MZ Certo Ainda 1
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BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Regulamento Interno dos Tribunais
Aduaneiros
AVISO
CAPÍTULO I
A matéria a publicar no « B o l e t i m d a República»
déve ser remetida em cópia devidamente autenticada, Constituição do Tribunal Aduaneiro, posse, vagas
uma por cada assunto, donde conste, além das indi- e substituições de Juízes-Presidentes
cações necessárias para esse efeito, o averbamento
seguinte, assinado e autenticado: Para publicação no ARTIGO 1
Aprova o Regulamento do Imposto sobre a Produção do Pe- d) Os Tribunais Aduaneiros contarão com um Conselho
tróleo (Royalty). Consultivo, com a composição e as competências
previstas neste Regulamento.
Decreto n.° 20/2004:
2. A Secretaria Judicial e os Cartórios das secções judi-
Altera o artigo 14 do Estatuto Ogânico da Polícia da República
de Moçambique aprovado pelo Decreto n.° 27/99, de 24 de Maio. ciais asseguram as funções e tarefas de assistência e apoio ao
Tribunal e às secções judiciais, nomeadamente, o registo, dis-
tribuição e controlo de processos, a contagem e liquidação, o
CONSELHO DE MINISTROS controlo de garantias e de mercadorias em depósito, a reali-
zação de diligências e a gestão e apoio administrativos.
D e c r e t o n.° 1 7 / 2 0 0 4 ARTIGO 2
de 2 de Junho Posse do Juiz-Presidente do Tribunal Aduaneiro
Havendo necessidade de estabelecer o Regulamento Interno
O Juiz-Presidente do Tribunal Aduaneiro toma posse até
dos Tribunais Aduaneiros, ao abrigo do disposto no n.° 1
trinta dias após a publicação da sua nomeação no Boletim da
do artigo 152 da Constituição da República, conjugado com
República.
o artigo 26 da Lei n.° 10/2001, de 7 de Julho, que define
a competência, organização, composição e funcionamento ARTIGO 3
dos Tribunais Aduaneiros, o Conselho de Ministros decreta:
Vaga no cargo de Juiz-Presidente
Artigo 1.É aprovado o Regulamento Interno dos Tribunais
1. N a falta, impedimento ou ausência do Juiz-Presidente
Aduaneiros, em anexo, que é parte integrante do presente
é designado um Juiz-Profissional do mesmo Tribunal, obser-
Decreto.
vada a ordem de antiguidade, para exercer o cargo em regime
Art. 2. São revogadas todas as disposições legais contrá-
de acumulação ou substituição.
rias ao disposto no presente Regulamento.
2. A falta, impedimento ou ausência do Juiz-Presidente de
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 31 de Maio de 2004.
Secção Única é suprida pela designação, em regime de acumu-
Publique-se. lação, do Juiz-Presidente do Tribunal Aduaneiro mais próximo
A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo. ou de um Juiz Profissional, em regime de substituição.
3. Quando a substituição do Juiz-Presidente do Tribunal 2. Serão igualmente redistribuídos a Juízes de Turno as
Aduaneiro for por período inferior a noventa dias, o substi- Providências Cautelares e Reclamações em que não tenham
tuto acumulará as funções próprias do seu cargo. Em caso de sido apreciados os pedidos de despacho liminar, regressando
férias ou em virtude de afastamento a qualquer outro título, ao Relator originário após o término do período de férias.
por lapso de tempo superior a trinta dias, a ele não serão dis-
3. Os processos sobre os quais o Juiz Profissional tiver lan-
tribuídos processos, procedendo-se à afectação temporária de
çado visto, não serão redistribuídos, devendo proferir decisão
Juiz Profissional.
sobre os mesmos, antes do início das respectivas férias.
4. Ficando vago o cargo de Juiz-Presidente do Tribunal
Aduaneiro de Secção Única o mesmo passa a ser exercido em ARTIGO 9
ARTIGO 1 8
a) Convocar e presidir as reuniões dos respectivos Con- Tornando-se necessário estabelecer os padrões de qualidade
selhos, submetendo-lhes questões de ordem; ambiental e de emissão de efluentes de modo a assegurar
um controlo e fiscalização efectivos sobre a qualidade do
b) Convocar sessões extraordinárias; e
ambiente e dos recursos naturais do país, nos termos do
c) Manter a ordem nas sessões, adoptando as providên- disposto no artigo 10 da Lei n.° 20/97, de 1 de Outubro, e
cias necessárias.
ao abrigo do artigo 33 da mesma lei, o Conselho de Mi-
ARTIGO 1 9 nistros decreta:
Participação no Conselho Consultivo em férias ou licença Único. É aprovado o Regulamento sobre Padrões de Qua-
lidade Ambiental e de Emissão de Efluentes, anexo ao presente
O Juiz Presidente do Tribunal, Juiz Profissional de uma
Decreto e que dele é parte integrante.
Secção Judicial ou Vogal, em gozo de férias ou outra licença
poderá participar das sessões do Conselho Consultivo. Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 31 de Maio
de 2004.
CAPÍTULO V
Publique-se
D i s p o s i ç õ e s finais e transitórias A Primeira-Ministra, Luisa Dias Diogo.
ARTIGO 2 0
10. Nova instalação - qualquer instalação industrial ou de (Competências em matéria de controle da qualidade ambiental)
combustão cujo pedido de autorização de construção 1. Compete ao Ministério para a Coordenação da Acção
ou de exploração tenha sido recebido pelos serviços Ambiental, fiscalizar o cumprimento das disposições constantes
competentes depois da data de entrada em vigor do do presente Regulamento.
presente diploma.
2. Os poderes de fiscalização atribuídos nos termos do nú-
11. Padrões de emissão - padrões que estabelecem os mero anterior incluem a realização, onde se mostre necessário,
valores máximos de emissão de poluentes ambientais
de exames, vistorias e avaliações técnico-eientíficas conside-
provenientes de fontes de emissão fixas ou móveis.
rados pertinentes para apurar a qualidade do ambiente.
12. Padrões de qualidade do ar - são os meios que esta-
ARTIGO 5
belecem os valores limites e valores guias das con-
(Apoio técnico)
centrações de poluentes atmosféricos.
13. Padrões de qualidade da água - s ã o meios pelos quais N o exercício da competência referida no artigo anterior,
se pode proceder à gestão de qualidade da água de poderá o Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental,
modo a satisfazer qualitativamente os requisitos do recorrer ao apoio técnico de quaisquer organismos do Estado
utente. ou particulares de reconhecida competência técnica na área do
14. Padrões primários - fixam valores limites para prote- ambiente nos seus diferentes domínios.
ger a saúde pública, inclusive a saúde de populações
ARTIGO 6
sensíveis, como asmáticos, crianças e idosos.
(Revisão e actualização dos padrões de qualidade ambiental)
15. Padrões secundários - fixam limites para proteger o
bem-estar público, incluindo diminuição da visibi- Sempre que outra obrigação não derive de convenções ou
lidade, danos em animais, colheitas, vegetação e acordos internacionais a que o país tenha aderido ou, a menos
edifícios. que razões ponderosas determinem a sua revisão antecipada, os
padrões ambientais constantes do presente Decreto serão revis-
16. Partículas suspensas - inclui uma série de substâncias
tos numa periodicidade nunca inferior a cinco anos.
de origem natural ou antropogénica cuja velocidade
de sedimentação é inferior a 10 m/s. C A P Í T U L O II
17. Poluentes atmosféricos - substâncias ou energia que
Qualidade do ar
exerçam uma acção nociva susceptível de pôr em
risco a saúde humana, de causar danos aos recursos ARTIGO 7
biológicos e aos ecossistemas, de deteriorar os bens
(Parâmetros para a manutenção da qualidade do ar)
materiais e de ameaçar ou prejudicar o valor recrea-
tivo ou outras utilizações legítimas dos componentes Os parâmetros fundamentais q u e devem caracterizar a quali-
ambientais. dade do ar para que este mantenha a sua capacidade de auto-
18. Poluição atmosférica - introdução pelo homem na -depuração e não tenha impacto negativo significativo para a
atmosfera, directa ou indirectamente, de poluentes saúde públiça e no equilíbrio ecológico são os estabelecidos
atmosféricos. no Anexo I.
ARTIGO 8 b) Água para fins agro-pecuários, para além dos parâme-
(Emissão de poluentes atmosféricos por estabelecimentos tros abaixo, dever-se-ão observar os intervalos reco-
industriais) mendados e classificação da água para fins de rega
constantes do Anexo V I do presente Regulamento:
A emissão de poluentes atmosféricos por estabelecimentos
industriais, deverão obedecer aos padrões de emissão esta- • Pecuária: Bactérias <40</100 ml; Baixas con-
belecidos no Anexo I I do presente Regulamento. centrações de substâncias tóxicas;
• Irrigação:
ARTIGO 9
- Total de Sólidos dissolvidos <500 mg/1;
(Valores limite de emissão para fontes móveis) Total de bactérias < ou = 100000/100 ml;
1. A emissão de poluentes atmosféricos por fontes móveis - Salinidade: medida através da conducti-
ou veículos a motor, deverão conformar-se aos limites máximos vidade eléctrica da água (CE água, mS/
de emissão admissíveis, no Anexo II. /Cm);
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, as autar- - Níveis de absorção de sódio (SAR) da água
quias locais poderão adoptar medidas regulamentares com- de rega.
plementares, tendo em vista a melhoria da qualidade do ar no c) Água para fins de piscicultura:
seu tecido urbano. • PH: 6.5 - 8.5;
ARTIGO 1 0 • D B O < ou = 1-2 mg/1;
(Descarga de poluentes atmosféricos) • Oxigénio dissolvido 6-7 mg/1 (15°C); 4-5 mg/1
(20°C).
1. A descarga de poluentes atmosféricos por estabelecimen-
d) Água para fins recreativos (natação, esqui aquático e
tos industriais será efectuada através de chaminés apropriadas
cuja altura será determinada, para cada caso, nos termos do mergulho):
licenciamento ambiental. • Nulo de cloro, cheiro, gosto e turvação;
2. Se dois ou mais novos estabelecimentos industriais ou • Bactérias totais < 1000/100 ml;
de combustão independentes forem construídos de modo que, • Coliformes < 100/100 ml.
tendo em conta factores técnicos e económicos, os respectivos é) Água para fins de processamento de alimentos, bebi-
fumos possam ser emitidos por uma chaminé comum, o com- das alcoólicas e não alcoólicas:
plexo formado por essas instalações, para efeito de controlo • Água para fins de consumo humano;
de qualidade ambiental, deve ser considerado uma só unidade.
• Anião floreto (F - < 1 ppm).
C A P Í T U L O III
ARTIGO 1 3
2. A descarga de poluentes ou efluentes líquidos que atinja (Substâncias e actividades com impacto no solo)
ou possa afectar zonas balneares deve ser controlada com base 1. É proibido o depósito no solo, fora dos limites legalmente
na monitorização da qualidade sanitária das respectivas águas estabelecidos de substâncias nocivas, que possam determinar
e praias e deve ser interdita sempre que constitua uma fonte ou contribuir para a sua degradação.
de risco para a saúde dos banhistas e utentes.
2. Fica proibido o exercício de actividades, que impliquem a
movimentação de solos, sem que sejam tomadas as medidas
CAPÍTULO IV
adequadas para a conservação dos solos, que possam resultar
Qualidade do solo ou contribuir para a degradação dos solos.
ARTIGO 1 8 CAPÍTULO V
ANEXO I
Padrões de Qualidade de Ar
Tempo de amostragem
Parâmetro (ug/m3)
1 hora 8 horas 24 horas Media aritmética anual
Chumbo 3 0,5-1,5
ANEXO II
Tipo de
PTS SOx NOx Outros
actividade
Manufactura 30 Flúor total = 2// H f = 1//VOCs 20
alumínio
cimento
alcalina
Produção e 50
extracção de
carvão
Manufactura de C1=10// V O C s = 20
tinturas (tingir)
electrónica 10
Fundições 20 onde há
presença de
metais tóxicos
50 em outros
Guiões Mwe
ambientais
gerais.
Manufactura de -20 o-nde há -Queima 1000-2000 Pb+Cd =5// total de metais pesados =5// As=1// F=1//
recuperação)
pequenos Combustível
MW
peles (curtumes)
MW)
Preservação de 50 VOCs 20
madeira
• O & G -óleos e grease, SST- sólidos suspensos totais, A O X - halides orgânicos absorvíveis, M M - media
mensal
• Valores em (mg/Nm3)Nm3 - metro cúbico normal (00 C, 101,3 Kpa);
Km/litro
Automóveis de
Camiões a diesel
0.08
pesados 2.2 3188 42.86 7.63 21.80 0.26
chumbo Zn=1
(processamento)
produtoras) presença de
metais tóxicos
-50 em outros
Fertilizantes 70 mistura
(mistura)
fertilizantes
nitrogenados
manufactura de presença de
pesticidas compostos
muito tóxicos
20 em outros
petróleo de
recuperação
de S
500 unidade
de
combustão
fertilizantes acido
(fosfato) sulfúrico
S 0 2 = 2 Kg/t
acido
S0 3 =0,15Kg
/t acid
A N E X O III
Produção do Alumínio
Parâmetro Valor MS
*
PH 6-9
Alumínio 0,2
*
Mercúrio 3.5
10 *
Óleos e gorduras
Cloro Livre 20 *
Indústria Cervejeira
Parâmetro Valor MS
PH 6-9 *
DQO 80
Óleos e gorduras 10
Azoto (NH 4 ) 10
Indústria de Cimentos
Parâmetro Valor MS
PH *
6-9
Parâmetro Valor MS
PH 6-9 *
SST 35-50 *
Óleos e gorduras 10
Mercúrio 3.5 *
Produção debateriasparaveículos
Parâmetro Valor MS
DB05 30
*
DQO 150
SST *
50
Óleos e gorduras 10
*
Fenol 0.5
*
Cianeto Total 0.2
Azoto Total 10
*
Benzeno 0.05
Indústria de lacticínios
Parâmetro Valor MS
PH 6-8 *
*
DBO5 50
*
DQO 250
*
SST 50
Óleos e gorduras 10
Azoto Total = 10
Fósforo 2
E-Coliformes (moléculas/100ml) 400
Parâmetro Valor MS
*
PH 6-9
*
SST 50
Óleos e gorduras 10
Cobre 0.5
Zinco 2
Parâmetro Valor MS
*
PH 6-9
*
DBO 5 50
*
DQO 250
SST 50
Oleos e gorduras 10
Azoto (Total) 10
Indústria electrónica (produção de aparelhos electrodomésticos e similares)
Parâmetro Valor MS
*
PH 6-9
DB05 50
SST (máximo) 50
*
Fenol 10
*
Cianeto (Livre) 0.1
Cianeto (total) 2
Azoto (NH 3 ) 10
Fósforo 5
*
Flúor 20
*
Arsénio 0.1
*
Cádmio 0.1
+6
Cromo (Cr ) 0.1
Cobre 0.5
*
Mercúrio 0.01
*
Níquel 0.5
Chumbo 0.1
Estanho 2
*
*
Hidro-clorocarbonos (total) 0.5
Tricloroetileno 0.5
Tricloroetano 0.5 *
Indústria de vidro
Parâmetro Valor MS
*
PH 6-9
*
DQO 250
*
SST 50
Óleos e gorduras 10
*
Chumbo 0.1
Parâmetro Valor MS
*
PH 6-9
250 *
DQO
*
SST 15
*
Óleos e gorduras 15
*
Fenol 0.02
*
Cianeto (Livre) 0.1
Cianeto (total) 1 *
0 *
Aumento de Temperatura <= 3 C
*
Cromo 0.5
*
Mercúrio 0.01
*
Chumbo 0.2
*
Ferro <1
*
Zinco 2
Processamento de carne
Parâmetro Valor MS
PH 6-9
*
DBO5 50
DQO
250
*
SST 50
*
Óleos e gorduras 10
Azoto (Total) 10
Fósforo 5
*
E-Coliformes (moléculas/100ml) 400
P r o d u ç ã o de fertilizantes (Fosfatos)
Parâmetro Valor MS
PH 8-9
*
SST 15
*
Azoto (NH 4 ) 10
Fósforo (PO 4 ) 3
Flúor (fluoreto) 1
Parâmetro Valor MS
*
PH 6.9
*
Amónia (ureia) 0.6
*
Pesticidas (total) <0.1
*
SST 50
*
Amónia livre (NH4+) 0.1
0
Aumento de Temperatura <= 3 C
Arsénio 0.5
Parâmetro Valor MS
pH 6-9
DBO5 20
DQO
*
80
SST 30
10 *
Óleos e gorduras
Fenol 0.5
Azoto (Total) 10
Temperatura 30 0 C
Cádmio 0.1
+6 *
Cromo (Cr ) 0.1
Cobre 0.5
*
Chumbo 0.1
Amónia 0.2
Sulfureto 0.2
Indústria farmacêutica
Parâmetro Valor MS
*
PH 6-9
DBO5 30 *
DQO
150
*
SST 30
Óleos e gordura 10
Fenol 0.5
Arsénio 0.1 *
Cádmio 0.1
+6
Cromo (Cr ) 0.1 *
Mercúrio 0.01 *
Refinaria de petróleo
Parâmetro Valor MS
PH 6-9
DBO 5 30
DQO 150 *
SST 30
Óleos e gorduras *
10
Fenol 0.5
Azoto Total = 10
Aumento de Temperatura <= 3 O C
*
Cromo (Cr +6 ) 0.1
Cromo 0.5
*
Chumbo 0.1
Benzeno 0.05
Sulfureto 1
Indústria gráfica
Parâmetro Valor MS
*
PH 6,5 - 1 0
DBO 5 30
*
DQO 150
*
SST 50
Óleos e gorduras 10
Prata 0.5
Cádmio 0.1
+6 *
Cromo (Cr ) 0.1
*
Cromo 0.5
Cobre 0.5
Ferro 0.5
*
Chumbo 0.1
Parâmetro Valor MS
*
PH 6-9
*
DBO5 30
DQO
150
SST
30
Aditivos
Indústria açucareira
Parâmetro Valor MS
pH 6-9
DBO5 50
DQO
250
SST 50
Óleos e gorduras 10
Azoto (NH 4 ) 10
Fósforo 2
Indústria de curtumes
Parâmetro Valor MS
*
pH 6-9
250 *
DQO
SST 50 *
10 *
Óleos e gorduras
Azoto (NH 4 ) 10
Fósforo 2
+6 *
Cromo (Cr ) 0.1
0.5 *
Cromo
Sulfureto 1
Indústria têxtil
Parâmetro Valor MS
pH 6-9
DQO 250
SST 50
Óleos e gorduras 10
Fenol 0.5
Azoto (NH 4 ) 10
Fósforo 2
Cromo 0.5
Cobre 0.5
Níquel 0.5
Zinco 2
Sulfureto 1
Central t e r m o e l é c t r i c a
Parâmetro Valor MS
pH 6-9
SST 50
Óleos e gorduras 10
Cloro 0.2
Cromo 0.5
Cobre 0.5
Mercúrio 1
Zinco 1
Indústria d e ó l e o s vegetais
Parâmetro Valor MS
pH 6-9
DBO 5 50
DQO 250
SST 50
Óleos e gorduras 10
Azoto (Total) 10
Arsénio 0.1
+6
Cromo (Cr ) 0.1
Cromo 0.5
Cobre 0.5
Parâmetro Valor MS
PH 6-9
DQO 150
SST 50
Óleos e gorduras 10
Fenol 0.5
Flúor 20
Produção de baterias para veículos
Parâmetro Valor MS
pH 6-9
SST 28
Óleos e gorduras 10
Ferro 0.20
Cádmio 0.01
Níquel 0.05
Cobre 0.06
Chumbo 0.01
Cobalto 0.5
Arsénio 0.1
Parâmetro Valor MS
PH 6-9
SST 50
Cloretos 100
Sulfatos 100
Metalomecânica
Parâmetro Valor MS
pH 5.5 - 9.5
SST 15
Estrôncio 1.0
Mercúrio 0.01
Cobre 1.0
Níquel 1.0
Cromo 1.0
Zinco 1.0
Chumbo 0.01
Cádmio 0.01
Parâmetro Valor MS
pH 5.5-9
SST 15
Cobre <1
Zinco <1
Níquel <1
Chumbo <1
Parâmetro Valor MS
DBO5 20
DQO
80
SST 30
Fenólicos <0.5
Zinco <1.0
Cromo <10.0
Óleos e gorduras 10
Azoto (NH 4 ) 10
Manufactura da borracha
Parâmetro Valor MS
pH 6-9
DBO 5 30
SST 10
Chumbo <1.0
Cromo <1.0
Zinco <1.0.
Sabões e detergentes
Parâmetro Valor MS
pH 6-9
DBO5 30
DQO
80
SST <10
Parâmetro Valor MS
DBO5 30
DQO 80
Óleos e gorduras 10
Cromo (total) 10
Fósforo (Zn) 2
Aumento de Temperatura <= 3OC
Processamento de alimentos
Parâmetro Valor MS
DBO5 80
SST 50
Óleos e gorduras 15
meio receptor
(DQO)
sensíveis
Herbecidas (Microgramas/litro)
OBS.: N o cálculo das concentrações máximas permissíveis, não serão consideradas vazões de efluentes
líquidos obtidos através de ebulição dos efluentes com água não poluída (por exemplo: água de
abastecimento, ou água utilizada na refrigeração).
ANEXO VI
1 AGUA
Grau de restrição
Ião Simbolo, unidade nenhuma moderada severa
Cálcio Ca 2 + , meq/1 Intervalo normal 0 - 20
Magnésio Mg 2 + , meq/1 Intervalo normal 0 - 5
Rega por aspersão
Sódio e Cloreto Na + e C 1 , meq/1 <3 >3
Rega por gravidade
Cloreto cr <4.0 4.1 - 10.0 > 10
Carbonato C 0 3 2 , meq/1 Intervalo normal 0.0 - 0.1
Rega por aspersão
Bicarbonato H C O 3 , meq/1 < 1.5 1.5 - 8.5 > 8.5
Sulfato SO4/2,meq/1 Intervalo normal 0 - 2 0
Nitrato N - N 0 3 , mg/1 <5 5 - 30 > 30
Amónia N - N H , mg/1 <5 5 - 30 >30
Fosfato P - PO43 ,mg/1 Intervalo normal 0 - 2
Potássio K+,mg/1 Intervalo normal 0 - 2
Boro B, mg/1 < 0.7 0.8 - 3.0 > 3.0
ARTIGO 6
ARTIGO 1
Valor representado em moeda estrangeira
Incidência objectiva
1. Sempre que os elementos necessários à determinação do
1.O Imposto sobre a Produção do Petróleo incide sobre o
valor tributável sejam expressos em moeda diferente da moeda
petróleo produzido no território moçambicano, a partir da área
nacional, as taxas de câmbio a utilizar são as taxas médias
de desenvolvimento e produção.
de venda, publicadas pelo Banco de Moçambique, na data da
2. Para efeitos deste Regulamento considera-se petróleo, o constituição da obrigação tributária.
petróleo bruto, gás natural ou outros hidrocarbonetos produ-
2. Não existindo câmbio na data referida no número ante-
zidos ou susceptíveis de serem produzidos a partir do petróleo
rior aplicar-se-á o da última cotação anterior publicada a
bruto, gás natural, argilas ou areias betuminosas.
essa data.
ARTIGO 2
ARTIGO 7
Incidênciasubjectiva Correcção da base tributável
São sujeitos passivos do Imposto sobre a Produção do Pe- 1. A Repartição de Finanças da área fiscal do domicílio
tróleo, as pessoas singulares ou colectivas titulares do direito do sujeito passivo pode alterar o valor tributável declarado
do exercício de operações petróliferas, produtoras de petróleo. quando verifique que os preços declarados pelo contribuinte,
não estão de acordo com o estabelecido no artigo 5 ou que ARTIGO 11
os mesmos se afastam dos preços normais de mercado entre
Pagamento em espécie
comprador e vendedor independentes, bem como, se não
tiverem sido seguidas as regras do artigo 6. 1. O Governo poderá optar pela cobrança em espécie, de
parte ou da totalidade do imposto, mediante notificação feitã
2. Para determinar os preços normais de mercado a que se
pelo Ministério que superintende a área de Finanças, ouvido
refere o número 1, a Repartição de Finanças deve ter em conta:
o Ministério que superintende a área de Petróleos, ao contri-
a) Informações sobre todas as vendas de petróleo, reali- buinte com uma antecedência não inferior a cento e oitenta
zadas entre comprador e vendedor independentes dias contados até ao primeiro dia do mês a que se reportar o
no período em causa; imposto.
b) Informações sobre os preços de venda do petróleo de 2. A obrigação do pagamento do imposto deverá ser feita até
quantidade, qualidade, densidade e grau compará- ao fim de cada mês mediante a entrega, à entidade designada
veis nos principais centros internacionais de expor- pelo Ministério que superintende a área de Finanças, no ponto
tação de petróleo durante o período em causa; de entrega das quantidades mencionadas na notificação refe-
c) Quaisquer outros dados ou informações que consi- rida no número 1.
dere relevantes para a determinação do preço nor- 3. Para efeitos do n.° 2 do presente artigo, ponto de entrega
mal de mercado entre comprador e vendedor significa, no caso de gás natural, a flange de entrada em gaso-
independentes. duto de transporte e, no caso do petróleo bruto, a flange de
3. D o valor tributável apurado nos termos do n.° 1 deste entrada em oleoduto de transporte ou da tubagem de carrega-
artigo será notificado o sujeito passivo, podendo recorrer do mento em navio-tanque.
mesmo nos termos do contencioso das contribuições e impostos,
ARTIGO 1 2
para o Tribunal competente.
Juros compensatórios
4. Os procedimentos referidos nos números anteriores não
prejudicam a aplicação das sanções correspondentes. 1. Sempre que, por facto imputável ao sujeito passivo, for
retardada a liquidação ou o pagamento de parte ou da totali-
C A P Í T U L O III
dade do imposto devido, acrescerão ao montante d o imposto
Taxas juros compensatórios, de harmonia com o artigo 88 do Código
do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.
ARTIGO 8
2. Os juros referidos no número anterior serão contados dia
Taxas a dia, a partir do dia imediato ao termo do prazo para a entrega
do imposto ou, tratando-se de retardamento da liquidação, a
1. As taxas do Imposto sobre a Produção do Petróleo são partir do dia em que o mesmo se iniciou, até à data em que for
as seguintes: regularizada ou suprida a falta.
a) 8% para o petróleo bruto;
C A P Í T U L O V.
b) 5% para o gás natural.
2. Tratando-se de petróleo produzido no mar, as taxas são Obrigações acessórias, fiscalização e sanções
as seguintes:
ARTIGO 1 3
Declaração mensal
- Profundidade Para o petróleo bruto Para o gás natural
ARTIGO 1 4 C A P Í T U L O VII
ARTIGO 15
As entidades que desenvolvam operações petrolíferas que
tenham assinados contratos de pesquisa e produção, ainda
Obrigações contabilísticas
vigentes, com base na legislação ora revogada, continuarão a
1. Os sujeitos passivos deste imposto estão obrigados a cumprir a suas obrigações fiscais nos termos desses contratos,
possuir contabilidade organizada nos termos dos Códigos do salvo se os mesmos solicitarem, expressamente, a aplicação
das disposições do presente Regulamento, no prazo máximo
IRPS e do IRPC, de forma a possibilitar o conhecimento claro
de noventa dias, a contar da data da sua entrada em vigor.
e inequívoco dos elementos necessários à verificação do im-
posto liquidado, bem como a permitir o seu controlo.
2. O registo das operações e actos a que se refere o nú-
mero anterior é efectuado de forma a evidenciar os elementos
referidos no n.° 2 do artigo 13.
3. Os documentos de suporte aos registos referidos nos
número anteriores e os documentos comprovativos do paga- Decreto n.° 20/2004
mento do Imposto sobre a Produção do Petróleo serão con- de 2 de Junho
servados em boa ordem durante o prazo de 10 anos.
A situação actual da investigação criminal requer uma pro-
ARTIGO 1 6 funda reforma, no quadro das acções de reforma do sector da
Entidades fiscalizadoras justiça, sendo necessário fazer um redesenho da sua organi-
zação, funcionamento, aliado à afectação de recursos humanos,
Sem prejuízo do disposto na Lei n.° 3/2001, de 21 de Fe- materiais e financeiros que possam garantir melhor funcio-
vereiro, o cumprimento das obrigações impostas por este namento e eficácia deste sector.
Regulamento e por outra legislação tributária aplicável será
fiscalizado pela Administração Tributária. Consciente de que a reforma a levar a cabo constitui um
empreendimento complexo e de grande dimensão, a ser pla-
ARTIGO 17 neado e implementado progressivamente no tempo, impõe-se
Sanções por isso a tomada de medidas de carácter urgente que sejam
necessárias.
As transgressões ao disposto neste Regulamento cons-
Nestes termos, ao abrigo das disposições conjugadas do
tituem infracções tributárias puníveis na Lei n.° 15/2002, de
artigo 5 da Lei n.° 17/97, de 1 de Outubro, e do artigo 12 da
26 de Junho, Lei de Bases do Sistema Tributário, no Regime
Lei n.° 19/92, de 31 de Dezembro, o Conselho de Ministros
Geral das Infracções Tributárias, aprovado pelo Decreto n.° 46/
decreta:
/2002, de 26 de Dezembro, e na demais legislação aplicável.
Único. O artigo 14 do Decreto n.° 27/99, de 24 de Maio,
C A P Í T U L O VI passa a ter a seguinte redacção:
Garantias dos contribuintes "1
ARTIGO 1 8
2. A Direcção de Investigação Criminal é dirigida por
um Director, nomeado pelo Ministro do Interior, de
Lei aplicável
entre técnicos com grau mínimo de licenciatura em
Às garantias dos contribuintes aplica-se a Lei n.° 15/2002, direito ou equivalente e que preencha os demais re-
de 26 de Junho, e demais legislação aplicável. quisitos estabelecidos no qualificador.
3.O Director é coadjuvado pelo Chefe do Departamento Aprovado pelo Conselho de Ministros; aos 51 de Maio
de Instrução e Investigação, que o substitui nas. suas de 2004.
ausências e impedimentos. Publique-se.
4 " A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.