DIR691 - Paper - Juliana Antunes Fidelis Bandeira

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DIR 6981 – Direito Empresarial - Profª.

Gisele Witte

Universidade Federal de Santa Catarina


Centro Socioeconômico - Departamento de Ciências da Administração
DIR 6981 – Direito Empresarial

Direito Empresarial:
História, Visão Atual e Desafios

Juliana Antunes Fidelis Bandeira (20202506)

Florianópolis
2023
DIR 6981 – Direito Empresarial - Profª. Gisele Witte

SUMÁRIO

1. Resumo.................................................................................................................................. 3
2. Introdução.............................................................................................................................4
3. Desenvolvimento...................................................................................................................5
3.1 Evolução Histórica do Direito Empresarial....................................................................5
3.2 Visão Atual do Direito Empresarial............................................................................... 6
3.3 Desafios e Tendências Contemporâneas........................................................................ 7
3.4 Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental....................................................8
4. Considerações Finais............................................................................................................9
5. Referências.......................................................................................................................... 11
DIR 6981 – Direito Empresarial - Profª. Gisele Witte

1. Resumo
O trabalho atual foi baseado na disciplina de Direito Empresarial do curso de
Administração de empresas da Universidade Federal de Santa Catarina. Nesse sentido, o
objetivo é descrever e investigar a história e visão atual dessa disciplina e como ela pode
influenciar as atividades comerciais atuais. Tendo origem em civilizações antigas, como no
Egito (3000 a.C.), até o momento atual, foi desenvolvido um conjunto de normas e
regulamentações que buscam equilibrar interesses empresariais com os da sociedade e do
Estado. Por meio de uma pesquisa bibliográfica, será estudada a evolução dessa disciplina
desde sua origem até os dias atuais.

No contexto contemporâneo, a visão dessa disciplina é influenciada por desafios


globais e pelas revoluções tecnológicas. A globalização trouxe consigo operações entre
países, levantando questões de jurisdição e regulamentações internacionais. A revolução
digital transformou as bases do comércio, impulsionando a era do comércio eletrônico, e
gerando dilemas sobre propriedade intelectual, proteção de dados e contratos virtuais.

Questões emergentes, como proteção de dados pessoais em um mundo digitalizado,


concorrência em mercados virtuais e a ética no uso da inteligência artificial, são desafios que
o Direito Empresarial moderno deve abordar. A compreensão dessa evolução é fundamental
para orientar a formulação de políticas e regulamentações que promovam a equidade, a
transparência e a responsabilidade no cenário empresarial.

Além disso, a responsabilidade social e a sustentabilidade ganham destaque. As


empresas são cada vez mais pressionadas a adotar práticas socialmente responsáveis e
sustentáveis, e essa expectativa é refletida na regulamentação e nas normas que governam as
atividades empresariais.

Palavras-chave: Direito Empresarial, Evolução Histórica, Globalização, Revolução Digital,


Responsabilidade Social, Sustentabilidade.
DIR 6981 – Direito Empresarial - Profª. Gisele Witte

2. Introdução

O Direito Empresarial desempenha papel fundamental para a regulação das atividades


comerciais e empresariais na sociedade atual. Desde suas origens antigas, como no Egito em
3000 a.C. até o mundo contemporâneo, repleto de desafios, as leis criadas ao longo da
história são instrumentos essenciais para promover um ambiente comercial justo e eficiente.
O estudo de sua evolução ao longo da história oferece visões não apenas sobre a maneira
como as práticas comerciais foram criadas, mas também sobre como as sociedades têm
respondido às mudanças nas dinâmicas empresariais.

A história remonta às civilizações antigas, onde normas rudimentares eram praticadas


para regular as trocas e as transações comerciais. No entanto, foi nas sociedades medievais
que começaram a surgir práticas mais organizadas de regulamentação comercial, como as
corporações de ofícios. Essas estruturas promoviam normas e códigos de conduta para
salvaguardar os interesses dos comerciantes e assegurar a justiça nas transações comerciais.

Com o advento da Revolução Industrial, o cenário comercial passou por


transformações profundas, gerando uma necessidade crescente de regulamentações mais
abrangentes. Surgiram então os primeiros códigos comerciais, como o notável Código de
Comércio francês de 1807, que formalizaram e consolidaram princípios de regulamentação
de práticas empresariais.

No contexto contemporâneo, a visão do Direito Empresarial é influenciada por


desafios globais e pelas revoluções tecnológicas. A globalização trouxe consigo operações
transnacionais, levantando questões de jurisdição e regulamentações internacionais. A
revolução digital transformou as bases do comércio, impulsionando a era do comércio
eletrônico e gerando dilemas sobre propriedade intelectual, proteção de dados e contratos
virtuais.

Além disso, a responsabilidade social e a sustentabilidade ganham destaque na visão


atual. As empresas são cada vez mais pressionadas a adotar práticas socialmente responsáveis
e sustentáveis, e essa expectativa é refletida na regulamentação e nas normas que governam
as atividades empresariais. Por conta dessas transformações, este paper tem como objetivo
oferecer uma análise da evolução do Direito Empresarial, desde suas origens até os desafios
atuais.
DIR 6981 – Direito Empresarial - Profª. Gisele Witte

3. Desenvolvimento

3.1 Evolução Histórica do Direito Empresarial

A história do Direito Empresarial remonta à era medieval, quando as práticas


comerciais eram fundamentais para o desenvolvimento das sociedades. Nas antigas
civilizações, como no Egito, já existiam normas que regulamentavam as trocas e as
transações comerciais. Um exemplo é o conjunto de regras feitas por Hamurabi, que
contemplou os empreendedores e seus financiadores, um precursor das sociedades em
comandita. Outro exemplo é o Código de Manu, que alguns historiadores relatam terem
encontrado vestígios de normas de direito comercial. Mais tarde, na Idade Média, surgiram
práticas mais organizadas de regulamentação comercial.

Durante a Idade Média, as corporações de ofícios desempenharam um papel crucial


na regulamentação das atividades comerciais. Elas congregavam grupos de comerciantes e
artesãos de uma mesma área e estabeleciam normas processuais para a solução de
controvérsias mercantis. Essas organizações forneciam estabilidade e confiança nas
transações, além de assegurar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos.

Com o tempo, essas práticas evoluíram para normas mais complexas, que foram
precursoras de muitos princípios modernos do Direito Empresarial. A noção de
responsabilidade limitada, por exemplo, já estava presente nas antigas corporações de ofícios,
onde os membros compartilhavam responsabilidades e riscos. Além disso, a regulamentação
de preços, qualidade e práticas comerciais, mesmo que rudimentar, demonstrou a necessidade
de normas que promovessem a equidade nas relações comerciais.

No Brasil, só é possível falar sobre Direito Comercial após 1808, pois antes disso as
regras mercantis eram ditadas pela Metrópole (vigorando as Ordenações Filipinas com forte
influência do direito Canônico e Romano), além de algumas leis e alvarás que promoviam
benefícios a alguns comerciantes que recebiam certos privilégios e, às vezes, sua falência. A
terceira fase começou no país no início do período republicano, em 1890, na qual as novas
regras se concentravam na regulamentação dos fenômenos socioeconômicos.

A Revolução Industrial no século XVIII marcou uma nova fase na evolução do


Direito Empresarial. Um marco importante foi a promulgação do Código de Comércio
francês em 1807, que mais tarde influenciaria o Código Comercial de 1850, mas também fez
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parte da legislação comercial brasileira, seguido pelo Código Comercial Espanhol de 1829 e
pelo de Portugal de 1833.

Da regulamentação rudimentar das antigas civilizações às sofisticadas normas


comerciais modernas, essa disciplina continua a ser um elemento essencial para promover
relações comerciais justas, transparentes e igualitárias.

3.2 Visão Atual do Direito Empresarial

A visão contemporânea do Direito Empresarial reflete os desafios e as oportunidades


do mundo moderno, moldando-se para atender às complexidades das atividades comerciais e
empresariais na era globalizada e digital. Com a crescente interconexão de mercados e a
rápida evolução tecnológica, as regulamentações empresariais têm enfrentado novos cenários
que demandam uma abordagem adaptativa e abrangente.

A globalização, fenômeno caracterizado pela expansão das operações comerciais


transnacionais, redefiniu as fronteiras empresariais. A visão atual do Direito Empresarial
reconhece a necessidade de regulamentações que transcendem limites nacionais,
harmonizando práticas e garantindo relações comerciais justas. O surgimento de tratados e
acordos internacionais, como os tratados de livre comércio e as convenções sobre arbitragem
comercial, ilustra a busca por mecanismos que facilitem a resolução de disputas e promovam
a cooperação global.

A revolução digital, por sua vez, transformou fundamentalmente a maneira como as


empresas conduzem seus negócios. O crescente uso de transações feitas por meio da internet
gerou grandes discussões quanto à proteção de dados, autenticidade de transações e de quem
é a responsabilidade por transações fraudulentas. Atualmente, a busca é por desenvolver
regulamentações que tragam segurança jurídica nessas transações.

Em resumo, a visão contemporânea do Direito Empresarial reflete um cenário


complexo e em constante evolução. O Direito Empresarial busca, assim, equilibrar a proteção
dos interesses das empresas, garantindo uma regulamentação adaptativa e abrangente que
sustente o desenvolvimento econômico e social de maneira ética e equitativa.
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3.3 Desafios e Tendências Contemporâneas

O Direito Empresarial contemporâneo enfrenta uma série de desafios e tendências


emergentes que refletem as transformações na sociedade, na economia e na tecnologia. Essas
dinâmicas desafiam os tradicionais paradigmas jurídicos e impulsionam a necessidade de
adaptação e inovação nas regulamentações empresariais.

A ética no uso da inteligência artificial e a automação também se tornaram temas


cruciais. A adoção crescente de tecnologias avançadas levanta questões sobre a
responsabilidade das empresas em relação às decisões tomadas por sistemas automatizados.
A visão contemporânea procura estabelecer diretrizes para garantir a transparência, a
responsabilidade e a conformidade ética nas decisões tomadas por algoritmos.

A proteção da propriedade intelectual também assume uma importância significativa


nessa visão. Os riscos de violação de direitos autorais aumentaram com o surgimento de
algoritmos que incentivam e multiplicam o compartilhamento de informações. Logo, a
legislação de propriedade intelectual deve buscar equilibrar inovação e proteção de direitos
de criadores.

Além disso, atualmente existe a necessidade de regulamentações que incentivem a


diversidade e a inclusão nos ambientes de negócios. A equidade de gênero, igualdade racial e
inclusão de pessoas com deficiência estão cada vez mais sendo incorporadas nas agendas
empresariais e regulatórias, visando criar ambientes de trabalho mais justos e representativos.
Entretanto, é preciso que as corporações se preocupem não somente em promover a
diversidade, responsabilidade e sustentabilidade somente para fins de divulgação. Termos
como“greenwashing” ou “tokenismo” são usados para caraterizar campanhas cujo objetivo
principal não é promover uma prática cotidiana da empresa, e sim um produto ou situação
excepcional.

Em suma, os desafios e tendências contemporâneas estão remodelando o Direito


Empresarial de maneira fundamental. A evolução das práticas comerciais, a influência da
tecnologia e a crescente demanda por responsabilidade social e ética estão conduzindo a uma
revisão constante das regulamentações. Busca-se enfrentar esses desafios de maneira
pró-ativa, desenvolvendo regulamentações que promovam a inovação, a equidade e a
sustentabilidade nos negócios, garantindo um ambiente empresarial justo, transparente e
responsável.
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3.4 Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental

A sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental são tópicos cruciais na visão


atual do Direito Empresarial. À medida que as preocupações com as mudanças climáticas, a
degradação ambiental e as questões sociais ganham destaque global, as empresas estão sendo
chamadas a desempenhar um papel mais proativo na promoção do bem-estar da sociedade e
na proteção do meio ambiente. Isso tem levado ao desenvolvimento de regulamentações que
incentivem a integração de considerações sustentáveis nas atividades empresariais,
contribuindo para um desenvolvimento mais equilibrado e duradouro.

Além dessas transformações, a responsabilidade social e a sustentabilidade


empresarial emergem como temas essenciais. As empresas são cada vez mais incentivadas a
adotar práticas que beneficiem não apenas seus acionistas, mas também a sociedade e o meio
ambiente. O conceito de responsabilidade social corporativa (RSC) tem influenciado a
regulamentação e a ética empresarial, incentivando ações que promovam impactos positivos
na sociedade.

Nesse contexto, existe a tarefa de desenvolver regulamentações que incentivem as


empresas a adotar práticas sustentáveis. Isso inclui a implementação de políticas que
minimizem o impacto ambiental das operações comerciais, promovam a responsabilidade
social corporativa e considerem as preocupações das comunidades locais afetadas pelas
atividades empresariais.

Legislações ambientais, como o Código Florestal brasileiro, estabelecem diretrizes


para a conservação da biodiversidade e a proteção de ecossistemas frágeis. Da mesma forma,
regulamentações que promovem a transparência nas divulgações financeiras e relatórios de
sustentabilidade corporativa permitem que os consumidores e os investidores tomem decisões
informadas com base nas práticas sociais e ambientais das empresas.

Essas regulamentações refletem uma mudança na percepção das empresas, que agora
são vistas não apenas como entidades visando ao lucro, mas também como atores-chave na
construção de um futuro mais justo e sustentável. O Direito Empresarial, nesse contexto,
desempenha um papel essencial na criação de um ambiente onde a responsabilidade
socioambiental não é apenas uma opção, mas uma obrigação, contribuindo para a construção
de um mundo mais diverso e habitável para as gerações futuras.
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É também reconhecido o papel das empresas na promoção do desenvolvimento


sustentável. O cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações
Unidas (ODS) tornou-se uma prioridade para muitas empresas, levando à criação de
regulamentações que incentivem ações que contribuam para metas como a erradicação da
pobreza, a igualdade de gênero e a redução das desigualdades.

4. Considerações Finais

O Direito Empresarial, ao longo de sua evolução histórica e na visão contemporânea,


desempenha um papel vital na regulação das atividades comerciais e empresariais. A jornada
desde as antigas práticas comerciais até os desafios complexos da era globalizada e digital é
um testemunho da capacidade de adaptação dessa disciplina diante das mudanças sociais,
econômicas e tecnológicas.

Ao olhar para trás, fica evidente que as normas comerciais rudimentares das
civilizações antigas evoluíram para um sistema sofisticado de regulamentações empresariais.
As corporações de ofícios pavimentaram o caminho para a codificação das práticas
comerciais. Esses marcos históricos sinalizam o compromisso contínuo de adaptar o Direito
Empresarial para atender às necessidades das comunidades comerciais.

A visão atual do Direito Empresarial reflete a interconexão global e as rápidas


mudanças tecnológicas. A globalização e a revolução digital transformaram as relações
comerciais, exigindo regulamentações que transcendam fronteiras e que se adaptem a um
ambiente comercial digitalizado. A proteção de dados, o comércio eletrônico e a propriedade
intelectual tornaram-se desafios complexos e multidimensionais.

Além disso, a responsabilidade social e a sustentabilidade emergem como pilares


fundamentais na abordagem contemporânea. Empresas são agentes não apenas de geração de
lucro, mas também de impacto social e ambiental. A regulamentação do Direito Empresarial
evoluiu para incentivar práticas socialmente responsáveis e sustentáveis, visando equilibrar o
sucesso comercial com o bem-estar da sociedade.

No entanto, os desafios e tendências contemporâneas demonstram que o Direito


Empresarial não pode se acomodar. A proteção de dados, a ética na inteligência artificial, a
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concorrência digital e a diversidade nas empresas são apenas alguns dos aspectos que
demandam regulamentações dinâmicas e adaptativas.

Em um mundo em constante transformação, a construção de um ambiente empresarial


justo, transparente e responsável depende do contínuo aprimoramento. Ao adotar uma
abordagem proativa, esse campo poderá moldar as práticas comerciais, influenciar a inovação
e garantir que as empresas desempenhem um papel construtivo na sociedade. À medida que
avançamos rumo a um futuro cada vez mais complexo, o Direito Empresarial permanece
como um farol orientador para a parceria igualitária entre interesses comerciais e sociais.
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5. Referências

A relação entre LGPD, Segurança da Informação e Direito Empresarial – Lei No


13.709/2018 – Blog Tostes & de Paula. Disponível em:
<https://tostesdepaula.adv.br/blog/lgpd-seguranca-informacao-direito-empresarial/>.

Barros, C.E.C (2013). História do Direito Empresarial. Manual de Direito Empresarial


Multifacetado, 7-43. Disponível em história do direito empresarial

FIA. Responsabilidade Social: o que é, importância e exemplos. Disponível em:


<https://fia.com.br/blog/responsabilidade-social/>.

GORDEEFF, N. Resumo de Empresa, Empresário, Estabelecimento e Trespasse em Direito


Empresarial. Disponível em:
<https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/resumo-de-empresa-empresario-estabelecimen
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MEDAUAR, Odete. O Direito Administrativo em Evolução. Brasília: Gazeta Jurídica, 2017.

SEMINÁRIO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PESQUISADORES E INICIAÇÃO


CIENTÍFICA EM DIREITO DA FEPODI. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<http://site.conpedi.org.br/publicacoes/4b3el5ku/bloco-unico/DlHpsb6QTKsj1eH9.pdf>.

WITTE, Gisele. Slides da aula sobre Direito Empresarial. Disponível no Moodle.

SEMINÁRIO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PESQUISADORES E INICIAÇÃO


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<http://site.conpedi.org.br/publicacoes/4b3el5ku/bloco-unico/DlHpsb6QTKsj1eH9.pdf>.

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