Lógica e Raciocínio
Lógica e Raciocínio
Lógica e Raciocínio
Proposições Matemáticas,
Conectivos e Condicionais
Chamamos de proposição toda oração declarativa que pode ser classificada como verdadeira
ou falsa. Sendo assim, uma proposição:
Possui sujeito e predicado;
Não é uma oração interrogativa ou exclamativa.
Além disto, toda proposição satisfaz os seguintes princípios:
Princípio da Não Contradição: Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao
mesmo tempo.
Princípio do Terceiro Excluído: Uma proposição ou é verdadeira ou é falsa, não há uma
terceira possibilidade.
Na primeira temos que a sentença não possui um predicado, a segunda é uma oração
interrogativa, e na terceira não temos como classificar a sentença como verdadeira ou falsa, pois
depende do valor de x.
A partir de uma proposição p podemos construir uma nova proposição, chamada de
negação de p, denotada por ~p, cujo valor lógico é sempre o oposto da proposição original p.
Exemplos de negação:
Conectivos são símbolos lógicos utilizados para gerar novas proposições a partir de uma
proposição inicial.
Exemplo:
p: O número 7 é primo.
q: O número 2 é par.
p ∧ q: O número 7 é primo e o número 2 é par.
p: 5>7
q: 5≠2
p ∧ q: 5>7 e 5≠2.
Uma conjunção p ∧ q é verdadeira somente se p e q são ambas verdadeiras. Se pelo menos uma
destas sentenças possuem o valor lógico como falso, então a conjunção é falsa. Com isto, a
conjunção do primeiro exemplo é verdadeira, enquanto a do segundo exemplo, é falsa.
Exemplo:
p: 2 é um número primo.
q: 2 é um número composto.
p ∨ q: 2 é um número primo ou um número composto.
p: 10 é um número ímpar.
q: 4 é um número primo.
p ∨ q: 10 é um número ímpar ou 4 é um número primo.
Uma disjunção p ∨ q só será falsa se ambas as proposições p e q forem falsas. Se pelo menos
uma delas for verdadeira, então o valor lógico da disjunção é verdadeiro. No exemplo anterior,
temos que a primeira disjunção é verdadeira, enquanto a segunda disjunção é falsa.
Existe outro modo de gerar novas proposições a partir de duas proposições iniciais, utilizando os
símbolos lógicos condicionais.
A condicional p q terá o valor lógico como sendo falso somente quando p é uma proposição
verdadeira e q é uma proposição falsa. Do contrário, a condicional será verdadeira. No exemplo
anterior, a primeira condicional é verdadeira, e a segunda, falsa.
Atividade Extra
Leitura do Capítulo 1 do livro Introdução à Lógica, de Irving M. Copi.
Referência Bibliográfica
Iezzi, Gelson Carlos Murakami. Fundamentos de Matemática Elementar, 1: Conjuntos, Funções.
9ª edição. Editora Atual. São Paulo, 2013.
COPI, Irwing M. Introdução à lógica. Editora Mestre Jou. São Paulo, 2001
Alencar Filho, Edgard de. Iniciação a Lógica Matemática. Editora Nobel. São Paulo, 2002.
Tautologia e Relações
Lógicas
Uma tautologia é uma proposição composta logicamente verdadeira, isto é,
quando seu valor lógico é sempre verdadeiro.
Exemplo: p∨~(p ∧ q)
Exemplo: p∨~(p ∧ q)
Exemplo: q∧~q
Exemplo: (p ∧ q) ∧ ~(p ∨ q)
Exemplo: (p → q) ∧ p ⇒ q
Sentenças Abertas e
Quantificadores
Uma sentença aberta p(x) é aquela cujo valor lógico depende de
uma variável x (ou mais de uma). Por exemplo:
p(x): x + 1 = 7
Para x = 6 é verdadeira, mas para x = 5 é falsa.
p(x,y): x, y ∈ R e x > y
Para (x, y) = (2, 1) é verdadeira, mas para (x, y) = (0, 5) é falsa.
(∀x ∈ N) (x + 5 = 7)
“Para todo número natural x, temos que x + 5 = 7.”
Valor-lógico: Falso.
∀y ∈ R, y² + 1 > 0
“Para todo número real y, temos que y² + 1 > 0.”
Valor-lógico: Verdadeiro.
2z > z, ∀z∈N
“O dobro de z é maior do que z, para todo número natural z.”
Valor-lógico: Verdadeiro.
Se p(x) é uma sentença aberta em A, então o quantificador a
torna uma proposição (∀x ∈ A) (p(x)).
Se Vₚ = A, a proposição é verdadeira;
Se Vₚ ≠ A, a proposição é falsa.
(∃ x ∈ N) (x + 5 = 7)
“Existe um número natural x tal que x + 1 = 7.”
Valor-lógico: Verdadeiro.
∃ y ∈ R; y² + 1 < 0
“Existe um número real y tal que y² + 1 < 0.”
Valor-lógico: Falso
∃ z ∈ Z; 2z < z
“Existe um número inteiro z tal que o dobro de z é menor do que z”
Valor-lógico: Falso
Se Vₚ ≠ Ø, a proposição é verdadeira;
Se Vₚ = Ø, a proposição é falsa.
(∃! x ∈ N) (x + 5 = 7)
“Existe um único número natural x tal que x + 1 = 7.”
Valor-lógico: Verdadeiro
∃! y ∈ R; y² + 1 < 0
“Existe um único número real y tal que y² + 1 < 0.”
Valor-lógico: Falso
∃! z ∈ Z; 2z < z
“Existe apenas um número inteiro z tal que o dobro de z é menor do
que z."
Valor-lógico: Falso
Atividade extra
Referência Bibliográfica
Iezzi, Gelson Carlos Murakami. Fundamentos de Matemática
Elementar, 1: Conjuntos, Funções. 9ª edição. Editora Atual. São
Paulo, 2013.
~(p ∧ q) ⇔ ~p ∨ ~q
Exemplos:
p: 2 é um número par.
q: 2 é um número primo.
q: Ir ao cinema.
~(p ∨ q) ⇔ ~p ∧ ~q
Exemplos:
p: 2 é um número par.
q: 2 é um número primo.
q: Ir ao cinema.
~(p → q) ⇔ p ∧ ~q
Exemplos:
q: Ir ao cinema.
~(∀x)(p(x)) ⇔ (∃x)(~p(x))
Exemplos:
p(x): x+7=1.
Exemplos:
p(x): x+7=1.
Atividade extra
Referência Bibliográfica
Iezzi, Gelson Carlos Murakami. Fundamentos de Matemática
Elementar, 1: Conjuntos, Funções. 9ª edição. Editora Atual. São
Paulo, 2013.