Direito Do Seguro e Resseguro Atualizações
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Direito Do Seguro e Resseguro Atualizações
Parecer Jurídico
Trata-se da consulta realizada pela Badyear Depósito de Pneus Ltda, que foi
condenada ao pagamento de pensão vitalícia a familiares de um de seus
funcionários, morto num acidente durante a atividade laboral e que agora busca
aconselhamento jurídico no intuito de minimizar riscos futuros de prejuízos
patrimoniais decorrentes de acidentes de trabalho entre seus colaboradores.
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avaliar formas de mitigar eventuais prejuízos, por meio de garantias que lhes
assegurem contra esses riscos.
A contratação desse tipo de seguro está previsto no Código Civil brasileiro no art.
787, é regulamentado pela Circular nº 637/2021 da Susep – Superintendência de
Seguros Privados e funciona criando um fundo que reúne contribuições de diversos
atores do mercado que, assim como a Badyear, pretendem proteger seu patrimônio
contra prejuízos indenitários decorrentes de danos provocados a terceiros que
ensejem reparação civil, nos termos dos arts. 186 e 927 do código civil brasileiro.
Essa relação de compartilhamento dos riscos é conduzida por uma seguradora que
arrecada valores de cada participante, proporcionais ao risco que promovem, em
troca de garantir a indenização aos beneficiários, no caso, os funcionários, na
ocorrência do dever de indenizar, evitando assim que a Badyear precise suportar
sozinha os custos de uma eventual condenação judicial, o que constitui uma relação
de mutualismo que é a base principiológica da existência dessa espécie de seguro.
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pressupõe que o sinistro seja contemporâneo ao lapso de vigência da avença e que
a participação do fato se dê dentro do período de validade da garantia contratual ou
nos limites estabelecidos pela lei, quanto aos prazos prescricionais, consoante o art.
2º inciso I, alíneas a e b, da Circular e ainda o art. 787 do código civil.
Entretanto, faz sentido afirmar, que o prazo para o segurado demandar contra a
seguradora passa a correr da data em que esta manifestar a recusa ao pagamento
da indenização, posto que decorre dessa recusa a exigibilidade para demandá-la em
juízo, ou seja, o pagamento voluntário, não cria esse interesse processual.
É de suma importância participar do sinistro à seguradora tão logo haja citação, para
evitar a incidência da perda do dever de indenizar, insculpida no art. 771 do código
civil.
Esses prazos prescricionais não podem ser revisados pelas partes, segundo o art.
192 do código civil, portanto, ficam assim estabelecidos.
Conclusão
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de um seguro de responsabilidade civil com base na ocorrência, considerando que o
valor do prêmio a ser pago para a seguradora será consideravelmente menor do que
o pagamento cumulado de futuras indenizações, potencialmente, milionárias como o
que decorrera anteriormente.
OAB/PE – 049736
*Referências bibliográficas