TCC - DCL (25-11)
TCC - DCL (25-11)
TCC - DCL (25-11)
Luanda
2019
DAMIÃO CÉSAR LUPEIA
Luanda
2019
A ficha catalográfica é desenvolvida em conjunto com as
bibliotecárias (dirigir-se à biblioteca), depois da impressão da versão
final
Empreendedorismo: transformando ideias em negócios / José Pedro Felipe. Luanda: Silgraf; 2010; 92 pág.;
il.;
Não é paginada
Às memórias
Dedicatória – É um espaço reservado
à dedicatórias. O autor do projeto
deve dedicar seu trabalho.
Tamanho: 12, Negrito, Centralizado
Não é paginada
Não é paginada
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
seus estudos.
embasamentos feitos para
citação, apresentando os
Neste espaço o autor faz uma
Normas ABNT.
nas Epígrafe - É opcional
Não é paginada
EPÍGRAFE
“Ser feliz .”
Fernando Pessoa
RESUMO
Key-words: Aqui o autor deverá eleger três palavras-chave que digam respeito ao tema
abordado.
Não é paginada
LISTA DE FIGURAS
Fonte: Arial ou Times New Roman
Aproximadamente 1 (Geradas automaticamente)
Espaços “enters”
Espaços “enters”
Não é numerada
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Aproximadamente 1
Espaço “enter”
1. 15
1.1 16
1.1.1 18
1.1.2 18
1.2 19
1.3 19
2. Erro! Indicador não definido.
2.1 22
2.1.1 Erro! Indicador não definido.
2.1.2 25
2.1.3 Erro! Indicador não definido.
2.2 Erro! Indicador não definido.
2.3 Erro! Indicador não definido.
3. Erro! Indicador não definido.
3.1 47
3.2 47
3.3 49
5.6.1 Modelos termodinâmicos do processo 28
5.6.1 Operações unitárias processo 28
5.6.1 Diagrama do processo 28
5.6.1 Caracterização das etapas de extração 28
5.6.1 Integração energética 28
5.6.1 Avaliação económica 28
5.6.1
Nãoetc etc.
é paginada 28
4. 50
5. 53
REFERÊNCIAS 31
Livros – Apenas um autor 31
Publicidade 31
LIVROS – Até três autores 31
LIVROS – mais de três autores 31
LIVROS – Autor desconhceido 31
Referências Bibliográficas de Sites (LINKS da Internet) 32
Artigo de Revista 32
Teses; Dissertações e Trabalhos de Conclusão de Curso 32
Artigo de Jornal 32
Entidade Coletiva (Empresas, Associações, Órgãos Governamentais etc) 33
ANEXOs 34
ANEXO A 34
ANEXO B 35
Sem recuo, a subordinação dos itens deve ser destacada por diferenças tipográficas, como
negrito, letras maiúsculas e outros).
Não é paginada
16
1. INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
Desde a revolução industrial, os combustíveis fósseis são utilizados como fonte de energia,
contribuindo para o aumento da concentração de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera.
Por outro lado, sabe-se que a intensidade das emissões de gases de efeito estufa (GEE) é
responsável por alterações climáticas. O CO2 é um dos seis gases responsáveis pelo efeito
estufa, participando em cerca de 54% e com taxa de crescimento de cerca de 0,4% ao ano
desde 1980, exigindo atenção especial das autoridades responsáveis. Os outros gases
presentes em menor quantidade, mas não menos prejudiciais, são: metano (CH4), óxido
nitroso (N2O), hexafluoreto de enxofre (SF6), hidrofluorcarbonos (HFCs) e
perfluorcarbonos (PFCs). (Gaspar, 2007)
A concentração de CO2 na atmosfera tem crescido a cada ano que passa, tendo alcançado
actualmente 408 ppm no ano de 2018. E essa elevação acarreta um aumento da temperatura
global, ocasionando mudanças climáticas e gerando impacto em todos os continentes e
oceanos, tais como, derretimento de geleiras glaciais, mudança da distribuição geográfica,
sazonalidade e padrão de migração de espécies de animais de água doce ou marinha.
Também, podemos citar o aumento da mortalidade humana relacionada com o calor e uma
diminuição da mesma relacionada com o frio em algumas regiões. (IPCC, 2014).
O presente trabalho tem como objectivo geral propor uma unidade de produção de Metanol,
usando o CO2 de combustão da refinaria de Luanda.
A combustão dos combutíveis fósseis tem sido a principal fonte de obtenção de dióxido de
carbono em Angola, o que implica uma grande quantidade de gases poluentes a serem
libertados na atmosfera, causando a poluição constante da mesma. Para o projecto em
questão o foco é a captura directa do CO2 em um dos locais de escape, e posterior
conversão para metanol, de modos a reduzir o impacto ambiental e aumentar a oferta de
metanol no mercado nacional angolano.
De que forma podemos obter o dióxido de carbono e como produzir o metanol, tendo
em conta a redução da poluição ambiental, com os meios disponíveis e ao menor custo
possível?
1.4 Justificativa
Com base nas constatações ateriores pode se afirmar que a implementação de uma unidade
de produção de metanol a partir do dióxido de carbono é benéfica quer do ponto de vista
ambiental bem como do ponto de vista económico.
22
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Contextualização
O CO2 é um gás do efeito estufa que absorve e emite radiação infravermelha, sendo vital
para o controle da temperatura terrestre. De acordo com o Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas criado pela ONU, mais conhecido pelo seu acrônimo IPCC
(Intergovernamental Panel for Climate Change), o dióxido de carbono recebe mais atenção
que os outros gases do efeito estufa (CH4, N2O e halo carbonetos), pois tem maior
contribuição para o aquecimento global do que todos os outros gases combinados. Além
disso, possui uma vida atmosférica mais longa. Após um pulso de CO2 emitido na
atmosfera, 40 % ainda permanecerá na Terra em 100 anos, 20 % após 1000 anos e 10 %
após 10.000 anos. Esta longa vida atmosférica faz com que uma boa parcela do CO2
emitido seja considerada praticamente irreversível sob uma perspectiva humana de tempo, a
não ser que a remoção directa de CO2 seja implementada (IPCC, 2014).
A Terra possui uma elevada capacidade de estabilização do CO2 emitido. Cerca de 30% são
absorvidos e acondicionados nos corpos d’água na forma de ácido carbónico, bicarbonatos
e carbonatos (NOAA, 2017).
A maior parte encontra-se na atmosfera, participando do ciclo do carbono, porém com ciclo
mais lento do que no ambiente marinho. Apesar de tal capacidade auto regulatória, a
velocidade de adição de CO2 na atmosfera acontece a uma taxa muito superior à sua
retirada, gerando acúmulo. A participação no ciclo do carbono faz com que pequenas
variações do CO2 sejam observadas ao longo das estações do ano, atingindo níveis
máximos durante o inverno e outono; e mínimo durante primavera e verão onde a atividade
fotossintética é mais intensa.
Apesar das inúmeras fontes naturais de CO2, as emissões de origem antropogénica são as
principais responsáveis pelo acúmulo atmosférico. A queima de carvão mineral e
combustíveis derivados do petróleo, seguidos de queimadas e desmatamentos, representam
as principais fontes dessas emissões. A atividade humana emite cerca de 29 bilhões de
23
toneladas por ano, enquanto os vulcões emitem de 0,2 a 0,3 bilhões de toneladas por ano.
Dados de consumo de combustíveis e análise de isótopos de carbono ajudam a identificar e
rastrear a sua origem (NOAA, 2014). O gráfico abaixo mostra o crescimento anual da
concentração em ppm de CO2 na atmosfera.
Figura 1 Crescimento mensal da concentração de CO2 na atmosfera, 2019.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) divulgou uma
retrospectiva de dez anos de seu Relatório de Emissões (Emission Gap Report, em inglês) -
uma publicação influente que compara os níveis de emissão de gases de efeito estufa para
evitar os piores impactos das mudanças climáticas.
À primeira vista, as notícias parecem sombrias. O mundo parece ter passado a última
década fazendo exatamente o oposto do que deveria. Apesar dos avisos nos relatórios
anuais, as emissões de gases de efeito estufa cresceram a uma média de 1,6% ao ano entre
2008 e 2017. De facto, essas emissões são agora quase exatamente o que os primeiros
relatórios projetavam para 2020 se o mundo não alterasse seus modelos de crescimento
insustentáveis e poluentes.
Com as políticas actuais em vigor, o mundo caminha para um aumento de temperatura de
24
3,5 °C neste século, em comparação com os níveis pré-industriais. Isso está muito além dos
objetivos do Acordo de Paris, que visa limitar o aumento da temperatura global a 1,5 °C, ou
pelo menos bem abaixo de 2°C. Se este mundo mais quente se concretizar, todas as
previsões de impactos climáticos catastróficos se tornarão realidade mais cedo do que se
esperava. Elevação do nível dos mares, eventos climáticos extremos e danos incalculáveis
às pessoas, prosperidade e natureza. (PNUMA, 2019)
Com base nessas afirmações fizeram-se estudos que relacionam o aumento da temperatura
global com a concentração de CO2 na atmosfera, e os resultados são apresentados no
gráfico abaixo:
Figura 2 Relação entre a concentração de CO2 e a temperatura global.
Da mesma maneira que o CO2 emitido num passado distante contribui com as mudanças
climáticas que estamos vivenciando, as emissões agora lançadas determinarão a qualidade
da vida no planeta em um futuro não tão distante e, definitivamente, será vivenciado pelas
próximas gerações.
Para amenizar os efeitos do aquecimento global, algumas estratégias devem ser tomadas
para mitigar o CO2 da atmosfera. Deve-se investir na integração energética, modernizando
plantas e processos por tecnologias menos poluidoras e mais eficientes através de energia
limpa e renovável, ser capaz de capturar e armazenar o CO2 inevitavelmente produzido
transformá-lo em produtos de alto valor agregado, economicamente viáveis, para que assim
possa atrair investimentos. Como vemos resumidamente na figura 3:
25
O Petróleo é um mineral natural que pode ser encontrado no estado gasoso, líquido e/ou
sólido com uma composição química de hidrocarbonetos complexos localizado
predominamente no interior da crusta terrestre. O petróleo tem características físicas
específicas como: Cor escura, cheiro característico, densidade inferior a da água,
inflamável, volátil.
No seu estado bruto, o petróleo tem pouquíssimas aplicações, servindo quase que somente
como óleo combustível. Para que o potencial energético do petróleo seja aproveitado ao
máximo, ele deve ser submetido a uma série de processos, a fim de se desdobrar nos seus
diversos derivados.
O refino do petróleo consiste na série de beneficiamentos pelos quais passa o mineral bruto,
para a obtenção desses derivados, estes sim, produtos de grande interesse comercial. Esses
beneficiamentos englobam etapas físicas, e químicas de separação, que originam as grandes
frações de destilação. Estas frações são então processadas através de outra série de etapas
de separação e conversão que fornecem os derivados finais do petróleo. Refinar petróleo é,
26
2.2.1 Refinarias
As características do petróleo têm grande influência sobre a escolha das técnicas que serão
adotadas para a sua refinação, e de um modo geral são elas que irão determinar quais serão
os produtos que melhor poderão ser obtidos de um dado petróleo. Deste modo, pode-se
concluir que nem todos os derivados podem ser produzidos com qualidade e de forma
economicamente viável a partir de qualquer tipo de petróleo. Também não existe uma
técnica única de refino que seja aplicável a qualquer tipo de óleo bruto. (MARIANO, 2001)
27
Além disso, é preciso que determinada refinaria atenda à demanda de seu mercado, tanto
qualitativa quanto quantitativamente, e que opere de modo a processar a gama de tipos de
petróleo que lhe servem de matéria-prima da forma mais econômica e racional possível. A
fim de que esses requisitos possam ser atendidos, surgem os diversos arranjos das várias
unidades de processamento que podem compor uma refinaria. Esse encadeamento de
unidades dentro uma refinaria é o que se denomina Esquema de Refino. Os Esquemas de
Refino variam significativamente de uma refinaria para outra, não apenas pelas razões
acima, mas também pelo fato de que mesmo os mercados de uma dada região estão sempre
modificando-se com passar do tempo. Além disso, os avanços na tecnologia dos processos
propiciam o surgimento de novas técnicas de refino de alta eficiência e rentabilidade, que
ocupam o espaço dos processos mais antigos, de menores eficiências e maiores custos
operacionais, que assim sendo, entram em obsolescência. Além desses fatores, actualmente
também existem as crescentes exigências ambientais por parte dos governos, sob a forma
de legislações e regulamentações, e por parte dos próprios mercados, que demandam cada
vez mais, produtos oriundos de processos ditos “limpos”, e que, desta forma, forçam a
indústria do refino de petróleo a implementar melhorias contínuas. Se observados nos
contextos de médios e longos prazos, os processos de refino não podem ser considerados
estáticos, mas sim dinâmicos na sua constante evolução. (MARIANO, 2001)
De um modo geral, uma refinaria, ao ser planejada e construída, pode se destinar a dois
objetivos básicos:
O primeiro objetivo constitui a maior parte dos casos, pois a demanda por combustíveis é
deveras maior do que a demanda por outros produtos. Nesse caso, a produção destina-se à
obtenção de GLP, gasolina, Diesel, querosene e óleo combustível, entre outros.
embora os investimentos envolvidos sejam também muito mais altos do que os necessários
para o caso anterior. (MARIANO, 2001)
As refinarias modernas têm desenvolvido sistemas mais complexos e integrados nos quais
os hidrocarbonetos não são apenas destilados, mas também convertidos e misturados em
amplos arranjos de produtos que incluem combustíveis de transporte, insumos
petroquímicos, óleos combustíveis, lubrificantes, asfaltos, entre outros. A estrutura global
da indústria do refino tem mudado nos últimos anos devido à demanda crescente de
derivados leves e oferta crescente de petróleos mais pesados, como é o caso de Angola. Isso
conduz a refinarias mais complexas com capacidades crescentes de conversão, o que resulta
em aumento do consumo específico de energia e, também, em produção de derivados de
maior valor agregado.
Finalmente, todos os produtos podem ser tratados para melhorar a qualidade do produto
como, por exemplo, remoção de enxofre através dos processos de hidrotratamento (HDT).
Processos auxiliares são usados para fornecer insumos à operação de outros processos,
como a geração de hidrogênio, ou para recuperar subprodutos como o enxofre.
29
Gary, Handwerk e Kaiser (2007) esclarecem que não existe uma configuração padrão de
refinaria e, desta forma, cada refinaria é única. As primeiras refinarias eram simples e
pequenas e suas unidades de destilação operavam em batelada com poucos tipos de
petróleo. Actualmente, as refinarias são instalações complexas e altamente integradas que
podem ter até 15 a 20 unidades de processo, operando com elenco diversificado de
petróleos e com capacidade de até 1 milhão de bpd de petróleo, conforme ilustrado na
Figura 5.
30
Não é nenhuma surpresa que o refino de petróleo tenha se tornado mais complexo nos
últimos vinte anos quando surgiram novos desafios para a indústria de refino, tais como:
introdução de recursos não convencionais e matérias-primas de baixa qualidade;
volatilidade de preço do petróleo; criação de regulamentos ambientais que exigem 44
processos mais limpos de produção; e fabricação de produtos de alto desempenho como,
por exemplo, combustíveis veiculares “ultra-limpos” e matérias-primas petroquímicas. Para
enfrentar esses desafios é imperativo que as refinarias alcem suas operações para novos
níveis de desempenho.
A simples extensão do desempenho actual de forma incremental não será suficiente para
atender a maioria dos objetivos futuros. O refino de petróleo no século XXI vai continuar a
ser moldado por fatores como a consolidação de empresas de petróleo, mudanças
dramáticas na demanda de mercado, personalização de produtos e uma diminuição na
qualidade das cargas de petróleo. Na verdade, a direção futura da indústria de refino será
determinada por: 1- Aumento dos custos operacionais e investimentos devido a rigorosas
normas ambientais para produtos e instalações.
31
Instalada em uma área de cerca de 170 hectares, a refinaria de Luanda possui as seguintes
características técnicas:
Capacidade de Refinação Instalada: 65.000 bbl/dia
Capacidade de Refinação Actual: 55.000 bbl/dia
Capacidade energética instalada: 12MGW
Demanda energética: 5MGW
4 Salas de Controlo
9 (Nove) Unidades de processamento.
As unidades de processamento são apresentadas na tabela abaixo ilustrada:
Tabela 1 Descrição das unidades de processamento da refinaria de Luanda.
3. Unidade de Vácuo
U-100: A finalidade da unidade é a destilação do Resíduo Atmosférico, proveniente da UN-
600, para produção de Asfaltos comerciais. A Unidade tem uma capacidade de cerca de 482
t/d.
33
4. Unidades Catalíticas
U-250 (Hidrodessulfuração de Nafta): A Unidade de hidrodessulfurização
também conhecida como HDS tem como finalidade a eliminação de compostos
sulfurados através de um processo catalítico utilizando o hidrogénio que reage com
os átomos de enxofre formando sulfureto de hidrogénio (H₂S). A remoção destes
compostos tem como finalidade possibilitar o tratamento do produto nas unidades
subsequentes. A unidade tem uma capacidade nominal de cerca de 600 t/d.
U-200 (Par-isom): A finalidade da Unidade é a Isomerização da Gasolina Leve
Dessulfurada, aumentando o Índice de Octanas para ser utilizada nos Blending's de
Gasolina, juntamente com a Gasolina Platformada da (U-700). A unidade tem uma
capacidade nominal de cerca de 206 t/d.
U-700 (Reformação Catalítica) Platforming: A finalidade da unidade é aumentar
o índice de octano da nafta estabilizada para utilização como combustível para
motores. A unidade tem uma capacidade nominal de cerca de 280 t/d
6. Utilidades
U-300 (Caldeiras): Produção de vapor para o processo.
34
Para análise e posterior tratamento de dados, foi tomado como referência o Óleo
Combustível proveniente da unidade de Destilação Atmosférica, condirando que todo o
óleo é queimado nas fornalhas para aquecer a carga (petróleo).
O óleo combustível derivado de petróleo (em língua inglesa Fuel Oil, como é tratado em
muitas empresas petrolíferas e seus clientes industriais), também chamado óleo
combustível pesado ou óleo combustível residual, é a parte remanescente da destilação das
frações do petróleo, designadas de modo geral como frações pesadas, obtidas em vários
processos de refino. A composição bastante complexa dos óleos combustíveis depende não
só do petróleo que os originou, como também do tipo de processo e misturas que sofreram
nas refinarias, de modo que se pode atender as várias exigências do mercado consumidor
numa ampla faixa de viscosidade.
Actualmente, as principais rotas de captura de CO2 podem ser classificadas nas seguintes
categorias:
A absorção química envolve a reacção do CO2 com um solvente químico para formar um
composto intermediário com fracas ligações que pode ser regenerado com a aplicação da
produção de calor do solvente original e de uma corrente de CO2. A selectividade dessa
forma de separação é relativamente elevada. Além disso, poderia ser produzida uma
corrente relativamente pura em CO2. Estes factores tornam a absorção química adequada
para a captura de CO2 dos gases de combustão industrial. (Wang, M., Lawal et al., 2011)
requisitos de regeneração a baixo custo – baseado num baixo calor de reacção com
CO2;
As aminas têm sido utilizadas durante mais de 75 anos para o tratamento de correntes de
gases industriais com alcanolaminas, sendo o grupo mais popular de solventes. Estas
podem ser classificadas como primárias, secundárias, ou terciárias com base no grau de
substituição do átomo de azoto, apresentando cada tipo de amina as suas vantagens e
desvantagens como solvente CO2.
Diferentes sistemas de aminas como solventes têm sido propostos e estudados para a
captura de CO2 através de absorção química. A MEA (Monoetanolamina) foi o sistema
mais amplamente estudado por pesquisadores que estão a desenvolver modelos de
flowsheet para estudar o seu desempenho. Outras aminas que foram estudadas incluem
aminas terciárias, como a N-metildietanolamina (MDEA), e aminas esterioquímicamente
impedidas, como a 2-amino-2-metil-1-propanol (AMP). Outros sistemas que têm sido
propostos incluem o sistema de carbonato de potássio usando amónia como solvente para a
captura de CO2. Embora tenham sido propostos e investigados diferentes sistemas, há
muito poucos estudos, que comparem o desempenho de diferentes sistemas de uma forma
consistente. (Wang, M., Lawal et al., 2011)
2.3.2 Monoetanolamina
A MEA é a amina mais estudada como solvente para captura de CO2 e é o sistema para o
qual estão disponíveis diversos dados experimentais. Deste modo, a MEA é frequentemente
utilizada como sendo um caso base de solvente em estudos comparativos de novos
solventes para a absorção de CO2 e estão a ser desenvolvidos novos processos na aplicação
de concentrações elevadas de MEA. Diferentes modelos termodinâmicos têm sido
utilizados para descrever o comportamento de equilíbrio de CO2 em soluções aquosas de
alcanolamina, em particular, de MEA. (KOTHANDARAMAN, 2010)
38
A MEA é amplamente utilizada para a remoção de dióxido de carbono (CO2) das correntes
do gás natural e dos processos de refinaria. É também usada para remover o CO2 dos gases
de combustão e pode ter vasta aplicação na redução dos gases de efeito estufa. A MEA é
uma base relativamente forte, com uma taxa de reacção rápida, produzindo uma baixa
concentração de CO2. Alguns investigadores têm estudado a solubilidade e a cinética de
reacção do CO2 em soluções aquosas de MEA. Embora a MEA reaja relativamente rápido
com o CO2, a taxa de absorção ainda é controlada pela cinética da reacção. A capacidade de
absorção é inferior a 20%. (DANG, ROCHELLE, 2001)
elevada taxa de corrosão nos equipamentos. (Wang, M., Lawal et al., 2011)
39
Tabela 2: Variações de entalpia e energia livre de Gibbs para reações envolvendo o CO2, destacando a
produção de metanol.
Assim como no processo via SYNGAS, baixas temperaturas e altas pressões devem ser
utilizadas para deslocar o equilíbrio no sentido de formação de metanol. Condições
possíveis para o reator de hidrogenação são temperaturas entre 200 e 350 °C e pressões de
30 a 50 bar (WANG, 2011 e AHOUARI et al., 2013).
A Figura 8 mostra dados experimentais da taxa de conversão do CO 2 em função da pressão
de reação em três temperaturas distintas, em catalisadores de Cu/Zn/Al (MOTA et al.,
2013).
Figura 8: Taxa de produção de metanol em função da pressão de reação e da temperatura, com
velocidade espacial de 10h-1
Mota et al. (2013) relata um aumento de 80% para mais de 90% de seletividade ao metanol,
quando a pressão aumenta de 30 a 50 bar a 270°C e velocidade espacial de 10h-1, com
conversões próximas a 90% do equilíbrio. A maior parte dos catalisadores de hidrogenação
possui baixa atividade a baixas temperaturas e atingem uma conversão do CO 2 longe do
equilíbrio termodinâmico, demandando o desenvolvimento de catalisadores mais ativos
para atingir conversões mais elevadas. Um dos esforços mais bem sucedidos é o catalisador
da Mitsui, que atinge 88% de conversão do CO2 a metanol e produtividade de 16 mols de
metanol/Lcat/h nas condições de 50 bar, 250°C e GHSV de 10000 h-1 (MATSUSHITA et
al., 2013).
As Equações 3 e 4, de metanação dos óxidos de carbonos, são as principais reações
competitivas do metanol (ELIASSON et al., 1997). Outros subprodutos incluem DME,
álcoois mais pesados, ácidos e aldeídos (MACHADO et al., 2014). Além disso, um terço do
H2 é convertido à água, segundo a Equação 5, muito mais do que a quantidade produzida
nos processos comerciais via SYNGAS (MIKKELSEN et al., 2010).
(4)
(5)
Em catalisadores de cobre existe uma reação de interconversão entre CO e CO2 via water-
gas shift (WGS/RWGS), completando as três reações que compõem a síntese do metanol.
ΔH°298K,0,1MPA=-41,2kJ/mol-1
Apesar da reação de WGS ser considerada paralela, catalisadores para síntese de metanol,
contendo cobre e óxido de zinco são bem seletivos. Os atuais processos de “baixa pressão”
desenvolvidos permitem seletividade de mais de 99 %, desconsiderando o CO produzido.
44
Na produção do metanol não ocorre quebra de ligação C-O durante a adsorção dos óxidos
de carbono, logo os catalisadores devem ser desenvolvidos para evitar tal quebra e levar a
reações indesejadas, como a metanação (SHARAFUTDINOV et al., 2013).
Como as reações envolvidas são maioritariamente exotérmicas, é vital o controle de
temperatura do sistema, uma vez que o excesso de calor desfavorece as reações, além de
que o superaquecimento do meio pode ocasionar a sinterização do catalisador, com perda
de atividade, reduzindo a vida útil do mesmo.
A partir dos dados termodinâmicos pode ser visto que altas temperaturas limitam a síntese
de metanol, enquanto a reação RWGS, que é endotérmica, é favorecida. Ambas as reações
de hidrogenação são acompanhadas por decréscimo de volume molar, indicando que a
formação de metanol é favorecida pelo aumento da pressão (princípio de Le Chatelier).
Logo, baixas temperaturas e altas pressões parecem preferidas para a síntese de metanol,
porém temperaturas demasiadamente baixas, embora termodinamicamente mais
favorecidas, podem reduzir a cinética da reação e obter baixa produtividade. A adição de
inertes, bem como altas concentrações de CO2, levam à redução da conversão de equilíbrio,
conforme apresentado por SÁ (2015).
Fonte: SÁ (2015).
Estudos recentes apontam soluções para essa problemática em que são apresentados novos
catalisadores capazes de promover a hidrogenação directa do CO2 a metanol, com
temperaturas baixas (em torno de 270ºC) e pressões moderadas (20-50 bar). (Carvalho,
2018)
45
3. METODOLOGIA
Com vista a atingir as metas inicialmente traçadas e descritas nos objectivos do projecto,
foram executados os seguintes passos:
Onde:
1 tep = 41,868 x 10-3 TJ (tera-joule = 41868000000 J);
CC = consumo de energia em TJ;
CA = consumo de combustível (m3, l, kg);
Fconv = fator de conversão da unidade física de medida da quantidade de combustível para
tep, com base no poder calorífico superior (PCS) do combustível (valores podem variar de
ano para ano).
Fcorr = fator de correção de PCS para PCI (poder calorífico inferior). Para o IPCC, a
conversão para unidade comum de energia deve ser feita pela multiplicação do consumo
pelo PCI. Para combustíveis sólidos e líquidos o Fcorr = 0,95 e para combustíveis gasosos,
o Fcorr = 0,90.
b) Conteúdo de carbono
A quantidade de carbono emitida na queima do combustível deve ser calculada conforme
segue:
QC = CC x Femiss x 10-3 (2)
49
Onde:
QC = conteúdo de carbono expresso em GgC;
CC = consumo de energia em TJ;
Femiss = fator de emissão de carbono (tC/TJ).
10-3 = tC/GgC
c) Emissões de CO2
Finalmente, as emissões de CO2 podem ser calculadas de acordo com a expressão abaixo,
lembrando que em função dos respectivos pesos moleculares, 44 t CO 2 corresponde a 12 t
de C ou: 1 t CO2 = 0,2727 t C.
ECO2 = EC x 44/12 (3)
Onde:
ECO2 = emissão de CO2;
EC = emissão de C.
4. RESULTADOS
Considerando a quantidade de óleo combustível consumida, que é cerca de 700 t/d, foi
possível estimar a quantidade de CO2 libertada, conforme a tabela:
Hora 0,086
CO2 Dia 2,06
Mês 61,8
Ano 741,87
Fonte: (autor, 2019)
Uma vez estimada a quantidade de matéria prima disponível, foi possível determinar, por
estequiometria, a quantidade de Metanol produzida considerando o rendimento da reacção.
Os valores são a presentados na tabela abaixo:
Tabela 4: Quantidade de Metanol produzida.
Hora 0,0124
Metanol Dia 0,299
Mês 8,97
Ano 107,64
Fonte: (autor, 2019)
52
5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES
Espaço de 1 linha (1,5)
Parte final do texto, onde se apresentam as conclusões correspondentes aos objetivos e
hipóteses da pesquisa. Deve ser claro e objetivo e fazer referência a projeções ou possíveis
estudos futuros.
Referências (obrigatório)
55
REFERÊNCIAS
Aproximadamente 2
Espaços “enters”
As referências devem ser apresentadas em ordem alfabética de autoria.
As referências devem ser apresentadas com espaçamento
interlinear simples, sem recuo na margem esquerda,
Utilize o padrão:
SOBRENOME, Nome Abreviado. Título: subtítulo (se houver). Edição (se houver). Local
de publicação: Editora, data de publicação da obra.
Publicidade
Exemplo:
O procedimento é o mesmo que o anterior, porém, são escritos os nomes dos 3 autores
separados por ponto e vírgula seguido de espaço.
Exemplo:
ADES, L.; KERBAUY, R. R. Análise sobre o Comportamento de Compra: 5. ed. São Paulo:
Editora USP, 2002
SILVA, L. et al. Como a Poluição Afeta nossa Saúde. 1 ed. Curitiba: Editora Sol
Nascente, 2002.
Exemplo:
Exemplo:
Artigo de Revista
Exemplo:
Artigo de Jornal
Nome do autor em caixa alta- Título do artigo – Nome do Jornal- Local- data (dia, mês,
ano) – número do caderno – Seção – páginas (inicial – final)
57
Exemplo:
ANEXOS
Anexos (Este item é constituído por documentos complementares ao texto do trabalho e
que não são elaborados pelo autor do mesmo, servem para fundamentação, comprovação e
ilustração. É um elemento opcional)
ANEXO A - Demonstrativo de freqüência diária ago./set. 2001
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Regras de Pontuação.
Nos trabalhos da monografia alguns dos nossos estudantes não estão respeitando as regras de
pontuação. Nunca é demais fazer lembrar.
Usa-se letra minúscula (pequena) depois de dois pontos (:) e ponto e virgula (;). Exemplo:
“Neste contexto, este projeto final de curso tem como objectivos específicos:
i. fazer a concepção de uma planta produtora de ureia, a partir da amônia e dióxido de
carbono;
ii. levantar e elaborar de uma revisão bibliográfica como base de dados, bem como subsídio
teórico, para todas as etapas de construção deste projeto;
iii. definir a capacidade nominal a partir de dados estatísticos nacionais e desenvolver um
diagrama de bloco;
iv. apresentar os resultados relacionados com o balanço de massa e energia;
v. dimensionar os equipamentos presentes do processo de produção da Ureia;
vi. Avaliar a viabilidade econômica da planta de produção da Ureia;”
Caso você opte pela inicial MAIÚSCULA em cada item/linha de uma enumeração, feche todos
eles com o ponto final. Por exemplo:
As únicas pontuações capazes de encerrar uma frase no português (para que depois comece com
letra Maiúscula) são ponto final, reticências, exclamação e interrogação.