7 Alianças - Livretos
7 Alianças - Livretos
7 Alianças - Livretos
Parte 1 – Introdução
a. Deus sempre quis esta comunhão com o homem. Isto faz parte do propósito
eterno de Deus e é um desejo constante do seu coração.
c. No tempo final do plano de Deus, ele procura muito mais ter comunhão com
os homens. O fim da história da humanidade é a maior crise que já houve no
plano de Deus.
d. Você está disponível para ter esta comunhão com Deus? Você quer dar sua
vida para andar com Deus e ter um relacionamento com ele nestes dias finais
do seu plano na terra? Ele tem muito que falar a respeito da consumação do
seu plano e está procurando pessoas para andar e conversar com ele.
EXEMPLOS DE PESSOAS QUE ANDARAM COM DEUS
Em Amós 3.3-7, lemos que para duas pessoas andarem juntas, elas
precisam estar de acordo, ter harmonia entre si. Se Deus quer andar conosco,
e nós não estamos em harmonia com ele, é certo que Deus não vai mudar! Só
resta uma opção - nós temos de mudar!
1. Adão.
Deus fez o primeiro homem na sua própria imagem a fim de ter
comunhão com ele. Este seria evidentemente um requisito básico para ter
comunhão - estar na imagem de Deus. O homem só pode ter comunhão com
outros que tenham a mesma imagem. É impossível ter comunhão com um
cachorro ou um cavalo, por exemplo.
2. Enoque.
Gn 5.22-24. Enoque foi o sétimo homem depois de Adão (Jd 14). Ele foi
como que as primícias da comunhão completa, que no final da história levará
toda a igreja a ficar para sempre em comunhão com Jesus. Pois Enoque foi
trasladado, e isto é uma figura do arrebatamento da igreja na vinda de Jesus. A
trasladação de Enoque fala da igreja saindo do sistema deste mundo para
estar para sempre em comunhão com Jesus. Enoque andou com Deus e
desapareceu, corpo, alma e espírito. Antes de desaparecer, Enoque profetizou
da segunda vinda de Jesus. Isto foi porque andou com Deus e Deus lhe
compartilhou os seus segredos. A própria vida de Enoque e o seu
desaparecimento se tornaram uma profecia.
Muitos falam hoje no arrebatamento da igreja, mas é preciso saber
quando e como será este arrebatamento. A vida de Enoque mostra claramente
que o arrebatamento é uma consequência de comunhão. Se ele não tivesse
andando com Deus não teria havido a trasladação. Se a igreja não está em
comunhão com Jesus, como será arrebatada?
3. Noé
Gn 6.8-14. Nos dias de Noé, Deus passou por uma crise tão forte no seu
plano que se decepcionou com o homem e se arrependeu de o ter criado.
Porém Noé achou graça aos olhos do Senhor.
4. Abraão.
Gn 17.1. Deus falou com Abraão para andar na sua presença e ser
perfeito. Se andarmos na presença de Deus, seremos perfeitos. Não há outra
consequência possível.
Abraão foi chamado amigo de Deus (Is 41.8; 2 Cr 20.7; Tg 2.23). Deus
revelou para ele grandes segredos. Além do propósito imediato de dar
continuidade ao seu plano, formando uma nação e dando-lhe uma terra, Paulo
mostra que Deus anunciou a Abraão o evangelho da promessa (Gl 3.8). Assim,
embora o cumprimento fosse ainda bem distante, Deus mostrou ao seu amigo
e profeta (Gn 20.7) a nova aliança. E no seu relacionamento com Deus, os
primeiro passos foram dados para a realização destes planos. ele se tornou o
pai de todos os que creem (Gl 3.7), pois a sua fé na promessa de Deus foi o
alicerce da nova aliança.
5. Moisés.
Êx 33.11. Deus tinha tanta amizade com Moisés que falava com ele face
a face. A Bíblia fala que jamais um homem mortal alcançou tanta intimidade
com Deus a ponto de falar com ele como qualquer fala a seu amigo (Dt 34.10-
12). Deus falava com ele dos seus propósitos, das suas intenções, e até
mesmo dos seus sentimentos. Falou com ele a respeito da formação da nação
de Israel, como tirá-la do Egito, e como formá-la como povo exclusivo de Deus
na terra. Consultou-o antes de derramar a sua ira por causa da desobediência
do povo. Mostrou-lhe o futuro da nação de Israel, sua desobediência, e a vinda
de um profeta semelhante a ele (Dt 18.15).
6. Elias.
1 Rs 17.1. Elias era um homem que vivia na presença de Deus, e por
isto sua palavra era a própria palavra de Deus. Tal era o grau de intimidade
que Elias tinha com Deus que falava: "em cuja presença estou". ele não tinha
apenas estado com Deus ontem, mas vivia na presença de Deus
constantemente. Ele podia falar "segundo a minha palavra", porque era amigo
de Deus e sabia o que Deus queria fazer.
7. Davi.
At 13.22. Davi era um homem segundo o coração de Deus. Esta
passagem fala que Deus achou Davi. Isto significa que ele estava procurando
alguém. Ele queria um amigo e o encontrou em Davi. É difícil para nós
entendermos que Deus tem necessidade de alguma coisa, mas é isto que
vemos aqui. Deus precisa de amigos para cumprir o seu plano, e está à
procura deles. Você quer que Deus o ache?
Davi tinha problemas sérios na sua vida, mas Deus o amava por causa
do seu coração. Ele procurou uma morada para Deus acima de todos os outros
interesses pessoais (Sl 132.1-5). Tudo que ele fazia para Deus, ele fazia com
todas as suas forças. Ele amava a Deus ardentemente. Dançava diante da
presença de Deus com tudo que tinha. Ajuntou materiais para a casa de Deus
com todo empenho possível. E Deus mostrou-lhe o plano da sua casa e deu-
lhe no Espírito visão da nova aliança, da graça de Deus e da vinda do Messias.
8. Maria.
Lc 10.38-42. Jesus dava muito mais valor a Maria porque ela ficava
sentada aos seus pés. Jesus queria comunhão e era isto que Maria também
procurava. Não é que as atividades de Marta eram desnecessárias ou sem
importância. Nem significa que não devemos fazer nada. A lição é que o mais
importante é a comunhão. Muitas vezes nos refugiamos em ocupações para
não ter comunhão. Temos medo do que Deus pode fazer conosco. Achamos
que ele vai nos castigar ou exigir algo difícil de nós. Porém quando temos um
encontro com Deus descobrimos que ele não é assim: antes quer envolver-nos
com seu amor, a fim de transmitirmos o mesmo amor aos outros.
9. João.
Jo 13.26. Jesus não amava este discípulo por causa da sua aparência
ou personalidade. Ele era o discípulo mais amado de Jesus porque estava
sempre perto dele. Alguém falou certa vez que João ficava sempre junto de
Jesus porque era filho do trovão e sempre tinha que pedir perdão por alguma
coisa! O certo é que ele tinha mais intimidade com Jesus e mais acesso a ele
do que os outros discípulos. Por causa da intimidade Jesus falava dos seus
segredos com ele. Alguns se contentam em apenas ser discípulo e estar
andando com Jesus. Outros querem chegar o mais perto possível e ter uma
amizade mais íntima com ele. João era um destes.
10. Paulo.
Fp 3.7-11; 2 Co 12.1-5. Paulo tinha amizade com Deus que foi
arrebatado ao terceiro céu e ouviu coisas não lícitas ao homem falar. Sua
experiência foi semelhante a Enoque que andou com Deus e foi arrebatado, e
a Moisés que tinha uma intimidade com Deus que homem algum alcançou.
Paulo foi um amigo de Deus que compartilhou de coisas profundas, do mistério
que ficara oculto desde os séculos eternos, do plano de Deus para a igreja
através dos séculos vindouros, e da vinda de Cristo.
Poderíamos falar de outros ainda, como Daniel que foi chamado homem
mui amado. Cada pessoa tinha um relacionamento com Deus, um pouco
diferente dos outros. O relacionamento foi descrito de maneira diferente em
cada caso: o amigo de Deus, um homem segundo o coração de Deus, o
discípulo que Jesus amava, etc. Mas de uma forma ou de outra todos eram
amigos de Deus. Como Jesus mostra em João 15.14, o amigo é diferente do
servo, porque interessa nos assuntos de Deus e conversa livremente com ele.
O próprio Deus passa por crises, porque é um Deus de amor. E por isto
os homens que buscam a Deus e que procuram ter comunhão com ele também
passam por crises. Deus quer conversar com pessoas que sejam seus amigos.
porque assim através desta comunhão ele poderá passar as crises e cumprir
seu plano.
Vimos que comunhão com é Deus andar e conversar com ele, e que
esta comunhão é o alicerce da aliança que Deus faz com o homem.
Deus nunca muda o seu alvo. Ele quer andar e habitar conosco. ele quer
casar-se com seu povo. Mas para isto ele precisa desenvolver um
relacionamento de amor, precisa conquistar e atrair o seu povo para si. Este
relacionamento de amor envolve crises, ajustamentos e mudanças. Deus
mudou de tempos em tempos as condições da aliança com seu povo a fim de
poder caminha para o seu alvo final. O alvo de Deus nunca muda, mas ele se
acomoda às necessidades do homem para prosseguir para lá. Então as sete
alianças não representam sete alvos ou sete fracassos, mas uma sequencia
significativa e necessária para acompanhar as nossas necessidades, as
nossas crises no relacionamento com ele.
Deus trata conosco como filhos que crescem e que precisam de coisas
diferentes em épocas diferentes. Deus é um Deus de misericórdia, mas
também de severidade e disciplina, que visita a iniquidade e julga retamente.
Precisamos de amor, mas precisamos de disciplina também. Há alianças que
são mais negativas, com mais disciplina e condenação. Outras já são mais
graça e misericórdia. Tudo faz parte do propósito de Deus de preparar seu
povo para morar eternamente com ele. Deus pôs diante de si um alvo difícil,
mas ele vai obtê-lo!
A FIGURA DO TABERNÁCULO
Deus não nos salvou para nos livrar do inferno, mas para conhecermos
a ele. Aliança é central no plano de Deus. Se não entendermos isto,
perderemos por completo o objetivo de Deus em toda a Bíblia e em todo o seu
relacionamento com o homem.
A ALIANÇA ETERNA
Gn 9.16. Deus está falando com Noé que o arco-íris o faria lembrar de
sua aliança eterna com o homem. Nesta passagem Deus está fazendo uma
aliança específica com Noé para não destruir mais a terra com água. Mas
representa o desejo de Deus de ter um pacto permanente com o homem.
Gn 17.7,13,19. Quando Deus fez sua promessa a Abraão, ele disse que
seria uma aliança perpétua, com a descendência de Abraão para sempre.
Deus é fiel às suas promessas específicas, mas vemos atrás deles o desejo de
Deus de firmar um compromisso ou aliança permanente com seu povo.
2 Sm 23.5. Deus fez uma aliança com Davi também, de edificar a sua
casa através da sua descendência que estaria para sempre no seu trono. Era
uma aliança específica que Deus guardou, mas falava da mesma aliança
eterna que Deus sempre ansiava firmar com seu povo.
AS SETE CRISES
1. A Crise da Desolação
Gn 1.1,2. A terra ficou sem forma e vazia. Comparando isto com
Jeremias 4.23-27 e Isaías 45.18, concluímos que Deus não fez a terra assim,
mas ela se tornou sem forma e vazia por causa de algo que aconteceu. Foi
resultado de um julgamento de Deus. Destruição e caos não acontecem sem
motivo. Não sabemos muito sobre as causas desta crise, mas podemos
entender que aconteceu como consequência da queda de Lúcifer que quis se
exaltar acima de Deus e tomar o domínio da criação para si (Is 14.12-14; Ez
28.12-19). Isto trouxe uma crise de desolação e trevas sobre a criação de
Deus, e do meio desta situação surgiu a primeira aliança, a aliança Edênica.
3. A Crise do Dilúvio.
O homem se corrompeu tanto que Deus se arrependeu de o ter feito (Gn
6.5,6). Veio a crise do dilúvio e Deus fez uma aliança com Noé.
5. A Crise do Egito.
Os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó desceram para o Egito e lá
foram escravizados (Ex 1.9-14). Parecia que as promessas feitas a Abraão
nunca se realizariam. Mas por causa desta crise, Deus fez aliança com Moisés.
6. A Crise de Anarquia e Rebeldia.
Depois de Moisés o povo entrou na terra prometida, mas logo entrou nos
seus próprios caminhos e não guardou a aliança de Deus. Viveram um longo
período de anarquia, sem governo certo, e sem guardar os mandamentos de
Deus (Jz 21.25). Para solucionar esta crise, Deus fez a aliança com Davi.
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AS SETE ALIANÇAS
PARTE 2
Este é o primeiro ponto desta aliança que Deus fez com o homem no
jardim de Éden. É a base de tudo, pois foi o propósito de Deus em criar o
homem (Gn 1.27). O homem foi criado na imagem de Deus a fim de ter base
para ter amizade com Deus. Não é possível ter comunhão com criaturas de
natureza diferente. O homem não pode ter amizade ou comunhão, no
verdadeiro sentido da palavra, com animais como cachorros ou cavalos. Para
ter amizade e comunicação, tem que ter a mesma natureza. Deus quer se
relacionar com pessoas que tenham a mesma forma de pensamento e
funcionamento.
Em Gênesis 3.8 vemos como era o costume de Deus vir à tardinha para
conversar com o homem. Era numa hora marcada, com um propósito definido
de ter comunhão, de saber como foi o dia. Conversavam sobre o que estavam
pensando ou o que tinham feito.
Deus queria que o homem em comunhão com ele enchesse a terra para
dominar a criação como representante de Deus (Gn 1.28). Ele seria como Deus
na terra, seria o seu representante, não um ser autossuficiente. O homem hoje
quer ser Deus na terra e dominá-la independentemente de Deus, não como
instrumento dele.
Os dois propósitos de Deus para o homem são que este o expresse pela
sua imagem e o represente pela sua autoridade. Sem estar na imagem de
Deus, o homem não o pode expressar e nem exercer sua autoridade. Deus
quer ser revelado na terra, não por ele mesmo aparecer, mas pela
instrumentalidade do homem. E Deus quer governar a terra através do homem
também.
Na aliança Edênica vemos o propósito original de Deus para o homem.
Embora não fosse realizado naquela época por causa da queda do homem,
este propósito é o alvo imutável de Deus e será realizado ainda. Haverá uma
expressão da imagem de Deus na terra através do homem, e isto trará o
governo de Deus. O homem na imagem de Deus governará toda a criação.
3. Nu e Inocente.
Esta era a alimentação dada por Deus tanto a homem como a animal
(Gn 1.29). Não havia morte de outros animais ou homens para prover a
alimentação. Não havia guerra entre a criação.
Havia serviço, mas não era serviço difícil, pois o suor e trabalho árduo só
vieram depois da queda. Não é bom ficar à toa. Há pessoas que fazem uma
ideia do paraíso como um lugar sem nada para fazer - descanso eterno. Mas
no jardim do Éden havia muita coisa para fazer. Não era um serviço de dor e
fadiga, mas a vida de comunhão com Deus envolve muita atividade sadia e
criativa. Não sabemos em detalhes o que era este serviço, pois parece que não
havia ervas daninhas, espinhos nem abrolhos. Sabemos que não era uma
coisa pesada ou desagradável, mas uma atividade construtiva e sadia.
Já não estava mais no estado de inocência. Terá agora que usar roupa,
e ao mesmo tempo conviver com outra consequência do pecado que é o senso
de vergonha.
Deus deu a carne para o homem comer, mas não o sangue porque a
vida está no sangue. Deus não queria que o homem recebesse a vida dos
animais. Isto mostra que o sangue era um figura já da Nova Aliança, e que
Deus queria reservar o ato de comer sangue para o sangue do seu Filho, que
transmitiria a verdadeira vida. Se a vida está no sangue, não devemos receber
a vida de animais, mesmo que estes sejam usados como figuras expiatórias.
Só podemos tomar o sangue de Jesus, o Filho de Deus. É uma proibição, mas
ao mesmo tempo uma promessa, pois não se devia comer sangue, por causa
do sangue que nos seria dado na Nova Aliança.
Os três filhos de Noé em ordem de idade foram Sem, Jafé e cão. Vão foi
amaldiçoado, porque não teve receio de levar notícias infames a respeito do
seu pai e espalhá-las lá fora. Não respeitou sua autoridade. Sem foi
abençoado, e à sua descendência foi dada a revelação de Deus. Deus é o
Deus de Sem. A revelação começou com Abraão, descendente de Sem. Jafé
foi o que mais se multiplicou. Sua descendência se converteu à revelação do
Deus de Sem, e assim, habitou nas tendas de Sem. A descendência de Cão
tornou-se escrava dos outros. Mas eles também são abençoados através de
Abraão.
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AS SETE ALIANÇAS
Parte 3
ABRAÂMICA
Introdução
Esquema nº 1
Esquema nº 2
1 - Éden
2 -Adão
3 - Noé
4 - Abraão
5 - Moisés
6 - Davi
7 - Jesus
Aqui também temos uma visão da Bíblia inteira. Nas primeiras alianças, o
homem estava em declínio. Cada aliança encontra o homem numa posição
mais baixa que a anterior.
O Sanduíche
Deus não falou com Abraão para multiplicar-se e encher a terra. Era
para ele habitar numa terra específica e alcançar toda a terra através da
bênção do seu descendente. Todas as demais alianças foram feitas nesta terra
com os seus descendentes.
1º Encontro - Gn 12.1-3.
Esta é uma passagem chave da Bíblia, porque aqui Deus inicia uma
nova etapa da sua história com a humanidade, através de chamar um homem
para ter comunhão consigo.
Deus prometeu três coisas a Abraão neste primeiro encontro: uma terra,
um povo, e fazer dele uma bênção para todas as nações. Sabemos que Jesus
é o descendente de Abraão através de quem todas as famílias da terra são
abençoadas para conhecer a Deus e herdar a promessa, a herança do Espírito
Santo.
Nós somos testemunhas do cumprimento desta promessa, pois fazemos
parte de uma das famílias da terra mais distantes do povo e da terra de Israel,
e fomos abençoados por seu descendente. Abraão é nosso pai na fé, o
primeiro crente.
Estas três promessas são fundamentais a tudo que Deus conversou com
Abraão posteriormente. São a base de toda a herança do povo de Deus até
hoje.
2º Encontro - Gn 12.6,7.
3º Encontro - Gn 13.14.
Abraão deixou Ló escolher a melhor parte da terra para si. Deus então
apareceu a Abraão outra vez para encorajar seu amigo. Prometeu-lhe mais
uma vez a terra. Abraão deu o melhor da terra para Ló, mas Deus deu tudo
para Abraão. Renovou também a promessa de fazer a descendência dele uma
grande nação, como o pó da terra.
Em Gênesis 12, Deus prometera uma terra que ainda mostraria, mas
agora já a está mostrando. Ele volta a enfatizar a terra no v.17. Deus está
dando muita importância à terra. Para um grande povo precisa haver uma
grande terra.
4º Encontro - Gn 14.18.
5º Encontro - Gn 15.1-21.
Alguns encontros são pequenos, bem rápidos, enquanto outros são bem
extensos, envolvendo um diálogo entre Deus e Abraão.
Abraão não creu na Bíblia, porque não havia Bíblia ainda. Ele creu
naquilo que Deus lhe prometeu. Assim ele foi justificado. Deus o chamou para
conversar debaixo das estrelas e prometeu algo definido. Por crer na palavra
de um Deus justo, ele se tornou justo. Se seguimos uma palavra justa, seremos
justos. Se confiarmos na palavra de um Deus justo, seremos justos também.
Neste encontro, Deus fez uma aliança com Abraão de acordo com os
costumes da época, com animais partidos e sangue. Mostrou-lhe que sua
descendência passaria por um período de escravidão. E houve um
acontecimento sobrenatural para estabelecer esta aliança com Abraão (v.17).
Foi o próprio Deus que fez a aliança com ele.
É bom notar que Deus não levou a mal a pergunta de Abraão. Ele quis
saber como se cumpriria a promessa já que não tinha filho. Deus explicou para
Abraão até mais do que este perguntara. Se pedirmos a Deus para nos explicar
algo sobre seu plano e nossa participação nele, ele nos responderá além das
nossas expectativas.
6º Encontro - Gn 17:1-21.
Este é um outro grande encontro entre Deus e Abraão - maior que o 5º.
Foi uma entrevista, um diálogo entre dois. Vamos enumerar os assuntos desta
conversa. O 5º encontro foi sobre a justificação pela fé. Agora é sobre a
santificação pela fé.
d. Abrão recebe um novo nome - Abraão (v.5). Seu nome foi mudado.
e. Deus vai fazer uma aliança eterna de ser para sempre o Deus da sua
descendência. É a promessa do casamento (v.7).
h. Sarai recebe um novo nome, Sara ou princesa. ela é mãe de nações (vv.15-
19).
j. O nome do filho da promessa será Isaque ou riso. A aliança é com ele e não
com Ismael (v. 19).
k. O tempo do nascimento deste filho foi determinado (v.21).
7º Encontro - Gn 18:1-33.
8º Encontro - Gn 21:12,13.
Deus falou com Abraão claramente que Isaque era o filho da promessa e
não Ismael. Ismael era um produto de maquinação humana.
Este encontro foi bem pequeno, mas foi muito significativo, pois Deus
queria fazer uma distinção bem clara entre as duas linhagens.
9º Encontro - Gn 22.1-14.
A ALIANÇA ABRAÂMICA
1. A Terra. Deus falou com Abraão: "Sai da tua terra e vai para uma terra que
te mostrarei, uma terra que ainda não conheces".
2. O Povo. Ele também falou: "Sai do teu povo, e eu farei de ti uma grande
nação". Ele teria que deixar sua terra, mas ganharia outra, e sair do seu povo,
porém para Deus começar através dele uma nova nação.
Vamos ver algumas passagens que mostram o valor da terra para Deus.
O povo de Deus hoje também é um povo sem terra. Isto não significa
que o povo de Deus vai voltar a ter uma pátria como Israel natural. Mas não é
possível viver como povo de Deus sem ter uma terra. No plano natural a terra
era um lugar onde Deus podia tratar com seu povo sem a interferência de
outros governos, faraós ou reis. Ele podia ter comunhão com eles, governar,
andar com eles, e juntos podiam conquistar toda a terra para Deus.
Veremos mais detalhes sobre a terra nas alianças com Moisés e Davi,
mas a semente começa aqui com Abraão. Não teria adiantado nada para o
plano de Deus se Abraão tivesse esperado o cumprimento da promessa lá na
terra dele, em Ur dos Caldeus. Era preciso ele sair e achar a herança de Deus
para seu povo e permanecer lá como peregrino.
Para Abraão ser uma bênção a todas as famílias da terra, ele precisava
se tornar um povo. Deus falou que ele seria uma multidão (Gn 12.2; 15,5), e
prometeu a terra para a sua descendência ou semente (Gn 12.7).
Mas Deus fez questão de esclarecer para Abraão (Gn 21.12) que em
Isaque seria chamada a descendência dele, não em Ismael. Paulo mostrou em
Romanos 9.6,7 que os descendentes carnais não são herdeiros da promessa.
Então mais uma vez temos que estabelecer muito bem os nossos
alicerces. Deus não vai cumprir a sua promessa a Abraão através de uma
linhagem natural (os judeus, descendentes naturais de Abraão), nem através
dos filhos da carne (pessoas com nome de cristão, mas que não nasceu
segundo o Espírito - Gl 4.21-31). O descendente milagroso de Abraão, que
realmente cumpre todas as promessas de Deus feitas a ele, é o próprio Jesus
Cristo (Gl 3.16). E é através deste filho da promessa gerado pelo Espírito, que
vem a grande nação e a bênção a todos os povos. Não é suficiente ser filho de
Abraão, ou ter nome de cristão - é necessário nascer segundo o Espírito, ser
descendente de Abraão através de Jesus. Em toda a história de Abraão, em
todas as promessas de longe alcance, a figura central é o filho-milagre que lhe
nasceria. Desta forma, a aliança de Deus com Abraão apontava para a vinda
de Jesus através de quem todas as promessas se cumpririam.
Há três elementos aqui; a pessoas que crê, o alvo ou depósito da sua fé,
e o processo da fé.
Como diz o texto em Gênesis 15, Abraão creu numa palavra específica
que Deus lhe deu. A sua fé lhe foi atribuída como justiça.
O alvo da nossa fé, que é ao mesmo tempo aquele que trouxe estas
boas novas para nós, é Jesus Cristo. E o milagre que acontece como resultado
da nossa fé é o recebimento do Espírito Santo. Podemos esquematizar assim:
Abraão não produziu obra alguma para sua justificação, mas pela sua fé
Deus pôde operar milagrosamente. E este princípio é o mesmo até hoje!
Agora entra outro aspecto da aliança com Abraão. Não é só fé, é faca
também.
MOSAICA
INTRODUÇÃO
A CASA DE DEUS
O TABERNÁCULO DE MOISÉS
O MINISTÉRIO
A TERRA
Porém, temos uma herança que mana leite e mel, onde a vida
de Deus é abundante, mas onde não precisamos dos grandes
milagres para alcança-la. A lição a ser aprendida no deserto é a
atitude de dependência de Deus, o quebrantamento, a humildade
(Dt 8), que devem ser a base da nossa vida na terra prometida. Se
não mantivermos o mesmo relacionamento vivo com Deus que
surge quando estamos num deserto de apuros e angustia, então
tudo que passamos lá foi em vão.
O SÁBADO
SINAIS E MARAVILHAS
OBEDIÊNCIA OU MORTE
Davídica
Estamos prontos agora para iniciar a sexta aliança, a aliança
com Davi. É a última das alianças no Velho Testamento. É a
terceira aliança no “sanduíche” de graça, lei e graça novamente que
vimos na sequencia de Abraão, Moisés e Davi.
LUTA E LOUVOR
A vida de Davi era cheia de luta até o fim, mas a luta tornou-
se para ele uma causa de louvor. Antes da vitória, no meio da luta,
ou depois de alcançar a vitória, Davi estava sempre louvando a
Deus. Foi por isto que foi chamado o mavioso salmista de Israel.
Ele lutou com a espada, mas com a harpa também. Este foi outra
característica que o marcou como homem segundo o coração de
Deus.
PROFECIA
O TABERNÁCULO DE DAVI
A CASA
Deus é quem faz tudo. A casa será feita por ele mesmo –
porém ele usa instrumentos humanos. E estes instrumentos são
pessoas com o coração de Davi, pessoas que acham melhor errar
no seu zelo de achar a presença de Deus do que ficar acomodados
vivendo para si mesmos. Davi era um homem de crises, de paixão,
mas de ação. Deus teve que corrigi-lo, às vezes discipliná-lo. Mas
ele se agradou de seu coração de zelo e de ardor, e firmou uma
aliança eterna com ele.
Uma casa não pode existir sem estar numa cidade. É a cidade
que protege e que sustenta a casa. É onde vão acontecer todas as
atividades, todos os intercâmbios e relacionamentos das pessoas
que fazem parte da casa. Se Deus reina sobre seu povo e sobre
seu reino, é porque ele fala e ordena na sua casa. Mas para exercer
seu governo de uma forma prática precisa da cidade.
O REINO
Deus não estava dizendo que esta aliança dava direito para
os filhos de Davi viverem como quisessem. Hoje algumas pessoas
acham que a graça de Deus que ele nós dá em Jesus é este tipo de
“graça barata”. Dizem: “Uma vez salvo, sempre salvo”. Acham que
se Deus nos prometeu a salvação, podemos viver como bem
quisermos, e Deus ainda cumprirá a sua parte. Mas isto não é o
significado da promessa incondicional conforme vemos na história
da descendência de Davi. Os seus filhos realmente foram
desobedientes a Deus, e Deus os disciplinou chegando ao ponto de
expulsá-los da terra prometida. Deus é um Deus justo e nunca
passará por cima de iniquidade.
A NOVA ALIANÇA
INTRODUÇÃO
As Três Testemunhas. Lemos em 1 João 5.6-8 que Jesus veio pela água
e pelo sangue, e que há três testemunhas: o Espírito, a água e o sangue. Já
falamos um pouco sobre estes três fatores na aliança Mosaica. Veremos agora
como funcionam na Nova Aliança.
Vida Eterna a comunhão eterna que Deus vai ter com a sua noiva. Este
casamento vai dar certo!
AS TRÊS TESTEMUNHAS
Maria concebeu Jesus, o Verbo de Deus, pelo Espírito Santo (Mt 1.20;
Jo 1.1,14). O Verbo eterno de Deus se fez carne pelo Espírito. Aqui temos a
palavra e o Espírito. Ele iniciou seu ministério como o batismo nas águas (para
cumprir toda a justiça da Palavra de Deus – Mt 3.15) e com o batismo no
Espírito (Mt 3.16).
Jesus veio pela água e pelo sangue. Ele não só veio pela água, que
representa a obediência à Palavra de Deus, mas também pelo sangue (1 Jo
5.6). Ele deu a sua vida e morreu na cruz. Do seu coração partido saíram água
e sangue (Jo 19.34). Isto representa o terceiro batismo, o batismo de sangue
(Lc 12.50). Ele deu a vida para que nós pudéssemos ter vida. A partir deste
ponto, o sangue que era proibido aos homens comerem (Lv 17.11-28; Jo
6.53.54).
Jesus foi ressuscitado pelo Espírito de Deus (At 2.23; Rm 1.4). Depois
de ser visto por muitas testemunhas, ele subiu ao Pai e foi glorificado (At 1.9).
Só então ele pôde derramar o Espírito sobre aqueles que o aguardavam em
Jerusalém.
Jesus deu a sua vida por nós. Isto é o sangue, e é por isto que sua
palavra atinge o nosso coração. Da mesma forma, o Espírito opera naqueles
que creem formando esta mesma palavra, este mesmo desejo de dar a vida.
Se o sangue não estiver operando, se não estivermos vivendo a palavra e
dando a nossa vida nossa mensagem não terá valor e não alcançará os
corações dos ouvintes. Será uma nova lei e não uma nova aliança.
Mas o sangue flui no corpo, não numa célula individual. Por isto,
representa comunhão no corpo de Cristo, e não um novo sacrifício individual.
Não fomos chamados para repetir individualmente o sacrifício de Jesus, mas
para juntos comermos o seu corpo e bebermos o seu sangue, para
expressarmos coletivamente a sua vida ao mundo.
Desta forma a palavra de Deus tem que ser ouvida na sua casa, onde há
comunhão e relacionamento. Não é só ouvir uma pregação teórica, mas ouvir,
crer, repartir, dar e receber amor e ver a realidade desta palavra. Assim a lei de
Deus será escrita no nosso coração. A operação do Espírito também só
produzirá resultados permanentes no contexto de quebrantamento e
sinceridade na família de Deus – não em buscas de poder e manifestações
individuais.
Atos 1.4,5 – Jesus não batizou ninguém com o Espírito Santo enquanto
estava na terra. Ele começou a batizar no Espírito depois que voltou para o Pai.
Atos 2.32,33,37,38 – Qual o caminho que Pedro abriu para aqueles que
queriam seguir Jesus? Ser batizados na água no nome de Jesus para remissão
de pecados, e receberiam o dom do Espírito Santo. Queremos ver este
evangelho anunciando outra vez com poder, e assim veremos os mesmos
resultados.
A CEIA DO SENHOR
João 6.53-58 – Sem comer o sangue de Jesus, não temos vida em nós
mesmos.
Deus não quer consertar ou melhorar a velha natureza. Ele quer criar
algo totalmente novo. O melhor que a vida de Adão produz é uma alma vivente,
um receptor, um ser que vive. Jesus, porém, é espírito vivificante, ele dá vida
ao invés de receber. Ele veio do céu, tomou a nossa natureza sobre si, morreu,
ressuscitou e voltou ao Pai para derramar o seu Espírito e criar o novo homem
em nós. Dentro deste vaso de barro, dentro desta capa velha, ele está gerando
algo novo, uma natureza completamente nova. É um mistério oculto, uma
criação que está sendo formada, escondido dos olhos humanos, em
preparação para o maior acontecimento na história, a segunda vinda de Cristo.
O invisível está sendo formado em nós, para um dia se tornar visível.
O novo homem será formado quando Cristo for tudo em todos (Ef 4.20-
24; Cl 3.9-11). Não é ter um pouco de Cristo, mas Cristo ser tudo em nós. Mas
também não é Cristo em alguns, mas Cristo em todos. O nível do cristianismo
atual é ter um pouco de Cristo em algumas pessoas. O novo homem é formado
pela transformação completa do nosso interior (2 Co 5.17 – uma nova criatura),
e pela união de todos os membros do corpo de Cristo. Precisamos de todos
que Deus chamou para formar Cristo. A cabeça do corpo não vai se unir com
apenas uma parte do corpo. Ele quer penetrar em cada coração e unir todos
em um só corpo, para ser tudo em todos.
Podemos dizer assim que o novo homem é algo muito íntimo, profundo e
interior, mas muito universal e abrangente ao mesmo tempo. Este novo homem
ou nova criação é a resposta a todas as ideologias, filosofias e necessidades
humanas. É a origem de um novo sistema, uma nova ordem, que resolve todos
os problemas e impasses que a humanidade enfrenta. Cristo se torna tudo em
todos, nada vem da nossa natureza adâmica. Ele implanta em nós o seu
querer, a sua vida. Este é o nosso destino. Não vamos correr atrás de outras
soluções. Não vamos tentar forçar ou produzir o novo coração ou a nova
natureza por nossa própria força e capacidade. É uma obra que vem dele e
está sendo feita no nosso interior pela operação das três testemunhas.
O CASAMENTO
Agora somos o corpo de Cristo (1 Co 12.27), mas isto é pela fé, pois a
nossa união com ele ainda não foi consumada. Para ser um só corpo com o
nosso Noivo em realidade, é só depois do casamento (ver Gn 2.24). Agora
estamos ligados com Cristo no Espírito que nos está preparando como noiva
para aquele dia. O casamento será o dia da glorificação dos nossos corpos, a
manifestação visível do novo homem e a união permanente com o nosso
Cabeça.
Quanto mais amor e união há entre um casal, mais eles anseiam pelo
dia do seu casamento. Quem já está unido não sente o desejo ardente de se
unir. Por isto a igreja deve ansiar pela volta de Cristo e pela união completa,
pois ainda não está casada com ele. E quanto mais conhecemos a Cristo,
quanto mais comunhão e união temos com ele no Espírito agora, mais anseio e
urgência sentimos para que a nossa união seja completa e permanente. É esta
comunhão no nível que podemos experimentar agora, como corpo de Cristo
pela fé, que nos prepara para o casamento. A nossa união com Cristo no
Espírito nos prepara para a união plena e total com ele naquele dia (1 Co
6.16,17).
É importante saber o que podemos experimentar agora como corpo de
Cristo pela fé, e o que só virá depois do casamento. Isto nos dará ousadia para
possuir tudo que está ao nosso alcance agora, mas gerará expectativa e
ansiedade para a sua volta.
Por outro lado, a segunda vinda não vai resolver problemas que
deveriam ser resolvidos antes. Quem não apropriou da graça e vitória que
Jesus nos ofereceu na sua primeira vinda, não estará pronto para a segunda.
Jesus ilustrou isso com a parábola das bodas em Mateus 22.1-14. Aquele que
não tinha veste nupcial não havia usado aquilo que Jesus ofereceu para se
preparar (ver também Ap 19.8). Este é o nosso desafio presente. Precisamos
entrar em tudo que Deus nos ofereceu em Cristo, através da sua obra
completa, para que Jesus possa voltar.
A VIDA ETERNA
Pelo fato das coisas materiais serem limitadas, nossa mente consegue
entendê-la e compreender seus princípios e fins. Entretanto, não conseguimos
compreender a vida porque ela é o próprio Deus infinito. É impossível explicar
Deus, porque ele é quem tem de nos explicar. Se o explicássemos ou
compreendêssemos, ele seria inferior a nós. Podemos conhecer alguns
aspectos dele, mas nunca poderemos abranger o seu todo, que é infinitamente
grande. Se explicarmos a vida, estaremos explicando o próprio Deus.
A vida do homem é receber para dar. A vida de Deus é dar para receber.
Se recebermos a vida de Jesus, nós também vamos querer dar ao invés de só
receber. A maioria dos cristãos hoje é alma vivente. Estamos estudando sobre
vida para receber mais revelação do que é a vida de Jesus, e assim começar a
dar nossa vida para outros.
João fala mais sobre vida em todos os seus escritos do que qualquer
outro autor na Bíblia.
João 6.54,57 – Vida é comer o filho de Deus. A chave não está em nós
mesmos, mas em Deus, na vida que ele nos oferece. Comer o Filho de Deus é
um mistério, algo que vem de fora entra no nosso interior e passamos a ter vida
para repartir com outros. Esta é a base da nossa salvação. Não é receber uma
teoria, ou apenas uma promessa futura, mas experimentar a verdadeira vida
eterna agora – o pão da vida que desceu dos céus!
Jesus disse que ele é a vida (Jo 11.25). Ele é o caminho, a verdade e a
vida (Jo 14.6). Aqui a sequencia está numa ordem inversa, pois vida produz
verdade (ou luz), e a luz mostra o caminho de crescimento para alcançar o alvo
de Deus. A vida eterna é conhecer a Deus através de Jesus (Jo 17.3).
VIDA EM 1 JOÃO
Apesar de Jesus ter ido embora para o céu novamente, ele deixou
testemunhas autorizadas (os apóstolos), que falariam desta vida eterna que
tinham visto, ouvido e experimentado. E qual o propósito deste testemunho que
dariam? No versículo 3 diz: “... para que vós também tenhais comunhão
conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo”.
Note que os apóstolos anunciavam a vida para produzir comunhão. E o que é
esta comunhão? É a própria vida! Comunhão é o compartilhar da vida. Os que
ouviam os apóstolos recebiam a mesma vida que era anunciada por eles, e
assim tinham comunhão. O efeito da vida é compartilhar, dar aos outros,
vivificar outros. E a comunhão é baseada no compartilhar da vida recebida de
Deus.
1 João 1.5-7 – João quer nos conduzir por três passos bem distintos
nestes primeiros dois capítulos de sua epístola. O primeiro é que Deus é vida.
Agora chegamos ao segundo: Deus é luz. Vimos que luz ou conhecimento não
produz vida, mas que vida produz luz. Os homens procuram a vida através da
ciência, que é luz natural. Porém, estão a caminho de destruir a vida natural
através de armas nucleares, poluição, produtos químicos, etc. No jardim do
Éden, Deus mostrou isso: a árvore do conhecimento do bem e do mal (luz)
gerou a morte, enquanto a árvore da vida tinha o segredo da vida e da luz.
Por que João falou sobre comunhão novamente no versículo 6? Por que
agora ele quer mostrar que se alguém falar que tem vida e comunhão, mas
anda nas trevas, ele está mentido e enganando a si mesmo. Não adianta falar
palavra bonitas sobre ter vida em Jesus e sobre a comunhão, se não há
resultados práticos na sua vida. A vida verdadeira produz luz. Deus é vida, mas
ele também é luz. Se alguém diz que tem vida, que tem comunhão com Deus,
e não tem luz, está enganado. A luz é a prova de que realmente há vida.
Andar na luz é a mesma coisa que ter comunhão com Deus. Se temos
comunhão com Deus, temos comunhão com outros também. Quem tem
comunhão com Deus tem vida, esta vida produz luz e a luz produz comunhão
com os outros. Se todo nosso ser está aberto e exposto à luz de Deus, pode
também ser exposto aos nossos irmãos. Se o que enche o nosso interior é a
vida de Deus, não nos envergonharemos de expor tudo diante dos homens.