TCC - Aline Moura Jardim Pos Banca
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RESUMO
A presente pesquisa aborda o tema que versa sobre atuação da psicologia na saúde pública com crianças e
adolescentes vítimas ou testemunha de violência. O objetivo geral deste trabalho é de avaliar os impactos causados
às crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência direta ou indiretamente, na perspectiva da
psicologia sócio-histórica. Os específicos são: verificar as principais demandas na saúde pública que envolvem
crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência de forma direta ou indireta no período que compreende
março a junho de 2023; reconhecer as contribuições da psicoterapia sócio-histórica na tentativa de minimizar os
impactos causados pela violência; e refletir sobre os desafios existentes na saúde pública no atendimento de
crianças e adolescentes vítimas ou testemunha de violência. Esta pesquisa classifica-se com abordagem qualitativa,
descritiva, bibliográfica e documental, por meio da análise do relatório de estágio vivenciado pela acadêmica
pesquisadora no primeiro semestre de 2023. Com relação aos resultados nota-se que a atuação da psicologia, sob
a perspectiva sócio-histórica na saúde pública, tem apresentado importantes contribuições na minimização dos
impactos gerados em crianças e adolescentes vítimas ou testemunha de violência, uma vez que auxilia esse público
na ressignificação dos processos de violência apesar dos desafios existentes nesse âmbito como é o caso da
dificuldade de comunicação entre a rede de proteção e as filas extensas de atendimento.
ABSTRACT
This research addresses the role of psychology in public health concerning children and adolescents who are
victims or witnesses of violence. The general objective of this work is to evaluate the impacts on children and
adolescents who are victims or witnesses of violence, either directly or indirectly, from the perspective of socio-
historical psychology. The specific objectives are to: assess the main demands in public health involving children
1
Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Psicologia do Uniavan, 2023/2.
2
Acadêmica do curso de Psicologia. E-mail: alinemourajardim@hotmail.com
3
Psicóloga, Pedagoga e Mestre em Educação. E-mail: beatriz.hering@uniavan.edu.br
2
and adolescents who are victims or witnesses of violence, both directly and indirectly, during the period from
March to June 2023; recognize the contributions of socio-historical psychotherapy in an attempt to minimize the
impacts caused by violence; and reflect on the existing challenges in public health in providing care for children
and adolescents who are victims or witnesses of violence. This research is classified as qualitative, descriptive,
bibliographical, and documentary, through the analysis of the internship report experienced by the academic
researcher in the first semester of 2023. Regarding the results, it is noted that the role of psychology, from the
socio-historical perspective in public health, has presented significant contributions to minimizing the impacts on
children and adolescents who are victims or witnesses of violence, as it assists this population in redefining the
processes of violence despite the challenges in this context, such as the difficulty of communication between the
protection network and the extensive queues for assistance.
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A estes fatores, entende-se por abuso sexual qualquer tipo de contato da criança ou
adolescente a atividades sexuais, desde o assédio, incesto, estupro, toques físicos, e outros. O
abuso psicológico/emocional está envolvido em todas as demais formas de violação, já que a
vítima é sempre silenciada com chantagens, terrorismo e exploração. O abuso físico caracteriza-
se pela violência mais comum, já que deixa marcas dos instrumentos utilizados e é justificado
como punição. A negligência e o abandono estão ligados as necessidades básicas da criança e
do adolescente que são negadas, envolvendo os potenciais cuidadores (MAYER; KOLLER,
2012).
Quando discutido sobre os prejuízos da violência há controvérsias nos estudos
apresentados por Azevedo, Guerra e Vaiciunas (2015), em que analisam a violência sob duas
perspectivas, a da criança/adolescente, partindo do pressuposto que não causam consequências,
já que crianças e adolescentes não entendem a violência como uma forma de violação dos seus
direitos. A outra perspectiva estudada é que a violência traz consequências quando, após a
intervenção profissional a criança/adolescente entende que os seus direitos foram violados, e
que o fato ocorrido não é algo saudável e correto, surgindo questionamentos sobre si.
Entretanto, Azevedo, Guerra e Vaiciunas (2015) relatam também que a perspectiva de
estudo, sobre não haver prejuízos tem sido remodelada, pois não se leva em consideração a
relação de poder adulto-criança/adulto-adolescente. Dessa maneira há entendimento de
prejuízos a curto e longo prazo, tanto orgânicos quanto psicológicos.
Do ponto de vista orgânico, se encontra tanto a gravidez quanto a ruptura do ciclo da
sexualidade e da infância. Além disso, os prejuízos psicológicos caracterizam-se pela
dificuldade em se relacionar com pessoas de forma geral, dificuldades no âmbito sexual, medo
da figura masculina, em sua grande maioria meninas, receio de intimidades, sentimento de
culpa, ideias sobre morte, e dificuldades no ensino-aprendizagem como a falta de concentração
(AZEVEDO; GUERRA; VAICIUNAS, 2015).
Madalena e Falcke (2020) ainda citam outras consequências no desenvolvimento de
crianças e adolescentes violentados, como anormalidades neurológicas, já que situações de
violência podem causar impactos em algumas regiões cerebrais, bem como, o desenvolvimento
na idade adulta de transtornos depressivos, ansiosos, de pânico, alimentares e outros. Cabe
salientar que, a reprodução do ciclo de violência também se caracteriza como uma consequência
na vida adulta das vítimas.
Baseando-se nisso, entende-se a necessidade do fortalecimento dos direitos, da criança
e do adolescente, que apesar de ser um processo lento no percurso histórico das políticas
públicas e na capacitação de profissionais para realização dos atendimentos, visa o rompimento
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protetivas com prazo máximo de 24 horas em favor da criança, visando o menor risco a sua
vida (CRUZ, 2022).
Pondera a mesma autora que as Leis na prática ainda precisam de melhorias que visem
a comunicação assertiva entre as políticas públicas, e que a política do encaminhamento seja
repensada, já que parecem empurrar o “problema” adiante, esquecendo que a criança ou
adolescente que vivenciou a violência é quem sofre nesse processo, destaca Cruz (2022). Em
razão disso, no próximo tópico serão discutidos os caminhos das políticas públicas na oferta
dos atendimentos, como são realizados os fluxos e a comunicação entre elas.
professores, merendeiras e auxiliar de serviços gerais, eles podem sentir segurança para relatar
de forma espontânea as situações de violência vivenciadas (IPPOLITO; WILLE, 2014).
Nesse sentido, a escola deve realizar denúncia ao CT, que conforme descrito
anteriormente seguirá seu fluxo e deverá acompanhar a criança mais atentamente no ambiente
escolar. Também podem ser desenvolvidas ações e atividades que visem educar crianças e
adolescentes sobre contextos violentos, estimulando a denúncia. Em razão disso, a escola é um
dos agentes principais na rede de proteção, já que contribui com notificações e identificação da
violência (IPPOLITO; WILLE, 2014).
Outro importante componente na rede de proteção é a Assistência Social, que pode ser
compreendida sob dois aspectos: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial, como
discutem os autores:
A Proteção Social Básica, por sua vez, tem por atribuição a prevenção de situações de
risco e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. O equipamento público
responsável pelo atendimento à população é o Centro de Referência de Assistência
Social (Cras) [...] A Proteção Social Especial, por intermédio de medidas
socioeducativas ou medidas de proteção, tem por atenção potencializar a capacidade
de proteção da família e dos indivíduos que vivenciam violações de direitos por
ocorrência de violência física, psicológica, sexual (abuso ou exploração) ou de
negligência. O equipamento público responsável por esse tipo de proteção é o Centro
de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) (ROMEU; ELIAS; SILVA,
2014, p. 169).
Baseando-se nisso, a perspectiva Sócio-Histórica não deve ser vista apenas como uma
abordagem clínica, mas como uma concepção nova sobre a forma de solhar o ser humano. Rey
(2007) destaca que o terapeuta faz parte do processo de diálogo existente na psicoterapia, que
tem influências da subjetividade de ambos. Assim, ela é orientada para a produção de novos
sentidos subjetivos e novas emoções diante da demanda trazida. Todavia, esses processos só
acontecem quando o paciente consegue se identificar como sujeito presente e passível de
mudança em suas relações e construção social.
Por ser compreendida como diálogo, a psicoterapia na visão da Sócio-Histórica,
compreende que o terapeuta deve encontrar instrumentos que facilitem a comunicação com o
paciente e o faça se encontrar como sujeito no processo. Tal instrumento pode vir a ser a
utilização de hipóteses, dentro da subjetividade daquilo que o paciente relata, como formador
de construção de assuntos significantes para o paciente, permitindo o desenvolvimento de
reflexões e gerenciamento de emoções (REY, 2007).
Ainda de acordo com Rey (2007) a abordagem Sócio-Histórica não se centra na
patologização, visto que isso define um normal e anormal. Considera-se nesse caso os danos
que a pessoa tem sofrido por não estar em seu local de sujeito, e definido pelo autor como
consciente em seu processo de mudança. Sendo assim, o subjetivo também faz parte desse
processo, entendendo pela perspectiva da pessoa ao qual vivencia o sofrimento.
Ao fazer a articulação da psicologia Sócio-Histórica com o contexto das violências,
entende-se que a atuação deve acontecer de forma ampliada e proporcionando o foco nas
potencialidades do sujeito, pois as consequências geradas decorrentes da violência podem
assumir diferentes aspectos como fragilidade, revolta, reprodução da violência e indiferença.
Bem como, é preciso que haja compreensão dos padrões socioculturais e condições de vida do
indivíduo violentado, para que assim consiga romper com esses padrões promovendo novas
concepções subjetivas (MACHADO; LIMA, 2022).
Frente a todas essas colocações, espera-se que os estudos apontados na fundamentação
teórica possibilitem o suporte necessário para se atingir o objetivo da pesquisa, que está em
avaliar os impactos causados às crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Como pode ser observado no Quadro 1, ao total foram atendidas oito (8) crianças e/ou
adolescentes, de idades entre 5 e 16 anos. Dentre elas cinco (5) foram testemunhas de violência
e três (3) foram vítimas de violência. Cabe destacar que os responsáveis pela “Pessoa 2”,
“Pessoa 3” e “Pessoa 4” não compareceram a entrevista inicial; enquanto a responsável pela
“Pessoa 5” compareceu, porém informou que a adolescente já estava em acompanhamento no
CAPS.
Dessa forma, seguiram para o acompanhamento psicológico na unidade em questão a
“Pessoa 1”, “Pessoa 6”, “Pessoa 7” e “Pessoa 8”. Durante os atendimentos, se compreendeu
que a atuação da psicologia se deu na identificação das seguintes demandas: dificuldade para
reconhecer e expressar emoções, dependência emocional, dificuldade na aprendizagem,
autoestima baixa, afastamento emocional e dificuldade de relacionamento familiar.
Segundo Azevedo, Guerra e Vaiciunas (2015) todos os tipos de violência trazem
consequências imediatas ou tardias, assim a probabilidade de desdobramentos complexos após
crianças e adolescentes vivenciarem uma situação de violência tornam as relações familiares e
até consigo mesmo vulneráveis, uma vez que as consequências não podem ser medidas ou
previstas. Portanto, compreende-se que as mudanças no comportamento, a dificuldade de se
relacionar e comunicar são evidentes tanto em crianças quanto em adolescentes após vivenciar
uma situação de violência, e em diferentes idades como apresentado.
relacionamentos amorosos. Com a Pessoa 7, o recurso permitiu uma avaliação da rede de apoio
e a possibilidade de se abrir para novas relações.
Diante dos recursos utilizados com a Pessoa 1, Pessoa 6, Pessoa 7 e Pessoa 8, pode-se
observar que, mesmo que os atendimentos sejam encaminhados para a saúde pública e não
sejam pautados na violência, já que a rede que procura intervir no sofrimento decorrente da
violência é o CREAS, os pacientes conseguem utilizar daquilo que foi desenvolvido no
atendimento psicológico clínico para ressignificar os processos de violência num todo, assim
como compreender muito do que foi vivenciado e sentido, possibilitando a superação das
demandas.
Frente a isso a abordagem Sócio-histórica demonstra êxito no que se propõe, já que sob
essa perspectiva a pessoa é colocada novamente em seu local de sujeito, como protagonista,
sem deixar de lado as mudanças socioculturais que afetam e mudam a vida dos indivíduos a
todo momento.
De acordo com Serra, Carvalho e Magalhães (2014) a saúde pública realiza todos os
atendimentos de urgência e emergência necessários em saúde, com crianças e adolescentes
vítimas ou testemunhas de violência, o inclui desde uma profilaxia até a uma possível
interrupção de gestação. Além de disponibilizar acompanhamento em psicologia, psiquiatria,
entre outros, principalmente quando a demanda não é superada em outros serviços existentes
dentro da rede de proteção como CREAS, CRAS e CAPS.
Para além das demandas citadas a saúde pública ainda precisa fornecer atendimentos
para os demais usuários que se encontram em filas únicas de brevidade e eletivas aguardando
atendimento. Dessa forma, crianças e adolescentes vítimas ou testemunha de violência ao
entrarem nas filas únicas são percebidos como casos que merecem atenção e acompanhamento
de forma urgente, se comparado a outras demandas, assim acabam por passar na frente dos
demais usuários.
Em razão de a saúde pública contar com filas extensas para atendimento, e não haver
profissionais nem para suprir a demanda de fila única, nem para atendimento de casos de
violência, o serviço acaba por se sobrecarregar. Por consequência, as pessoas ficam reféns de
atendimentos urgentes, sem que os demais usuários tenham acesso ao serviço antes de um (1)
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ou dois (2) anos, havendo casos em que mesmo identificada urgência, esses levam seis (6)
meses para serem atendidos.
Outra dificuldade existente na saúde pública é a comunicação com a rede de proteção,
visto que, com o déficit em muitos serviços há também encaminhamentos errôneos e
dificuldade de outros órgãos como o Conselho Tutelar e escolas, de esgotarem as possibilidades
dentro do seu espaço no atendimento, no que diz respeito, especificamente a investigação de
casos de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência. Contudo, todas as
demandas, em regra, são destinadas para a saúde.
Com relação aos atendimentos psicológicos Macedo e Conceição (2017) destacam que,
o psicólogo é aquele que deve propor reflexões e proporcionar autonomia do paciente, seja por
meio da compreensão dos seus direitos ou na superação da violência sofrida ou testemunhada.
Todavia, na prática, a falta de profissionais capacitados para tais atendimentos acaba por
prejudicar o sistema, uma vez que não se sentem preparados para absorver demandas que
envolvam crianças e adolescentes nessas condições. E nem sempre há recursos disponíveis para
proporcionar capacitação aos profissionais.
Além das dificuldades explanadas pode-se ainda observar o pouco aprofundamento do
assunto nos cursos de graduação, aonde muitos profissionais chegam até a saúde pública sem
de fato terem conhecimento do que é a ficha de notificação/investigação individual de violência
doméstica, sexual e outras violências interpessoais, e de como proceder em casos de suspeita
ou confirmação de violência. Portanto, é comum identificar o despreparo, fruto de uma cadeia
que começa na graduação, bem como a indisponibilidade de se proporcionar capacitações de
qualidade para os profissionais, seguindo da baixa procura de profissionais pela temática que
envolve as violências.
Mediante a tudo o que fora proposto nesse estudo, procurou-se apresentar as principais
demandas na saúde pública que envolvem crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de
violência de forma direta ou indireta, reconhecendo as contribuições da psicologia na tentativa
de minimizar os impactos causados pela violência e refletindo acerca dos desafios existentes na
saúde pública em atendimento ao referido público.
Como reflexões finais pode-se compreender que os impactos causados a crianças e
adolescentes na perspectiva da psicologia sócio-histórica estão intrinsecamente ligados à
cultura, já que existe a naturalização da violência em diferentes contextos, mas principalmente
no ambiente familiar, ficando evidente isso nos encaminhamentos realizados, já que em sua
maioria eram crianças e adolescentes que testemunharam violência. Todavia, para compreender
os reais impactos a longo prazo é necessário acompanhamento psicológico com maior duração,
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uma vez que atendimentos no curto período de meses tendem a ser mais direcionados as
demandas com maior evidência e que geram impactos mais visíveis no curto prazo.
Quanto a contribuição da psicoterapia sócio-histórica, entende-se que ela é uma possível
abordagem para se trabalhar com a temática de violência, mas que por olhar o indivíduo num
todo dentro da cultura e suas relações, consegue através de pontos reflexivos, recursos
terapêuticos e atividades junto o paciente, torná-lo mais consciente da sua história e dos padrões
que os amarram, gerando um movimento de protagonismo que irá refletir em seu meio social.
Em razão da psicologia sócio-histórica estar em constante construção, conforme as
transformações na sociedade, é importante que o profissional esteja sempre buscando
aperfeiçoamento teórico.
Em relação a saúde pública, considera-se um campo que apresenta inúmeros desafios e
fragilidades, tanto em atendimento quanto em estrutura, mas é também aquela que acolhe todas
as demandas enviadas pela rede de proteção da criança e do adolescente, e para além disso,
tantas outras demandas que não envolvem nenhum tipo de violência. Dessa maneira é preciso
se ter um olhar diferenciado para os atendimentos em saúde pública, principalmente nos casos
de violência já que nela que se faz todo suporte ao paciente, desde o encaminhamento até
mesmo na busca ativa dessas crianças e adolescentes.
Já a atuação do psicólogo no quesito violências, ainda é visto profissionais sem
capacitação adequada para realizar os atendimentos, o que gera insegurança. Todavia, dentro
das suas possibilidades os profissionais vêm desempenhando papel fundamental na constituição
dos sujeitos, que passam por atendimento psicológico e são vítimas ou testemunhas de
violência.
Corrobora-se assim com o comentado por Madalena e Falcke (2020) de que é preciso
uma rede de proteção qualificada, que desempenha entre si uma comunicação assertiva, visando
o rompimento do ciclo de violência tão naturalizado, pois a prioridade para além da criança e
do adolescente, tem de ser no fortalecimento dos seus direitos, já que basta uma mudança ou
acontecimento para que esses direitos sejam revistos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
percurso acadêmico, assim como experienciar a o atendimento psicológico clínico frente a uma
temática tão desafiadora. Também proporcionou à acadêmica o desenvolvimento de habilidades
direcionadas a esse público e a compreensão das suas limitações e vulnerabilidades pessoais no
atendimento, quanto a temática da violência envolvendo crianças e adolescentes e seus ciclos.
Considera-se que o curso de Psicologia permite a ressignificação de novos paradigmas e
conhecimentos, desconstruindo muitas vezes os pré-conceitos que se estabelecem durante o
desenvolvimento pessoal e acadêmico.
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