Contribuições Da Psicanalise
Contribuições Da Psicanalise
Contribuições Da Psicanalise
RIO BRANCO
2019
DEBORAH GOMES DOS SANTOS
EDWARDY OLIVEIRA BENICIO DE MELO
LAURA CRISTINA DE FREITAS FERNANDES
LILIANA PIEDADE DE OLIVEIRA
LUANA CRISTINA DA SILVA LIMA
MARCOS ADRIEL ALBINO DA COSTA E COSTA
MATHEUS ALBUQUERQUE PAES
NICKOLE LIMA MESQUITA
TIAGO DA SILVA FELIX
RIO BRANCO
2019
INTRODUÇÃO
Entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e introduz novos
conceitos. As características do inconsciente são atribuídas agora ao Id, que é regido pelo
princípio do prazer, o impulso que busca satisfação imediata de suas necessidades e desejos.
O Ego, que é o sistema que estabelece um equilíbrio entre os impulsos do id e do Superego, é
regido pelo princípio da realidade que tem as funções básicas de percepção, memória,
sentimentos e pensamento. Já o Superego é originado a partir das proibições, dos limites e da
autoridade.
A Realidade Psíquica, sendo esta diferente do inconsciente, mas, ainda assim, atrelada
ao mesmo, é algo que o indivíduo assume como realidade, podendo até mesmo ser algo
imaginado. Não é a realidade física, material ou espiritual, mas sim a realidade individual,
com vários filtros, preconceitos, ideias, ideais e ambições a moldando. Existe também a
Pulsão, sendo a representante psíquica dos impulsos originados no corpo que acabam
alcançando a mente. É vista também como um estado de tensão que busca, geralmente por
meio de um objeto, a supressão desse estado. Além disso, pulsões podem também ser
caracterizadas de maneira distinta, tendo as pulsões de vida, que abrangem os impulsos
sexuais e a auto conservação, e as pulsões de morte, que tendem pra autodestruição, às vezes
direcionada para o exterior, manifestando-se como uma pulsão agressiva ou destrutiva.
Em sua obra “Algumas reflexões sobre a psicologia do escolar.” Freud, ao falar sobre
sua experiência como estudante diz que: "é difícil dizer se o que exerceu mais influência
sobre nós e teve importância maior foi a nossa preocupação pelas ciências que nos eram
ensinadas ou a personalidade de nossos mestres" (FREUD, 1914 p. 248 apud PÁDUA, 2014,
p. 26). E, a partir de suas reflexões sobre a educação e de sua experiência como estudante,
Freud afirma que o aluno pode imaginar na figura do professor simpatias que, na realidade,
provavelmente não existem. Isto significa que no ambiente escolar, o aluno está propício a
despertar pelo professor sentimentos ambíguos, sendo eles de amor ou ódio, admiração ou
medo e respeito ou desrespeito.
Para muitos alunos, os professores tornam-se pessoas substitutas dos primeiros objetos
de desejo e sentimentos amorosos, que eram direcionados a pais, irmãos ou familiares. Na
escola, o professor, como figura de autoridade, geralmente é substituído pela figura dos pais,
primeira representação de autoridade que a criança conhece. E mais do que autoridade, esse
professor também pode representar para seu aluno sentimentos amorosos ou conflituoso. E
dessa forma, pode gerar uma transferência positiva ou negativa.
Quando ocorre a transferência de maneira positiva, faz gerar no aluno amor, aceitação,
admiração e respeito pelo professor. Na maioria dos casos, há também uma admiração por
aquilo que o aluno aprende com professor, incentivando-o a aprender mais, mesmo que ele
não tenha facilidade ou familiaridade pelo assunto, só para agradar ou satisfazer o professor.
A sublimação
De acordo com Laplanche & Pontalis (2008, p. 494), Freud formulou também a noção
de Sublimação, conceito que engloba as situações em que as pessoas se envolvem em
atividades aparentemente não relacionadas com a sexualidade, embora energizadas através de
pulsão sexual. Roudinesco & Plon (1998, p. 734) adiciona que Freud usou o termo para
explicar uma específica categoria de atividade não sexual, como arte, literatura ou pesquisa
científica, que usam da força da pulsão sexual, direcionando-a a alvos não sexuais, imbuindo-
os de valor social.
Ocorre, assim, uma divisão entre saberes. Sendo que o primeiro se dá como o saber
inconsciente, incapaz de ser transmitido; o segundo, também chamado de pré-consciente, o
qual pode ser transmitido como habilidade e o saber que pode ser transmitido como
conhecimento, objetivado em obras. É justamente por ser inconsciente e intransmissível que o
primeiro saber é utilizado pela aprendizagem psicanalítica. Principalmente porque esse saber,
de acordo com o método psicanalítico, pode ser transformado. Segundo D’Agord:
Essa forma de saber pode ganhar outro destino que não as formas psicopatológicas,
isto é, as formas que expressam um ‘’não querer saber nada disso’’. A escolha de
um tema de pesquisa é um processo de destinação de um saber na medida em que
essa escolha é determinada inconscientemente pela história do sujeito. Assim, os
elementos inconscientes e não resolvidos de uma trajetória de vida podem ser
metabolizados pelo sujeito quando inseridos em um processo de aprendizagem.
(D’AGORD, 2010)
Por fim, a psicanalise em sua base apresenta diversos conceitos que podem ser
utilizados no processo de aprendizagem, podendo estes se forem bem aplicados ser de grande
utilidade para o desenvolvimento da pessoa como um todo sendo capaz de influenciar que a
pessoa utilize de seu interesse para se dedicar a alguma atividade e se tornar alguém satisfeito
e socialmente aceito, entretanto alguns processos podem ocorrer durante o aprendizado que
tem o potencial de causar traumas ao indivíduo, desestimula-lo e até mesmo trazer a tona
momentos que estavam perdidos em seu inconsciente, obviamente alguma dessas causas
podem ocorrer de maneira involuntária e só serem percebidas no futuro já que tanto a teoria
psicanalítica quanto o processo de aprendizagem são processos que levam tempo para serem
realizados e consequentemente percebidos , e que podem andar juntos tendo em vista que o
processo educacional especialmente nas fases infantis são objeto de estudo de Freud, assim
como outros conceitos da teoria psicanalítica que podem ser aplicados ao processo de
educação para que se atinja um patamar maior de compreensão, ensino, aprendizagem e um
futuro onde o individuo seja mais satisfeito consigo mesmo e que possa ser um pouco mais
esclarecido sobre seu próprio inconsciente
REFERÊNCIAS
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIR, Maria de Lourdes Trassi.
Psicologias : um introdução ao estudo da psicologia. 14 edição: São Paulo, Saraiva, 2008.