E-Book Clube Do Canto Por Fabio Vaz
E-Book Clube Do Canto Por Fabio Vaz
E-Book Clube Do Canto Por Fabio Vaz
▪ Produtor Musical
▪ Vocal Coach
PROGRAMAÇÃO 04
PILAR 1 – Respiração 11
PILAR 2 – Afinação 15
PILAR 3 – Articulação 23
PILAR 4 – Ressonância 26
Veja aqui como será a nossa caminhada rumo à sua
evolução vocal:
Aula 1 - Respiração
(Liberada em até 1h após a Inscrição)
Aula 2 – Afinação
(Liberada em até 1 dia após a Inscrição)
Aula 3 - Articulação
(Liberada em até 2 dias após a Inscrição)
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QUALQUER
PESSOA
PODE
CANTAR?
O mecanismo que produz a voz falada, é
exatamente o mesmo que produz a voz cantada, o
que muda são os ajustes musculares. Diante disso,
eu afirmo que, quem fala, canta. O principal objetivo
do meu método, da minha linguagem e da minha
didática, é gerar nos meus alunos consciência total
daquilo que eles fazem. Cantar é algo que podemos
fazer de forma consciente, visando a naturalidade,
nada pode ser forçado, tudo tem a ver com
consciência, expressão e sentimento.
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Ao longo desses 12 anos como Vocal
Coach, percebi a grande maioria dos meus alunos
chegarem pra mim confusos, frustrados e cheios de
dúvidas sobre a própria voz, sobre a técnica e sobre
aquilo que eles mesmos queriam aprender.
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Tive que aprender a lidar com isso na prática
e, aos poucos fui desenvolvendo estratégias para
entender melhor meus alunos. Entrei na história de
vida deles, para que assim, eu pudesse ajudá-los a
desenvolver não somente a voz, mas todas as áreas
de suas vidas, ressignificando todos os traumas e
transformando estes traumas, em combustível para
um desenvolvimento vocal e pessoal.
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Minha formação em coaching, me ajudou a
gerar os melhores resultados em meus alunos.
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NESTE
TREINAMENTO
VAMOS ABORDAR
OS 4 PILARES DA
TÉCNICA VOCAL
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PILAR 1
RESPIRAÇÃO
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O que é respiração?
A grosso modo, é a relação entre a entrada
e saída, de ar nos pulmões, por via oral e nasal.
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EXPIRAÇÃO - É o controle do fluxo aéreo. A
quantidade de ar que permitimos sair dos pulmões.
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PILAR 2
AFINAÇÃO
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A afinação é o primeiro quesito que as
pessoas reparam quando você canta. Antes de
sermos bons cantores, precisamos ser bons ouvintes,
e buscar desenvolver um ouvido melódico e
harmônico, e isso se faz com muita prática. Quanto
mais tempo você passar ouvindo música e praticando
os exercícios, mais aguçada será sua percepção, e a
sua afinação será definida.
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A primeira razão é a falta de prática musical,
falta de vivência e experiência, que pode ser
facilmente corrigida com aulas de canto.
A segunda razão é um transtorno no
Processamento Auditivo Central (PAC) ou seja, o
indivíduo ouve perfeitamente mas, existe uma falha
na comunicação entre o ouvido interno e o cérebro, o
que pode causar desafinações.
A terceira razão e mais rara, é a Amusia, que
é uma incapacidade do PAC de reconhecer e
interpretar sons musicais.
O caso mais famoso é o do compositor e
pianista francês, Joseph Maurice Ravel,
mundialmente conhecido pelo seu Bolero, ainda hoje
a obra musical francesa mais tocada no mundo.
Durante o período que precedeu a sua
morte, ele perdeu parte da sua capacidade de compor
devido às lesões cerebrais causadas por um
acidente. A sua inteligência sempre se manteve
intacta mas o seu corpo já não respondia
adequadamente, por causa de graves problemas
motores. A amusia pode ser congênita ou adquirida,
como por exemplo em um traumatismo craniano.
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Qual a diferença entre desafinar e semitonar?
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Para potencializar ainda mais sua afinação e
dinâmica vocal, é necessário fazer um treinamento
auditivo e muscular. Treinamento auditivo, porque
você vai potencializar sua percepção musical,
ativando o controle cerebral responsável por
armazenar as informações musicais.
Treinamento muscular, porque você vai
tonificar a sua musculatura laríngea, ganhando força,
resistência, flexibilidade e agilidade vocal, além de
criar memórias de acesso. Segundo alguns estudos
científicos na área da fisiologia do exercício, a
musculatura laríngea precisa ser trabalhada
diariamente. Além de ouvir música diariamente, outra
ferramenta poderosa para calibrar a sua afinação são
os vocalizes. São exercícios criados com propósitos
específicos, com o uso de escalas diversas, vogais,
consoantes ou frases, que unem a fisiologia do
exercício com percepção musical.
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O que
significa a
música estar
no seu tom?
Significa que você consegue cantá-la sem se
esforçar, sem ficar rouco(a) e sem tensionar sua
laringe.
Para isso, é necessário conhecer o
“tamanho da sua voz”. Quanto mais conhecimento
você tiver sobre a própria voz, mais fácil será
encontrar tonalidades confortáveis para você.
Conhecer a sua tessitura e sua extensão
vocal, para corrigir as trocas de mecanismo e deixar
sua emissão vocal estável.
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Faça o teste:
Escolha uma música de sua preferência, e cante junto
com o cantor, observando alguns pontos:
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Se ao final da música você verificou que:
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PILAR 3
ARTICULAÇÃO
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O som produzido pelas pregas vocais é
amplificado e modificado dentro do nosso trato vocal,
pela movimentação dos articuladores. São eles,
lábios, língua, mandíbula e o palato mole. Por que o
som das vogais é diferente entre si? Justamente pela
movimentação dos articuladores, que modifica os
formantes, e alteram o formato e a “cor” de cada
vogal. Por isso, todo cantor precisa focar em articular
o som como um todo, e não apenas articular vogais.
O trato vocal possui tantas particularidades,
que permite que o timbre seja único, assim como uma
impressão digital.
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Dentro do nosso trato vocal, existem uma
série de estruturas maleáveis, que estão em
constante movimento, e estes movimentos alteram o
formato do trato vocal, alargando ou estreitando
espaços através dos articuladores (língua, lábios,
mandíbula, véu palatino).
Estes espaços ou formatos são capazes de
abafar ou amplificar as frequências geradas pelas
pregas vocais.
As frequências que são amplificadas com
maior eficiência são chamadas de formantes pela
ciência vocal, e ressonância pelo canto.
Ou seja, a movimentação dos articuladores
influencia diretamente nos formantes. Por isso, todo
cantor precisa se atentar a toda movimentação
articulatória na hora de cantar, e aprender a sintonizar
os sons para facilitar o acesso aos agudos.
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PILAR 4
RESSONÂNCIA
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Ressonância vocal é o fenômeno de
ampliação e modificação do som produzido pelas
pregas vocais (Fonte Glótica) e que passa pelo Trato
Vocal Supra Glótico (Filtro Sonoro) e é canalizado até
os articuladores. Essa relação Fonte x Filtro
chamamos de Ressonância Vocal.
Todo o trato vocal funcionará como filtro do
som que é produzido na laringe, nossa fonte sonora.
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Saber usar bem esses espaços de
ressonância, trará mais domínio sobre nosso “corpo”
e o “brilho” do som que produzimos, podendo utilizar
esses recursos para melhorar a “projeção” e nosso
timbre como um todo.
A voz gerada na laringe é formada por uma
“frequência fundamental” (F0) determinada pela
velocidade de vibração das pregas vocais e por
diversas frequências múltiplas desta, conhecidas
como harmônicos.
Nossa voz é plástica e nos permite modificá-
la da forma que queremos e quando queremos e para
isso podemos realizar ajustes em nosso trato vocal,
como por exemplo, fazer constrições em músculos
específicos ou alterar a proporção entre a abertura da
boca e o comprimento do tubo.
Estes ajustes possibilitam a valorização dos
harmônicos graves, quando produzimos um espaço
maior de ressonância, ou a valorização dos
harmônicos agudos, quando diminuímos este espaço.
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A forma como realizamos esse conjunto de
ações (parte funcional) mais a sua estrutura
anatômica vocal, ditará o seu timbre, ou seja, darão a
qualidade e características distintas à sua voz.
Diversos elementos trabalham no ajuste
destas ressonâncias, sendo a língua, os lábios, o
palato mole (úvula) e a musculatura extrínseca (que
abaixa ou eleva a laringe, criando maior ou menor
espaço laringofaríngeo).
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Vale observar que não necessariamente um
cantor utilizará apenas um foco ressonantal de cada
vez, sendo possível utilizar mais de um desses
ajustes simultaneamente. Sílvia Pinho, no livro
“Fundamentos em Fonoaudiologia”, fala da
possibilidade de realizar a ampliação do espaço na
região posterior do trato vocal mesmo com o uso de
ressonâncias nasais. Isto se daria pela atividade da
musculatura extrínseca abaixadora da laringe
associada à atividade da musculatura de expansão
faríngea, mesmo havendo produção de nasalidade,
ou seja, sem elevação velar.
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Didaticamente, gosto de falar sobre ressonância vocal
identificando três regiões anatômicas do trato vocal,
que darão a voz qualidades distintas:
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Foco Rinofaríngeo (nasal)
Consiste no direcionamento do fluxo aéreo para as
cavidades nasais. Pode resumidamente ser dividido
em:
1. Hipernasalidade:
Gera nasalidade nos sons orais. Muitas vezes ocorre
apenas por uma questão funcional, e em alguns
casos, é por causa orgânica, comprometendo o
fechamento velofaríngeo (palato mole).
2. Rinolalia fechada:
Certamente neste caso há presença de alteração
nasal por causa orgânica. O fluxo aéreo vai para a
cavidade nasal, mas é distorcido devido a presença
de edema das estruturas internas do nariz, rinite
alérgica, constipação, pólipos nasais, desvio de
septo, entre outros.
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3. Hiponasalidade:
Diminuição da passagem do fluxo aéreo pela
cavidade nasal, reduzindo a nasalidade dos fonemas
nasais (m, n, nh, ã, õ).
Pode ter tanto por causa orgânica como funcional.
4. Denasalidade:
Com ausência completa dos sons nasais por
distúrbios orgânicos ou funcionais como no caso dos
deficientes auditivos.
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Foco Orofaríngeo (oral)
Ocorre por constrição faríngea, por
contração dos pilares faríngeos, abaixamento velar e
elevação do dorso da língua. A voz fica com uma
característica brilhante e metalizada. Neste caso a
projeção da voz é aumentada.
Foco Laringofaríngeo
Neste caso há um alongamento do trato
vocal em função do abaixamento da laringe, e maior
espaço oral, pela elevação do palato mole. A voz soa
mais “escura”, mais “abafada”, com menor projeção.
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Cantar não é um dom!