Apostila - Física
Apostila - Física
Apostila - Física
O Termo Irradiação: Vem do latim IN e RADIARE, que é empregado para indicar o tratamento
da matéria pela energia radiante. Os termos radiação e irradiação são todavia, na maioria das
vezes confundidos e usados indistintamente como sinônimos.
Átomo: É a menor partícula da matéria e é formado por prótons e nêutrons no núcleo; e por
elétrons que circulam ao seu redor, na eletrosfera.
Aparelhos Fixos: São os aparelhos cujos discos anódicos são giratórios. São utilizados em
exames de rotina em ambulatórios.
Aparelhos Móveis: São os aparelhos cujos discos anódicos são fixos. São utilizados nos
exames em CTI e em Centros Cirúrgicos.
Aparelhos Portáteis: São os aparelhos cujas ampolas são feitas de anodo fixo. São utilizados
em exames em domicílio.
- Ampola ou
Tubo de Vidro;
- Catodo; -
Anodo Fixo; -
Anodo
Giratório.
Finalidade do Vácuo na Ampola de Vidro: Impedir qualquer tipo de bloqueio no trajeto dos
elétrons até o anodo para gerar os raios X.
Produção de Íons Pares: O fóton vai de encontro ao núcleo, criando e emitindo um par de
elétrons. A absorção da luz ultravioleta e da infravermelha depende em geral da estrutura
molecular do material absorvente e, indiretamente da composição atômica do mesmo. Pelo
contrário as energias dos Raios X são quase inteiramente absorvida pelos elétrons que se ejeta
do átomo pelo qual eles passaram. Este processo independe completamente da maneira porque
os átomos estão combinados dentro das moléculas. Assim o átomo que recebe um certo quantun
de raios X para ejetar um elétron perde energia (ionização) e esta é armazenada no elétron
ejetado como energia cinética, capaz de produzir ionização de outros átomos por que passa.
Quase toda a ionização em radiologia, é produzida pelo elétron ejetado e muito pouco ou
desapercebida é a ionização pela absorção inicial do Quantun de raios X aplicados. Em
conseqüência desse fenômeno, os íons produzidos não se distribuem ao acaso nas soluções ou
nos tecidos, mas sim ao longo do trajeto do elétron ejetado.
Raios Catódicos:
São os raios resultantes dos elétrons em movimento em seus níveis orbitais. São os raios
que produzem os raios X.
Efeito Compton:
É o fenômeno que ocorre no átomo onde o elétron passa parte de sua energia para outro
elétron.
Efeito Pósitron:
Este fenômeno explica a transformação de um elétron em 2 catodos e 1 anodo (2E- e
1E+).
Radiação Corpuscular:
É toda radiação que é gerada a partir do núcleo do átomo; é também denominada
radiação nuclear. Ex.: alfa e beta.
Radiação Eletromagnética:
É toda radiação que é gerada a partir de ondas eletromagnéticas, originárias da trajetória
dos elétrons. Ex.: gama e raios X.
Radioatividade
Radioatividade é um processo natural e espontâneo, pelo qual os átomos
instáveis de um elemento emitem ou irradiam a energia excedente na forma de
partículas ou ondas. Estas emissões são coletivamente chamadas de radiações
ionizantes. Dependendo de como o núcleo perde este excesso de energia que
resultará um átomo energia inferior da mesma forma, ou um núcleo
completamente diferente e o átomo podem ser formadas.
Ionização é uma característica particular da radiação produzida quando a
decaem de elementos radioativos. Essas radiações são de energia tão alta que,
quando eles interagem com materiais, eles podem remover elétrons de átomos
no material. Este efeito é a razão de radiação ionizante é perigoso para a saúde
e fornece os meios pelos quais a radiação pode ser detectada.
Tubo de Raios-X:
É um diodo de alta tensão e alto vácuo, composto por catodo, anodo, tubo de vidro
(ampola), rotor (tubo giratório) e o cabeçote (carcaça do tubo).
Catodo:
É a fonte de elétrons livres em um tubo de RX, com um filamento que é feito de
tungstênio.
Corrente mAs:
Tensão KV:
É a medida de energia, medida em quilovolts. A tensão (kV): Fator radiográfico que
representa a qualidade dos raios-x, sendo também responsável pelo poder de penetração dos
raios-x e pelos contrastes intermediários entre o PRETO e o BRANCO (tons de Cinza). OBS:
Quanto mais kV empregado, maior será o poder de penetração, ou seja, nos exames de maior
espessura a radiação secundária produzida é proporcional a quilovoltagem empregada.
Goniômetro:
É um aparelho que tem a função de encontrar os graus, em ângulos, para o exame
radiológico.
Espessômetro:
É uma peça que tem a função de determinar a quantidade de KV a ser utilizada num
exame radiológico.
Vidro Pirex:
Resiste a altas temperaturas, sua composição = 67% de SiC (silício e carbono) e 23%
B2O3 (belírio e oxigênio). A ampola tem, ainda, uma janela feita de Belírio.
Efeito Anódio:
Consiste na maior concentração de energia no lado do catodo. Como conseqüência, a
intensidade dos raios X é menor no lado catódico, em relação ao lado anódico. É também
chamado de efeito talão.
Gerador de Raios X:
O gerador de raios X fornece energia elétrica para o tubo de Raios X e permite a seleção
de:
Produção de Raios X:
São produzidos quando os elétrons acelerados interagem com a matéria. Assim, uma
porção de energia cinética dos elétrons é convertida em radiação eletromagnética.
Efeito Edison:
É o aquecimento que causa a emissão de um elétron. Este aquecimento é que causa a
precipitação dos elétrons e os fazem saltar de suas órbitas.
Efeito Forest:
É a aceleração dos elétrons pela grande potência do catodo (pólo negativo) para o anodo
(pólo positivo).
Transformador:
É um aparelho empregado para transferir a corrente elétrica e gerar uma alta voltagem
contínua. Ele opera apenas com correntes elétricas e em forma de ondas para ambos os lados.
Sua função é gerar uma alta voltagem contínua.
- redutores = têm uma proporção maior em rolamentos nas bobinas e têm a função de reduzir a
voltagem de saída.
Radiação Dispersa:
Raios Primários:
São aqueles que atravessam o objeto radiografado e vão formar a imagem radiológica.
Raios Secundários:
São aqueles que não atravessam o objeto radiografado.
Spott Filme:
Abrange uma área pequena, na qual o técnico irá demarcar uma parte precisa a ser
trabalhada. Sua função é radiografar uma área pequena em relação ao exame solicitado, ou seja,
especificar ao máximo a área do exame.
Diafragma de Abertura:
Consiste em lâminas de chumbo com aberturas circulares ou retangulares colocadas
perto da janela do tubo.
Desenfoque da Grade:
Consiste no posicionamento onde o ponto focal do tubo coincida com o ponto focal da
grade; e que seu raio central atravesse o centro da grade perpendicularmente.
Potter Bucky:
É a bandeja que dissipa a radiação secundária. Ela é usada para aumentar a radiação
primária emitida pela fonte.
Grades:
São dispositivos compostos de tiras alternadas de chumbo, envolvidas em capas
protetoras, que absorvem a radiação dispersa. No uso de uma grade, os itens a serem
observados são: ampola, grade, paciente, distância, velocidade, movimento.
Grade Focada:
Consiste em tiras progressivamente anguladas.
Grade Paralela:
Consiste em tiras e grade paralela e enfocada.
Fator de Grade:
Material Espaçador:
É um material que pode ser feito de fibra ou de alumínio para uma baixa absorção de
raios X. Os espaçadores transparentes permitem a passagem da maioria dos raios X primários
até o filme.
FORMAÇÃO DE IMAGEM
Os raios X, assim como a luz visível, irradiam de fontes em linhas retas em todas as
direções até que são detidos por um absorvente. Por este motivo, o tubo de raio-x está situado
em um alojamento de metal que detém a maioria da radiação X. Somente uma pequena
quantidade de raios úteis saem do tubo através de uma janela ou abertura. Estes raios úteis
constituem o feixe primário. O centro geométrico do feixe primário é chamado de raio central. Na
maioria dos equipamentos de raio X usados em medicina, a quilovoltagem pode ser variada
dentro de um amplo - comumente entre 40 Kv a 125 Kv ou mais. Quando as baixas quilovoltagens
são usadas, os raios x têm maiores comprimento de ondas (baixa energia) e são facilmente
absolvidos. Estes são algumas vezes referidos como raios X "suaves". As radiações produzidas
em alta quilovoltagem têm maior energia e menor comprimento de onda. Esta radiação mais
penetrante é algumas vezes chamada de radiação "dura". Feixes de raio X usados em radiografia
médica são heterogêneos porque eles consistem de radiação de diferentes comprimentos de
ondas e poderes de penetração.
ABSORÇÃO DE RAIOS X
Uma das principais propriedades dos raios X é a sua capacidade de penetrar a matéria.
Entretanto, nem todos os raios X que entram na matéria a penetram; alguns deles são absolvidos.
Aqueles que entram formam a imagem aérea
Densidade do Corpo - Para materiais que diferem em densidades (em unidade de volume), um
material de maior densidade é mais absorvente do que um de menor densidade, permanecendo
os demais fatores. Por exemplo, uma polegada de água absorverá mais raios X do que uma
polegada de vapor porque o vapor pesa menos por polegada cúbida do que a água.
Número Atômico do Corpo - O número atômico do material que compõe o corpo também afeta
as características de absorção de raio X. Por exemplo, uma folha de alumínio que contém um
número atômico menor do que o chumbo, absorve uma quantidade menor de raios X do que uma
folha de chumbo com a mesma área e peso. É por isso que se usa o chumbo em vez de alumínio
como alojamento do tubo e também como um revestimento para as paredes das salas de raio X,
assim como em luvas e aventais protetores. A absorção depende do número atômico de maneira
um tanto complicada que está relacionada com a energia da radiação X incidente. Assim, de
duas substâncias que contêm um número atômico próximo, uma pode ser mais absorvente do a
outra para raios X de determinadas energias. Entretanto, a situação pode se reverter para raios
X de energias diferentes. Estas relações entre o número atômico e a energia dos raios X são
fatores que entram na seleção de fósforo para ecrans intensificadores fluorescente.
Forma de Onda de Voltagem - Já foi dito que uma dada kilovoltagem aplicada em um tubo de
raios X por um gerador trifásico é maior do que a de um gerador monofásico por causa das
diferenças de forma de onda. Assim, mudando-se de um gerador monofásico a um trifásico tem
um efeito na energia média do feixe de raios X de certa forma semelhante ao aumento da
quilovoltagem. O feixe trifásico contém uma maior proporção de quanta energética e mais
penetrante do que o feixe produzido por um gerador monofásico funcionando com a mesma
kilovoltagem máxima. Como resultado, para um absorvente, um número relativamente maior de
quanta é removida de um feixe de raio X monofásico do que de um trifásico; isto é, a absorção
em feixe monofásico é maior.
CONTRASTE DO SUJEITO
A relação entre intensidade de raios X que emerge de uma parte de um objeto e uma
intensidade que emerge de uma parte próxima mais absorvente é chamada de constraste do
sujeito ou da radiação. Por exemplo, se a intensidade da carne for três vezes maior do que a
intensidade na área do osso, o contraste do sujeito deverá ser 3. O contraste do sujeito depende
de sua própria natureza (diferença de espessura, e de composição), qualidade da radiação,
(kilovoltagem, voltagem da forma de onde, filtragem e material do ponto focal), em outras
palavras, ele depende dos fatores que afetam a absorção dos raios X, assim como também a
intensidade e distribuição da radiação dispersa. Entretanto, o contraste do sujeito é independente
do tempo de exposição, miliamperagem, das características e tratamento do filme e, para os
objetivos práticos, da distância. (De um ponto de vista prático, a miliamperagem usada pode
afetar a kilovoltagem real produzida por um aparelho de raios X, assim, influenciando até certo
ponto o contraste do sujeiro.)
Kilovoltagem e Forma de Onda da Voltagem - Previamente foi demonstrado que por causa
das diferenças na forma de onda da voltagem, o efeito da mudança de um gerador monofásico
a um trifásico é a mesma que um aumento na kilovoltagem e vice-versa. Desta forma, o efeito
nas mudanças de forma de onda no contraste do sujeito e na intensidade, energia e poder de
penetração dos raios X é similar às mudanças em kilovoltagem tratadas a seguir. Uma mudança
na kilovoltagem causa diversos efeitos. Em primeiro lugar, uma mudança na kilovoltagem resulta
em uma mudança no poder de penetração dos raios X, e a intensidade total do feixe também é
modificada. Esta mudança na intensidade ocorre mesmo que a corrente do tubo não seja
alterada. Além do mais, mudando-se a kilovoltagem, muda-se também o contraste do sujeito.
Quanto a kilovoltagem é incrementada produz-se radiação com menor comprimento de onda e
raios X mais penetrantes são produzidos. (O poder de penetração de feixe aumenta). Também,
todos os comprimentos de onda presentes no feixe de baixa kilovoltagem estão presentes na
alta kilovoltagem e em intensidade muito maior (a intensidade total do feixe aumenta). Resumo -
Com o propósito de revisar os fatores de exposição que afetam a imagem aérea, deve-se lembrar
os seguintes pontos:
Borrosidade Geométrica e Amplificação - Pegue uma lâmpada pequena, clara tal como a de
7 watts e coloque-a a uns 90 centímetros da parede, acenda-a e coloque sua mão a ums 5
centímetros da parede. Note que a sombra produzida por esta pequena fonte de luz é quase que
do mesmo tamanho da sua mão e que os contornos são bem definidos. Agora mova sua mão
em direção à luz, observe como a sombra se torna maior e os contornas mais turvos. Em seguida,
substitua a pequena luz por um bulbo fosco e note que os contornos da sombra ficam um pouco
turvo mesmo quando sua mão está perto da parede. A borrosidade é causada por uma fonte de
luz maior. Novamente, mova sua mão em direção à luz e veja como a sombra se torna maior e
a borrosidade aumenta. Finalmente, mantenha a sua mão a uma distância fixa da parede e mova
a fonte de luz para perto de sua mão. Perceba como a sombra aumenta em tamanho e o seu
contorno parece mais borroso. Uma vez que a imagem aérea do raio X é também uma sombra
do objeto, estes mesmos princípios de formação de sombra são aplicados em radiografia. Quanto
menor for a fonte de radiação (ponto focal), quanto mais perto estiver o objeto do plano receptor
de imagem (filme) e quanto mais longe estiver o objeto da fonte, menos borrosa e mais nítida é
a imagem. Por outro lado, quando maior a fonte de radiação, mais longe estiver o objeto do plano
receptor de imagem, e mais perto da fonte estiver o objeto, maior é a borrosidade e a
amplificação.
Distorção - Se o ponto focal não estiver verticalmente acima do objeto, ele produzirá uma
amplificação da imagem, mas a sombra continuará sendo circular. Os objetos circulares
aparecem como sombras circulares. Se eles não forem paralelos, a sombra será distorcida. A
distorção e a amplificação podem muitas vezes serem úteis quando elas tornam fáceis examinar
estruturas que de outra maneira seriam obscuras. Em radiografia, não somente a sombra da
ponta de um objeto, mas todas as sombras das suas estruturas estão envolvidas porque os raios
X penetram o objeto. Os mesmos princípios se aplicam tanto para as sombras de estruturas
internas como para as bordas. Por exemplo, se uma destas estruturas internas estiver mais
afastada do plano receptor de imagem do que uma outra, a estrutura que estiver mais afastada
será menos nítida e mais amplificada. Esta informação pode ser útil no estabelecimento da
posição de uma lesão. Resumo - Esta discussão sobre a geometria da formação da imagem
pode ser resumida em cinco regras para a exata formação da imagem, como se segue:
ESTUDO DIRIGIDO I
20. Por que a radiografia comum não é eficiente para visualizar tecidos moles?
22. Quem foi que radiografou o caso das xilófagas e instalou o 1º aparelho de raios X?
48. Qual o procedimento para se obter uma maior qualidade técnica no exame radiológico?