Álvaro Emílio Alves Rodrigues-17-11-23

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DE MINAS GERAIS - CAMPUS SÃO JOÃO EVANGELISTA


BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Álvaro Emílio Alves Rodrigues

DESENVOLVIMENTO DA VERSÃO 2.0 DO SOFTWARE PARA AUXÍLIO DE


LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO E GERAÇÃO DE DESENHO PLANIMÉTRICO
DE ÁREA (SALT)

São João Evangelista


2023
ÁLVARO EMÍLIO ALVES RODRIGUES

DESENVOLVIMENTO DA VERSÃO 2.0 DO SOFTWARE PARA AUXÍLIO DE


LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO E GERAÇÃO DE DESENHO PLANIMÉTRICO
DE ÁREA (SALT)

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao Instituto Federal de Minas
Gerais - Campus São João Evangelista
como exigência parcial para obtenção do
título de Bacharel em Sistemas de
Informação.
Orientador: Prof. Dr. Fábio Rodrigues
Martins.
Coorientador: Prof. Me. Ícaro Tourino
Alves.

São João Evangelista


2023
ÁLVARO EMÍLIO ALVES RODRIGUES

DESENVOLVIMENTO DA VERSÃO 2.0 DO SOFTWARE PARA AUXÍLIO DE


LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO E GERAÇÃO DE DESENHO PLANIMÉTRICO
DE ÁREA (SALT)

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao Instituto Federal de Minas
Gerais - Campus São João Evangelista
como exigência parcial para obtenção do
título de Bacharel em Sistemas de
Informação.

Aprovado em: 22/11/2023 pela banca examinadora:

_________________________________________________
Prof. Dr. Fábio Rodrigues Martins (Orientador)

______________________________________________________
Coorientador: Prof. Me. Ícaro Tourino Alves

__________________________________________________
Convidado: Prof. Me. Dênis Rocha de Carvalho

__________________________________________________
Convidado: Prof. Dr. Adeliton da Fonseca de Oliveira
RESUMO

A topografia é uma disciplina que estuda e representa as características e medidas


da superfície da Terra. Ela descreve e mapeia a forma do terreno, incluindo
elevações, declives, depressões e outros detalhes físicos presentes na superfície.
Seus principais objetivos são determinar as coordenadas e altitudes de pontos
específicos no terreno, bem como a representação gráfica desses dados em um
mapa ou planta topográfica. Para realizar essas medições, a topografia utiliza uma
variedade de instrumentos e técnicas. Levando em consideração as aulas de
Topografia do Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Sãoo João Evangelista;
onde os alunos, ao realizarem um levantamento topográfico utilizam uma caderneta
para anotação dos dados obtidos, e posteriormente inseri-los na planilha adaptada
pelo professor para obter o cálculo da área e o desenho planimétrico do respectivo
levantamento. Neste sentido, foi desenvolvido um software de apoio aos trabalhos
de levantamentos topográficos para auxiliar os alunos e professores nesta atividade.
Porém, devido a alguns problemas, não foi possível utilizar o software para colaborar
nas aulas de topografia. Sendo assim, este projeto busca melhorar o sistema
desenvolvido para torná-lo usual e intuitivo, para assim oferecer aos alunos e
professores do Campus São João Evangelista um software que atenda às
necessidades de utilização nas aulas, e que funcione em um navegador web, e
deste modo possibilitar o cadastro de leituras do levantamento diretamente no
software.

Palavras-chave: Topografia. Levantamento Topográfico. Desenho Planimétrico.


Desenvolvimento Web.
ABSTRACT

Topography is a discipline that studies and represents the characteristics and


measurements of the Earth's surface. It describes and maps the shape of the terrain,
including elevations, slopes, depressions, and other physical details present on the
surface. Its main objectives are to determine the coordinates and altitudes of specific
points on the ground, as well as the graphical representation of these data on a map
or topographic plan. To perform these measurements, surveyors use a variety of
instruments and techniques. Taking into account the Topography classes at the
Instituto Federal de Minas Gerais - Campus São João Evangelista; where students,
when carrying out a topographical survey, use a notebook to write down the data
obtained, and later insert them in the spreadsheet adapted by the teacher to obtain
the calculation of the area and the planimetric drawing of the respective survey. A
support software for topographic surveys was developed to help students and
teachers in this activity. However, due to some problems in the system, it was not
possible to use the software to collaborate in the topography classes. Therefore, this
project seeks to improve the developed system to make it usable and intuitive, in
order to offer students and teachers of Campus São João Evangelista software that
meets the needs of use in classes, and that works in a web browser, to enable the
registration of survey readings directly in the software.

Keywords: Topography. Topographic Survey. Planimetric drawing. Web


development.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Interface De Login ...................................................................................... 25


Figura 2: Tela de Cadastro de Usuário ..................................................................... 25
Figura 3: Página Inicial Do Sistema .......................................................................... 26
Figura 4: Levantamentos Cadastrados ..................................................................... 27
Figura 5: Adicionar Levantamentos ........................................................................... 28
Figura 6: Pesquisar Levantamento............................................................................ 29
Figura 7: Mostrar Dados Da Pesquisa ...................................................................... 29
Figura 8: Pesquisar Todos os Levantamentos .......................................................... 30
Figura 9: Gerar Desenho Pesquisando ..................................................................... 31
Figura 10: Desenho Planimétrico da Área ................................................................. 31
Figura 11: Página de Adicionar Participantes............................................................ 32
Figura 12: Página de Participantes Cadastrados ...................................................... 33
Figura 13: Inserção Dados Do Levantamento ........................................................... 34
Figura 14: Informações Sobre Levantamento ........................................................... 35
Figura 15: Informações Sobre Levantamento. .......................................................... 35
Figura 16: Cálculos De Área e Coordenadas ............................................................ 36
Figura 17: Desenho Planimétrico .............................................................................. 37
Figura 18: Cálculos Poligonal .................................................................................... 38
Figura 19: Cadastrar Usuários .................................................................................. 39
Figura 20: Usuários Cadastrados .............................................................................. 40
Figura 21: Sobre........................................................................................................ 40
Figura 22: Ajuda e Suporte........................................................................................ 41
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

API - Application Programming Interface (Interface de Programação de Aplicação).

BS - Bootstrap

CSS - Cascade Style Sheet

CSV - Comma-separated values

GNSS - Sistema Global de Navegação por Satélite

HTML - Hypertext Markup Language

ID - Identity

IFMG-SJE - Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Minas Gerais –


Campus São João Evangelista

JS - JavaScript

NBR - Norma Brasileira Regulamentar

PHP - Hypertext Preprocessor

SGBD - Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados

SQL - Structure Query Language

VANT - Veículo Aéreo Não Tripulado

VS Code - Visual Studio Code

WWW - World Wide Web Application

XAMPP - Apache, Mysql, PHP, Perl

2D - Bi-dimensional

3D - Tri-dimensional
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 7
1.1 OBJETIVOS ................................................................................................... 8
1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................... 8
1.1.2 Objetivos Específicos .................................................................................. 8
1.2 Justificativa .................................................................................................. 9
2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 10
2.1 Topografia................................................................................................... 10
2.2 Instrumentos .............................................................................................. 11
2.3 Processamento dos dados de medições ................................................. 12
2.4 Ferramentas e Tecnologias ....................................................................... 13
2.4.1 PHP .............................................................................................................. 13
2.4.2 HTML ........................................................................................................... 14
2.4.3 CSS .............................................................................................................. 14
2.4.4 JavaScript ................................................................................................... 15
2.4.5 Bootstrap .................................................................................................... 15
2.4.6 Xampp ......................................................................................................... 15
2.4.7 Banco De Dados ......................................................................................... 15
2.4.8 Visual Studio Code..................................................................................... 16
2.4.9 Navegadores ............................................................................................... 16
2.4.10 Jquery ......................................................................................................... 17
2.5 Trabalhos correlatos .................................................................................. 17
3. METODOLOGIA ................................................................................................. 19
3.1 Natureza da pesquisa ................................................................................ 19
3.2 Instrumentos utilizados ............................................................................. 19
3.3 Levantamento de requisitos ...................................................................... 20
3.4 Modelagem e desenvolvimento ................................................................ 21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 24
4.1 Descrição da aplicação.............................................................................. 24
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 42
7

1. INTRODUÇÃO

Segundo Veiga, Zanetti e Faggion (2007), alguns historiadores relatam o


surgimento de mapas antes mesmo da escrita. No processo de evolução, a
humanidade teve que se adaptar e buscar novos meios de conhecimento para a
sobrevivência e captação de recursos, sendo necessária a observação e
conhecimento do seu habitat, fato que possibilitou o domínio dos princípios básicos
de medições e aprimoramento de técnicas disponíveis na época. Com o passar do
tempo, surgiram novas técnicas e equipamentos que facilitaram a medição do
terreno ou área e sua posterior representação. A topografia se torna neste momento
um dos instrumentos utilizados para realizar esta medição.
A topografia ocupa-se em representar superfícies tridimensionais (3D) em
planos (2D) através de linhas chamadas curvas de nível. Essas linhas representam
o contorno de uma superfície numa determinada altura. Sendo a ciência que estuda
a representação e a descrição da superfície terrestre, incluindo as suas formas,
características e variações, a topografia é uma disciplina essencial em muitas áreas,
como: engenharia civil, arquitetura, cartografia, geologia, agronomia, mineração,
entre outras. Através dela, é possível obter informações precisas e detalhadas sobre
o relevo, vegetação, hidrografia, as construções e outros elementos presentes na
superfície terrestre (TULER, SARAIVA, 2014).
O avanço da topografia está diretamente vinculado à evolução
tecnológica dos equipamentos e softwares utilizados no processo. Com a
modernidade destes equipamentos e softwares, o método de medir as
peculiaridades de um terreno se tornou objetiva e efetiva, assim como suas
representações gráficas. (BARROSOKRAUSE, 2005, p. 29). Nos últimos anos,
alguns novos avanços deram lugar a uma nova geração de equipamentos de
medições Topográficas geodésicas, como estação total, nível digital e nível laser,
escâner, trenas lasers, sistemas de medição por satélites, entre outros (PIZETTA,
2015).
Neste contexto, este projeto possui uma relevância significativa, uma vez
que é utilizado como suporte essencial nas aulas da disciplina de Topografia no
Instituto Federal Educação de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais Campus São
João Evangelista (IFMG-SJE). É crucial destacar que, embora existam soluções
proprietárias disponíveis no mercado, estas geralmente possuem um custo elevado,
8

o que inviabiliza sua utilização nas aulas. Além disso, alterações para atender uma
demanda específica nas soluções já existentes é praticamente inviável, pois o
software foi desenvolvido para o público geral.
O projeto SALT 2.0 oferece uma alternativa viável, uma vez que, é
distribuído de forma gratuita, além de permitir um contínuo desenvolvimento da
aplicação, já que o código fonte está disponível para melhorias na aplicação. Essa
nova versão, visa melhorar a usabilidade e atender a demanda dos alunos e
professores do IFMG-SJE com mais assertividade. Além disso, a versão 2.0 do
SALT vai ampliar a abrangência incluindo novas funcionalidade.

1.1 OBJETIVOS

Neste tópico são discutidos tanto o objetivo principal que se busca


alcançar, quanto os objetivos secundários que serão cumpridos durante as etapas
de desenvolvimento.

1.1.1 Objetivo Geral

Este projeto tem como objetivo o desenvolvimento da versão 2.0 do


SALT, que é um software gratuito que atende às necessidades dos alunos e
professores do IFMG-SJE.

1.1.2 Objetivos Específicos

A seguir, são apresentados os objetivos específicos a serem alcançados


durante o desenvolvimento do projeto.

• Refatorar o código da aplicação;


• Melhorar a usabilidade da aplicação, alterar o layout das páginas e
fluxo de navegação;
• Corrigir problemas identificados na versão 1.0;
• Implementar novas funções na aplicação;
• Alterar a forma de entrada de dados da tela de caderneta de campo,
inclusão por linha.
9

1.2 Justificativa

Anotar o levantamento topográfico manualmente e posteriormente digitar


em uma planilha Excel é uma tarefa árdua e inviável.
Com o objetivo de substituir a solução de software desenvolvida pelo
professor denominada Caderneta (uma planilha Excel que realiza os cálculos), a
atualização deste sistema busca realizar melhorias do SALT 1.0, e ainda aprimorar o
desempenho das funções e implementar novas funcionalidades. Além disso, o
desenvolvimento desta aplicação é motivado pela inviabilidade de adquirir várias
licenças de softwares proprietários para os alunos e professores do Campus, devido
ao seu elevado custo.
10

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Topografia

Segundo Doubek (1989), a Topografia tem por objetivo o estudo dos


instrumentos e métodos utilizados para obter a representação gráfica de uma porção
do terreno sobre uma superfície plana. Seu objetivo principal é efetuar o
levantamento – execução de medidas de ângulos, distâncias e desníveis que
permitam a representação de uma porção da superfície terrestre em uma escala
adequada.
Coelho Júnior, Rolim Neto, Andrade (2020), relatam que a Topografia
pode ser entendida como parte da Geodésia, ciência que estuda a Terra como um
todo ou parcialmente, e tem por objetivo determinar a forma e dimensões da Terra.
A Geodésia é dividida em três ramos: Geodésia Física, Geodésia Geométrica e
Geodésia por satélites. A Topografia é um ramo da Geodésia Geométrica, sendo
que essas duas ciências estudam, em muitas vezes, os mesmos métodos, utilizando
os mesmos instrumentos para determinar porções da superfície terrestre. Entretanto,
a Topografia estuda apenas uma porção limitada da superfície terrestre, enquanto a
Geodésia admite uma maior dimensão.
A NBR 13133 Execução de Levantamento Topográfico (ABNT, 1991, p.
3), Norma Brasileira para execução de Levantamento Topográfico, classifica o
levantamento topográfico como um conjunto de métodos e processos que implanta e
materializa pontos de apoio no terreno, determinando suas coordenadas
topográficas através de medições de ângulos horizontais e verticais, de distâncias
horizontais, verticais e inclinadas, com instrumental adequado à exatidão pretendida.
Os pontos de detalhe visando a sua exata representação planimétrica numa escala
pré-determinada e à sua representação altimétrica por intermédio de curvas de nível,
com equidistância também pré-determinada e/ou pontos cotados.
Veiga et., al (2012), discorre sobre a divisão da Topografia, sendo em
Topometria e Topologia. Enquanto a Topologia objetiva o estudo das formas
exteriores do terreno e das leis que regem o seu modelado, a Topometria estuda os
métodos e instrumentos para avaliação de grandezas lineares e/ou angulares que
definem os pontos topográficos, considerando os planos horizontal e vertical. O
ponto topográfico é o ponto do terreno que serve de apoio para execução das
11

medidas lineares e angulares, contribuindo para a representação do espaço e dos


eventos passíveis a serem cadastrados. Esse ramo divide-se em: Planimetria,
Altimetria e Planialtimetria (TULER e SARAIVA, 2014).
Coelho Júnior, Rolim Neto, Andrade (2020), definem tais conceitos em:
• Planimetria é a parte da Topografia que estuda o terreno levando em
consideração somente dimensões e coordenadas planimétricas. Nesse caso,
não se tem ideia do relevo do terreno em questão, estudando-se apenas suas
distâncias e ângulos horizontais, localização geográfica e posição
(orientação).
• Altimetria estuda o terreno levando em consideração somente dimensões e
coordenadas altimétricas. Nesse caso se tem ideia do relevo do terreno em
questão, estudando-se apenas suas distâncias e ângulos verticais.
• Planialtimetria é a parte da Topografia que estuda o terreno levando em
consideração as dimensões e coordenadas planimétricas e altimétricas.
Nesse caso se tem ideia do relevo do terreno em questão, estudando-se suas
distâncias horizontais e verticais, ângulos horizontais e verticais, localização
geográfica e posição (orientação). A altimetria envolve os procedimentos,
métodos e instrumentos de distâncias verticais ou diferenças de níveis e
ângulos verticais.

2.2 Instrumentos

Os equipamentos Topográficos são de extrema necessidade para as


práticas de levantamento e locações topográficas, se dividindo em instrumentos, que
são definidos por Coelho Júnior, Rolim Neto, Andrade (2020), como equipamentos
usados nas medições, e acessórios, que são classificados como auxiliares no
processo de medição.
A estação total, nível de luneta, teodolito, trena, distanciômetro eletrônico,
receptor de GNSS (instrumento da Geodésia), VANT, entre outros são alguns
exemplos de instrumentos. Como exemplos de acessórios têm-se nível de
cantoneira, baliza, piquete, estaca, estaca testemunha, bastão com prisma, tripé e
outros.
12

Os teodolitos são instrumentos destinados à medição de ângulos verticais


e horizontais com auxílios, respectivamente, de balizas e miras falantes, sendo
essas últimas usadas também nas medições das distâncias horizontais (utilizando-
se da taqueometria planimétrica) e verticais (nivelamento taqueométrico e
nivelamento trigonométrico), por meio das leituras dos fios estadimétricos. Os
teodolitos são classificados de acordo com sua finalidade, podendo ser topográficos,
astronômicos ou geodésicos e classificados de acordo com a precisão na leitura de
ângulos, podendo ser baixa (entre 08 e 30’’), média (entre 03’’ e 07’’) e alta (igual ou
abaixo de 02’’) (NBR13133/94). Assim, os equipamentos a serem escolhidos para
medição no levantamento vai depender da precisão requerida (Antunes, 1995).

2.3 Processamento dos dados de medições

Visando agilizar o processo de levantamento topográfico, é possível


contar com equipamentos digitais que facilitam a armazenagem, cálculos e
anotações dos levantamentos, reduzindo também o tempo de anotação das
informações e processamentos dos dados em campo (Veiga et.al, 2014).
Embora alguns sistemas antigos ainda sejam utilizados com certa
frequência, a utilização do Sistema Internacional de Unidades (SI) já está bem
difundida.
Veiga et.al discorre sobre o desenho topográfico e as informações que
devem conter ao usuário sobre o levantamento em campo e informações adicionais
que se fazem necessárias e, entre os dados necessários para a realização do
cálculo da área e geração do desenho planimétrico estão:
• AI: altura do aparelho em relação ao solo;
• AH (Ângulo Horizontal): indica a direção para onde a luneta aponta;
• AV (Ângulo Vertical): ângulo que indica a inclinação da luneta;
• EST (Estação): local onde o aparelho está instalado na área;
• FI (Fio Estadimétrico Inferior): traço localizado na extremidade
inferior aparente na mira ao olhar pela luneta, usado no cálculo da
distância horizontal;
• FM (Fio Estadimétrico Médio): traço médio aparente na mira ao
olhar pela luneta, usado no cálculo da distância horizontal;
13

• FS (Fio Estadimétrico Superior): traço localizado na extremidade


superior da mira;
• PV (Ponto visado): local onde o instrumento de medida está
situado na área.
Como desenho topográfico final a ABNT (NBR 13133, 1994, p2) define:
“peça gráfica realizada, a partir do original topográfico, sobre base transparente,
dimensionalmente estável (poliéster ou similar), quadriculada previamente, em
formato definido nas NBR 8196, NBR 8402, NBR 8403, NBR 10068, NBR 10126,
NBR 10582 e NBR 10647, com área útil adequada à representação do levantamento
topográfico, comportando ainda, moldura e identificadores segundo modelo definido
pela destinação do levantamento.”

2.4 Ferramentas e Tecnologias

Para realizar o desenvolvimento do aplicativo fez- se necessário o uso de


alguns softwares terceiros, ferramentas e aplicativos. Aqui estão listadas as
ferramentas que foram fundamentais para o desenvolvimento da nova versão do
aplicativo.

2.4.1 PHP

O PHP (acrônimo para Hypertext Preprocessor) é uma linguagem de


programação de uso geral, especialmente adequada para o desenvolvimento de
aplicações web. Criado em 1994 por Rasmus Lerdorf, o PHP é uma linguagem
interpretada, ou seja, não é necessário compilar o código antes de executá-lo. É
uma linguagem de código aberto e é muito popular na web, sendo utilizada em
milhões de sites em todo o mundo (TIOBE, 2022).
O PHP é compatível com diversos bancos de dados, o que o torna uma
excelente opção para a criação de aplicações web que precisam armazenar
informações em banco de dados. É utilizado principalmente para a criação de
páginas dinâmicas, ou seja, páginas que podem ser personalizadas de acordo com
o usuário que as acessa ou que mostram informações atualizadas em tempo real.
14

2.4.2 HTML

Linguagem de Marcação de Hipertexto, do Inglês HyperText Markup


Language (HTML), que foi criado por Tim Bernes-Lee em 1991 é o código que você
usa para estruturar uma página web e seu conteúdo. O conteúdo pode ser
estruturado em parágrafos, em uma lista com marcadores ou usando imagens e
tabelas.
É uma linguagem de marcação, usada para definir a estrutura do seu
conteúdo, uma série de elementos, que você usa para delimitar ou agrupar
diferentes partes do conteúdo da página web para que ele apareça ou atue de
determinada maneira.
Segundo Camargo (2010) a popularidade da linguagem cresceu junto
com a internet, tendo como uma das principais vantagens a portabilidade e a
facilidade com que usuários leigos podem aprender seu funcionamento. Para que
um navegador possa renderizar arquivos com comandos HTML, é necessário que
este possua as tags da linguagem e o arquivo precisa ter a extensão .html.

2.4.3 CSS

Folha de Estilos em Cascata do inglês Cascading Style Sheet (CSS),


como tarefa estilizar as páginas HTML. Fazendo da sua combinação de uso com o
HTML5 uma excelente ferramenta de estilização de conteúdo. Pode ser escrito em
um arquivo separado, estando vinculado ao arquivo HTML ou escrito juntamente ao
HTML. O CSS3 é a versão mais atual disponibilizada contando com inúmeras
funcionalidades.
Segundo Ribeiro (2006) o CSS é uma tecnologia que nos permite criar
páginas web de uma maneira mais exata. Esta tecnologia permite fazer muitas
coisas que não era possível utilizando somente HTML, como incluir margens, tipos
de letra, fundos, cores etc.
15

2.4.4 JavaScript

O JavaScript pode ser encontrado com o nome de (JS), é uma linguagem


de programação interpretada e orientada a objetos com funções de primeira classe,
conhecida como a linguagem de scripting para páginas Web, facilitando assim a
adição de recursos dinâmicos nas páginas. É muito utilizado em conjunto com HTML
e CSS, atuando na manipulação do comportamento das páginas.

2.4.5 Bootstrap

Criado por Jacob Thorton e Mark Otto, engenheiros do Twitter O


Bootstrap (BS) é um framework código fonte aberto (open source) mais popular,
intuitivo e com uma comunidade superativa, ou seja, um poderoso kit de ferramentas
front-end repleto de recursos que visam o desenvolvimento de maneira mais prática,
rápida e simples sendo usados em conjunto com o HTML e CSS.

2.4.6 Xampp

Fundado por Kai 'Oswald' Seidler e Kay Vogelgesang, o XAMPP é uma


ferramenta de distribuição gratuita que contém o banco de dados Mysql, a instalação
do PHP mais recente e Perl. Foi criado com o intuito de ser fácil de instalar e de
usar. Após instalado todos os recursos são ativos e sua distribuição de maneira
simples facilita para que desenvolvedores ingressem no mundo do Apache.

2.4.7 Banco De Dados

Segundo Cayres (2015), banco de dados pode ser definido como uma
“coleção de dados relacionados que podem ser inseridos, atualizados e recuperados
e que possuem um significado implícito.”
Linguagem de Consulta Estruturada do inglês Structured Query Linguage
chamado pela abreviação (SQL), é conhecida comercialmente como uma
“linguagem de consulta” padrão utilizada para manipular bases de dados relacionais.
16

O Mysql é um é um banco de dados relacional de código aberto que


utiliza a linguagem SQL como linguagem de manipulação de dados (insert, update e
delete), podendo ser utilizado em todas as plataformas e sistemas operacionais.
Devido ao seu código aberto, é de grande valia para adquirir conhecimento, visto
que o código-fonte do software é disponibilizado gratuitamente e pode ser utilizado,
estudado, modificado e distribuído por qualquer pessoa.

2.4.8 Visual Studio Code

O Visual Studio Code (VS Code) é um editor de código-fonte gratuito


disponibilizado pela Microsoft. Vem com suporte integrado para JavaScript,
TypeScript e Node.js e possibilita a adição de muitas extensões para outras
linguagens de programação, aumentando assim o catálogo de funcionalidades do
aplicativo.

2.4.9 Navegadores

O WorldWideWeb foi o primeiro navegador para web, desenvolvido na


Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear em 1990 por Tim Berners-Lee, na
linguagem Objective-C e, rodava no sistema operacional NeXTStep 1.0. Também
responsável pelo desenvolvimento do protocolo HTTP e do código HTML.
O sistema de publicação conhecido como World Wide Web, ou WWW,
nasceu com a ideia de que qualquer pessoa poderia compartilhar conhecimento
utilizando uma linguagem de publicação (HTML).
Também conhecido como Browsers, os navegadores são softwares
projetados para permitir que os usuários acessem e visualizem páginas da web. Os
navegadores interpretam o código HTML, CSS e JavaScript das páginas da web e
os transformam em uma visualização gráfica que pode ser exibida na tela do
usuário. São os programas que permitem que os usuários naveguem na internet e
interajam com conteúdo on-line.
17

2.4.10 Jquery

Jquery Fundation (2023) define jQuery como uma biblioteca JavaScript


rápida, pequena e rica em recursos. Ele torna coisas como travessia e manipulação
de documentos HTML, manipulação de eventos, animação e Ajax muito mais
simples com uma API fácil de usar que funciona em vários navegadores. Com uma
combinação de versatilidade e extensibilidade, o jQuery mudou a forma como
milhões de pessoas escrevem JavaScript.

2.5 Trabalhos correlatos

Pesquisas foram conduzidas para validar a relevância e amplitude do


tema abordado, comparando tanto as abordagens tecnológicas quanto os princípios
teóricos e práticos da Topografia. Durante o estudo, foram identificados trabalhos
que compartilham conceitos semelhantes, incluindo o desenvolvimento de um
sistema interno para redução de custos e o aprimoramento dos resultados obtidos.
A introdução do computador nas escolas resultou em uma desconfiança
dos professores de serem trocados pelas máquinas. Porém, o que se conseguiu
observar é que isso acabou adicionando ao currículo do mesmo e agregando a
escola mais valor (RAMOS, 1999). Seydell et. Al (2010) do Curso de Engenharia, em
seu artigo “Desenvolvimento de um software educativo para levantamentos
topográficos”, relata a necessidade do uso e desenvolvimento de novas ferramentas
pedagógicas como um papel facilitador entre o aluno e a construção do seu
conhecimento, desenvolvimento e aprendizagem na área da matemática com a
abordagem topográfica nos cursos de Engenharia.
Henrique (2014) aborda em “Desenvolvimento de um software web para
auxílio no processo de ensino-aprendizagem em topografia” a necessidade de
desenvolvimento de uma aplicação Web. Visando apresentar uma solução para
auxiliar no processo de ensino e aprendizagem em relação aos cálculos
topográficos, busca também trazer melhor interatividade e facilitar a comunicação
entre professor e aluno.
Guilherme (2021), Mestre em Ciências Geodésicas e Tecnologias da
Geoinformação da Universidade Federal de Pernambuco, relata o uso de um
Software Livre para obtenção de dados essenciais para a produção de Cartas
18

Cartográficas e Cartas Topográficas, utilizando imagens externas de satélites


Advanced Land Observing Satellite – ALOS, para renderizar as imagens com maior
aptidão em sua aplicação em uso do solo no meio urbano, ressaltando que o
sensoriamento remoto aliado à informática agilizou e facilitou a confecção de
produtos mais complexos, dispensando, em certo ponto, contrato de empresas
especializadas ou aluguel de aeronaves (tripuladas ou não tripuladas) para a
aquisição de imagens da área em estudo, garantindo assim, uma enorme economia
para o desenvolvimento deste produto e o posterior processamento destas imagens
em softwares mais específicos, que por sua vez, requerem mais recursos.
Segundo Costa et al. (2006), softwares voltados para essa finalidade
apresentam altos custos. Diante disso, seu trabalho objetiva o desenvolvimento de
um programa que permita realizar o levantamento planimétrico por caminhamento e
realização dos cálculos topográficos de uma área determinada, proporcionando
maior facilidade e praticidade para os professores e alunos do Campus em suas
atividades. Com o desenvolvimento do SALT 2.0, espera-se obter maior eficiência e
usabilidade no processo de cálculo topográfico.
19

3. METODOLOGIA

Este capítulo aborda a natureza da pesquisa, bem como a identificação


do seu caráter, métodos e procedimentos e o tratamento dos dados.

3.1 Natureza da pesquisa

Após a revisão de literatura, cabe explicar o método do estudo,


reforçando que o objetivo do presente trabalho se dá pelo desenvolvimento da
versão 2.0 do SALT, que se constitui em um software gratuito que visa atender à
demanda atual dos alunos dos cursos de Agronomia, Engenharia Florestal e
Agrimensura. A pesquisa possui uma abordagem exploratória, faz uso do
procedimento qualitativo e adota o estudo de caso como método de pesquisa.
Esta pesquisa adota uma abordagem exploratória para obtenção de maior
conhecimento sobre o meio Topográfico. Segundo Selltiz et al (1975), um estudo
exploratório tem a função, entre outras, de aumentar o conhecimento do
pesquisador sobre o fenômeno que deseja investigar e de esclarecer conceitos.
Escolheu-se o procedimento qualitativo, pois este permite ao pesquisador estudar
eventos selecionados de forma detalhada e profunda (PATTON, 1990).

3.2 Instrumentos utilizados

A aquisição de dados e informações foi realizada através de reuniões e


testes práticos com o orientador e coorientador do trabalho, tornando assim possível
a avaliação da viabilidade de melhoria no sistema e a identificação dos requisitos
que não foram atendidos em sua totalidade na versão 1.0.
A versão 2.0 do SALT tem o intuito de melhorar a usabilidade trazendo
um layout mais limpo e intuitivo, além de correções de problemas e desenvolvimento
de novas funcionalidades. Foi utilizado como base a versão desenvolvida do SALT
1.0.
Para realizar o levantamento de requisitos adicionais ao sistema, foi
adotado uma abordagem de teste prático da versão 1.0 do sistema, onde foram
realizados testes práticos pelo professor da disciplina de topografia, e feito
20

levantamento de funções que necessitavam de alterações para melhorar a


usabilidade. Também foi levado em consideração o levantamento de informações
via reuniões com o professor de topografia de maneira presencial, onde foram
registradas informações dos pontos principais para a tomada de decisões e ações a
serem realizadas no desenvolvimento.
Após a finalização da especificação dos requisitos, deu-se início aos
procedimentos de modelagem, prototipação e posteriormente desenvolvimento da
aplicação, no qual se empregaram as ferramentas utilizadas na seção 2.4 deste
estudo.
Ao término do desenvolvimento da aplicação foram realizados testes para
aferir se a usabilidade está de acordo com a necessidade, identificar possíveis
falhas na que podem ter ocorrido, e apontar melhorias a serem implementadas em
uma futura versão.

3.3 Levantamento de requisitos

As principais características da pesquisa qualitativa foram levadas em


consideração para a escolha deste procedimento: aprendizagem indutiva, visão
holística, estudo do fenômeno em seu ambiente natural e uma visão geral de todas
as variáveis que envolvem o problema de pesquisa. Em primeiro lugar, buscou-se
analisar os conceitos de Topografia e seus instrumentos, com base em dados
extraídos de estudos acerca do tema.
A primeira versão da aplicação não foi colocada em prática para os
professores e alunos, somente foram realizados testes de qualidade na aplicação.
Nestes testes foram encontrados alguns problemas, que serão corrigidos na versão
2.0 do SALT.
Os requisitos a serem trabalhados na versão 2.0 do SALT são:
• Alteração do layout do aplicativo para melhor visualização, informações como
ID do levantamento, alterado para o nome do levantamento.
• A função de cadastrar novos usuários administradores no sistema usa o
padrão 0 (zero) e 1 (um) definidos no banco de dados, onde 0 define que ele
é um usuário com privilégios de administrador e 1 para usuário comum. É
21

necessário corrigir a visualização para tornar o sistema mais intuitivo e facilitar


o seu uso pelos usuários.
• O levantamento e cadastro de dados do sistema possui alguns erros
ortográficos e de códigos como: A entrada de dados date (2023/05/17) está
no formato americano. O sistema usa coordenadas latitude X e longitude Y
para realizar os cálculos no eixo cartesiano, porém não é muito intuitivo onde
estes dados devem ser inseridos. Ainda nos levantamentos dos dados as
funções como UPDATE e DELETE no banco de dados possuem erros
quando são utilizadas, fazendo uma mesclagem ou desaparecimento de
alguns dados.
• Será implementada a função de cálculo de área usando as coordenadas. O
sistema já possui o front-end, desenvolvido para realizar os cálculos, mas o
back-end, onde os cálculos são realizados não está implementada na versão
1.0 do aplicativo. O sistema possui páginas com interfaces separadas para
mostrar os dados dos cálculos de irradiações e de poligonal básica. Deve ser
desenvolvido uma página nova para mostrar os dados dos dois cálculos
juntos.
• Desenvolver uma funcionalidade para gerenciar os grupos de usuários
(turmas e alunos) onde os usuários podem se cadastrar e o administrador
pode ativar os demais usuários.
• A demonstração visual dos cálculos de área é uma das funções que esta
implementada no sistema, porém não está finalizada e necessita de
correções para se tornar usual.

3.4 Modelagem e desenvolvimento

Durante a etapa de levantamento e análise de requisitos, ocorreram


encontros e entrevistas com o professor de Topografia com o objetivo de identificar
as necessidades e limitações do sistema a ser criado, bem como obter sugestões de
funcionalidades.
Após o levantamento de requisitos foi possível entender o propósito da
atualização do sistema e os objetivos que ela busca atender, sendo assim possível
22

verificar a necessidade de outros recursos necessários para o desenvolvimento da


aplicação.
Após definir um layout padronizado para ser utilizado em toda a
aplicação, a primeira etapa do desenvolvimento foi modificar as páginas de cadastro
de informações no sistema. O layout aborda uma metodologia onde os itens devem
ser centralizados, intuitivos, e com uma interface mais limpa possível.
Foi necessário o uso de um editor de texto para o desenvolvimento da
aplicação, o Visual Studio Code foi o escolhido pois é um editor que possui suporte
para todas as funções e linguagens de programação utilizadas e proporciona o uso
de extensões para facilitar o desenvolvimento.
Para o desenvolvimento visual da aplicação foram utilizadas as
ferramentas Bootstrap para facilitar na utilização de tabelas, botões e elementos
responsivos, HTML e PHP para e escrita da estrutura e consulta e JavaScript para
as interações com formulários e algumas funções do Bootstrap. O sistema já
possuía um esquema responsivo para qualquer tipo de dispositivo, então não foi
necessário realizar a adição.
Para armazenar as informações necessárias o sistema já conta com o uso
do Mysql – Xampp não foi necessário adicionar outra estrutura para armazenar os
dados nos bancos. Como algumas tabelas sofreram alterações em sua estrutura, foi
necessário o uso das ferramentas para realizar as devidas mudanças.
Foi necessário modificar algumas estruturas de inserção e consulta em
bancos de dados, algumas funções foram retrabalhadas para obter o retorno correto
das informações.
Após compreender que algumas funções do sistema possuíam
informações e funções desnecessárias, foi elaborado uma política para refatorar
todo o código da aplicação, segundo Fowler (2018) A refatoração não é uma tarefa
especial que apareceria em um plano de projeto, e sim uma parte regular da
atividade de programação. Quando preciso adicionar um novo recurso a uma base
de código, verifique o código existente e considere se ele está estruturado de forma
possível para simplificar a nova alteração, assim reduzindo redundâncias,
adicionando comentários e retirando funções desnecessárias do código. Sendo
feitas pequenas alterações e testes para garantir que o código se tornasse mais
efetivo e fácil de entender.
23

Durante o desenvolvimento da aplicação foram realizados testes para


verificar a funcionalidade de cada uma das funções, visando garantir que todas as
funções estivessem funcionando como o esperado.
24

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este capítulo apresenta as funcionalidades implementadas no sistema,


descrevendo o funcionamento e a interface do software.

4.1 Descrição da aplicação

O desenvolvimento da versão 2.0 do SALT foi criar uma versão da


aplicação que funcionasse forma mais intuitiva.
A página “login” Figura 1, apresenta o procedimento para acessar o
sistema, sendo necessário o Registro Acadêmico do Aluno (RA) e a senha. No
sistema, ao lado do formulário de login é possível encontrar informações sobre o
sistema e um botão para cadastro de novos usuários “Ainda Não Possui Cadastro”.
Este botão direciona para outra tela conforme apresentado na Figura, essa tela
possui o mesmo layout da página “login”, porém com um formulário de registro onde
é possível informar nome, login, senha e turma do usuário para se cadastrar no
sistema e um botão para retornar para o menu de acesso no sistema “Já Possui
Cadastro”. Na parte inferior desta e demais páginas, é exibido um rodapé com o
copyright, ano do desenvolvimento e a instituição. Botões que direcionam para as
páginas “início”, “sobre” e “ajuda”.
25

Figura 1: Interface De Login

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 1: Tela de Cadastro de Usuário

Fonte: Elaborado pelo autor.

Após o procedimento de login ser realizado, o usuário é redirecionado


para a página inicial, demonstrado na Figura 3, onde é apresentado o logo e mais
26

algumas informações sobre o sistema. Além disso, um botão no canto superior


esquerdo que abre uma barra lateral com as funcionalidades do sistema, sendo
algumas delas disponíveis somente para administradores e para todos os usuários.
“Levantamento” com suas derivações (Mostrar levantamento, Adicionar
Levantamento, Pesquisar Levantamentos, e Listar Levantamento), “Usuários” com
suas derivações (Adicionar Usuário e Listar Usuários), “Gerar Desenho” e “Sobre”
com suas derivações (Sobre, Ajuda e Suporte) e um botão para sair do Sistema
“Sair” Funções como cadastrar usuários, listar usuários e listar levantamento são de
uso somente para usuários administradores no sistema.

Figura 3: Página Inicial Do Sistema

Fonte: Elaborado pelo autor.

No menu “Levantamentos” e acessar “Mostrar Levantamentos” o sistema


será redirecionado para a página de levantamentos cadastrados no sistema,
representado na Figura 4, só será exibido alguma informação caso o usuário logado
no sistema já tenha inserido algum levantamento. Na tela em que são apresentados
os levantamentos, são apresentadas as opções de “Adicionar” e “Visualizar”
participantes do levantamento, “Adicionar” e “Visualizar” leituras do levantamento e
27

abaixo as informações do levantamento selecionado, além das opções “Editar” e


“Excluir” levantamento, apresentadas em forma de botões. Abaixo é possível
também encontrar um botão atalho para a página de “Adicionar Levantamentos”,
imprimir a página e voltar para a página anterior “index”.

Figura 4: Levantamentos Cadastrados

Fonte: Elaborado pelo autor.

No menu “Levantamentos” e acessar “Adicionar Levantamentos” o


sistema será redirecionado para a página de adicionar um levantamento no sistema,
representado na Figura 5. Para realizar o cadastro de um levantamento o usuário
deve fornecer as seguintes informações: uma breve descrição sobre o levantamento,
a data de registro, latitude e longitude. O campo responsável já é preenchido
automaticamente com os dados do usuário logado no sistema.
28

Figura 5: Adicionar Levantamentos

Fonte: Elaborado pelo autor.

No menu “Levantamentos” e acessar “Pesquisar Levantamentos” o


sistema será redirecionado para a página onde o usuário deve informar a descrição
e data do levantamento que ele deseja buscar, representado na Figura 6, só será
exibido alguma informação caso o usuário logado no sistema já tenha cadastrado
algum levantamento. Ao selecionar o botão “Pesquisar” o sistema carrega uma nova
página informando os dados sobre o levantamento informado, representado na
Figura 7. Na tela em que é apresentado o levantamento, são disponibilizadas as
opções de “Adicionar” e “Visualizar” participantes do levantamento e “Adicionar” e
“Visualizar” leituras do levantamento, além das opções “Editar” e “Excluir”
levantamento, apresentadas em forma de botões. Na parte inferior da tela é possível
encontrar um botão atalho para a página de “Adicionar Levantamentos”, imprimir a
página e voltar para a página principal do sistema.
29

Figura 6: Pesquisar Levantamento

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 7: Mostrar Dados Da Pesquisa

Fonte: Elaborado pelo autor.


30

No menu “Levantamentos” e acessar “Listar Levantamentos”, uma função


que é somente acessada por administradores, o sistema será redirecionado para a
página onde o usuário consegue listar todos os levantamentos cadastrados no
sistema, representado na Figura 8. Também é possível nesta tela filtrar por turmas
os levantamentos, selecionando a turma e acionando o botão “Pesquisar” o sistema
retorna os levantamentos da turma selecionada. Na tela em que é apresentado o
levantamento, são dadas as opções de “Adicionar” e “Visualizar” participantes do
levantamento e “Adicionar” e “Visualizar” leituras do levantamento, além das opções
“Editar” e “Excluir” levantamento, apresentadas em forma de botões. Abaixo é
possível também encontrar um botão atalho para a página de “Adicionar
Levantamentos”, imprimir a página e voltar para a página anterior “index”.

Figura 8: Pesquisar Todos os Levantamentos

Fonte: Elaborado pelo autor.

No menu “Gerar Desenho” e acessar “Gerar Desenho” o sistema será


redirecionado para a página onde o usuário deve informar a descrição e data do
levantamento que ele deseja buscar, representado na Figura 9, só será exibido
alguma informação caso o usuário logado no sistema já tenha inserido algum
levantamento. Ao selecionar o botão “Gerar Desenho” o sistema carrega uma nova
31

página informando os dados sobre o levantamento informado. Abaixo é possível


também encontrar um botão atalho para a página inicial e imprimir as informações
da tela, representado na Figura 10.

Figura 9: Gerar Desenho Pesquisando

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 10: Desenho Planimétrico da Área

Fonte: Elaborada pelo autor.

A opção “Adicionar Participante”, representada pelo símbolo de adição “+”


na página de visualização de levantamentos na categoria “Participantes”, é
32

apresentado ao usuário a página de adição de participante, onde o usuário deverá


selecionar um usuário cadastrado para incluí-lo no levantamento, conforme mostra a
Figura 11. Após incluir um novo participante, ou selecionar a opção “Visualizar
Participante”, o usuário é direcionado à página de visualização de participantes. Na
visualização de participantes é possível ir para a página de adicionar participante,
imprimir e voltar para página anterior, representada na Figura 12.

Figura 11: Página de Adicionar Participantes

Fonte: Elaborado pelo autor.


33

Figura 12: Página de Participantes Cadastrados

Fonte: Elaborado pelo autor.

Em “Adicionar Leituras”, que é indicado por uma “+” na categoria


“Leituras” o sistema será redirecionado para a página onde o usuário insere as
leituras de levantamento, representado na Figura 13. O sistema retorna os valores já
inseridos caso existirem, e logo abaixo há os campos caso o usuário necessite
inserir mais leituras para o levantamento. O usuário deve informar as leituras do
levantamento referentes ao Ponto Visado PV (“AI, AH, AV, EST, FI, FM, FS, PV e
OBS”). O botão salvar armazena as informações e o botão voltar retorna à página
anterior “Mostrar Levantamentos”.
34

Figura 13: Inserção Dados Do Levantamento

Fonte: Elaborada pelo autor.

Em “Visualizar Leituras”, que é indicado por um “olho”, o sistema será


redirecionado para a página onde o usuário consegue visualizar as leituras do
levantamento caso elas existam, nesta página é possível visualizar os dados do
levantamento, os dados das irradiações do levantamento e os dados da poligonal
básica (deslocamento de estação). Logo abaixo de cada uma das funções há um
botão que em uma nova página, gera os cálculos de irradiações e poligonais. No
final da página possui também um botão para adicionar mais dados ao
levantamento, um botão para imprimir os dados e um botão para voltar à página
anterior. Representados nas Figuras 14 e 15.
35

Figura 14: Informações Sobre Levantamento

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 15: Informações Sobre Levantamento.

Fonte: Elaborado pelo autor.


36

O botão “Cálculos De Irradiações” abre uma nova página onde é possível


visualizar os cálculos de área (apresenta os cálculos gerados pelo sistema para se
obter o valor total da área onde foi realizado o levantamento topográfico) e os
cálculos de coordenadas das irradiações, representados na Figura 16. No fim da
página possui um botão para voltar para a página anterior, um botão para imprimir
os dados e um botão que abre uma nova tela para “Gerar o Desenho”. O botão
“Gerar Desenho” irá carregar uma nova página para a visualização do desenho
planimétrico gerado com base nos cálculos de seu respectivo levantamento,
representado na Figura 17.

Figura 16: Cálculos De Área e Coordenadas

Fonte: Elaborado pelo autor.


37

Figura 17: Desenho Planimétrico

Fonte: Elaborado pelo autor.

O botão “Cálculos Da Poligonal” abre uma nova página onde é possível


visualizar os cálculos da poligonal representado na figura 18. No fim da página
possui um botão para voltar para a página anterior e um botão para imprimir os
dados.
38

Figura 18: Cálculos Poligonal

Fonte: Elaborado pelo autor.

No menu “Usuários” e acessar “Adicionar Usuários” menu acessado


somente por administradores, o sistema será redirecionado para a página de
adicionar um usuário no sistema, representado na Figura 19. Para realizar o
cadastro de um novo usuário, o administrador deve informar os seguintes dados:
nome, login, senha, tipo do usuário administrador ou aluno e sua turma. Logo abaixo
há um botão para salvar os dados e um botão para voltar para a página principal do
sistema.
39

Figura 19: Cadastrar Usuários

Fonte: Elaborado pelo autor.

No menu “Usuários” e acessar “Visualizar Usuários” menu acessado


somente por administradores, o sistema será redirecionado para a página de
usuários cadastrados no sistema, representado na Figura 20. Há uma barra de
pesquisa caso seja necessário buscar um usuário específico que é retornado na
tabela abaixo, além das opções “Editar” e “Excluir” usuário, apresentadas em forma
de botões. Abaixo é possível também encontrar um botão atalho para a página de
“Adicionar Usuários”, imprimir a página e voltar para a página anterior.
40

Figura 20: Usuários Cadastrados

Fonte: Elaborado pelo autor.

No menu “Sobre” e acessar “Sobre”, o sistema será redirecionado para a


página de informações sobre a primeira e a atual versão do sistema e contém
também algumas informações de contato dos desenvolvedores, representado na
Figura 21.
Figura 21: Sobre
41

Fonte: Elaborado pelo autor.

No menu “Sobre” e acessar “Suporte ou Ajuda”, o sistema será


redirecionado para a página de informações sobre dificuldades de acesso ao
sistema, erros e um formulário de contato para sugestões de futuras
funcionalidades, relatar problemas, representado na Figura 22.

Figura 22: Ajuda e Suporte

Fonte: Elaborado pelo autor.


42

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Visando a otimização do sistema SALT 1.0, o presente estudo buscou


realizar a correção de problemas e ajustar funcionalidades que estavam
parcialmente desenvolvidas no sistema anterior. Assim, foram realizados diversos
estudos que buscaram embasamento tanto teórico como prático para alcançar os
objetivos propostos, além disso, foram observadas as limitações não superadas pela
versão 1.0 do SALT.
Foram realizadas diversas melhorias no sistema, porém é importante
fazer uma avaliação quando entrar em produção e neste sentido é importante
continuar os trabalhos de melhoria na aplicação.
Como proposta de trabalhos futuros, sugere-se a modificação da função
geração do desenho planimétrico que, devido às limitações de tempo, não foi
possível realizar alterações. Para o desenvolvimento desta funcionalidade é
necessário desenvolver uma biblioteca gráfica para utilizar no sistema no momento
de gerar os desenhos.
43

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