Abordagem Terapéutica Choque Hemorrágico

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 40

Dr.

Six
CHOQUE
HIPOVOLÊMICO

ABORDAGEM TERAPÉUTICA
Sonda Nasogástrica
MEDIDAS GERAIS

Cateterizar duas veias


periféricas ou Cateter venoso
central

Sonda vesical
TRATAMENTO MÉDICO
❑Cristalóides (cloreto de sódio 0,9%, ringer
lactato, solução salina hipertónica, dextro-ringer,
glicofisiológico)
❑Colóides (dextranes 40 e 70, gelatinas (plamasgel
e hemogel), almidones hidroxietilados, fluosal
20%)
❑Produtos do plasma (albumina humana 10 e
20%, plasma humano)
❑Hemoderivados (sangue total ou glóbulos)
❑Antibioticoterapia impírica (depois de pedir
o exame de sangue completo):
Bactérias Gram (-): Gentamicina
Bactérias Gram (+) :Amoxicilina
Bactérias Anaeróbicas: Metronidazol
COLHEITA SANGUÍNEA
O PRINCÍPIO BÁSICO É PARAR A
HEMORRAGIA E REPOR O VOLUME DE
SANGUE PERDIDO

INICIA-SE COM ABCDE

Monitorizar: FC,PA, SatO2, Diurese, Estado de consciência


ALGÁLIA
CONTROLE DA DIURESE

ALGÁLIA DE DUAS
Algaliação consiste na introdução de um cateter
E DE TRÊS VIAS no interior da bexiga através da uretra. Este
procedimento, tanto de diagnóstico como
terapêutico, costuma ser solicitado para a
obtenção de amostras de urina não contaminadas,
para a eliminação de urina em caso de retenção
urinária, para a recolha de urina em caso de
incontinência urinária, para a preparação do
paciente para vários tipos de intervenções
cirúrgicas e para o pós-operatório de cirurgias.
A&B A: Airway (via aérea)
B: Breathing (respirando)

❑ Estabelecer uma via aérea permeável com adequada ventilação e oxigenação


é a primeira prioridade.

❑ O oxigênio suplementar é necessário para manter uma saturação de O2


superior a 95%

❑ Se a vítima não responde, considere a possibilidade de obstrução da via aérea

❑ Doentes sem reflexo faríngeo fazer entubação orotraqueal para protecção


da via aérea.
O reflexo faríngeo ou reflexo de engasgo é uma contração involuntária dos músculos da faringe,
provocada ao tocar-se a úvula ou o palato mole
Entubação orotraqueal
C C: Circulation (Circulação)

❑ Acessos venosos periféricos – ponderar acesso venosos central


❑ Controlo de hemorragias evidentes
❑ Fluidoterapia, de preferência aquecidos
❑ Transfusão
❑ Procurar locais ocultos de hemorragia
❑ Intervenção cirúrgica se necessária
ACESSO VENOSO PERIFÉRICO
GUIA-PRÁTICO
1. Prepara os matériais necessários para o procedimento;
2. Informar ao paciente sobre o procedimento a ser feito e pedir a
colaboração do mesmo;
3. O profissional de saúde deverá antes higienizar as mãos
4. Executar o procedimento
MATERIAIS
NECESSÁRIOS
CLOREXIDINA ALCOÓLICA 0.5%
BANDEJA GARROTE OU ÁLCOOL A 70%

FITA ADESIVA ESTÉRIL

BOLAS DE ALGODÃO
OU GAZES
Cateter intravenoso periférico sobre agulha
apropriado ao calibre da veia e rede venosa do
paciente.
Dispositivo a ser conectado ao cateter
venoso de acordo com o objetivo da punção
TORNEIRA 3 VIAS (torneirinha, tubo extensor, tubo em “Y”)

TUBO EXTENSOR
TUBO EM Y
Material para permeabilização
do cateter

LUVAS DE
PROCEDIMENTO
ETAPAS DO
PROCEDIMENTO
1. Verificar na prescrição médica: nome do cliente, número do
leito, solução a ser infundida, volume, data e horário;
2. Datar o equipo com o prazo de validade, conforme
recomendação da CCIH do hospital;
3. Identificar o cliente pelo nome completo;
4. Explicar o procedimento ao cliente e acompanhante;
5. Higienizar as mãos;
6. Calçar as luvas de procedimento;
7. Posicionar o cliente de maneira confortável e adequada à
realização do procedimento;
8. Expor a região a ser puncionada;
9. Palpar a rede venosa para escolher o local a ser puncionado, de
preferência vasos periféricos superficiais de grosso calibre e
distante das articulações. Indicadas: cefálica, basílica, mediana, as
do antebraço e as do plexo venoso do dorso da mão; sentido
distal para proximal;
10. Escolher o cateter adequado ao calibre do vaso periférico
(cateter de menor calibre e comprimento de cânula);
11. Não utilizar cateter periférico para infusão contínua de
produtos vesicantes, nutrição parenteral com mais de 10% de
dextrose ou para qualquer solução com osmolaridade acima de
900 mOsm/L;
12. Prender o garrote acima do local escolhido (não colocá-lo
sobre as articulações);
13. Pedir ao paciente para abrir e fechar a mão e, em seguida,
mantê-la fechada;
14. Fazer a antissepsia da área usando algodão/gaze embebido em
clorexidina alcoólica 0,5%, com movimentos no sentido do
retorno venoso ou circular do centro para fora;
15. Não tocar o sítio de inserção do cateter após aplicação do
antisséptico;
16. Aguardar a secagem espontânea do antisséptico antes de
proceder à punção;
17. Limitar a duas tentativas de punção periférica por profissional e,
no máximo, quatro no total;
18. Tracionar a pele do cliente (no sentido da porção distal do
membro) com a mão não dominante, posicionando o dedo
polegar cerca de 2,5 cm abaixo do local selecionado para a
punção;
19. Informar ao paciente o momento da punção, solicitando que
faça uma inspiração profunda;
20. Utilizar um novo cateter periférico a cada tentativa de punção;
21. Inserir a agulha com o bisel voltado para cima, até observar o
refluxo do sangue;
22. Retirar o mandril quando puncionar com cateter sobre agulha,
fazendo pressão acima da ponta do cateter com o indicador da
mão não dominante;
23. Soltar o garrote e solicitar ao cliente para abrir a mão;
24. Adaptar a conexão de duas vias ao cateter;
25. Testar a permeabilidade do sistema. Observar se não há
formação de soroma local;
26. Fixar o cateter à pele do cliente, utilizando película transparente
estéril de maneira que fique firme, visualmente estético e que
não atrapalhe os movimentos;
27. A cobertura para cateter periférico deve ser estéril, podendo
ser semioclusiva (gaze e fita adesiva estéril) ou membrana
transparente semipermeável;
28. Utilizar gaze e fita adesiva estéril apenas quando a previsão de
acesso for menor que 48 horas. Caso a necessidade seja maior
que 48 horas não utilizar gaze devido risco de perda do acesso
durante sua troca;
29. Identificar no próprio curativo do cateter o dia e hora da
punção, o responsável pela mesma e o calibre do cateter
utilizado;
30. Colocar o cliente em posição confortável;
31. Recolher o material utilizado, desprezar o lixo em local
adequado;
32. Retirar as luvas de procedimento;
33. Higienizar as mãos;
34. Realizar as anotações de enfermagem no prontuário do
paciente;
35. Proteger o sítio de inserção e conexões com plástico durante o
banho.
1. DOIS ACESSOS VENOSOS PERIFÉRICOS DE GRANDE
CALIBRE: CALIBRE nº 14 OU nº 16 (MÍNIMO 18)

2. PREFERENCIALMENTE NA VEIA BRAQUIAL

3. COLHEITA DE SANGUE PARA A HEMOCULTURA (GRUPO


SANGUÍNEO, FACTOR RH, COAGULOGRAMA)

4. PONDERAR ACESSO VENOSO CENTRAL NA ABORDAGEM


INICIAL

CHOQUE HEMORRÁGICO
Monitorizar: FC,PA, SatO2, Diurese, Estado de consciência
Veia Braquial
ACESSO VENOSO PELA TÉCNICA DE SELDINGER
CONTROLE DE HEMORRAGIAS EVIDENCIADAS

❑ Penso compressivo no local sangrante


❑ Imobilização de fracturas
❑ Elevação do membro sangrante
REPOSIÇÃO VOLÉMICA

❑ Uso de cristaloides: SORO FISIOLÓGICO ou LACTATO DE RINGER


❑ Coloide somente se a perda de volume for muito grande

OBJECTIVO: AUMENTAR A PRÉ-CARGA

DOSE INICIAL: 1 – 2 LITROS EV RÁPIDO NO ADULTO Avaliar a resposta


20 ML/KG EM CRIANÇAS

REGRA: 3 ml de infusão para cada 1 ml de sangue perdido


Controlar a diurese: > 0.5 ml/kg/h no adulto (cerca de 50 ml/h)
> 1 ml/kg/h na criança
Pré-carga é a pressão de sangue presente no ventrículo do coração, após seu enchimento passivo e contração do
átrio. Em outras palavras, refere-se ao máximo de estresse da parede do ventrículo, quando está cheio de sangue
TRANSFUSÃO
Concentrado de hemácias
• Indicações:
- Perda estimada de sangue >30%
- Não resposta a reposição
volémica com 2L de cristaloides
- Hemoglobia < 7g/dl
Concentrado de plaquetas:

• Indicações:
PQT < 50.000/µLou <100.000/µL+ alterações graves da hemostasia, trauma
multiplo ou de sistema nervoso central;
CID na presença de sangramentos (PFC+ CP com objetivo de PQT> 20 000/µl)
1 U CP / 7 a 10kg de peso do paciente; tempo: 30 min, não excedendo a
velocidade de infusão de 20-30mL/kg/hora.
Plasma Fresco congelado:

• Indicações:

- CID com sangramento (pp, fibrinogenio, FVIII e FXIII), PTT


- 10-20ml de PFC / kg de peso, aumenta de 20% a 30% os níveis dos fatores
de coagulação do paciente, chegando a níveis hemostáticos
- Parâmetro para reposição: O TPAP >1,5 vezes o ponto médio da variação
normal e/ou o TTPa>1,5 vezes o limite superior do normal
RASTREIO DE HEMORRAGIA OCULTA

FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma)


D D: Disability (Incapacidade)

❑ Nível de consciência pela Escala de Coma de Glasgow


❑ Tamanho, simetria e reactividade pupilar
❑ Sinais de focalização Neurológica
❑ Avaliar o nível de perfusão cerebral
E E: Exposure (exposição)

❑ Após a abordagem de todas as prioridades referidas, o doente deve ser


despido e inspeccionado na totalidade em busca de outras lesões associadas;
❑ É fundamental prevenir a hipotermia.
Conduta - Abordagem
Efeito Inotrópico Positivo significa que aumenta a força de contração do
coração, geralmente aumentando o nível de cálcio intracelular do miocárdio.
Efeito Inotrópico Negativo significa que diminui a força de contração,
Drogas Vasoativas diminuindo o débito cardíaco

 Indicadas quando não há resposta a reposição volémica


 Objectivo: efeito inotropico positivo
 A droga de primeira escolha é a Noradrenalina, com dose de 0,1 mcg/kg/min (5-10
mcg/min), com infusão aumentando a cada 2-5 minutos, a depender da resposta
clínica (avaliar pressão arterial média, perfusão periférica).
 Dopamina é uma opção no paciente com choque e bradicardia.

Você também pode gostar