Ácido Alfa Lipóico
Ácido Alfa Lipóico
Ácido Alfa Lipóico
ARARAQUARA - SP
2011
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CAMPUS DE ARARAQUARA
ARARAQUARA - SP
2011
Ficha Catalográfica
Elaborada Pelo Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
UNESP – Campus de Araraquara
180 f.
CAPES: 40300005
Epígrafe
"É uma lei da vida humana, tão certa como a da gravidade: para vivermos plenamente,
precisamos aprender a USAR as coisas e a AMAR as pessoas... Nunca AMAR as coisas nem
USAR AS PESSOAS!"... "A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do
caminho que percorremos para encontrá-la"... Devemos ter em mente que somos livres para
amar...para correr atrás de nossos sonhos... Sem com isto esquecermos, de quem esta ao nosso
lado... A vida é bela, depende de cada um saber aproveitá-la da melhor forma possível...
Fênix Faustine.
"Existem coisas melhores ADIANTE do que qualquer outra que DEIXAMOS para TRÁS".
C. S. Lewis
Dedicatória
que AMAM A DEUS, daqueles que são chamados segundo o seu PROPÓSITO”. (Romanos
8:28).
Dedico o meu mestrado primeiro a Deus o Senhor e Salvador da minha vida, Ele é a
razão da minha existência.... Ele me deu forças e nunca me desamparou nos momentos mais
difíceis desta caminhada, me ajudando a agir com sabedoria, conhecimento, equilíbrio, respeito e
amor com todas as pessoas que Ele permitiu que estivessem na minha vida neste período.
Dedico aos meus pais maravilhosos e amados Irene e Asarias e aos meus queridos e
lindos irmãos Enéias e Ludmila, muito obrigada pelo apoio e incentivo que me deram em todo
Dedico aos meus queridos e amados avós maternos Jerenita e Dionízio e avós paternos
Maria e Francisco pelo apoio, carinho e cuidado, e ainda agradeço pelas orações que fizeram e
Dedico ainda aos meus queridos e amados tios (Carlos, Antônio Carlos, Nerildo,
Alexandre, Ari, Celso, Ananias, Misael, Gilberto e Jabes), tias (Marília, Romilda, Miriã, Nilce,
Ivonete, Maria de Fátima, Ester, Rubenita e Huda), primos e primas (Érika, Jesaias, Erick
Vinícius, Nickson, Patrick, Nicolas, Natan (“in memorian”), Fernanda, Vitória, Isabela, Oséias,
Dayse, Miquéias, Lucas, Daniel, Gisele, Elisangela, Adson, Samuel, Sara, Hermes, Ana Quésia,
Tatiane, Alexandre, Cássia, Damares, Lucas, Dayse, Wesley, Priscila, Daniel e Ederson) que
estavam torcendo por mim em todo tempo que estive em Araraquara realizando meu mestrado.
AGRADECIMENTOS
Deus obrigada pela sua graça sobre a minha vida e por ter me permitido viver tudo isso!
A todos os meus familiares que estavam torcendo por mim, e ainda a todos os meus
amigos da minha linda cidade São José dos Campos - SP e de outras cidades também...
Aos queridos amigos da Primeira Igreja Batista de São José dos Campos - SP a qual eu
faço parte, muito obrigada pela amizade verdadeira, pela torcida e orações de vocês.
Agradeço também as minhas lindas amigas de república Paula (“Mi”), Thais (“Tatá”) e
(“cabeça” você me ajudou muito durante o mestrado e nunca me esquecerei da sua ajuda e
amizade sincera), à Letícia, à Silviane, à Paula Martini, à Juliana, à Hannah, à Marina, à Nathália,
Ricardo, à Ana Paula, à Flávia Ribeiro, à Eliete, à Bruna, à Cris, à Geisy, à Leiliane, à Aline, ao
Rogério, à Gisela... muito obrigada pelos momentos de aprendizagem constante e pela amizade
E em especial quero agradecer a minha grande amiga Paula Lacerda por tudo que fez por
mim e por ser uma pessoa muito especial que Deus colocou na minha vida, compartilhamos e
Agradeço aos técnicos de laboratório, Matheus, Osmar, Lú, Fátima e Eduardo (Dudu) que
a
A profa Dr . Leila Aparecida Chiavacci pela ajuda nos testes de SAXS realizados neste
trabalho.
a
Agradeço a Profa Dr . Chung Man Chin pela aquisição do ácido alfa-lipóico, professora
coordena para os ensaios de citotoxicidade realizados neste trabalho, professora você contribuiu
o
Ao querido Prof . Dr. José Paschoal Batistuti, uma pessoa iluminada, que me ajudou muito
material de referência do ácido alfa-lipóico, e em muitas outras coisas me ajudou... Paschoal muito
obrigada por tudo! Só Deus para retribuir a você tudo que fez por mim. Você faz parte de grande
Ao querido por todos e por mim também prof o. Dr. Marcos Antonio Corrêa, muito obrigada
pela pessoa maravilhosa que você é e pela grande dedicação em tudo o que você faz, por isso
muitas pessoas a sua volta são beneficiadas de alguma maneira.... Muito obrigada porque me
ajudou muito no meu mestrado, principalmente pela idéia dada por ele de se trabalhar com o ácido
alfa-lipóico. Marcos muito obrigada também por participar da minha banca de qualificação e
defesa.
Ao profo. Dr. Pedro Alves da Rocha Filho pelo interesse que mostrou em participar da
E por fim a minha querida orientadora Profa Dr. Vera Lucia Isaac, muito obrigada pela
disposição que mostrou em me orientar desde a primeira vez em que fiz contato com você, pela
atenção, carinho, ajuda sempre que precisei, compreensão e pela sua amizade que espero de
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................................. 13
LISTA DE TABELAS................................................................................................................ 20
RESUMO.................................................................................................................................. 22
ABSTRACT.............................................................................................................................. 22
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 23
1. REVISÃO DA LITERATURA............................................................................................. 25
1.5. Precisão............................................................................................................................. 28
1.8. Exatidão............................................................................................................................. 29
1.9. Robustez........................................................................................................................... 29
2.0. Objetivo............................................................................................................................. 30
3.1. Material............................................................................................................................... 30
3.2. Métodos............................................................................................................................. 30
3.2.3. Precisão........................................................................................................................ 31
3.2.4. Exatidão........................................................................................................................... 31
3.2.5. Robustez.......................................................................................................................... 31
3.2.7. Seletividade..................................................................................................................... 32
3.3.Análise Estatística............................................................................................................... 32
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................ 32
4.3. Determinação do teor real de ácido Alfa – lipóico presente na matéria – prima
4.4. Precisão............................................................................................................................. 36
4.5. Exatidão............................................................................................................................. 38
4.6. Robustez........................................................................................................................... 40
4.8. Seletividade....................................................................................................................... 41
5. Conclusão parcial................................................................................................................. 41
CAPITULO 2 – DESENVOLVIMENTO E ESTUDO DA ESTABILIDADE DAS 42
6. REVISÃO DA LITERATURA................................................................................................ 42
6.1. Cosméticos........................................................................................................................ 42
7. Objetivo................................................................................................................................ 63
8. MATERIAL E MÉTODOS..................................................................................................... 63
8.1. Material......................................................................................................................... 63
8.2. MÉTODOS......................................................................................................................... 64
9. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................ 69
CULTURA DE CÉLULAS.........................................................................................................
122
11.2.2. A Derme..................................................................................................................
125
epiderme/derme......................................................................................................................... 153
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Identificação do material referência certificado do ácido Alfa – lipóico obtido por
espectrofotometria na região do UV...................................................................................... 33
Figura 2. Identificação da matéria prima do ácido Alfa – lipóico obtido por
espectrofotometria na região do UV...................................................................................... 33
Figura 3. Curva analítica do material de referência certificado do ácido Alfa - lipóico nas
concentrações de 0,0991, 0,1982, 0,3964, 0,5946, 0,7928, 0,991, 1,1892 e 1,3874 34
mg/mL obtida por espectrofotometria UV..............................................................................
Figura 4. Demonstração da faixa linear de trabalho do material de referência certificado
34
do ácido alfa-lipóico...............................................................................................................
Figura 5. Curva analítica da matéria - prima do ácido Alfa – lipóico padronizada nas
concentrações de 0,0251, 0,17396, 0,34881, 0,53538, 0,73834, 0,95121, 1,15338 e 35
1,36594 mg/mL obtida por espectrofotometria UV................................................................
Figura 18. Gráfico das medias dos valores de pH nas condições de estresse em que a
emulsão A 1 foi analisada durante a estabilidade preliminar................................................ 75
Figura 19. Gráfico das medias dos valores de pH nas condições de estresse em que a
emulsão B 1 foi analisada durante a estabilidade preliminar................................................ 76
Figura 20. Gráfico das medias dos valores de viscosidade nas condições em que a
emulsão A foi submetida durante a estabilidade preliminar.................................................. 80
Figura 21. Gráfico das medias dos valores de viscosidade nas condições em que a
emulsão A 1 foi submetida durante a estabilidade preliminar............................................... 80
Figura 22. Gráfico das medias dos valores de viscosidade nas condições em que a
emulsão B 1 foi submetida durante a estabilidade preliminar............................................... 81
Figura 23. Reograma das viscosidades da formulação A mantida a 27 ± 2 oC nos dias 1
(preto), 7 (vermelho) e 15 (verde)...................................................................................... 82
o
Figura 24. Reograma das viscosidades da formulação A mantida a 45 ± 2 C nos dias 1
(preto), 7 (vermelho) e 15 (verde)...................................................................................... 82
Figura 25. Reograma das viscosidades da formulação A mantida a 5 ± 2 oC nos dias 1
(preto), 7 (vermelho) e 15 (verde)......................................................................................... 83
Figura 26. Reograma das viscosidades da formulação A mantida ao ciclo nos dias1
83
(preto), 7 (vermelho) e 15 (verde).........................................................................................
Figura 27. Reograma das viscosidades da formulação A mantida a - 5 ± 2oC nos dias 1 83
(preto), 7 (vermelho) e 15 (verde)......................................................................................
Figura 28. Reograma das viscosidades da formulação A mantida à luz indireta nos dias 1 83
(preto), 7 (vermelho) e 15 (verde )........................................................................................
Figura 29. Reograma das viscosidades da formulação A 1 mantida a 27 ± 2 oC nos dias 1 84
(preto), 7 (vermelho) e 15 (verde)...............................................................................
Figura 30. Reograma das viscosidades da formulação A 1 mantida a 45 ± 2 oC nos dias1 84
(preto), 7 (vermelho) e 15 (verde)................................................................................
Figura 31. Reograma das viscosidades da formulação A 1 mantida a 5 ± 2oC nos dias1 84
(preto), 7 (vermelho) e 15 (verde)................................................................................
Figura 32. Reograma das viscosidades da formulação A 1 mantida ao ciclo nos dias1 84
(preto), 7 (vermelho) e 15 (verde).........................................................................................
Figura 33. Reograma das viscosidades da formulação A 1 mantida a - 5 ± 2oC nos dias1 85
(preto), 7 (vermelho) e 15 (verde)................................................................................
Figura 34. Reograma das viscosidades da formulação A 1 mantida à luz indireta nos 85
dias1 (preto), 7 (vermelho) e 15 (verde)................................................................................
Figura 45. Gráfico das medias dos valores de viscosidade nas condições em que a
emulsão A 1 foi analisada durante a estabilidade acelerada................................................ 95
Figura 46. Gráfico das medias dos valores de viscosidade nas condições em que a
emulsão B 1 foi analisada durante a estabilidade acelerada................................................ 96
Figura 50. Reograma das viscosidades da formulação A mantida ao ciclo nos dias 1
(rosa), 7 (azul), 15 (vermelho), 30 (amarelo), 45 (azul claro), 60 (preto) e 90 99
(marrom)................................................................................................................................
Figura 51. Reograma das viscosidades da Formulação A mantida a - 5 ± 2oC nos dias1
(rosa), 7 (azul), 15 (vermelho), 30 (amarelo), 45 (azul claro), 60 (preto) e 90 100
(marrom)................................................................................................................................
Figura 52. Reograma das viscosidades da Formulação A mantida a luz nos dias1 (rosa),
7 (azul), 15 (vermelho), 30 (amarelo), 45 (azul claro), 60 (preto) e 90 100
(marrom)................................................................................................................................
Figura 53. Reograma das viscosidades da formulação A 1 mantida a a 27 ± 2 oC nos dias
1 (rosa), 7 (azul), 15 (vermelho), 30 (amarelo), 45 (azul claro), 60 (preto) e 90 100
(marrom)................................................................................................................................
Figura 56. Reograma das viscosidades da Formulação A 1 mantida ao ciclo nos dias 1
(rosa), 7 (azul), 15 (vermelho), 30 (amarelo), 45 (azul claro), 60 (preto) e 90 101
(marrom)................................................................................................................................
Figura 58. Reograma das viscosidades da Formulação A 1 mantida a luz nos dias1
(rosa), 7 (azul), 15 (vermelho), 30 (amarelo), 45 (azul claro), 60 (preto) e 90 101
(marrom)................................................................................................................................
Figura 62. Reograma das viscosidades da Formulação B 1 mantida ao ciclo nos dias 1
(rosa), 7 (azul), 15 (vermelho), 30 (amarelo), 45 (azul claro), 60 (preto) e 90 102
(marrom)................................................................................................................................
Figura 63. Reograma das viscosidades da Formulação B 1 mantida a - 5 ± 2oC nos
dias1 (rosa), 7 (azul), 15 (vermelho), 30 (amarelo), 45 (azul claro), 60 (preto) e 90 103
(marrom)................................................................................................................................
Figura 64. Reograma das viscosidades da Formulação B 1 mantida a luz nos dias1
(rosa), 7 (azul), 15 (vermelho), 30 (amarelo), 45 (azul claro), 60 (preto) e 90 103
(marrom)................................................................................................................................
Figura 65. Gráfico do doseamento do ácido alfa-lipóico na emulsão A 1 realizado pelo
período de 90 dias de análise............................................................................................... 104
Figura 66. Gráfico do doseamento do ácido alfa-lipóico na emulsão B 1 realizado pelo
período de 90 dias de análise............................................................................................... 104
Figura 67. Reograma da curva de fluxo da emulsão A (triplicata)........................................ 107
Figura 68. Reograma da curva de fluxo da emulsão A 1 (triplicata)..................................... 107
Figura 69. Reograma da curva de fluxo da emulsão B 1 (triplicata).................................... 108
Figura 70. Reograma do limite de escoamento da emulsão A (triplicata)............................ 110
Figura 71. Reograma do limite de escoamento da emulsão A 1 (triplicata)......................... 110
Figura 72. Reograma do limite de escoamento da emulsão B 1 (triplicata)........................ 111
Figura 73. Reograma da varredura de tensão da emulsão A (G’ verde, G” azul, η* rosa)
(triplicata)............................................................................................................................... 112
Figura 74. Reograma da varredura de tensão da emulsão A 1 (G’ verde, G” azul, η* rosa)
(triplicata)...................................................................................................................... 112
Figura 75. Reograma da varredura de tensão da emulsão B 1 (G’ verde, G” azul, η* rosa)
(triplicata)....................................................................................................................... 113
Figura 76. Reograma da varredura de frequência da emulsão A (triplicata)....................... 114
Figura 77. Reograma da varredura de frequência da emulsão A 1 (triplicata)..................... 114
Figura 78. Reograma da varredura de frequência da emulsão B 1 (triplicata).................... 115
Figura 79. Reograma da curva de fluência e relaxação da emulsão A (triplicata)............... 116
Figura 80. Reograma da curva de fluência e relaxação da emulsão A 1 (triplicata)............ 116
Figura 81. Reograma da curva de fluência e relaxação da emulsão B 1 (triplicata)............ 117
Figura 82. Reograma da curva de fluência e relaxação da emulsão A 1 (azul) e B 1
(vermelho) (triplicata)...................................................................................................... 117
Figura 83. fotomicrografia da emulsão A........................................................................ 118
Figura 84. fotomicrografia da emulsão A 1..................................................................... 118
Figura 94. Representação esquemática que traduz a curva de liberação in vitro de 133
substâncias ativas que obedecem à cinética de primeira ordem..........................................
Figura 95. Representação esquemática que traduz a curva de liberação in vitro de 134
substâncias ativas que obedecem a cinética de pseudoprimeira ordem (lei de Higuchi).....
Figura 96. Célula de difusão do tipo Franz empregada nos estudos de permeação
134
cutânea in vitro...............................................................................................................
Figura 97. Fotografia do sistema de difusao composto de seis celulas do tipo Franz,
conforme o equipamento utilizado (HANSON RESEARCH FLOWSCIENCE- 135
POLYSCIENCE).............................................................................................................
Figura 100. Pele de orelha de porco dermatomizada e cortada no tamanho adequado 144
Figura 111. Curva analítica do ácido alfa-lipóico padrão secundário r= 0,99855, equação
da reta y= 0,07021 + 0,65282x.......................................................................................... 158
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
Nos queratinócitos, a radiação UV está diretamente envolvida nos danos ao DNA das
células, por exemplo, a formação de dímeros de pirimidina implicando na fotocarcinogenese.
Adicionalmente, a radiação UV induz a produção de espécies redutotas de oxigênio reativo
(EROs), que são responsáveis pelos danos foto-oxidativos em ácidos nucléicos, lipídios e
proteínas (DEVARY et al., 1993).
Uma das maiores causas do envelhecimento cutâneo é a desorganização do
mecanismo de defesa antioxidante das células, provocando alterações na pele, resultado das
condições causadas por esse desequilíbrio e que são conseqüências de danos à estrutura nela
presentes, como lipídios, proteínas e DNA. Pode ser estimado que cerca de 80% dos sinais
visíveis causados no envelhecimento são provocados pelos raios ultravioleta e pelos radicais
livres formados devido à exposição solar (BUCHLI, 2002). Os danos ao DNA das células
causados pelos radicais livres também desempenham um papel importante nos processos de
metagênese e carcinogenese (POULSEN et al., 1998).
As espécies reativas de oxigênio (EROs) quando em condições normais são mantidas
dentro de um limite seguro, através de sistemas de purificação do próprio organismo. Ao
contrário de células normais, células cancerígenas sobrevivem em níveis elevados de EROs.
Esse aumento de EROs também contribui para a proliferação de células cancerígenas e
supressão de apoptose dessas células (KAMATA, H. & HIRATA, H., 1999). Estudos realizados
por FRUEHAUF, J.P. & MEYSKENS JR., 2007; demonstram que até mesmo doses exógenas
baixas de EROs podem promover a proliferação de células cancerígenas.
Os radicais livres são inevitavelmente coproduzidos em algumas reações biológicas e
exercem papel fisiológico importante. No entanto, essas espécies reativas têm sido descritas
como fatores que participam diretamente dos mecanismos fisiopatológicos relacionados com a
continuidade e as complicações de diversos estados patológicos (ROCHA et al., 2007) As
células cancerígenas absorvem antioxidantes de maneira adversa das células normais. Células
sadias consomem apenas a quantidade necessária de antioxidantes e nutrientes de apoio.
Células cancerígenas, por outro lado, continuam a absorver antioxidantes e nutrientes de apoio
1. REVISÃO DA LITERATURA
Existem vários conceitos empregados para validação de métodos e pode ser dito que
os conceitos continuam evoluindo e estão constantemente sob consideração pelas agências
reguladoras. Algumas definições podem ser transcritas:
• A validação deve garantir, através de estudos experimentais, que o método atenda às
exigências das aplicações analíticas, assegurando a confiabilidade dos resultados (ANVISA,
2003).
• Validação é o processo de definir uma exigência analítica e confirmar que o método sob
investigação tem capacidade de desempenho consistente com o que a aplicação requer
(EURACHEM WORKING GROUP, 1998).
• Validação é a confirmação por testes e apresentação de evidências objetivas de que
determinados requisitos são preenchidos para um dado uso intencional (ISO/IEC 17025, 1999).
• A validação de métodos assegura sua credibilidade durante seu uso rotineiro, sendo algumas
vezes mencionado como o processo que fornece uma evidência documentada de que os
métodos realizam aquilo para o qual são indicados para fazer (USP, 2003).
• Avaliação sistemática de um procedimento analítico para demonstrar que está sob as
condições nas quais deve ser aplicado (WHO, 1992).
Alguns artigos e revisões têm sido publicados a respeito de validação de métodos
analíticos (HUBER, 1998; LEITE, 2002; INMETRO, 2007), os quais descrevem definições,
procedimentos, parâmetros e estratégias de validação.
Em geral um método analítico deve apresentar especificidade, linearidade, faixa linear
de trabalho, precisão, sensibilidade, limite de detecção (LD), limite de quantificação (LQ),
precisão e exatidão que se adéquem a análise.
Os métodos analíticos podem ser de quatro tipos (BRASIL, 2003a; USP, 2008):
Quadro I: Ensaios necessários para a validação do método analítico, segundo sua finalidade.
Repetitividade
Detecção
Exatidão
Sim Sim * * Não
1.3. Seletividade
y = ax + b (equação I)
Onde:
x = concentração;
A linearidade de um método pode ser observada pelo gráfico dos resultados dos
ensaios em função da concentração do analito ou então calculada a partir da equação da
regressão linear, determinada pelo método dos mínimos quadrados.
1.5. Precisão
Tal desvio pode ser expresso através do intervalo de confiança da média, que é uma
faixa de valores dentro da qual existe uma determinada probabilidade de se encontrar certo
valor de uma variável contínua. É uma expressão que estabelece que a média verdadeira
esteja à determinada distância do valor médio experimental.
É a menor quantidade do analito presente em uma amostra que pode ser detectada,
porém não necessariamente quantificada, sob as condições experimentais estabelecidas
(INMETRO, 2007).
É a menor quantidade do analito em uma amostra que pode ser determinada com
precisão e exatidão aceitáveis, sob as condições experimentais estabelecidas.
Em que: DP = desvio padrão do intercepto com o eixo do y de, no mínimo, 3 curvas analíticas
construídas contendo concentrações do analito próximas ao suposto limite de quantificação.
1.8. Exatidão
Qualquer que seja o processo utilizado para avaliar a exatidão, ela será expressa pela
média ( ).
Os processos mais utilizados para avaliar a exatidão de um método são:
Materiais de referência;
Comparação de métodos;
Ensaios de recuperação;
Adição de analito.
1.9. Robustez
3.1. Material
Material: Material de referência certificado ácido alfa-lipóico (USP Rockville, MD LOT F01018)
e matéria prima ácido alfa - lipóico (DEG®).
Solventes: etanol PA (Synth), ácido clorídrico PA (Synth), etanol PA (Merck), ácido clorídrico
PA (Hexis), água destilada.
Acessórios: espátula de metal, funil de vidro, balão de fundo redondo, béqueres, tubos de
ensaio, balões de diluição, pipetas graduadas e pipetador manual.
3.2. Métodos
A curva analítica foi obtida utilizando as concentrações teóricas de 0,1, 0,2, 0,4, 0,6,
0,8, 1,0, 1,2, e 1,4 mg /mL do material de referência do ácido alfa - lipóico e as absorbâncias
representativas das concentrações foram determinadas por espectrofotometria a 334 nm.
Os ensaios foram realizados sete vezes.
3.2.3. Precisão
3.2.4. Exatidão
Foram transferidos para três balões volumétricos de 10 mL denominados de X1, X2, X3, a
quantia de 100,00 mg de uma das emulsões formuladas, sendo que a escolhida foi a emulsão
B 1. Em seguida, foram adicionados 2,0, 10,0 e 12,0 mg de material de referência do ácido alfa
– lipóico nos balões e o volume de cada balão foi completado para 10 mL com etanol PA e
solução de HCl a 0,01 N, sendo obtidas concentrações teóricas de 0,2, 1,0 e 1,2 mg/mL do
material de referência. Estas soluções foram colocadas em tubos falcon e levadas a centrifuga,
onde foram centrifugadas a 900 g durante 2 minutos. O sobrenadante foi analisado e as
concentrações determinadas, para avaliar a recuperação do ácido alfa – lipóico adicionado. A
média das percentagens de recuperação foi determinada e comparada com a legislação
(INMETRO, 2007). A percentagem de ácido alfa - lipóico recuperado (R%) foi calculada
Utilizando a Equação II.
3.2.5. Robustez
Para este ensaio foi preparada uma solução estoque com material de
referência de ácido alfa-lipóico, onde foram exatamente pesados 100 mg de ácido e
solubilizados em 50 mL de etanol PA resultando em uma solução estoque de concentração
teórica final de 2 mg/mL. Desta solução estoque foi retirada uma alíquota de 5 mL, colocada
em um balão volumétrico de 10 mL e completado o volume com etanol PA e solução de HCl a
0,01 N, resultando em uma solução de concentração teórica igual a 1,0 mg/mL.
Para este ensaio foram feitas modificações da marca do solvente e HCl ( marca Synth
– marca Hexys) utilizado para fazer as soluções, mudança na temperatura do ambiente (20 0C
– 23 0C) durante o preparo das soluções e mudança do pH das soluções de análise (6,5 – 6,0).
Em que: DP = desvio padrão do intercepto com o eixo do y de, no mínimo, 3 curvas analíticas
construídas contendo concentrações do analito próximas ao suposto limite de quantificação.
3.2.7. Seletividade
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1. Identificação do material referência certificado do ácido alfa – lipóico obtido por
espectrofotometria na região do UV.
Figura 2. Identificação da matéria prima do ácido alfa – lipóico obtido por espectrofotometria na
região do UV.
A curva analítica foi obtida pela preparação das concentrações crescentes do material
de referência certificado realizada em triplicata sendo que a absorbância de cada concentração
foi obtida sete vezes. Com a obtenção das médias dos valores das absorbâncias representada
pela Figura 1 e 2, foi determinada a curva e a equação da reta representada pela Equação V,
com um valor de coeficiente de correlação igual a r = 0,99928.
1,0
0,8
Absorbância
0,6
0,4
0,2
0,0
concentração mg/mL
Figura 3. Curva analítica do material de referência certificado do ácido alfa - lipóico nas
concentrações de 0,0991, 0,1982, 0,3964, 0,5946, 0,7928, 0,991, 1,1892 e 1,3874 mg/mL
obtida por espectrofotometria UV.
-2
-4
Para a determinação do teor real de ácido alfa – lipóico presente na matéria prima
foram construídas sete curvas analíticas com a matéria prima. Foram calculadas as médias dos
valores de absorbância de cada concentração das sete curvas analíticas, os valores das
médias de absorbância de cada concentração foi substituída pelo y na equação da reta obtida
do material de referência (y = - 0, 01283 + 0, 69284x), tendo sido obtidos os valores reais de
teor de ácido alfa – lipóico na matéria prima adquirida que a partir daí foi padronizada como um
padrão secundário do ácido alfa – lipóico. A partir desses resultados foi construída uma única
curva analítica com valores reais de concentração da matéria prima padronizada como padrão
secundário.
A curva analítica da matéria prima (figura 5) foi obtida pela preparação das
concentrações crescentes da matéria prima realizada sete vezes sendo que a absorbância de
cada concentração foi lida também sete vezes. Foi determinada a curva e a equação da reta
representada pela Equação VI, com um valor de coeficiente de correlação igual a r = 1.
1,0
0,8
Absorbância
0,6
0,4
0,2
0,0
concentração mg/mL
Figura 5. Curva analítica da matéria - prima do ácido alfa – lipóico padronizada nas
concentrações de 0,0251, 0,17396, 0,34881, 0,53538, 0,73834, 0,95121, 1,15338 e 1,36594
mg/mL obtida por espectrofotometria UV.
O valor do coeficiente angular da reta obtida pela matéria prima é igual a 0,69287 muito
próximo ao valor do coeficiente angular do material de referência certificado, que foi igual a
0,69284. Pela comparação desses valores e em resultados de ensaios realizados pelo nosso
grupo de pesquisa, pode ser sugerido que a matéria prima possui um teor muito semelhante ao
material de referência certificado.
A partir dos valores teóricos e reais de concentração da matéria prima, foi construído
um novo gráfico mostrando a massa teórica pesada contra massa real determinada de ácido
alfa – lipóico.
Os valores das massas reais determinadas foram subtraídos dos valores das massas
teóricas pesadas pela equação (y – y0), onde y = massa determinada e y0 é a massa teórica
adicionada. Os valores de massa teórica pesados foram 0,1, 0,2, 0,4, 0,6, 0,8, 1,0, 1,2, e 1,4
mg e os valores de massa real determinada foram 0,0251, 0,17396, 0,34881, 0,53538,
0,73834, 0,95121, 1,15338 e 1,36594 mg. Os valores obtidos mostram a diferença entre a
massa teórica pesada e a massa real determinada. Quando a diferença entre os valores não é
expressiva é possivel também constatar a linearidade do método, mostrando que os valores
encontrados estão muito próximos entre si, como é mostrado no gráfico da figura 6.
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
Y - Y0
0,0
-0,2
-0,4
-0,6
-0,8
-1,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4
massa determinada em mg
4.4. Precisão
0, 67283 0, 66991
0, 67428 0, 67095
0, 67185 0, 66942
0, 67169 0, 67036
0, 67247 0, 66973
4.5. Exatidão
Para uma metodologia ser considerada exata, a ANVISA (2003) permite que os
resultados obtidos a partir da equação da exatidão tenham uma flutuação de 5% em relação à
média teórica, ou seja, de 95 a 105%. Os resultados obtidos foram satisfatórios, pois a média
das recuperações foi de 97,33%; portanto, todas as concentrações analisadas estão de acordo
com as normas estabelecidas pelo INMETRO, 2007.
4.6. Robustez
A robustez do método foi determinada pela comparação dos resultados obtidos por
pequenas variações nos métodos de análise. Os valores obtidos estão dentro do especificado
(BRASIL, 2003a)
4.8. Seletividade
5. Conclusão parcial
6. REVISÃO DA LITERATURA
O uso de produtos cosméticos teve origem nas antigas civilizações, com o intuito de
atender aos conceitos culturais da época. A literatura faz referências à maquiagem destinada
para cobrir a face, os lábios e a área dos olhos, uma das primeiras a ser utilizada, pois olhos
grandes e vistosos era sinal de beleza (BALSAM & SANGARIN, 1972). A prática da
cosmetologia já foi usada pelos antigos Egípicios que fizeram do mel, óleos vegetais e
essenciais, argilas, ervas e sais, seus produtos para cosméticos. Compartilharam com os
Egípicios, os Romanos e os Gregos, que acrescentaram algumas substâncias não
convencionais e tóxicas para a pele como os sais de chumbo e mercúrio (WITKOWSKI &
PARISH, 2001).
Para o Food and Drug Administration (FDA) cosméticos são produtos que, quando
aplicados no corpo humano, limpam, embelezam, promovem atratividade ou modificam a
aparência da pele e cabelos ou do corpo, sem afetar a sua estrutura ou função. Produtos
identificados como cosméticos, mas que tratam ou previnem doenças ou, ainda, que afetam a
estrutura ou função da pele humana são considerados como drogas, e devem seguir a
legislação de medicamentos. Esses produtos, conhecidos como Over the Counter (OTC),
integram alguns produtos considerados cosméticos na Europa e Brasil. O termo “Over the
Counter” significa “sobre o balcão”, e se refere a produtos considerados medicamentosos que
podem ser comercializados sem a necessidade de prescrição médica (ANVISA, 2003).
A Cosmetologia pode ser definida como sendo uma ciência que estuda os cosméticos,
desde a concepção de conceitos até a aplicação dos produtos elaborados. Entre estes dois
extremos pode ser encontrada a pesquisa de novas matérias primas, tecnologias,
desenvolvimento de formulações, produção, comercialização, controle de qualidade,
toxicologia, eficácia de produtos e matérias primas e legislação, junto aos órgãos sanitários, de
empresas, produtos e processos. É uma atividade multidisciplinar envolvendo conhecimentos
de física, química, biologia e algumas áreas humanisticas. A cosmetologia trabalha com a
beleza, correção, preservação, fantasia e sonho. Mistura o real com o imaginário. Não tem
finalidade curativa ou de tratamento, pois não é medicamento, mas sim de prevenção e
melhora de alterações inestéticas na pele e cabelos (RIBEIRO, 2010).
para o normal crescimento e diferenciação dos queratinócitos, sendo, estes sim, afetados pela
perda telomérica (WLASCHEK et al., 2001).
A fonte desses radicais livres pode ser endógena, associada a reações metabólicas
(reação de oxidação na mitocôndria, fagocitose durante o processo de inflamação, ativação do
metabolismo do ácido araquidônico) e exógena (devido à radiação ultravioleta –em especial o
Ultra Violeta do tipo A (UVA) que reage com fotossensibilizadores e com cromóforos da pele
como a melanina), com fatores ambientais – pesticidas, poluição, fumaça de cigarro,
medicamentos antitumorais e estilos de vida não saudáveis (DATTNER, 1999; HIRATA, SATO
& SANTOS, 2004).
Sendo assim, a mais abundante fonte endógena geradora são as mitocôndrias (que usam
cerca de 90% do O2- oxigênio usado pelo corpo humano) onde o oxigênio é reduzido em
etapas sequenciais para produzir água; ou seja, ele participa da cadeia de transporte de
elétrons da mitocôndria, onde é reduzido pela citocromo oxidase em água e o NADH é oxidado
a NAD+, para que haja a produção de ATP. Para a completa redução de uma molécula de
oxigênio em duas moléculas de água, quatro elétrons são transportados dentro da membrana
mitocondrial interna. Entretanto, 1 a 2% desses elétrons são perdidos durante o transporte,
levando a formação de superóxido (O 2-) e, subseqüentemente, a outras numerosas espécies
reativas de oxigênio (ERO) como o peróxido de hidrogênio (H 2O2) e radicais hidroxila (OH)
(Figura 7).
não se acumulam com a idade e parecem ser uma importante contribuição para o processo de
envelhecimento (WICKENS, 2001).
Os raios ultravioleta são divididos em: UVA: 400-320 nanômetros (nm), UVB: 320-
290nm, UVC: 290- 200nm (DUARTE et al., 2006).
Tanto UVB como UVA agem sobre os queratinócitos. A partir da absorção da luz UV
pelos nucleotídeos, há formação de fotoprodutos do DNA, sobretudo as bases pirimidínicas.
Começam, então, as reações fotoquímicas que levam às alterações bioquímicas nos tecidos,
como a indução da atividade de algumas enzimas, secreção de citoquinas e reparo de
estruturas. Isso vai depender do comprimento de onda da luz utilizada. As moléculas que
absorvem a luz na pele são chamadas de cromóforos (HÖNIGSMANN, 2001). O cromóforo
mais importante é a melanina que absorve tanto UVA como UVB. O DNA é o mais importante
cromóforo para resposta fotobiológica na escala UVB. Triptofano, 7-deidrocoslesterol, ácido
urocânico, piridolina (colágeno) e desmosina (elastina) também são cromóforos para UVB. Co-
fatores NAD e FAD são cromóforos para UVA.
b) Efeito antiproliferativo
b) Outro mecanismo pelo qual UVB e UVA têm ação antiproliferativa é a indução de apoptose
dos queratinócitos.
Outro trabalho desenvolvido por (BIEWENGA, HAENEN & BAST, 1997) mostrou que
houve a absorção do ALA pela pele em um teste in vivo utilizando ratos sem pêlo, sendo que a
absorção foi constante durante 30 minutos e atingindo uma concentração máxima em 2 horas.
Nos estudos de PODDA e colaboradores, em 1998, o ácido alfa–lipóico foi aplicado na pele e
sua penetração foi observada. Após 30 minutos de sua aplicação, uma quantidade apreciável
de ALA marcado com C14 foi observada na gordura subcutânea. Portanto, ele atravessa toda a
epiderme, derme e a gordura subcutânea em 30 minutos e os níveis continuam a aumentar
durante as 4 horas seguintes. O pico de concentração ocorre perto das glândulas sebáceas,
indicando que o ALA é tanto hidrofílico como lipofílico. Ao contrario de outros antioxidantes,
ALA é facilmente absorvido e transportado através das membranas celulares. Por isso, é
amplamente utilizado na prevenção de várias doenças crônicas associadas ao estresse
oxidativo e é administrado diariamente como suplementos de dieta antienvelhecimento,
diabetes e doenças cardiovasculares (KOFUJI et al., 2008).
antioxidantes ajudam a proteger o organismo contra os danos que podem ser causadas por
doenças cardíacas, câncer, envelhecimento e outras doenças. Esse dano é causado por
subprodutos indesejáveis do metabolismo. Ele nos protege contra os efeitos nocivos dos
subprodutos do metabolismo. O ácido alfa-lipóico tanto interage com seus parceiros
antioxidantes; vitamina E e vitamina C, quanto ajuda a conservá-los. Quando o corpo é
deficiente em ácido alfa-lipóico, os outros antioxidantes não trabalham em conjunto. O ácido
alfa-lipóico também protege o fígado e desintoxica os tecidos de metais pesados como ferro e
cobre, e os metais tóxicos cádmio, chumbo e mercúrio. É surpreendente que um único
nutriente tenha tantas funções. O acido alfa-lipóico é um antioxidante universal que direta e
indiretamente ajuda a proteger todos os componentes do corpo dos danos do estresse
oxidativo. (PACKER et al, 1995; WHOLE, 1996; SNELL et al, 1937; GUIRARD et al, 1946;
REED et al, 1951 e REED. L. J, 1974).
Emulsões são preparações cosméticas obtidas pela dispersão de duas fases imiscíveis
ou praticamente imiscíveis. De acordo com a hidrofília ou lipofília da fase dispersante, estes
sistemas são classificados em óleo em água (O/A) ou água em óleo (A/O) (PINHO &
STORPIRTIS, 1998).
O primeiro uso da palavra reologia foi feito por Eugene C. Bingham em 1928 que a
descreveu através de trabalhos de Heráclitus, grego pré-socrático 500 a.C. que dizia: tudo flui
(REINER, 1964). A resistência à fluidez dos sistemas emulsionados é provavelmente uma das
mais importantes propriedades, tanto do ponto de vista prático como teórico. Considerações
práticas aparecem do fato que uma emulsão comercial só pode ser comercializada a uma
viscosidade específica (BECHER, 1972). Isaac Newton foi o primeiro a descrever o
comportamento de fluxo de um líquido ideal ao relacionar o gradiente de deformação (taxa de
cisalhamento) como diretamente proporcional à força (tensão de cisalhamento) aplicada, sendo
a proporcionalidade dada por uma constante intrinsecamente dependente da natureza do
fluido.
Para um fluido Newtoniano o valor da viscosidade caracteriza o fluido e esse valor não
varia com a tensão aplicada (STEFFE, 1996). Líquidos simples (como a água), soluções de
baixa massa molecular, dispersões diluídas e soluções poliméricas diluídas apresentam um
comportamento newtoniano (SHARMA, MULVANEY & RIZVI. 2000).
Todos os outros fluidos que não apresentam esse comportamento são chamados de
não newtonianos. Os não newtonianos podem ainda ser divididos, por exemplo, em
pseudoplásticos, onde a viscosidade diminui com o aumento da taxa de cisalhamento e sua
estrutura é recuperada quando a taxa de cisalhamento retorna a zero; dilatante, em que a
viscosidade aumenta com o aumento da taxa de cisalhamento; e pseudoplástico com tensão
inicial (materiais plásticos ou de Bingham) onde o valor de cedência é caracterizado pela
tensão de cisalhamento mínima necessária para produzir o escoamento. (Figura 11).
Figura 11: Comportamento de fluxo de um fluido, (SHARMA, MULVANEY & RIZVI. 2000).
Um material não newtoniano não tem relação proporcional direta entre a taxa e tensão
de cisalhamento. O início do escoamento pode ocorrer ou não, só após certa pressão mínima
exercida (valor de cedência) e a velocidade de cisalhamento não aumenta proporcionalmente
com a elevação da tensão ou agitação que cria o escoamento. Em geral a viscosidade de um
líquido diminui com o aumento da temperatura, sendo que emulsões, cremes, dispersões, géis
e loções apresentam comportamento não newtoniano (LEONARDI & MAIA CAMPOS, 2001).
Figura 12: Curvas de fluxo para fluidos dependentes do tempo, (SHARMA, MULVANEY &
RIZVI. 2000).
usou o termo estado mesomórfico (mesos = intermediário, morphé = forma) e, portanto, a partir
de então, os cristais líquidos são também denominados como fases mesomórficas,
mesomórficas cristalina ou para-cristalinas, apresentando propriedades e caracteristicas de
sólidos e líquidos ( FERRARI, 2003; TYLE, 1989).
Esta fase intermediária possui ordem estrutural, rigidez e ligações definidas como os
sólidos e mobilidade, regiões desordenadas e fluidas como os líquidos, portanto esta mesofase
possui propriedades mecânicas típicas do estado líquido, fluidez e tensão de superfície, mas
certa ordem molecular e dessa forma constitui uma fase fluida ordenada ou cristal liquido. A
mesofase cristal líquido exibe ainda propriedades ópticas típicas do estado cristalino,
anisotropia (direção óptica) e birrefringência (BEVAQUA et al., 1991; NESSEEM, 2001).
Materiais que formam cristais líquidos pela adição de solventes são chamados cristais
líquidos liotrópicos, enquanto cristais líquidos termotrópicos têm sua estabilidade dependente
da temperatura (HYDE, 2001).
complexas e são visualizadas com maior dificuldade quando comparada com as outras fases.
Há dois tipos de fase cúbica, a primeira é a cúbica bicontínua (V I) que consiste no domínio
contínuo de água dividindo-se em duas bicamadas contínuas de tensoativo; a segunda é a
cúbica micelar (II) que consiste em micelas de tensoativo arranjadas em forma cúbica e
separadas por uma fase aquosa contínua. (FERRARI et al., 2003; BRINON et al., 1999).
Figura 13: Representação do cristal líquido na fase lamelar (LOCHHEAD, 1994; TYLE, 1989)
Figura 14: Representação do cristal líquido na fase hexagonal (LOCHHEAD, 1994; TYLE,
1989)
Figura 15: Representação do cristal líquido na fase cúbica (LOCHHEAD, 1994; TYLE, 1989)
Através do microscópio com luz polarizada podem ser observados dois tipos de
arranjos internos, o hexagonal e o lamelar. O arranjo cúbico se apresenta isotrópico, somente
sendo detectado com outras técnicas de análise, como a difração de raios X a baixo ângulo
(DAVIDSON & ABRAMOWITZ, 2003)
O arranjo hexagonal apresenta uma forma chapada típica, que distingue facilmente do
lamelar, quando observado ao microscópio de luz polarizada. Os agregados de tensoativo
estão organizados em cilindros, que podem se empacotar formando uma fase fluida
bidimensional. Já o arranjo lamelar pode ser com várias camadas (lamelas) sobrepostas,
formando espécies de ondas e estruturas denominadas “cruzes-de-malta” que são observadas
ao microscópio com luz polarizada (FERRARI et al., 2003).
Ao irradiar uma amostra bifásica numa plaqueta relativamente fina, com um feixe de luz
monocromático (luz visível, raios-x, nêutrons, elétrons), pode ser observado o espalhamento da
radiação na vizinhança angular próxima a do feixe transmitido. O espalhamento de raios X
ocorre devido às heterogeneidades na densidade eletrônica das estruturas do sistema.
Considerando uma partícula de tamanho e forma qualquer, a intensidade espalhada I(q) é
proporcional ao fator de forma P(q) desta partícula, em que q é o vetor de espalhamento
(NIELSEN et al., 1993).
Num sistema diluído, em que as partículas são isoladas uma das outras e não
interagem entre si, a intensidade espalhada é descrita unicamente pelo fator de forma P(q) das
diferentes partículas. A intensidade resultante é a soma das contribuições de cada partícula, de
modo que para n partículas distribuídas ao acaso, o valor da intensidade pode ser calculado
como:
(equação IX)
(equação X)
Entretanto S(q) pode assumir formas muito variadas, de acordo com o arranjo das
entidades espalhadoras e será difícil separar as contribuições de P(q) e S(q). De modo geral,
quando a curva de espalhamento apresenta um máximo de espalhamento a baixos ângulos,
pode relacioná-la com a presença de correlações entre as posições dos centros espalhadores.
É possivel deduzir uma distância média d, entre duas gotículas ou planos vizinhos, a partir do
valor da posição do vetor de espalhamento quando a intensidade é máxima (qmax),
empregando a relação:
(equação XI)
(equação XII)
(equação XIII)
(equação XIV)
É uma técnica que permite caracterizar partículas entre 10 e 1000 Å. Assim sendo,
permite caracterizar uma grande variedade de amostras como vidros, colóides e proteínas
(WILLIAMS et al., 1993)
7. Objetivo
8. MATERIAL E METODOS
8.2. MÉTODOS
Foram propostas quatro emulsões (A, A 1, B e B 1). As emulsões do tipo O/A foram
preparadas de acordo com técnica usual de preparação de emulsões. Foi aquecida a fase
aquosa até 75 ± 2° C e a fase oleosa com os componentes oleosos da formulação até a fusão.
A fase aquosa foi transferida sobre a oleosa e a agitação foi realizada até o resfriamento.
aspecto: o produto deve manter-se íntegro durante todo o teste, mantendo seu
aspecto inicial em todas as condições, exceto em temperaturas elevadas, freezer ou
ciclos em que pequenas alterações são aceitáveis.
cor e odor: devem permanecer estáveis por, no mínimo, 15 dias à luz solar. Pequenas
alterações são aceitáveis em temperaturas elevadas.
Para a determinação do valor de pH, foi preparada uma dispersão aquosa a 10% (p/p)
das amostras em água recém destilada, submetida a avaliação em peagômetro digital. O
eletrodo foi inserido diretamente na dispersão aquosa (DAVIS, 1977). O valor compatível com o
pH cutâneo, entre 5,5 e 6,5 foi usado como critério no teste de estabilidade e a variação dos
resultados não deve ser maior que 10% (ISAAC, 2008).
centrifugada a 3000 rpm durante dois minutos. O sobrenadante foi recolhido e analisado em
espectrofotômetro UV-VIS, Hewlett Packard® KAIAK-XA-modelo 8453 no comprimento de
onda de 334 nm adaptando a metodologia descrita por SEGALL et al., 2004.
Para o teste de varredura de tensão, foi utilizada uma faixa de tensão de cisalhamento
de 0 a 50 Pa e frequência de 1 Hz. O teste de varredura de frequência foi realizado utilizando
uma faixa de frequência de 0,01 a 10 Hz a uma tensão de 1 Pa para as emulsões A e A 1 e 0,5
Pa para a emulsão B 1 (MORAES et al., 2010). Deste modo, foram determinados o modulo
elástico (G’) e o modulo viscoso (G”).
A técnica de SAXS foi utilizada para a obtenção de informações mais precisas sobre a
forma estrutural das emulsões A, A 1, B e B 1 estudadas neste trabalho.
9. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram desenvolvidas emulsões O/A. As emulsões A (emulsão base sem ácido alfa-
lipóico) e A1 (contendo 2% de ácido alfa-lipóico).
moderadas entre 2000 e 5000 rpm, durante curto período são muito úteis para verificar o
comportamento das gotículas emulsionadas frente à força da gravidade (RIEGER, 1996).
O teste de estabilidade foi realizado nas emulsões A, A1 e B1, pois não apresentaram
separação de fases quando submetidas ao teste de centrifugação.
Para uma formulação ser considerada estável, deve manter suas características, que
são avaliadas periodicamente, durante o tempo de estudo da estabilidade preliminar,
realizando testes já estabelecidos (BRASIL, 2004).
Para este teste foram construídas tabelas com parâmetros como cor, aspecto e odor
que foram avaliados nas emulsões A, A1 e B1, durante o teste de estabilidade preliminar nas
diferentes condições às quais as emulsões foram submetidas, (tabelas VIII, IX e X).
Tempo (dias)
11 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
12 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
13 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
14 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
15 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
Tempo (dias)
11 N N L N N M N N M N N N N N N N N M
12 N N M N N M N N M N N N N N L N N M
13 N N M N N M N N M N N L N N L N N M
14 N N M N N M N N M N N L N N L N N M
15 N N M N N M N N M N N L N N L N N M
Tempo (dias)
11 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
12 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
13 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
14 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
15 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
Figura 17: Gráfico das medias dos valores de pH nas condições de estresse em que a
emulsão A foi submetida durante a estabilidade preliminar.
Figura 18: Gráfico das medias dos valores de pH nas condições de estresse em que a
emulsão A 1 foi submetida durante a estabilidade preliminar.
Figura 19: Gráfico das medias dos valores de pH nas condições de estresse em que a
emulsão B 1 foi submetida durante a estabilidade preliminar.
Figura 20. Gráfico das medias dos valores de viscosidade (Pa.s) nas condições em que a
emulsão A foi submetida durante a estabilidade preliminar.
Figura 21. Gráfico das medias dos valores de viscosidade (Pa.s) nas condições em que a
emulsão A 1 foi submetida durante a estabilidade preliminar.
Figura 22. Gráfico das medias dos valores de viscosidade (Pa.s) nas condições em que a
emulsão B 1 foi submetida durante a estabilidade preliminar.
Para este teste foram construídas tabelas com critérios como cor, aspecto e odor que
foram avaliados nas emulsões A, A1 e B1 (tabelas XV, XVI e XVII), durante o teste de
estabilidade acelerada nas diferentes condições às quais as emulsões foram submetidas.
asp. cor odor asp. cor odor asp. cor odor asp. cor odor asp. cor odor asp. cor odor
01 N N N N N N N N N N N N N N N N N N
07 N N N N N N N N N N N N N N N N N N
15 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
30 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
45 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
Tempo (dias)
60 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
90 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
asp. cor odor asp. cor odor asp. cor odor asp. cor odor asp. cor odor asp. cor odor
01 N N N N N N N N L N N N N N N N N L
07 N N L N N L N N M N N N N N N N N M
15 N N M N N M L N I N N N N N L N N M
30 N N I L N I L N I N N L L N L N N I
45 N N I L N I L N I N N L L N M N N I
Tempo (dias)
60 N N I L N I L N I N N M L N M N N I
90 N N I L N I L N I N N M L N M N N I
asp. cor odor asp. cor odor asp. cor odor asp. cor odor asp. cor odor asp. cor odor
01 N N N N N N N N N N N N N N N N N N
07 N N N N N N N N N N N N N N N N N N
15 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
30 N N N N N N L N N N N N N N N N N N
45 N N N N N N L N N N N N N N N N N L
Tempo (dias)
60 N N N N N N L N N N N N N N N N N L
90 N N N N N N L N N N N N N N N N N L
Figura 41: Gráfico das médias dos valores de pH nas condições de estresse em que a
emulsão A foi submetida durante a estabilidade acelerada.
Figura 42: Gráfico das médias dos valores de pH nas condições de estresse em que a
emulsão A 1 foi submetida durante a estabilidade acelerada
Figura 43: Gráfico das médias dos valores de pH nas condições de estresse em que a
emulsão B 1 foi submetida durante a estabilidade acelerada
Nas figuras 44, 45 e 46 e na tabela XXI pode ser observado que a viscosidade da
emulsão base A permaneceu praticamente sem alterações durante todos os tempos de
análise, A emulsão A 1 apresentou uma perda de viscosidade significativa em todos os tempos
e condições em relação a emulsão A, mas em relação a ela mesma não apresentou variações
significativas nos valores de viscosidade medidos no período da estabilidade acelerada ou seja
o ácido alfa-lipóico pode ter contribuído para a perda significativa de viscosidade da emulsão A
1, mas a dispersão a 2% do polímero Carbopol utilizado na emulsão fez com que a mesma
permanecesse sem alterações significativas nos valores de viscosidade, o que confirma a
afirmativa de CORRÊA 2010, de que o Carbopol auxilia na estabilização de sistemas
emulsionados.
Figura 44. Gráfico das médias dos valores de viscosidade nas condições em que a emulsão A
foi submetida durante a estabilidade acelerada.
Figura 45. Gráfico das médias dos valores de viscosidade nas condições em que a emulsão
A 1 foi submetida durante a estabilidade acelerada.
Figura 46. Gráfico das médias dos valores de viscosidade nas condições em que a emulsão
B 1 foi submetida durante a estabilidade acelerada.
por espectrofotometria, nos dias 1, 7, 15, 30, 45, 60 e 90 dias de análise quando submetido às
condições de estresse. Foi observado que, quando submetido à luz indireta, estufa (45o C ± 2º
C) e ao ciclo de congelamento/descongelamento, a concentração de ácido alfa-lipóico tanto da
emulsão A 1 quanto B 1 diminuiu significativamente, com variação maior que 10% após o 15o
dia de análise (Figuras 65 e 66). A concentração ácido alfa-lipóico incorporado às emulsões foi
calculada utilizando a Equação V obtida através da curva analítica do material de referência do
ácido apresentada no item 4.2. do Capitulo 1 deste trabalho.
Figura 65. Gráfico do doseamento do ácido alfa-lipóico na emulsão A 1 realizado pelo período
de 90 dias de análise
Figura 66. Gráfico do doseamento do ácido alfa-lipóico na emulsão B 1 realizado pelo período
de 90 dias de análise
Foi possível observar através do teste de curva de fluxo, representado nas Figuras 67 a
69 que as emulsões apresentaram característica não-Newtonianas, ou seja, as amostras
sofreram deformação quando submetidas à tensão de cisalhamento, não apresentando,
portanto, viscosidade constante. Essa característica, ou seja, a não proporcionalidade entre a
tensão e a taxa de cisalhamento é típica de um comportamento não-Newtoniano (SCHRAMM,
2006). As emulsões A 1 e B 1 foram caracterizadas como tixotrópicas, pois apresentaram
diminuição da viscosidade com o cisalhamento e valor da área de histerese evidenciado na
tabela XXIV.
limite de escoamento (τ0), índice de comportamento de fluxo (n) e índice de consistência (K) e
estatístico de coeficiente de correlação (r). O coeficiente de correlação foi superior a 0,99 para
todas as curvas ajustadas, o que mostrou a adequabilidade do modelo utilizado. O índice de
correlação mede a proporção da variação total da média explicada pela regressão. Os dados
reológicos ajustados com o modelo de Herschel-Bulkley estão apresentados na tabela XXV
n
τ = τ0+ K (equação XVI)
Tabela XXV. Parâmetros matemáticos que descrevem cada emulsão pelo modelo de Herschel
Bulkley’s
Emulsões τ 0 (Pa) K n r
fluir foi significamente baixa (apresentando valores negativos); portanto, as emulsões fluem
com bastante facilidade, provavelmente por apresentarem baixos valores de viscosidade, que
representa a resistência ao fluxo.
A idéia de limite de escoamento é que existe uma tensão limite abaixo da qual uma
amostra se comporta como um sólido: a tensão deforma a amostra e essa deformação
desaparece uma vez retirada a tensão. Acima do limite de escoamento a amostra realmente
começa a fluir, levando a uma deformação ilimitada. A tensão é relacionada com a taxa de
deformação, sendo a viscosidade o fator de correlação (SCHRAMM, 2006). Alguns exemplos
de materiais que exibem limite de escoamento são produtos alimentícios (maionese, ketchup),
cosméticos (maquiagem, gel de cabelo, espumas de barbear, cremes), pastas, emulsões, géis
poliméricos, suspensões, tintas, fluidos de perfuração de petróleo, argilas entre outros
(ALEXANDROU et al., 2009).
Segundo ALEXANDROU et al., 2009 o limite de escoamento e os efeitos de tixotropia
estão intimamente ligados e um não pode ser estudado sem os efeitos do outro, prova disto é
Figura 73. Reograma da varredura de tensão da emulsão A (G’ verde, G” azul, η* rosa)
(triplicata).
Figura 74. Reograma da varredura de tensão da emulsão A 1 (G’ verde, G” azul, η* rosa)
(triplicata).
Figura 75. Reograma da varredura de tensão da emulsão B 1 (G’ verde, G” azul, η* rosa)
(triplicata).
comportamento bem estruturado para toda a faixa de frequência aplicada, já que os valores de
G’ (módulo de armazenamento) são superiores aos valores de G” (módulo de perda).
No reograma da emulsão B 1, (figura 78) também é mostrado que os valores de G’ e
G” se cruzam, um fator chamado crossover com valor de 416,8 Pa. Este ponto determina a
mudança de comportamento da formulação, evidenciando que durante o cisalhamento houve
alteração do comportamento.
crossover
Foi observado nos reogramas representados pelas Figuras 79 a 82, que as emulsões A
e A 1 foram resistentes à tensão para começar a fluir e não apresentaram uma grande
deformação em relação a emulsão B 1, que flui com maior facilidade e consequentemente
apresenta maior deformação. Em ambas as emulsões ocorreu a recuperação da parte elástica,
sendo que essa recuperação fica mais evidente na emulsão A. Essa resposta é bastante
comum em sistemas poliméricos. Já na emulsão B 1, figura 81, a recuperação foi praticamente
insignificante quando comparada com as emulsões A e A 1.
Foi possível observar, sob microscopia de luz polarizada, áreas anisotrópicas indicando
presença de fases líquido-cristalinas do tipo lamelar.
A fase lamelar, ao se formar, apresenta um estado intumescido pelo fato da água ser
adsorvida entre as camadas de tensoativo, formando o domínio hidrofílico do cristal líquido. A
água situada entre as lamelas se ligam, devido às fortes interações entre suas moléculas e os
grupos polares dos tensoativos. Isto não permite a perda de água por evaporação,
necessitando de maior energia que a disponível à temperatura da superfície cutânea para
evaporar (CHORILLI et al., 2009).
As curvas de SAXS para sistemas líquido cristalinos (figuras 87 a 90) exibem picos,
cujo número e razão entre as distâncias de correlação permitem determinar o tipo de arranjo
que os átomos formam na matriz (OTTO et al., 2010)
É possível uma distância média d, entre partículas vizinhas (ou dois planos paralelos) a
partir do valor de posição máximo (q max), empregando a relação:
Os resultados das medidas de SAXS estão coerentes com os resultados obtidos por
microscopia óptica de luz polarizada, identificando fase lamelar para todas as emulsões
estudadas sendo elas A, A 1, B e B 1.
Através dos resultados de estabilidade foi possível concluir que a formulação A 1 não
se mostrou estável em todos os requisitos avaliados nos testes de estabilidade, pois o odor da
emulsão foi modificado intensamente ao longo do tempo de realização dos ensaios durante o
estudo da estabilidade acelerada, ou seja, provavelmente houve incompatibilidade do ácido
alfa-lipóico com os outros componentes da emulsão, uma vez que na emulsão A não foi
observado alterações no odor. A emulsão B 1 permaneceu estável na maioria dos requisitos
analisados, sendo assim foi eleita a melhor formulação para a incorporação do ácido alfa-
lipóico.
11.1. Pele
A pele é o maior órgão do corpo, sendo responsável por mais de 10% da massa
corporal e possibilita o corpo interagir mais intimamente com o ambiente. A pele é composta
por quatro camadas: a camada córnea (epiderme inviável) e as restantes camadas da
epiderme (epiderme viável), derme e subcutâneo. Há também diversos apêndices associados:
folículos pilosos, dutos de suor, glândulas apócrinas e as unhas. Muitas das funções da pele
podem ser classificadas como essenciais para a sobrevivência da maior parte dos mamíferos e
dos seres humanos em um ambiente relativamente hostil. Num contexto geral, essas funções
podem ser classificadas como de proteção, manutenção da homeostase ou perceber
mudanças do ambiente. A importância do seu papel protetor e homeostática da pele é ilustrada
em um contexto por sua propriedade de barreira. Isto permite a sobrevivência dos seres
humanos em um ambiente de temperatura variável, teor de água (umidade e banhos) e a
presença de riscos ambientais, tais como produtos químicos, bactérias, alérgenos, fungos e
radiação. A pele é um órgão importante para a manutenção da homeostase do corpo,
especialmente em termos de sua composição, regulação de calor, controle da pressão
sanguínea e funções excretoras (WALTERS, 2002).
Tem sido argumentado que a taxa metabólica basal de animais diferentes em tamanho
deve ser dimensionado para a superfície do corpo para manter uma temperatura constante
através do controle da termorregulação da pele (NEVILL, 1994).
de nicotina para fumantes), (c) para efeitos de superfície (por exemplo, protetores solares,
cosméticos e antiinfecciosos), (d) para atingir tecidos mais profundos (por exemplo,
antiinflamatórios não - esferoidais [AINEs] para inflamação muscular) e (e) não desejados de
absorção (por exemplo, solventes no local de trabalho, produtos químicos agrícolas, ou
alérgenos) (WALTERS, 2002).
11.2.1. A epiderme
A principal função da epiderme é a formação do estrato córneo, a camada heterogênea
mais externa da epiderme e possui aproximadamente de 10 – 20 µm de espessura. Esta
camada mais externa da epiderme apresenta células achatadas na forma hexagonal e
sobrepostas, e essas células conhecidas também como corneificadas ficam embebidas na
matriz extracelular lipídica. Cada célula é de aproximadamente 40μm de diâmetro e 0,5 mm de
espessura. A espessura, no entanto, varia, pode ser de uma ordem de magnitude maior em
algumas áreas como as palmas das mãos e solas dos pés, áreas do corpo associadas com a
interação direta e substancial física freqüente com o meio ambiente físico. Não
surpreendentemente, a absorção de algumas substâncias, tais como salicilato de metila, é
mais lenta nestas regiões do que através da pele de outras partes do corpo (WALTERS, 2002).
O estrato córneo tem propriedades de barreira e isso pode ser em parte relacionada à
sua alta densidade (1,4 g/cm3, no estado seco), sua superfície de pequena área permite a
passagem de substâncias (que é agora reconhecido que a maioria das substâncias permeiam
a pele através de regiões intercelulares do estrato córneo com uma largura inferior a 0,1 μm).
Cada célula do estrato córneo é composto principalmente de queratina insolúvel (~ 70%) e
lipídios (~ 20%), contribuindo com cerca de 5% do peso do estrato córneo.
11.2.2. A derme
Junto da derme é encontrada uma extensa rede vascular, que prevê a nutrição da pele,
reparo e respostas imunes e, para o resto do corpo, a troca de calor, a resposta imune e
regulação térmica. A taxa de fluxo de sangue para a pele é de cerca de 0,05 mL min-1 cc-3, os
vasos sanguíneos da pele derivam do tecido subcutâneo, com uma rede arterial suprindo a
camada papilar, os folículos pilosos, o suor e as glândulas apócrinas, a região subcutânea,
bem como a própria derme. Estas artérias suprem as arteríolas, os capilares, vênulas e, dali,
para as veias (WALTERS, 2002).
11.2.3. A hipoderme
Também serve como uma âncora para a pele se ligar com o músculo subjacente. Os
fibroblastos e adipócitos podem ser estimulados pelo acúmulo de líquido intersticial e do
sistema linfático dentro da pele e do tecido subcutâneo (WALTERS, 2002; BENY, 2000;
MORGANTI et al., 2001; SZUBA & ROCKSON, 1997).
A unha sob muitos aspectos pode ser considerada como vestigial em humanos. No
entanto, algumas funções de proteção podem ser atribuídas. Certamente a composição da
placa ungueal, as camadas de células queratinizadas achatadas e densas, mas um pouco
elástica, vai proporcionar certa proteção da falange terminal altamente sensível. As células da
lâmina ungueal originários da matriz ungueal e distalmente crescem a uma taxa de cerca de
0,1 mm / dia.
que a permeabilidade da água in vivo e in vitro aumentou após leves alterações superficiais na
epiderme. SCHAEFER et al., (1977) mostraram que na pele psoriática, as concentrações do
fármaco (triamcinolone acetonide) na epiderme e derme eram da ordem de 3 a 10 vezes maior
do que na pele normal. Um aumento semelhante foi observado quando o SC foi removido por
decapagem antes da aplicação da droga.
A maioria dos fármacos aplicados na pele possui ação nas camadas mais profundas da
pele, portanto necessitam permear o estrato córneo para chegar ao seu local de ação.
Considerando a constituição e o efeito protetor do estrato córneo, vários fármacos podem
apresentar dificuldades em atravessar essa barreira e atingir seu sítio de ação (Barry, 2004).
As maneiras gerais para os fármacos alcançarem a epiderme viável são: via
transepidérmica ou via transapêndices. Pela via transepidérmica, o fármaco pode percorrer
dois caminhos: a via transcelular e a via intercelular. Por meio da via transcelular o fármaco
passa pelas estruturas lipídicas do estrato córneo (membrana celular) e pelo citoplasma dos
queratinócitos, encontrando estruturas lipofílicas e hidrofílicas, o que lhe dificulta a permeação.
A via mais comum de permeação é a via intercelular, em que o fármaco passa pela
matriz extracelular, de características hidrofílicas, conforme a ilustração da Figura 92
(TROMMER, 2006).
Figura 96. Célula de difusão do tipo Franz empregada nos estudos de permeação cutânea in
vitro (BARRY, 1983; SASSON, 2006)
O sistema de difusão utilizando as células do tipo Franz pode ser formado por 6 células
um número capaz de avaliar a permeação, compostas basicamente de compartimento doador,
onde o produto testado e depositado, compartimento receptor, contendo solução na qual o
ativo será difundido e a membrana que tem papel de barreira na absorção (FRANZ, 1975),
Figura 97. Fotografia do sistema de difusao composto de seis celulas do tipo Franz, conforme
o equipamento utilizado (HANSON RESEARCH FLOWSCIENCE-POLYSCIENCE)
A maioria dos projetos de célula estática são baseadas em publicações por Franz em
meados dos anos 1970 (FRANZ, 1975, 1978). Também foram utilizados nos testes iniciais em
comparações para métodos in vitro - in vivo. Também é interessante notar que as informações
podem ser obtidas através de outras membranas de pele, mas os resultados devem ser
tratados com cautela. Membranas de vários modelos foram utilizados, incluindo o acetato de
celulose (BARRY E EL EINI, 1976) e zeólitas (DYER et al., 1979). É evidente que a maioria das
informações sobre os mecanismos de penetração foi obtida em estudos de permeação in vitro
e de 1940 a 1980 há um vasto conjunto de dados.
Ao longo das décadas, a atenção tem sido dada à penetração de água e é interessante
que essa pequena molécula polar tenha uma profunda influência sobre as propriedades de
barreira da pele. É um intensificador, como a pele hidratada é, em geral, mais permeável do
que a pele não-hidratada, mas até hoje o mecanismo exato de ação não é claro. Várias
publicações analisaram a permeação da água, sendo exemplos BENTLEY and GRICE (1967),
BLANK (1952, 1953), BURCH & WINSOR (1946), DELONG et al. (1954), IDSON (1973);
SCHEUPLEIN & MORGAN (1967).
Diferentes tipos de amostras de pele podem ser usadas em sistemas in vitro: pele de
espessura total, que integra o estrato córneo, epiderme viável e derme; pele dermatomizada
(espessura parcial) em que a derme profunda foi removida e membranas epidérmicas,
incluindo a epiderme viável e estrato córneo. Várias orientações especificam o intervalo de
espessura da pele que podem ser utilizados e afirmam que a espessura da pele deve ser
medida e reportado nos resultados.
Estudos têm demonstrado que o tipo do tecido da pele é o maior contribuinte para a
relativa e elevada variabilidade observada nos testes in vitro (KASTING et al., 1994).
Geralmente é reconhecido que a absorção de compostos lipofílicos no fluido receptor é
reduzido significativamente através da pele de espessura total em comparação com a pele de
espessura parcial por causa da resistência de difusão da derme para ativos hidrofílicos quando
comparados com ativos lipofílicos. A influência da espessura da pele (espessura total da pele
versus dermatomizada) foi investigada utilizando compostos químicos com diferentes
coeficientes de partição octanol-água (P), incluindo a cafeína (log P -0,01), testosterona (logP
3,3), propoxur (logP 1,5) e butoxietanol (logP 0,83) (WILKINSON et al., 2006).
Com o controle cada vez mais rigoroso em relação ao uso de animais de laboratório,
há a necessidade de desenvolver e padronizar testes in vitro que possam detectar a toxicidade
de produtos para uso em seres humanos, principalmente aqueles de aplicação clínica, que não
devem causar reações adversas e nem lesar o organismo do paciente.
Os métodos in vitro apresentam vantagens em relação aos in vivo tais como poder
limitar o número de variáveis experimentais, obter dados significativos mais facilmente além do
período de teste ser, em muitos casos, mais curto.
A primeira tentativa para realizar o cultivo celular de tecidos foi iniciada no século XIX,
quando em 1907 o pesquisador Ross Harrison implantou pequenos fragmentos de tubo neural
de rã em coágulos de linfa da mesma espécie e observou ao microscópio a migração de fibras
nervosas. Em 1912, o pesquisador Aléxis Carrel, observou que quando o plasma era
coagulado, era um excelente suporte para fragmentos de tecidos, mas não continha as
substâncias necessárias para o crescimento e que, com a adição de extratos de embriões ou
de tecidos era possível a proliferação celular. Como Carrel conhecia muito bem as técnicas de
assepsia, ele conseguiu manter por 34 anos uma linhagem de fibroblastos de galinha (RIZZO,
TUCHIYA & MARTINEZ, 1983).
Por volta dos anos 40, teve início o desenvolvimento dos meios líquidos e a descoberta
dos antibióticos o que facilitou e muito os experimentos com cultura de células, o que deu início
neste momento, a base de diversas pesquisas. A primeira linhagem celular infinita isolada a
partir de tecido subcutâneo de camundongo, recebeu o nome de linhagem L. Desta linhagem,
em 1948, por técnicas de clonagem ocorreu o isolamento de uma nova linhagem denominada
NCTC clone 929, até hoje utilizada nos estudos de toxicidade (RIZZO, TUCHIYA & MARTINEZ,
1983; FRESHNEY, 1987).
Por volta de 1952, Dulbeco e Moscona introduziram o uso da tripsina, usada para
dissociar as células dos tecidos e com isso obter réplicas da culturas idênticas, impulsionando
Desde então, as técnicas de culturas celulares são amplamente empregadas, pois são
econômicas, relativamente fáceis de serem mantidas e requerem pouco espaço físico. Podem
ser utilizadas para preparar antígenos, anticorpos monoclonais, produzir vacinas, no
isolamento de microrganismos, particularmente muitos vírus e ainda na avaliação da toxicidade
dos mais variados produtos incluindo os cosméticos (CRUZ, 2003).
No mesmo ano, GUESS et al., (1965) descreveram o método de difusão em ágar, onde
a monocamada celular era sobreposta por uma camada de ágar e os materiais a serem
testados eram colocados sobre esta camada evitando, assim, os problemas apresentados
quando colocados diretamente em contato com a monocamada celular.
12. OBJETIVO
Acessórios: bécker, bastão de vidro, espátulas, tubos de ensaio, estante para tubos de
ensaio, pinça, pipeta de Pasteur, fita adesiva (3M, Scotch 550), papel de filtro qualitativo,
balões de diluição, pipeta graduada, micropipetas, pipetas multicanal, placas para ELISA de 96
poços, garrafas de cultivo celular, tubos falcon estéreis de 15 e 50 mL, luz UV, luvas cirúrgicas
descartáveis e frascos de vidro estéreis.
Equipamentos: balança analítica (Gehaka, BG 2000), Célula de difusão do tipo Franz (Hanson
Research Flowscience-Polyscience), agitador (Minishaker JK, MS1), banho de ultrassom
(QUIMIS, Q-335D), espectrofotômetro de UV/VIS (UV-VIS, Hewlett Packard® KAIAK-XA-
modelo 8453), centrifuga ( eppendorf S 810 R), estufa de CO 2 para cultura (shel Lab), leitor de
placas (Bio-Rad, modelo 550), fluxo laminar (VECO), pHmetro (MARCONI), microscópio óptico
13.2. Métodos
Permeação cutânea
A permeação de substâncias ativas na pele depende de dois passos consecutivos:
liberação dessa substância pelo veículo e penetração cutânea. As substâncias ativas
incorporadas em veículos inadequados podem penetrar pouco ou quase nada na pele.
Baseado neste fato, é possível considerar que estudos prévios são necessários sobre a
liberação do ativo para a realização do teste de permeação cutânea. Para determinar a
liberação ou cedência do ácido alfa-lipóico das emulsões O/A, o teste de permeação
propriamente dito e os testes de retenção no estrato córneo e na epiderme/derme
(ALENCASTRE et al., 2006; BENTLEY, 1994; RIEGER, 1996).
Para este teste, as membranas sintéticas hidrofílicas de acetato de celulose (nitrato 70-
80% e acetato), com tamanho de poro de 0,45 µm foram colocadas sobre as células de difusão
em contato com o meio receptor (7 mL de tampão fosfato pH = 7,4, contendo 1% de
polissorbato 80 (polysorbate 80)). Sobre as membranas, foram adicionados 250 mg (dose
infinita) das emulsões A 1 e B 1 contendo ácido alfa-lipóico. Os experimentos foram conduzidos
a 37± 0,2o C e a solução receptora constantemente agitada a 300 rotações por minuto (rpm). O
meio receptor foi coletado após 2, 4 e 8 horas e a concentração de ácido alfa-lipóico foi
determinada por espectrofotometria UV no comprimento de onda de 334 nm. Este experimento
foi realizado seis vezes utilizando as emulsões base A e B como branco.
Em que,
A quantidade liberada em μg/mL de ácido alfa-lipóico calculada pela equação XVII foi dividida
pela área de exposição para liberação, obtendo-se a quantidade liberada da substância ativa
em μg/cm2.
k = Δ[ ] / Δt (equação XVIII)
Em que,
Para a realização do teste de permeação cutânea, foi utilizada pele de orelha de porco
(figuras 98 e 99), obtida do Frigorifico Olho D’água da cidade de Ipuã no estado de São Paulo.
As orelhas inteiras e com pelo foram limpas e dermatomizadas imediatamente após a
aquisição (Figura 100). As peles foram mantidas em temperatura a -5 ± 2° C e, após 24 horas,
foram utilizadas para a realização do teste.
A pele de orelha de porco dermatomizada foi colocada sobre as células de difusão com
a derme em contato com o meio receptor (7 mL de tampão fosfato pH = 7,4, contendo 1% de
polisorbato (polysorbate 80)). No estrato córneo foram exatamente pesados e adicionados 270
mg da emulsão A 1 e exatos 265 mg da emulsão B 1 contendo ácido alfa-lipóico. Os
o
experimentos foram conduzidos a 37 ± 0,2 C e a solução receptora constantemente agitada a
300 rotações por minuto (rpm). O meio receptor foi coletado após 2, 4 e 8 horas
respectivamente e a concentração de ácido alfa-lipóico foi determinada através de
espectrofotometria UV. Este experimento foi realizado seis vezes e foram utilizadas como
branco, as emulsões base A e B.
A quantidade em μg/mL de ácido alfa-lipóico permeado para o meio foi determinado através da
equação XVII, descrita no item 13.2.1 deste capitulo.
A quantidade permeada em μg/mL de ácido alfa-lipóico calculada pela equação XVII foi dividida
pela área de exposição para permeação, obtendo-se a quantidade permeada da substância
ativa em μg/cm2.
Figura 98. Pele de orelha de porco dessecada Figura 99. Pele de orelha preparada para
dermatomização
Figura 100. Pele de orelha de porco dermatomizada e cortada no tamanho adequado para a
realização do ensaio de permeação cutânea.
Para a realização deste teste, todas as peles sem o estrato córneo foram cortadas com
tesoura e transferidas para tubos Falcon contendo 4 mL de metanol e foram sonicados durante
30 minutos. A solução final foi analisada para quantificação do ácido alfa-lipóico retido nas
camadas de epiderme e derme por espectrofotometria UV (CASAGRANDE et al., 2007;
OLIVEIRA et al., 2007).
Para a elaboração da curva analítica para a quantificação do ácido alfa lipóico no teste
de retenção estrato córneo e epiderme/derme foi preparda uma solução estoque com 200 mg
de ácido alfa-lipóico padrão secundário (matéria prima) em 1oo mL de metanol (PA) obtida uma
concentração estoque de 2 mg/mL. A partir desta solução estoque, foram preparadas diluições
nas concentrações reais de: 0,17396, 0,34881, 0,53538, 0,73834, 0,95121, 1,15338 e 1,36594
mg/mL. O coeficiente de regressão linear, e a equação da reta foram determinados.
As células HepG2, doadas pela (profa Dra Ana Paula de Melo Loureiro da FCF-USP,
São Paulo) foram cultivadas em meio de cultura DMEM (Sigma) suplementado com 10% de
Soro Bovino Fetal (Cultilab) e antibióticos (penicilina 100 U/mL; estreptomicina 0,1 mg/mL). As
culturas foram mantidas a 37 °C em atmosfera de 5% de CO 2. As células com confluência de
80 a 90% foram tripsinizadas e centrifugadas a 1200 rpm por 3 minutos, neutralizada a tripsina
com DMEM com soro e semeadas em frascos de 25 cm2. As células foram então semeadas
em placas de 96 poços e a densidade celular para os ensaios de citotoxicidade (MTT) foi de
1,0 x 106 células.
Foram também cultivadas as células HaCaT doadas pela Dra Luiza Villa do Instituto
Ludwig, São Paulo que são queratinócitos imortalizados de pele, as quais foram cultivadas em
DMEM de acordo com o protocolo acima descrito.
além dos limites da área de aplicação, 3) persistência da reação por vários dias,
associadamente a prurido local, 4) reprodução da mesma reação com concentrações menores
e 5) melhora com a interrupção do uso do propilenoglicol. Observaram uma taxa de 1,5% de
reações indicativas de dermatites de contato aguda (DCA). Citam como demais taxas de
positividade descritas por outros autores: 3,8% e 4,8%.
Curva analítica do ácido alfa - lipóico utilizando como solvente solução tampão fosfato
pH 7,4 com 1% de polissorbato 80.
0,9
0,8
0,7
0,6
absorbância
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4
concentração mg/mL
Figura 102. Curva analítica do ácido alfa – lipóico padrão secundário, r = 0,99975 e equação
da reta y= - 0,0076 + 0,596x.
2 0 0 0 0 0
agentes ativos pela pele diminuiu com o aumento da viscosidade do veículo, verificando uma
relação inversa entre viscosidade e absorção do ativo.
As Figuras 103 a 105 exibem o perfil de liberação das duas formulações em estudo de
acordo com modelos matemáticos de cinética de ordem zero, primeira ordem e pseudoprimeira
ordem (ou Higuchi), respectivamente.
320
200
300
150 280
(g/cm )
2
(g/cm )
2
260
100
real
2
50
r = 0,8667
Q
Q
220 Y= 16,80692X + 192,63692
2
r = 0,99961
200
0
180
2 3 4 5 6 7 8 0 2 4 6 8
0,80
0,6
0,75
0,5
0,4 0,70
2
2
log % / cm
log % / cm
0,3
0,65
Y= 0,08607X - 0,045
0,2
r2= 0,84241 0,60
Y= 0,03393X + 0,485
2
0,1 r = 0,99587
0,55
0,0
2 3 4 5 6 7 8 2 3 4 5 6 7 8
3,0 3,0
2,8 2,8
2,6 2,6
2,4 2,4
(g/cm2)
(g/cm2)
2,2 2,2
2,0 2,0
real
real
1,8 1,8
Q
Y= 0,01213X - 0,81447
Q
1,6 1,6
2
Y= 1,34474x + 0,00593 r = 0,97765
1,4 2 1,4
r = 0,90922
1,2 1,2
0 50 100 150 200 180 200 220 240 260 280 300 320
1/2 1/2
Tempo (horas) Tempo (horas)
A análise do coeficiente de correlação linear (R2) das curvas de liberação in vitro foram
utilizadas para determinar a ordem de reação. Os resultados estão apresentados na Tabela
XXVII.
Tabela XXVII – Determinação da ordem de reação da liberação in vitro do ácido alfa-lipóico a
partir das formulações A 1 e B 1 (utilizando o parâmetro de coeficiente de correlação linear
(R2).
Ordem da Liberação
formulação Zero ordem Primeira ordem Ordem de Ordem da
Higuchi reação
A1 0,8667 0,84241 0,90922 Higuchi
B1 0,99961 0,99587 0,97765 Zero ordem
Os resultado obtidos para a emulsão A 1 são condizentes com a literatura, uma vez
que a presença de polímeros em formulações retarda e controla a liberação do ácido alfa-
lipóico. Em um trabalho de revisão desenvolvido por LOPES, LOBO & COSTA., 2005, é
discutido que a presença de polímeros hidrossolúveis e principalmente o
hidroxipropilmetilcelulose (HPMC) retarda a liberação de ativos em sistemas emulsionados. Em
um outro trabalho desenvolvido por MONTEIRO et al., 2007 é comprovado que em relação à
Para a emulsão B 1 o modelo matemático mais adequado foi de zero ordem, onde a
dissolução ocorre a uma velocidade constante, sendo independente da concentração do ativo
(MONTEIRO et al., 2007). Neste caso é possível dizer que a liberação do ácido alfa-lipóico na
emulsão B 1 aconteceu obedecendo uma constante de proporcionalidade. Os sistemas que
seguem este perfil liberam a mesma quantidade de ácido alfa-lipóico por unidade de tempo, o
qual é o modelo ideal para os sistemas de liberação controlada e prolongada.
A1 61,02
B1 32,32
O ensaio de permeação cutânea realizado neste trabalho foi feito em três etapas: o
teste de permeação cutânea, que avaliou e quantificou a concentração de ácido alfa – lipóico
permeado, podendo ser absorvido pela corrente sanguínea; o teste de retenção no estrato
córneo, verificando a retenção do ácido alfa-lipóico na região mais externa da pele,
protegendo-a assim apenas superficialmente; e o teste de retenção epiderme/derme, avaliando
se o ácido alfa-lipóico ficou retido nesta região e com isso, podendo agir nas camadas mais
profundas da pele.
2 0 0 0 0 0
Os resultados obtidos mostram (Tabela XXIX) que o ácido alfa - lipóico incorporado na
emulsão A 1 demorou mais tempo para permear a pele de porco, porém houve maior retenção
na epiderme/derme em relação a emulsão B 1. Este resultado é favorável, pois a maior parte
das reações oxidativas ocasionadas pela radiação UV ocorrem na epiderme viável e na derme,
e uma vez que o ácido alfa – lipóico possui atividade antioxidante, pode agir nesta região no
As Figuras 107 a 109 exibem o perfil de permeação das duas formulações em estudo
de acordo com modelos matemáticos de cinética de zero ordem, primeira ordem e
pseudoprimeira ordem (ou Higuchi), respectivamente.
160
140
220
120
100 200
Q real (g/cm2)
Q real (g/cm2)
80
180
60
40 Y= 20,53143X - 8,78
2 160
20 r = 0,8266 Y= 13,9X + 99,24
2
r = 0,96791
0
140
-20
2 3 4 5 6 7 8 2 3 4 5 6 7 8
0,65
0,4
0,60
0,3
0,55
2
2
log % / cm
log % / cm
0,2
0,50
0,1
Y= 0,06071X - 0,03
2 0,45
r = 0,83765 Y= 0,03536X + 0,315
2
0,0 0,40
r = 0,9585
2 3 4 5 6 7 8 2 3 4 5 6 7 8
160 220
140
120 200
(g/cm2)
100
(g/cm2)
80 180
60
real
real
40 160
Q
20 2
2
r = 0,87522 r = 0,92717
0 140
-20
1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0
1/2 1/2
Tempo (horas) Tempo (horas)
Ordem da permeação
formulação Zero ordem Primeira ordem Ordem de Ordem da
Higuchi reação
A1 0,8266 0,83765 0,89 Higuchi
B1 0,96791 0,9585 0,92717 Zero ordem
A1 37,77
B1 23,19
Curva analítica do ácido alfa - lipóico utilizando como solvente metanol (PA)
1,0
0,8
absorbância
0,6
0,4
0,2
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4
concentração mg/mL
Figura 111. Curva analítica do ácido alfa-lipóico padrão secundário r= 0,99855, equação da
reta y= 0,07021 + 0,65282x
Tabela XXXII. Valores das concentrações em µg/cm2 de ácido alfa - lipóico retido no estrato
córneo e na epiderme/derme.
Tempo (horas) Retido na Retido na % Retida na % Retida na
epiderme/derme epiderme/derme epiderme/derme epiderme/derme
2 2 2
µg/cm **EA 1 µg/cm **EB 1 µg/cm **EA 1 µg/cm2 **EB 1
8 237,29 141,24 7,77 2,66
Tempo (horas) Retido no Retido no % Retida no % Retida no
estrato córneo estrato córneo estrato córneo estrato córneo
2 2 2
µg / cm **EA 1 µg / cm **EB 1 µg / cm **EA 1 µg / cm2 **EB 1
8 0 0 0 0
O ensaio de citotoxicidade foi realizado através da metodologia do MTT que tem, como
princípio, a determinação da habilidade de células vivas em reduzirem 3-(4,5-dimethyl-2-
thiazolyl)-2,5-diphenyl-2H-tetrazolium bromide (MTT, Sigma), formando cristais insolúveis de
formazana de coloração violeta.
Para este teste foram escolhidas duas linhagens celulares; HepG2 (células de
hepatoma metabolicamente competentes) e HaCat (queratinócitos metabolicamente
incompetentes). Essas células foram semeadas em placas para ELISA de 96 poços, incubadas
por 24 horas em estufa de CO2 a 37o C e depois deste período de incubação tratadas com
solução de meio DMEM contendo 2% de propilenoglicol acrescidas de ácido alfa – lipóico de
modo que foram obtidas seis soluções com concentrações diferentes de ácido alfa – lipóico,
sendo elas; 0,125; 0,25; 0,5; 1,0; 1,25; 1,5 mg/mL. Após o tratamento as células foram
novamente incubadas em estufa de CO2 a 37º C durante 24 horas.
Após as 24 horas de incubação, as soluções de tratamento dos 96 poços foram
retiradas e foram adicionadas aos 96 poços 100µl da solução de MTT. Após a adição do MTT
foi necessário aguardar 5 horas para revelar a placa com álcool isopropílico e realizar a leitura
da placa em leitor de placas no comprimento de onda de 540 nm com refletância de 630 nm.
O valor de células vivas foi calculado, representando a citotoxicidade de cada
tratamento, segundo proposto por ZHANG et al., 2004.
Os resultados mostraram que mais de 90% das células tratadas somente com a
solução de meio DMEM contendo 2% de propilenoglicol morreram, sendo que a quantidade de
células vivas é proporcional ao aumento da concentração de ácido alfa – lipóico, o que prova
que o ácido agiu de maneira eficaz prevenindo a morte celular causada pelo propilenoglicol. Na
figura 112 esse resultado fica mais representativo através da construção de um gráfico.
100
90 HaCat
80 HepG2
70
60
% células vivas
50
40
30
20
10
substâncias químicas, o teste tem que ser aplicado com precauções quando as substâncias
com potencial redutor intrínseca são testadas.
Muitas células são usadas para determinar a relação entre o número de células e da
quantidade de formazan gerados e a duração da incubação de células com MTT conforme
relatado por MOSMANN (1983).
Antoxidantes são muitas vezes adicionados ao meio de cultura celular como agentes
citoprotetor (BRUGGISSER et al., 2001). Em uma pesquisa de citotoxicidade in vitro realizada
por YAMAMOTO & GAYNOR, 2001, o ácido alfa – lipóico interagiu com mediadores cruciais
dos processos inflamatórios e da carcinogenese. Este potencial esta ligado a sua capacidade
antioxidante (PACKER , WITT & TRITSCHLER, 1995; SALOIU et al., 1999). A ativação de NF-
kB é comum em processos de estresse oxidativo nas células e substâncias com potencial
antioxidante são descritas como inibidoras da ativação de NF-kB. Em uma outra pesquisa
realizada por PODDA et al., 2001 mostrou que somente o potencial antioxidante do ácido alfa –
lipóico além de impedir a ativação de NF-kB também impede o fator de transcrição de outro
pró-inflamatório o AP-1.
15. Conclusão parcial
Através do teste de permeação foi possível concluir que a permeação do ácido alfa-
lipóico através da pele pode sofrer influência das características reológicas das emulsões
utilizadas neste estudo, uma vez que o ácido alfa-lipóico incorporado na emulsão B 1 permeou
a pele mais rápido e em maior quantidade quando comparado com o ácido incorporado na
emulsão A 1. Essas emulsões apresentaram características reológicas diferentes.
Nos testes de citotoxicidade, os resultados mostraram que o ácido alfa-lipóico é um eficiente
protetor das células frente ao propilenoglicol que já é conhecido na literatura por apresentar
alguns danos às células.
0
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