Interv. Ums
Interv. Ums
Interv. Ums
•Intervenção no lugar
•Descrição do serviço
Atendimento com equipe multiprofissional: Fonoaudiólogo, Assistente Social, Psicólogo,
Fisioterapeuta, Pediatra, Ortodontista e Nutricionista.
Contando também com serviços de: Farmácia, sala de curativo, clínica médica, exames
laboratoriais e encaminhamentos para especialidades.
•Arcabouço teórico
Com o aumento da expectativa de vida, muitas pessoas atingiram uma idade avançada e
vivenciam um processo de luto. O processo de envelhecimento pode dificultar lidar com o
luto. Este projeto de intervenção visa compreender os processos de luto nas pessoas
idosas e as formas de enfrentá-los. Foram utilizadas pesquisas bibliográficas. A velhice traz
consigo certas limitações físicas e uma série de alterações psicológicas, que podem
dificultar a adaptação dos idosos aos novos ciclos e à necessidade de superar perdas
emocionais. Ao enfrentar uma perda e passar pelas fases do luto, o idoso precisa receber
apoio de uma rede de pessoas, que podem ser profissionais de saúde, familiares ou mesmo
pessoas com quem, mesmo não sendo parentes consanguíneos, mantêm relações afetivas.
Laços. No entanto, isso nem sempre acontece. Em alguns casos, os idosos podem
experimentar isolamento social, depressão, irritabilidade e o desenvolvimento de certas
patologias pós-luto. Pensando nisso, observamos as dificuldades do luto vivenciadas
especificamente em idade avançada e como uma rede de apoio pode ser útil na intervenção
junto a pessoas enlutadas senis. A partir da velhice, numa perspectiva biopsicossocial,
podem ser discutidas possíveis intervenções psicológicas, por psicoterapias e processos
grupais.
Ao explicar o conceito em Luto e Melancolia, Freud (1915) o entende como uma reação à
perda, não necessariamente de um ente querido, mas também, algo que tome as mesmas
proporções, portanto um fenômeno mental natural e constante durante o desenvolvimento
humano. Para o autor, no luto, nada existe de inconsciente a respeito da perda, ou seja, o
enlutado sabe exatamente o que perdeu. Além disso, o luto é um processo natural instalado
para a elaboração da perda, que pode ser superado após algum tempo e, por mais que
tenha um caráter patológico, não é considerada doença, sendo assim, interferências
tornam-se prejudiciais.
O luto é um processo lento e doloroso, que tem como características uma tristeza profunda,
afastamento de toda e qualquer atividade que não esteja ligada a pensamentos sobre o
objeto perdido, a perda de interesse no mundo externo e a incapacidade de substituição
com a adoção de um novo objeto de amor (FREUD, 1915).
Continuando ainda com Sigmund Freud (FREUD, 1915) em Luto e Melancolia, o autor
revela que o luto é um processo doloroso, porém, a justificativa para isso seria encontrada
quando tivessem condições de apresentar uma caracterização da dor. Em 1926, o autor
apresenta que a Dor, na dimensão mental, também é a reação real à perda do objeto.
Segundo Freud (1926), quando há uma dor física, ocorre um alto grau do que pode ser
denominado de catexia narcísica da parte do corpo que se sente a dor. Na dimensão
mental, diante de uma situação dolorosa, essa catexia está concentrada no objeto do qual
se sente falta ou que está perdido, por não poder ser apaziguada, essa catexia tende a
aumentar com firmeza. A dor na dimensão mental produz a mesma condição econômica
que é criada diante de uma dor física. A transição da dor física para a mental corresponde a
uma mudança da catexia narcísica (investida na parte danificada do corpo) para a catexia
do objeto (objeto perdido do qual se sente falta).
Sem discordar das definições de luto explanadas por Freud (1915), Melanie Klein também o
concebe como uma perda objetal e, em cujo processo haverá uma reativação de
experiências tidas no princípio do desenvolvimento psíquico humano. M. Klein entende que
nesse processo haverá uma reativação (KLEIN, 1940) do que chamou de "posição
depressiva" arcaica. Assim, o que é acrescido em Klein, é que o luto não se refere apenas a
uma perda objetal real, mas também simbólica.
Klein (1940) postula que atividades psicóticas (primitivas, pois são vividas no
desenvolvimento natural) são reativadas no luto normal e durante esse período o indivíduo
encontra-se adoecido, porém, como o seu estado mental é comum e natural dado às
circunstâncias, o luto não é considerado uma doença, vencido após certo tempo. Para a
autora, o luto reativa a posição depressiva arcaica.
KLEIN, Melanie. O luto e suas relações com os estados maníaco-depressivos (1940). In:__.
Amor, culpa e reparação e outros trabalhos (1921-1945). Obras Completas de Melanie
Klein. Vol. I, Rio de Janeiro: Imago, 1996.
HORÁCIO F. & SANTOS L. o enfrentamento do luto na velhice diante da perda do cônjuge
no âmbito familiar. 2021.
Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/17239/1/TCC
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MELO D. Luto na terceira idade: como podemos dialogar sobre a morte para melhor
elaboração do luto. Psicologia viva. 2020
Disponível em: https://blog.psicologiaviva.com.br/luto-na-terceira-idade/
Acesso em: 11/11/2023
Kubler-Ross E. Sobre a morte e o morrer. Rio de Janeiro: Editora Martins Fontes; 1985.
Pag. n.p.
Kreuz G. & Franco M.H.P. O luto do idoso diante das perdas da doença e do
envelhecimento
– Revisão Sistemática de Literatura. Arquivos Brasileiros de Psicologia; Rio de Janeiro, 69
(2): 168-186
•Resultados Observados
Observou-se que o público alvo esteve bastante atento no decorrer da explanação, foram
bem participativas e fizeram relatos pessoais de suas experiências com o luto. Ficou claro
que algumas delas precisavam deste momento de fala, visto que estavam passando por
esse momento de luto, queria esse acolhimento e entender o processo que estavam
passando. Por fim, entenderam a importância do acompanhamento psicológico nesse
processo e buscaram informações de onde ter esse acompanhamento.