Desenvolvimento
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1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1
2. OBJETIVOS........................................................................................................................ 2
3. METODOLOGIA ............................................................................................................... 2
6. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 7
7. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................. 8
1. INTRODUÇÃO
No presente trabalho, abordamos to tema Filosofia Política, que engloba a
multiplicidade de reflexões filosóficas sobre a origem ou a organização da vida em sociedade e
as várias implicações que esse convívio impõe aos indivíduos.
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2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Falar da Filosofia Política
3. METODOLOGIA
A elaboração desse trabalho foi feita com base no Livro de Filosofia da 12 Classe
– Pré-universitário, Novo Currículo do Ensino Secundário e em Artigos publicados por meios
de escritos eletrónicos, como artigos científicos e páginas Web sites.
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É comum, na nossa sociedade, ouvir pessoas afirmar que não gostam de política.
Será verdade? O que tais pessoas entendem por política? A existência em si mostra-se
estritamente ligada à prática política. Por isso, a pior forma de fazer política é o indivíduo
procurar convencer-se de que não gosta de política. Já na Grécia antiga, Péricles, filósofo que
monopolizou a governação de Atenas durante 30 anos e aprofundou as raízes democráticas na
sua pátria, no seu discurso de celebração da guerra do Peloponeso, enfatizou que a sua cidade
deveria ser governada pela intervenção pessoal de todos os cidadãos e anatematizou quem não
partilhava dessa obrigação cívica, porquanto «um homem que não participa da política deve ser
considerado não um cidadão tranquilo, mas um cidadão inútil [...]».
Com efeito, não fazer política significa renunciar à própria vida, o que se revela, a
posteriori, falacioso, dado que existe um instinto natural de sobrevivência e que a existência
implica, necessariamente, a convivência com os outros. A convivência, por sua vez, requer o
estabelecimento de regras. A política serve para regular a convivência com os outros. Daí a
conhecida expressão aristotélica: «Todo o homem é político.>>
O termo «política» foi usado durante séculos para designar principalmente as obras
dedicadas ao estudo das coisas que se referem ao Estado (res publicam - República). Aristóteles
entendia por política o tratado sobre a natureza, funções e divisão do Estado e sobre as várias
formas de governo. Para ele, a política é a arte de governar, ou seja, a ciência do governo.
Dado o poder ser usado, além do domínio da Natureza, no domínio sobre os outros
homens, o poder é também definido como uma relação entre dois sujeitos, em que um impõe
ao outro a sua própria vontade e lhe determina o comportamento.
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Porém, como o domínio sobre os homens não é um fim em si mesmo, mas um meio
para obter vantagens ou os efeitos desejados, o poder pode ser definido como a posse dos meios
(principal- mente, o domínio sobre os outros e sobre a Natureza) que permitem alcançar
justamente vantagem sobre qualquer elemento ou os efeitos desejados.
Segundo Norberto Bobbio, existem três formas de poder: poder económico, poder
ideológico e poder político.
Os cidadãos são obrigados a obedecer pelo uso da força. Aliás, todos os grupos
sociais têm força, porém não têm o poder de a usar. Por conseguinte, o poder político é o único
que pode exercê-la sobre os outros. Assim, a sua característica fundamental não é simplesmente
a posse da força, mas a exclusividade do uso da mesma em relação à totalidade dos grupos que
actuam num determinado contexto social. Por outras palavras, o poder político é a faculdade
que um povo possui de, por autoridade própria, instituir órgãos que exerçam a governação de
um território e nele criem e imponham normas jurídicas, dispondo dos necessários meios de
coacção.
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4.2. Ciência política
A política é uma área de investigação e tem uma própria disciplina que a investiga
- a ciência política. Resta-nos agora saber o que significa ciência política. A ciência política
consiste nos estudos que se realizam sobre a análise política.
Bobbio entende-a como «tentativas que vêm sendo feitas com maior ou menor
sucesso, mas tendo em vista uma gradual acumulação de resultados e promoção do estudo da
política como ciência empírica rigorosamente compreendida»>. É o estudo científico do facto
político, isto é, consiste no estudo de todo o facto social relacionado com o acesso, a
titularidade, o exercício e o controlo do poder político.
É de notar que a Filosofia política se alimenta das práticas políticas, ou seja, dos
acontecimentos políticos levados a cabo por políticos e por aqueles que pensam o facto político.
Daí a necessidade de haver filósofos políticos em todas as fases do desenvolvimento da vida da
sociedade. A título ilustrativo, temos a problemática da origem do Estado, da sua estruturação
e da sua forma ideal, que veio à ribalta quando guerras e revoluções colocaram em questão ou
puseram fim a um Estado ou a um governo, para o substituírem por outro.
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O filósofo político é alguém que analisa criticamente a sociedade (identifica
aspectos positivos e negativos) e aponta soluções filosóficas para os problemas identificados.
Por esta razão, em algumas sociedades, o filósofo não é bem-vindo pelos governantes, pois é
considerado um perturbador da sociedade («paz dos impérios»). Como exemplo, referimos
Sócrates, que foi obrigado a beber cicuta (um tipo de veneno), no ano 399 a. C., sob a acusação
de corromper a juventude.
Segundo Giovanni Sartori (lido por Bobbio), «a Filosofia não é [...] um pensar para
aplicar, um pensar em função da possibilidade de traduzir a ideia no facto», enquanto a ciência
«é a teoria que reenvia à pesquisa, é a tradução da teoria em prática, afinal um projectar para
intervir». De forma sintética, podemos dizer que a relação existente entre a Filosofia política e
a política é análoga à da ética e da moral, sendo que a primeira é uma reflexão sobre a segunda.
5. ÉTICA POLÍTICA
O problema que aqui vamos discutir prende-se com a possibilidade de aliar a ética
à prática política. Os homens estabelecem relações sociais que compreendem a organização do
poder. A articulação entre o dever e o poder ajuda-nos a compreender a relação entre o acto
moral e a política. E assim podemos perguntar-nos: será que a política age de acordo com as
normas morais? Em quase todas as sociedades parece haver uma aceitação de que o político
pode comportar-se à margem da moral; que o que não é permitido na sociedade em geral, é,
pelo menos, tolerável quando se trata de um político.
Norberto Bobbio afirma que «o problema das relações entre moral e política faz
sentido apenas se concordarmos em considerar que existe uma moral e se aceitarmos, na
geralidade, alguns preceitos que a caracterizam [...]».
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6. CONCLUSÃO
Há mais de dois mil anos, reflexões sobre o relacionamento humano e sua forma de
fazer política fazem parte de nossas vidas. O passar dos anos e o acúmulo de reflexões
contribuíram para o enriquecimento do tema. No entanto, desde a Grécia Antiga os temas são
praticamente os mesmos, o relacionamento humano, a participação política, a legitimação e a
justificação do Estado e também do governo. Várias escolas de pensamento filosófico se
seguiram, como, por exemplo, o Liberalismo e o Socialismo, que são perspectivas antagônicas
e muito presentes nos debates e nos confrontos ideológicos a partir do século XIX.
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7. BIBLIOGRAFIA
▪ GEQUE, Eduardo; BIRIATE, Manuel. Pre-Universitario-Filosofia 12: Filosofia
Política. 1. ed. Avenida 24 de Julho, nr. 776, Maputo, Moçambique: Longman, v. I,
2010.