Museu de Ciências e Tecnologia Da PUCRS - Porto Alegre - RS

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Museu de Ciências e Tecnologia da


PUCRS - Porto Alegre/RS
4–5 minutos

DNA é uma sigla em inglês para ácido desoxirribonucléico,


ADN em português. O DNA é uma macromolécula, assim
classificada devido a seu tamanho e sua elevada massa
molecular. Essa molécula enorme é formada por outras
menores, os nucleotídeos, que, por sua vez, são constituídos de
outros três tipos de moléculas: um fosfato, um açúcar e uma
base nitrogenada. O fosfato possui átomos de fósforo e de
oxigênio em sua molécula e está ligado ao açúcar, que ocupa a
região central no nucleotídeo. A molécula de açúcar do DNA é a
desoxirribose, composta por átomos de carbono, oxigênio e
hidrogênio. As bases nitrogenadas – adenina, guanina, citosina
e timina – são formadas por átomos de nitrogênio, carbono,
hidrogênio e oxigênio. Estão na outra extremidade do
nucleotídeo e se alternam ao longo de toda a cadeia de DNA.
Essa molécula estruturada em dupla hélice é uma das mais
impressionantes moléculas biológicas e já inspirou a arquitetura
de pontes, edifícios e muitos outros objetos.

Esta ponte em Marina Bay, Cingapura, possui design em


formato de dupla hélice, inspirado na famosa estrutura do DNA.
O edifício AgoraGarden, em Taipei, Taiwan, também foi
inspirado na molécula de DNA. (Acessar a referência)

A descoberta do DNA foi um marco na história da ciência, pois


é a macromolécula que, em forma de sequências genéticas (os
chamados genes),  carrega todas as características de um ser.
O conjunto de genes de um indivíduo forma o seu genoma.  A
sequência de DNA completa de cada genoma é única e
funciona como uma “ carteira de identidade” de cada ser
vivo. Rosalind Franklin,cientista da Universidade de Cambridge
e do King’s College de Londres,  estava desenvolvendo uma
pesquisa sobre estruturas moleculares, referente a porosidade
do carvão, que foi muito útil na Segunda Guerra Mundial.
Depois disso, Rosalind decidiu observar melhor outras
estruturas. Foi quando, em meados de 1951, ela descobriu que
a molécula de DNA apresentava duas formas e não apenas
uma, como antes se acreditava. Com a técnica de cristalografia
de raios-X, que servia para criar imagens de elementos
microscópicos, conseguiu fotografar essa estrutura nova, onde
apareciam as duas hélices do DNA, assim como a conhecemos
hoje. Esse registro ficou conhecido como Photo 51.

Imagem de Rosalind Franklin durante uma análise de seu


estudo sobre estruturas moleculares. (Acessar a referência)

O biólogo Maurice Wilkins, que trabalhava no mesmo


laboratório de Rosalind, de posse da descoberta, mostrou a foto
para James Watson e Francis Crick, cientistas que também 
buscavam desvendar a estrutura do DNA. Por volta de 1953,
James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkings, anunciaram a
descoberta da dupla hélice de DNA e acabaram recebendo todo
o crédito. Rosalind decidiu mudar sua pesquisa para outra área,
desta vez ligada aos vírus, por acreditar que os três cientistas já
tinham feito a grande descoberta.
Na época em que Rosalind atuava, a sociedade era ainda mais
preconceituosa, e não reconhecia o papel de destaque da
mulher, tanto na ciência como em várias outras áreas. Alguns
anos depois, Rosalind Franklin veio a falecer, vítima de um
câncer muito agressivo no ovário. Somente décadas após sua
morte, ela foi reconhecida por seu estudo e por sua grande
descoberta. Em 2015, foi homenageada em uma peça de teatro
escrita por Anna Ziegler, que contou sua história nos palcos. O
espetáculo recebeu o nome de Photograph 51.

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