Direito Difuso e Coletivo
Direito Difuso e Coletivo
Direito Difuso e Coletivo
Maio de 2019
1 - Introdução
Não é de hoje que é possível observar grupos minoritários, eles existem desde a formação da
sociedade.
Alguns doutrinadores dizem que minoria está relacionada a quantidade, grupo menor; já
outros têm o entendimento de que um determinado grupo que tem uma quantidade razoável
de pessoas, não poderia ser considerado minoria, mas alguns se encontram em uma posição
vulnerável. Diante disto, se vê necessária uma atenção maior a essas pessoas, uma proteção
do Estado.
Podemos definir como minoria, aqueles que possuem crenças, etnias ou costumes que os
diferenciam dos demais. A Constituição Federal estabelece em seu artigo 5° que todos são
iguais perante a lei, o que torna discutível a defesa dos direitos das minorias.
Porém, na sociedade em que vivemos, observamos no cotidiano a descriminalização feita
com certos grupos, como por exemplo: os idosos, os homossexuais, as mulheres, os
indígenas, as crianças e adolescentes. E embora alguns grupos não sejam minoria em relação
à quantidade, eles devem ter maior atenção do Estado por se tratar de grupos que abrangem
pessoas vulneráveis a preconceitos ou maus tratos.
O Estado vem modificando as leis para resguardar os direitos dessas pessoas, como por
exemplo: O Estatuto do Idoso (10.741/2003), a Lei Maria da Penha (11.340/2006), o Estatuto
da Criança e do Adolescente (8.069/90). No caso dos homossexuais, podemos citar o
reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
É importante deixar claro, que o direito das minorias não deve ferir o princípio da igualdade
no seu sentido material, onde todos são tratados de maneira proporcional, devendo assim,
garantir à todos o tratamento adequado, bem como o devido atendimento de suas
necessidades.
2 - Conceitos
2.1 - Papel do Ministério Público nas ações coletivas.
A propositura de ações coletivas só pode ser realizada por um dos legitimados que está no
rol taxativo do art. 5 da LACP e art. 82 CDC e Ministério Público é um desses legitimados.
Essa legitimação visa a maior efetividade à atividade judicial no trato de demandas individuais
repetitivas, e também a ampliação do acesso à justiça, da redução dos custos processuais e
a celeridade processual. E além disso visa tutelar/defender um direito que é de todos e esse
está sendo infligido de alguma maneira.
Na defesa desses muitos interesses o Ministério Público pode participar da legitimação de
forma concorrente com os outros legitimados. A C.F. em art. 127 garante isso quando
descreve o Ministério Público uma instituição permanente essencial a jurisdição do Estado,
incumbido – lhe a defesa da ordem pública, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis. E traz também em seu art. 129 a legitimação deste para promover o
inquérito civil, a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses coletivos.
Há casos em que o Ministério Público ajuíza a ação Civil Pública contra um determinado
grupo, visando o cumprimento de determinada obrigação, como por exemplo impedir a greve
PROCESSO N. 2023434-96.2014.8.26.0000