Descartes
Descartes
Descartes
René Descartes
Universidade Rovuma
2023
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Ana Manuel João
René Descartes
Universidade Rovuma
2023
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Índice
Introdução......................................................................................................................4
Infância e Adolescência.................................................................................................5
Pensamento Cartesiano..................................................................................................7
Principais obras............................................................................................................10
Descartes e a Filosofia.................................................................................................11
Geometria.....................................................................................................................13
Medicina......................................................................................................................15
Conclusão.....................................................................................................................16
Referencias Bibliográficas...........................................................................................17
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Introdução
O presente trabalho tem como tema a Vida e obra de René Descartes. René Descartes
(1596-1650) foi um filósofo e matemático francês. Criador do pensamento cartesiano,
sistema filosófico que deu origem à Filosofia Moderna.
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René Descarte, Vida e obra
Muito do que esta escrito sobre o início da vida de Descartes vem de uma biografia em
dois volumes, La Vie de Monsieur Descartes, escrita por Adrien Baillet em 1691.
René Descartes (1596 - 1650) foi um filósofo, físico e matemático francês. Autor da
frase: "Penso, logo existo". É considerado o criador do pensamento cartesiano, sistema
filosófico que deu origem à Filosofia Moderna.
Sua preocupação era com a ordem e a clareza. Propôs fazer uma filosofia que nunca
acreditasse no falso, que fosse fundamentada única e exclusivamente na verdade.
Infância e Adolescência
René Descartes estudou no Colégio Jesuíta Royal Henry Le Grand, que era estabelecido
no castelo De La Flèche. Sua mãe, Jeanne Brochard (1566 - 1597) morreu quando ele
tinha um ano2.
Doado aos jesuítas pelo rei Henrique IV, era o colégio mais prestigiado da França, tinha
com objectivo treinar as melhores mentes.
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https://www.ebiografia.com/rene_descartes/ acessado em 22 de Abril de 2023.
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Idem
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turma. De fato, os professores iam ainda mais longe: instituíram signos
de honra e de desonra conforme as notas que os alunos alcançavam
Atribuíam lugares na sala de aula de acordo com o ranking e, ao final do
ano, havia celebrações nas quais as escolas homenageavam publicamente
os mais bem posicionados nesse ranking “dias de premiação”, como eram
chamados. Ao final do ano, havia também exames para decidir quais
alunos seriam promovidos para a classe mais avançada.
Descartes reconheceu que lá havia certa liberdade; no entanto, no seu "Discurso sobre o
método", declara a sua decepção, não com o ensino da escola em si, mas com
a tradição escolástica, cujos conteúdos considerava confusos, obscuros e nada práticos.
Em carta a Mersenne, diz que "os Conimbres são longos, sendo bom que fossem mais
breves (crítica já então corrente, mesmo nas escolas da Companhia de Jesus).
Descartes esteve em La Flèche por cerca de nove anos (1606-1615), "Descartes não
mereceu, como se sabe, a plena admiração dos escolares jesuítas, que o consideravam
um deficiente filósofo".
Descartes tomou parte da Guerra dos Trinta Anos, combatendo sob as ordens de Tilly
na Batalha do Monte Branco, em 1621. Regressou depois à França, quando empreendeu
viagens pela Itália, Holanda e Espanha. De 1629 a 1649 permaneceu nos Países-Baixos.
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René Descartes realizou diversos trabalhos na área da filosofia, ciências e
matemática. Relacionou a álgebra com a geometria, fato que fez surgir a
geometria analítica e o sistema de coordenadas, conhecido hoje como
“Plano Cartesiano” (Duelci, 2011).
Pensamento Cartesiano
Descartes parte do ponto de vista, de que na vida se deve duvidar, por princípio, de
todas as opiniões recebidas. O fundamento de que parte não é outro senão a
autoconsciência.
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René Descartes foi considerado o pai do racionalismo e ao mesmo tempo, o fundador da
moderna metodologia da ciência em sentido crítico.
Em 1649, foi convidado para trabalhar como instrutor da rainha Cristina na Suécia,
já com uma saúde frágil. Em “O Tratado do Mundo”, uma obra de física, Descartes
aborda a tese do heliocentrismo. Porém, em 1633 abandona o plano de publicá-la,
devido à condenação de Galileu pela Inquisição. No dia 11 de Fevereiro de 1650, René
Descartes falece, acometido por uma pneumonia.
Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver
tentado abrir.”
Se quiser buscar realmente a verdade, é preciso que pelo menos um vez em sua
vida você duvide, ao máximo que puder, de todas as coisas."
Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis.”
Não há nada no mundo que esteja melhor distribuído do que a razão: toda a
gente está convencida de que a tem de sobra.”
Para examinar a verdade, é necessário, uma vez na vida, colocar todas as
coisas em dúvida o máximo possível.”
Não é suficiente ter uma boa mente: o principal é usá-la bem.”
"Penso, logo existo."
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Principais obras
René Descartes é conhecido como um pensador de grande volume
produzido. Ele realizou diversas obras de enorme importância nas áreas
de filosofia e matemática. Sua principal obra geralmente é apontada
como o livro “Meditações Metafísicas”, lançado em 1641, pois até os
dias atuais é extremamente relevante no estudo da filosofia. Sua
importância está no fato de Descartes desapegar-se do rigor
metodológico para lidar com questionamentos essenciais para o
pensamento, que vão além de concepções estruturais (Gillies, 1992).
Por isso, o filósofo sempre viveu entre a necessidade de defender suas ideias e
pensamentos e garantir que sua obra fosse suficientemente “aprazível” aos olhos da
Igreja. Exemplo disso está no fato de que o pensador retirou um de seus livros, no qual
apoiava a tese de Galileu a respeito do modelo celeste heliocêntrico. Em função destes
cuidados e da relação mais próxima com a Igreja, Descartes não chegou a ser
considerado herege durante sua trajectória.
Outras obras de enorme destaque são o “Compêndio de Música”, escrito ainda em 1618
pelo jovem filósofo, “O mundo ou tratado da luz”, “Discurso sobre o método” –
importante obra publicada em 1637, mesmo ano em que foi publicado o livro
“Geometria”, uma de suas grandes publicações no campo matemático. Além disso,
destacam-se “Princípios de Filosofia”, datado de 1641 e, no ano de sua morte, o
lançamento de “As paixões da alma”.
Geometria, 1637
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Princípios da Filosofia, 1644
Descartes e a Filosofia
Descartes propôs uma filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse totalmente
fundamentada na verdade. Sua preocupação era com a clareza. Sugeriu uma nova visão
da natureza, que anulava o significado moral e religioso da época. Acreditava que a
ciência deveria ser prática e não especulativa.
Décadas mais tarde, surgiria nas Ilhas Britânicas um movimento filosófico que, de certa
forma, seria o seu oposto, o empirismo, com John Locke e David Hume.
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Descartes criou o método da dúvida. Ao duvidar de tudo o quanto for possível,
alcançaria o conhecimento verdadeiro, algo seguro que não pode ser duvidado
(indubitável).
Inicialmente, o filósofo duvida dos sentidos, pois os sentidos podem ser fontes de
engano.
Mas, percebe que mesmo nos sonhos as regras matemáticas não são alteradas. Descartes
afirma que a matemática é um conhecimento um pouco mais puro. Entretanto, podemos
estar sob a influência de um génio maligno, um deus enganador, que nos faz acreditar
em certas coisas (por exemplo, 2 + 2 = 4 ou que um triângulo possui três lados).
Descartes convenceu-se de que a única verdade possível era sua capacidade de duvidar,
reflexo de sua capacidade de pensar.
Assim, a verdade absoluta estaria sintetizada na fórmula “eu penso”, a partir da qual
concluiu sua própria existência. Sua teoria passou a ser resumida na frase “Penso, logo
existo” (em latim, Cogito, ergo sum)3.
Ele dividia a realidade em res cogitans (consciência, mente) e rex extensa (matéria).
Acreditava também que Deus criou o universo como um perfeito mecanismo de moção
vertical e que funcionava deterministicamente sem intervenção desde então.
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Matemáticos consideram Descartes muito importante por sua descoberta da geometria
analítica. Antes de Descartes, a geometria e a álgebra apareciam como ramos
completamente separados da matemática. Descartes mostrou como traduzir problemas
de geometria para a álgebra, abordando esses problemas através de um sistema de
coordenadas.
Geometria
O interesse de Descartes pela matemática surgiu cedo, no College de la Flèche, escola
do mais alto padrão, dirigida por jesuítas, na qual ingressara aos oito anos de idade.
Mas por uma razão muito especial e que já revelava seus pendores filosóficos: a certeza
que as demonstrações ou justificativas matemáticas proporcionam. Aos vinte e um anos
de idade, depois de frequentar rodas matemáticas em Paris (além de outras), já graduado
em Direito, ingressa voluntariamente na carreira das armas, uma das poucas opções
“dignas” que se ofereciam a um jovem como ele, oriundo da nobreza menor da França.
Durante os quase nove anos que serviu em vários exércitos, não se sabe de nenhuma
proeza militar realizada por Descartes.
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Existem diversos artigos que falam sobre a origem da Geometria
Analítica, como por exemplo o artigo The Birth of the Analytic
Geometry ( FORBES, 1977). O conteúdo da Geometria pode ser
dividido em três livros. Livro primeiro: Dos problemas que
podem ser construído sem usar mais do que círculos e linhas
rectas. Livro segundo: Da natureza das linhas curvas. Livro
terceiro: Da construção dos problemas sólidos ou mais que
sólidos.
O livro I Descartes nos fala como as operações aritméticas se relacionam com operações
geométricas. Ilustra como realizar a multiplicação, a divisão e a extracção da raiz
quadrada geometricamente, isto é, com o uso de régua e compasso apenas, para tanto,
introduz o segmento unitário. Como empregar-se letras em Geometria. Como resolver
problemas geométricos ou o método de Descartes em Geometria.
Nomear: consiste em assumir que o problema já está resolvido e, a partir daí, nomear
todos os segmentos conhecidos e desconhecidos necessários para a resolução do
problema.
Euclides (322-285 a.C.) citado por Mancosu, (1996) o resolveu para três e quatro rectas.
Pappus de Alexandria o generalizou para um número arbitrário de rectas. O Problema:
Sejam dadas as quatro linhas AB, AD, EF, GH, encontrar um ponto C tal que, dados
ângulos x, y, z, t linhas podem ser traçadas de C até AB, AD, EF, GH fazendo ângulos
z, y, z, t respectivamente, tal que CB.CF = CD. CH,. Mais ainda, traçar e conhecer a
curva contendo tais pontos. Descartes inova no tratamento desse problema reduzindo-o
a duas variáveis, o que permite, atribuindo-se valores a uma delas, determinar os valores
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correspondentes da outra variável e, a partir daí, conhecer o lugar geométrico dos
pontos.
Medicina
Segundo Descartes, o corpo é formado de matéria física e, por isso, tem propriedades
comuns a qualquer matéria, como tamanho, peso e capacidade motora. Assim, as leis
que regem a física, também regem o corpo humano. Incita, assim, a separação do corpo
e da alma.
Pela linha de raciocínio mecânica da anatomia, Descartes observava que alguns robôs,
na época criados para entreter as pessoas, tinham seus movimentos realizados através de
canos por onde passava água sob pressão, fazendo com que as partes móveis dos robôs
(pernas, braços e cabeça) ganhassem movimentos que imitavam o do ser humano.
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Conclusão
René Descartes (1596 - 1650) foi um filósofo, físico e matemático francês. Autor da
frase: "Penso, logo existo". É considerado o criador do pensamento cartesiano, sistema
filosófico que deu origem à Filosofia Moderna. Sua preocupação era com a ordem e a
clareza. Propôs fazer uma filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse
fundamentada única e exclusivamente na verdade.
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Referencias Bibliográficas
Claret, Martin. (2002). O Discurso do Método. Trad. Pietro Nasseti. São Paulo.
Simons, G. F. (1987). Cálculo com Geometria Analítica. Trad. Seijin Hariki. São Paulo:
Mac Graw Books.
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