Aula 11 - Indicadores de Restauração
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Aula 11 - Indicadores de Restauração
INDICADORES UTILIZADOS
NA AVALIAÇÃO DE ÁREAS EM
PROCESSO DE RESTAURAÇÃO
Departamento de Engenharia Florestal
Laboratório de Conservação de Ecossistemas e Recuperação de
Áreas Degradadas
INDICADORES ECOLÓGICOS
Van Straalen, 1998; Manoliadis, 2002
Definição
Representam uma análise por meio da
categorização numérica ou descritiva de
dados ambientais
Frequentemente baseado em informação
parciais que refletem o status de extensos
ecossistemas
O uso repetido de bioindicadores em
programas de monitoramento
Auxiliar no entendimento da dinâmica
Auxiliam nas tomadas de decisão para
melhorar a qualidade ambiental
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Áreas Degradadas
QUALIDADE DO INDICADORES
Potenciais indicadores devem:
Possuir relação bastante estreita com os objetivos
do projeto e os problemas ambientais abordados
Ser parte de um pequeno conjunto visando uma
abordagem eficiente
Ser claramente definido, a fim de evitar confusões
no seu desenvolvimento ou interpretação
Ser práticos e realista, o que supõe levar em
consideração o seu custo de coleta
Ser de alta qualidade e confiabilidade
Ser usados nas escalas espacial e temporal
adequadas
Manoliadis, 2002
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Áreas Degradadas
Método de comparação
Comparação entre sítios onde houve distúrbios e
outros sítios conservados, que possam funcionar
como referências para estudos comparativos.
Exemplo
Manejo e uso do solo
Perdas de diversidade vegetal e animal
associadas as práticas exercidas.
1. AVALIAÇÃO DOS
MECANISMO DE
SUCESSÃO DA ÁREA
INDICADORES DE RESTAURAÇÃO
AMBIENTAL
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composição
2. REGENERAÇÃO NATURAL
Permiti avaliar a dinâmica florestal da área,
através da analise das espécies e classes
sucessionais amostradas.
3. COBERTURA VEGETAL
Utilizada como medida mitigadora dos
impactos ambientais é uma opção coerente,
prática e econômica.
É importante para interceptação da chuva e
proteção do solo contra o impacto direto das
gotas; e para a infiltração da água devido ao
aumento da porosidade e granulação do solo.
4. BANCO DE SEMENTES
São todas as sementes viáveis no solo ou
associadas à serrapilheira para uma
determinada área num dado momento.
É um sistema dinâmico com entrada de
sementes através da chuva de sementes e
dispersão
Transitório - com sementes que germinam
dentro de um ano após o início da dispersão
Persistente - com sementes que permanecem
no solo por mais de um ano.
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4. BANCO DE SEMENTES
Arquivo de informações ou memória das condições
ambientais passadas é fator importante do
potencial da comunidade de responder a distúrbios
passados e futuros.
O estudo do banco de sementes pode dar
informações sobre a densidade de sementes,
composição florística e dar uma indicação do
potencial regenerativo das sementes estocadas
nos solos.
5. DEPOSIÇÃO DE SERRAPILHEIRA
6. CHUVA DE SEMENTES
Conjunto de propágulos que uma comunidade recebe
através das diversas formas de dispersão, propiciando
a chegada de sementes que têm a função de colonizar
áreas em processo de sucessão primária ou secundária
É Importante para conhecer os mecanismos que
propiciam a chegada natural de sementes dentro das
comunidades
Devemos reproduzi-los e assim transpor uma das
principais barreiras da regeneração natural
Falta de propágulos que possam originar novos
indivíduos em uma área após sua degradação.
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Áreas degradadas
Menor chegada de propágulos
A distância de fragmentos florestais significa uma
deficiência preocupante no aporte de sementes
para a área em processo de sucessão
A dispersão de sementes para uma área
degradada é essencial para a sua regeneração
Principalmente em espécies tropicais o Banco de
sementes do solo sofre uma rápida diminuição na sua
abundância e riqueza de espécies devido à curta
viabilidade de muitas dessas espécies.
(GARWOOD, 1989).
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2. QUALIDADE DO SOLO
INDICADORES DE RESTAURAÇÃO
AMBIENTAL
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INDICADORES UTILIZADOS
Atributos Atributos
Biológicos Físicos
Atributos
Químicos
Qualidade do Solo
(DORAN e PARKIN, 1994).
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Antes Depois
Físicos Físicos
Químicos Químicos
Biológicos
Visuais
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Degradação física
Relacionadas às alterações das condições
estruturais do solo, ou seja, refere-se à perdas
de condições ligadas:
Compactação, porosidade, retenção de água,
aeração, susceptibilidade à erosão, etc
Os principais indicadores utilizados são:
Textura, estrutura, profundidade do solo, do
horizonte superficial e das raízes, densidade do
solo, taxa de infiltração e capacidade de
retenção de água, etc
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• Baixo custo;
• Metodologia simplificada.
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TEXTURA
Processo de
Erosão Alteração na
degradação
acelerada textura
predominante
• Método da pipeta
- Define os percentuais de frações de areia silte e
argila
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ESTRUTURA
Complementa o estudo de avaliação do arranjo
entre sólidos e vazios;
Agregação e distribuição do tamanho dos
agregados e dos poros;
Avaliação da curva de retenção de umidade do
solo.
Poucos relatos do uso da estrutura com indicador
de qualidade;
Merece atenção pela interação com outros
atributos e a influência direta nas operações de
preparo e manejo do solo.
MENDES et al ,(2006) ; GOMES & FILIZOLA, (2006)
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RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO
• Resistência física que solo exerce em algo
que tenta se mover através dele aumenta
com a compactação e a redução da
umidade;
• Limita o crescimento das plantas e
infiltração de água no solo.
RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO
• Penetrômetro
Expressa em Kg/cm² ou Kpa
Fonte: <soilcontrol.com.br>
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RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO
• Avaliações indiretas:
Fonte:<gaia.liberato.com.br/q
- Profundidade de raízes uimicaonline/imagens/equipa
mentos/co ndutivimetro>
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Fonte: <soilcontrol.com.br>
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Degradação química
Reflete os insumos, como a adição desregrada
de agroquímicos ao solo; e as saídas, como os
nutrientes exportados pela produção agrícola ou
pela madeira dos plantios florestais, que
reduzem a fertilidade do solo.
Os principais indicadores são:
Carbono orgânico total, matéria orgânica do
solo, N total; pH; condutividade elétrica; e
os teores de N, P e K disponíveis, etc.
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o Indicadores Químicos
• Processos do solo ou de comportamento;
• pH
- Indicar acidez;
- Peagâmetro
Fonte: <portaldoprofessor.mec.gov.br>
• Carbono orgânico
- Não é considerado um nutriente para a planta;
- Baixos valores
• Método de análise
(CAMARGO et al 2009)
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• Análise
- Extração macronutrientes (Ca, Mg e K)
e sódio
- Solução normal de acetato de amônio pH 7,0 e
determinação dos seus teores no extrato
• Teor de Micronutrientes (Zn, Cu, Fe e Mn)
• Deficiência ou toxicidade
• Extratores: Mehlich e o DTPA-TEA
Degradação biológica
Perda da biodiversidade do solo e pela redução
do teor de MO, tendo como principal
consequência a baixa ou nula atividade da:
micro (menor de 0,2 mm em tamanho);
meso (de 0,2 a 2 mm); e
macrofauna (de 2 a 20 mm) e flora do solo
Os principais indicadores são:
C e N contidos na biomassa microbiana; N
potencialmente mineralizável e taxa de
respiração do solo, etc
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Diversidade Microbiana
• Indicadores microbiológicos
- Fundamentais na ciclagem de nutrientes no solo
e no fluxo de energia dos ecossistemas terrestres
- Importantes formação de estrutura do solo e tem
ação amenizadora de stress nutricional
• Biomassa microbiana
- Controlam funções a decomposição e o acúmulo
de m.o ou transformações envolvendo os
nutrientes minerais;
- Microorganismos utilizam a fração disponível da
m.o Sensíveis a mudanças a sua qualidade.
PARRON & BUSTAMANTE, (2002); TÓTOLA & CHAER, 2002; MELLONI, (2007)
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INDICADORES MICROBILÓGICOS
• Métodos de análise
- Fumigação e incubação;
- Fumigação e extração;
- Determinação da respiração induzida pelo
Substrato;
• Não considera composição e estrutura
• Diversidade microbiana
- Riqueza de microogarnismos = variedade de
espécies e inter-relaçoes dos processos
biológicos que ocorrem;
- Bactérias, fungos, protozoários, nematóides,
minhocas e artrópodes;
- Normalmente avaliada a nível de espécie e
diversidade genética.
3. Análise Florística
INDICADORES DE RESTAURAÇÃO
AMBIENTAL
Índices de Restauração
Índice de Diversidade de Shannon-Weaver
(H’)
– Este índice é calculado com base no número de
indivíduos de cada espécie e no total de indivíduos
Índice de Equabilidade de Pielou (J)
Coeficiente de Mistura de Jentsch (QM)
– Fornece uma idéia geral da composição florística do
ambiente, pois, indica, em média, o número de
árvores de cada espécie que é encontrado no
povoamento.
Índice de MacGuinnes (IGA)
– Estima o grau de agregação da espécie
Índice de dinâmica da comunidade
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4. FAUNA
Quanto maior a quantidade e a diversidade
da fauna, principalmente da avifauna, maior
seria o potencial de auto recuperação desta
área.
Indicadores Faunísticos
• Desproporção
– Indica desequilíbrio ambiental
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• Invertebrados
- Fáceis de serem avaliados;
• Insetos
- Abundantes - Tolerantes
- Espécies sensíveis á alterações no meio
- Método de análise (SILVA, 2002).
• Formigas
Fonte: <blogspot.com>
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• Cupins
- Importante nos processos de ciclagem de
nutrientes e
formação de solo;
Indicadores
• Utilização dos indicadoresFaunísticos
– Maioria dos estudos são feitos por comparação
• MC – insetos com larvas aquáticas, insetos
fitófagos, mosquitos e libélulas
• Ambiente mais secos – Coleoptera e
Orthoptera
• Invertebrados
– Indicadores de poluição ou alterações
ambientais
• Facilidade de coleta e baixo custo
• Grande diversidade
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Indicadores Faunísticos
• Isopteras
– Tropicais e subtropicais
• Associados a ciclagem de nutriente
• Lepidoptera
– Indicativo de ambiente “limpo” (sem poluição)
• Abrange a maioria dos ambientes
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Indicadores Faunísticos
Consideraram-nos como bons indicadores, pois
geralmente são organismos que possuem ampla
distribuição geográfica e ao mesmo tempo são
abundantes em seus hábitats.
Indicadores Faunísticos
• Ictiofauna
• Poluição
• Desmatamento
Indicadores Faunísticos
• Espécies-chave para o Cerrado
– Térmitas
• Devido às alterações que causam nas
características do solo, na grande
quantidade de inquilinos que vivem em suas
colônias, na importância de alimentos para
vertebrado, etc.
– Formigas cortadeiras, saúvas e quem-quem
– Movimentam uma grande biomassa vegetal,
alteram as características locais do solo e
abrigam vários inquilinos em seus ninhos
Consideração Final
Apesar de não ser recente, a discussão sobre o uso de
indicadores vem ganhando força e expõe a dificuldade
de se chegar a um consenso sobre quais parâmetros
são capazes de atestar o impactos.
Na prática
Muitos utilizam indicadores “empíricos”
Presença de determinadas plantas, insetos,
minhocas, etc
No meio científico
Além desses parâmetros, figuram as interações e
funções ecológicas sobre esses indicadores de
restauração