09274427022012cordados II Aula 10
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MAMÍFEROS
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META
A presente aula tem por meta apresentar as principais características dos mamíferos bem como as
hipóteses sobre a origem do grupo.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno deverá:
reconhecer as principais características que permitem separar os mamíferos dos demais grupos
de cordados, bem como aspectos evolutivos e comportamentais desses animais.
PRÉ-REQUISITOS
Conhecer as principais características anatômicas dos mamíferos vistas na disciplina Anatomia
Comparada dos Cordados.
Cordados II
INTRODUÇÃO
A classe Mammalia é representada atualmente por 5418 espécies, sendo
cinco Monotremata (équidnas e ornitorrincos), 331 Methateria (marsupiais)
e 5082 Eutheria (demais mamíferos). Os representantes desta classe ocor-
rem em quase todo globo terrestre, ocupando hábitats variados, incluindo a
Antártida. Mamíferos são vistos em praticamente todas as ilhas, e em todos
os mares e oceanos da Terra. Espécies marinhas podem ser encontradas
a uma profundidade de até 1000 metros, enquanto mamíferos terrestres
podem ser vistos do nível do mar até elevações acima dos 6500 metros.
Eles estão distribuídos em todos os biomas, incluindo a tundra, desertos,
savanas e florestas. Espécies de várias famílias têm se adaptado ao modo de
vida aquático em pântanos, lagos e rios. Eles estão presentes, tanto abaixo
da superfície terrestre, espécies fossoriais, quanto acima dela, nos galhos
das árvores no caso dos animais arborícolas, ou nos céus, através do vôo
(morcegos).
Os mamíferos formam um clado monofilético, originado dos Synap-
sida, animais com apenas uma fenestra temporal inferior. Os sinapsídeos
tiveram sua origem no final da Era Paleozóica, e desde então passaram
por três grandes radiações, as duas primeiras, pelicossauros e terapsídeos,
ocorreram durante a Era Paleozóica, antes mesmo das radiações dos diap-
sídeos, já estudados. A última linhagem de sinapsídeos, os mamíferos, não
atingiu seu auge até a Era Cenozóica. Os atuais mamíferos (monotremados,
marsupiais e eutérios) surgiram no final da Era Mesozóica.
Os mamíferos são caracterizados principalmente pela presença de
glândulas mamárias (lactação) e pêlos, endotermia, grande desenvolvimento
do neocórtex cerebral, mandíbula formada por um único osso (dentário),
articulação esquamosal-dentário, três ossículos no ouvido médio e ossos tur-
binados. Apresentam também dois côndilos occipitais, diafragma muscular
(que auxilia na ventilação pulmonar) e hemácias anucleadas, exceção apenas
dos representantes da família Camelidae, que mantêm glóbulos vermelhos
nucleados. O tegumento é rico em várias glândulas (e.g. sebáceas, sudorípa-
ras, odoríferas). Vários anexos tegumentares podem estar presentes como
garras, unhas, cascos, cornos, chifres, escamas, espinhos e placas dérmicas.
Os dentes são grandes e variam em número, forma e função, e ao contrário
de outros vertebrados são trocados apenas uma vez (difiodontia).
Os mamíferos possuem uma grande variação morfológica relacionada
à diversidade de hábitos alimentares e modos de locomoção. Em relação ao
tamanho, podemos encontrar desde o pequeno musaranho-pigmeu (Suncus
estruscus) com cerca de três centímetros de comprimento e dois gramas de
massa, até a grande baleia-azul (Balaenoptera musculus) com 30 metros de com-
primento e chegando a pesar 190 toneladas, o maior mamífero já existente.
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PELYCOSAURIA
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THERAPSIDA
O grupo que sucedeu os pelicossauros é conhecido como Therapsida,
que agrupa os “Therapsida não-mamíferos” e os mamíferos. Os Therapsida
não-mamíferos viveram entre o Permiano Médio e o final do Triássico. Este
grupo evoluiu a partir dos pelicossauros carnívoros e radiaram rapidamente
em formas herbívoras e carnívoras. Possuíam em geral corpos grandes,
cabeças avantajadas e membros fortes que se posicionavam mais ventral-
mente, semelhante ao observado nos atuais mamíferos. Tinham também
modificações que sugerem um aumento das taxas metabólicas em relação
aos pelicossauros. Entre elas temos, por exemplo, a ampliação da fenes-
tra temporal que permitiu a acomodação de músculos adutores externos
maiores sobre a cabeça. Neste grupo estabeleceu-se também a dentição
heterodonte, diferenciada em incisivos, caninos e pós-caninos. As cinturas
peitoral e pélvica apresentavam-se menos robustas e os membros eram
mais delgados do que os observados nos pelicossauros. O ombro permita
também movimentos mais livres dos membros peitorais.
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CYNODONTIA
Entre as várias linhagens de Therapsida uma, se destacou por ter
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originado os mamíferos: os Cynodontia. Este grupo surgiu no final do
Permiano e atingiu seu auge no Triássico. Estiveram presentes em toda
Gondwana. O fato dos Cynodontia serem encontrados em regiões de cli-
mas potencialmente frios é um indício de que esses animais provavelmente
tinham taxas metabólicas mais elevadas que os pelicossauros. Esta linhagem
é caracterizada pela redução no tamanho corpóreo (próximo ao de um
cão), especialmente as formas carnívoras. Várias características derivadas
tornam os cinodontes mais semelhantes aos mamíferos do que os grupos
anteriores de Therapsida. Todos os cinodontes possuíam dentes laterais
multi-cuspidados, focinho e lábios similares aos dos mamíferos. Indícios
de ossos turbinados nas passagens nasais estavam também presentes.
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Característica Contribuição
1. Ampliação da fenestra temporal Indicativo de maior musculatura da mandíbula
associado à maior ingestão diária de alimento.
2. Formação do arco zigomático Indica a presença de um músculo masseter, com
origem nessa barra e com sua inserção na mandíbula.
Este músculo está envolvido com o processamento
do alimento na boca.
3. Modificações do osso dentário Expansão do dentário e redução dos ossos pós-
dentários; formação de uma nova articulação
mandibular com o crânio (dentário-esquamosal).
Possibilitaram melhorias no processamento do
alimento e da audição.
4. Dentes heterodontes e difiodontes Os dentes são diferenciados em relação ao tamanho,
forma e função; redução do número de dentições
para apenas duas (“leite” e a permanente). Indicativo
de mastigação com um movimento rotatório da
mandíbula.
5. Desenvolvimento de um palato Contribuiu para a separação da passagem nasal da
secundário boca permitindo que a respiração e a alimentação
ocorram ao mesmo tempo.
6. Forame parietal Orifício que estava presente em pelicossauros e que
foi perdido nos mamíferos. Esta abertura mantém o
olho pineal, utilizado no controle da temperatura por
meio de medidas comportamentais.
7. Posição dos membros Posicionados sob o corpo (postura ereta), soluciona
o conflito entre a corrida e a respiração em
organismos com nível mais alto de atividade.
8. Forma das cinturas Mamíferos possuem cinturas que permitem uma
postura mais ereta, uma porção maior do peso chega
aos membros, e a capacidade de sustentação das
cinturas podem ser minimizadas.
9. Forma dos pés Redução do comprimento dos dedos gerando pés
mais curtos. Indicativo de uso como alavanca, com
uma postura ereta.
10. Forma da coluna vertebral Eliminação das costelas lombares sugere a presença
de um diafragma muscular, indicando taxas
respiratórias mais elevadas. Com a perda das
costelas lombares surgiram modificações nas
vértebras dessa região que permitiram a flexão
dorso-ventral.
11. Cauda Encurtamento das caudas, refletindo em uma postura
mais ereta, na qual a propulsão dos membros é mais
importante do que a flexão axial.
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Estrutura dos esqueletos de: (A) Pelicossauro, (B) terapsídeo não cinodonte, (C) terapsídeo cinodonte
e (D) mamífero basal.
OS PRIMEIROS MAMÍFEROS
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A lactação trouxe uma grande vantagem aos mamíferos, uma vez que
permite a produção de descendentes independentes da disponibilidade
sazonal do alimento. Os mamíferos são capazes de armazenar alimento,
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na forma de gordura, e de convertê-lo posteriormente em leite. Assim, as
fêmeas sozinhas, independentes dos machos, podem suprir seus filhotes
com alimento. Outro acontecimento interessante, resultante da lactação,
foi o fato de tornar a viviparidade menos desgastante à mãe, visto que os
filhotes podem completar parte do seu desenvolvimento fora do útero.
Uma característica que também é única aos mamíferos é a habilidade
de amamentação. Para o desenvolvimento dessa atividade algumas adap-
tações foram necessárias para permitir a sucção dos mamilos, ingestão do
leite e a respiração ao mesmo tempo. Bloqueios carnosos foram formados
contra o palato com a língua e a epiglote, isolando efetivamente as funções
respiratórias e de ingestão. Estes bloqueios auxiliam também a sucção do
mamilo, enquanto respiram pelo nariz. Músculos faciais se desenvolveram
formando os lábios e as bochechas que contribuem para que o filhote mame.
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ALLOTHERIA
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Mamíferos
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PROTOTHERIA
Os representantes desta subclasse são agrupados na infraordem Or-
nithodelphia (gr. ornitho = ave e delphy = útero, referindo-se ao único
oviduto funcional dos ornitorrincos, semelhante ao observado nas aves)
e na ordem Monotremata (gr. mono = um e trema = buraco, se referindo
à presença de uma cloaca). A ordem Monotremata possui quatro famílias,
duas extintas (Kollikodontidae e Steropodontidae) e duas viventes (Ornitho-
rhynchidae e Tachyglossidae). Os prototérios mais antigos são datados do
Cretáceo Inferior, e atualmente existe apenas uma espécie de ornitorrinco
e quatro de équidnas (de nariz curto e de focinho longo) viventes, todas de
ocorrência na região australiana.
Monotremados: (A) ornitorrinco - Ornithorhynchus, (B) équidna de nariz curto- Tachyglossus e (C)
équidna de focinho longo - Zaglossus.
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Casal de ornitorrincos.
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Tachyglossus aculeatus
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Tachyglossus aculeatus
THERIA
O próximo grupo que iremos trabalhar é o dos térios, que se distinguem
dos monotremados a principio pela capacidade de darem a luz a filhotes,
no lugar de colocarem ovos. Os térios apresentam glândulas mamárias
com mamilos, uma cóclea com pelo menos duas voltas e meia, uma orelha
externa e molares tribonsfênicos (com três cúspides). Os anéis escleróticos
ao redor dos olhos desaparecem completamente e a maioria dos térios
perdeu a septomaxila, um osso no crânio, presente nos monotremados. As
costelas cervicais, observadas nos prototérios, também desaparecem e um
tipo mais derivado de articulação entre a tíbia e o astrágalo, com a completa
superposição do astrágalo sobre o calcâneo, se estabelece nos térios. Esta
articulação do tornozelo tornou possível, provavelmente as novas e melhores
formas de locomoção, tais como a corrida e o salto. Como já comentado,
a subclasse Theria se divide em duas infraclasses, Metatheria, representada
pelos marsupiais (ex.gambás, coalas, cangurus) e Eutheria, os placentários
(ex. cachorro, boi, homem).
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Theria: (A) Marsupiais e (B) eutérios.
METATHERIA
Australidelphia
Microbiotheria 1/1 Monito-del-monte; ~25 g; região Neotropical
3/60 Camundongo-marsupial, gatos selvagens,
Dasyuromorphia demônio-da-Tasmânia, lobo-da-Tasmânia,
tamanduá-marsupial (“numbat”); 5 g a 20kg;
região australiana
1/1 Toupeira-marsupial; 50 kg; região australiana.
Notoryctemorphia
2/21 “Bandicoots” e “bilbies”, 100 g a 5 kg; região
Peramelemorphia australiana.
Diprotodontia 9/110 “Possums”, marsupiais-voadores, “cuscuses”,
“honey possum”, coala, “wombats” “potoroos”,
“wallabies”, cangurus, 12 g a 90 kg; região
australiana.
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Exemplos de marsupiais: (A) gambá, (B) diabo-da-Tasmânia, (C) Monito Del Monte, (D) lobo-da-
Tasmânia, (E) toupeira-marsupial, (F) “bandicoot”, (G) coalae (H) canguru.
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Didelphis virginianus.
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Crânios de mamíferos com destaque para os dentes heterodontes: (A) marsupial e (B) eutério e
crânio de um lobo vistas (C) ventral e (D) lateral.
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EUTHERIA
A infraclasse Eutheria inclui os mamíferos usualmente conhecidos como
“placentários”, referendando-se à presença de uma placenta, que é um órgão
responsável por propiciar as trocas fisiológicas entre a mãe e o feto. Porém,
todos os térios apresentam uma placenta cório-vitelínica, originada do saco
vitelínico. O que existe de diferente é que os eutérios possuem também uma
placenta cório-alantóidea, desenvolvida posteriormente através da combinação
das membranas amnióticas coriônica e alantóidea. Embora seja esse o padrão,
existem exceções como alguns marsupiais que podem apresentar as duas formas
de placentação e eutérios que não possuem a circulação via alantóide. Outra
característica distintiva é que as fêmeas de eutérios possuem vagina única.
Como nos tópicos anteriores já foram trabalhadas várias características
que permitiam separar os monotremados e marsupiais dos eutérios, apre-
sentarei, nesta parte, apenas algumas informações das ordens viventes de
placentários (Eutheria). Possivelmente a diversificação dos eutérios, a partir
de um estoque ancestral, se deu de forma relativamente rápida, o que contri-
bui para a dificuldade de entendimento das relações de parentesco entre os
grupos. O acréscimo de informações provenientes de estudos moleculares
vem gerando inclusive modificações significativas nas árvores filogenética
dos eutérios. Veja exemplo a seguir, onde em (a) temos uma proposta de
filogenia baseada em dados morfológicos e em (b) em dados moleculares.
Filogenia da Classe Mammalia: (A) baseada em dados morfológicos e (B) em dados moleculares.
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Filogenia de Afrotheria.
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Representante da ordem Proboscídea, (A) Elephas maximus (o elefante asiático) e (B) Loxodonta
africana (elefante africano de savana).
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Filogenia de Xernarthra.
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Representante da ordem Pilosa, (A) tamanduaí (Cyclopes didactylus), (B) tamanduá-mirim (Tamandua
tetradactyla) e (C) tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla).
Filogenia de Euarchontoglires.
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Filogenia de Laurasiatheria.
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Representante da ordem Carnivora, (A) lobo, (B) lontra, (C) urso panda, (D) morsa, (E) foca e (F)
leopardo-das-neves.
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Representante da ordem Cetacea: (A) baleia corcunda, (B) baleia franca do norte, (C) golfinho, (D)
narval, (E) orca e (F) boto.
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Representante da ordem Artiodactyla: (A) camelo, (B) alce, (C) javali, (D) girafa, (E) hipopótamo,
(F) boi, (G) antilocapra e (H) antílope.
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CONCLUSÃO
Os mamíferos representem o menor grupo de vertebrados, mas mesmo as-
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sim, possuem uma grande diversidade de formas, tamanhos, padrões de atividade
e de hábitos alimentares e de uso do espaço. Existem desde espécies que mantém
um padrão primitivo, com a postura de ovos, àquelas que retêm seus filhotes até o
nascimento. Alguns nascem prematuros, demandando grandes cuidados, e outros
dão à luz a filhotes mais desenvolvidos, encurtando o atendimento por parte dos
progenitores. Podem ser solitários ou formar grupos sociais, algumas vezes com
funções bem definidas de seus componentes. A comunicação entre as espécies
pode ser bem elaborada com o uso de sons, odores, comportamentos, entre out-
ros estímulos. Estão amplamente distribuídos no globo terrestre, havendo desde
espécies terrestres, aquáticas às que voam. A diversidade e riqueza de espécies de
mamíferos são influenciadas por diversos fatores, entre eles, a história evolutiva,
o grau de isolamento e a complexidade do habitat.
RESUMO
Os mamíferos estão representados hoje por 5418 espécies, sendo cinco
monotremados, 331 marsupiais e 5082 eutérios. Apresentam formas, taman-
hos e hábitos muito variados e ocorrem em quase todo globo terrestre, ocu-
pando hábitats variados. Derivaram dos Synapsida, animais com apenas uma
fenestra temporal inferior, que tiveram sua origem no final da Era Paleozóica,
passando por três grandes radiações (Pelycosauria, Terapsida e Mammalia).
Os mamíferos são distinguidos de outros vertebrados principalmente pela
presença de glândulas mamárias (lactação) e pêlos. A subclasse Prototheria
(ornitorrincos e équidnas) agrupa aqueles mamíferos que mantêm o padrão
ancestral de reprodução, com a postura de ovos. Seus representantes não
apresentam mamilos e os filhotes lambem o leite diretamente dos pêlos que
circundam as glândulas mamárias. Na fase adulta não apresentam dentes, ha-
vendo um bico coriáceo (em vez de córneo). A subclasse Theria se distingue
da dos monotremados a princípio pela capacidade de darem a luz à filhotes,
no lugar de colocarem ovos. Os térios apresentam glândulas mamárias com
mamilos, uma cóclea com pelo menos duas voltas e meia e uma orelha externa.
A subclasse Theria se divide em duas infraclasses, Metatheria, representada
pelos marsupiais (ex. gambás, coalas, cangurus), e Eutheria, os placentários
(ex. cachorro, boi, homem). Os marsupiais dão à luz a filhotes prematuros
que terminam seu desenvolvimento, em geral, no interior do marsúpio. Já os
eutérios possuem uma placenta, responsável pelas trocas fisiológicas entre a
mãe e o feto. Porém, todos os térios apresentam uma placenta cório-vitelínica,
originada do saco vitelínico. O que difere é que os eutérios têm também uma
placenta cório-alantóidea, desenvolvida posteriormente através da combinação
das membranas amnióticas coriônica e alantóidea.
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ATIVIDADES
Pesquise em livros, artigos e sites e discorra sobre:
1. Radiação dos marsupiais e eutérios no mundo.
2. Origem e evolução do homem
PRÓXIMA AULA
Chegamos ao fim de mais uma disciplina. Espero que tenham aproveit-
ado o conteúdo e tomado gosto pelos animais conhecidos como cordados.
AUTOAVALIAÇÃO
Antes de finalizar seus estudos, verifique se realmente reconhece as
principais características dos mamífeors viventes.
REFERÊNCIAS
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