Guerreiros Vikings 1 - Viking T - Emmanuelle de Maupassant
Guerreiros Vikings 1 - Viking T - Emmanuelle de Maupassant
Guerreiros Vikings 1 - Viking T - Emmanuelle de Maupassant
Guerreiros Vikings #1
Emmanuelle de Maupassant
Leabhar Books
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Título Original: Viking Thunder
Copyright© 2017 por Emmanuelle de Maupassant
Copyright da tradução© 2020 Leabhar Books Editora Ltda.
Tradução: Vanessa Thiago Rodrigues
Revisão: R Cappucci
Diagramação: Jaime Silveira
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Índice
Página do título
Direitos autorais
Glossário
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Epílogo
Leia... em 'Viking Wolf'
Sobre o autor
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Informações Leabhar Books
Glossário
Fylgja - ser ou espírito de animal que acompanhava as pessoas e
que era ligado a seu destino e sua sorte.
Ir ‘um-viking’ — invadir, saquear
jarl — o líder da comunidade
Jörmungandr — a serpente que circula a Terra e, com um
movimento de sua cauda, começará os eventos do Ragnarok
Ragnarok — eventos que trarão o final do mundo como é conhecido
skald — um bardo/contador de histórias viajante
thrall — um escravo (frequentemente capturado durante ataques)
Valknut — O símbolo de Odin — três triângulos interligados com
poder da vida sobre a morte
Prólogo
Sonhei que o musgo estava úmido sob meus pés e que as árvores
brilhavam. Um urso se aproximou rugindo e eu fiquei aterrorizado,
esperando o peso da grande pata no meu pescoço.
Em vez disso, uma mão macia e pálida me ergueu. Uma mulher
falou o meu nome e seus olhos serviram de espelho para mim. Ela me
deu a pele do urso e eu subi sobre ela, sentindo o seu calor sob mim.
Capítulo 1
Junho, 959 DC
Mal sai do banho quando a porta se abriu. Eirik entrou e algo ficou
preso em minha garganta, embora parecesse que ele viera mais por
Helka do que por mim. Ele foi direto para ela, falando rapidamente em
sua língua do norte.
Helka assentiu e virou para mim. — Há homens se aproximando a
cavalo. Nós lutaremos.
Ela parou na porta, olhando para trás. — Lembre-se do que eu disse.
Eirik me notou então, nua, com a pele arrepiada.
Dois machados pendiam em seu cinto. Um maior ainda estava preso
às suas costas.
Eu esperei por seu sorriso, aquele de um jeito preguiçoso. Em vez
disso, sua expressão era sombria, intensa.
Em um movimento rápido ele estava sobre mim, me levantando em
seus braços. Ele me agarrou por baixo das nádegas e minhas pernas se
prenderam em suas costas. Apertando o meu corpo contra sua veste de
guerra, ele me beijou, meus mamilos se esfregando no couro cheio de
nós. Tomei sua língua com minha boca, desejando devorá-lo, assim
como ele me devorava, com força. Senti uma pontada violenta na
boceta. Ele encontrou a área úmida entre minhas pernas e enfiou seus
dedos nela.
Quando nossos lábios se separaram, eu vi que seus olhos estavam
como o céu, repletos de uma tempestade que aguardava para
despencar.
Seus homens estavam esperando por ele. Ele tinha que ir. Não havia
tempo para a consumação, embora o seu pênis estivesse monstruoso.
Meus pés tocaram o chão e descobri que não tinha forças para parar em
pé.
Ele falou rapidamente.
— Eu não tenho medo da morte. Se eu morrer, meu machado estará
em minhas mãos e eu estarei com Odin. Estarei ao seu lado quando
chegar a hora do Ragnarok. Eu espero que esse dia não seja hoje,
porque quero voltar para você, e mostrar como é ser amada por um
nórdico.
Capítulo 11
Avila estava estranhamente silenciosa quando as pessoas saiam de
suas casas, subjugadas, em tristeza e choque. Nós que permanecemos
éramos uma visão lamentável. Nossos homens mais fortes foram
derrubados. Nosso grupo tinha basicamente mulheres, crianças e
idosos. Os olhos das meninas que estiveram no salão na noite anterior
mostravam abatimento, estavam pálidas. Algumas mancavam, doloridas
entre as pernas, eu supunha.
A mãe de Gridan encontrou um único sapato e o embalou com o que
antes fora do marido. Gridan a confortou, a deixou chorar.
Fui primeiro encontrar minha avó, que continuava de cama. A cada
vez que eu trazia comida e bebida eu falava pouco, embora ouvisse
muito.
Acariciando o meu rosto, eu podia ver a ansiedade ali, para deduzir a
causa.
— Estou bem, — eu a tranquilizei. — Não há por que se preocupar.
Ela olhou para mim mais atentamente.
— Há algo de novo em sua expressão, Elswyth. Em seus olhos.
Ofereci caldo em uma colher, mas ela a afastou.
— Há uma suavidade em você. Como se estivesse apaixonada.
Desviei o olhar, sem saber o que dizer. Eu não estava pronta para
dizer aquela palavra por um homem com quem passei poucas horas.
Um homem em cuja boca adormecida eu poderia ter colocado um
pedaço do cogumelo Chapéu da morte. Ele ainda estava em meu bolso.
Sua testa franziu e ela mudou de posição na cama, estremecendo.
Suas pernas haviam piorado muito ultimamente.
Apesar do sofrimento, ela sorriu.
— Esse olhar deveria estar aí há muito tempo.
Minhas bochechas coraram um pouco.
— Tenha cuidado — ela insistiu, colocando a mão na minha.
— Essa mudança não é por seu marido, não é?
Eu não tinha contado.
Seu nariz, velho como era, tinha reconhecido o cheiro de carne
queimada no dia anterior, mas ela não sabia que nosso chefe, meu
marido, estava entre os cadáveres oferecidos ao fogo.
Não havia agora nada além e ossos carbonizados, e pouco mais que
isso para fazer distinção entre eles.
— Não, não é por ele — eu disse — mas não se preocupe comigo.
Eu vou me cuidar.
Ela estava cansada de falar — Esfregue um pouco de óleo de
linhaça nos meus joelhos antes de ir, Elswyth. E coloque algumas gotas
de tintura de salgueiro branco em minha língua. Alivia a dor.
Ela se recostou no travesseiro — Eu sei que será cautelosa, mas
lembre-se, também existe o tempo para correr riscos.
Capítulo 12
Osom do metal nos alcançou com o vento, os gritos da batalha e os
lamentos dos feridos, dos moribundos.
A guarnição, ao que parecia, tinha recebido notícias de um
desembarque viking e tinha enviado seus soldados. Nossas próprias
crianças, brincando na colina acima da campina, os viram de longe e
correram para avisar sobre os homens a cavalo. Havia ironia nisso,
aquelas crianças tendo que avisar os guerreiros que mataram seus
próprios pais.
As pessoas começaram a lenta retomada à rotina doméstica.
Aproximei-me dos que estavam trabalhando nas velas, pedi que
pegassem as agulhas mais uma vez.
— Prostituta! — uma murmurou, cuspindo em meu vestido.
Elas me deram as costas.
Havia pouco que eu pudesse dizer em minha defesa. Afinal de
contas, não recebi Eirik como meu amante? No entanto, no meu
coração, eu sabia que não era o meu comportamento recente que
trouxera a punição. Elas sempre viram que eu era diferente e quiseram
me condenar por isso.
Faline manteve distância, o rosto perturbado, como eu sabia que
estava o meu. Pela mesma razão? Eu não poderia dizer. O que eu
desejava? A morte dos nórdicos? Seria justiça.
No entanto, não o fiz.
Não poderia desejar mal a Eirik ou a Helka. Ela também, com o
escudo na mão, juntara-se ao grito de guerra, correndo pela grama
longa do prado. Eu me perguntava o que as mulheres sábias dentro da
árvore de Helka haviam entalhado para seu destino, pelo de seus
homens, por Eirik.
Enviei novamente duas das crianças a seu posto de observação na
colina, para voltarem com novidades assim que as tivessem.
Fui ver as galinhas, mas havia poucos ovos para coletar, a maioria
delas foi capturada e comida.
O vento diminuiu quando o Sol se ergueu, os gritos que vinham até
nós ficando mais silenciosos.
Eu procurei em meus sentimentos e não pude negar que todos os
meus pensamentos eram para Eirik. Seu beijo permanecia dentro de
mim. Me afastei e deitei em minha cama, procurando o cheiro dele.
Não pude evitar. Toquei meus seios, onde sua boca estivera, e
depois entre minhas pernas. Se ele viesse a mim agora, eu não
resistiria, mesmo que ele me dobrasse na mesa longa do salão e me
fodesse diante dos olhos de todos os nórdicos. Eu faria o que ele
quisesse. E eu faria isso de bom grado, como uma nova flor, abrindo-se
para o Sol.
Capítulo 13
Os gritos das crianças me tiraram de meu devaneio. Os nórdicos
tinham retornado, ensanguentados e manchados de lama, com a pele
rasgada, os olhos vidrados de dor, apertando suas feridas. Não havia
um sem ferimentos.
Eirik não estava entre eles.
Corri de um lado para o outro, repetindo o nome dele, minha voz
aumentando com o medo, e então vi Helka, seu rosto cansado.
— Eirik? — perguntei.
— Ainda no campo.
Ouvi meu lamento, como se viesse da garganta de outra pessoa.
— Não, Elswyth — ela disse. — Ele não está no Valhalla.
E então eu o vi, cambaleando sob o peso de dois homens,
carregando um em cada ombro. Atrás dele, outros também carregavam
àqueles gravemente feridos, ou mortos.
Sua aparência era miserável, o rosto lavado de sangue, um olho
vermelho, inchado e já quase se fechando. Ele deitou os homens que
carregava com a ternura com a qual uma mãe colocaria um filho em sua
cama.
Eu me segurei enquanto ele se inclinava sobre eles, tocando com a
mão os seus corações e suas testas. Apesar de suas feridas, os seus
rostos estavam em paz. Não havia mais sofrimento para eles.
Outros não tiveram a mesma sorte. Helka pediu ajuda para lavar os
ferimentos e tecido para protege-los.
Eu queria apenas correr para o lado de Eirik, dizer a ele que estava
feliz por ele estar vivo, que sua vida se tornara mais importante que a
minha própria, mas também sabia que deveria ajudar Helka. Quaisquer
que fossem os defeitos dos nórdicos, eles eram do sangue de Eirik — e
do meu próprio.
— Nós devemos aplicar uma pasta de alho antes de envolver as
feridas — eu disse a ela. — E espalhe pomada de calêndula e camomila
para ajudar na cura.
Ela me puxou em um abraço e assentiu, agradecendo. Ela parecia
intocada, a não ser pelo arranhão fundo em sua bochecha. Ela sentiria a
dor na manhã seguinte.
Nós ficamos juntas, instruindo as crianças para que fossem buscar
cerveja para lavar as feridas e também para beber. Adicionamos gostas
de valeriana em todos os jarros, para dar sonolência aos homens
enquanto trabalhávamos. Agulhas que tinham consertado velas foram
lavadas em água fervente para que pudéssemos costurar a carne.
Nossas mulheres, mesmo furiosas como estavam, fizeram sua parte.
Talvez existisse algo em ver um homem sofrer que tocava o coração de
qualquer mulher não importa a circunstância. No rosto daquele homem
ferido, elas vissem o rosto de quem amam e o seu instinto em aliviar a
dor superava o seu desejo de infringi-la. Nossa natureza mais amável
vencia. Nossa força é demonstrada quando não temos outra escolha, a
não ser sermos fortes.
Por fim, apliquei mel e óleo de lavanda no rosto de Helka. Isso
ajudaria a pele a se curar e evitaria uma cicatriz grande.
Eu não tinha falado com Eirik, nem o via há algumas horas, ou a não
ser de relance. Ele se sentava com seus homens, parando em cada um
deles, olhando suas feridas, falando em sua própria língua uma palavra
para acalmar ou torcer. Eu o encontrei ao lado de um homem para quem
eu sabia que não havia esperança. Seu estômago foi rasgado por uma
lâmina, largo demais para ser costurado. Nós o atamos com firmeza e
demos a ele uma dose forte de valeriana. Quando ele dormiu, não
acordou mais. Seus olhos já estavam pesados. Ele logo partiria.
— Venha — eu disse a Eirik.
No meu quarto, preparei um banho para ele, para aliviar sua mente
perturbada. Ele perdera quase um terço de seus guerreiros na batalha.
Muitos dos que sobraram sofreram ferimentos. Eles lutaram até que os
cavaleiros da guarnição fossem poucos para continuar. Alguns tinham
galopado, sem dúvida para alertar os demais no forte, acima na costa.
Com toda certeza, mais deles chegariam em breve.
Não tinha dúvida. Eirik e seus homens deveriam partir antes do
amanhecer.
Ajudei-o a se despir, de pé em um banquinho para poder tirar sua
túnica pesada de couro. Fiquei aliviada ao descobrir que seus
ferimentos eram apenas superficiais, embora eu suspeitasse que suas
costelas estariam machucadas. Ele segurava as peças de roupa
enquanto eu as removia.
Uma mancha escura rodeava o seu pescoço, embora ele tivesse
limpado o sangue. Tentei não pensar no homem que ele trouxe.
Olhei de novamente para seu corpo, coberto de padrões, verdes e
azuis escuros. Notei que aquelas duas mangas eram formadas por
galhos de árvores com alguns nós. Sobre um ombro estava a cabeça de
uma cobra, seu corpo estendendo-se pelas costas dele. Ela não parecia
nenhuma serpente que eu conhecia. Seu corpo escamado descia em
curvas sobre sua coluna, terminando em um desenho de flechas
estranhas nas nádegas.
Ele entrou na água, colocou cautelosamente um pé, depois o outro.
Eu a aqueci mais do que o normal.
— É Jörmungandr — disse Eirik ao ver o meu interesse na cobra. —
Filho do deus Loki, irmão da deusa da morte, Hel, e do lobo Fenrir. Thor
está destinado a combater a grande serpente, que se agita no fundo do
mar, rodeando o mundo.
— Mas essa serpente está esticada.
— É Jörmungandr no final dos dias, quando solta o rabo da boca e
começa o Ragnarök.
Eu não pude deixar de tremer. A solenidade em sua voz, sua crença
nessa história, me assustava.
— Até esse dia, não temerei nenhum homem, pois os deuses dentro
de mim são fortes. — disse Eirik. — Embora tenha sido um homem que
me deu essa surra hoje, e eu não lhe agradeço por isso!
Peguei uma barra de sabão, mergulhei na água e esfreguei entre as
mãos para fazer espuma.
Eu pensei então no Valhalla, como ouvi Helka mencionar. Era o
nome que usavam para o céu, supus, que era para onde os monges
diziam que deveríamos ir se fossemos bons e honestos e honrássemos
os mandamentos de Deus.
— E para onde vamos quando morremos?
— O salão dos caídos. — Ele respondeu. — Onde Odin abriga os
guerreiros mortos que demonstraram sua coragem.
Eirik falou devagar, parando para encontrar as palavras corretas. —
O teto é dourado, feito de escudos, com lanças como vigas. Seus
portões são guardados por lobos e as águias voam por cima.
Seus olhos brilhavam intensamente enquanto ele falava. Era uma
história que imaginei que ele ouvia desde bem pequeno. Eu me
perguntava quantos anos ele tinha quando um machado foi colocado em
suas mãos para que ele fosse instruído a ser digno para se juntar a
Odin.
— Todos os dias eles lutam entre si, e todas as noites os ferimentos
são curados e se deleitam, servidos da melhor comida e bebida, direto
das mãos das donzelas de Valkyrjur.
— Claro, — interrompi, esfregando a sujeira de suas costas. — Tinha
que ter lindas donzelas.
Ele estreitou os olhos antes de decidir aceitar a brincadeira.
— E essas donzelas eram morenas ou loiras?
Eu não pude deixar de perguntar, embora não soubesse se estava
pronta para ouvir a resposta dele.
— Ambas, é claro. — Ele respondeu com um sorriso lascivo. — Pois
os homens não desejam variedade em todas as coisas? Você não
gostaria que eu escolhesse entre javalis e veados? Minha boca deseja
todos os sabores de carne.
Eu me recusei a comentar. Não era um jogo ao qual me sentia capaz
de encorajar.
Em vez disso, voltei a direção de nossa conversa para algo que era
sério.
— Você não deseja morrer? — perguntei.
— Todos nós morreremos. — disse ele. — Até as crianças sabem
disso.
Eu assenti.
— Amigos morrem, você deve morrer, e eu também. Apenas nossa
reputação permanece. — Continuou Eirik. — Vou fazer homens
cantarem depois de minha morte.
Sua mandíbula pareceu endurecer mais com esse pensamento. —
Temos um poema que chamamos de Hávamál.
— Conte. — Eu pedi. — Quero ouvir.
E eu ouvi.
Como Helka, Eirik falava sobre coisas que eu nunca ouvira. Eu
sentia uma estranha emoção em saber que ainda havia muito a
aprender sobre o mundo. Eu sabia muito, sobre caça, pesca, plantas e
medicamentos, mas havia mais.
— O poema fala: a riqueza passará, os homens passarão, você
também passará. Uma coisa só que nunca vai passar: a fama de quem
a mereceu.
— E o que significa essa? — perguntei, indicando os três chifres
interligados em seu braço.
— Esses são de Odin, que faz os homens sem esperança, ou lhes
dá força para a batalha.
Eu coloquei minha mão no meio de seu peito, onde havia um círculo
estranho de flechas pontiagudas.
Ele ergueu a mão para encontrar a minha e a segurou ali, contra sua
pele. Eu podia sentir a batida de seu coração, e o seu calor. Uma falta
de ar familiar começou a crescer em mim.
— Esse é Aegishjalmur, o que traz medo aos inimigos.
Sua pele era uma capa viva de crenças, dando-lhe poder. Falava
sobre essas coisas que significavam muito para ele, e quando olhou em
meus olhos eu pude entender que ele tinha poder sobre mim. Seu corpo
irradiava força. Não tinha nada que eu não fizesse por ele.
— Essas marcas nos mostram quem somos e de onde viemos. —
disse Eirik. — nossas raízes, nosso passado e nosso presente.
Eu hesitei, jogando água em seus cabelos. Eu tinha vergonha, mas
precisava perguntar.
— E o futuro?
Com isso ele soltou uma risada verdadeira e balançou o dedo em
minha direção.
— Somente os deuses o conhecem.
Eu me permiti um breve sorriso, enxugando o sangue que restava
em seu rosto. Agi com ternura, pressionando o pano nos vincos,
enxaguando a barba.
Toquei a velha cicatriz que corria por sua bochecha, da orelha até o
queixo.
— Foi há muito tempo — ele murmurou, vendo uma sombra passar
por meu rosto.
Ele pegou minha mão e beijou.
Quando olhou para mim novamente, seus olhos mantinham a
intensidade que eu conhecia tão bem.
Deixei minha túnica e cinto caírem, me despindo deles e entrando no
banho.
Ele guiou minha mão, escorregadia de espuma, até o seu pênis, e
quando eu subi em seu colo, minha boceta o encontrou. Ele deslizou
dentro de mim como uma enguia que entra em um poço, encontrando o
seu verdadeiro lar, seu lugar seguro.
Tirei seu cabelo do rosto, segurando-o para trás enquanto baixava
minha boca em direção a dele, encontrando lábios macios e flexíveis.
Ele tinha gosto do mel que as crianças levaram aos nórdicos, colocando
com uma colher em suas bocas e fingindo pavor quando aqueles
guerreiros veteranos fingiam devorá-las.
Eu balancei sobre ele, meu Eirik, agora subjugado. Meus seios
roçavam seu peito enquanto eu subia e descia em seu colo, meus
mamilos tensos de desejo. Suas mãos descansaram levemente sobre
meus quadris, seus olhos observando o movimento de meu corpo.
Fui eu quem o beijou, eu quem escolheu o ritmo de nossa união.
Minha voz se ergueu e soou em suspiros e gemidos, o prazer fluindo
através de mim não apenas uma vez, mas seguidamente, em repetidas
espirais de prazer que se uniam, uma após a outra, como ondas
invadindo e recuando na praia.
Capítulo 14
Os nórdicos não tomaram mais coisas de nós, pedindo apenas
comida para sua viagem, e para encher seus recipientes com uma
cerveja fraca. Gudmund, Hagen, Ivar, Jerrik, Olaf, Sigurd. Eu sabia o
nome deles agora.
Sentei-me com minha avó, segurando a mão dela, sussurrando tudo
o que tinha acontecido. Seus olhos se arregalaram, mas ela não me
interrompeu.
Como eu poderia deixa-la quando sabia que ela não demoraria muito
nesse mundo? Se eu fosse embora, nunca mais a veria. Eu sabia que
as mulheres de nossa aldeia cuidariam dela, ela era respeitada de uma
forma que eu nunca seria. Meu coração doía, no entanto, ao me
despedir, e fiquei envergonhada por renunciar ao meu dever para com
ela.
Suas lágrimas vieram, mas ela insistiu que eu encontrasse minha
felicidade com suas bençãos, onde quer que estivesse.
— Você é uma boa moça, Elswyth. Ele terá sorte em tê-la. E Deus a
manterá segura, onde quer que vá.
Eu me perguntei se ela estava certa, se Deus me acompanharia, já
que eu ia para um povo que nem acreditava nele.
Helka veio me encontrar, procurando saber minha resposta. Reiterei
que não seria escrava. Se eu fosse com eles, seria por vontade própria.
— Eu serei sua irmã, você nunca estará sozinha. — Sua promessa
me confortou. No entanto, eu fiquei irritada com sua declaração
seguinte.
— Só preciso olhar em seus olhos para saber a decisão de seu
coração.
Parecia que eu era incapaz de esconder meus sentimentos. Embora
eu soubesse que ela estava certa, me incomodou ouvi-la falar como se
minha escolha já tivesse sido feita.
— E se eu escolher seguir com a minha vida — respondi — eu cresci
aqui. Esse povo é o que conheço, não o seu.
Isso era uma meia verdade. Eu nunca me senti bem ali. Eu sempre
procurei por algo a mais.
— Assim como o dia segue a noite e a primavera segue o inverno,
nossas vidas mudam de um estado a outro, tirando o que é antigo, o
que foi superado — disse Helka.
— E o que você vê quando olha para mim?
— Você é a água. Pode assumir a forma que desejar. Pode ser a
chuva, o lago, ou o mar, ou pode ser um cálice com água, se você
quiser isso.
Esperei, na escuridão que precede a alvorada, pelos barcos, vendo-
os se aprontarem na lua minguante. Fiel a sua palavra, nenhuma mulher
foi molestada desde que voltaram da luta e agora nenhum era levada
contra vontade. Apenas uma outra se juntou a mim. Faline, se
recusando a me dirigir um olhar, seus olhos nos homens que
carregavam o navio. Se ela estava lá por Eirik eu não saberia dizer.
Talvez outro homem a tivesse agradado. Havia muitos que eram bonitos
e fortes, muitos que seriam bons maridos. Faline era uma beldade. Ela
encontraria seu caminho.
Eu a observei mergulhar na água antes de ser puxada para o ventre
do barco dragão.
O amanhecer estava próximo quando Eirik veio até mim. Meus pés
ainda não haviam se comprometido com o resto do corpo. Ele falou com
a mesma seriedade que usara ao explicar as marcas de sua pele.
— Meu nome, meu sangue, minha honra, darei a meus filhos e a
todos que vierem depois. Assim como eu recebi essas coisas de meu
pai e daqueles antes dele.
Ele pegou minhas mãos e eu sabia que ele falava o mais
honestamente possível.
— Elswyth, eu já deitei com muitas mulheres, e eu vou deitar com
mais, mas eu peço a você para estar em minha cama todas as noites,
para me dar o seu corpo e gerar os meus filhos.
Não se podia dizer que sairia dali sem conhecer minha verdadeira
posição.
— Só para ter filhos? — perguntei, erguendo o queixo rigidamente.
— Para isso e para o meu prazer.
Suas mãos deslizaram em minha cintura.
— E eu lhe darei um grande prazer em troca.
Ele me reuniu a ele, envolvendo-me. Em seus braços, senti aquele
puxão físico, a compulsão que eu era incapaz de ignorar, por seu toque,
por seu cheiro.
Ele me carregou para que eu não me molhasse.
Os ventos encheram as velas, e estávamos longe quando o sol
apareceu por inteiro no horizonte.
Me perguntei o que estaria à frente, que aventuras. Eu já tinha
descoberto tanto.
Epílogo
Navegamos durante o dia, mas naquela noite o vento diminuiu e os
homens pegaram os remos. Eu dormi, ouvindo o avançar e puxar da
madeira na água.
Sonhei que estava correndo por uma floresta, correndo para escapar
de uma força malévola, Eirik ao meu lado. Corremos até as árvores se
abrirem e ficamos um ao lado do outro, olhando para o precipício.
Com medo, virei-me para ver um grande lobo, preto, com olhos em
chamas.
De repente, eu estava sozinha, e a fera estava em cima de mim,
abaixando os dentes, para fechar na minha garganta.
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1864
De repente, Kitty McKenzie é deixada como chefe da família e
deverá encontrar sua força interior para mantê-la unida contra todas
as probabilidades.
Despejada, após a morte de seus pais, de sua resplandecente
residência na parte elegante de York, Kitty precisará combater o
legado da falência e da falta de moradia para garantir um lar para
ela e seus irmãos Com determinação e pura força de vontade, ela
se agarra às oportunidades, desde trabalhar com roupas e barracas
no mercado até abrir uma loja de chá para os ricos.
Seu caminho para a felicidade é repleto de obstáculos,
dificuldades e desespero, mas Kitty se recusa a deixar morrer seu
sonho de uma vida melhor para sua família.
Ela logo descobre que amor e lealdade trazem sua própria
recompensa.
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1829
O belo e bem-sucedido Henry Cavell, acaba de retornar à
Inglaterra depois de servir ao exército na Índia, se instala na cidade
de Worthing, em frente ao mar. Ele está de posse de um grande
diamante, dado a ele na Índia, que promete dar à mulher que ama -
quando encontrá-la.
Jemima Brown, uma jovem de dezesseis anos e de bom
coração, passa a trabalhar para ele como criada de serviços gerais.
Quando o Sr. Cavell a defende das atenções indesejadas de alguns
trabalhadores que prestavam serviços em sua casa, percebe
imediatamente o quanto ele é íntegro e respeitável.
Mas foi Caroline Simpson, filha de um desses trabalhadores de
Henry, quem chamou a atenção dele. Podia ser socialmente inferior,
mas era bonita, sabia flertar e como usar seus encantos. Ela
manipula Henry para que se case com ela, e apenas a fiel Jemima
sabe que ele fora enganado.
Como Jemima poderia lutar contra seus sentimentos crescentes
pelo Sr. Cavell, manter sua moral e permanecer no emprego, apesar
do comportamento cada vez mais errático de sua patroa?
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