Artigo Sobre Política em Jardim
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Mestre em História (UFRN). Professor da UFOPA, Universidade Federal do Oeste do Pará, Campus Rondon,
Santarém-PA. E-mail: dieguitogois@yahoo.com.br.
MACEDO, Muirakytan Kennedy de. A Penúltima Versão do Seridó: uma história do regionalismo seridoense,
2006, p. 126.
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monárquicos. Para esse autor, o Partido Conservador estava fraturado em duas facções: a
Botica e a Gameleira, enquanto que o Partido Liberal vivenciava uma cisão entre Amaro
Bezerra e José Bernardo, que dominava politicamente a região do Seridó2. O clima da
disputa eleitoral no contexto do Rio Grande do Norte é caracterizado por Macêdo como de
“divergências inconciliáveis”3. O desentendimento político não ficou restrito ao espaço da
capital, mas foi deslocado também ao interior.
Na Cidade do Jardim, o clima político estava bastante tenso no ano de 1889, devido a
campanha eleitoral para Deputado Provincial, que se aproximava. Os conflitos envolvendo
os dois grupos políticos locais ganhava destaque na imprensa do estado. Os Liberais, Dr.
Manoel Medeiros4 e José Thomaz5, publicavam suas denúncias no jornal O Povo, da vizinha
Cidade do Príncipe (hoje Caicó) enquanto que os Conservadores, liderados pelo Felinto
Elysio de Oliveira Azevêdo6, serviram do jornal Gazeta de Natal para as suas acusações,
apontando para um contexto de rivalidade entre os moradores daquela cidade. Ameaças
reciprocas são publicadas nesses noticiários. Uma digladiação de conterrâneos.
O presente artigo visa, portanto, analisar o cotidiano da Cidade do Jardim, nome que
se dava ao espaço, onde hoje está localizada a cidade de Jardim do Seridó, no sertão do
Seridó, no Rio Grande do Norte. Visa perceber os aspectos políticos vivenciados pela
2
SPINELLI, José Antônio. Coronéis e Oligarquias no Rio Grande do Norte: (Primeira República) e outros
estudos, p. 34.
3
MACÊDO, Muirakytan Kennedy. Op. Cit, p. 129.
4
Segundo José Nilton de Azevedo, o “Dr. Manuel Augusto de Medeiros (Dr. Medeiros), nasceu em 30 de abril
de 1854, no sítio Umari, no Município de Caicó-RN. Filho de Francisco Antônio de Medeiros e de Ana Vieira
Mimosa [...] Iniciou seus estudos em Caicó, indo posteriormente para um convento em Olinda-PE; daí seguiu
para a Universidade da Bahia. Ao concluir o seu curso superior (Medicina), em 13 de dezembro de 1884, com
trinta anos de idade, já havia contraído há dois anos o seu primeiro matrimônio. Assim sendo, depois de
formado, veio residir em Jardim do Seridó, onde exerceu suas atividades profissionais”. Ver mais: AZEVEDO,
José Nilton de. Dr. Manoel Augusto. In.: Um Passo a Mais na História de Jardim do Seridó, 1988, p. 123
5
O Cel. José Thomáz de Aquino Pereira nasceu no Estado da Paraíba, em 1º de junho de 1839. Casou-se com d.
Rita Maria Pereira de Jesus [...]. Residiu no sobrado construído pelo mesmo, à Av. Dr. Fernandes nº 40, não
chegando a construir família. Ver mais: AZEVEDO, José Nilton de. Cel. José Thomaz. In.: Um Passo a Mais na
História de Jardim do Seridó, 1988, p. 72.
6
Sobre a biografia do Cel. Felinto Elísio, José Nilton de Azevedo informa que “nasceu na fazenda Sombrio, do
Município de Jardim do Seridó, aos 29 de novembro de 1852, sendo filho do Tenente-Coronel Manoel
Ildefonso de Oliveira Azevedo e de d. Tereza Florinda de Jesus”. Foi Capitão (1877) e Coronel da Guarda
Nacional (1893), Promotor Público da Comarca e exerceu diversos cargos políticos na cidade e no estado,
chegando a Governador interino do Estado. Ver: AZEVEDO, José Nilton de. Cel. Felinto Elísio. In.: Um Passo a
Mais na História de Jardim do Seridó, 1988, p. 77.
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7
HEINZ, Flávio M. Por outra história das elites, p. 7.
8
Burke, Peter. Veneza e Amsterdã: um estudo das elites do século XVII, p. 16.
9
Idem, p. 14.
10
Idem.
11
DECCA, Edgar Salvadori de. Apresentação. In: BURKE, Peter. Veneza e Amsterdã: um estudo das
elites do século XVII, p. 8.
12
Ver LINTEAU, Paul-André. Representação política em Montreal, 1889-1914: evolução de uma elite
municipal. In.: HEINZ, Flávio M. Por outra história das elites, p. 179.
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se construía por meio de batalhas travadas no espaço público e por meio da imprensa
jornalística.
Para tanto, utilizaremos como documentação principal para análise, dois jornais de
circulação no estado, onde alguns jardinenses atuaram como cronistas, escrevendo
correspondências, dentre eles: o jornal O Povo da Cidade do Príncipe e o Jornal Gazeta de
Natal. Esses jornais tinham posições ideologias dispares, sendo um Liberal, que também
vinculava ideias republicanas e outro Conservador; o qual possibilitará perceber
informações diversas sobre o contexto do Rio Grande do Norte, da região do Seridó e,
principalmente, da Cidade do Jardim, recorte espacial de análise nesse artigo.
Estes periódicos compõe o principal corpus documental a ser analisada, não como a
revelação do que realmente aconteceu, mas como fragmentos de uma memória histórica.
Para a análise dessas fontes utilizaremos da metodologia apontada por Jacques Le Goff para
o qual os documentos históricos, são “[...] o resultado de uma montagem, consciente ou
inconsciente, da história, da época, da sociedade que o produziram, mas também das
épocas sucessivas durante as quais continuou a ser manipulado, ainda que pelo silêncio” 13.
Como “documentos-monumentos”, esses materiais têm possibilitado perceber os
enunciados e práticas elaborados pela elite letrada para representar os espaços da Cidade
do Jardim, bem como, construir uma memória histórica do lugar.
O trabalho com as fontes consistiu em selecionarmos, recortarmos, isolarmos,
organizá-los, enfim transformamos estes documentos em monumentos, para, em seguida,
serem analisados em um itinerário narrativo, pois “[...] em história, tudo começa com o
gesto de separar, de reunir, de transformar em ‘documentos’ certos objetos distribuídos de
outra maneira”14. Nosso método de análise das fontes consiste em efetuar crítica ao lugar
social, na concepção de Michel de Certeau, para o qual define que é em função desse lugar
que se “instauram os métodos, que se delineia uma topografia de interesses, que os
documentos e as questões lhes serão propostas, se organizam”15. Os documentos aqui
13
LE GOFF, Jacques. História e Memória, p. 547.
14
CERTEAU, Michel de. A Escrita da História, p. 81.
15
Idem, p. 67.
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trabalhados são lidos pelos lugares de produção ao qual pertencem, ligados a grupos
políticos opostos e cujas narrativas fazer reverberar as intencionalidades políticas que
estão vinculadas.
Já no mês de maio, a Cidade do Jardim ganhava destaque na imprensa regional
através de diversos aspectos relacionados ao seu cotidiano, como: a construção da Igreja do
Coração de Jesus, a seca, o flagelo, a febre e, sobretudo, os conflitos políticos, envolvendo:
médico, Promotor Público, delegado de polícia, soldados e alguns populares, denunciando
os interesses pelo poder local e clima de instabilidade, motivada pelo pleito eleitoral. Os
conflitos, que não eram novos, ganhavam outras configurações por volta das 7 horas da
noite do dia 4 de maio, em frente ao Quartel de Polícia, quando da prisão da pessoa de
Manoel Antônio, popularmente conhecido como Manoel da Cega. Para o Dr. Manoel
Augusto, político de oposição, o “infeliz” Manoel da Cega era um “cidadão pacifico e de
conducta exemplar!!”. Conhecido por essas qualidades pela população que “attestará que
elle é incapaz de ameaçar e de provocar a mais desprezível criatura”16.
No entanto, Manoel Antônio acabou se envolvendo em uma confusão do qual foram
protagonistas o cabo do destacamento, o delegado de Polícia João Severiano da Silva, e os
soldados Luiz Ricarte e Manoel Pinto. Os motivos da prisão variam entre as versões
apresentadas pelo Dr. Medeiros, e as de Felinto Elísio (Promotor Público) e o Delegado.
Para o Delegado, aliado político do promotor, portanto, ligado aos Conservadores, o mesmo
autorizou a prisão do indivíduo Manoel da Cega “por ameaças e provocações a elle
dirigidas, pelo simples facto de haver o referido cabo obstado que aquelle e outro individuo
continuassem n’uma brincadeira de sôcos e empurrões, que poderia acarrectar algum
conflito17”. Já para o Dr. Medeiros, a prisão de Manoel Antônio, bem como o seu
espancamento, era um crime, que deveria ser denunciado e envolvia os interesses do
destacamento local e do próprio chefe do Partido Conservador, o Promotor Público Felinto
Elysio. Para ele, “o cabo Juvencio, malogrado em seus intentos libidinosos por indiscripção
16
MEDEIROS, Dr. Manoel Augusto de. Solicitadas. In.: O Povo, Principe, 28 de junho de 1889, p. 3.
17
SILVA, João Severiano da. Gazeta do Natal, 28 de Maio de 1889, p.
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do infeliz Manoel Antonio, jurou vigar-se, e, de commum accordo com S. S., realizou o seu
dezideratum18”.
Na noite do acontecido, o Dr. Medeiros, acompanhado do Tenente-Coronel José
Thomaz, foram até o Quartel de Polícia, tomar satisfação com a guarnição, protestando com
os soldados de plantão, sobre o que estava acontecendo. A população das proximidades da
Cadeia Pública começava a se aglomerar, dando início a um tumulto que chamava a atenção
dos transeuntes. Por volta das 7 horas da noite, já era grande o movimento e o vozerio do
povo. O próprio Dr. Medeiros fazia questão de gritar para a população o crime de
espancamento na pessoa do preso Manoel Antônio, por parte dos cabos de destacamento.
Embora o laudo de corpo de delito, realizado no dia seguinte, apresentava pequenos
ferimentos, o próprio Promotor Público Felinto Elísio reconheceu em nota enviada ao jornal
Gazeta do Natal, que “effectivamente os soldados haviam dado algumas pranchadas no
referido individuo, procedimento de certo condemnavel, que ninguém aprovou e nem
aprova, como por vezes fiz sentir ao Sr. Dr. Medeiros, assegurando-lhe ao mesmo tempo
que no dia seguinte a autoridade cumpriria o seu dever19”.
Visando acalmar a algazarra que se passava no pátio da Cadeia Pública, se dirigem
ao local o delegado e o Promotor Público, encontrando um volumoso tumulto, que chamava
a atenção dos populares. Para o delegado, “isto sérvio de pretexto ao Sr. Dr. Medeiros para
atirar-se furioso contra mim, secundado pelo Sr. Tenente-coronel José Thomaz, em
satisfação ao rancoroso ódio que me votam, procurando com visível proposito
desmoralizar-me como autoridade policial perante uma população”20. O Promotor,
espantado com o número de pessoas reunidas em frente a cadeia, informou a imprensa que
a população “iam chegando pouco a pouco, attrahidas pelo grande vulcão, que fizera
arrebentar o Sr. Dr. Medeiros, que, de chapeo na mão, altercava em altas vozes com o cabo
18
MEDEIROS, Dr. Manoel Augusto de. Solicitadas. In.: O Povo, Principe, 28 de junho de 1889, p. 3.
19
OLIVEIRA, Felinto Elisio de. Gazeta de Natal,
20
Idem.
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Eu não tinha que dar satisfações n’aquella occasião ao Sr. Dr. Medeiros, que
ali apareceu enfurecido (já depois do facto consummado), como quem
aguardava a primeira opportunidade para aggredir e accusar ao delegado de
policia, a quem vota hoje grande rancor, esposando calculadamente ódios
alheios, para ser agradável a alguém, e tornar-se mais tarde um homem
necessário n’esta desditosa cidade, que suporta resignada todos os
exploradores, que aqui chegam!22.
21
AZEVEDO, Felinto Elisio de Oliveira.
22
Idem.
23
Idem.
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24
MEDEIROS, Dr. Manoel Augusto de. Ligeira Resposta. In.: O Povo. Cidade do Principe, 22 de jun. 1889, p. 3.
25
Idem.
26
Idem.
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27
NIMROD, Correspondências, In.: O Povo, Cidade do Principe, 14 de jul. de 1889, p. 03.
28
Idem.
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Por cá tem havido alegrões e tristezas, isto é, figuras que subiram, outras
que desceram; nada, bem disse um avizado: “como um dia atraz do outro”.
Consta já haver gente arrumando a trouxa, bem disse o Cap.m Felinto –
“quem solta ventos, colhe tempestades!!”29.
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31
O Povo, Principe, 24 de ago. 1889, p. 03.
32
O Povo, Principe, 21 de set. 1889, p. 01.
33
O TEMPO. In.: O Povo, Cidade do Principe, 14 de jul. 1889, p. 3.
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Conto de réis – ainda não nos disseram cousa alguma sobre o conto de réis
que denunciamos ter a commissão de soccorros desta Cidade remettido para
a eleição de 9 do passado para a Cidade do Jardim.
Esperamos, como representantes do povo, que a comissão prove o contrario
do que dissemos.
Ao contrario daremos provas em que firmarmos a nossa denuncia34.
Se essas denúncias procediam, não temos como afirmar, mas contribuía para agitar
o processo eleitoral e despertando a efervescência das paixões políticas. O resultado do
escrutínio foi bastante concorrido no colégio eleitoral da Cidade do Jardim, sendo 88 votos
para Dr. Miguel e 83 para Dr. Amaro. Esses números possibilitam perceber uma campanha
bastante equilibrada, em termos de conquista de votos entre os liberais e os conservadores,
diferente do que aconteceu em outras cidades, que apresentam diferenças numéricas
consideráveis. Nas vizinhas cidades de Acary e Principe, por exemplo, a disparidade foi
bastante expressiva, sendo 92 e 113 para Dr. Miguel e 24 e 20 para Dr. Amaro,
respectivamente nas duas cidades. Mas, o número de eleitores que comparecem para
sufragar os votos é bastante inexpressivo, o que demonstra pouca participação política da
população naquele contexto. A própria legislação limitava a participação popular nas
campanhas eleitorais. José Murilo de Carvalho informa que em 1881, a Câmara dos
Deputados aprovou uma lei que modificava o sistema eleitoral. Para esse autor “a lei
passava para 200 mil-réis a exigência de renda, proibia o voto dos analfabetos e tornava o
voto facultativo. A lei foi aprovada por uma Câmara unanimemente liberal, em que não
havia um só deputado conservador35”.
Segundo José Murilo de Carvalho, ao analisar o contexto da transição do Império
para a República no Rio de Janeiro, observa que a apatia dos cidadãos em relação a vida
política do país, “trata-se da concepção e da prática da cidadania entre nós, em especial
entre o povo. Trata-se do problema do relacionamento entre o cidadão e o Estado, o
cidadão e o sistema político e a própria atividade política” 36. Se na capital do Império era
essa a situação dos cidadãos diante da política, quanto mais no resto do país. No entanto,
34
CONTO de reis. In.: O Povo, Principe, 23 de nov. 1889, p. 2.
35
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: O longo Caminho, p. 38.
36
CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi, p. 10.
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esse autor aponta que estes “cidadãos inativos” revelavam-se de grande iniciativas e
decisão em outras ocasiões como as “organizações e festas de natureza não-política37”, em
especial as de natureza sócio religiosa, mobilizando inúmeras pessoas.
Guardando as devidas diferenças espaciais e populacionais, o ano de 1889 na Cidade
do Jardim ainda apresentou outros acontecimentos que serviram de notícia para a
imprensa jornalística. Passado o processo eleitoral e ainda permanecendo as cicatrizes da
disputa, era hora de celebrar a festa da padroeira Nossa Senhora da Conceição, no mês de
dezembro. O Padre Pinto, organizou os festejos, contando com uma grade de programação.
37
CARVALHO, José Murilo de. Op. Cit., p. 141.
38
Correspondência. In.: O Povo, Príncipe, 21 de dez. 1889, p. 3.
39
Correspondência. In.: O Povo, Príncipe, 21 de dez. 1889, p. 3.
40
Idem.
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A República foi proclamada na cidade de Jardim do Seridó quinze dias depois dos
acontecimentos na capital federal, em sessão promovida pelos vereadores, contando com a
presença de mais 29 cidadãos jardinenses, que compareceram ao ato público, assinando a
ata da sessão extraordinária. Podemos observar, pelo número de participantes que a
grande maioria da população não participava das questões políticas que culminaram com a
proclamação da República. Esse fenômeno é possível de ser observado seja em nível da
capital federal, como aponta José Murilo de Carvalho e mais ainda nas cidades do interior.
41
Acta da Sessão Extraordinária de 1º de dezembro de 1889. Livro de Actas da Câmara Municipal de Jardim
do Seridó. 1889, p. 81v.
42
Acta da Sessão Extraordinária de 1º de dezembro de 1889. Livro de Actas da Câmara Municipal de Jardim do
Seridó - 1889, p. 81v.
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43
Correspondência. In.: O Povo, Príncipe, 21 de dez. 1889, p. 3.
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Referências
AZEVEDO, José Nilton de. Um Passo a Mais na História de Jardim do Seridó. Brasília:
Gráfica do Senado Federal, 1988.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: O longo Caminho. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2002.
CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi.
São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
CERTEAU, Michel de. A Escrita da História. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.
HEINZ, Flávio M. (org.). Por outra história das elites. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
Burke, Peter. Veneza e Amsterdã: um estudo das elites do século XVII. São Paulo:
Brasiliense, 1991.
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