Contestação - Danos Morais Lucros Cessantes
Contestação - Danos Morais Lucros Cessantes
Contestação - Danos Morais Lucros Cessantes
Advogados
II - DO MÉRITO
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A contratação do seguro de RCF (responsabilidade civil facultativa)
trata de reembolso da importância que o Segurado vier a ser obrigado a pagar a
terceiro em conseqüência de sua condenação judicial, respeitadas as condições
contratuais e o valor limite das modalidades contratadas (no caso, danos
corporais e materiais somente), as quais são distintas, não se confundindo, nem
se comunicando, cujas verbas, inclusive, podem ter valores diferenciados ou
não, devendo ser utilizadas em situações determinadas, conforme previsto nas
Condições Gerais do seguro.
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despesas de assistência médica e suplementares, nos valores que se seguem,
por pessoa vitimada:"
omissis...
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Por conseguinte, deverá prevalecer a convenção consoante as
vontades emanadas pelos contratantes, com estreita observância às cláusulas
contratuais e ao princípio da pacta sunt servanda, por ser basilar aos negócios
jurídicos, devendo ser aplicada em sua totalidade, para que as condições
pactuadas sejam respeitadas por ambas as partes.
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In O Contrato de seguro - Ed. Revista dos Tribunais, 2ª Edição, 2003, São Paulo, pág. 779
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E como bem acentua o professor CÂNDIDO RANGEL DINAMARCO,
"querer aumentar a responsabilidade das seguradora por razões
exclusivamente humanitárias poderia parecer socialmente bom, mas é injusto. E
o injusto nunca será realmente bom".
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Com efeito, em se tratando de indenização por ato ilícito, para
haver a obrigação de indenizar por parte do Réu/Denunciante, se torna
necessário a presença dos três pressupostos que definem a
RESPONSABILIDADE CIVIL, quais sejam:
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Observa-se novamente, que a premissa estabelecida no Código
de Processo Civil no sentido de que o ônus da prova cabe ao Autor restou
aqui descumprida, motivo pelo qual não há o que se falar em indenização a
este título.
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Assim como em qualquer área da responsabilidade civil, põe-se em
evidência, como pressuposto da obrigação de reparar o dano moral, o nexo de
causalidade entre a ação ou omissão voluntária e o resultado lesivo, aplicando-
se, como regra, o artigo 159 do Código Civil de 1.916, bem como o artigo 186
do novo Diploma Legal.
IV - VALOR DA INDENIZAÇÃO
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Aqui, ainda, um cuidado se impõe: de evitar a atração, apenas pelo
caráter de exemplaridade contido na reparação, de somas que ultrapassem e que
representou o agravo para o ofendido.
Entretanto, não restou provado nos autos dano, não sendo cabível a
indenização pretendida na inicial.
V - DA PENSÃO MENSAL
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A autora pretende o recebimento de pensão vitalícia mensal,
entretanto, resta impugnado o valor pleiteado a título de indenização pela
pensão vitalícia vez que estes não foram comprovados, não podendo, portanto,
serem presumidos e devem ser demonstrados de forma incontroversa por parte
daquele que os pleiteia, o que não ocorreu no caso em questão.
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VI - DA DEDUÇÃO DO SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT)
“Se, em razão do acidente, o prejuízo foi de 1.000 (mil), mas a vítima recebeu
300 (trezentos), por força da cláusula constante da apólice de seguro
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obrigatório, ao causador do evento caberá indenizar apenas o restante (700),
pois o prêmio, ademais de ser compulsório, é pago pelo dono do veículo, com
o objetivo precípuo de reparar danos físicos causados a terceiros, nos casos
de acidente de trânsito. Se, além de ter que pagar o seguro obrigatório o
agente for obrigado a compor integralmente os danos causados, a instituição
dessa garantia será inócua e sem sentido lógico, ferindo o conceito moderno
de socialização dos encargos, como tendência mundial, que preconiza que se
aparte da responsabilidade civil o conceito de culpa como seu preposto.”
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entre o médico e o paciente. (Resp. nº: 228.199/RJ, Rel: Min. Eduardo Ribeiro.
Julg. 21.10.99)
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IX - DO PEDIDO
Requer por fim, que conste tão somente na contracapa dos presentes
autos, como patronos da denunciada, os nomes FERNANDA MORALES
TEIXEIRA e CEZAR AUGUSTO FERREIRA NOGUEIRA, inscritos na
OAB/SP 234.906 e 170.914, respectivamente.
Termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo, 14 de fevereiro de 2007