Relatorio1 Celso
Relatorio1 Celso
Relatorio1 Celso
Relatório 1
Espectrofotometria de absorção molecular no Vis (II) e (III) medida do espectro de
absorção Fe-fenantolina e da curva analítica para determinação de Fe2+ em uma
amostra.
Niterói
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................2
1.1 CALIBRAÇÃO POR PADRÃO EXTERNO........................................................11
1.2 MÉTODO DE CALIBRAÇÃO POR COMPATIBILIZAÇÃO DE MATRIZ
(SEMELHANÇA DE MATRIZ)...............................................................................................12
1.3 CALIBRAÇÃO POR ADIÇÃO DE PADRÃO (ANALITO)................................12
2 OBJETIVOS.........................................................................................................14
3 MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................15
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.............................................................16
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................17
5.1.1 Cálculos das concentrações das soluções de [Fe(o-fen)3]2+ das amostras em
mg/L ou ppm:..........................................................................................................................20
5.1.2 Cálculos das transformações das concentrações das soluções de [Fe(o-
fen)3]2+ em mg/L ou ppm para mol/L:.................................................................................20
5.1.3 Cálculo da concentração, em mol/L, da solução da amostra de Fe2+ e da
absortividade molar (ε) em L/mol-1*cm-1 (ou M-1*cm-1) do [Fe(o-fen)3]2+..................22
6 CONCLUSÃO......................................................................................................25
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................26
2
1 INTRODUÇÃO
π*). A figura a seguir representa esses níveis de energia (Fig 2a) e suas transições eletrônicas
(Fig 2b).
Figura 2 - (a): “Níveis de energia”; (b): “Transições eletrônicas”. Disponível em: https://www2.ufjf.br/quimicaead/wp-
content/uploads/sites/224/2013/05/7-Espectroscopia-no-ultravioleta.pdf.
Figura 5 - Espectro eletromagnético, com destaque para a região da luz visível. Disponível em:
https://www.infoescola.com/fisica/espectro-eletromagnetico/.
Perceba, na figura acima (Fig 5), que a frequência (v), que, visualmente, são aquelas
oscilações de formato senoidal acima na figura, é inversamente proporcional ao comprimento
de onda, em nm (λ), quanto maiores as oscilações por tempo, menores são os comprimentos
de onda, em forma de equação, isso quer dizer:
λ = c/ v Eq 2
verde, azul, púrpura (no caso do íon Complexo Ferro II – Ortofenantrolina: λmax = 510nm).
Geralmente a cor complementar da solução do analito é a radiação empregada em análise
colorimétrica. O quadro a seguir mostra tal relação (Quadro 1).
Quadro
1: Skoog. O Espectro Visível
A calibração por padrão externo é o método mais utilizado devido à sua simplicidade e
facilidade de interpretação. Em uma calibração por padrão externo, para a quantificação de
um analito, dados conhecidos da concentração do padrão de calibração são combinados com
dados de uma amostra de concentração desconhecida para gerar uma resposta ao problema. A
denominação de padrão externo é devido ao fato de que o padrão está separado, ou fora de
contato, com a amostra de concentração desconhecida. Ela envolve a comparação da resposta
instrumental à amostra com a resposta instrumental aos padrões.
Para se elaborar a curva de calibração externa é necessário medir a resposta do
instrumento para um determinado número (recomenda-se no mínimo 05) de padrões analíticos
(soluções preparadas a partir de uma solução estoque de concentração conhecida) de
diferentes concentrações. A escolha dos níveis de concentração para os quais a resposta será
medida deve estar dentro da faixa na qual se encontra o sinal das amostras e, também, onde a
curva se enquadra no modelo linear. Diluições ou pré-concentração das amostras podem ser
necessárias para o enquadramento das medidas experimentais nesses requisitos.
Na utilização de padrões externos, considera-se que as mesmas concentrações do
analito no padrão vão gerar sinal idêntico no instrumento. Desta forma, a função de calibração
relacionando a resposta instrumental e a concentração do analito deve-se aplicar à amostra.
Em geral, a resposta analítica é corrigida por meio de um controle chamado de branco. O
branco deve ser idêntico à amostra sem o analito. Na prática, é difícil preparar um branco
ideal que reproduza a matriz na qual se encontra o analito e, assim, alguma aproximação deve
ser considerada desde que não introduza distorção significativa no resultado. O branco pode
ser de solvente, contendo o mesmo solvente no qual o analito está dissolvido como também
de reagente, contendo o solvente mais os reagentes usados no preparo da amostra. Mesmo
com as correções efetuadas através do branco, vários fatores podem causar erro no método do
padrão externo. Destacamos o efeito de matriz, introduzido pela não similaridade entre os
ambientes em que se encontra o analito na amostra e nos padrões preparados.
Desvantagem:
• A principal desvantagem é que o método não permite corrigir o efeito da matriz,
quando existente, na qual se encontra o analito.
Vantagem:
• A principal vantagem deste método é que ele é simples de realizar e se aplica a um
conjunto grande de técnicas instrumentais.
2 OBJETIVOS
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Reagentes:
• Solução padrão de ferro II (10ppm ou 10mg/L);
• Solução de hidroquinona (10g/L);
• Solução de ortofenantrolina (1g/L);
• Solução de acetato de sódio (100g/L);
• Sulfato ferroso amoniacal;
• Ácido sulfúrico concentrado;
• Água destilada.
16
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Num balão volumétrico de 100mL, colocar 25,00mL da solução padrão de ferro e num
outro balão volumétrico de 100mL, 25mL de água para o branco. Adicionar aos balões 2,0mL
da solução de hidroquinona, 5,0mL da solução de ortofenantrolina e 8,0mL da solução de
acetato de sódio. Esperar 15 min e diluir a 100mL com água. Obter espectro de absorção,
medindo a absorvância no intervalo de onda de 400 a 600nm, usando o branco como
referência.
Em balões volumétricos de 100 mL colocou-se 5,00; 10,00; 20,00 e 25,00 mL da
solução padrão de ferro e no balão correspondente ao branco, 25,00 mL de água. Adicionou-
se hidroquinona, ortofenantrolina e acetato de sódio, e avolumou-se os balões com água
destilada. A ortofenantrolina é utilizada para fazer a complexação do ferro, pois o complexo é
colorido e assim é possível ser absorvido no visível. A hidroquinona é utilizada pois tem a
capacidade de reduzir Fe3+ a Fe2+, desta maneira consegue reagir com a ortofenantrolina. A
absorvância foi medida com comprimento de onda de 510 nm, anteriormente foi realizado
uma varredura entre 400 a 700 nm para obter o espectro do complexo formado.
17
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Figura 11: Reação de Redução ferro (III) para Ferro (II) tendo a hidroquinona como redutor; e reação de complexação do ferro (II)
para o íon complexo ferro (II) -Ortofenantrolina. Fonte: Figura do autor feita no software ChemDrawn Ultra.
18
Note que a constante de formação do íon complexo é bastante alta, 2,5*10 6, na ordem
do milhão, isto é, o reagente ferro (II) é totalmente complexado ao íon ferro (II)
-Ortofenantrolina. Isso permite inferir que, com a absorvância detectada pelo
espectrofotômetro no comprimento de onda máximo, e a curva de calibração com regressão
linear, fornecerá a concentração de ferro (II) da amostra.
Inicialmente, foi feita uma varredura espectral na região de 400 a 600 nm do íon
complexo ferro(II)-ortofenantrolina, [Fe(o-fen)3]2+. Observou-se que o comprimento de onda
máximo (λmax) é de 510 nm, valor este confirmado pela literatura e que absorvância
correspondente ao λmax foi de 0,459 de acordo com a tabela a seguir (Tab 2).
Tabela
2: Tabela do espectro de absorção feita pelo autor no LibreOfficer Calc do Linux (software análogo ao Excel do Windows).
19
Figura 12: Gráfico do espectro de absorção feito pelo autor no LibreOfficer Calc do Linux (software análogo ao Excel do Windows).
20
5.1.1 Cálculos das concentrações das soluções de [Fe(o-fen)3]2+ das amostras em mg/L ou
ppm:
• Balão de 5,00 ml
C1*V1 = C2*V2
(C2*V2)/V2 = (C1*V1)/V2
C2 = (C1*V1)/V2
C2 = (10mg/L*5,00mL)/100mL
C= 0,5 mg/L de Fe2+
• Balão de 10,00 ml
C1*V1 = C2*V2
(C2*V2)/V2 = (C1*V1)/V2
C2 = (C1*V1)/V2
C2 = (10mg/L*10,00mL)/100mL
C2 =1,0mg/L de Fe2+
• Balão de 20,00ml
C1*V1 = C2*V2
(C2*V2)/V2 = (C1*V1)/V2
C2 = (C1*V1)/V2
C2 = (10mg/L*20,00mL)/100mL
C2 = 2,0 mg/L de Fe2+
• Balão de 25,00 ml
C1*V1 = C2*V2
(C2*V2)/V2 = (C1*V1)/V2
C2 = (C1*V1)/V2
C2 = (10 mg/L*25,00mL)/100mL
C=2,5 mg/L de Fe2+
• Balão de 10,00 ml
C = 1,000 mg/L de Fe2+
1000mg = 1,000g
1,000mg = 0,001000g/L
55,845 g------>1mol
0,001g------>M
M ~ 1,791*10-5 mol/L
• Balão de 20,00ml
C = 2,000 mg/L de Fe2+
1000mg = 1,000g
2,000mg = 0,002000g/L
55,845 g------>1mol
0,002000g------>M
M ~ 3,581*10-5 mol/L
• Balão de 25,00 ml
C = 2,500 mg/L de Fe2+
1000mg = 1,000g
2,500mg = 0,002500g/L
55,845 g------>1mol
0,002500g------>M
M ~ 4,477*10-5mol/L
22
Tabela
3: Concentrações em mol/L e mg/L e absorvância. Dados para construção do gráfico usando a regressão linear. Fonte: tabela do autor feita no
LibreOfficer Calc do Linux (software análogo ao Excel do Windows).
23
Figura 13: Curva de calibração Absorvância x Concentração de Fe2+, em ppm ou em mg/L, usando a regressão linear. Fonte: figura do autor
feita no LibreOfficer Calc do Linux (software análogo ao Excel do Windows).
Figura
14: Curva de calibração Absorvância x Concentração de Fe2+, em mol/L, usando a regressão linear. Fonte: figura do autor feita no LibreOfficer Calc
do Linux (software análogo ao Excel do Windows).
24
y = 0,1858x - 0,00395
y = 0,1858x - 0,00395 + 0,00395
Multiplicar pelo fator de correção, já que deseja-se o valor da concentração da amostra
antes da diluição (100mL/25mL = 4):
0,1858x = (4)*(0,459 + 0,00395)
0,1858x = 1,8518
0,1858x/0,1858 = (1,8518)/(0,1858)
x = 9,96663078579117mg/L ou 9,96663078579117ppm
1000mg = 1,000g
9,96663078579117mg = 0,00996663078579117g
55,845 g------>1mol
0,000,00996663078579117g------>M
M = 0,000178469527904mol/L
M ~ 1,785*10-4mol/L de Fe2+
Usando os dados da segunda curva de calibração (Fig 14) é possível encontrar a
absortividade molar (ε), em L/mol-1*cm-1, do íon complexo ferro(II)-ortofenantrolina, [Fe(o-
fen)3]2+. Tal qual a primeira curva de calibração, a segunda é uma função afim (y = ax + b),
onde o declive (a) é a própria absortividade molar:
y = ax + b
y = 10376x - 0,00395
a = ε = 10376 L/mol-1*cm-1 = 1,0376*104 mol-1*cm-1 = 1,038*104 L/mol-1*cm-1
Na literatura, a absortividade molar (ε) do íon complexo ferro(II)-ortofenantrolina,
[Fe(o-fen)3]2+, é 1,1*104 mol-1*cm-1.
25
6 CONCLUSÃO
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS