Lição Nº 07 À 10
Lição Nº 07 À 10
Lição Nº 07 À 10
Angola foi colónia portuguesa até ao ano de 1975, pode falar na existência de três
grandes grupos sociais, designadamente os colonizadores, os assimilados e os indígenas e
dois tipos de sociedade, designadamente uma sociedade central e sociedades (ou
comunidades) periféricas. Na Angola colonial, a um relativamente pequeno grupo de
colonizadores (brancos) 26% e seus descendentes mestiços 8%, opunha-se um grande grupo
de colonizados (negros) 67%, do conjunto urbano. (Carvalho 2011, p.57-69).
A sociedade colonial deixou rastros no sector econômico, político e social que podem
ser percebidos até hoje, porém a estrutura social se modificou. As reivindicações
autonomistas do século XIX em Angola ficaram conhecidas como proto-nacionalismo e
foram protagonizadas pelos filhos da terra que veicularam o seu discurso na imprensa
daquela época.
Lição nº 08
1.5.1 Cabinda
Até meados do século XVI, o território era conhecido por Kiona ou Tchioud
que significava mercado.
Em finais do século XVI e Princípio do século XVII, surgiram nomes de
Kapinda, Kabinda, com os Negoio, Lândana, Molembo.
No século XIX ficou conhecido como pelo nome de Porto Rico.
A partir de 1885 e após a conferência de Berlim o território passou a ser
conhecido por Enclave de Cabinda. Em 1887 passa a ser a sede do distrito do
congo.
Em 1896, Cabinda foi baptizado como vila Amélia até 1910 pelo governador
Serpa Pimentel. Em 1917 deixa de ser distrito do Congo e passa para Maquela
do Zombo.
Com a criação do distrito do Zaire em 1922, Cabinda permanece na jurisdição
administrativa desta. Em 1934 Cabinda fica subordinada ao governo de
Luanda, fruto da nova divisão administrativa da colónia. Já no ano de 1946,
passa ser distrito, elevada à categoria de cidade no ano de 1956.
Lição nº 09
Fundado por volta do século XIV, esse Estado centralizado dominava a parcela
centro-ocidental da África. Albergava países como: Angola, Gabão, República do Congo,
República Democrática do Congo. Nessa região encontrava-se seis províncias: Soyo,
Mbamba, Nsundi, Mpango, Mbata e Mpemba (VANSINA, 1965: 34). Inúmeras eram as
etnias que estavam presentes na região do reino do Kongo; Esse grupo habitava a área ao
norte e ao sul do rio Zaire, entre a costa atlântica ocupando a região do Baixo Zaire, grande
parte do Noroeste de Angola, o enclave de Cabinda e atingindo a parte ocidental da atual
República do Congo (MARTIN, 1999: 500).
Ao sul do rio Zaire, o grupo Kongo subdividia-se nas seguintes etnias: Solongo,
Mboma, Ashikongo, Zombo (Mbata), Nkanu, Mpangu, Nsundi. Povos que se estendiam
para o norte do grande rio: Tsotso, Hungu, Yaka e Suku. Ao norte do Zaire, habitam as
etnias Woyo, Kakongo, Vili, Yombe, Kunyi, Manyanga e Bembe (MARTIN, 1999: 500).
Em algum ponto por volta de 1375, Nímia A Nzinga, governante de Pemba Cazi, fez
uma aliança com Nsaku Lau, governante do vizinho Reino Mbata. Nímia A Nzinga casou-se
com Lukeni Luansanze, um membro do povo bata e possivelmente filha de Nsaku Lau. Essa
aliança garantia que cada um dos dois aliados ajudaria a garantir a sucessão da linhagem de
seu aliado no território do outro.
O reino do Kongo assim como boa parte dos povos da África centro-ocidental era
organizada de forma parental, essa organização social também é referida como sociedade
doméstica. Figuras que Reinaram o antigo Estado do Kongo:
Nzinga Nkuwu ( baptizado como D. João I, 3/05/1491, faleceu cerca de 1506).
Nzinga Mvemba (D. Afonso I, filho de D. João I, faleceu em 1443).
Nkanga Mvemba (D. Pedro I, filho de D. Afonso I, renunciou cerca de 1545).
Mpudi-a-Nzinga Mvemba (D. Francisco I, até cerca de 1546).
Nkubi Mpuadi-a-Nzinga (D. Diogo, neto de D. Afonso I, faleceu em 1561).
Nzinga Mvemba (D. Afonso II, filho de D. Diogo I, faleceu em 1561).
Nzinga Mvemba (D. Bernardo I, irmão de D. Afonso II, faleceu em 1567).
Mpuadi-a-Nzinga Mvemba (D. Neriko ou Henrique I, faleceu cerca de 1568,
ultima linhagem de Nzinga Mvemba).
Nimi-ne-Mpangu, Lukeni-lua-Mvemba (D. Álvaro I, faleceu em 1587).
Nimi-ne-Mpangu Lukeni, Lua Mvemba (D. Álvaro II, filho de D. Álvaro I,
faleceu em 1614).
BIÉ Bailundo é uma das províncias situada a oeste de Angola e faz fronteira com a
província do Huambo entre os rios Kuvo e Kutato, seu povo é Ovimbundu. Antiga mente
contava – se com cerca de 450.000 habitantes dispersos pela mais de 300 aldeias existente e
faz parte na sociedade Africana. O primeiro ataque do planalto foi em 1645, pelos
portugueses quando ainda estavam conservados em Massango e em luta aberta, com a rainha
Njinga, da Mutamba.
O segundo ataque foi em 1660 nova mente recheado. No meiado do século XVIII, os
Portugueses atacaram o reino do Ngalangui, prenderam o rei e estabeleceram em 1769, uma
aliança com o rei do Kakonda, que facilitaram a construção do forte do Kakonda-a-Nova.
Cidades africanas: Congo, Eioje, Matamba Holo, Mbula Catole, LuandaTombo Nzele,
Ambaca ngoleme – Kitambo , Cassanje hango, Maconde ndongo, Kabasa, Pungo andongo,
Quissama, Muxima , Massangono, Cambambe.
A segunda coligação formou – se mais tarde em 1856, de novo chefiada pele Ciayaka,
compreendendo as regiões de Cingolo e Kalukembe, embora não tenha obtido resultados
positivos.
BIÉ
Quando Ciyoka se tornou rei do Bié, estavam criadas as condições para uma aliança
contra os portugueses. Como resultado do seu reinado conquistou o reino do Ngolangui,
construído o forte do Kuango, no reino de Nganguela. Ciyoka morreu em 1888, sucedendo
lhe o rei Ndunduma Iº do Bié, que renova com a crescida a aliança anterior.
No final do século VIII, Bié foi o local onde negociava-se produtos alimentares, a parece
como um ponto estratégico no caminho que os portugueses encontraram e que os leva até as
terras do Lovale.
A origem e fundação do viye não são bem claras. As contradições sobre sua fundação
nem sempre coincidem. Mas existem visões que, atendendo a globalidade da historia dos
Ovimbundu e dos seus vizinhos Songos e Lumbes, e sobre tudo os Tchokwe suscitam
algumas credibilidade. De entre tantas podemos enfatizar a que concerne o significado e a
origem do termo Viye (Bié), que é um contacto que atesta a proveniência do vocábulo
«Viye» do imperativo na terceira pessoa do plural, do verbo Umbundu Okwiya isto é, vir.
ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL
ORGANIZAÇÃO ECONOMICA
Recolhiam produtos das florestas como o mel e acera, e da caça aos elefantes extraiam
o marfim e apele. Sendo Habis utilizadores da metalurgia de ferro, produziam uma serie de
instrumentos agrícolas, de caça e defesa que foram úteis em diversas actividades
desenvolvida pelos Ovimbundo durante o século da sua existência.
Com abolição de tráfico de escravo a região voltou a merecer a tensão das autoridades
portuguesas, mas no sentido da repressão do que da implantação de um projecto de
desenvolvimento autónomo. Nesta época, a presença portuguesa circunscrevia – se, a morte
as feitorias de Benguela velha, fundada no século XVII, novo redondo, fundado por Sousa
Coutinho, assim como Kilombo e Egipto.