Caderno de Estudos
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CADERNO DE ESTUDOS
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO
1 HISTÓRIA DA PRODUÇÃO
1.1 Produção Artesanal
1.2 Advento da Revolução Industrial
1.3 Teorias Administrativas
2 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
2.1 Componentes da Produção
2.2 Gestão de Pessoas
2.3 Arranjo Físico
2.4 Gestão de Resíduos
3 MÉTODOS DE PRODUÇÃO
3.1 Just in Time
3.2 Kanban
3.3 MRP – Material Requirements Planning
3.4 OPT – Optimized Production Technology
4 ESTUDOS DE DEMANDA
4.1 Tipos de Demanda
4.2 Métodos de Influência de Demanda]
4.3 Métodos de Previsão de Demanda
6 GESTÃO DA QUALIDADE
6.1 Metodologias
6.2 Custos de Qualidade
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APRESENTAÇÃO
Assistentes de produção podem trabalhar em qualquer tarefa de teor produtivo em uma indústria, fábrica ou
empresa. Organizações de pequeno, médio ou grande porte necessitam da mão de obra de assistentes e
auxiliares. Pessoas nesses cargos cumprem papéis essenciais para garantir o rendimento e o funcionamento
das linhas de produção, já que o foco é a execução e o trabalho manual. Entrar no mercado de trabalho sendo
assistente de produção é uma oportunidade interessante para quem não tem tantos anos de estudo nem
experiência profissional.
As atividades de um assistente de produção podem variar conforme o segmento de mercado no qual o negócio
está inserido, qual o seu produto final e sua forma de trabalho. Há algumas funções básicas e comuns a todos,
entretanto, que independem do ramo. Leia abaixo algumas atribuições que você poderá exercer nesse cargo:
O ramo industrial no Brasil vem crescendo e se ampliando cada vez mais e a demanda por mão de obra
também cresce. Assistentes de produção estão presentes em qualquer indústria de produtos, de máquinas,
materiais e equipamentos diversos. A versatilidade desses profissionais e o crescimento fabril brasileiro são
elementos que fazem essa profissão possuir um mercado de trabalho bastante atrativo.
Como já dissemos, assistentes ou auxiliares de produção podem atuar em indústrias de diferentes tipos e
portes. Desde a menor fábrica local até uma indústria multinacional. Os ramos são os mais diversos.
Trouxemos aqui as diferentes áreas industriais e alguns exemplos do que faz cada uma.
Indústrias de base
Também chamadas pesadas ou de bens de produção, são responsáveis por extrair a matéria-prima bruta da
natureza (madeira, petróleo, minérios, etc.) e processá-la em materiais e equipamentos para serem usados em
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outros ramos fabris. Por isso o nome indústria de base, pois servem de base para as outras. Nesse nicho se
encontram as metalúrgicas, siderúrgicas, petroquímicas, madeireiras, etc.
Indústrias intermediárias
São onde se produzem bens manufaturados (aqueles fabricados em grande quantidade, de forma padronizada
e em série) que servirão de base para outras indústrias. Como exemplos temos as fábricas de peças de
automóveis, motores, componentes eletrônicos, produtos químicos, papel e celulose, borracha, plásticos, etc.
Esse ramo se divide entre bens duráveis como eletrodomésticos, eletrônicos, móveis, veículos, entre outros.
Bens de vida intermediária como telefones, roupas, sapatos, louças, etc., e bens não-duráveis, ou seja,
perecíveis e que possuem um prazo de validade curto como alimentos, remédios, produtos de higiene,
cosméticos, etc.
Indústrias de ponta
Nesse nicho já é necessário mão de obra com maior qualificação, pois seu foco é a mais alta tecnologia.
Geralmente seus cargos são mais bem remunerados e concorridos.
Para ingressar nesse setor como assistente de produção será necessária alguma especialização ou experiência
na área provavelmente. São exemplos de indústrias de tecnologia de ponta as de informática,
telecomunicações, biotecnologia, produtos eletrônicos, aeroespacial, aviação, entre outros.
Como em qualquer outra área profissional, ter certas habilidades e competências afins com o cargo em questão
são de fato um verdadeiro bônus para você. Por isso, separamos alguns atributos importantes dentro do que
faz um assistente de produção, confira:
Por vezes, saber a diferenciação entre auxiliar e assistente pode não ser tarefa fácil e os dois cargos podem
causar certa confusão. Assistentes de produção são encarregadas de funções parecidas com as de auxiliares,
porém, uma das principais diferenças é que assistentes costumam ter uma remuneração maior pelo fato de
normalmente possuírem nível técnico. Inclusive, existem cursos próprios para qualificação no cargo.
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Para exercer o cargo de auxiliar de produção, não se necessita alguma formação específica, o ensino médio
completo basta geralmente. Podemos concluir que ambos desempenham funções muito semelhantes e o que
realmente diferencia auxiliares de assistentes no mercado de trabalho é a remuneração.
Iniciar em uma empresa como assistente ou auxiliar de produção pode ser uma ótima forma de começar
seu ingresso no mercado de trabalho. Com a experiência obtida, você saberá na prática como funciona o
processo de fabricação da indústria em questão. Se algum dia decidir mudar de área, a "bagagem" adquirida
durante o período pode favorecer você na hora conseguir outra vaga, e quem sabe uma melhor remuneração.
Se você pretende alavancar sua profissão e continuar na área, aposte em cursos profissionalizantes próprios
para a indústria ou que lhe ajudem a entender o funcionamento de certas máquinas ou tecnologias, por
exemplo. O SENAI — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial — é outro exemplo de onde você pode
se capacitar.
Se você deseja uma remuneração mais alta, entretanto, procure por especializações. Cursos superiores que
mais possuem afinidade com a área são a Administração, Logística, Gestão da Produção Industrial
e Engenharia de Produção.
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1 HISTÓRIA DA PRODUÇÃO
Antes do surgimento das fábricas o artesanato era o principal meio de organização do processo produtivo de
utensílios básicos utilizados no cotidiano, tais como móveis, ferramentas e roupas. Os artesãos conheciam
todas as etapas de fabricação de uma mercadoria: compravam a matéria-prima, confeccionavam o produto e
vendiam-no. A produtividade dependia do ritmo e da habilidade do artesão. Por isso, o artesanato não garantia
uma produção volumosa. Ainda convivemos com esse tipo de produção, porém, o artesanato voltou-se para a
produção de artigos de luxo, peças artísticas e de decoração etc.
No século XV, desenvolveu-se o sistema doméstico: o artesão recebia encomendas de homens de negócio
para produzir certas peças. Estes empresários forneciam a matéria-prima, pagavam o artesão e revendiam o
produto final.
Mesmo trabalhando no sistema doméstico, o artesão ainda mantinha grande autonomia, pois conhecia todas
as etapas de produção da mercadoria e controlava o tempo necessário para a execução de cada tarefa.
Os novos processos de organização das fábricas e da força de trabalho implantados pela Revolução Industrial
com sua maquinofatura provocaram mudanças de fácil percepção: Nestes sistemas o artesão deixou de ser o
dono dos instrumentos. O local de trabalho passou a ser nos galpões das fábricas e os trabalhadores passaram
a ceder a sua força de trabalho em troca de um salário.
Nesta obra abaixo vemos o cenário anterior, quando um artesão e sua esposa trabalhavam em uma oficina
doméstica. Podemos perceber que há uma criança no cesto e outra brincando ao lado enquanto os pais
trabalham. O sistema doméstico de produção não separava a vida familiar das tarefas do trabalho. A moradia
se confundia com o local do trabalho.
“A oficina de um tecelão”, pintura de Gillis Rombouts, 1656. Museu Frans Hals, Holanda.
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O Controle na Produção Fabril
A manufatura surge no mesmo período, quando estes empresários começam a agrupar os artesãos em grandes
galpões para controlar melhor a produção. Neste sistema a produção era dividida em diferentes etapas, cada
qual realizada por um trabalhador, contando com o auxílio de ferramentas e algumas máquinas simples.
Imagem de uma oficina que fabricava botas e que estava organizada a partir da divisão do trabalho.Fonte: VICENTINO, Cláudio.
Projeto Radix: história. 8º. ano. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2012. p. 104.
A mudança radical que ocorreu na Inglaterra entre 1780 e 1840 trouxe a produção mecanizada, também
conhecida como maquinofatura. Buscaram uma saída para aumentar a produtividade sem depender do
conhecimento do artesão sobre o processo de produção: a máquina.
Os equipamentos movidos pela força da máquina a vapor inventada por James Watt em 1760 substituíram o
trabalho humano em atividades repetitivas ou que exigiam o uso da força humana ou pela tração de animais.
Nascia ali a produção em série e a organização da força de trabalho na planta de produção com (longas)
jornadas definidas e funções especializadas.
A tarefa do trabalhador era alimentar a máquina, controlar sua velocidade e zelar por sua manutenção. A
principal consequência dessa organização foi a dependência do homem em relação à tecnologia. O trabalhador
deixou de ser o dono dos instrumentos de trabalho e perdeu o conhecimento que tinha de todo o processo de
produção.
A imagem abaixo representa uma tecelagem na Inglaterra. Na Gravura de 1833 está o registro do ambiente
industrial que foi revolucionário para a época.
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Fonte da imagem: BRAICK, Patrícia Ramos. Estudar história: das origens do homem à era digital. 1. ed. Moderna, 2011.
Havia grande concentração de riquezas nas mãos da burguesia inglesa, resultado de seus ganhos com
as atividades mercantilistas;
A partir do século XVII a Inglaterra controlava a oferta de manufaturados nos mercados coloniais;
Desde a Revolução Gloriosa de 1688, ocorrida na Inglaterra, governo inglês apoiava efetivamente a
busca do lucro privado pelos comerciantes;
A evolução contínua no campo da ciência e da tecnologia permitiu o desenvolvimento de máquinas cada vez
mais eficazes na produção em série e nas formas de domínio humano sobre as fontes de energia. Este ciclo
contínuo provocou nas décadas de 1850 a 1870 um novo salto, denominado A Segunda Revolução Industrial.
A Revolução Industrial é um evento ainda em curso. A tecnologia da produção não para de avançar, tornando
a fabricação de bens de consumo uma tarefa cada vez mais mecânica e menos humana.
Ao longo do tempo, diversas teorias da administração surgiram para buscar encontrar a melhor forma de gerir
uma organização. Embora cada uma tenha vantagens e desvantagens, todas contribuíram de certa forma para
o conhecimento geral de gestão que temos hoje. Portanto, é importante conhecer um pouco sobre as
abordagens, afinal, quem sabe você pode tirar uma ideia de como melhorar algum aspecto na empresa em que
você trabalhar?
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Administração Científica
A Administração Científica foi um conjunto de regras e sistemas com o objetivo de aumentar a produtividade
dos colaboradores, utilizando como base métodos científicos (por isso, o nome da teoria).
Em uma metodologia científica, os processos são sistematizados seguindo um padrão. Nesse caso, a intenção
era trazer essa abordagem para as fábricas e padronizar as etapas e tarefas dos operários, além de determinar
um prazo de execução e processos de produção.
Esse modelo foi introduzido por Frederick Taylor (1856-1915) entre o final do século XIX e o início do século
XX e intensamente aperfeiçoado e aplicado por Henry Ford (1863-1947) em sua linha de montagem de
carros. Para você ter uma noção, o tempo de produção de um carro era de 500 minutos no final do século XIX
e, nas fábricas da Ford em 1909, o tempo estimado era de 2 minutos.
Logo, o modelo se expandiu para outros mercados e ficou conhecido como Organização Racional do Trabalho.
Como o nome indica, essa teoria da administração buscava organizar o trabalho de forma racional,
aproveitando ao máximo a disponibilidade do funcionário. Contudo, essa metodologia apresentou os seus
problemas. Ela encarava o funcionário como se fosse uma máquina, focando apenas na parte operacional, o
que acaba provocando diversas doenças ocupacionais e outros desafios.
Teoria Clássica
A Teoria Clássica foi o método que enfatizou a necessidade de uma estrutura organizacional. Surgiu logo em
seguida à Teoria Científica e ganhou notoriedade na Europa com o francês Henri Fayol (1841-1925). Nessa
metodologia, todos os colaboradores possuem funções e cargos bem definidos, seguindo um padrão vertical,
com uma hierarquização. Nesse caso, os funcionários deveriam obedecer às ordens dos superiores.
Na prática, é uma teoria bem prescritiva e formal, na qual os trabalhadores deveriam seguir uma série de
normas da gerência e respeitar a hierarquia.
Teoria Burocrática
Criada pelo sociólogo alemão Max Weber (1864-1920), a Teoria Burocrática é um método que consiste na
estruturação formal da empresa. Nesse caso, burocracia não é no sentido de “chato” ou trabalhoso como
conhecemos. A intenção é evitar que a organização faça escolhas ou cumpra atividades com base na
arbitrariedade. Portanto, deve-se definir as atividades e orientações formalmente, ou seja, por escrito. É preciso
redigir u m documento com todas as informações referentes a regras e funções para evitar confusões ou
problemas de comunicação.
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Segundo Weber, a corporação deveria apresentar alguns princípios:
Direitos e deveres precisam ser bem definidos conforme cada cargo;
Deve-se contratar funcionários seguindo uma igualdade técnica, ou seja, com base na competência
técnica;
Em caso de exercício de posições e funções parecidas, deve ocorrer a equiparação salarial;
Promoções ocorrem apenas mediante normas e critérios objetivos, sem considerar favoritismo ou
relações pessoais.
De maneira geral, o foco é tornar a gestão da empresa a mais organizada e objetiva possível.
Quase uma década após o desenvolvimento das teorias de Administração mais voltadas para a produtividade
da empresa, as relações humanas finalmente ganham o foco. Nesse modelo, os elementos psicológicos e
sociológicos dos colaboradores mostram a sua importância no ambiente de trabalho. Desse modo, pautas como
motivação, trabalho em equipe, comunicação e democracia ganham mais notoriedade, já que os líderes
percebem que a satisfação dos colaboradores é fundamental para a produtividade e os resultados da
organização.
Desse modo, a dinâmica de trabalho passa a ser menos formal e mecânica. A liderança, por sua vez, é mais
participativa e carismática.
Assim como a anterior, essa é uma das teorias de Administração voltadas para as pessoas. Nesse caso, o
comportamento do colaborador ganha o interesse dos psicólogos e especialistas.A Teoria Comportamental da
Organização é um termo guarda-chuva para uma série de teorias, sendo as principais:
Teoria de Maslow (1943): mostra a hierarquia de necessidades humanas — fisiológica, segurança,
social, autoestima e autorrealização;
Teoria dos dois fatores (1959): segundo o psicólogo americano Frederick Herzberg (1923-2000), os
fatores higiênicos e motivacionais são as que influenciam na conduta profissional no trabalho.
Teoria X e Y (1960): desenvolvida pelo economista americano Douglas McGregor (1906-1964), traz
as duas perspectivas (lazer x obrigação) dos colaboradores em relação ao trabalho.
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Teoria Contingencial
A Teoria Contingencial é uma abordagem que estudou todas as teorias de administração anteriores e chegou
à surpreendente conclusão: não existe um único modelo ideal. Pesquisadores como Alfred D. Chandler (1918-
2007) defendiam que a organização é um sistema aberto e não existe apenas uma maneira de geri-la. É preciso
adaptar conforme diferentes cenários e perfis.
Por exemplo, grandes redes de fast food, como a Subway e o McDonald’s, mesmo mantendo os valores e
forma de produção em suas milhares de unidades, adaptam-se também às mudanças culturais e perfil da
população. Além disso, a Teoria Contingencial considera as mudanças da tecnologia e como a administração
deve utilizá-la ao favor da organização.
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2 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
A produção é definida como um processo de criar e preparar ou dar sequência nas coisas, mais usado na
economia, para falar de bens de consumo. Diante desse cenário, aqui separamos tudo o que você precisa saber
sobre o conceito, função e os tipos mais importantes. Afinal, garantem aquilo que a sociedade precisa ou
deseja, desde a criação de peças customizadas, até bens de consumo, como carros e eletrônicos. Vamos lá!
A produção é definida como uma atividade ou processo que garante que um serviço, produto ou mesmo objeto
seja feito/produzido. Portanto, dá origem a alguma coisa. Inclusiva, a palavra veio direto do latim, onde
significa “fazer aparecer”. Mas vale dizer que sempre é usada nesse processo de dar origem, fabricar ou mesmo
produzir. Geralmente, usado no aspecto de lucro. Mas, também pode ser usado sem a ideia de obter dinheiro.
Por exemplo, uma criança pode produzir um cartão para algum familiar, com o intuito de presentear ou mostrar
amor e importância. A partir disso, o conceito de produção também está atrelado ao verbo produzir. Neste
caso, envolve o processo de fabricação ou criação. Popularmente, essa ideia é usada nos campos e terrenos,
quando a produção garante que algo cresça ali (como frutos).
Já na economia, a palavra produção significa criar e processar bens ou mercadorias. Portanto, começou a ser
usado em maior escala com a Revolução Industrial. Afinal, foi quando esse movimento de criar (em várias
etapas) ganhou força. Justamente por isso, a produção é um dos termos mais importantes da economia
brasileiras.
Aqui, engloba não apenas o processo dos campos, que obtém frutos, mas a criação de gado e de demais itens.
Desde a antiguidade, existem diversos modos de produzir coisas. Como o método escravista, feudal, socialista
e capitalista. Esse último baseado na propriedade privada, bem como nas relações de produção assalariadas.
A atividade de produção é tudo aquilo que envolve criar/produzir alguma coisa, bem como a distribuição,
trocas e consumo. Por isso, envolve serviços e bens de consumo. Com isso em mente, essas atividades são
voltadas para disponibilizar aquilo que o consumidor precisa. Tudo isso dividido em níveis.
Enfim, quaisquer atividades que façam a troca ou tenha dinheiro envolvido, pode ser caracterizada como de
produção. Além disso, definimos a atividade de produção como aquelas ações que tem algum nível de esforço
humano. Logo, esse esforço garante a obtenção de renda/dinheiro/riqueza ou a satisfação pessoal, o que
também inclui a supressão das necessidades.
Isso porque, existem meios que são escassos e/ou limitados. Um exemplo clássico de atividade de produção
são os funcionários de uma fábrica ou indústria. Afinal, eles “trocam” sua ação (trabalho) pelo salário. Da
mesma maneira, os donos ou empregadores atuam nessa atividade de produção, já que pagam outras pessoas
para produzir/vender coisas.
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Qual é a função da produção?
Conforme os dicionários, a principal função da produção é gerar algum tipo de lucro e/ou retorno. Para isso,
faz a reunião de recursos que poderão ser transformados em serviços e bens. Mas, é importante considerar um
pouco mais esse termo. Assim, a função está ligada a quantidade de coisas que podem ser produzidas a partir
do que há disponível. Como tecnologias, maquinários e matéria.
Se pensarmos na área de produção como um processo que cuida de serviços e produtos, a função também
engloba a seguridade e garantia de preservação ou futuro. Por fim, nas empresas, a função da produção está
intrinsecamente ligada a todos os planos e estratégias de uma empresa ou organização. Com isso, traz algumas
responsabilidades. Como a rapidez de produção e qualidade, flexibilidade, confiabilidade e custo.
Os processos de produção são caracterizados como o conjunto de atividades ou etapas que compõem uma
operação. Essas são feitas de forma sucessiva, uma após a outra, para chegar ao resultado. Além disso, envolve
o prazo e a qualidade. Por exemplo, para produzir um tapete de crochê. O processo de produção engloba a
obtenção da matéria-prima (fios), tratamento desse material e armazenamento, até chegar na prateleira do
supermercado.
Assim, um artesão consegue comprar, fazer o tapete e vende-lo. Simultaneamente, esse processo considera
quais são as características do mercado. Assim, consegue atender demandas especificas, para uma oferta de
alto valor. Porém, para que isso ocorra, todo o processo deve estar devidamente alinhado, evitando crises e
problemas, atrasos, comprometimento de material ou desabastecimento.
Junto a isso, há um crescimento contínuo das empresas em relação a exigência do público, que busca inovação
continuamente. Tudo isso impulsiona novas tecnologias e modelos de gestão. Aqui, podemos destacar alguns
específicos, vamos lá:
Por isso, dizemos que são processos específicos. Em alguns casos, há processos ou projetos que são similares,
mas não exatamente iguais. Aqui também há uma demanda por resultados mais efetivos e personalizados,
maior liberdade e alto desempenho.
Produção de jobbing
No processo de produção de jobbing também se destacar o baixo volume, mas a variedade é mais elevada.
Diferentemente do anterior, aqui há um compartilhamento de recursos. Como uma divisão das matérias-primas
para produção de peças.
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Entre as vantagens desse processo está a flexibilidade, variedade de produtos oferecidos e trabalho de alta
qualidade. Entre os setores que atuam dessa forma estão os serviços médicos, restaurantes, consultorias e
transportes.
Produção em lote
A produção em lote é um processo com uma variedade baixa de produtos, mas com uma enorme quantidade
de peças. Por isso, é comum no setor de roupas e calçados. Esse tipo de produção é essencial para suprir a
necessidade do mercado. Sendo usados diferentes equipamentos e maquinários, acessórios e ferramentas e
diferentes pessoas (mão-de-obra).
Uma grande vantagem desse tipo de produção é que um mesmo produto pode ser produzido em lote agora,
mas também no futuro. Elevando a capacidade de produção e evitando a escassez do mercado.
Processo em massa
Por fim, a produção em massa é uma das mais conhecidas a partir da Revolução Industrial. Aqui se encaixam
os produtos fabricados em alta escala. Ou seja, uma variedade baixa e uma enorme quantidade.
Nesse tipo de processo há um padrão a ser seguido. Por isso, é comum a automação de produção, baixa ou
nenhuma diferenciação, com maior volume que o de lotes. Dessa forma, os setores mais comuns aqui são os
de eletrodomésticos e automóveis.
São chamados de fatores de produção o conjunto de elementos considerados indispensáveis para a produção
dos produtos e serviços. É a partir da reunião de todos os fatores que se cria o que conhecemos como cadeia
produtiva, visto que sem eles é impossível se entregar qualquer bem.
Os fatores de produção são compostos, segundo o conceito inicial, por três itens: o capital, a terra e o trabalho.
Cada um deles possui as suas características particulares, mas entende-se que compartilhem entre si três
atributos principais: a adaptabilidade, a complementaridade e a substitutibilidade.
Cada uma delas coopera para que os fatores de produção figurem como um elemento central dentro da teoria
econômica. Isso porque são considerados o centro das próprias relações de consumo e conforme elas avançam,
surgem defensores da extensão do termo fatores de produção para contemplar elementos como a própria
tecnologia da qual já dispomos no século XXI.
Como já te contamos, os fatores de produção são compostos por três elementos principais: o capital, a terra e
o trabalho.
A Terra
Nessa categoria estão contidos todos os recursos naturais utilizados no processo produtivo: do solo arado na
agricultura ao algodão da indústria têxtil, passando pela água contida no refrigerante e pela eletricidade que
movimenta o maquinário. Todo e qualquer meio proveniente da natureza e aplicado na produção é atualmente
considerado dentro do grupo “Terra”.
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O Capital
A definição mais básica da aplicação do capital na cadeia produtiva é como um bem usado para produzir
outros bens. Portanto, não somente o dinheiro é considerado como “Capital”. O parafuso que compõe o carro,
a máquina que mistura os ingredientes na indústria alimentícia, o prédio onde a fábrica está abrigada, o veículo
que transporta as cargas ou ara a terra no campo. Todos são exemplos de Capital, quando o assunto são fatores
de produção.
O Trabalho
Dedicado inteiramente à atividade humana, o “Trabalho” congrega todos os tipos de esforço (físico ou mental)
que o ser humano emprega para produzir. Desde o gerente que passa longas horas a pensar em estratégias para
o seu setor até o trabalho braçal que opera máquinas, todas as pessoas economicamente ativas, ao
desempenharem as suas funções estão se transformando em um fator de produção.
Como podemos perceber, cada um dos fatores possui as suas particularidades. Mas você sabia que eles também
partilham características em comum?
Adaptabilidade
Também chamada de versatilidade, essa é a característica dos produtos que podem ser multifuncionais. Esse
é o caso, por exemplo, da água (fator “Terra”). Com a água, é possível realizar o preparo de um alimento, a
confecção de uma embalagem e a limpeza de produtos. Tudo dependendo, portanto, da conveniência do
produtor.
Complementaridade
Como o próprio nome indica, a complementaridade representa a capacidade dos fatores de se tornarem
interdependentes em uma determinada função - para que um seja empregado, é necessária a presença do outro.
E não há forma mais simples de explicar o conceito do que a utilizada por Chaplin em Tempos Modernos. No
filme, os funcionários (fator “Trabalho”) são utilizados como operadores do maquinário (fator “Capital”) de
uma empresa: sem o trabalhador, a máquina não cumpria a sua função; sem a máquina, entretanto, não havia
sequer função para o trabalhador.
Escassez
Seguindo na onda cinematográfica, se há algo com o que a Disney nos presenteou no estudo dos fatores de
produção é o filme Wall-e. Nele, os seres humanos deixam a Terra depois de terem esgotado todos os recursos
naturais disponíveis. Mas se engana quem pensa que, no processo produtivo, apenas o que vem da natureza é
finito.
Na verdade, todos os fatores possuem um limite de uso, um ponto de escassez. Assim como a água não é a
infinita, o número de cidadãos economicamente ativos não o é - imagine então o capital, que é apenas um bem
e depende também dos outros fatores para ser fabricado.
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Substitutibilidade
Ao se falar da substitutibilidade, muito se cita o papel da tecnologia na substituição do trabalho humano na
cadeia produtiva e esse é mesmo o melhor exemplo, presente de forma corriqueira no nosso dia a dia, para
indicar essa capacidade que os fatores possuem de serem substituídos por outros (mesmo que apenas de forma
parcial).
Todo processo produtivo tem diversos componentes, que podem ser divididos em intrínsecos, que fazem
parte das questões internas da produção, ou extrínsecos, que são questões externas. Como exemplo,
podemos citar:
Fatores Intrínsecos
Matéria prima
Insumos
Mão de Obra
Luz
Arranjo Físico
Equipamentos
Fatores Extrínsecos
Economia
Influências climáticas
Política
Sazonalidades
Em geral, os fatores intrínsecos afetam o dia a dia da produção, enquanto os fatores intrínsecos tendem a
afetas a demanda pela produção.
A produção engloba uma série de fatores e etapas capazes de satisfazer as necessidades humanas. Não apenas
aquelas básicas da sociedade, como o alimento, mas também as demais, como roupas e itens decorativos.
Como há diversos meios de produzir coisas, há vários modos de estabelecer relações humanas, processos e
social. Segundo Marx, a produção envolve as etapas desse processo e não apenas o item final ou a quantidade.
Então, a produção pode envolver a terra e a água, entre outros recursos naturais, massa também recursos
manuais (mão de obra), industrial (máquinas), etc.
Uma indústria pode ter o melhor maquinário, contar com o sistema de automação mais atualizado e uma
estrutura tecnologicamente perfeita, porém, nada disso vale se não houver uma excelente gestão de pessoas.
É claro que contar com recursos é fundamental, mas é o capital humano que impulsiona a indústria, gerando
aumento de produtividade e lucratividade.
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O que é gestão de pessoas?
Todo negócio começa com pessoas. São também elas que administram o negócio, controlam operações,
mantém clientes e são responsáveis pelo faturamento da empresa. Para que elas atinjam expectativas, é
necessária uma estrutura que forneça condições de executar suas atividades de forma eficiente. Sabendo disso,
a gestão de pessoas pode ser definida como um conjunto de técnicas que tem como objetivo potencializar cada
funcionário. Essas práticas servem para que líderes conduzam suas equipes para apresentar o melhor
desempenho.
Quando falamos da gestão de pessoas, se avalia a trajetória de um funcionário dentro da empresa desde o
momento da sua contratação. Isso quer dizer que, para atingir os melhores índices de produtividade e
lucratividade, deve-se selecionar o perfil ideal logo na entrevista. Isso diminuirá a rotatividade de
colaboradores e fará com que se mantenham motivados ao longo de sua carreira.
No setor de produção de uma indústria, a gestão de pessoas pode trabalhar a harmonia das relações, reduzindo
a pressão diária e a competitividade entre os colegas ao estabelecer um ambiente de respeito entre as diferenças
religiosas, sociais e étnicas. Afinal, conflitos desse tipo podem prejudicar o clima organizacional e os
resultados do negócio.
Está claro que a gestão de pessoas preza pelo bem-estar e um bom ambiente de trabalho. Por isso, ela está
pautada em alguns pontos fundamentais:
1. Motivação
O primeiro pilar é a motivação, responsável por manter os colaboradores engajados com o negócio. Quando
desmotivados, a produtividade diminui e acarreta um efeito dominó na empresa, fazendo com que outros
problemas se iniciem.
2. Comunicação
A comunicação deve ser transparente e eficaz, a começar pelo líder que precisa ser acessível. Além disso, todo
o time precisa se sentir à vontade para trocar informações sobre o desempenho do trabalho. Além de garantir
bem-estar entre as pessoas, o diálogo tem o papel importantíssimo de evitar erros e retrabalho.
3. Coletividade
Deve ser incentivado todo tipo de trabalho em equipe, afinal, diferentes visões tendem a gerar soluções mais
adequadas. Para isso, os funcionários precisam ter um bom relacionamento, que pode ser construído em
confraternizações, dinâmicas e outros.
4. Compatibilidade
Existem inúmeros tipos de perfis profissionais e cada um se adapta melhor a determinados cargos ou culturas.
Por isso, é importante analisar se um colaborador é compatível com seus valores e com a equipe na hora da
sua contratação. Dessa forma, o bem-estar da empresa e do novo funcionário são garantidos.
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5. Treinamentos
Treinamentos são uma das formas de valorizar o profissional e capacitá-lo para entregar resultados de alta
performance. Ao fazer isso, ambas as partes poderão desfrutar de melhorias na produção.
7. Envolvimento
É comum confundir o envolvimento com a participação, mas esse aspecto é voltado a fazer com que o
profissional se sinta importante e responsável pela indústria. Aqui, deve ser construído o desejo de “vestir a
camisa”, alinhado com os valores e missão da empresa.
O primeiro passo é colocar os 7 pilares em prática na rotina de gestão de pessoas. Depois, é necessário investir
em lideranças competentes para engajar a equipe. Um líder ideal deve:
Um bom líder é como uma “abelha rainha”: desperta o melhor de cada indivíduo visualizando o sucesso
coletivo. Ele também precisa ser humilde sobre os seus conhecimentos de duas formas:
Facilidade de relacionamento: ter boa habilidade nas relações interpessoais, facilidade de negociação,
comunicação e motivação de equipes, além de calma para lidar com conflitos e situações inesperadas.
DNA da empresa: compartilhar os valores da empresa, incorporando seus valores da organização, combater
maus hábitos e vícios que impedem o crescimento da organização.
Quando uma empresa valoriza seu capital humano, apostando na gestão de pessoas, ela se desenvolve
rapidamente e se destaca no mercado. Além de melhorar a produtividade e a lucratividade do negócio, ela
também melhora a qualidade de vida de todo o seu quadro.
O processo de produção vai desde a entrada dos recursos que serão transformados até a saída do produto. A
seguir, abordamos as principais decisões dentro das empresas que requerem o auxílio da administração da
produção.
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Planejamento da capacidade da fábrica para o futuro
A obtenção de mais recursos ou a diminuição da equipe para o futuro deve ser analisada e antecipada de acordo
com uma previsão de necessidade da capacidade produtiva. A decisão de aumentá-la ou não deve ser tomada
com base nos conhecimentos sobre a produção. Alguns exemplos incluem:
Muitas vezes, as decisões precisam ser tomadas hoje para garantir o futuro da empresa daqui a um, cinco ou
dez anos. Essas definições estratégicas têm, naturalmente, uma grande inércia e dependem de grande esforço
para serem estabelecidas. De qualquer forma, elas precisam ser tomadas hoje, mesmo que o impacto seja
sentido apenas a longo prazo.
Falaremos agora um pouco sobre alguns dos principais desafios pelos quais a empresa passa para promover a
melhor gestão de pessoas. Além, claro, de algumas formas de lidar com essas situações.
Infelizmente, não há uma solução mágica aqui. Apesar das inconveniências, pode ser necessário reestruturar
a empresa e seus processos internos, mas isso gera um retorno bem positivo a longo prazo, pois tudo passa a
fluir melhor e sua equipe terá o ambiente ideal para cumprir suas tarefas diárias.
Os líderes devem dar o exemplo, demonstrando interesse e benefícios da gestão de pessoas, assim como aplicá-
la no dia a dia. Sendo assim, todo investimento em gestão de pessoas na indústria deve envolver também os
líderes de cada equipe.
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Para que estes programas tenham sucesso, é necessária uma postura ativa do setor de Recursos Humanos. Sem
a participação destes profissionais, não é possível implementar estas práticas de forma organizada. É neste
setor que são criados os treinamentos e orientações a serem adotados pelas demais áreas.
Por serem profissionais com alto desempenho, é natural que eles tenham mais opções na hora de seguir suas
carreiras, então eles vão escolher negócios com um ambiente de trabalho menos estressante e mais engajador.
Pode ser difícil promover estas condições no começo, mas logo você verá o reflexo positivo que esse
investimento traz para sua equipe.
Uso ineficiente da tecnologia
Por fim, mas não menos importante, é claro o impacto que a tecnologia digital teve na indústria, mudando
seus processos e promovendo cada vez mais agilidade. Porém, ela também adicionou mais um fator a ser
levado em conta na elaboração dos seus procedimentos, o que complica bastante o trabalho de planejamento
e preparação da equipe.
Mais uma vez, não há uma solução imediata e simples para isso. A empresa precisa encontrar conhecimento,
atualizar seus recursos e instruir a equipe sobre como utilizar corretamente essas ferramentas. Também é
interessante aprimorar sua área de suporte, investindo na formação da sua equipe e contratando novos
profissionais.
Para que os processos dentro de uma empresa ocorram com maior fluidez, diversos fatores devem ser levados
em consideração, uma vez que eles influenciam de forma significativa no trabalho de todos e também
no alcance dos resultados extraordinários. Assim, questões como estrutura física da empresa, equipamentos,
mobiliário, softwares utilizados pelos colaboradores, disposição dos ambientes, entre muitas outras são
essenciais para que todos sintam-se plenamente confortáveis para uma execução de atividades cada vez mais
assertiva e eficiente.
O arranjo físico está relacionado ao posicionamento físico dos recursos transformadores de uma organização,
ou seja: as instalações, equipamentos e pessoas que trabalham na empresa. O seu objetivo é permitir o melhor
desempenho dos colaboradores e dos equipamentos, de forma que o trabalho flua de maneira simples e fácil.
Um planejamento de arranjo físico malfeito pode afetar toda a capacidade e produtividade da organização,
causando interrupções no processo, podendo ocorrer também falhas no estoque e atrasos nas entregas dos
pedidos.
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Tipos básicos de arranjo físico
Neste caso, os pacientes são encaminhados a determinada área de processo, de acordo com suas necessidades.
Vantagens do arranjo por processo:
Aumento da flexibilidade;
Diminuição do transporte do material;
Diminuição dos estoques.
Vale destacar que o tipo de arranjo físico adotado pode impactar significativamente nos custos da operação
produtiva, causando muitos prejuízos quando é ineficiente e favorecendo a produtividade quando bem
aplicado.
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Vantagens de um bom arranjo físico
Quando bem escolhido o arranjo físico pode trazer uma infinidade de benefícios para empresas e profissionais,
uma vez que melhora o ambiente de trabalho como um todo e a produtividade dos colaboradores, que passam
a sentir-se cada vez melhores na organização, contribuindo, assim, para o sucesso dos negócios.
Veja a seguir quais são as vantagens existentes ao se utilizar um bom arranjo físico:
Conforto
O primeiro ganho que se tem ao contar com um arranjo físico verdadeiramente eficiente é o conforto que ele
proporciona aos colaboradores da empresa. Isso porque ao ser implementado os profissionais terão um
ambiente de trabalho mais ventilado, iluminado e agradável, algo que contribui significativamente para uma
performance de excelência e qualidade de vida no trabalho.
Acessibilidade
A adoção de um destes modelos de arranjo físico contribui para que todas as máquinas da empresa, por
exemplo, estejam dispostas em um nível de acessibilidade suficiente para a plena utilização dos colaboradores,
bem como para a limpeza e manutenção, o que torna tudo muito mais fluído dentro da organização.
Espaço
Outro benefício com o qual se pode contar com a implementação de um planejamento de arranjo físico é o
melhor aproveitamento do espaço que se tem dentro da empresa, já que suas diretrizes servem justamente para
orientar empresários, gestores e profissionais de RH a como devem dispor de equipamentos e mobiliários, por
exemplo, para que assim tudo fique melhor e mais fácil de ser acessado, bem como mais harmonioso.
Flexibilidade
Além destes ganhos que compartilhei até aqui, outro que se tem é com relação à flexibilidade dentro da
empresa. Isso porque, conforme o tempo vai passando, é preciso que os arranjos sejam alterados a longo prazo,
na medida em que as necessidades da operação mudam, sendo assim, o arranjo físico escolhido precisa contar
com este fator, para que assim possa trazer verdadeiros benefícios e vantagens a todos.
Segurança inerente
Dentro das empresas, algo com o que todos nós devemos contar é com um ambiente verdadeiramente seguro,
em todos os aspectos, para que assim possamos desenvolver um trabalho de real excelência.
Neste sentido, quando se escolhe um arranjo adequado é possível contar, por exemplo, com sinalizações
adequadas, com saídas de emergência, entre outros fatores, que trarão mais tranquilidade aos colaboradores e
todos que façam parte do ambiente.
Extensão do fluxo
Os processos organizacionais são verdadeiramente beneficiados com a implementação de um arranjo físico.
Isso acontece, pois o fluxo de informações e materiais passa a atender ao objetivo da operação que está sendo
realizada, o traz uma melhora significativa e uma fluidez maior para as atividades desempenhadas.
Clareza de fluxo
Todo fluxo deve ser sinalizado de forma clara para os colaboradores, pois somente assim estes terão a
oportunidade de realizar um bom trabalho, que realmente atenda às expectativas da empresa, bem como as
suas próprias em suas carreiras.
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Como pudemos acompanhar ao longo de todo este conteúdo, todo e qualquer tipo de empresa precisa contar
com um destes modelos de arranjo físico para melhorar, não só a produtividade de sua equipe, mas também
para trazer melhorias para o clima organizacional como um todo e, com isso, ter a oportunidade de se destacar
no mercado em que atua.
Assim também, muitos destes relacionam-se entre si. Logo, é possível notar que tais benefícios não se aplicam
isoladamente, mas sim de forma simultânea.
A princípio, a análise do arranjo físico ou análise de layout pode ser entendida como qualquer estudo realizado
com o objetivo de dimensionar o arranjo físico ideal para um ambiente específico. Embora conceituando-se
desta forma a realização de uma análise de layout pareça simples, tal dimensionamento pode se mostrar
um processo crítico, que demanda investimento de capital e tempo.
Para a elaboração de uma análise de layout coerente, alguns parâmetros iniciais devem ser observados como
ponto de partida para o planejamento do arranjo físico de um local. Dentre eles, podemos listar os seguintes:
Finalmente, após o estudo de tais fatores e entendimento dos requisitos básicos do dimensionamento do
arranjo físico em questão, parte-se para a elaboração do projeto de layout. Para esta etapa serão necessárias
informações importantes sobre o processo produtivo, tais como:
Volume de produção;
Volume de pessoas que ocuparão o ambiente;
Tipos de processo produtivo utilizados;
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Listagem dos equipamentos produtivos que comporão o layout.
Enfim, como saída do projeto de layout teremos a definição do tipo de arranjo físico adequado para o local
analisado, o posicionamento ideal do maquinário e equipamentos, juntamente com os fluxos de pessoas e
materiais.
A Gestão de Resíduos Sólidos demonstra ser uma aliada das empresas para eliminar os impactos negativos
que os resíduos causam, principalmente os associados à destinação final incorreta. Pensando em uma gestão
de resíduos eficiente apresentamos a vocês um guia completo para otimizar a gestão de resíduos dentro da sua
empresa.
O alto consumismo nos dias atuais tem gerado uma carga extremamente elevada de acúmulo de resíduos
sólidos, que muitas vezes são despejados diariamente no meio ambiente sem nenhum tratamento causando
consequências graves para a saúde humana e a conservação da natureza. Adotar ações para reverter esse
quadro se faz mais que necessária, principalmente pelas empresas, pois elas são as responsáveis por produzir
uma quantidade expressiva de resíduos.
A falta de gestão de resíduos sólidos dentro de um empreendimento pode conduzir aos seguintes problemas,
entre vários outros:
Para a empresa:
multas elevadas e sanções ambientais;
escândalos por casos de poluição ao meio ambiente;
imagem negativa da empresa;
impedimento de novas parcerias comerciais devido à falta de responsabilidade ambiental;
impedimento das operações relativa a falta de gestão de resíduos segundo as leis e normas
propostas pelo Governo e pelas entidades responsáveis:
Para o meio ambiente:
contaminação do solo com fungos e bactérias;
contaminação das águas de chuva e do lençol freático;
aumento da população de ratos, baratas e moscas, disseminadores de doenças diversas; aumento
dos custos de produtos e serviços;
entupimento das redes de drenagem das águas de chuva;
assoreamento dos córregos e dos cursos d’água;
incêndios de largas proporções e difícil combate; destruição da camada de ozônio etc.
Diante disso, e por determinação legal é relevante realizar a gestão de resíduos dentro da organização. A
legislação que rege a gestão adequada de resíduos é a Política Nacional de Resíduos Sólidos, através da Lei
nº 12.305/2010 do Ministério do Meio Ambiente.
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De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), a gestão de resíduos deve
garantir o máximo de reaproveitamento e reciclagem e a minimização dos rejeitos. A lei determina que cada
gerador é responsável pelos resíduos gerados e, que devem ser segregados na fonte geradora.
Para fazer gestão de resíduos as empresas devem seguir a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução,
reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos
rejeitos. A gestão de resíduos na empresa tem a finalidade de diminuir a quantidade de materiais e incentivar
o seu reaproveitamento. Além de melhorar a sua imagem junto a clientes, acionistas, governo e população.
Também, minimizam acidentes ambientais, riscos de contaminação e proliferação de doenças. E o mais
importante à gestão aumenta os ganhos econômicos, pois são reduzidos custos com matéria prima ao
reaproveitar os resíduos e custo com o seu descarte final.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS - institui a responsabilidade compartilhada entre o Poder
Público, o setor empresarial e toda a coletividade. Cada gerador, o que inclui fabricantes, importadores,
distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos
na logística reversa, é responsável pelos resíduos gerados, seja em casa ou na empresa.
Para cumprir as diretrizes da PNRS os geradores devem minimizar a geração de resíduos e promover o
máximo reaproveitamento e reciclagem garantindo a destinação final ambientalmente adequada.
Fazer Gestão de Resíduos a princípio pode parecer ser complicada, burocrática ou cansativa, principalmente
na etapa de classificação e caracterização do resíduo, porém é essencial para a sua empresa e pode minimizar
impactos ambientais e passivos, evitar prejuízos financeiros e preservar a imagem da empresa.
A gestão de resíduos é uma oportunidade das empresas ganharem dinheiro com a compra e venda de resíduos.
Através de uma das ferramentas da gestão, a coleta seletiva eficiente, permite a separação dos materiais
recicláveis de qualidade que podem ser comercializado. Além disso, identifica deficiências do processo
produtivo, reduzindo desperdícios e custos, aumentando a lucratividade dos negócios e contribuindo para
o desenvolvimento sustentável. Contribui para uma imagem positiva diante de seus clientes, parceiros e a
comunidade local, além da garantia do cumprimento dos requisitos legais, minimizando os riscos de multas e
punições.
Atualmente, existem algumas plataformas que conectam as empresas que têm o interesse de vender e comprar
resíduos. Como por exemplo, a plataforma Mercado de Resíduos. Ela cria oportunidades e otimiza a gestão
de resíduos sólidos das organizações para melhor aproveitamento e destinação. Ao otimizar a gestão de
resíduos a empresa preverá metas de redução de resíduos. Com a otimização da gestão de resíduos a
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quantidade de resíduos reduz consideravelmente. Consequentemente os custos associados para destinação
final ambientalmente correta se reduzem também.
A PNRS determina que os resíduos sejam armazenados e acondicionados de forma correta, evitando assim os
seus impactos negativos. Para se adequar não é raro empresas alugarem ou construírem novos espaços
exclusivos para o armazenamento dos resíduos. O que pode significar grande parcela dos custos. Outro gasto
oneroso é com o descarte em aterros. Assim, reduzir os resíduos promove redução dos custos no
armazenamento e no descarte promoção da organização e liberação de espaço;
Uma organização que não realiza a gestão dos seus resíduos sólidos perde muitas oportunidades,
principalmente de realizar negócio com novos clientes. Também, para aquelas empresas que desejam
implantar um Sistema de Gestão Ambiental com a ISO 14001, norma da ABNT, não consegue a certificação
por não atenderem os quesitos da norma. Vale lembrar que é crime ambiental causar poluição ou danos à
saúde humana, à fauna e a flora, com pena de reclusão de um a cinco anos além das demais penalidades civis
e administrativas se forem despejados resíduos sólidos sem o adequado tratamento. Portanto, há várias
vantagens para a empresa que realiza a correta gestão de resíduos. Fazer a gestão de resíduos é uma chance
de promover a qualidade da separação e da comercialização dos materiais, reduzindo as possibilidades de
danos ao meio ambiente e à saúde pública.
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Como montar o plano de gestão de resíduos industriais
A gestão de resíduos é um conjunto de atividades, que inclui a elaboração do plano de gestão de resíduos
industriais. A elaboração de um plano pelas empresas é obrigatória, como determina a Lei nº 12.305/2010 que
institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. E, demonstra as maneiras ambientalmente corretas com
relação ao manuseio dos resíduos desde as etapas de geração, acondicionamento, armazenagem, transporte,
tratamento, reciclagem e destinação.
Um dos grandes desafios da produção industrial é continuar a gerar receitas com o menor impacto possível e
com uma quantidade mínima de resíduos que prejudicam o meio ambiente e a saúde pública. No entanto,
desenvolver a gestão de resíduos industriais reduz essa quantidade e incentiva o seu reaproveitamento. Então,
vamos descobrir as dicas infalíveis para elaborar um Plano de Gestão de Resíduos Industriais.
Na fase de diagnóstico é identificado os pontos fortes e os mais deficientes, como também onde são necessárias
as implantações de melhorias na gestão de resíduos industriais. O diagnóstico deverá ser realizado para todos
os tipos de resíduos (perigosos, não perigosos, inertes e não inertes). Através da NBR-10.004, norma
da ABNT, é possível classificar e caracterizar os resíduos industriais, que devem ser segregados, tratados e/ou
destinados adequadamente de acordo com suas propriedades.
Para realizar um diagnóstico representativo a empresa deverá levantar em consideração os seguintes dados:
quantidade de resíduo industrial gerado;
principais processos geradores;
transporte adequado para esses resíduos conforme ANTT 5232;
área de transbordo em caso de derrame;
disposição;
gastos e investimentos;
mão de obra envolvida;
equipamentos.
2º. Verificar as exigências legais
Os planos de gestão de resíduos industriais são exigidos e regulamentados pelos órgãos ambientais dos
municípios e deve seguir o plano diretor municipal de responsabilidade pelo manejo de resíduos. A elaboração
do plano é muito importante para empresas conseguir a liberação de alvarás de funcionamento em alguns
municípios. O documento comprova que a empresa tem a capacidade de gerenciar e fazer o correto descarte
de resíduos gerados durante o seu funcionamento, além de garantir a destinação final de seus resíduos sem
comprometer o meio ambiente. Não possuir um plano de gestão é uma falha passível de multa e pode acarretar
também em pena de reclusão de até 3 anos.
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f. ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento incorreto ou
acidentes;
g. metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos;
h. ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
i. medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos industriais;
j. periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o prazo de vigência da respectiva licença de
operação a cargo dos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente.
O prazo do plano de gestão de resíduos industriais é de aproximadamente 10 anos, diante disso é essencial
que as metas e os indicadores sejam ambiciosos, sendo que são fundamentais para a promoção da saúde
pública e da preservação do meio ambiente.
O PGRI, nada mais é que um documento técnico que deve identificar o tipo e a quantidade de resíduos gerados
e indica formas ambientalmente corretas para o manejo, acondicionamento, transporte, transbordo, tratamento,
reciclagem, destinação e disposição final desses resíduos.
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