manipula.
Normalização:
Redução do slack sobre o processo transverso, colocando o corpo acima da disfunção. Thrust
dado ao final da expiração: drive na direção do chão e da cabeça, no plano das facetas
articulares.
Variante na parede
Paciente assentado
Osteopata do lado oposto à posterioridade em finta anterior (posterioridade D)
Contato do tórax com o ombro do paciente
A mão cefálica passa pela frente do corpo do paciente e segura a sua escápula oposta A
mão caudal através de um contato pisiforme com a posterioridade realiza um torque.
Antebraço caudal junto ao tórax do osteopata
Coloca-se parâmetros
– Flexão/extensão neutra
– Lateroflexão E
– Rotação E
– Faz-se discreta inclinação D, para dar um pouco de jogo articular
– Troca-se a finta
– Pede-se ao paciente que deixe cair a cabeça para trás, e realiza-se o thrust para cima, quando a tensão
chegar ao pisiforme.
Osteopata sentado atrás e ligeiramente a E do paciente. Empalma com sua mão esquerda o
deltóide D do paciente, contato do indicador D no espaço interespinhoso da vértebra do ápice
da curva
Faz-se uma lateroflexão D. através da elevação da nádega D, apoiando o pé mais forte no
chão, e um abaixamento do ombro D. Faz-se uma translação para a E do tronco ao nível da
vértebra do ápice da curva
Tração na direção do osteopata do ombro D do paciente até perceber a rotação ao nível em disfunção
1o Tempo: pede contrações isométricas em rotação direita. Faz-se 3 ciclos de 3 contrações 2o
Tempo: o terapeuta coloca sua mão esquerda em contato com o esterno do paciente, mantém
com a mão costal, a vértebra em extensão, enquanto o paciente volta a posição neutra. Pede
ao paciente para empurrar o esterno para frente com a força liberada e resiste.
Pede para relaxar e procura uma nova barreira motora em direção da extensão. Geralmente
uma manobra é suficiente para testar e recomeçar.
S Pede SD Pede SD
Mão sensitiva Posterioridade D Desimbricação E
Mão ativa Faz a volta da cabeça Faz a volta da cabeça
XI. As Patologias
contrario das dores intermitentes da cervircatrose ou da lombartrose, elas são muitas vezes
contínuas, de grande tenacidade e rebeldes a terapêutica. Elas se acompanham de dores
irradiadas tipo nevralgia intercostal ao contrário do diagnostico freqüente que é
deduzidamente feito.
No caso de uma nevralgia intercostal, tenaz que se mantém, será importante pensar em uma
afecção mais grave da vértebra: espondilite tuberculosa, doença de Pott, câncer, mieloma,
espondilite anquilosante, tumor intraraquidiano ou intratorácico, aneurisma da aorta,
problemas pleuropulmonares, etc.
O tratamento anti-reumático , ortopédico clássico não é muito eficaz. Para os osteopatas o mais
importante é descobrir precocemente as lesões osteopáticas torácicas.
Dores
Região média das costas entre as escápulas. Muitas vezes são laterais no espaço inter escápulo
vertebral. Aparecem essencialmente ao final da tarde, após o trabalho, são aumentadas pela
posição ereta prolongada, e carregar objetos pesados , diminuídas pelo descanso. Podem ser
permanentes, o que obriga o paciente a interromper seu trabalho Exame clinico:
Ele pode mostrar um pequeno desequilíbrio estático da coluna torácica tipo uma ligeira
escoliose torácica ou uma cifose, o que é geralmente desconhecido pelo paciente, em outros
casos não tem desequilíbrio estático, mas pode ser verificado que a paciente e um pouco
musculosa. Exame radiológico
A radiologia pode confirmar ou eliminar escoliose ou cifose, ou mostrar lesões mínimas que
podem ser consideradas conseqüência inicial da doença de Sheuermann: irregularidades dos
platôs vertebrais, presença de hérnias intra esponjosas. Pode também apresentar pequenas
lesões de artrose torácica, como achatamento discreto dos discos, dores, pequenas espinhas
osteofiticas no bordo do platô, ou pequena calcificação do anel fibroso discal
Interpretação patogênica
Elas são muito difíceis: os mecanismos invocados são os seguintes:
• Trabalho torácico excessivo
• Fator estático escoliose e cifose
• Fator muscular : Insuficiência músculo ligamentar
• Fator psíquico: Astenia física e psíquica
• Fator artrósico
Tratamento
Adaptação das condições de trabalho
Evitar o esforço exagerado
Praticar uma educação ativa
Analgesia contra a dor
Lutar contra a distonia nervosa, com sedativos usual e psicoterapia
XI. 5. Osteoporose
A dorsalgia ligada com a osteoporose rarefiante comum deve ser tratada no início. Uma imobilização de
duas a três semanas como em caso de fratura.
Um tratamento para reconstituir a massa óssea é conveniente e pode-se notar o caráter
prolongado dessas dorsalgias pela sua repetição freqüente e aparecimento de novos
achatamentos vertebrais.
O tamanho da paciente diminui progressivamente, isso é um teste clínico característico da evolução.
Origem cardiovascular, pode-se acompanhar de dores torácias, e essa dorsalgia pode até ser
revelado durante a crise, ela aparece no esforço como a crise de angina mais diminui depois
do final do esforço, e com o efeito de alguns medicamentos como a trinitrina. Ela pode se
acompanhada de modificações eletrocardiográficas espontaneamente ou durante o esforço.
Pericardite:
A pericardite pode acompanhar-se de dorsalgias, a oscultação cardíaca controla e o
eletrocardiograma e ecografia permite diagnosticar essa dorsalgia em função do problema
de pericardite.
Origem pleuropulmonar
A dorsalgia pode ser reveladora de um derrame pleural, de um tumor, de uma neoplasia pleuro
pulmonar. E sempre importante controlar o tórax para distinguir a causa, através de exame
radiográfico standart em caso de dorsalgia.
Origem visceral:
Essas dorsalgias são encontradas no decorrer de úlceras gastroduodenais, especialmente de localizações
posteriores, as dores tem um horário rítmico ligado com as refeições.
As neoplasias gástricas, esofagias, pancreáticas são sempre acompanhadas de dores vivas constantes,
persistentes, sem esse ritmo das refeições.
A radiografia permite fazer o diagnóstico com produto de contraste, fibrocospia, tumodensitometria, etc,.
Algumas dorsalgias são portanto ligadas com patologias fora da coluna, de etiologias viscerais,
cardiovasculares, digestivas e pleuropulmonas.
É importante pensar-se nessas etiologias, antes de considerar-se a dorsalgia uma patologia mecânica
ou degenerativa.
O plano ligamentar
Os mesmos ligamentos que no restante da coluna.
Ligamento longitudinal anterior, ligamento longitudinal posterior.
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Existe uma cápsula para cada articulação intervertebral , uma cápsula própria para cada
articulação unciforme, ligamentos interespinhosos finos e retangulares , ligamentos
supraespinhosos, formando uma longa corda fibrosa tensionada da protuberância occipital
externa até a espinhosa de C7. Esse conjunto é chamado ligamento cervical posterior ou
ligamento nucal. Os ligamentos intertransversais são substituídos pelos músculos
intretransversários anteriores e posteriores
Região Anterior:
03 músculos pré-vertebrais
O longo do pescoço, o pequeno reto anterior, o grande reto anterior.
Região Ântero-Lateral:
Músculos situados lateralmente aos pré-vertebrais
Os Escalenos
O Esternocleido mastóideo
Pode-se citar os grupos infra e suprahióideos.
Durante a flexão, o corpo da vértebra suprajacente se inclina e desliza para frente. Esse
movimento é possível pelo achatamento do platô superior da vértebra infrajacente, deixando
o bico da vértebra superior livre
As facetas articulares são planas, criando um bocejo inferior entre as facetas.
Esse movimento não é limitado por um encontro ósseo, mas pela tensão dos ligamentos.
Lateroflexão e rotação
Esses movimentos são determinados, pela orientação das superfícies articulares. Nenhum dos 2
movimentos isolados é possível.
As facetas articulares são planas, os superiores orientadas para cima e para trás, e as inferiores
para baixo e para frente. O eixo do movimento é situado no centro de um plano oblíquo unindo
essas duas facetas. Esse eixo perpendicular a este plano, é oblíquo para frente e passa pela
parte posterior e mediana dos corpos vertebrais.
Ele representa o eixo misto de inclinação-rotação.
A lateroflexão total da coluna cervical é de 45o, a lateroflexão da coluna cervical inferior é de
25o
35
É muito difícil evoluir a rotação ao nível da coluna cervical inferior. A rotação total da
cabeça é de 80 a 100 o, podendo estimar entre 60 a 65 o
a participação da coluna cervical
inferior.
Articulações unco-vertebrais
Durante os movimentos de lateroflexão, essas articulações servem de guia.
Nos movimentos de lateroflexão, produzem-se um bocejo do lado da convexidade, e uma
imbricação do lado da lateroflexão, mas uma rotação sendo associada encontra-se também
um bocejo anteriormente com deslizamento para trás.
36
37
Nível C2 – C7
A mobilidade é preponderante em de C2 a C4
O papel de sustentação preponderante principal em C5 – C7
Anteflexão
A coluna se estende verticalmente para frente e a interlinha inferior da articular posterior se
abre ligeiramente em flexão. O deslizamento divergente das facetas articulares vai criar um
movimento dominante de inclinação lateral no plano frontal
FSR
Movimento de Extensão
A coluna se estende para trás a interlinha superior da articular posterior se abre ligeiramente.
Nesta posição de extensão o deslizamento convergente das facetas articulares cria um
movimento dominante em rotação no plano frontal ERS
A lesão osteopática cervical se cria e se organiza em três dimensões, mais um componente de
translação
FSR ou ERS
A translação é sempre oposta a lateroflexão e a rotação.
FSR: É geralmente de tipo primário: a divergência das articulações posteriores cria um ponto
de apoio do lado oposto a posterioridade, e a convergência relativa das articulações
posteriores do mesmo lado.
As Artérias Cervicais
A coluna óssea cervical protege a artéria vertebral, graças a estabilidade dos pilares anterior
e posterior e do processo unciforme. Outro sistema de proteção é formado pelo forame
transverso.
A vascularização cerebral depende das artérias cervicais.
Vascularização Cerebral
Nível do pescoço
As artérias vertebrais tem influência sobre os plexos coróideos.
- artéria vertebral
- artéria basilar
Se C1 - C2 - C3 estão lesados, haverá tensões que repercutirão sobre o temporal e o forame jugular
(cefaléias e vertigens)
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2 - As lesões de lateralidade
Representam 15% das lesões cervicais.
São encontradas de C3 a C6. O local da restrição se situa ao nível das articulações
uncovertebrais ditas de “ Luschka”. Essa lesão concerne ao disco intervertebral, provocando
uma protrusão discal, que pode ser uma fonte de nevralgias.
As lesões de lateralidade associam flexão, lateroflexão +++ e rotação homólogas. Ela representa a
desembricação máxima da articulação posterior e da articulação uncovertebral.
3 - As lesões de anterioridade
Essas lesões afetam as vértebras C4 a C6, sobretudo C5 +++. Representam 5% das lesões cervicais.
Elas resultam de um traumatismo em hiperflexão ou hiperextensão (Whiplash).
Elas causam sintomas muito dolorosos, pois concerne à articulação de luschka e coloca em stress o
disco intervertebral.
VIII. 1 - Anamnese:
A fim de saber quais são os tecidos comprometidos, é importante fazer um diagnóstico diferencial entre
a lesão cervical, cervicobraquaialgia e síndrome do desfiladeiro torácico.
Uma rotação importante vai estirar a artéria e a extensão vai comprimir diminuindo o fluxo sanguíneo.
Se ao teste o paciente manifestar náuseas, vertigens, nístagmo, ele apresenta uma patologia tipo
insuficiência vértebro basilar. Será então contra-indicado a manipulação.
PS: para iniciantes, em caso de Klein, Adson, Jackson positivos os pacientes não devem ser manipulados
com thrust.
NOTA: Não é importante unicamente medir os ângulos, mas ter a sensação da qualidade do movimento
na sua palpação.
Estes testes dão informação da qualidade da resposta dos tecidos. É um
elemento importante, porque a coluna cervical é extremamente sensível às
reações vasomotoras que são muito presentes a esse nível
2 - Decúbito dorsal
– Distância queixo – acrômio em flexão
Paciente em decúbito dorsal, bem relaxado
Osteopat sentado, uma mão no vértex e a outra recebe a coluna cervical.
Teste: durante uma flexão, girar a cabeça para direita e para esquerda, na direção do acrômio.
Avaliar a distância queixo – acrômio
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Interpretação: Ex: Se a distância queixo acrômio esquerda, é superior a queixo acrômio direita,
isso significa restrição de mobilidade a esquerda.
Lateroflexão global
Paciente em decúbito dorsal, bem relaxado
Osteopata sentado a altura da cabeça do paciente, uma mão sob o occipital, a outra receber a
coluna cervical.
Teste: em anteflexão: fazer uma lateroflexão global a esquerda e depois a direita.
Em extensão a mesma coisa. Avaliar
a maior restrição Interpretação:
Maior mobilidade do lado da lateroflexão lesional
Teste analítico de C2 a C7
Busca-se graças ao occipital, testar as diferentes estruturas, para mobilizar a estrutura suprajacente em
relação aquela que você mobiliza por cima.
Ex: Tomada de mão em C4 para testar C3
Para localizar:
O paciente faz flexão cervical, e pede-se para endireitar a cabeça contra resistência, a fim de
evidenciar a massa muscular posterior e sentí-la sob os dedos. Quando ele chega na posição
neutra, os dedos situam-se na tangente do bordo desses músculos, nos processos articulares.
45
Se afasta-se um pouco os dedos lateralmente para a parte média, atrás do músculo esternocleido, contacta-
se os processos transversos.
O paciente está em decúbito dorsal e o osteopata, na cabeceria da mesa. Toma-se contato com
a cabeça do paciente, indicadores na frente da orelha, dedo médio atrás e os demais dedos no
occipital.
Realiza-se um compressão, que será mantida com o abdome do terapeuta.
Em cada nível, em situação de normalidade, as vértebras anteriorizam-se.
O teste produz um deslizamento póstero-anterior das vértebras. Quando há liberdade de
movimento, sente-se passar progressivamente de um nível a outro, como uma roda denteada.
Se existe uma fixação, acontece um “salto”.
Pode-se realizar uma técnica articulatória em cada nível dessa “escada” realizando movimentos em ∞.
Outra técnica pode ser realizada através da compressão, lateroflexão e rotação para o mesmo lado,
mantendo-se a posição por alguns segundos.
3 - Teste Muscular
∙ Miótomo;
∙ Deltóide Anterior - C5;
∙ Deltóide Médio - C6;
∙ Deltóide Posterior - C7;
∙ Trapézio Superior ou Esternocleidomastóideo - Cervicais Superiores. Utiliza-se
principalmente o Teste do Esternocleidomastóideo.
5 - Teste de Mitchell
Paciente: em decúbito dorsal.
Colocar a polpa dos dedos nos processos transversos, no tubérculo anterior e posterior do nível a
ser testado.
Cervical em posição neutra.
Fazer um deslizamento da D para E, e da E para D, buscando uma restrição de mobilidade.
Caso encontre-se uma restrição de mobilidade, necessita-se saber se a lesão é uma ERS ou
FRS:
− Colocar a coluna cervical em flexão e comparar o deslizamento da D para E e da E para D.
− Colocar a coluna cervical em extensão e comparar o deslizamento da D para E e da E para D.
Caso se encontre uma restrição quando se faz o deslizamento da D para a E:
− Se a restrição aumenta quando se coloca a coluna cervical em flexão, a lesão é ERS. A vértebra
não aceita a flexão, pois está fixada em extensão.
− A faceta E recusa-se a abrir → lesão de imbricação E, posterioridade E.
− Se a restrição aumenta quando se coloca a coluna cervical em extensão, a lesão é FRS . A
vértebra não aceita a extensão, pois está fixada em flexão.
− A posterioridade está à E, o problema mecânico é a desimbricação D, o núcleo está deslocado
póstero-lateralmente e impede a faceta de se fechar.
Quando se faz o deslizamento da D para E e da E para D:
− Resistência elástica sem rebote - não tem espasmo muscular.
− Sem dor no final da amplitude - não existe problema ligamentar.
− Se o movimento pode realizar-se não é problema da faceta.
FRS:
− Da D para E → restrição.
− E para D → não há restrição.
− Faceta E que recusa a abrir ou faceta D que recusa fechar.
− Maior liberdade em flexão + restrição em extensão.
− Disco fixado póstero-lateralmente.
ERS: maior liberdade em extensão + restrição em flexão.
V. Técnicas de preparação
1. Stretching em extensão e inibição dos músculos do pescoço
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2 – Pompage do Esternocleidomastóideo
Stretching do Esternocleidomastóideo •
Lesão: Espasmo do Esternocleidomastóideo.
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• Realização da Técnica
Faz-se flexão com a mão frontal e alongamento com a mão cervical ao mesmo tempo.
Para alongar cervicais altas utiliza-se pouca flexão. Quanto mais baixa for a cervical
a ser atingida, maior deverá ser a flexão.
• Realização da Técnica
Faz-se flexão cervical e pressiona-se o cotovelo contra a mesa. Coloca-se
rotação cervical para o lado oposto.
7 - Pompage cervical
Paciente me decúbito dorsal, com os membros inferiores estendidos. Posicionar os membros superiores
ao longo do corpo.
Terapeuta assentado à cabeceira do paciente, com os antebraços apoiados sobre a mesa. As
mãos recebem a cabeça e a protuberância occipital repousa em suas palmas. Os indicadores
apóiam os processos mastóideos.
O tensionamente lento e progressivo vai até o limite da elasticidade, sem ultrapassa-lo. O
retorno é efetuado o mais lentamente possível.
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X. Técnicas de manipulação
• Tipo de lesão:
ERSe (Extensão/ Lateroflexão E/ Rotação E).
• Posterioridade E, problema mecânico é a imbricação da faceta E.
• Objetivo - Desembricar a faceta E através da inibição do espasmo do transverso espinhoso.
• Paciente em decúbito dorsal.
• Osteopata em finta lateral na cabeceira da mesa, coxas contra a mesa, coluna reta, centro de gravidade
acima da lesão.
Faz-se rotação da cabeça do paciente para apresentar o processo articular, e toda lateral cervical.
Palpa-se o processo articular de C3 com o indicador.
C3 se encontra ao nível do ângulo da mandíbula, horizontalmente para trás.
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4 - Técnica de Ashmore
∆!! As manipulações estruturais devem ser efetuados no plano da orientação das facetas de
90o a 45o de baixo para cima, devido a orientação das facetas e dos processos
unciformes, a coluna cervical inferior fará sempre a rotação e lateroflexão do mesmo
lado.
Quando a disfunção está associado com extensão (convergindo as facetas, o problema
mecânico será do lado da posterioridade. Quando a disfunção está associado com
flexão, divergência das facetas o problema mecânico será do lado oposto a
posterioridade significa do lado que se foi efetuada uma translação.
A divergência facetária associada com a flexão favorece a lateroflexão e a convergência das facetas
em extensão favorece a rotação.
A Artrose Cervical
A articulação uncovertebral possui uma superfície articular e uma sinovial. Esta superfície
articular pode tornar-se artrósica, como já foi dito, com a degeneração discal, o núcleo pode
herniar-se nessa articulação, o que é chamado nódulo disco osteofítico.
Repercussões do Whiplash
Variam segundo o mecanismo de hiperflexão ou hiperextensão, com a coluna com ou sem rotação.
Pode provocar fratura, subluxação ou luxação.
Pode-se encontrar fraturas de C3 a C7, que afetam as articulações posteriores, o corpo vertebral. Pode
haver fraturas simples ou múltiplas, ou fraturas luxações.
Ao nível cervical alto a fratura mais freqüente é a do processo odontóide, e a conseqüência
mais freqüente é a tetraplegia completa ou incompleta, ou a compressão de uma ou várias
raízes. As fraturas dos processos espinhosos são freqüentes, mas geralmente indolores.
Em caso de fratura unilateral do processo articular, se observa uma imagem de rotação
vertebral, e em caso de fratura do processo espinhoso, a palpação é dolorosa. A incidência
radiográfica de perfil dará o diagnóstico. Se não for grave, é suficiente colocar um colar
cervical por 3 a 4 semanas.
Luxação
O mecanismo mais freqüente é o da hiperflexão da coluna cervical, que repercute sobretudo
sobre o ligamento longitudinal posterior, mas também sobre os ligamentos longitudinal
anterior, e o disco intervertebral.
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Subluxação e Torcicolos
O mais freqüente é o torcicolo causado por uma lesão articular tipo subluxação, sobretudo ao
nível C0 - C1 ou C2 - C3, que se encontra associada a uma importante lesão torácica do tipo
anterioridade.
Ocorre então o espasmo do esternodeidomastóideo, em conseqüência da compressão do nervo
espinhal entre C0 - C1 ou C2 - C3. O que provoca uma hipotonia do trapézio, uma diminuição
da força de rotação da cabeça ao teste muscular, e também o espasmo protetor dos escalenos
predominantemente do escaleno anterior .
Pode haver alterações do IX par craniano, o n. glossofaringeo, do pneumogástrico, perturbações digestivas.
Torcicolos Traumáticos
Protocolo de tratamento do torcicolo traumático com subluxação
− Manipulação das torácicas altas e médias
− Manipulação C0 - C1
− Imobilização cervical com colar durante 3 semanas.
Protocolo de tratamento do torcicolo Traumático sem Subluxação
− Manipulação torácicas altas e médias
− Manipulação da dobradiça cervicotorácica −
Manipulação occipital, atlas e áxis.
(o movimento de rotação é mais importante ao nível das cervicais superiores. Portanto nos casos
de torcicolos encontra-se lesões nesse nível)
1 - Torcicolo congênito
A origem desse torcicolo não é conhecida. Existe a teoria da mal formação intrauterina,
traumatismo durante o parto responsável por um hematoma ao nível do ECM, de uma miosite
infecciosa, de uma necrose isquêmica muscular.
Do ponto de vista osteopático encontra-se uma lesão do forame jugular, conseqüência de uma
disfunção da base do crânio ou da dobradiça craniocervical.
O tratamento do torcicolo não traumático é estrutural e cranial, mas os resultados osteopáticos não são
satisfatórios.
A cirurgia ou correção ortopédica são mais eficientes para o tratamento do torcicolo congênito.
Existem torcicolos posturais, que se manifestam ao nascimento, podendo ser a conseqüência
de uma inadequada posição intrauterina. Nesse caso não se encontra massa tumoral no ECM
e não apresenta dor. A lesão será transitória e desaparecerá com o tempo.
O tratamento osteopático nesse caso dará bons resultados.
O torcicolo pode ser a conseqüência de uma disfunção somática entre atlas e áxis. essa
disfunção é secundária a uma anomalia óssea do tipo fusão vertebral, hemi-vertebra ou
síndrome de Kippel-Feil.
A síndrome de Kippel-Feil é o que se chama de homem sem pescoço, ou seja, o pescoço que
apresenta 4,5 ou 6 vértebras. Não é necessariamente patológico, pois o plexo braquial se
dispõe de uma maneira anárquica, não existe paralisia.
Pode haver a ausência do ligamento transverso, e será acompanhado por uma subluxação, que
será anterior e espontânea, com uma grande instabilidade.
2 - Torcicolos adquiridos
A. Torcicolos Espasmódicos
Possui uma etiologia desconhecida. Aparece em mulheres na faixa de 40 anos. É geralmente
doloroso, e se caracteriza por contrações intermitentes, rítmicas e assimétricas dos músculos
do pescoço, em uma direção particular.
Do ponto de vista osteopático as técnicas somato-emocionais são muito eficazes.
B. Torcicolos Oculares
Todo estrabismo, toda paresia dos músculos do olho pode provocar torcicolos. Uma lesão do
trigêmio onde o paciente tentará corrigir a diplopia é uma das causas. O torcicolo desaparecerá
na fase aguda, após colocação de um tampão ocular sobre o olho lesado. Existem técnicas nas
quais se utiliza o reflexo óculomotor para relaxamento muscular
C. Torcicolos Neoplásicos
Toda neoplasia pode afetar as estruturas ósseas, musculares, linfáticas, vasculares, nervosas,
ao nível da cabeça ou do pescoço, e provocar um torcicolo. Nesse caso, o tratamento não será
osteopático.
D. Torcicolos Infecciosos
As infecções do tipo faringite, otite, sinusite, pode provocar uma inflamação dos gânglios linfáticos e
uma contração dolorosa do ECM.
Certos casos de inflamação unilateral pode provocar uma disfunção osteopática:
− As otites com disfunção labiríntica
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E. Torcicolos Neurológicos
Pode-se encontrar um desequilíbrio dos esternocleidomastóideos, em conseqüência de uma hérnia
discal, uma seringomielia, ou uma síndrome distônica.
F. Torcicolos Funcionais
Os torcicolos funcionais é a conseqüência de um estado de facilitação medular crônico, de
uma disfunção somática, devido a exposição a uma corrente de ar, vento, frio ou calor. Pode
haver em caso de lesão de C3,(inervação aferente do diafragma) torcicolos relacionados a
transtornos gastrointestinais, como hérnia de hiato e espasmo do piloro.
Nos torcicolos gastrointestinais o movimento mais doloroso será o de extensão. A elevação do
estômago aumenta a possibilidade de extensão e diminui a dor cervical.
Nota: Em caso de torcicolos não traumáticos, o tratamento varia segundo a etiologia do torcicolo. Em
todos os casos existe uma disfunção somática cervical.
Lesões Cápsulo-Ligamentares
Causas: podem ser por traumas diretos e indiretos
Conseqüências: Facilitação medular e uma hipo ou hipertonia, que vai preparar o terreno para o
espasmo muscular.
Neuropatia de compressão
Estase vascular por constrição arteriovenosa de origem simpática Simpaticotonia
local
Sintomas: Final abrupto do movimento, finaliza-se muito rápido
Movimentos dolorosos ou uma impossibilidade de movimento devido a restrição
mecânica.
Dor aguda nas lesões cápsulo-articulares.
Tratamento: Com a finalidade de diminuir a facilitação medular e criar um arco reflexo, realiza-se um
thrust.
Patologias Ligamentares
Restrição do movimento
Dores ligamentares referidas
Sintomas: As dores aparecerão ao final da amplitude do movimento
Dor ao movimento passivo
Reação vascular com uma inflamação Tratamento:
Técnicas de pompages, de articulação.
Disfunções Musculares
Após um traumatismo que provoca uma lesão vertebral, ao nível muscular duas possibilidades poderão
acontecer:
2 - Uma Hipertonia, um espasmo muscular devido a uma hiperatividade gama ao nível dos fusos
neuromusculares.
Síndrome de Barré-Liou
Síndrome Simpático Cervical
A irritação do sistema periarterial é devido classicamente a uma unco-discoartrose, sobre um
terreno de insuficiência vértebro basilar.
Quadro Clínico
− Cefaléia geralmente bilateral, que situa-se na região frontal orbital, temporal, cervicooccipital.
− Os movimentos da cabeça aumentam a dor e provocam vertigem com sensações de
instabilidade, e vertigens rotatórias verdadeiras com zumbidos nos ouvidos, sensação de
ouvidos tampados, transtornos visuais como escotomas visuais.
− Transtornos da laringe
− Dores importantes cervicais na lateroflexão e possibilidades de cervicobraquialgias.
− Manifestação psicossomáticas de ansiedade, angústia, insônia, etc. Nessa
síndrome as manipulações com thrust não são utilizadas.
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Radiologia
Em caso de fratura no S.M.E é necessário observar se são normais ou patológicas. Fraturas
patológicas são aquelas que acontecem em locais do osso que não estão normais, sadios.
É necessário observar se as fraturas são simples ou cominutivas. Quanto mais fragmentos houver
mais difícil será reduzi-las.
Quanto mais jovem o paciente, e quanto mais transversal for uma fratura, melhor será sua capacidade de
consolidar-se.
− Pseudoartrose
Quando uma fratura não se consolida e permanece com fragmentos ósseos separados.
Também é chamada de retardo de consolidação ou união deficiente. As
zonas mais acometidas são a tíbia e o escafóide.
− Necrose Avascular
O osso fica sem irrigação e percebe-se um aumento de densidade. Freqüente no escafóide e
no fêmur. Observa-se também o sinal de casca de ovo, a cortical se desprega do osso. É típico
nos submarinistas, devido as moléculas de nitrogênio.
− Calo de Fratura Exuberante
Pode não ser a conseqüência de uma fratura, porém de um traumatismo forte.
− Calcificação Periarticulares Acontecem
por traumatismos
− Osteosporose por desuso
− Infecção do Foco da Fratura
Causadas por fraturas abertas ou infeccionadas ao serem abertas para reduzi-las. Podem não consolidarem-
se.
− Atrofia de Sudeck
A cortical tem a aparência de giz. Abaixo da zona radiotransparente, apresenta-se uma osteopenia. O
paciente apresenta dores intensas, com pele tensa e brilhante.
− Encurtamento do Osso
− Osteocondroma
É um tumor benigno ósseo que aparece ao nível da metáfise óssea, sempre distanciando-se da
zona muscular.
A definição radiológica da artrose cervical acontece geralmente antes das manifestações da sintomatologia
clínica.
A uncoartrose é responsável pelas lesões de lateralidade cervical. Uma borda apresenta-se mais
elevada e com um bocejo articular.
Para examinar-se a coluna cervical pede-se radiografias ântero-posteriores, de perfil e
oblíquas direita e esquerda. A incidência oblíqua permite observar os foramens invertebrais.
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Pode-se pedir radiografias dinâmicas com lateroflexão direita e esquerda, flexão e extensão,
o que permite observar as linhas de stress cervical, e as vértebras que devem ser manipuladas.
A artrose se manifesta por uma uncoartrose, sempre unida a degenerações discal, que pode
chamar-se unco-discoartrose, pois freqüentemente observa-se a infiltração da substância
discal na articulação uncovertebral.
A artrose interapofisária posterior que é a conseqüência da diminuição da altura do disco,
pode estar associada a um relaxamento ligamentar da cápsula ou a um deslizamento anterior
da vértebra.
A linha de Stress
Traça-se uma linha que passa pelo nível inferior da coluna vertebral seguindo a borda
posterior dos corpos vertebrais, e outra que passa pelo nível superior. No local onde essas
duas linhas se cruzam é o local da linha de stress, da hipermobilidade. A linha de stress pode
ser traçada a nível cervical, dorsal, lombar.
A Enfermidade de Forrestier
É uma hiperostose, aumento do espaço interdiscal, hipermobilidade ao nível de C2 - C3, fusão de
C1 - C2 e C3 - C4, presença de osteófitos importantes.
A Enfermidade de Kodkin
Todas as articulações uncovertebrais estão afetadas, e a 5.ª vértebra cervical está achatada.
Lesões de Lateralidade
As articulações uncovertebrais estão pinçadas de um lado, e boceja do outro lado.
Nas radiografias normalmente não se observa a artéria vertebral, mas pode-se vê-la algumas
vezes. O movimento que cisalha a artéria é a extensão, portanto manipula-se em flexão;
utiliza-se o teste de Klein como diagnóstico.
As radiografias oblíquas permitem observar os foramens invertebrais.
Contra-indicações que pode-se diagnosticar ao RX:
− Calcificação da artéria vertebral
− Fratura
− Câncer
Pode-se observar o deslizamento da parede anterior em relação a posterior, lateralidades ao
nível das articulações uncovertebrais, na incidência oblíqua observa-se a diminuição ou
abertura do forame intevertebral, pode-se traçar a linha de stress que indica o local da
hipermobilidade, portanto deve-se manipular acima e abaixo.
Nesse capítulo vamos insistir no exame neurológico, porque a patologia da coluna cervical
se manifesta nos membros superiores por uma paralisia, modificações dos reflexos ou da
sensibilidade
Essas perturbações são consequências da interferência com os nervos periféricos situados
entre os níveis C5 e T1 ( plexos braquial) a) Palpação óssea
A face anterior do osso hioideo situa-se acima do corpo vertebral de C3, justo a cima da
cartilagem tireóide. Segura-se entre polegar e indicador os dois cornos, e pede-se ao paciente
para engolir a saliva.
A cartilagem tireóide está situada ao nível do corpo vertebral de C4 e C5, o tubérculo
carotidiano está situado ao nível do tubérculo anterior do processo transverso de C6 A . 2)
Protuberância occipital externa apofíseo mastóideo – Os processos espinhosos.
O primeiro processo espinhoso palpável é C2.
Os processos articulares C5 e C6, são os mais frequentementes envolvidos nos processos de artrose.
Face Posterior:
– Músculo trapézio
– Nervo grande occipital
– Inserção do trapézio na base do crânio, ao nível da protuberância occipital externa. A irritação deste
nervo cria geralmente cefaléias.
– Ligamento nucal superior
C - Exame neurológico
O exame neurológico da coluna cervical é feito em dois tempos.
1o Tempo: exame da força muscular:
Teste muscular que evidencia toda a paralisia motora que pode afetar os movimentos do pescoço.
Exame neurológico: essa fase do exame tem como base o fato que a patologia da coluna
cervical, como uma hérnia discal, geralmente manifesta-se por problemas ao nível do membro
superior, intermediário do plexo braquial ( C5 a T1) que constitui a inervação de todo o
membro. Esses testes diagnósticos vão ajudar a determinar a existência de uma relação entre
as perturbações neurológicas do membro superior, e sua origem ao nível do pescoço. Do ponto
de vista da anatomia neurológica, existe 8 nervos originados na coluna cervical. Os 7
primeiros nervos emergem sob a vértebra cervical, possuindo o mesmo número, enquanto o
8o nervo emerge sob a sétima cervical. O primeiro nervo torácico emerge sob a 1 a vértebra
torácica.
O Plexo braquial é composto de nervos oriundos do primeiro nervo torácico e dos quatro nervos
cervicais inferiores (C5 a T1)
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Estudo neurológico:
Nível neurológico C5:
- Exame da força muscular
- Deltóide: nervo circunflexo C5
- Bíceps: nervo músculo-cultâneo C5 – C6
- Reflexos: reflexo bicipital
- Exame da sensibilidade
- Exame da sensibilidade da face lateral do braço.
Nível neurológico C7
- Exame da força muscular
- Músculo tríceps (nervo radial C7)
- Músculos flexores do punho (nervo mediano e ulnar)
- Músculo extensores dos dedos ( nervo radial)
- Exame dos reflexos: reflexo tricipital
- Exame da sensibilidade: sensibilidade do dedo médio.
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Nível neurológico C8
- Exame da força muscular
- Músculos fletores dos dedos
- Exames da sensibilidade: sensibilidade anular, auricular e da metade distal da face
medial do antebraço
Nível neurológico T1
- Exame da força muscular: abdutores dos dedos
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Circonflexo Deltóide
Músculocutâneo Bíceps
Testes específicos
– Teste de compressão: teste de Jackson
– Teste de Valsava: este teste aumenta a pressão intraraquidiana – Teste da saliva:
– Teste de Adson: permite avaliar a artéria subclávia que pode ser comprimida por um estreitamento do
desfiladeiro dos escalenos.
Este teste se faz assim: avalia-se o pulso radial, coloca-se o braço do paciente em abdução,
extensão e rotação externa, pede uma inspiração profunda e rotação da cabeça do lado do
braço a estudar;
O teste é positivo se você perceber uma diminuição importante ou uma ausença do pulso radial
durante a inspiração e a rotação da cabeça.