Monografia - Inicial - Lusibina 25 de Maio

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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA- Á POLITÉCNICA

Instituto Superior de Humanidades Ciências e Tecnologias-ISHCT

Psicologia Clínica e de Aconselhamento

Consequências Psicológicas do Início da Actividade Sexual


Precoce em Raparigas dos 13 aos 16 anos de Idade, Estudo de
Caso da Cidade de Quelimane, Bairro de Janeiro, (2019-2020).

Lusibina Mário Simões Bové

Quelimane
2021
Lusibina Mário Simões Bové

Consequências Psicológicas do Início da Actividade Sexual


Precoce em Raparigas dos 13 aos 16 anos de Idade, Estudo de
Caso Bairro Janeiro, Cidade de Quelimane, (2019-2020).

Monografia Cientifica apresentada ao Instituto Superior de


Humanidades, Ciências e Tecnologia, como requisito parcial
à obtenção do grau de Licenciatura em Psicologia Clínica e
de Aconselhamento.

Tutora: Lic. Elisa Abibo Abacar Uaieca

Quelimane
2021
Parecer do Tutor
Dedicatória

Dedico este trabalho aos meus pais Luís Mutuasse Bové e


Deolinda Mário Moreira pelo todo apoio financeiro e
educação concedida. O mesmo dedico as minhas irmãs
Rose Bové, Neusa Bové, Osnil Bové, Jurema Bové e
Clarianny Bové pela força e encorajamento para
materialização deste percurso.
Agradecimentos
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à Deus pela força que me concedeu para terminar
com êxito esta longa caminhada que se reflecte com a conclusão do Curso de Licenciatura em
Psicologia Clínica e de Aconselhamento.

Em segundo, gostaria de agradecer à minha família, pela paciência suportada com as minhas
ausências de casa e pela força incansável que me deram para que concluísse este meu grande
percurso universitário.

Em terceiro, e de forma muito especial, agradeço a minha supervisora Lic. Elisa Abibo
Abacar Uaieca, pela forma sábia assim como pela paciência e amabilidade que teve durante a
orientação da presente Monografia

De igual modo, agradeço a todos os docentes da Universidade A´ Politécnica em especial a


minha Coordenadora do Curso Mestre Bélgica Harrison, Delegação de Quelimane, que de
forma coesa nos transmitiram conhecimentos que levaremos connosco ao longo da minha
vida, dando um novo constructo à minha formação académica.

Aos meus colegas em especial as duas irmãs que a faculdade me deu Fauzia Martins e Zanura
Nauaga, pelo seu apoio para ultrapassar os obstáculos encontrados durante esta longa jornada
académica e entrevistados pela sua disponibilidade.

Por fim, gostaria de agradecer à todos aqueles que, directa ou indirectamente, contribuíram
positivamente para que este trabalho fosse realizado.

A todos eles, o meu muito obrigado.


Resumo
A presente pesquisa intitulada “Consequências psicológicas do início da actividade sexual
precoce em raparigas dos 13 aos 16 anos de idade, estudo de caso da cidade de Quelimane,
bairro de Janeiro, (2019-2020)”. Assim, com esta temática desenvolve-se uma abordagem
das diferentes repercussões resultantes do início precoce da actividade sexual nas raparigas
com idade retro mencionada. O objectivo geral é de compreender as consequências
psicológicas do inicio da actividade sexual precoce em raparigas dos 13-16 anos idade e os
específicos: perceber as motivações do início da actividade sexual precoce, verificar o
relacionamento da rapariga com seus encarregados de educação e descrever as repercussões
de carácter psicológico resultante do início da actividade sexual precoce. A problemática da
investigação são as consequências psicológicas do inicio da actividade sexual precoce nas
raparigas dos 13 aos 16 anos de idade no bairro Janeiro cidade de Quelimane? Justifica-se a
relevância temática na medida em que, o inicio da actividade sexual precoce constitui uma
preocupação mundial e a prática esta ficar mais acentuada. O tema tem sido foco de muitos
debates esferas sociais com vista a encontrar soluções para desencorajar esta atitude na
adolescência, podendo aguardar o período psicologicamente e biologicamente previsto. Assim
levantaram-se as seguintes hipóteses: H1 Quais são as motivações do início da actividade
sexual precoce em raparigas dos 13 aos 16 anos de idade? H2Qual é o relacionamento da
rapariga com seus encarregados de educação com vista apurar o nível de abertura para diálogo
sobre início de sexo? H3 Quais são as repercussões de carácter psicológico resultante do
início da actividade sexual precoce na idade acima mencionada por parte da rapariga? Para o
alcance dos objectivos usou-se uma pesquisa exploratória, abordagem qualitativa, a
observação, entrevista semi-estruturada e pesquisa bibliográfica. Com vista verificar o
relacionamento da rapariga com seus encarregados de educação como forma de apurar o nível
de abertura para diálogo sobre início de sexo, constatou-se que, na sua maioria das raparigas
não tem a referida abertura. Aliado a este facto, a prática sexual no seio familiar constitui um
“tabu”, há esta falta de abertura entre os filhos e encarregados de educação para falar de sexo,
espaço este que poderia permitir a rapariga ter uma ideia sobre a prática desta actividade e
prováveis implicações do início precoce da mesma. De acordo com as diferentes constatações
identificadas ao longo do estudo, para minimizar a problemática recomenda-se que: Haja
maior diálogo aberto entre os filhos e encarregados de educação sobre a prática de actividade
sexual, suas implicações no início precoce como forma de preparar psicologicamente a
adolescente.

Palavras-chaves: Adolescência, Gravidez e actividade sexual precoce.


Abstract

The present research entitled “Psychological consequences of the beginning of early sexual
activity in girls aged 13 to 16 years old, a case study in the city of Quelimane, neighborhood
of Janeiro, (2019-2020)”. Thus, with this theme an approach is developed to the different
repercussions resulting from the early onset of sexual activity in girls with retro age
mentioned. The general objective is to understand the psychological consequences of the
beginning of early sexual activity in girls aged 13-16 years and the specific ones: to
understand the motivations for the beginning of early sexual activity, to verify the girl's
relationship with her parents and to describe the psychological repercussions resulting from
the beginning of early sexual activity. The research problem is the psychological
consequences of the beginning of early sexual activity in girls aged 13 to 16 years old in the
neighborhood of Quelimane, Janeiro? Thematic relevance is justified in that, the beginning of
early sexual activity is a worldwide concern and the practice is more accentuated. The theme
has been the focus of many debates in social spheres with a view to finding solutions to
discourage this attitude in adolescence, and may wait for the psychologically and biologically
predicted period. Thus, the following hypotheses were raised: H1 What are the motivations
for the beginning of early sexual activity in girls aged 13 to 16 years? H2What is the
relationship of the girl with her parents in order to determine the level of openness for
dialogue about the beginning of sex? H3 What are the psychological repercussions resulting
from the beginning of early sexual activity at the age mentioned above by the girl? To achieve
the objectives, exploratory research, qualitative approach, observation, semi-structured
interview and bibliographic research were used. In order to verify the relationship of the girl
with her caregivers as a way of ascertaining the level of openness for dialogue about the
beginning of sex, it was found that, in the majority of girls, there is no such openness. Allied
to this fact, sexual practice within the family is a “taboo”, there is this lack of openness
between children and guardians to talk about sex, a space that could allow the girl to have an
idea about the practice of this activity and likely implications of early onset. According to the
different findings identified throughout the study, in order to minimize the problem, it is
recommended that: There is a greater open dialogue between children and guardians about the
practice of sexual activity, its implications in the early beginning as a way of psychologically
preparing the child. adolescent.

Keywords: Adolescence, Pregnancy and early sexual activity.

Lista de Siglas e Abreviaturas

Ed. : Editora;
ISHCT: Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologias;
OMS : Organização Mundial de Saúde;
HIV: Vírus de Imunodeficiência Humana
DTS’s: Doenças de Transmissão Sexual
TEPT: Transtorno de Estresse Pós-traumático
PNS: Plano Nacional de Saúde
SINASC: Sistema de Informação Sobre Nascidos Vivos
S/D : Sem Data;
S/: Sem Local.

Lista de Tabelas
Tabela1: Conversa com encarregado de educação sobre actividade sexual? .........................26
Tabela2: O inicio da actividade sexual precoce afecta negativamente nos estudos?................26
Tabela3: Pode-se contrair alguma doença como resultado da actividade sexual precoce?......27
Tabela4: Contraiu uma gravidez?.............................................................................................27
Epigrafe

"Prudência é sobre distinguir as coisas desejáveis das que convêm evitar"


Cícero (10-4-43-a.c) filosofo grego
Sumário

CAPITULO I: INTRODUÇÃO..............................................................................................11

CAPÍTULOII:REVISÃODA LITERATURA........................................................................15

2.1. Conceitualização................................................................................................................15

2.1.1. Conceito de Adolescência...............................................................................................15

2.2.O papel da família na educação sexual dos filhos..............................................................15

2.3. As mídias e a sexualidade..................................................................................................16

2.4. Consequências negativas da sexualidade precoce.............................................................17

CAPÍTULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA.............................................................20

3.1.Tipo de pesquisa.................................................................................................................20

3.2. Métodos de Procedimento..............................................................................................20

3.3. Técnicas e instrumentos de colecta de dados.................................................................20

3.4. Universo.........................................................................................................................21

3.4.1. Amostra.......................................................................................................................22

3.5. Técnicas de análise e interpretação de dados.................................................................22

CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS..................................................23

CAPÍTULO V: DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.............................................................26

CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES.....................................................29

6.1. Conclusão.......................................................................................................................29

6.2. Recomendações..................................................................................................................30

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................31

Apêndice I: Guião de entrevista aplicado as raparigas.............................................................34


CAPITULO I: INTRODUÇÃO
A presente pesquisa tem como tema “Consequências psicológicas do início da
actividade sexual precoce em raparigas dos 13 aos 16 anos de idade, estudo de caso da
cidade de Quelimane, bairro de Janeiro, (2019-2020)”. Assim, com esta temática pretende-se
desenvolver uma abordagem com vista a perceber as diferentes repercussões resultantes do
início precoce da actividade sexual nas raparigas com idade retro mencionada.

O início da actividade sexual precoce constitui um fenómeno que tem ganhado muito
acentualidade na sociedade. A faixa etária que pretende-se estudar, enquadra-se na
Adolescência e é uma fase em que considera-se que a rapariga ainda não esta preparada para
prática de actividade sexual pelo desenvolvimento mental e físico.

De acordo com Belisse (2001, p.2), na adolescência as manifestações da sexualidade


parecem estar mais evidentes e nessa fase a atracção sexual começa revelar-se de forma forte
e marcante. E é aqui que surgem os primeiros problemas, pois nossos jovens não sabem,
muitas vezes, lidar direito com esse novo fenómeno que está ocorrendo em suas vidas: de um
lado o desejo de descobrir tudo de uma vez o que ainda não se conhece, do outro a
incompreensão de tantas transformações físicas, psíquicas, emocionais, o que acaba os
colocando em um grupo de risco devido a sua vulnerabilidade.

Deste modo, para melhor entendimento do tema em estudo pretende-se perceber as


motivações do início da actividade sexual precoce em raparigas dos 13 aos 16 anos de idade e
verificar o relacionamento da rapariga com seus encarregados de educação com vista apurar o
nível de abertura para diálogo sobre início de sexo. Ainda no decurso do estudo torna
pertinente descrever as repercussões de carácter psicológico resultante do início da actividade
sexual precoce na idade acima mencionada por parte da rapariga.

 Objectivo geral
 Compreender as consequências psicológicas do inicio da actividade sexual precoce em
raparigas dos 13-16 anos, estudo de caso Bairro de Janeiro, na cidade de Quelimane
(2018-2019).

 Objectivos específicos

11
 Perceber as motivações do início da actividade sexual precoce em raparigas dos 13 aos
16 anos de idade;
 Verificar o relacionamento da rapariga com seus encarregados de educação com vista
apurar o nível de abertura para diálogo sobre início de sexo;
 Descrever as repercussões de carácter psicológico resultante do início da actividade
sexual precoce na idade acima mencionada por parte da rapariga.

Levantam-se as seguintes Perguntas de pesquisa:


 Quais são as motivações do início da actividade sexual precoce em raparigas dos 13
aos 16 anos de idade?
 Qual é o relacionamento da rapariga com seus encarregados de educação com vista
apurar o nível de abertura para diálogo sobre início de sexo?
 Quais são as repercussões de carácter psicológico resultante do início da actividade
sexual precoce na idade acima mencionada por parte da rapariga?

A problemática de início de actividade sexual precoce é de carácter mundial. Nos dias


actuais a prática de actividade sexual na adolescência não constitui uma novidade mais sim
preocupação para a sociedade em geral. Vários esforços têm sido evidenciados com vista a
sensibilizar que os adolescentes retardem o início da actividade sexual.

Adolescência sendo fase de procura de identidade há vários comportamentos que são


manifestados e consequentemente com o fenómeno da globalização os adolescentes acabam
experimentados actos não permissíveis nesta faixa etária como a prática da actividade sexual.
Ferreira (2001, p. 169) corrobora com as ideias de Soares (2003), quando afirma que: “[...] a
mídia também contribui para uma visão equivocada do sexo: as imagens transmitidas são de
sexo aliado ao prazer, à excitação, ao perigo, à aventura e à violência. Os riscos da actividade
sexual desprotegida e suas consequências, a mídia não os divulga [...]”.

Entretanto, a problemática que pretende-se levantar na presente pesquisa foi


identificada na medida em que, dada alteração física, mental e social que regista-se na
adolescência e esta sendo uma fase de transição constitui uma preocupação o início da
actividade sexual, pela falta de preparo físico e mental da rapariga para esta prática.

12
Deste modo, durante o estágio profissional, no apoio psicossocial as raparigas na
adolescência, verificou-se um maior número de pacientes manifestaram terem tido início de
actividade sexual precoce. Nesta ordem de ideia, levanta-se a seguinte questão de
investigação: Quais são as consequências psicológicas do início da actividade sexual
precoce das raparigas de 13 aos 16 anos de idade no bairro Janeiro, na cidade de
Quelimane?

A escolha do tema para realização do presente estudo foi motivada pelo facto da
autora ter constatado ao longo do estágio profissional muitas adolescentes estarem em
situação de inicio de actividade sexual precoce. Dada a complexidade das características
mentais e fisiológicas na adolescência motivou na autora a realizar o estudo com este tema
para perceber as consequências psicológicas do início da actividade sexual precoce nas
raparigas dos 13 aos 16 anos de idade no bairro Janeiro, na cidade de Quelimane.

Justifica-se a relevância temática na medida em que, o início de actividade sexual


precoce constitui uma preocupação mundial e a prática esta ficar mais acentuada. Este tema
tem sido foco de debate esferas sociais com vista a encontrar soluções para desencorajar esta
atitude na adolescência, podendo aguardar o período psicologicamente e biologicamente
previsto.

Toda pesquisa visa contribuir a resolução de problemas que inquietam a sociedade. É


nestes termos que, com esta pesquisa na dimensão social pretende-se contribuir no
desencorajamento de todas adolescentes no início da actividade sexual precoce, podendo
retardar para um período que estiver fisicamente e mentalmente que estiverem preparadas.

Na dimensão académica, com este estudo pretende-se produzir informações relativas o


assunto em análise e que sirva de fonte de consulta, assim como incentivar vários interessados
a realizar pesquisas com o tema de início de actividade sexual precoce como forma de
divulgar maiores resultados sobre o tema.

No contexto profissional, espera-se contribuir na divulgação de estratégias adoptar as


autoridades e profissionais da área a obter mais conhecimentos para mitigar o início de
actividade sexual precoce.

13
A presente pesquisa esta estruturado da seguinte maneira: Capitulo I onde esta contida
a introdução e elementos da pesquisa; Capitulo II-revisão da literatura; Capitulo Metodologia
onde os caminhos traçados para alcance dos objectivos, Capitulo IV, apresentação de
resultados, capitulo V discussão de resultados, conclusão e finalmente as referências
bibliográficas.

14
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Conceitualização
2.1.1. Conceito de Adolescência
Para Olson (1983) a adolescência é um período ou uma etapa na vida de um individuo
que se inicia por profundas alterações morfológicas, biológicas e psicológicas, terminando
pela formação de uma personalidade e adopção de um sistema de valores que pronunciam a
entrada na idade adulta.

Tavares & Alarcão (1992) definem adolescente como aquele que “está a crescer, a
amadurecer do ponto de vista orgânico, psicológico e social e humano, contraposto ao
adulto”.

Piaget (1990) refere que o adolescente é um individuo que constrói sistemas e teorias
cuja adaptação à sociedade far-se-á de forma automática quando se torna realizador. Para o
mesmo autor, o adolescente não tem tempo nem oportunidade para aperfeiçoar a sua
metafísica, as suas paixões e a sua megalomania para uma verdadeira criação pessoal, factores
indispensáveis para a formação de um “EU” dinâmico, interactivo, onde impera a inteligência
e a afectividade.

2.2.O papel da família na educação sexual dos filhos


Segundo Sousa Etal (2006), na sociedade em que vivemos conversar sobre sexo ainda
é um tabu, entretanto podemos considerar esta situação, algo prejudicial, pois diante da
relevância deste tema deveria ser tratado de forma natural trazendo esclarecimento da parte do
adulto para o adolescente inexperiente. Portanto, diante da falta de informação por parte da
família, o jovem vai buscar conhecimento com outros adolescentes também imaturos,
acarretando numa prática sexual insegura e sem conscientização do ato cometido.

Desse modo deve-se buscar conhecer os tabus e crenças sobre a sexualidade para que
possa ser explanado este assunto com os adolescentes de forma mais tranquila, estabelecendo
uma comunicação segura, clara e sem receio entre as partes (Cano etal., 2000).

15
Suplicy (1983, p.25) afirmou que, algumas famílias não educam os adolescentes a
respeito da sexualidade, muitas vezes pela forma rígida que os pais foram educados e por que
se sentem incapacitados para abordar tal assunto, deste modo alguns pais se omitem e deixam
essa educação sexual para as escolas e para o sistema de saúde ensinar aos seus filhos, embora
estejam conscientes da sua obrigação como pais em dar educação sexual.

O número de revistas, entrevistas e programas acerca da "Obrigação" dos pais de dar


orientação sexual aos filhos fez com que a maioria se tornasse consciente dessa
responsabilidade. Ao mesmo tempo gerou uma preocupação, pois poucos pais se sentem
preparados para exercer essa tarefa.

Segundo Ribeiro (2011), a família tem um papel fundamental no desenvolvimento


global da criança e do adolescente, contribui activamente na educação, socialização, prestação
de cuidados, transmissão de crenças e valores, e de um modo geral, na saúde e bem-estar dos
seus elementos e apresenta uma influência mais intensa na adolescência.

Segundo Brás (2012) “a composição familiar, o nível de educação e o estatuto


socioeconómico, a qualidade da relação familiar, os estilos parentais, a supervisão parental, a
comunicação entre pais e filhos e os modelos parentais no que respeita a atitudes e valores
parentais face aos comportamentos sexuais, foram identificados como influenciadores das
atitudes/ comportamentos sexuais protectores ou de risco para a saúde dos jovens”.

Podemos então referir que quanto maior for a capacidade das famílias comunicarem
sobre sexualidade sem tabus, no momento certo, na altura certa e da forma mais correcta
adequada à idade, menores serão os comportamentos sexuais de risco da criança e do
adolescente.
Assim, na sociedade contemporânea, uma das questões mais discutidas são a sexualidade e a
conduta sexual, pois os indivíduos vêm sofrendo relevantes modificações, destacando que nas
últimas décadas a mulher conquistou uma "liberdade sexual" e social nunca antes vista nas
gerações passadas.

16
2.3. As mídias e a sexualidade
A adolescência é um processo de construção de valores, sendo nessa fase um dos
períodos que os mesmos mais se deixam influenciar pelas coisas que estão ao seu redor, desde
amigos, mídia, internet, televisão, folders e até mesmo outdoors (Rocha e Pereira., 2009).

Segundo Cano etal. (2000), o desenvolvimento da sexualidade no adolescente é


fortemente influenciado pela cultura ao qual o mesmo está inserido, pelos meios de
comunicação que constantemente exibem mensagens com apelo sexual.

Maia etal. (2006) menciona que, os meios de comunicação influenciam a vida do


adolescente de forma directa, seja na construção do saber, na formação do carácter e valores
morais ou mesmo na transmissão de valores distorcidos que se tornam maléficos e
prejudiciais para o seio familiar e para a sociedade em geral.

Por isso é de suma relevância analisar, sobre a mentalidade que está sendo formada
pelos jovens, diante dos incentivos que são difundidos pelos veículos de comunicação e
verificar se os mesmos estão atentos às intervenções da mídia na construção da identidade e
na formação da sua sexualidade (Cardoso e Silva, 2013).

Além disto, na maioria das famílias os pais não obtêm mais o alto poder de influência
na educação dos adolescentes, pois esse dever foi assumido em parte, pelos programas de
televisão, que não cansam de exibir sexo, traição, vingança, ódio, amor, mas como sempre
tendo um final feliz, ou melhor, dizendo o jovem nas novelas tem relações sexuais sem
responsabilidades, mas no final do roteiro sempre tem um eterno final feliz, como nos contos
de fábulas.

Porém, a realidade é bem diferente da ficção, ao qual não mostra os inúmeros riscos
que são adquiridos na relação sexual sem responsabilidade e conscientização, como doenças
sexualmente transmissíveis, uma gravidez indesejada, aborto entre outros.

2.4. Consequências negativas da sexualidade precoce


Segundo Ozella e Aguiar, (2008), é de total relevância tratar o assunto sexualidade na
adolescência, afinal de contas, cada vez mais cedo o jovem vem sendo erotizado a iniciação

17
sexual precoce e com isto surge a preocupação com doenças sexualmente transmissíveis,
gravidezes não programadas e o uso de diversos tipos de drogas, abortos entre outros.

Para Li etal., (2000) a conduta sexual perigosa, corresponde ao sexo desprotegido e de


se ter um número variado de parceiros. Isto é, a prática não obrigatoriamente tem um efeito
negativo, porém a possibilidade do jovem em contrair o Vírus da Imunodeficiência Humana
(HIV) seria um factor prejudicial. Logo se o jovem possui múltiplos parceiros o mesmo fica
mais susceptível a adquirir doenças sexualmente transmissíveis (DTS’s). Devido ao aspecto
peculiar dessa fase o adolescente torna-se mais vulneráveis ao sexo sem protecção (Cruzeiro
et al.,2010).

De acordo com o Plano Nacional de Saúde (PNS) de 2012 a 2015 no Brasil, cerca de
630 mil pessoas vivem com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) na faixa etária de 15
a 49 anos de idade, a taxa de predomínio da infecção pelo vírus, nesta população, contínua
estável desde 2004 em aproximadamente 0,6% (0,8% nos homens e 0,4% entre as mulheres),
em média são detectados cerca de 35 mil casos de pessoas que contraíram o Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV) por ano (BRASIL, 2017).

Outro factor desfavorável que pode ocorrer está relacionado com a gravidez
indesejada. No Brasil de acordo com o Ministério da Saúde o número de grávidas diminuiu
cerca de 17% entre 2004 e 2015, os dados fornecidos pelo Sistema de Informação sobre
Nascidos Vivos (Sinasc), mostra um declínio entre mães de 10 a 19 anos de idade, de 661,2
mil nascidos vivos em 2004, para 546,5 mil em 2015.

As mães adolescentes no ano de 2015, que deram à luz representam cercam de 18%
dos três milhões dos nascimentos de crianças no país neste ano. A região no Brasil com mais
filhos de mães adolescentes é o Nordeste, com cerca de 180 mil nascidos ou 32%, logo após
aparece à região Sudeste com 179,2 mil ou 32%, o Norte do país com 81,4 mil que representa
14%, a região Sul 62.475 ou 11% e por último o Centro
Oeste com 43.342 ou 8% (BRASIL, 2017).

Segundo Cano (2000) a gravidez na adolescência atinge todas as classes sociais,


porém os de baixa renda são os mais atingidos e os que mais sofrem as consequências, uma
delas é o abandono dos estudos, que afectará os sonhos futuros dessas jovens.

18
Com um nível escolar baixo, essa adolescente provavelmente não terá um emprego
com um bom salário, com isso o seu nível socioeconómico permanecerá o mesmo
continuando na classe social mais desfavorecida e marginalizada da sociedade. E um novo
ciclo se inicia, pois as mesmas não tiveram orientações sobre a sexualidade quando
adolescentes, do mesmo modo não terão condições de instruir seus filhos.

Diante dessa realidade muitas adolescentes poderão entrar em crise, podendo


ocasionar problemas psicossociais na sua vida e de seus familiares, por isso torna-se
necessário à conscientização dos jovens para uma prática sexual segura, sem acarretar
prejuízos futuros e dolorosos.

2.1.5 Relação entre a Educação Sexual e a Gravidez Precoce


A gravidez na adolescência ou gravidez precoce cada vez mais esta se tornando um
grande problema na educação. A escola, ao oferecer a educação sexual, contribui
efectivamente para que alunos desenvolvam a comunicação nas relações interpessoais, façam
escolhas conscientes no que se refere à actividade sexual e à prevenção de doenças
sexualmente transmissíveis (DTS’s) e a gravidez precoce. A educação sexual poderá permitir
ao adolescente a tomar decisões mais conscientes e responsáveis face a sua sexualidade,
(Campos 1990).
Quando a escola promove explicações e acções de formação sobre saúde sexual há uma baixa
probabilidade de gravidez precoce.

De acordo com (Fundo das Nações Unidas para a População) UNFPA (2013), a
relação entre a educação e a gravidez precoce na adolescência é um casamento difícil. A
literatura mundial traz evidências de que a educação por si só é o maior factor de protecção
contra a gravidez na adolescência.

A relação entre a educação sexual e a gravidez precoce é inversamente proporcional,


ou seja, quanto mais anos de escolaridade, menor a probabilidade de gravidez na
adolescência. Desta forma a falta de oportunidade educativas nesta matéria nas escolas, assim
como no seio familiar limita os direitos das adolescentes, aumenta o número de gravidezes e
tem consequências graves na dinâmica de desenvolvimento de um país.

19
Segundo Erik Erikson na etapa de desenvolvimento psicossocial puberdade e
adolescência, o adolescente procura a sua própria identidade separada da dos seus pais ou das
tradições sociais e o fracasso na busca da sua identidade traz consigo confusão e
desorientação nas suas crenças, ideias, sexualidade e vocação.
Uma das tarefas básicas da etapa adolescente é a procura da identidade. Dependendo
das fases prévias, a crise de identidade dos jovens resolver-se com maior ou menor
dificuldade. Da mesma maneira, a resolução desta crise contribui para êxito das etapas
posteriores.
Uma serie de factores como (transformações filológicas, procura de afecto,
curiosidade, demonstração de maturidade, cumprimento das expectativas dos adolescentes,
empurram o adolescente para satisfação do seu desejo sexual, oferecendo-lhe aliciantes e
excitação. Outros como contexto cultural, família, meios de comunicação social e religião não
actuam num sentido tão concreto e directo, mas funcionam como travão em ocasiões (família,
religião) e como estimulo noutros (meios de comunicação social, contexto sócio-cultural). O
efeito do conjunto destes elementos faz com que a influencia da sexualidade no adolescentes e
no jovem seja muito intensa e, de algum modo, conflituosa.

Para o presente estudo tem como teoria de base é a de Sigmund Freud,


Desenvolvimento psicossexual, para a qual os seres humanos, desde o nascimento, possuem
uma libido (energia sexual) instintiva que se desenvolve através de cinco estágios.

Na sua teoria do desenvolvimento humano. Freud considerou o critério afectivo, que


corresponderia ao comportamento do indivíduo frente aos seus objectos de prazer e dividiu
esse desenvolvimento em fases sucessivas, atribuindo a cada uma delas um nome ligado a
parte do corpo que parecia dominar o hedonismo naquela ocasião (Cano, et all 2000 p.56).

Todo o desenvolvimento seria marcado por essas fases. que se caracterizariam.


sobretudo pela mudança do que é desejado em cada uma e pela maneira como esses desejos
são atingidos. Consideradas como fases pré-genitais, temos: a fase oral, que vai desde o
nascimento até o desmame, por volta de um a dois anos de idade, aproximadamente; a fase
anal, que se inicia em torno de dois e três anos de idade; e a fase fálica, que tem o seu apogeu
em torno dos cinco anos, em média, o que coincide com o término do complexo de Édipo.

Todavia, é bom salientar que o tempo de cada fase é menos importante que as
transformações que ocorrem em cada uma dessas etapas durante o desenvolvimento do
individuo. A partir daí, as fases pré-genital se extinguem e a criança entra no período de

20
latência, permanecendo nele até os doze ou treze anos em média quando entra na puberdade e
sofre todo o processo de transformações biológica e psicológica que a preparam para a fase
adulta ou genital do desenvolvimento psicossexual (Cano, et all 2000).

Na fase oral, grande parte da energia sexual é direccionada para os lábios e a língua,
tornando-a portanto, a primeira zona erotogênica, uma vez que é esta a primeira parte a ser
dominada pela criança. Nela o prazer está associado, inicialmente, ao processo de se
alimentar. Em seguida, essa energia é grandemente direccionada para o ânus, que passa a ser a
nova zona de prazer: o ato de defecar ou reter as fezes passa a provocar prazer sexual
posteriormente, a criança entra na fase fálica, cuja zona erotogênica é formada do pénis ou do
clitóris (Cano, et all 2000 p.60).

Segundo Freud, essa fase é caracterizada de fálica porque nesse período do


desenvolvimento em torno de três ou quatro anos - ela se dá conta do seu pénis ou da sua
ausência nas meninas. Estas três fases constituem as fases pré-genitais da sexualidade e o
prazer obtido auto-erógeno.

O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) consiste em reacções disfuncionais

intensas e desagradáveis que têm início após um evento extremamente traumático.

 Eventos de risco à vida ou ferimentos graves podem causar angústia intensa e de


longa duração.
 É possível que a pessoa afectada reviva o evento, tenha pesadelos frequentes e evite
qualquer coisa que possa lembrá-la do evento.
 O tratamento pode incluir psicoterapia (terapia de apoio e de exposição) e
antidepressivos.

O sofrimento psicológico subsequente à exposição a um evento traumático ou estressante é


bastante variável. Em alguns casos, os sintomas podem ser bem entendidos em contexto de
ansiedade ou medo. Entretanto, está claro que muitos indivíduos que foram expostos a um
evento traumático ou estressante exibem um fenotipo no qual, em vez de sintomas de
ansiedade ou medo, as características clínicas mas proeminentes são sintomas anedônicos e
disfóricos, extematização de raiva e agressividade ou sintomas dissociativos.

Em virtude dessas expressões variáveis de sofrimento clínico depois da exposição a eventos


catastróficos ou aversivos, esses transtornos foram agrupados em uma categoria distinta.

21
Muitas pessoas são afectadas de maneira duradoura quando algo terrível acontece. Em
algumas, os efeitos são tão persistentes e graves que são debilitantes e representam um
transtorno. Via de regra, os eventos mais propensos a causar TEPT são aqueles que invocam
sentimentos de medo, desamparo ou horror. Combate, agressão sexual e desastres naturais
ou provocados pelo homem são causas comuns do TEPT. No entanto, ele pode ser causado
por qualquer experiência avassaladora e possivelmente fatal, como violência física ou um
acidente de automóvel.

Esses eventos podem ser vivenciados directamente (por exemplo, sofrer uma lesão grave ou
ser ameaçado de morte) ou indirectamente (testemunhar outras pessoas sofrendo lesões
graves, morrendo, ou serem ameaçadas de morte ou tomar conhecimento de eventos
traumáticos que ocorreram com familiares ou amigos próximos). É possível que a pessoa
tenha vivenciado um único evento traumático ou, como ocorre com frequência, vários
eventos traumáticos.

Não se sabe por que um mesmo evento traumático pode causar TEPT vitalício em algumas
pessoas, mas não causar nenhum sintoma em outras. Além disso, não se sabe por que
algumas pessoas testemunham ou vivenciam o mesmo trauma muitas vezes ao longo de
anos sem ter TEPT, mas o desenvolvem em algum momento após um episódio
aparentemente semelhante.

Critérios Diagnósticos

Transtorno de Estresse Pós-traumático

A. Exposição a episodio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual


em uma (ou mais) das seguntes formas:

1. Vivenciar directamente um evento traumático;


2. Testemunhar pessoalemnete o evento traumático ocorrido com outras pessoas;
3. Saber o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo próximo. Nos casos
de episodio concreto ou ameaça de morte envolvendo um familiar ou amigo, é
preciso que o evento tenha sido violento ou acidental.

22
4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos do evento
traumático (p.ex., socorristas que recolhem restos de corpos humanos,
policiais repetidamente expostos a detalhes de abuso infantil).

D. Alterações negativas sem cognições e no humor associadas ao evento traumático


começando ou piorando depois da ocorrência de tal evento, conforme evidenciado
por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:

1. Estado emocional negativo persistente (p; ex., medo, pavor, raiva, culpa ou
vergonha);

23
CAPÍTULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA
No presente capítulo pretende-se ilustrar a metodologia de pesquisa a ser usada para o alcance
dos objectivos pretendidos no estudo.

3.1.Tipo de pesquisa
a) Quanto a natureza
Segundo Silva e Meneses (2005), “Pesquisa Básica: objectiva gerar conhecimentos novos
úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses
universais” (p.20). Esta pesquisa trata-se de Básica quanto a natureza porque os resultados
não foram aplicados imediatamente após a sua finalização.

3.2. Métodos de Procedimento


a) Estudo de caso
Ponte (2006, p.2) elucida que, Estudo de Caso é uma investigação que se assume como
particularista, isto é, que se debruça deliberadamente sobre uma situação específica que se
supõe ser única ou especial, pelo menos em certos aspectos, procurando descobrir a que há
nela de mais essencial e característico e, desse modo, contribuir para a compreensão global de
um certo fenómeno de interesse.

Recorreu-se ao estudo de caso dada extensividade da cidade de Quelimane e como forma de


melhor perceber o problema levantado ao longo do estudo foi particularizado, sendo
direccionado as raparigas dos 13 aos 16 anos de idade no bairro Janeiro.

3.3. Técnicas e instrumentos de colecta de dados


As técnicas de colecta dados que foram usadas nesta pesquisa são a observação directa dos
factos, a entrevista e análise documental.
a) Observação: Richardson (1999), elucida que, a observação sob algum aspecto, é
imprescindível em qualquer processo de pesquisa científica, pois ela tanto pode
conjugar-se a outras técnicas de colecta de dados como pode ser empregada de forma
independente e/ou exclusivas.

24
Em linguagem comum, a observação é o exame minucioso ou a mirada atenta sobre um
fenómeno no seu todo ou em algumas das suas partes. Cientificamente, a observação não é
apenas uma das actividades da vida diária, torna-se uma técnica científica à medida que serve
a um objectivo formulado de pesquisa, é sistematicamente planificada, registada e ligada a
proposições mais gerais e, em vez de ser apresentada como conjunto de curiosidades
interessantes, é submetida a verificações e controlo de validades e precisão.

A técnica de observação consistiu na observação de determinadas de realidades das raparigas


com idade que temos vindo a mencionar que tiveram início de actividade sexual precoce.
b) Entrevista: segundo Gil (1999), entrevista é uma técnica de pesquisa que visa obter
informações de interesse a uma investigação, onde o pesquisador formula perguntas
orientadas, com um objectivo definido, frente a frente com o respondente e dentro de
uma interacção social. Esta técnica permitirá colher informações juntos dos elementos
seleccionados na amostra.
Foi aplicada uma entrevista semi-estruturada como forma de permitir maior interacção
com entrevistado, visto que, foi elaborado um guião de entrevista a ser aplicado aos
participantes seleccionados para o estudo.

c) Pesquisa Bibliográfica: Segundo Moresi (2003, p.10):


Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em
livros, revistas, jornais, redes electrónicas, isto é, material acessível ao público em geral. Fornece
instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotar-se em si
mesma. O material publicado pode ser fonte primária ou secundária.
Com a técnica de pesquisa bibliográfica pretendeu-se apresentar diferentes visões de vários
autores, suas respectivas teorias como forma de aprofundar a temática proposta.

3.4. Universo
De acordo com Richardson (1999, p.157), Universo ou População é o “conjunto de
elementos que possuem determinadas características”. Usualmente, fala-se de população ao se
referir a todos os habitantes de um determinado lugar.
No universo de 30 das raparigas dos 13 aos 16 anos de idade residentes no bairro Janeiro na
Cidade de Quelimane

25
3.4.1. Amostra
Segundo Gonçalves, (2009), torna-se claro que a representatividade da amostra
dependerá do seu tamanho e da forma como é coletada visando obter uma amostra
significativa, e que de fato represente toda a população.
Através do processo de amostragem, o pesquisador busca generalizar (conclusões) de sua
amostra para a população toda, da qual essa amostra foi extraída.

Portanto, amostra seleccionada para o presente foi de 8 participantes, estes escolhidos


a partir de amostra não probabilística por acessibilidade. A escolha deste critério para
identificar os participantes no estudo deve-se pelo de procurar-se obter maior acesso nos
participantes flexibilidade na gestão de tempo.

3.5. Técnicas de análise e interpretação de dados


Foi aplicado um guião de entrevista as raparigas dos 13 aos 16 anos de idade, do
bairro Janeiro, escolhidas para realização do estudo com um conjunto de questões como
forma de responder o problema levantado. O processo de análise de dados envolveu respostas
de pessoas entrevistadas, e seu nível de conhecimento em relação o início de actividade sexual
precoce.

De acordo com o guião de entrevista aplicado em função da amostra, as respostas


foram apresentadas de forma descritiva e analisadas indutivamente para permitir obter ilações
generalizadas.

Em seguida para uma análise mais profunda foi aplicada a técnica de triangulação de
dados onde envolveu uma apresentação das respostas fornecidas pelos entrevistados, uma
visão crítica da proponente e uma análise sobre as teorias em volta do tema em abordagem.
Ainda na análise de dados foi feita a categorização dos participantes, codificação de modo a
evitar a identificar seus nomes como forma de preservar a sua identidade.

26
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
No presente capítulo pretende-se apresentar os resultados colhidos junto dos entrevistados
com vista a perceber a problemática levantada ao longo do estudo. Por questões éticas os
entrevistados foram codificados com a letra “E”.

Questionados o que entendes por início da actividade sexual precoce, os entrevistados


responderam o seguinte:

E1: Início de actividades sexuais precoce é quando iniciamos a vida sexual cedo;

E2: Actividades sexuais é uma forma de satisfazer os nossos desejos sexuais;

E3: Actividade sexual precoce é aquela que acontece antes dos 18 anos;

E4: Início da actividade sexual precoce é quando o homem ou a mulher tem relação sexual
antes dos 18 anos de idade;

E5: Actividade sexual precoce é quando é feita antes do tempo;

E6: Eu entendo que o início da actividade sexual precoce é quando a mulher tanto como para
o homem não estão devidamente preparados para realizar o acto sexual.

E7: Para me o inicio de actividade sexual precoce entendo como iniciar esta actividade sem
estar fisicamente e psicologicamente preparada;

E8: Actividade sexual precoce é quanto uma menor começa a prática acto sexual.

Questionados se já teve inicio da actividade sexual precoce, se sim porque razões, os


entrevistados responderam o seguinte:

E1: Sim já. Porque fui violada com meu tio;


E2: Sim já tive. Por curiosidade;

27
E3: Sim. Fui obrigada;

E4: Sim, porque iniciei a namorar cedo;

E5: Sim, por insistência;

E6: Sim, já tive. Tive a actividade sexual precoce por insistência do meu parceiro e algumas
amizades que afirmavam e tentavam-me convencer que era o tempo ideal;

E7: Eu realizei esta actividade por curiosidade;

E8: Minhas amigas me enganaram que seria bom experimentar.

Tabela 1: Conversa com encarregados de educação sobre


actividade sexual?
Respostas Número Percentagem
Sim 1 10%
Não 7 90%
Total 08 100%
Fonte: Autora, 2021

Tabela 2: O início da actividade sexual precoce afecta


negativamente nos estudos?
Respostas Número Percentagem
Sim 3 30%
Não 5 70%
Total 08 100%
Fonte: Autora, 2021

Tabela 3: Pode-se contrair alguma doença como resultado de


actividade sexual precoce?
Respostas Número Percentagem

28
Sim 2 25%
Não 6 75%
Total 08 100%
Fonte: Autora, 2021

Tabela 4: Contraiu uma gravidez?


Respostas Número Percentagem
Sim 2 40%
Não 6 60%
Total 08 100%
Fonte: Autora, 2021

Questionados que problemas mentais terão sentido após o início precoce de actividade sexual,
os entrevistados responderam o seguinte:

E1: Passei a ter medo dos homens por causa do que me aconteceu;

E2: Bom a principio, eu passei a desconfiar de todos, porque achava que eles já sabiam o que
iniciei a vida sexual. Mas não tive nenhum problema mental;

E3: Tenho dificuldades em me relacionar. Não confio muito nas pessoas e tenho em
aprendizagem.

E4: Não tive nenhum problema mental após o acto sexual precoce, porque antes do acto
embora fosse menor já tinha informação sobre relação sexual;

E5: Isolamento;

E6: Sentia muita raiva, stresse e acima de tudo muito arrependimento. Queria ficar sozinha e
não conseguia contar para ninguém.

E7: Me sentia muito isolada, tive alguns distúrbios mentais;

29
E8: Quanto eu tive este acto fiquei muito desconcentrada, sentia uma mudança mental na
minha pessoa.

CAPÍTULO V: DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


No presente capítulo pretende-se discutir os resultados acima apresentados. A presente
discussão consistira na análise do discurso dos entrevistados, fundamentação teórica e
apresentação do posicionamento da autora.

De acordo com os entrevistados, verificou-se que tem um certo entendimento sobre o


início de actividade sexual, uma vez que todos nas suas respostas tiveram como centro de
abordagem uma actividade realizada antes do período previsto, com excepção entrevistado
E2. Factos que elucidam que, trata-se de uma actividade realizada com um despreparo físico e
psicológico.

Questionados se já teve início da actividade sexual precoce, se sim porque razões,


recorreu-se ao Soares (2003, p.51) os jovens de nossa sociedade sofrem grande influência da
mídia no processo de sua formação e que esta tornou o sexo mostrado em sua programação
um produto de exposição muito lucrativo.

Todas entrevistas já tiveram início de actividade sexual precoce. No entanto, as motivações


diferem, uma vez que, violência, obrigação, curiosidade, inicio precoce do namoro. Os
entrevistados 5 e 6 tiveram mesmos motivos de início de actividade sexual aliado a insistência
do parceiro.

Para perceber sobre conversa com encarregados de educação sobre actividade sexual,
na visão de Filioud (1981), os pais são por certo os educadores sexuais mais válidos porque a
natureza lhes confiou implicitamente esta responsabilidade. Na verdade, qualquer que seja a
sua atitude a respeito da sexualidade, mesmo que eles evitem falar dela abertamente, a
simples imagem do casal sexuado que gerou filhos, influi sobre o comportamento dos filhos.
A maneira de se comportarem com o outro cônjuge, de lhe falar, de modo atencioso ou
autoritário, é já em sim mesmo um ensinamento.

30
A tabela 1 ilustra dados sobre a questão referente se tem conversado com seus
encarregados de educação sobre actividade sexual, onde 1 dos elementos da amostra
correspondentes a 10% respondeu que sim e 7 correspondente a 90% responderam que não.
Deste modo, de acordo com os resultados percebe-se que na sua maioria das adolescentes não
tem tido conversa com os seus encarregados de educação, facto, constitui preocupante.

Os pais são as pessoas que têm maior possibilidade de interacção com os filhos desde
o seu nascimento até ao seu crescimento. Os pais são espelhos dos filhos, se em casa os pais
tem uma convivência saudável, transmitem o amor, claro que os filhos irão adquirir os bons
costumes dos pais. Por isso é concordar com a visão de Filioud, que os pais são os primeiros
responsáveis pela educação sexual dos seus filhos.

Quanta afectação negativa do início da actividade sexual precoce nos estudos, na


tabela 2 constam informações sobre as implicações psicológicas do início da actividade sexual
precoce nos estudos, onde 3 entrevistados correspondentes a 30% afirmaram que sim o início
precoce desta actividade teve implicações nos estudos. De outro lado, 5 entrevistados
correspondentes a 70% responderam que não tiveram implicações nos estudos.

Sobre a questão, contraiu alguma doença como resultado de actividade sexual precoce,
de acordo com Freitas (2002), o início precoce da actividade sexual é um factor que predispõe
a gravidez precoce e infecções sexualmente transmitidas, incluindo para o HIV/ SIDA, pois os
adolescentes principalmente nas faixas mais inferiores da adolescência têm pouca informação
sobre actividade sexual, incluindo sobre contracepção, reduzida ou nula habilidade, e poder
para negociar sexo seguro.

A tabela 3 ilustra dados sobre a questão colocada se como resultado de actividade


sexual precoce contraiu alguma doença onde 3 participantes do estudo responderam que sim e
6 responderam que não contraíram. Deste modo, na sua maioria de adolescentes que tiveram
início de actividade sexual precoce não contraíram alguma doença, enquanto, 2 participantes
no estudo contraíram como consequência deste acto.

Quanto contracção de gravidez, a gravidez na adolescência ou gravidez precoce cada


vez mais esta se tornando um grande problema na educação. A escola, ao oferecer a educação

31
sexual, contribui efectivamente para que alunos desenvolvam a comunicação nas relações
interpessoais, façam escolhas conscientes no que se refere à actividade sexual e à prevenção
de doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez precoce. A educação sexual poderá
permitir ao adolescente a tomar decisões mais conscientes e responsáveis face a sua
sexualidade, (Campos 1990).

Como forma de perceber algumas consequências do início da actividade sexual


precoce, foi colocada a questão como resultado deste acto terá contraído gravidez, 2
participantes numa percentagem de 25% responderam que sim, e 6 numa percentagem de
75% responderam que não.

Nessa fase os adolescentes são muito influenciados pelas opiniões alheias, pela mídia,
pelos padrões e pensamentos considerados certos, ditados pela sociedade, todos esses factores
podem gerar mudança de comportamento entre os jovens despertando neles um interesse
precoce pela primeira relação sexual.

Entretanto, de acordo com os autores acima mencionados e os entrevistados, vários


problemas mentais foram sentidos após o início precoce de actividade sexual como stress,
desconcentração como refere a E8, isolamento de acordo com entrevistados 5 e 6. Também,
existiu arrependimento, medo nos homens e confiança nas pessoas. De outro a entrevistada
codificada com E4 não teve nenhuma consequência depois de início da actividade sexual
precoce. Deste modo, pode-se verificar existem diferentes consequências mentais resultantes
do acto sexual precoce, mas nem sempre todas raparigas ressentem destas consequenciais.

32
CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

6.1. Conclusão

Da investigação realizada com estudo intitulado “Consequências psicológicas do


início da actividade sexual precoce em raparigas dos 13 aos 16 anos de idade, estudo de caso
da cidade de Quelimane, bairro de Janeiro, (2019-2020)”, concluiu-se que, a problemática
levantada no estudo constitui uma realidade, pois existem raparigas no bairro Janeiro que já
tiveram o inicio da actividade sexual precoce.

De acordo com os objectivos definidos, foram alcançados na sua totalidade, na medida


em que, foi possível perceber que, existiram diferentes motivações para o início de actividade
da sexual precoce das com idade entre 13 aos 16 anos. De entre várias motivações podem-se,
as seguintes: por obrigação, esta motivação pode-se ser associada a raparigas que afirmaram
que iniciaram por insistência. De outro, a curiosidade e violência foram também outras
motivações.

Com vista verificar o relacionamento da rapariga com seus encarregados de educação


como forma de apurar o nível de abertura para diálogo sobre início de sexo, constatou-se que,
na sua maioria das raparigas não tem a referida abertura. Aliado a este facto, a prática sexual
no seio familiar constitui um “tabu”, há esta falta de abertura entre os filhos e encarregados de
educação para falar de sexo, espaço este que poderia permitir a rapariga ter uma ideia sobre a
prática desta actividade e prováveis implicações do início precoce da mesma.
Portanto, dado início precoce da actividade sexual foram constatadas algumas consequências
psicológicas como o medo, isolamento, baixa auto-estima, descontentamento, raiva e stress.
Mas estas consequências não foram sentidas por todas raparigas.

Por tanto, o estudo tem como teoria de base é a de Sigmund Freud, Desenvolvimento
psicossexual. Na sua teoria do desenvolvimento humano. Freud considerou o critério afectivo,
que corresponderia ao comportamento do indivíduo frente aos seus objectos de prazer e
dividiu esse desenvolvimento em fases sucessivas, atribuindo a cada uma delas um nome
ligado a parte do corpo que parecia dominar o hedonismo naquela ocasião.

33
Todo o desenvolvimento seria marcado por essas fases. que se caracterizariam.
sobretudo pela mudança do que é desejado em cada uma e pela maneira como esses desejos
são atingidos.

34
6.2. Recomendações
De acordo com as diferentes constatações identificadas ao longo do estudo, para minimizar a
problemática recomenda-se:
 Há necessidade de um diálogo aberto entre os filhos e encarregados de educação sobre
a prática de actividade sexual, suas implicações no início precoce como forma de
preparar psicologicamente a adolescente;

 As autoridades competentes em matéria de saúde reprodutiva e sexual devem realizar


mais campanhas de sensibilização em matéria de início de actividade sexual;
 As raparigas na idade em estudo não se podem deixar por imitação, emoção,
curiosidade para início de actividade sexual precoce, devem aguardar o período
psicologicamente e fisicamente recomendadas.

 Necessidade de realização de mais estudos de modo que a sexualidade não possa ser
marginalizada do processo educativo, quer na escola, quer no seio familiar, bem como
nos convívios sociais, abrangendo desta forma esta educação todas as idades.

35
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UNFPA. (2013) Gravidez na adolescência. Desafios e respostas de Moçambique. Suplemento do


Relatório Sobre Situação da População Mundial

37
APÊNDICE

38
Apêndice I: Guião de entrevista aplicado as raparigas
O presente guião de entrevista tem como objectivo a recolha de dados para fins académicos,
pelo que todas as informações serão usadas e tratadas simplesmente para subsidiar a pesquisa,
cujo tema é “Consequências psicológicas do início da actividade sexual precoce em
raparigas dos 13 aos 16 anos de idade, estudo de caso da cidade de Quelimane, bairro de
Janeiro, (2019-2020)”.Desde já garantimos o sigilo nas informações fornecidas, cuja
finalidade é apenas para a elaboração da Monografia

Questões de investigação
1. O entendes por início da actividade sexual precoce?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

2. Já teve início da actividade sexual precoce? Se sim, porque?


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

4. Tem conversado com seus encarregados de educação sobre actividade sexual?


a) Sim_____
b) Não_____

5. Acredita que, o início da actividade sexual precoce terá afectado negativo nos seus estudos?
a) Sim_____
b) Não_____

6. Como resultado deste acto, contraiu alguma doença?


a) Sim_____
b) Não_____

7. Como resultado deste acto terá contraído gravidez?


a) Sim_____
b) Não_____

39
8. Que problemas mentais terá sentido após o início precoce de actividade sexual?
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

9. Que comentário deixa em torno do tema em estudo?


__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
FIM
OBRIGADA PELA COLABORAÇÃO

40

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