Dor Resiliencia
Dor Resiliencia
Dor Resiliencia
Curso:
Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações
Cadeira:
Psicologia Cognitiva
Discente:
Docente:
Dr. Josina da Graça Simiony
Docente:
Dr. Josina da Graça Simiony
The pain of loss, especially in the context of the death of a loved one, is analyzed in its
multidimensionality. Emotional stages, including denial, anger, bargaining, depression,
and acceptance, are highlighted, providing an initial framework for understanding the
complexities of grief. Simultaneously, resilience is defined as the ability to adapt and
overcome adversities, presenting itself as a dynamic force that not only enables
recovery but also fosters personal growth.
The study argues that the intensity of initial pain may be related to a greater potential for
resilient growth over time. Additionally, mediating factors such as social support and
moderating factors like the specific nature of the loss play crucial roles in the
relationship between pain and resilience.
No que diz respeito à resiliência, Masten (2001) destaca sua natureza adaptativa e
dinâmica. A resiliência não se limita à simples recuperação; ela transcende,
impulsionando o indivíduo a crescer e aprender com as adversidades. Nesse contexto, a
resiliência não é apenas a ausência de dificuldades, mas sim a capacidade de enfrentar
desafios, aprender com eles e emergir fortalecido. Essa perspectiva ressalta a
importância de não apenas superar a dor da perda, mas também de utilizar essa
experiência como um catalisador para o desenvolvimento pessoal.
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completa da relação entre a dor da perda e a resiliência, permitindo a personalização de
abordagens de suporte para atender às necessidades únicas de cada pessoa em luto.
1.1. Contextualização
A dor da perda, muitas vezes, transcende as palavras, abrangendo uma gama complexa
de emoções que podem variar desde o luto até a tristeza profunda (Neimeyer, 2000).
Cada forma de perda é única em sua natureza, desencadeando diferentes respostas
emocionais e psicológicas. A perda de um emprego, por exemplo, pode desencadear
sentimentos de desespero e incerteza financeira, enquanto a perda de um relacionamento
pode resultar em solidão e tristeza duradoura (Stroebe & Schut, 1999).
1.2. Justificativa
A escolha deste tema baseia-se na relevância universal da experiência da perda e na
crescente importância de compreender como a resiliência pode ser cultivada para
mitigar os impactos negativos associados. À medida que enfrentamos um mundo em
constante mudança, compreender a dinâmica entre a dor da perda e a resiliência não
apenas enriquece o campo da psicologia, mas também informa práticas clínicas e
estratégias de apoio emocional (Luthar, Cicchetti, & Becker, 2000).
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1.3. Objetivos
1.3.1. Objetivo Geral
Investigar a relação entre a dor da perda e a capacidade de resiliência, analisando
como esses elementos se manifestam e interagem ao longo do processo de
enfrentamento.
2. REVISÃO DE LITERATURA
O processo de luto, como descrito por Kübler-Ross, inicia-se com a negação, uma
resposta inicial que pode funcionar como uma forma de proteção contra a crueldade da
perda. A raiva e a barganha que se seguem são expressões normais da busca por sentido
e justiça diante de uma morte impactante. A depressão representa um estágio de tristeza
profunda e reflexão, enquanto a aceitação indica o começo de uma reconciliação
gradual com a realidade.
Ao explorar a dinâmica da dor da perda pela morte, é fundamental reconhecer que essa
experiência é inerentemente única e pessoal. Cada indivíduo responde de maneira
distinta à perda de um ente querido, influenciado por fatores como o relacionamento
prévio, as circunstâncias da morte e os sistemas de crenças pessoais (Worden, 2009).
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nesse contexto, não é apenas a habilidade de se recuperar, mas também a força que
possibilita um crescimento significativo. A pessoa enlutada pode encontrar significado
na dor, reconstruir sua vida e desenvolver uma perspectiva mais profunda sobre a
existência.
Ao conectar esses conceitos, revela-se uma interação complexa entre a dor da perda pela
morte e a resiliência. A dor é inevitável e profundamente sentida, mas a resiliência
emerge como uma força que ajuda a pessoa a atravessar esse período sombrio e,
eventualmente, a encontrar um novo equilíbrio na vida.
Essa interação é moldada por fatores individuais, pelo suporte social disponível e por
estratégias de enfrentamento adotadas. Ao compreender essa dinâmica, os profissionais
de saúde mental e cuidadores podem oferecer apoio mais personalizado, reconhecendo a
singularidade de cada jornada de luto.
De acordo com Engel (1961, cit. por Averill & Nunley, in Stroebe, Stroebe & Hansson,
1993), o luto não é só um estado pessoal de intensa angústia mas, também, um
fenómeno associado a uma grande variedade de perturbações psicológicas e somáticas.
Em 1973/1980, Bowlby (cit. por Mikulincer & Florian, 1996), afirma que o luto reflete
a frustração de uma necessidade básica de vinculação, que é manter a proximidade com
uma figura significativa, bem como o romper de um significado de segurança na vida.
Posteriormente, Glick, Weiss & Parkes (1974, cit. por Weiss, 1993, in Stroebe, Stroebe
& Hansson, 1993) e Wortman & Silver (1987, cit. por Weiss, 1993, in Stroebe, Stroebe
& Hansson, 1993) referem que o luto resulta pelo facto de os indivíduos perderem
algumas relações primárias, mas não todas, e que as pessoas que perdem elementos
significativos, como um companheiro ou uma criança, manifestam um luto intenso e
prolongado.
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Segundo os autores Moore & Fine (1990 cit. por Hagman, 1996) o luto é visto como um
processo mental no qual o equilíbrio físico é restabelecido após a perda de um ente
querido, sendo uma resposta mental a qualquer perda significativa e a mais comum a
dor que, normalmente é acompanhada pela perda de interesse em relação ao mundo
exterior, preocupação com as memórias do objeto perdido e diminuição da capacidade
de investir em novos relacionamentos.
Shuchter & Zisook (1993 cit. por Hagman, 1996) afirmam que o luto é um fenómeno
natural que ocorre depois da perda de uma pessoa significativa, sendo um processo
individual, que varia de pessoa para pessoa, de momento para momento e que envolve
muitas dimensões do ser humano.
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cognitiva da relação, muitas vezes levando a uma sensação avassaladora de perda
(Neimeyer, 2000).
2.2. Resiliência
O termo resiliência tem origem na palavra latina resílio, resilire, que significa "recuar".
De acordo com os dicionários latim-português (Faria, 1967; Saraiva, 2000; apud
Brandão, 2011, p. 265) A palavra é formada por um prefixo “re” que indica retrocesso e
mais o sufixo “salire” que é um verbo, cujo significado é saltar, pular. Assim pode-se
dizer que o significado da palavra é “saltar de novo”, “saltar de volta” ou “saltar para
trás”. Ainda, segundo o Macmillan Dictionary (2018), o “ato de rebote”.
As pesquisas mostram que existe uma grande quantidade de estudos sobre resiliência,
entretanto ainda não existe uma definição universalmente aceita. Da mesma forma que o
termo, sustentabilidade, a resiliência é um conceito que segue uma norma, portanto não
é fácil de ser apresentado através de uma avaliação quantitativa (SHARIFI;
YAMAGATA, 2014). Relativo às inúmeras áreas que adotam o termo resiliência,
existem vários estudos e conceitos, o que resulta em uma dificuldade de apresentar uma
definição única para tal palavra. Entretanto a maioria das definições e conceitos
caminham sempre em uma única direção e denotam complementação entre as diferentes
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ideias (RIGHI 2011). Por exemplo quando se pesquisa a palavra em dicionários podem
ser identificados dois vieses para interpretação do vocábulo, uma física e outra em
sentido figurado.
Observa-se que a maioria das reflexões acerca da resiliência estão sempre focadas no
fato de que os sistemas em estudo devem apresentar a habilidade de resistir às
adversidades e perturbações. Ou seja, as preocupações estão sempre voltadas para que
as resistências sejam referentes às vulnerabilidades propostas por um meio ambiente
hostil. Entretanto as vulnerabilidades a que um sistema está predisposto não são apenas
relativas às catástrofes naturais. Magalhães (2010) argumenta que a natureza dos
fenômenos urbanos é humana e social, portanto, intencional. Por isso existem
predisposições às interferências antrópicas.
A resiliência pode ser vista e analisada sob diferentes abordagens. Na forma mais
simples de compreensão do que é a resiliência, ela pode ser definida como um retorno
rápido ao estado original após sofrer grande distúrbio, suportando maiores tensões e
sendo menos perturbada por uma determinada quantidade de estresse. Esta é a forma
mais simples de se conceber a resiliência. O Prof. Crowford Stanley Holling, ecologista
da Universidade da Flórida, denominou este tipo de “Resiliência de Engenharia”, em
razão de que obras de engenharia como pontes, edifícios e infraestruturas são projetados
para suportar grande tensão e logo após retornarem ao seu estado original.
Esse tipo de resiliência de retorno imediato é a forma mais comum das pessoas
entenderem o termo. Entretanto não significa que isso se aplica apenas às infraestruturas
de engenharia. “Se uma pessoa é resiliente, ela pode se recuperar de um grande choque
ou tensão, como por exemplo a perda de um emprego. As pessoas chamadas resilientes
recuperam-se rapidamente desse estresse (MARTIN-BREEN E ANDERIES, 2011, p.
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6). Para Holling (1973, p.17): “a resiliência determina a persistência de relacionamentos
dentro de um sistema e é uma medida da capacidade desses sistemas de absorver
mudanças nas variáveis de estado, direcionando variáveis e parâmetros, e ainda
persistem”. Nesta definição, resiliência é a propriedade do sistema, a persistência ou
probabilidade de extinção, é o resultado.
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Em um cenário prático, alguém que enfrenta uma perda significativa pode inicialmente
sentir-se dominado pela tristeza. Contudo, a flexibilidade cognitiva permitiria a essa
pessoa explorar diferentes perspectivas, talvez reconhecendo o valor das memórias
positivas compartilhadas ou identificando oportunidades de crescimento pessoal a partir
da experiência.
Aceitar a realidade permite que os indivíduos redirecionem suas energias para ações
construtivas. Em vez de lutar contra uma realidade inalterável, os resilientes
concentram-se em como podem responder e se adaptar da melhor maneira possível.
Essa aceitação realista não anula as emoções complexas associadas à adversidade, mas
serve como uma base sólida para a construção de estratégias eficazes de enfrentamento.
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Tenacidade: A Resistência Diante da Adversidade: A tenacidade, por sua vez,
representa a resistência contínua em face das dificuldades. Indivíduos resilientes não
desistem facilmente; em vez disso, enfrentam as dificuldades com resolução, coragem e,
muitas vezes, uma convicção profunda de que a superação é possível. Esse aspecto da
resiliência é particularmente evidente quando os desafios parecem insuperáveis, como
diante de perdas significativas, mudanças abruptas na vida ou crises pessoais.
2.2.1.7. Autoconhecimento
Consciência de Si Mesmo: A resiliência muitas vezes está associada a um alto grau de
autoconhecimento, permitindo uma compreensão profunda das próprias forças e
limitações.
Autenticidade: Ser autêntico consigo mesmo contribui para uma resiliência sólida, uma
vez que implica aceitar e abraçar a própria identidade.
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A resiliência, como uma qualidade dinâmica e multifacetada, é influenciada por uma
série de fatores que interagem de maneira complexa. Estes fatores atuam como pilares
fundamentais, sustentando a capacidade de uma pessoa enfrentar e superar desafios.
Explorar esses elementos fornece insights valiosos sobre a construção e manutenção da
resiliência ao longo do tempo.
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A autoeficácia não é uma característica fixa, mas sim uma habilidade que pode ser
desenvolvida ao longo do tempo. Encorajar a exploração, o aprendizado e o alcance de
metas realistas contribuem para o desenvolvimento dessa confiança fundamental.
Esses profissionais não apenas fornecem orientação prática, mas também auxiliam na
construção de estratégias de enfrentamento adaptativas. Essa abordagem
multidimensional contribui para uma resiliência mais robusta e equilibrada.
Esse sentido de propósito não apenas fornece uma fonte de motivação, mas também
ajuda a dar significado às experiências difíceis. Em momentos de perda ou adversidade,
o foco em um propósito mais amplo pode fornecer uma âncora emocional e uma direção
clara para a resiliência.
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3. METODOLOGIA
Esta pesquisa visa aprofundar a compreensão da resiliência em indivíduos que
enfrentaram a difícil jornada da perda de um ente querido. Adotando uma abordagem
qualitativa, buscamos capturar as nuances e complexidades das experiências pessoais
durante o luto. Como Kübler-Ross (1969) destaca, o processo de luto é multifacetado,
marcado por estágios distintos como negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.
A escolha por uma abordagem qualitativa reflete nosso compromisso em mergulhar nas
experiências subjetivas dos participantes. Esta abordagem, como destacado por
Creswell (2013), permite uma exploração aprofundada e uma compreensão holística das
narrativas individuais diante da perda e da resiliência.
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3.1. Tipo de estudo
O tipo de estudo proposto para esta pesquisa é qualitativo. A abordagem qualitativa é
adequada quando o objetivo é explorar profundamente as experiências, perspectivas e
significados subjacentes a fenômenos complexos, como a resiliência diante da dor da
perda. Este método permite uma compreensão holística e contextualizada das narrativas
individuais, capturando as nuances das experiências dos participantes ao longo do
tempo. A pesquisa qualitativa é particularmente útil para investigar fenômenos
subjetivos e explorar a diversidade de respostas em contextos específicos, como o luto.
( )
2
Z ∙ p (1− p)
n=
ε2
Onde:
n é o tamanho da amostra.
15
Supondo um nível de confiança de 95% (correspondendo a um valor crítico Z de
aproximadamente 1,96 para uma distribuição normal), a fórmula pode ser simplificada
para:
0 ,25
n≈ 2
ε
0 , 25
n≈ =100
( 0 , 05 )2
Para atingir os objetivos da pesquisa sobre resiliência diante da dor da perda, serão
utilizados instrumentos de coleta de dados que permitam uma abordagem abrangente e
aprofundada das experiências dos participantes. Os principais instrumentos incluirão:
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Esse instrumento pode revelar nuances e padrões que podem não ser totalmente
explorados em uma única entrevista.
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Diário de Luto (Data): Data das entradas no diário de luto.
3.4. Procedimento
3.4.1. Etapas da Pesquisa
A pesquisa foi conduzida seguindo um protocolo metodológico rigoroso. As etapas
incluíram:
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Diários de Luto: Participantes foram orientados a manter diários de luto,
registrando pensamentos e emoções ao longo de um período de três meses.
Escalas de Resiliência: Escalas de resiliência foram administradas antes e
depois do período de manutenção dos diários para avaliar mudanças ao longo do
tempo.
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casos, uma transformação pessoal significativa. Expressões como "construindo o
futuro" e "superando a dor" sugerem uma visão positiva de crescimento pessoal.
20
Intervenções personalizadas que reconhecem a diversidade de respostas
emocionais podem ser mais eficazes.
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podem influenciar a relação entre dor e resiliência. A natureza da perda também
emerge como uma variável moderadora significativa.
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3.6.2.3. Respostas ao Longo do Tempo:
A análise longitudinal dos diários revelou padrões dinâmicos nas respostas à dor
da perda ao longo do tempo.
Este resultado sugere que a prática de manter diários pode ter impactos positivos
na capacidade geral de adaptação e superação dos participantes.
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3.6.3.4. Correlações Entre Dor e Resiliência:
A análise estatística revelou uma correlação inversa moderada entre a
intensidade da dor da perda e as mudanças nas pontuações de resiliência.
O suporte social emerge como um fator chave que pode modular o impacto da
dor da perda na resiliência.
3.7. Discussão
A discussão dos resultados relacionados à dor da perda e à resiliência proporciona uma
compreensão mais aprofundada das complexidades envolvidas nas experiências pós-
luto. Abordaremos as principais conclusões e suas implicações, destacando a
importância desses resultados no contexto da psicologia do luto.
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3.4.4. Correlações Entre Dor e Resiliência: Papéis Mediadores e Moderadores
A correlação inversa moderada entre a intensidade da dor da perda e as mudanças na
resiliência sugere que indivíduos que enfrentam uma dor emocional mais intensa podem
ter um potencial maior de crescimento resiliente. Essa descoberta ressalta a
complexidade da relação entre dor e resiliência, indicando que a intensidade emocional
inicial pode catalisar processos adaptativos mais robustos ao longo do tempo. Além
disso, os resultados apontam para o papel mediador crucial do suporte social na relação
entre dor e resiliência, realçando a importância das redes sociais no processo de
recuperação.
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4. Conclusão
A análise integrativa dos dados revela um quadro abrangente da resiliência diante da dor
da perda, destacando a importância da adaptação, transformação e aceitação. A
compreensão desses processos pode informar práticas de intervenção mais eficazes e
personalizadas para indivíduos que enfrentam diferentes formas de perda.
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emocionais e de resiliência poderia fornecer insights mais aprofundados sobre a
evolução desses processos ao longo do tempo.
Outro ponto relevante a ser explorado é o impacto das variáveis culturais nessas
experiências. Investigar como diferentes culturas abordam e enfrentam o luto pode
oferecer perspectivas valiosas sobre a influência dos contextos culturais na expressão
emocional e na resiliência.
Além disso, a realização de estudos comparativos entre diferentes tipos de perda, como
a morte de um ente querido, divórcio ou perda de emprego, pode lançar luz sobre as
especificidades de cada contexto. Identificar padrões distintos de respostas emocionais e
resiliência pode orientar intervenções personalizadas.
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Pesquisas qualitativas mais profundas, incluindo entrevistas em profundidade, são uma
ferramenta valiosa para capturar narrativas pessoais e nuances subjetivas. Essa
abordagem pode enriquecer nossa compreensão das experiências individuais do luto,
fornecendo uma visão mais holística e contextualizada.
6. Referências bibliográficas
Kübler-Ross, E. (1969). On Death and Dying. New York: Scribner.
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Masten, A. S. (2001). Ordinary magic: Resilience processes in development. American
Psychologist, 56(3), 227-238.
Amaral, O. C. (2002). Curso básico de resistência dos materiais. Belo Horizonte: Artes
Gráficas Formato.
Anthony; B. J. Cohler, The Invulnerable Child. (pp. 3-48) New York: The Guilford
Press.
Beer, F. P.; Johnston, E. R., Jr. (1989). Resistência dos Materiais. (P. P. Castilho, Trad.;
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Block, J. (1999). What shall we mean by resiliency. Manuscrito não publicado,
Universidade de Berkeley, Califórnia, EUA.
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