Questoes Da Anpec Relativas Ao Topico 2
Questoes Da Anpec Relativas Ao Topico 2
Questoes Da Anpec Relativas Ao Topico 2
Quanto à Segunda Guerra Mundial, um ponto importante a ser destacado é o acumulo de reservas no
período, especialmente reservas inconversíveis - este viria a explicar o fenômeno da “ilusão de divisas”
do início do governo Dutra. Outros elementos importantes são o desempenho da indústria, das finanças
públicas e a aceleração inflacionária no período.
(0) A proteção ao setor era desnecessária, já que a queda no valor externo da moeda
brasileira no período foi proporcionalmente maior do que a redução do preço
do café;
(1) A intensidade de queda nos preços internacionais do café, no início dos anos
trinta, relaciona-se à expansão da oferta brasileira do produto, nos anos
vinte;
(2) A política econômica então implementada pode ser vista, pelos seus resultados,
como uma política anticíclica keynesiana;
(3) A política de defesa dos cafeicultores foi totalmente financiada por emissão de
papel-moeda lastreada por empréstimos externos;
(4) A expansão da produção industrial nos anos trinta foi devida, em parte, a essa
política de defesa do setor cafeeiro.
Resp:
(0) FALSO se levarmos em consideração que a intervenção no mercado visava não só proteger a
renda do cafeicultor em moeda nacional, mas também evitar um maior declínio do nível de preços
do café
(1) VERDADEIRO, considerando o tempo necessário para que os novos cafezais entrassem em idade
de produção (de quatro a cinco anos entre o plantio e a primeira colheita), a grande produção
obtida na época da grande depressão está, de fato, associada ao plantio executado nos anos 20.
Note portanto que este plantio está, em grande parte, associado às políticas de intervenção
realizadas ao longo da década de 20.
(2) VERDADEIRO, a afirmação descreve justamente o ponto de vista de Celso Furtado para a
política de defesa do café implementada pelo governo brasileiro, pois a compra e a queima do café
garantiam aos cafeicultores a manutenção de um patamar de renda e também o nível de emprego
da economia em um momento de crise.
(3) FALSO, a despeito da crise de 29, o governo brasileiro ainda consegue obter recursos externos
para a política de defesa do café implementada neste mesmo ano. Entretanto, não se pode dizer
também que ela foi inteiramente financiada por meio de recursos externos.
(4) VERDADEIRO, de fato, segundo alguns autores (entre eles Celso Furtado), a manutenção da
renda da cafeicultura e do emprego mantinham a demanda interna, a qual foi deslocada do setor
importador para o setor produtivo nacional por meio da proteção dada a este pela desvalorização
cambial.
Resp:
(0) VERDADEIRO, pois efetivamente havia a necessidade de num primeiro momento existir
capacidade ociosa para a indústria atender ao deslocamento da demanda ocorrido.
(1) FALSO dado que a política de defesa do café foi combinada com dificuldades impostas a
importação, o que difere em grande parte do período anterior, e sem a defesa do café não haveria
a manutenção de um nível mínimo de demanda agregada.
(2) FALSO já que as reservas foram rapidamente absorvidas e houve dificuldade em fazer frente aos
compromissos externos nos primeiros anos da década de 30.
(3) VERDADEIRO, uma vez que além da queda dos preços e das exportações de café houve um
forte refluxo de capital em um primeiro momento, e em seguida o ingresso foi muito pequeno.
(4) FALSO, uma vez que não houve uma política seletiva de restrição as importações no período;
este fato é mais claro depois da IIª Guerra Mundial.
Resp:
(0) FALSO, a queda do preço dos produtos exportados alcançou quase 60% no período e não foi
recuperada por aumento da quantidade exportada (que variou ao longo do período mas alcançou
algo como 10%), houve assim no período queda no valor das exportações de 320 milhões de
dólares em 1930 para algo próximo a 220 milhões de dólares em 1934.
(1) VERDADEIRO, esta é uma das argumentações principais de Furtado para o período, deve-se
destacar que a queda das importações e a proteção á produção doméstica também foi obtida por
restrições quantitativas às importações
(2) VERDADEIRO, pelos dados do anexo da ordem do Progresso percebe-se uma taxa de expansão
da produção industrial pequena (inferior a 1,5%) entre 31 e 32, mas que avança para mais de
11% já em 33, alcançando 17% m 1936.
(3) FALSO, não há inflação no período muito pelo contrário registra-se entre 1930 e 1934 uma
deflação
(4) FALSO, efetivamente houve como mostra Pelaez a obtenção de um empréstimo externo, mas
este não foi suficiente para se financiar a política de valorização do café. Esta também sofreu
alterações pois introduziu-se a queima de quotas de produção
Resp:
(0) FALSO, houve diversas intervenções no mercado cambial inclusive com restrições a diferentes
operações cambiais;
(1) FALSO, não só o país teve que adiar alguns compromissos externos como recebeu um
empréstimo de 20 milhões de libras;
(2) VERDADEIRO, a exceção do ano de 1930 e de 1940 todo o restante apresenta taxas positivas
de crescimento do produto industrial, entre 1933 e 1936 estas taxas estavam acima de 10% ao
ano e isto pode ser alcançada graças à existência de capacidade ociosa que teve que começar a
ser reposta a partir de meados da década;
(3) VERDADEIRO, a caixa de estabilização equivalia a um currency board em que se mantinha
uma política monetária associada à variação das reservas, cuja variação dependendo saldo do
balanço de pagamentos, com seu fim pode-se adotar uma política monetária independente do
comportamento do balanço de pagamentos;
(4) FALSO, os anos iniciais da década são marcados mais pela deflação do que pela inflação, esta
aparece na segunda metade da década atingindo um auge de 15% ao ano em 1936 caindo em
seguida só se elevando novamente durante a guerra.
Resp:
(0) FALSO, a perda de dinamismo é reflexo da crise internacional e da diminuição das exportações
de café
(1) FALSO, a maior parte da literatura não considera a estratégia adota por Vargas como tendo sido
deliberadamente de substituição de importações, esta acabou ocorrendo como uma consequência
não intencional da p0olitica de enfrentamento da crise
(2) VERDADEIRO, esta afirmação é praticamente o inverso da anterior destacando-se o efeito
involuntário da política econômica que, segundo muitos autores, como M.P.
Abreu, visava conseguir recursos externos para fazer frente aos compromissos financeiros do
país
(3) FALSO, efetivamente foi levantada a questão do financiamento da política com base em
impostos, mas esta não rechaça a tese de Furtado pois o montante de impostos não foi suficiente
para fazer frente à toda a política fiscal, além do que se alega que parte destes impostos foram
obtidas de renda externa, dada a inelasticidade preço da demanda internacional de café
(4) VERDADEIRO, questão que merece alguma discussão, pois houve certa diversificação da
estrutura produtiva no período, mas ela foi pequena e o setor de bens intermediários não tinha
dimensões do setor de bens de consumo
Resp:
(0) VERDADEIRO. Um ponto a ser considerado com atenção diz respeito à política de compra e
destruição do café, que passa a ser implementada somente a partir de 1929/1930. Até então, a
política de proteção consistia na compra e estocagem do produto. De qualquer forma, o objetivo
era controlar (diminuir) a oferta do mesmo de modo a garantir um preço mínimo para o mesmo.
(1) VERDADEIRO, o item descreve o ponto de vista de Furtado em relação à política de proteção
do café, pois de acordo com o mesmo, tal política pode ser vista como anticíclica (keynesiana),
ao minimizar a queda da renda do setor cafeeiro nos momentos de expansão da produção interna
do produto, garantir o emprego na cafeicultura e, por meio de efeito multiplicador, a demanda
agregada.
(2) FALSO, ao afirmar que tal política reduziu a renda do setor exportador. O resultado obtido
através da política de defesa do café veio, pelo contrário, a garantir a renda deste setor, como
analisado anteriormente (mais uma vez, o caráter keynesiano da política de defesa do café).
(3) FALSO, apesar de existirem empréstimos externos e financiamento por meio de receita
tributária estes não são suficientes para financiar toda a política de intervenção.
(4) VERDADEIRO, uma vez que a demanda internacional pelo café era preço-inelástica, como já
visto anteriormente. Assim, por exemplo, uma desvalorização cambial diminuiria o preço do
produto no mercado internacional, mas sem ser traduzida num aumento na demanda pelo
mesmo, diminuindo assim a renda do setor cafeeiro brasileiro.
(0) essa política pode ser vista, pelos resultados que produziu, como uma política
anticíclica consoante os fundamentos macroeconômicos que, alguns anos depois,
seriam preconizados por Keynes;
(1) essa política foi totalmente financiada por emissão de papel-moeda lastreada por
empréstimos externos;
(2) ao evitar-se a contração da renda do setor cafeeiro, essa política reduziu os
efeitos do multiplicador de desemprego sobre os demais setores da economia;
(3) o preço do café foi condicionado fundamentalmente por fatores que prevaleciam
do lado da oferta, sendo de importância secundária o que ocorria do lado da
demanda;
(4) o mecanismo do câmbio não podia constituir, por si só, um instrumento de
defesa efetivo da economia cafeeira, dadas as condições excepcionalmente
graves criadas pela crise mundial deflagrada em 1929.
Resp:
(0) VERDADEIRO Conforme já discutido anteriormente, a política de defesa do café pode ser vista
como uma política anticíclica, em concordância com os fundamentos da teoria keynesiana de
defesa de intervenções estatais;
(1) FALSO Na realidade, boa parte da política intervencionista realizada no período da grande
depressão foi financiada através de recursos internos (até pela escassez de recursos
internacionais), embora o Brasil ainda tivesse conseguido acesso a um empréstimo internacional
este não foi suficiente para financiar e/ou lastrear as emissões utilizadas para a aquisição do
café, outro elemento importante é que este aspecto relativo ao empréstimo externo obtido não é
levantado por Furtado
(2) VERDADEIRO Em consonância com a assertiva (0), a política de defesa do café fez com que
perdas associadas à queda do preço do café não fossem integralmente internalizadas pelo setor
produtivo doméstico, segundo Furtado haveria a possibilidade, supondo a não existência de
intervenção no mercado pelo governo, de não colheita, portanto de não contratação de
trabalhadores e pagamento de salários iniciando-se assim um mecanismo multiplicador pelo
resto da economia. A intervenção garantiu as colheitas os empregos (pelo menos em parte) no
setor e seus reflexos sobre o restante da economia brasileira.
Resp;
(0) FALSO. A posição de Furtado é a de que a defesa do café permitiu a manutenção de um nível
mínimo de renda da cafeicultura e de seus empregos o que, por meio, do efeito multiplicador,
manteve minimamente a renda e a demanda da economia, e é justamente esta que se constitui
na base da demanda da produção industrial, antes esta demanda se voltava para as importações,
mas com a desvalorização cambial e a alteração da relação de preços entre (importados e
domésticos) tal demanda acaba por se materializar em demanda por produtos domésticos
(1) FALSO: A afirmação erra pois o desenvolvimento do setor industrial brasileiro esteve associado
ao montante de recursos disponíveis pelos cafeicultores nacionais, que aplicavam parte dos
recursos disponíveis em atividades do setor industrial, além do que parte dos investimentos
realizados na atividade algodoeira estava voltada para exportação de algodão.
(2) VERDADEIRO: Seguindo o raciocínio do item (0), sem a intervenção a possibilidade não
haveria colheita (café fica nos pés) e sem a colheita, os empregos não seriam gerados e o efeito
multiplicador não funcionaria. A opção da colheita e estocagem não parecia razoável naquele
momento pois os estoques pressionariam ainda mais os preços, mesmo por que não haveria
nenhuma possibilidade de vender estes estoques o que induziria uma não colheita no futuro
(3) FALSO: Como destacado em (0) a depreciação cambial foi importante para deslocar a demanda
das importações para a produção doméstica, especialmente nos primeiros anos já que nestes
havia capacidade ociosa não sendo portanto fundamental o impacto negativo do aumento de
custo das importações de máquinas etc.
(4) FALSO A afirmação ignora as outras formas utilizadas para financiar os programas de
intervenção no mercado de café, especialmente aquela destacada por Furtado a emissão
monetária.
9. (2008 – 2) Um dos objetivos da política econômica nos anos 1930 foi responder à
crise provocada pela queda abrupta do preço do café no mercado internacional. A
respeito da crise externa e das políticas adotadas em resposta a ela, é correto
afirmar que:
Resp:
(0) VERDADEIRO O valor das exportações reduziu-se entre 1929 e 1931, assim como a capacidade
de importar da economia brasileira. O índice de quantum de exportações se elevou ao longo
destes três anos e só apresentou queda em 1932. Assim, a queda dos preços das exportações foi o
principal responsável pela queda no valor das exportações deste período.
(1) FALSO Apesar de alguma indefinição inicial, a política de Getúlio Vargas não foi de contenção
creditícia: ao contrário, houve expansão do crédito no período, inclusive para financiar a
estocagem e queima do café.
(2) FALSO O período é marcado por déficits fiscais recorrentes. Apesar da posição de alguns
historiadores que afirmam que a elevação do imposto de exportação permitiu ao
governo trabalhar com orçamento equilibrado, este imposto não foi suficiente para cobrir os
gastos com a estocagem e queima do café.
(3) VERDADEIRO Efetivamente, o crescimento das importações e as dificuldades com as
exportações recolocaram um cenário de dificuldade cambial em 1937, que obrigou o país a
suspender parte dos pagamentos externos.
(4) FALSO O Governo Vargas, depois de um primeiro momento fugaz de liberalização do mercado
cambial, rapidamente reintroduz seu controle por parte do Banco do Brasil e estabelece um
sistema de controle de divisas, além de permitir a desvalorização cambial, entre 1931 e 1934.
Esta política não é ressaltada por Furtado, mas pode ser encontrada em autores como Abreu no
“A Ordem do Progresso”.
Resp:
(0) VERDADEIRA, de fato, de acordo com Celso Furtado, a industrialização pode ser vista como
uma consequência da política de proteção ao setor cafeeiro, esta sim realizada de modo
deliberado com vistas a proteger o nível de renda e de atividade do setor em questão. Assim, não
se pode afirmar que a promoção da industrialização no Brasil era uma meta explícita a ser
atingida pelo governo. De todo modo, é importante considerar que com a política de defesa do
café manteve-se o nível de demanda da economia, e com a desvalorização de cambio que ocorre
em virtude da crise cambial, ocorre a recuperação da economia brasileira por meio do
crescimento do mercado (demanda) interno e da indústria.
(1) FALSA, Não é claro o posicionamento de Furtado sobre a industrialização anterior a 30, mas
esta estava normalmente atrelada a momentos de crescimento do setor exportador, e não de
desvalorização cambial.
(2) VERDADEIRA, Não é claro o que a assertiva quer dizer com “ciclo”: se for entendido os ciclos
de preços do café (e não os ciclos de crescimento da economia mundial), a assertiva é verdadeira
dado que em função da inelasticidade preço da demanda, não há grandes alterações nas
exportações ao longo destes ciclos.
(3) FALSO, a afirmação é falsa ao afirmar que, no pensamento de Celso Furtado, a crise dos anos
30 não teve influência sobre o comportamento da economia brasileira. Pelo contrário, este é
justamente um dos episódios que justifica o chamado “deslocamento do centro dinâmico”, por
via do qual a economia brasileira, até então de caráter tipicamente exportador, passaria a
desenvolver progressivamente seu próprio setor industrial, com o consequente aumento da
importância do próprio mercado interno na definição do nível de renda agregada.
(4) FALSO, o governo brasileiro não poderia se inspirar em teorias keynesianas, pois estas ainda
não existiam.
(0) Os superávits fiscais primários recorrentes, obtidos pelo Governo Federal até
1937, dificultaram a recuperação econômica.
(1) Segundo Albert Fishlow, os estímulos externos nesse período, além de
incentivarem a demanda em favor da indústria doméstica, afetaram também a
oferta, favorecendo altas taxas de crescimento de produtividade, bem como a
transferência de tecnologias.
(2) A política de descentralização federativa posterior à “Revolução de 1930”
permitiu que os estados defendessem, por meio de políticas próprias, o preço
dos produtos de exportação.
(3) O programa de defesa do café dificultou a recuperação industrial ao estimular
novos investimentos nas fazendas de café.
(4) O crescimento da cultura do algodão, que chegou a ser o segundo principal
produto de exportação do Brasil, contribuiu para reduzir os efeitos da crise
cafeeira sobre o comércio exterior.
Resp:
(0) FALSO; Pelo contrário, o período abordado na afirmação é caracterizado por déficits fiscais de
montante não desprezível. A título de ilustração, conforme Abreu (1990), página 80, “Os déficits
fiscais em 1931 – 33 mantiveram-se acima de 12% dos gastos agregados em 1931 e em 1933,
alcançando 40% em 1932”.
(1) FALSO A afirmação falha no que tange a questão da transferência de tecnologia, que não é
afirmada por Fishlow.
(2) FALSO Pelo contrário, o período posterior à Revolução de 30 é de centralização fiscal e não de
descentralização e houve a federalização da questão cafeeira por exemplo;
(3) FALSO No período existe uma significativa queda dos investimentos em café, inclusive com a
diminuição dos pés de café existentes no país.
(4) VERDADEIRO De fato, o produto em questão foi responsável por minimizar os impactos
negativos da crise do setor cafeeiro sobre as exportações do país, à época.
Resp:
(0) FALSO, o crescimento do setor industrial de bens de consumo não foi induzido pelo
crescimento do setor de cimento e aço, mas sim induziu o crescimento destes setores
(1) FALSO, não há aceleração da inflação nos primeiros anos da década de 30, esta so aparece a
parti de 1934-35
(2) VERDADEIRO, efetivamente entre 1928 e 1932 houve estagnação na produção industrial
depois de 1933 a produção industrial cresce com taxas medias superiores a 10%
(3) FALSO, houve uma diminuição na exportação de café no período e uma expansão do algodão na
produção interna e nas exportações, mas os dois produtos continuam dominando a pauta de
exortação brasileira;
(4) FALSO, a missão Cooke ocorre em 1942 e não na década de 30
Resp:
0) VERDADEIRO, questão chata pois exige saber ao menos as décadas em que empresas, órgãos e
instituições fora, criadas, neste caso a Carteira referida na assertiva foi crida em 1936.
1) FALSO, a Vale do Rio Doce foi criada durante a segunda Guerra Mundial em 1942
2) VERDADEIRO, este conselho foi criado em 1934
3) FALSO, a SUMOC foi criada no final da Segunda Guerra Mundial em 1945
4) FALSO, a CSN também foi criada durante a segunda guerra mundial, não na década de 30,
mas no início da década de 40, em 1942.
Resp:
0) VERDADEIRO, a sustentação de preços por parte do Instituto ao longo da década de
20 manteve a produção de café não apenas brasileiro em níveis altos acima da demanda mundial
1) FALSO, as políticas podem até serem do tipo keynesiana mas não podem ter sido inspiradas no
livro de Keynes já que este foi publicado em 1936 e as políticas são portanto anteriores a ele (de
1931-32)
2) FALSO, quando as políticas contavam com recursos externos elas acabavam ampliando o
acesso a divisas e não o contrário. Muitas vezes porém não se contou com este
financiamento.
3) Nem sempre no período anterior aos anos 30 a política foi conduzida pelo Instituto do Café de
São Paulo, ligado ao governo paulista
4) FALSO, este foi um elemento que ocorreu mas para Furtado de modo involuntário, não
deliberado
15. (2015 – 3) Sobre a economia brasileira no período entre 1930 e 1945, é correto
afirmar:
Resp:
0) VERDADEIRO, o governo utilizou as carteiras vinculadas ao Banco do Brasil como principal
instrumento de crédito às atividades produtivas no período
1) FALSO, a missão Niemeyer é uma missão inglesa que propôs a adoção de medidas ortodoxas e
renegociar o pagamento da dívida externa
2) VERDADEIRO, vemos neste período uma fase inicial do processo de substituição de
importação com a internalização de boa parte do setor de bens de consumo não durável
3) FALSO, a reversão da política tarifaria em função das pressões externas e da melhora no
Balanço de pagamentos brasileiros acaba auxiliando no processo pois é imprescindível para que
ele ocorra nesta fase a importação de bens de capital e certos insumos necessários e sem os quais
a industrialização estagnaria
4) VERDADEIRO, apesar da intervenção estatal já se fazer presente anteriormente as inúmeras
instituições criadas ao longo do primeiro governo Vargas mostra a ampliação da intervenção
estatal na economia e parte importante destas instituições eram voltadas para a dinamização da
indústria.
Resp:
(0) VERDADEIRO, O modelo de Substituição de importações é um modelo fechado, onde
utilizando diferentes mecanismos (tarifários, cambiais), se protege a produção doméstica,
criando-se assim uma reserva de mercado frente às importações
(1) VERDADEIRO, mesmo que se possa dizer que em um primeiro momento, na crise de 30,
involuntariamente as políticas de enfrentamento da crise acabaram por se constituírem em uma
promoção de substituição de importações nas crises seguintes a opção deliberada do governo
pela industrialização faz com que nestas crises ocorresse uma substituição de importações
(2) FALSO, normalmente a política de desvalorização cambial é usada para se proteger a produção
doméstica das importações, quando não se adota uma política de desvalorização este tende a
permanecer fixo.
(3) FALSO, normalmente não há qualquer tipo de política voltada para o setor primário, que
continua sendo um setor exportador fornecedor das divisas necessárias ao processo
(4) FALSO, no período imediatamente posterior à grande depressão apesar de alguma diversificação
industrial esta não foi objeto de política deliberada sendo que o setor de bens de consumo acabou
prevalecendo
Resp:
(0) VERDADEIRO: existiram efetivamente dificuldades daquela natureza, apesar deste não ser o
único problema.
(1) FALSO como característica do próprio PSI, a substituição de importações iniciou-se primeiro no
setor de bens de consumo leve, contradizendo portanto a informação contida no item.
(2) VERDADEIRO: de fato, a elevação da inflação durante a Iª Guerra Mundial gerou movimentos
grevistas liderados pelos crescentes movimentos sindicais, associados por sua vez à uma
crescente taxa de urbanização das maiores cidades brasileiras da época.
(3) VERDADEIRO: boa parte da industrialização brasileira na sua origem advém de capital
nacional e a grande fonte deste capital é a cafeicultura.
(4) FALSO, a afirmação se equivoca justamente ao afirmar que o governo Vargas deixou de realizar
os investimentos nos setores citados, o que é uma afirmação incorreta. Pode-se citar, por
exemplo, a construção da CSN, ocorrida no ano de 1941, para desmenti-la.
Resp:
(0) VERDADEIRO, uma vez que cita, em boa parte, os instrumentos utilizados pelos diferentes
governos brasileiros no sentido de gerar incentivos e benefícios ao crescimento da indústria
brasileira, dentro da óptica do processo de substituição de importações.
(1) VERDADEIRO: pode-se citar mais uma vez, como exemplo, a construção da CSN no governo
Vargas, na qual o governo brasileiro viu-se obrigado a participar diretamente do projeto, dado o
desinteresse dos grandes produtores americanos de aço.
Resp:
(0) VERDADEIRO A afirmação contém um pouco de contundência ao incluir o termo “principal”,
mas de qualquer forma, descreve a situação econômica do período
(0) Por choques externos adversos, que romperam o mecanismo até então existente
de ajuste entre as estruturas de demanda e de produção internas;
(1) Pela política econômica que, na fase inicial do processo, orientou
deliberadamente a alocação de recursos em favor do setor industrial;
(2) Pela existência, por ocasião dos choques externos, de um mercado com alguma
expressão e de um setor industrial que, embora incipiente, já era
razoavelmente diversificado;
(3) Pela 2ª Guerra Mundial, que é vista como o marco inicial da industrialização por
substituição de importações;
(4) Pela iniciativa empresarial dos fazendeiros de café, alguns dos quais tornaram-
se, também, empreendedores industriais.
Resp:
(0) VERDADEIRO, efetivamente para os autores a ISI se move por reações aos impulsos
provocados por crises ou estrangulamentos externos
(1) FALSO, o termo “deliberadamente” faz com que seja apresentada a ideia de que a política
econômica foi orientada explicitamente com vistas ao PSI, o que torna a expressão, ao menos
nos anos iniciais do processo, incorreta, apesar disto não ser aceito por todos.
(2) VERDADEIRO, quando dos choques existia internamente alguma capacidade de produção dos
bens cuja importação passaria a ser substituída pela produção doméstica
(3) FALSO, o equívoco está na consideração da IIª Guerra Mundial como o marco inicial do PSI.
De acordo com estes autores, tal processo já se inicia antes, sendo o início dos anos 30 o marco
fundamental para o início do PSI no Brasil.
(4) VERDADEIRO, a afirmação pode gerar controvérsia, de todo modo parte do capital antes
aplicado à produção cafeeira se desloca para produções voltadas ao mercado doméstico, entre
estas a produção industrial e alguns cafeicultores passaram a ser proprietários de industrias,
mesmo que estes não representam o maior número dos empresários industrias formados no
período
Resp:
(0) VERDADEIRO, pois os países europeus não tinham condições de realizar estes investimentos
enquanto que os norte-americanos (até por razões geopolíticas) apresentavam condições de
realizar tais inversões.
(1) VERDADEIRO: a dificuldade de importar, os próprios saldos positivos de Balanço de
Pagamentos e as dificuldades orçamentárias se mostraram como importantes fontes de
pressões inflacionárias.
(2) FALSO, pois os preços do café variaram ao longo da guerra e chegaram inclusive e a se elevar
em função de acordos realizados.
(3) FALSO, dado que o período é marcado por superávits comerciais, a ponto destes provocarem
acúmulo de reservas (em moedas inconversíveis, em sua maior parte).
(4) FALSO, uma vez que o governo, apesar da inflação manteve a taxa de câmbio nominal
constante.
Resp:
(0) FALSO, quando do texto, a substituição de importações já avançara bastante, especialmente
quanto aos bens de consumo duráveis
(1) VERDADEIRO, esta é uma das teses de Tavares, que a partir da substituição de importações
que ocorre dos nãos 30 para frente a indústria vai ganhando autonomia frente ao setor exportador
(2) VERDADEIRO, o setor primário e mesmo o setor primário exportado não é objeto de políticas
por parte do governo e acaba tendo suas taxas de crescimento, por exemplo, sido em media,
inferiores ao setor industrial. Apesar do crescimento inicial do algodão na pauta de exportações
esta não sofre grandes mudanças continuando a estar concentrada em poucos produtos primários
(café e mais um ou outro produto) até os anos 60
(3) FALSO, o estrangulamento externo absoluto ocorre quando não há a mínima capacidade de
importar neste caso o próprio processo de substituição de importações é travado
(4) FALSO, a substituição de importações ocorre por fases de fato porém não se pode imaginar que
a industrialização de uma fase prescinda completamente de alguma industrialização, mesmo que
não nas mesmas dimensões, de outros setores industriais;
Resp:
(0) VERDADEIRO, de fato esta é a tese da Tavares, mesmo que existam industrias e outras atividades
produtivas voltadas para o mercado doméstico estas são dependentes do setor exportador e não
possuem um dinamismo próprio
(1) VERDADEIRO, o ponto fundamental da substituição de importações é a alteração da pauta de
exportações e não da quantidade importada, mas esta ocorre pois nos momentos de impulso da
substituição de importações há uma restrição externa que caba por implicar numa queda do valor
total das importações junto com a alteração da pauta
(2) FALSO, de fato há uma tendência da industrialização ocorrer por fases, porém estas fases não podem
implicar numa ausência total de crescimento industrial em todos os setores da matriz industrial, se
num determinado momento ocorre a substituição de importações principalmente de um setor
industrial este deve vir acompanhado de alguma industrialização em outros setores, mesmo que esta
não seja nas mesmas dimensões
(3) VERDADEIRO, á medida em que se avança no processo de substituição de importações a
complexidade dos setores aumenta, os requisitos de demanda, financiamento, capital e tecnologia se
ampliam, devendo o estado e seu papel de coordenação e planejamento estar cada vez mais
presente
(4) FALSO, a crise a que se refere o título é a Crise dos anos 60.
Resp:
0) FALSO; o capital estatal não predominou em todos os ramos industriais como por exemplo no
setor de bens de consumo, o setor estatal entrou em setores onde o capital privado nacional não
apresentava condições técnicas e financeiras
1) VERDADEIRO; quando as empresas se estabeleciam no Brasil a obtenção de economias de
escala se faziam com base no uso de técnicas produtivas intensivas em capital e exigiam um
mercado de dimensões relativamente elevadas
2) FALSO; os primeiros passos do modelo de substituição de importações se deram na reação a
estrangulamentos externos mais do que a politicas deliberadas de industrialização se valendo
deste modelo
3) FALSO; esta é uma visão (crítica) liberal ao processo, para outros os custos poderiam estar
associados por exemplo à falta de determinados produtos e a ampliação de custos de produção
associados a estas matérias primas, ou ainda o que está afirmado na próxima assertiva
4) VERDADEIRO, vide assertiva anterior
Resp:
(0) VERDADEIRO, de fato se tomarmos por exemplo setores como a produção de energia estes
exigia planta e volumes de capital muito significativos, o mesmo se pode dizer da área de
exploração e produção de derivados de petróleo, siderúrgica e química
(1) FALSO, na verdade o problema é justamente a ausência de um mercado de capitais mais
desenvolvido no período o que obriga a entrada do governo como intermediário financeiro no
processo
(2) VERDADEIRO, dada a necessidade de projetos cada vez maiores estes tem necessidades a
jusante e a montante que exigem um papel de coordenador e de planejamento muitas vezes fora
do alcance das iniciativas privadas
(3) VERDADEIRO, existe uma dificuldade dentro do país de se forjar mecanismos de
financiamento de longo prazo que permitissem transferir recursos de um setor ao outro
(4) FALSO, durante a industrialização em muitos momentos não se opôs ás empresas
transnacionais, muito da participação do estado pode ser explicada justamente pelo não interesse
dois blocos internacionais em se fixarem no país
26. (2007 – 3) O ambiente criado pela Segunda Guerra Mundial afetou profundamente
a economia brasileira. Entre as principais mudanças então verificadas, assinalam-
se:
Resp:
(0) FALSO: O comportamento do PIB não foi tão favorável durante o período de guerra Em 1940
e em 1942 por exemplo, observa-se inclusive taxas negativas de
crescimento do PIB e somente em 1943 e 1944 é que alguma recuperação mais robusta passa a
ser observada
(1) FALSO, de acordo com Abreu (1990), há um comportamento positivo da balança comercial
devido ao crescimento de exportações, em função de: (i) acordos de suprimentos materiais
estratégicos aos EUA; (ii) aumento da demanda por produtos brasileiros em mercados
tradicionalmente supridos por exportações americanas e inglesas (cujas economias estavam
focadas no esforço de guerra); (iii) compras de carne e algodão por parte da Inglaterra; (iv)
preços de café garantidos pelo acordo interamericano de 1940. Conforme os itens acima,
observa-se um comportamento positivo das exportações de bens primários, e não de bens
industriais, como atesta a afirmação. Por sua vez, conforme apêndice estatístico de Abreu
(1990), não há nenhum comportamento sistemático negativo dos termos de troca, podendo ser
observado um comportamento positivo dos preços de exportação no período.
(2) FALSO Houve uma queda da arrecadação de impostos sobre importação em função da
diminuição das importações, esta queda procurou ser compensada pela revitalização de
impostos internos.
(3) VERDADEIRO: A resposta dada é a verdadeira, porém esta não é uma posição tranquila na
historiografia, efetivamente houve investimentos como os citados na assertiva (como a CSN)
mas estes parecem para alguns analistas como sendo momentos excepcionais é que o período
se caracterizaria justamente pela dificuldade da ampliação da capacidade produtiva nacional
(4) VERDADEIRO: De fato, também conforme apresentado por Abreu (1990), o comportamento
da taxa de câmbio, num ambiente de liberdade cambial, é bastante estável durante o período da
guerra. Tal liberdade cambial, que na verdade incluía um certo grau de intervenção por parte
do governo, fazia parte das exigências americanas discutidas na missão Aranha, de 1939, num
período de aproximação entre Brasil e EUA.
Resp:
16. (2014) Há autores que adotam o nome de “industrialização espontânea” (ou não
intencional) para designar o crescimento industrial brasileiro do período entre a
Grande Depressão de 1929 e o início da II Guerra Mundial. Exponha o argumento
que embasa essa análise e discorra sobre sua pertinência para designar a
industrialização brasileira do período.
19. (1994) Faça uma análise comparativa dos efeitos da Primeira e da Segunda
Guerra Mundiais sobre o crescimento da economia brasileira.