Bebidas-Não Alcoolicas
Bebidas-Não Alcoolicas
Bebidas-Não Alcoolicas
alcoólicas
CADERNO PEDAGÓGICO - PROGRAMA LEARNING FOR LIFE
PARA ALUNOS
3. Aprendizagens desejadas
O programa irá abranger diversas áreas para que você saia do programa capacitado:
• Comunicação
• Boa Memória
• Organização
• Empatia
• Postura Positiva
• Conhecimentos e habilidades técnicas específicas da carreira de bartender.
tome nota
TOME NOTA, pois todos os ingredientes citados aqui são fundamentais para um bar.
1.1 Água:
A água é um dos ingredientes mais comuns no serviço de bar e merece
atenção redobrada.
Certifique-se de ter sempre água limpa e filtrada em seu bar, seja para
produzir ingredientes ou mesmo para servir aos seus clientes e equipe de
serviços.
Oferecer água aos seus clientes durante sua estadia em seu estabelecimento,
não só contribui para uma experiência aliada ao consumo responsável, como
também para elevar o ticket médio da casa.
Learning for Life | Bebidas não Alcoólicas 4
1.2 Sucos:
Sucos são insumos utilizados em praticamente todos os bares.
Já no início do século XX, as Soda Fountains migraram dos balcões das farmácias para as
lanchonetes, e conforme a tecnologia evoluía, surgiu a tampa de metal em formato de coroa e as
garrafas de vidro, o que possibilitou às pessoas levarem os refrigerantes para consumo em suas
casas. Em geral, refrigerantes são bebidas não alcoólicas com alta concentração de corantes e
conservantes, além do açúcar. São compostos por água, gás (CO2) e o xarope de sabor escolhido
pelo fabricante.
Nos refrigerantes do tipo pre mix, a água gaseificada e o xarope são misturados pouco antes de
serem engarrafados, este é o processo das latas e garrafas.
Já no caso do post mix, temos um processo semelhante aos das antigas Soda Fountains, onde
a água gaseificada e o xarope são misturados na hora. Este é sistema utilizado pelas máquinas
de refrigerantes e, por ser feito no momento em que são servidos, temos a sensação de que
refrigerante de máquina tem mais gás do que os refrigerantes em latas ou garrafas. Da mesma
maneira, a diluição e a sensação de um refrigerante mais “aguado” podem ser perceptíveis para
alguns.
O chá mais famoso do mundo é oriundo da planta Camellia Sinensis, que nos dá o conhecido chá
verde, preto ou o Oolong. Vale destacar que quando falamos de chá verde, branco ou outros tipos,
estamos nos referindo a diferentes períodos de oxidação das folhas de Camellia Sinensis. Pontuar
este detalhe é importante, pois, para alguns especialistas em chás mais conservadores e puristas,
apenas o chá oriundo da Camellia Sinensis pode ser chamado de chá.
Já o chá em saquinhos como vemos hoje foi uma invenção de norte-americanos e com o passar
dos tempos e a difusão da cultura de chás, vemos cada vez mais blends de folhas distintas, flores,
frutos e outros chás surgindo, assim como versões industrializadas feitas para consumo imediato,
servidos em garrafas e latas.
1.5 Café
Assim como no caso dos chás, o café também possui larga
história e nos traz infinitas possibilidades em termos de
aplicação. A profundidade de assuntos e conteúdos em torno do
café e suas aplicações são tantas que existem cursos específicos
para a profissionalização e atuação apenas com cafés.
O café, que no serviço de bar pode ser visto como mais um ingrediente,
encontrado em receitas clássicas como o Irish Coffe, o Espresso Martini de Dick
Bradsell e os clássicos Black Russian e White Russian, pode ser muito mais
explorado.
Saiba que o Brasil é um dos países que mais produz, exporta e consome café
no mundo, e caso você queira aumentar as suas chances na área de bares, é
importante aprender também sobre café, seus diferentes métodos de extração,
resultados e até mesmo as diferenças entre grãos, torra e outras informações.
Os grãos do tipo Arábica tendem a ter menor concentração de cafeína e os cafés obtidos deste tipo de
grão são alguns dos mais finos do mundo.
Já o grão do tipo Robusta tem como característica um café mais amargo e com alta concentração de
cafeína.
Dentro de cada um desses estilos de grão existem uma infinidade de características que podem vir ainda
do solo, clima e forma que o café foi plantado, colhido e como será utilizado após torrado e moído.
Veja aqui alguns dos métodos mais comuns e um pouco de suas características:
• Café espresso: o mais popular de todos os métodos de extração nas cafeterias, feito em máquinas
onde o café, antes de ser extraído, é submetido a pressão. Resulta em um café mais denso,
consistente e mais forte do que o café coado, que teêm contato com a água por mais tempo.
• Café de coador: o grão de café é moído e colocado em um coador de papel ou pano. A água é
despejada sobre o café e esse contato extrai as notas de sabor, cor e aroma do café.
A temperatura da água também é fator de influência sobre o sabor final do café. O ponto mais
recomendado é no início da formação das bolhas da água ao fogo, e não em seu ponto de fervura
máxima. O controle da temperatura da água é importante para concentrar e realçar as notas de
aroma e sabor do café escolhido.
Atualmente existem diversos tipos de coadores baseados no método que ficou conhecido como
Melitta e se tornou popular em todo o mundo.
• French Press: a origem deste método gera debates quanto a datas e locais devido aos seus
registros, e apesar do nome french, pode ser considerado um método franco-italiano. Trata-se de
uma jarra que possui um êmbolo com uma peneira, responsável por separar o pó de café da água
após a extração. Por não usar energia ou filtros, é tida como uma das opções de preparo de café
mais ecológicas. Além do design especial das jarras, este método se difere dos outros por utilizar
imersão, e alguns consideram seu resultado mais interessante, por permitir total controle entre o
tempo de contato do pó de café com a água.
O café extraído com a french press resulta em um café mais encorpado, obviamente com sabor não
tão acentuado como no caso do espresso, porém, com alta concentração de sabor.
• Cafeteira Italiana (Moka): este método ficou extremamente popular em todo o mundo muito
pelo design da tradicional cafeteira. Basicamente falando, temos uma cafeteira dividida em dois
compartimentos, onde na parte inferior colocamos água e o pó de café no filtro de metal. Quando a
água entra em ebulição, o café é produzido e transportado para o recipiente de cima. Este método
resulta em um café mais amargo e pode ter também um pouco de pó na bebida final.
Neste método, a maioria dos baristas utiliza grãos com moagem média
ou mais grossa, e deixam o café em contato com a água por um período
entre 12 horas e 24 horas.
Ao término do processo de infusão, o café é coado e servido.
Este é um método interessante para bares, pois por ser servido gelado
oferece mais possibilidades na confecção de coquetéis.
Mesmo que agora que você já saiba um pouco mais sobre as formas de
se produzir café, não pense que os estudos acabaram.
Além dos métodos acima, onde diversos fatores influenciam o resultado final, temos ainda a adição
de cafés com leite, além de formas distintas de trabalhar o leite, seja vaporizado ou transformado
em creme. Daí surgem cafés como o capuccino, o “pingado”, o macchiato e muitos outros. Isso
sem falar no que os baristas denominam como latte art, que são figuras e formas desenhadas no
café usando o leite e sua espuma, que não só encantam os olhos como tornam o café muito mais
especial.
Aprofunde seus estudos e descubra mais sobre o universo do café, assim você conseguirá explorar
melhor as possibilidades com este ingrediente em suas receitas.
1.6 Xaropes:
Os xaropes, ou syrups, são extremamente populares nos bares e
suas aplicações são variadas. Assim como no caso dos sucos, você
pode utilizar xaropes artesanais ou industriais.
E que outros tipos de agente dulçor você poderia utilizar para produzir
xaropes?
Do mel ao néctar de Ágave, indo até o xarope de maple, muitos agentes
dulçores podem ser utilizados, logo, use a imaginação na hora de
desenvolver seus xaropes.
Por fim, nunca descarte as possibilidades de xaropes industriais em seu bar, pois alguns xaropes
como o Orgeat e o Fallernum, utilizados na coquetelaria Tiki, são caros de se produzir, dependendo
da região do país em você atua. Além disso, são trabalhosos para serem incluídos na operação
diária, por isso, será que uma alternativa industrializada seria de todo ruim?
Sem falar no padrão que os xaropes industriais oferecem, por serem feitos sob rigorosos
processos. Por isso temos a certeza de que sempre, desde que dentro da validade, estes xaropes
terão o mesmo sabor e não vão desconfigurar a receita.
O universo de mixers é enorme e quanto mais você dominá-lo, sejam os produzidos por você ou
industrializados, certamente terá mais opções na hora de desenvolver receitas. Lembre-se que, ao
utilizar um mixer, é importante conservá-lo sempre bem gelado, pois a baixa temperatura prolonga
a vida útil da bolha , mantendo assim, a qualidade de seu coquetel por mais tempo.
Saiba mais
De todos os ingredientes e agentes de sabor citados neste capítulo, certamente o café é um dos
que possui maior popularidade, e muitos baristas (profissionais especializados em café) podem lhe
dar informações sobre ele.
Pesquise quem são os grandes baristas em evidência na atualidade e busque mais sobre o
assunto!