TC D.obrigacoes
TC D.obrigacoes
TC D.obrigacoes
TEMA:
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1. Introdução ........................................................................................................................................... 4
2. OBJECTIVOS..................................................................................................................................... 5
2.1 Geral.................................................................................................................................................. 5
2.2 Especifico.......................................................................................................................................... 5
3. Conceito Contrato ............................................................................................................................... 6
3.1 Função dos contratos......................................................................................................................... 6
4. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ...................................................................................................... 6
5. FORMAÇÃO DO CONTRATO ........................................................................................................ 7
6. CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS QUANTO A FORMA .................................................... 11
7. CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS QUANTO AO MODO .................................................... 17
8. CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS QUANTO AOS EFEITOS .............................................. 17
9. Transformação da teoria dos contratos ............................................................................................. 18
10. Conclusão........................................................................................................................................ 20
11. Referências bibliográficas ............................................................................................................... 21
1. Introdução
4
2. OBJECTIVOS
2.1 Geral
2.2 Especifico
Conceito contratos;
Conhecer os princípios fundamentais;
Saber a formação do contrato;
Conhecer a classificação dos contratos quanto a forma; ao modo e aos efeitos;
Breve noção de transformação da teoria dos contratos.
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3. Conceito Contrato
Contrato é o acordo de vontades que faz nascer obrigações fonte por excelência das
obrigações no direito é o negócio jurídico bilateral, ou plurilateral acordo das partes e sua
manifestação externa, pois depende de mais de uma declaração de vontade, que sujeita as
partes à observância de conduta idónea à satisfação dos interesses de que regularam, visando
criar, modificar, resguardar, transmitir ou extinguir relações jurídicas. é um negocio jurídico
bilateral que representa um acordo (pacto) de duas ou mais vontades, cujos interesses se
contrapõem, já que uma das partes contratantes quer a prestação e a outra a contraprestação.
O contrato é o negócio jurídico que tem por objectivo criar, modificar, transferir ou
extinguir obrigações (art. 81 do Código Civil). A função do contrato é fazer circular riquezas
através das obrigações que proporcionam a troca de bens e a prestação de serviços. Trata-se,
portanto, de um instrumento básico da autonomia privada e o pressuposto de qualquer
sistema económico. Quanto à estrutura, isto é, quanto a sua constituição, o contrato apresenta
basicamente duas partes: a) o chamado preâmbulo, onde se indicam as pessoas que
estabelecem o contrato; b) o contexto onde essas partes estabelecem as regras desse contrato
em disposições que se chamam cláusulas.
4. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
O direito contratual, isto é, o conjunto das regras jurídicas que disciplinam os contratos
no direito brasileiro é formado basicamente por normas jurídicas de natureza supletiva ou
dispositiva. Sua aplicação deve observar os seguintes princípios:
Autonomia da vontade;
Consensualíssimo;
Força obrigatória;
Boa-fé;
Relatividade nos efeitos.
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Autonomia da vontade - Significa que em matéria contratual predomina a vontade das
partes que se manifesta no poder de contratar, na escolha do contrato, na escolha do conteúdo
do contrato e na escolha da pessoa com quem contratar.
Dada autonomia é, porém, limitada pela ordem pública e pelos costumes, bem como pela
interrupção do Estado através do chamado dirigismo, que é o conjunto de meios de
intervenção do Estado no campo da autonomia privada. Essa intervenção se faz, quer através
da obrigação, quer através de possibilidade de revisão judicial dos contratos.
Consensualíssimo - Significa que na maioria dos casos basta o acordo de vontades para fazer
nascer o contrato. Somente nos contratos reais (comodato, mútuo e depósito) é necessária a
entrega de uma coisa para que o contrato exista.
Força obrigatória - Significa que, uma vez concluído, o contrato passa a ter força de lei
entre as partes contratantes.
Relatividade nos efeitos - É o princípio segundo o qual o contrato só produz efeito entre as
partes contratantes, não afectando terceiros.
Como todo ato jurídico, o contrato exige, para sua formação, determinados elementos, e para
sua validade, determinados requisitos.
Tais elementos são: manifestação de vontade, objecto e forma. E os requisitos são:
capacidade do agente, licitude do objecto e legalidade da forma.
5. FORMAÇÃO DO CONTRATO
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São inúmeras as espécies de contrato e, em especial, nas operações de compra e venda, deve-
se investigar sua natureza para fins de aplicabilidade do direito.
A compra e venda, à luz do art. 481 do Cód. Civ., é contrato pelo qual alguém se obriga a
transferir o domínio de uma coisa mediante o pagamento de certo preço. Assim, a compra e
venda, no direito brasileiro, por si só não transfere o domínio. Gerando o contrato uma
obrigação de dar consistente da transferência do domínio e o pagamento por parte do
comprador (Franco, 2014, p. 32).
Os elementos do contrato são, assim, o consentimento, a coisa e o preço (condições).
Convergindo a vontade nesses elementos, a compra e venda é perfeita e acabada, salvo se
outro condicionante foi estabelecido pelas partes.
Os contratos mercantis são destinados à consecução de negócios jurídicos frutos de
actividade empresarial. O contrato civil destina-se às actividades sem a característica da
profissional idade e da empresarial idade.
Contratos bancários envolvem relações com Instituições Financeiras. Contratos
consumeristas envolvem relação de consumo e contratos administrativos envolvem interesses
com administração pública em género.
Segundo a doutrina, as fases da formação do vínculo contratual são as seguintes (Diniz, 2006,
p. 89):
a) Negociações preliminares
Não é incomum que, antes mesmo de se firmar um contrato preliminar, as partes resolvam
demonstrar a vontade de contratação através da constituição de protocolos ou compromissos
de entendimentos que possam demonstrar um pouco de suas intenções e, ainda, possibilitar o
Início da fase de “due diligence” para as auditorias contábeis e legais, que se fazem
necessárias em certos negócios.
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Acompanham, nessa fase, compromissos de sigilo e de confidencialidade e, em alguns casos,
a exclusividade temporal para a realização do negócio. Todavia, essa é ainda uma fase não
vinculante, salvo vontade expressa em sentido contrário.
b) Contrato preliminar
c) Proposta
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d) Aceitação
e) Conclusão do contrato
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Já na relação entre ausentes, vigora, no direito brasileiro, a teoria da expedição (art. 434 do
Cód. Civ.), tornando-se o contrato aperfeiçoado, perfeito e acabado no momento da
expedição da aceitação incondicional, salvo excepções, quando então se aplica a teoria da
recepção.
Entre as excepções tem-se o fato de o proponente ter-se comprometido a esperar a resposta; o
fato de a proposta não chegar no prazo estipulado e a retractação mencionada.
a) Solene ou formal: aquele contrato que deve respeitar os requisitos estipulados em lei para
que haja sua validade.
b) Não solene ou informal: decorre da ausência de disposição legal específica, de modo a
poder ser feito o contrato de qualquer forma.
c) Consensual: são aqueles contratos que se consideram formados pela simples oferta e
aceitação.
d) Reais: são contratos em que só serão considerados firmados com da entrega da coisa
objecto do negócio jurídico, como no contrato de mútuo.
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Contratos de execução imediata, diferida e sucessiva;
Contratos civis e contratos mercantis;
Contratos preliminares e contratos definitivos.
Todos os contratos são bilaterais na sua formação, visto que exigem duas ou mais pessoas
colocadas em posições antagónicas para que se estabeleça o acordo de vontades que
caracteriza o contrato. No entanto, eles podem ser unilaterais e bilaterais, conforme produzam
efeitos para uma ou ambas as partes. São contratos bilaterais: a compra e venda, a locação, a
troca e a empreitada, o transporte, etc. São contratos unilaterais: a doação, o mútuo, o
depósito. A importância desta distinção reside no fato de que determinados institutos só
existem nos contratos bilaterais, tais como a cláusula resolutiva tácita, a execução do contrato
não-cumprido: exceptio non adimpleto contractus, os vícios redibitórios, evicção, as arras ou
sinal.
Contratos onerosos são aqueles em que existem vantagens e ónus para ambas as partes.
Contratos gratuitos são aqueles em que existem vantagens apenas para uma das partes e ónus
para outro exemplo: doação, mútuo.
Contratos consensuais são aqueles que se formam com um simples acordo de vontades.
Exemplo: compra e venda, doação, locação. Contratos reais são aqueles que além do acordo
exigem a entrega de uma coisa. Exemplo: comodato, mútuo e depósito.
Os comutativos são aqueles em que cada uma das partes conhece, no momento da
celebração, a extensão de suas vantagens e desvantagens. Contratos aleatórios são aqueles em
que, na celebração, uma das partes não sabe a extensão de suas obrigações.
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e) Contratos de execução imediata, diferida e sucessiva
Contratos preliminares são aqueles que têm por objecto a celebração de um contrato
definitivo. Já os definitivos fazem nascer, para ambas as partes, obrigações. São exemplos de
contratos preliminares: promessa de venda unilateral, opção e a promessa de venda bilateral.
3. Vícios redibitórios - são os defeitos ocultos da coisa que a tornam imprestável ou lhe
diminuem o valor.
Quanto à sua natureza, os vícios redibitórios consistem numa garantia legal aos contratos
translativos de domínio ou de uso; baseia-se no princípio da boa-fé, que deve existir entre as
partes contratantes. Os vícios redibitórios diferem do erro essencial porque este é de natureza
subjectiva, enquanto aqueles são de natureza objectiva. Além disso, os prazos prescricionais
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respectivos são diferentes. Por outro lado, a existência de erro dá origem a uma acção de
anulação do contrato, enquanto o vício redibitório dá origem à acção redibitória destinada a
desfazer o contrato, ou a uma acção estimatória destinada a pedir abatimento do preço do
objecto (art. 1.101 do Código Civil).
Para que se configure o vício redibitório é preciso que o defeito seja oculto e que exista no
momento do contrato, além de ser desconhecido pelo comprador (art. 1.106 do Código Civil).
Evicção e arras - evicção é a perda do direito de propriedade ou de posse em virtude de uma
sentença que atribui esse direito a outra pessoa. A pessoa que sofre os efeitos da evicção
chama-se evicto, e a que indevidamente lhe cause prejuízo chama-se evictor.
A evicção possibilita à pessoa prejudicada - isto é, o evicto - mover uma acção de perdas e
danos contra o evictor. Todavia, para que isso seja possível é necessário que na acção de
reivindicação o réu peça ao juiz que o processo seja comunicado à pessoa que lhe vendeu o
objecto (denunciação à lide).
O evictor é obrigado a indemnizar o evicto pelos prejuízos a ele causados com a evicção, e
que podem consistir na obrigação de devolver:
1. O preço;
2. O valor dos frutos que o evicto foi obrigado a indemnizar e ainda eventuais honorários de
advogados e custas judiciais em que o evicto possa ter sido condenado na acção de evicção
(arts. 1.107 e 1.109 do Código Civil).
Arras ou sinal são quantias dadas como presunção da realização do contrato. As arras ou
sinal consistem normalmente em dinheiro, podendo serem abatidas do preço final ou
devolvidas integralmente.
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Princípio da obrigatoriedade, segundo o qual, uma vez firmado o contrato, é de
cumprimento a obrigação para ambas as partes sob pena de a parte inadimplente
responder por perdas e danos;
Princípio da intangibilidade, segundo o qual, uma vez firmado o contrato, suas
disposições são insusceptíveis de mudança, a não ser mediante acordo de ambas as
partes através de um instrumento chamado aditamento ou termo aditivo;
Princípio da relatividade significa que, em princípio, o contrato produz obrigações
apenas entre as partes que nele intervêm. Existem, todavia, alguns contratos que são
excepção a esse princípio, como, por exemplo, a enipenação a favor de terceiro, que é
o contrato em que uma pessoa convenciona a outra determinadas vantagens a favor
de um terceiro (arts. 1.090, 1.099 e 1.100 do Código Civil).
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caso de total inadimplemento ou para o de inadimplemento relativo, isto é, atraso no
cumprimento da obrigação.
No primeiro caso chama-se cláusula penal compensatória e destina-se a substituir a obrigação
principal. Nesse caso, diz-se que a cláusula penal é alternativa, isto é, o devedor deve cumprir
sua obrigação ou pagar a cláusula penal. Todavia, o direito de escolha cabe ao credor (art.
918 do Código Civil). Cláusula penal moratória é a que se destina ao pagamento de perdas e
danos decorrentes do atraso do devedor no cumprimento de sua obrigação.
Diferentemente da cláusula penal compensatória, que é alternativa, a moratória é cumulativa,
isto é, o código permite que o credor exija o pagamento da cláusula moratória mais o da
cláusula compensatória (art. 919). O valor da cláusula penal pode igualar-se, mas não pode
ser superior ao valor da obrigação principal, com excepção do mútuo. O Decreto n.
Contrato de compra e venda é aquele em que uma das partes se obriga a transferir a
propriedade de um bem, e a outra a pagar o respectivo preço. A eficácia do contrato de
compra e venda no direito brasileiro é apenas obrigacional, no sentido de que crie apenas
obrigações, sem transferir a propriedade; esta se transfere por tradição, que nos imóveis toma
o nome de transcrição (art. 1.122 do Código Civil).
1. Bilateral;
2. Consensual;
3. Oneroso;
4. Cumulativo ou aleatório;
5. De execução imediata, diferida e sucessiva.
Como todo negócio jurídico, a compra e venda exige agente capaz, objecto lícito e forma
legal. Exige ainda, como elementos típicos, o consentimento e o preço. Além da capacidade
de fato, isto é, aptidão para a prática de actos da vida diária, a compra e venda exige também
a legitimação, que é a posição jurídica da pessoa em face de determinada relação jurídica, ou
de forma mais simples, a aptidão para a prática de determinado acto.
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7. CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS QUANTO AO MODO
a) Principal;
b) Acessório;
c) Derivado.
a) Típicos;
b) Atípicos e
c) Mistos.
De forma geral, quando encontrar resistência de outra parte e já tiver elementos necessários
para celebração do contrato principal, a parte pode exigir judicialmente a conclusão de um
contrato futuro e definitivo. Excepto se existir uma cláusula que prevê a possibilidade de
arrependimento A extinção do contrato mediante resolução tem como causa a inexecução ou
incumprimento por um dos contratantes. O inadimplemento pode ser voluntário (culposo), ou
não (involuntário). Decorre de comportamento culposo de um dos contraentes, com prejuízo
ao outro essa classificação se presta a analisar a carga de obrigações das partes no negócio
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jurídico e não o número de contratantes. Se o contrato é um acordo de vontades, por certo que
o número de contratantes deve ser no mínimo dois.
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E neste ponto, o acesso à internet como um elemento essencial ao exercício da cidadania,
juntamente com a liberdade de expressão e a privacidade, com clara contribuição para o
desenvolvimento da personalidade, formam a disciplina do uso da internet no Brasil,
reconhecendo- se não só a escala mundial da rede, no tocante à abrangência de suas
complexas relações e ramificações, como também prestigiando o princípio da livre iniciativa
e da livre concorrência no âmbito do respeito aos direitos humanos, pluralidade e diversidade.
O exercício da cidadania em meios digitais, por sua vez, junta-se aos fundamentos
relacionados à abertura e colaboração, com vistas à finalidade social da rede (Simão F., 2015,
p. 47).
O direito subjectivo clássico e inviolável e neste ambiente digital acaba por objectivar na sua
concretude a função social, afastando a vontade como a fonte absoluta de direitos para buscar
uma fonte que observe os interesses sociais e transindividuais.
As relações contratuais acabam por ser mais sutis e diversas do passado, preponderando
contratos de fato ou verbais. A aceitação cede espaço aos actos de cumprimento consistentes
da apropriação e utilização dos bens, como ocorre, por exemplo, em parte dos negócios
Jurídicos electrónicos.
Para o fomento das actividades empresariais, são utilizados contratos tipos, visando massas
específicas de pessoas no sistema de contratação por adesão.
A principiologia tem papel preponderante no auxílio do sistema interpretativo desses
contratos, sempre se observando a boa-fé de natureza objectiva, com reflexos na vontade real
do contratante e nos resultados esperados.
Formam-se, no âmbito empresarial, redes neurais de contratos ou coligação de contratos com
vistas a um objectivo negocial único de um grupo de pessoas e empresas, com desafios de
toda a ordem no sistema interpretativo da vontade e do próprio negócio jurídico.
São admissíveis negócios jurídicos de natureza processual como dispõe o art. 190 do Código
de Processo Civil, sempre na busca da eficiência sistémica e interpretativa e da restauração
do sinalagma.
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10. Conclusão
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11. Referências bibliográficas
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Rio. v. II. (Edição Histórica).
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Marco Civil da Internet: lei n. 12.965/204. São Paulo: Quartier Latin, t.
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Larenz, K. (1978) Base del negócio jurídico y cumprimento de los contratos. Madrid: Revista
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Simão F. A. Sistema interpretativo da rede conexional de contrato em ambiente de sociedade
da informação. In:
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