Número: 0802176-73.2022.8.18.0032
Número: 0802176-73.2022.8.18.0032
Número: 0802176-73.2022.8.18.0032
24/10/2022
Número: 0802176-73.2022.8.18.0032
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Órgão julgador: 1ª Vara da Comarca de Picos
Última distribuição : 06/05/2022
Valor da causa: R$ 13.979,36
Assuntos: Empréstimo consignado
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
FRANCISCO FELIX DE MOURA (AUTOR) LUIS ROBERTO MOURA DE CARVALHO BRANDAO
(ADVOGADO)
HENRY WALL GOMES FREITAS (ADVOGADO)
BANCO BRADESCO S.A. (REU) ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO (ADVOGADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
31799 05/10/2022 22:37 Sentença Sentença
388
31520 05/09/2022 11:05 Certidão Certidão
434
30802 17/08/2022 18:05 link de acesso a mídia de audiência Certidão
600
30795 17/08/2022 16:35 Ata da Audiência Ata da Audiência
685
30767 17/08/2022 10:30 Petição Petição
391
30768 17/08/2022 10:30 Replica a contestacao -FRANCISCO FELIX DE Petição
043 MOURA- ausencia de contrato e TED (1)
30764 17/08/2022 10:07 Petição Petição
669
30764 17/08/2022 10:07 petição informando dados para realização de Petição
672 audiência por videoconferência - FRANCISCO
30764 17/08/2022 10:07 Substabelecimento com reserva de poderes - Documentos
673 FRANCISCO
30738 16/08/2022 15:12 PROCURAÇÕES OU SUBSTABELECIMENTOS PROCURAÇÕES OU
259 SUBSTABELECIMENTOS
30738 16/08/2022 15:12 CP - BANCO BRADESCO - Atualizada Documentos
262
30738 16/08/2022 15:12 SUBS - BANCO BRADESCO - Atualizada Documentos
263
30011 27/07/2022 11:30 Diligência Diligência
205
30011 27/07/2022 11:30 francisco 2176 Diligência
207
29129 04/07/2022 19:18 CONTESTAÇÃO CONTESTAÇÃO
784
29129 04/07/2022 19:18 bra-cestas-encargo-iof-parc-cred-pess-banco- CONTESTAÇÃO
786 bradesco-3-1656942405-1656943195
29130 04/07/2022 19:18 log-1654602423-1656943193 DOCUMENTO COMPROBATÓRIO
397
29130 04/07/2022 19:18 extrato-1656943194 DOCUMENTO COMPROBATÓRIO
408
28593 17/06/2022 19:38 Petição Petição
396
28593 17/06/2022 19:38 cumprimento-francisco_1 DOCUMENTO COMPROBATÓRIO
397
28526 15/06/2022 09:27 Sistema Sistema
286
28526 15/06/2022 09:27 Intimação Intimação
283
28506 14/06/2022 15:37 Link de acesso a mídia de audiência Certidão
921
28498 14/06/2022 13:45 Ata da Audiência Ata da Audiência
680
28466 14/06/2022 02:25 Documentos Documentos
258
28466 14/06/2022 02:25 carta de preposicao_Nicole Spencer---- Documentos
259
28466 14/06/2022 02:25 substabelecimento_Hilton Pereira de Lima Júnior Documentos
260
27551 20/05/2022 10:32 Habilitação nos autos Petição
741
27552 20/05/2022 10:32 protocolo-carol-habilitacao-2635623_1652901011 Petição
198
27552 20/05/2022 10:32 ata-diretoria-banco-bradesco-sa_4 Documentos
199
27552 20/05/2022 10:32 do-pg-0023_3 Documentos
200
27552 20/05/2022 10:32 procuracao-bradesco-1_2 Procuração
204
27136 10/05/2022 11:02 Contrafé eletrônica Contrafé eletrônica
204
27041 10/05/2022 09:43 Decisão Decisão
902
27034 06/05/2022 12:56 Petição Inicial Petição Inicial
892
27035 06/05/2022 12:56 03 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS Petição
343 - ANALFABETO - EMPRÉSTIMO CONSIGNADO
ATIVO
27035 06/05/2022 12:56 documentos pessoais Documentos
345
27035 06/05/2022 12:56 extrato consig Comprovante
347
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
1ª Vara da Comarca de Picos
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-470
SENTENÇA
1-RELATÓRIO
FRANCISCO FELIX DE MOURA ingressou com AÇÃO DECLARATÓRIA DE
NULIDADE NEGÓCIO JURÍDICO CC REPETIÇÃO DE INDÉBITO CC COM
DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA em face de BANCO
BRADESCO S/A, partes qualificadas.
Colhe-se da inicial que a parte requerente é analfabeta, tendo como única fonte de
renda benefício previdenciário. Que foi surpreendida com descontos de
empréstimo consignado n°0123419505755. Que suspeita de fraude.
E, ao final, requer a concessão da gratuidade judiciária, deferimento do pedido de
tutela antecipada para interrupção dos descontos, a inversão do ônus da prova e
procedência total da ação com declaração de nulidade do contrato
n°0123419505755, restituição em dobro dos valores descontados, indenização em
danos morais no valor de R$10.000,00 (dez mil reais) e condenação em custas e
honorários. Com a inicial vieram documentos.
Em pronunciamento judicial ID27041902, concedeu-se a gratuidade judiciária,
deferiu-se a prioridade da ação com base no art. 71, do Estatuto do Idoso,
concedeu-se a antecipação dos efeitos da tutela e decretou-se a inversão do ônus
da prova com fulcro no artigo 6°, VIII, do CDC.
Ausente a parte autora em audiência de instrução e julgamento, conforme consta
em ata ID28498680, tendo sido intimado pessoalmente ID30011207.
O BANCO BRADESCO S.A informa o cumprimento da liminar ID28593397 e
apresenta contestação sob ID29129786, arguindo preliminares de falta de
interesse de agir ante a ausência de pretensão resistida e conexão com os autos
de n°s 0802178-43.2022.8.18.0032, 0802173-21.2022.8.18.0032, 0802177-
58.2022.8.18.0032, 0802175-88.2022.8.18.0032, 0802629-68.2022.8.18.0032. Em
síntese, assim disserta “Contrato nº 419505755, firmado em 13/10/2020, no valor
de R$ 4.796,82, para pagamento em 84 parcelas de R$ 117,04, tendo parte do
valor sido utilizado para quitar o saldo devedor do contrato nº 418805606 e o saldo
remanescente sido liberado em favor da Parte Autora”. Diz que a contratação
ocorreu através de cartão, senha/biometria, não havendo via física para esse tipo
de contratação. Diz que o contrato objeto da lide goza de legalidade. Impugna os
pedidos indenizatórios formulados na inicial. Ao final, requer o acolhimento das
preliminares arguidas ou a improcedência total da ação.
O autor apresenta réplica ID30768043, reiterando termos de sua peça de ingresso,
apontando para a ausência do contrato e comprovante de disponibilização do
valor.
Termo de audiência de instrução e julgamento ID30795685, colhido o depoimento
do autor que assim respondeu às perguntas: Que confirma os poderes outorgados
Assinado eletronicamente por: FABRICIO PAULO CYSNE DE NOVAES - 05/10/2022 22:37:27 Num. 31799388 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22100522372749200000029944194
Número do documento: 22100522372749200000029944194
à advogada na procuração acostada à inicial. Que não celebrou contrato e nem
recebeu o valor respectivo. Que não sabe ler nem escrever. Que sabe assinar,
mas assina ruim. Na oportunidade, as partes afirmaram não haver mais provas a
produzir e afirmaram que suas alegações finais são remissivas às peças de
ingresso.
São os fatos, decido.
2- FUNDAMENTAÇÃO
PRELIMINARES
FALTA DE INTERESSE DE AGIR POR AUSÊNCIA DE PRETENSÃO RESISTIDA
Sustenta a parte requerida a ausência de interesse de agir da parte requerente por
não ter intentado iniciativa extrajudicial no sentido de resolver a questão exposta
nos autos.
Ao contrário do que afirma a parte requerida, mostra-se desnecessário, no
presente caso, o esgotamento da via administrativa para ajuizamento de ação
judicial, valendo aqui a observância ao princípio da inafastabilidade da jurisdição,
previsto no artigo 5º, inciso XXXV da CF.
Ademais, não apresenta a parte requerida proposta de composição amigável nos
presentes autos.
Destarte, rejeito a preliminar suscitada.
CONEXÃO
Nos presentes autos discute-se negócio jurídico diverso daqueles existentes nos
autos de n°s 0802178-43.2022.8.18.0032, 0802173-21.2022.8.18.0032, 0802177-
58.2022.8.18.0032, 0802175-88.2022.8.18.0032, 0802629-68.2022.8.18.0032, os
quais possuem suas peculiaridades tanto no momento da contratação quanto da
execução, logo os contratos contestados em cada ação também são distintos.
Assim, não vislumbrando a possibilidade de prolação de decisões conflitantes,
rejeito a preliminar suscitada.
MÉRITO
Pretende a autora a anulação do contrato de empréstimo n°0123419505755,
gerado em seu nome, bem como a condenação do requerido ao pagamento de
indenização por danos materiais e morais, repetição indébito, sustentando a
responsabilidade do requerido por cobrança de empréstimos em contratos que há
suspeita de fraude.
A parte contestante, por sua vez, sustenta a legalidade do negócio jurídico
entabulado, afirmando que foram obedecidas as formalidades previstas em lei e
que os valores foram disponibilizados à requerente. Fundamenta sua defesa, ainda
mais, argumentando que não há danos morais e materiais a serem indenizados.
Todavia, apesar de afirmar que o contrato objeto da ação foi celebrado e sustentar
a legalidade de sua conduta, não juntou cópia do contrato. Lado outro, diz que o
contrato foi celebrado mediante cartão, senha/biometria, porém não acosta aos
autos demonstrativo da operação.
Assim, diante da inexistência dos contratos supostamente celebrados entre os ora
litigantes, afigura-se incontroverso o fato de que a parte autora não manteve
qualquer relação contratual com o requerido, inexistindo, assim, a obrigação de
pagar.
Verifica-se, assim, através dos documentos acostados aos autos, que o requerido
agiu de maneira ilícita, pois a parte requerente não firmou contrato de empréstimo
com o requerido, não podendo a instituição financeira ré efetuar descontos em seu
benefício, o que caracterizou ato ilícito do banco demandado.
No caso em tela, o que se verifica é que houve falha na prestação do serviço por
parte do requerido, que é, portanto, responsável pelos danos causados ao autor.
Ademais, no caso sub examine aplica-se o art.14 do Código de Defesa do
Consumidor, que prevê a responsabilidade civil objetiva, veja-se:
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Número do documento: 22100522372749200000029944194
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos
à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas
sobre sua fruição e riscos. § 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a
segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as
circunstâncias relevantes, entre as quais: I - o modo de seu fornecimento; II - o
resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi
fornecido. § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas
técnicas. § 3º O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando
provar: I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do
consumidor ou de terceiros. § 4º A responsabilidade pessoal dos profissionais
liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
O fornecedor de serviços responde, independentemente de existência de culpa,
pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à
prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas
sobre fruição e riscos. Sendo assim, não há que se discutir culpa do requerido, já
que responde perante os consumidores independentemente de culpa, devendo,
portanto, restituir à autora os valores pagos indevidamente.
Ademais, denota-se que a instituição financeira agiu indevidamente ao debitar
valores no benefício previdenciário do autor. E, ainda, o réu efetuou o desconto, o
qual só poderia ser efetuado com base num contrato válido que o autorizasse.
Dessa maneira, não havendo tal autorização, o desconto é ilegal, padecendo de
invalidade.
É nesse sentido a jurisprudência, verbis:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. EMPRÉSTIMO
CONSIGNADO. INEXISTÊNCIA DO CONTRATO OBJETO DA LIDE. AUSÊNCIA
DE PROVA DO REPASSE, À APELANTE, DO VALOR SUPOSTAMENTE
CONTRATADO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA. MÁ-FÉ CARACTERIZADA. RESTITUIÇÃO EM DOBRO. DANOS
MORAIS DEVIDOS. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.1 – Considerando a
hipossuficiência da apelante, incidindo sobre a lide a inversão do ônus da prova,
incumbia ao apelado comprovar a existência da relação jurídica entre as partes
litigantes e, ainda, o repasse do valor supostamente contratado à conta bancária
de titularidade da recorrente, na forma prevista no art. 6º, VIII, do CDC, o que não o
fez.2 - Os transtornos causados à apelante, em razão dos descontos indevidos,
são inegáveis e extrapolam os limites do mero dissabor, sendo desnecessária,
pois, a comprovação específica do prejuízo.3 - A restituição em dobro, no caso, é
medida que se impõe.4 - Observados os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade, razoável a quantia de R$ 3.000,00 (três mil reais) e acréscimos
legais, a título de danos morais.5 - Recurso conhecido e provido. Sentença
reformada. (TJPI | Apelação Cível Nº 2018.0001.003655-2 | Relator: Des. Fernando
Lopes e Silva Neto | 4ª Câmara Especializada Cível | Data de Julgamento:
25/09/2018).
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE
NEGÓCIO JURÍDICO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. ANALFABETA. SEM
CONTRATO. SEM PROCURAÇÃO. DESCONTOS INDEVIDOS. SENTENÇA DE
IMPROCEDÊNCIA. REFORMA. FRAUDE. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
BANCO. RESTITUIÇÃO EM DOBRO DO VALOR INDEVIDAMENTE
DESCONTADO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. Sentença reformada.
Recurso conhecido e parcialmente provido. (TJ-PA - RI: 00038671120168140087
BELÉM, Relator: TANIA BATISTELLO, Data de Julgamento: 21/02/2018, TURMA
RECURSAL PERMANENTE, Data de Publicação: 26/02/2018).
Assinado eletronicamente por: FABRICIO PAULO CYSNE DE NOVAES - 05/10/2022 22:37:27 Num. 31799388 - Pág. 3
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22100522372749200000029944194
Número do documento: 22100522372749200000029944194
Assim, delimitada a responsabilidade do requerido, passo à análise do pedido de
repetição de indébito e dos danos morais.
REPETIÇÃO DO INDÉBITO
Tenho que procede a repetição do indébito, ou seja, dos descontos efetuados na
aposentadoria do requerente, referente ao contrato n°0123419505755, deve-se,
portanto, as importâncias descontadas pela instituição financeira serem restituídas
em dobro na seguinte forma: 17 (dezessete) parcelas, data compreendida entre
01.2021 a 05.2022, no valor de R$117,04 (cento e dezessete reais e quatro
centavos) que somam a quantia de R$1.989,68 (mil, novecentos e oitenta e nove
reais e sessenta e oito centavos) restituídos em dobro no valor de R$3.979,36 (três
mil, novecentos e setenta e nove reais e trinta e seis centavos), todavia, deve ser
descontado o valor de R$730,45 (setecentos e trinta reais e quarenta e cinco
centavos), pois conforme extrato bancário colacionado a defesa o autor recebeu
essa quantia em sua conta. Assim, o valor a ser restituído a título de danos
materiais é o valor de R$3.248,91 (três mil, duzentos e quarenta e oito reais e
noventa e um centavos).
DANO MORAL
Os danos morais surgem em decorrência de uma conduta ilícita ou injusta, que
venha a causar forte sentimento negativo em qualquer pessoa do senso comum,
como vexame, constrangimento, humilhação, dor.
Isso se vislumbra no caso dos autos, uma vez que causou angústia e desequilíbrio
no bem-estar da requerente. Neste contexto, o banco agiu ilicitamente, não deveria
ter efetuado desconto no benefício do requerente sem existência de contrato,
ocasionando, assim, constrangimentos ao demandante, uma vez que percebe um
salário-mínimo de aposentadoria, o qual é utilizado para o custeio de suas
despesas como: alimentação, saúde e vestuário.
3 – DISPOSITIVO
Pelo exposto, julgo PROCEDENTE em parte a presente ação, para o fim de
declarar a inexistência do contrato de empréstimo nº0123419505755, e extingo o
feito com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC.
Condeno o banco demandado ao pagamento de indenização por danos materiais,
sendo estes consistentes na devolução em dobro dos valores descontados no
benefício do requerente, que soma a quantia de R$3.248,91 (três mil, duzentos e
quarenta e oito reais e noventa e um centavos), com correção pelo índice da taxa
SELIC, que engloba juros e correção monetária, cujo termo inicial é a citação.
Condeno, ainda, ao pagamento de danos morais no valor de R$2.000,00 (dois mil
reais), com atualização a partir da data da prolação da sentença (art. 407, do CC) e
juros de mora de 1% ao mês desde a data da citação (art. 405, do CC).
Em razão do acolhimento do pedido inicial, condeno, ainda, a requerida ao
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios que fixo em 15%
(quinze por cento) sobre o valor atualizado da condenação, com fundamento no
art. 85, § 2º, do Código de Processo Civil.
Publique-se, Registre-se. Intimem-se.
PICOS-PI, 3 de outubro de 2022.
Assinado eletronicamente por: FABRICIO PAULO CYSNE DE NOVAES - 05/10/2022 22:37:27 Num. 31799388 - Pág. 4
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22100522372749200000029944194
Número do documento: 22100522372749200000029944194
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
1ª Vara da Comarca de Picos}
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-470
CERTIDÃO DE CONCLUSÃO
Assinado eletronicamente por: MARIO NARCIO RODRIGUES DE CARVALHO - 05/09/2022 11:05:22 Num. 31520434 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22090511052275100000029684246
Número do documento: 22090511052275100000029684246
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
1ª Vara da Comarca de Picos
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-
470
CERTIDÃO
CERTIFICO QUE, procedi com a inserção dos arquivos de mídia da audiência realizada
em 17/08/2022 nos autos na ferramenta digital onedrive desta Vara, possuindo como
link de acesso o seguinte:
https://midias.pje.jus.br/midias/web/08021767320228180032
O referido é verdade e dou fé.
Picos-PI, 17 de agosto de 2022.
Assinado eletronicamente por: MARIO NARCIO RODRIGUES DE CARVALHO - 17/08/2022 18:05:40 Num. 30802600 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081718054022400000029008470
Número do documento: 22081718054022400000029008470
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
1ª Vara da Comarca de Picos
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-
470
Assinado eletronicamente por: MARIA DA CONCEICAO GONCALVES PORTELA - 17/08/2022 16:35:19 Num. 30795685 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081716351949700000029002701
Número do documento: 22081716351949700000029002701
EM ANEXO.
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30767391 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301453000000028976710
Número do documento: 22081710301453000000028976710
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA COMARCA
DE PICOS– ESTADO DO PIAUÍ
Processo nº 0802176-73.2022.8.18.0032
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30768043 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301465000000028976712
Número do documento: 22081710301465000000028976712
Igualmente, à falência da comprovação do empréstimo consignado, a
denotar a ilegalidade dos descontos realizados sobre os proventos do requerente,
a restituição dos valores cobrados indevidamente está regulamentada pelo art.
42, parágrafo único, do CDC, que assim preceitua, verbis:
“Art. 42 – (…).
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30768043 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301465000000028976712
Número do documento: 22081710301465000000028976712
DA AUSÊNCIA DA TED (TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA DISPONÍVEL)
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30768043 - Pág. 3
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301465000000028976712
Número do documento: 22081710301465000000028976712
daquele junto aos órgãos de proteção creditícia. 4. Dessa forma,
uma vez aplicável o Código de Defesa do Consumidor, a
inversão do ônus da prova é medida que se impõe, não só
pela patente hipossuficiência do Autor, ora Apelado, mas,
também, pela impossibilidade deste de produzir prova
negativa, consistente no ato de provar que não contraiu
empréstimo algum com o Apelante. 5. Se o Autor afirmou que
não subscreveu os contratos de empréstimos e pretende o
rompimento de tal relação através do bloqueio dos valores
supostamente devidos, cabe ao Apelante demonstrar a
existência desse negócio para que o pleito autoral seja
inacolhido, ônus este que o Recorrente não se desincumbiu.
6. Resta justo, portanto, que o ressarcimento do valor
indevidamente descontado da conta do Autor deva ser
realizado em dobro, pois, uma vez ausente qualquer
contrato, mesmo que firmado por um falsário, não se pode
dizer que o Banco agiu de boa-fé. 7. Os descontos efetuados
na aposentadoria do Autor “sem sua autorização acarretam
incontestável dano moral indenizável. No caso dos autos,
contudo, entendo que resta excessivo o importe arbitrado pelo
julgador devendo ser reformada a sentença para reduzir o montante
indenizatório para R$ 5.000,00 (cinco mil reais), corrigido
monetariamente, a partir desta data até o efetivo pagamento. 8. As
“astreintes, por sua vez, devem ser calculadas do período de março
a dezembro de 2012, no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais),
enquanto que, de dezembro de 2012 a fevereiro de 2013, incide
sobre o importe de R$ 1.000,00 (um mil reais) por dia de
descumprimento. Dessa forma, em decorrência dos elevados
valores aplicados por dia de descumprimento, ao final do cômputo
das astreintes, estas se revelam num valor exorbitante a ser pago
pela instituição financeira. Portanto, a sentença deve ser reformada
para aplicar o limite da astreintes no importe de R$ 100.000,00
(cem mil reais), valor este que deverá ser pago, de forma
atualizada, quando da liquidação da sentença. 9. Recurso conhecido
e parcialmente provido.” (TJPI, 201300010030138, Des. FERNANDO
CARVALHO MENDES, Classe: Apelação Cível, Julgamento:
07/01/2014).”
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https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301465000000028976712
Número do documento: 22081710301465000000028976712
A toda evidência, embora a ré junte documentos pessoais da parte autora em
tentativa desesperada de legitimar contrato que não foi pactuado, conforme se desprende
dos documentos juntados com a inicial que, acostou aos autos documento diverso à lide.
Ora Excelência, todo esse desproperio poderia ser evitado caso o réu tomasse a
devida cautela na hora de formalizar seus negócios.
Ademais, não por mero formalismo, nossos tribunais vêm entendendo que,
analfabetos absolutos, necessitam de procurador devidamente constituído por
meio de instrumento público de procuração, dando plenitude, portanto, ao que propõe
as normas de defesa do Consumidor.
Contrato é um acordo de vontades, escrito ou não, que, conforme a lei tem por
finalidade, adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos. É ato
jurídico (negócio jurídico) que reclama os requisitos de validade do artigo 104 do Código
Civil. A liberdade dos contratantes sobre a criação ou a estipulação de vínculos
obrigacionais está subordinada às normas jurídicas e ao interesse coletivo.
O artigo 166, inciso IV, c. c. artigo 104, do Código Civil, dispõe sobre a nulidade
do ato jurídico quando não se revestir da forma prescrita em lei, uma vez ser esta um
dos requisitos essenciais à validade dos negócios jurídicos em geral.
Desde que escolhida a forma escrita, o contrato deve estar assinado pelas
partes e, não podendo ou não sabendo, cabe assinatura a rogo.
Esta é a lição de Orlando Gomes, Contratos, 26ª edição, Editora Forense, 2008,
p. 62 e 63:
CONFIGURADO. 1. Compulsando os autos, constato que a autora acostou aos autos relatório emitido
pelo INSS comprovando a existência de contrato de empréstimo vinculado ao seu benefício
previdenciário, originando dessa forma o desconto da parcela atacada. 2. O apelado não se
desincumbiu do ônus de provar a regularidade do contrato celebrado. Em outras palavras,
a questão envolvia a distribuição do ônus da prova, que recaia mais sobre o banco, nos
termos do artigo 6°, inciso VIII, do CDC c/c o artigo 373, inciso II, do NCPC. Nos termos
do inc. I do art. 373 do NCPC, a parte autora, através do documento de fl. 11, logrou
comprovar o fato constitutivo de seu direito, ou seja, a realização dos descontos por parte
do banco apelante. 3. Não há que se falar em exercício regular de direito e, uma vez
caracterizada a relação de consumo, a responsabilidade civil do fornecedor é objetiva, ou
seja, independe de culpa, estando em perfeita sintonia com no art. 6º, incisos VI e VII,
que prevê o direito básico do consumidor de prevenção e reparação dos danos individuais
e coletivos. Dano moral que se impõe. 4. É possível constatar-se a ausência de contratação
do aludido empréstimo, com a declaração de inexistência da avença, cabendo ao
demandado a devolução dos valores já descontados dos proventos da autora de forma
indevida. 5. Recurso conhecido e improvido. (Ap 0112322016, Rel. Desembargador(a) JAMIL DE
MIRANDA GEDEON NETO, TERCEIRA CÂMARA CÍVEL, julgado em 23/06/2016, DJe 01/07/2016)
5
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o contratante é analfabeto, a assinatura a rogo deve ser aposta em
instrumento público, substitui-se em alguns contratos, como o de
trabalho, pela impressão digital."
"É nula a fiança prestada por analfabeto, ou por quem não saiba
escrever. Para ter validade só pode ser por instrumento público" (2º
TACivSP - Ap. c/ Rev. 574.546 - 5ª Câm. - Rel. Juiz LUÍS DE
CARVALHO - J. 13.9.2000).
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Justiça do RS, Relator: Marilene Bonzanini Bernardi, Julgado em
20/10/2010)"
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CONFIGURADO - QUANTUM INDENIZATÓRIO - RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE - MULTIPLICIDADE DE AÇÕES. - Somente
por
meio de escritura pública ou por intermédio de procurador
constituído por instrumento público, pode o analfabeto contrair
obrigações, sendo nulo de pleno direito o negócio jurídico que não
obedecer tais formalidades. - Revelando-se inexistente o débito, a
anotação irregular deve ser cancelada. - Comprovado o dano
sofrido, devida a indenização por danos morais, que deve ser
estipulada segundo as circunstâncias do caso concreto e
obedecendo aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade,
levando em conta também a multiplicidade de ações ajuizadas pela
requerente, tendo a mesma causa de pedir. (TJMG - Apelação Cível
1.0137.09.011370-5/001, Relator(a): Des.(a) Alberto Diniz Junior ,
11ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 13/11/2014, publicação da
súmula em 25/11/2014).
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NULIDADE - DANO MORAL - INDENIZAÇÃO DEVIDA - VALOR
MANTIDO - A abordagem realizada por preposta da instituição
financeira, fora do estabelecimento e usando de ardil, revela prática
de técnica agressiva e desleal de propositura de negócio. - É fato
público e notório a utilização método de conquista de consumidores
mais desavisados e humildes, vítimas de abordagens realizadas por
"toureiros" que oferecem negócios mediante promessas enganosas,
a fim de cumprir as metas impostas pelas instituições financeiras. -
Tenho que a relação contratual foi estabelecida com vício de
consentimento, mediante o ato ilícito perpetrado pela preposta que,
com dolo, convenceu o consumidor a firmar contrato desastroso. -
Desde que escolhida a forma escrita, o contrato deve estar assinado
pelas partes e, não podendo ou não sabendo, cabe assinatura a
rogo. E, no caso do contratante ser analfabeto, a assinatura a rogo
deve vir em instrumento público. - A jurisprudência de nossos
tribunais tem evoluído no sentido de reconhecer a desnecessidade
de comprovação do dano extrapatrimonial, aceitando como
suficiente a demonstração da existência da conduta irregular,
prescindindo-se de outras provas de sofrimento e dor. - O valor da
indenização não pode ser reduzido, sob pena de perder uma de suas
finalidades, qual seja, a de inibir a prática de convencimento por
meio de técnica agressiva e desleal. (TJMG - Apelação Cível
1.0395.11.003462 - 0/001, Relator(a): Des.(a) Mota e Silva , 18ª
CÂMARA CÍVEL, julgamento em 10/09/2013, publicação da súmula
em 13/09/2013).
Assim, resta nulo o contrato por falta de requisito essencial à validade dos
negócios jurídicos, qual seja, a forma, razão pela qual o pedido do autor merece ser
acolhido, declarando-se a nulidade do contrato.
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30768043 - Pág. 9
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Número do documento: 22081710301465000000028976712
Induvidosamente, ao se valorar o dano moral, deve-se arbitrar uma
quantia que, de acordo com o prudente arbítrio, seja compatível com a
reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração do sofrimento
experimentado pela vítima, a capacidade econômica do causador do dano, as
condições sociais do ofendido, e outras circunstâncias mais que se fizerem
presentes.
OAB-PI 4344-05
10
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30768043 - Pág. 10
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301465000000028976712
Número do documento: 22081710301465000000028976712
EM ANEXO.
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:07:15 Num. 30764669 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710071510000000028973899
Número do documento: 22081710071510000000028973899
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA COMARCA
DE PICOS– PIAUI
OAB/PI 4344-05
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:07:15 Num. 30764672 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710071523300000028973902
Número do documento: 22081710071523300000028973902
SUBSTABELECIMENTO
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:07:15 Num. 30764673 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710071543700000028973903
Número do documento: 22081710071543700000028973903
Substabelecimento e carta de preposto.
Assinado eletronicamente por: CLEBERT DOS SANTOS MOURA - 16/08/2022 15:12:03 Num. 30738259 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081615120301300000028948954
Número do documento: 22081615120301300000028948954
CARTA DE PREPOSIÇÃO
Assinado eletronicamente por: CLEBERT DOS SANTOS MOURA - 16/08/2022 15:12:02 Num. 30738262 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081615120262500000028948957
Número do documento: 22081615120262500000028948957
ROL DE PERGUNTAS
Assinado eletronicamente por: CLEBERT DOS SANTOS MOURA - 16/08/2022 15:12:02 Num. 30738262 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081615120262500000028948957
Número do documento: 22081615120262500000028948957
SUBSTABELECIMENTO
PODERES: Substabeleço, com reserva, todos os poderes que foram conferidos pelo BANCO
BRADESCO S/A, BRADESCO ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO LTDA,
BANCO BRADESCO CARTÕES S/A, BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A,
BANCO BRADESCARD S/A, BANCO BANKPAR S/A, BRADESCO LEASING S/A –
ARRENDAMENTO MERCANTIL, TEMPO SERVIÇOS LTDA, BF PROMOTORA DE
VENDAS LTDA, BP BRADESCO PROMOTORA DE VENDAS LTDA E BANCO LO-
SANGO S.A. – BANCO MÚLTIPLO.
ROL DE PERGUNTAS
Assinado eletronicamente por: CLEBERT DOS SANTOS MOURA - 16/08/2022 15:12:02 Num. 30738263 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081615120281800000028948958
Número do documento: 22081615120281800000028948958
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
CENTRAL DE MANDADOS DA COMARCA DE
PROCESSO Nº:
CLASSE:
ASSUNTO(S): []
Assinado eletronicamente por: ANANIAS DE SOUSA FILHO - 27/07/2022 11:30:08 Num. 30011205 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22072711300828800000028269687
Número do documento: 22072711300828800000028269687
Assinado eletronicamente por: ANANIAS DE SOUSA FILHO - 27/07/2022 11:30:08 Num. 30011207 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22072711300838100000028269689
Número do documento: 22072711300838100000028269689
Assinado eletronicamente por: ANANIAS DE SOUSA FILHO - 27/07/2022 11:30:08 Num. 30011207 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22072711300838100000028269689
Número do documento: 22072711300838100000028269689
Assinado eletronicamente por: ANANIAS DE SOUSA FILHO - 27/07/2022 11:30:08 Num. 30011207 - Pág. 3
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22072711300838100000028269689
Número do documento: 22072711300838100000028269689
SEGUE EM ANEXO
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:30 Num. 29129784 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183005900000027443093
Número do documento: 22070419183005900000027443093
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
01ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE Picos – PI.
PROCESSO NÚMERO:
0802176-73.2022.8.18.0032
CONTESTAÇÃO
EMENTA
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29129786 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183062700000027443095
Número do documento: 22070419183062700000027443095
CONTESTAÇÃO
Síntese da Contestação
●
●
●
Narrativa e Pedidos Autorais Realidade dos Fatos e Defesa
01 02 03
Preliminares Principais Subsídios e Provas Principais Teses Jurídicas
Log de Contratação
Falta de interesse de Regularidade da contratação
Comprovante de liberação do
agir Venire contra factum proprium
valor objeto do contrato em favor
Conexão
da parte autora
Requerimentos Finais
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29129786 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183062700000027443095
Número do documento: 22070419183062700000027443095
CONTESTAÇÃO
● 01 Foco Inicial
0 O Crédito Pessoal, na forma de CDC, é um dos produtos financeiros mais populares do Brasil:
2│
●
Fora o exposto acima, apresentamos, de logo, Decisões que, por razões diversas:
Pede-se, por atenção, verificação das razões de decidir apresentadas nos julgados a seguir:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE NEGÓCIO JURÍDICO CUMULADA COM DANOS MORAIS. PRELIMINAR
DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE ARGUIDA EM CONTRARRAZÕES RECURSAIS. AFASTADA. NULIDADE DA SENTENÇA
POR NECESSIDADE DE PERÍCIA. CERCEAMENTO DE DEFESA. PREJUDICIAL RECHAÇADA. EMPRÉSTIMOS EFETIVAMENTE
CONTRATADOS PELA AUTORA. DISPONIBILIZAÇÃO DO PRODUTO DO MÚTUO. EFETIVA UTILIZAÇÃO PARA PAGAMENTOS E
DIVERSOS SAQUES. CONTRATAÇÃO TÁCITA. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO NÃO PROVIDO. Afasta-se a preliminar de ofensa ao
Princípio da Dialeticidade, quando verificado que o apelo encontra-se suficientemente motivado. Não há falar em nulidade da sentença
por cerceamento de defesa, quando ocorre o indeferimento da produção de prova pericial, porquanto o julgador, como destinatário
das provas, possui discricionariedade para indeferir aquelas que entender impertinentes. Mantém-se a sentença que julgou
procedente o requerimento de declaração de inexistência dos empréstimos consignados, bem como os pedidos dele decorrentes
(indenização por dano moral e repetição do indébito), quando efetivamente demonstrada nos autos a contratação tácita pela
parte autora, esta que, após a disponibilização das quantias referentes aos empréstimos, realizou vários pagamentos e diversos
saques, demonstrando ser válida, portanto, a relação jurídica que existiu, restando plenamente afastada a tese de
desconhecimento.
(TJ-MS - AC: 08019539220208120021 MS 0801953-92.2020.8.12.0021, Relator: Des. Sérgio Fernandes Martins, Data de
Julgamento: 19/03/2021, 1ª Câmara Cível, Data de Publicação: 23/03/2021). Grifos nossos.
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29129786 - Pág. 3
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183062700000027443095
Número do documento: 22070419183062700000027443095
CONTESTAÇÃO
parcelas, por aplicação da teoria do venire contra factum proprium. III - Comprovada a legalidade dos descontos deve ser
mantida a sentença de improcedência da ação. IV - Recurso conhecido e improvido. Unanimidade. TJ-MA - APL: 0483072014 MA
0002552-71.2014.8.10.0040, Relator: MARCELINO CHAVES EVERTON, Data de Julgamento: 24/05/2016, QUARTA CÂMARA CÍVEL,
Data de Publicação: 31/05/2016). Grifos nossos.
●
0 DIREITO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO C/C PEDIDOS DE RESTITUIÇÃO
DE VALORES E COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO FIRMADO POR IDOSO INDÍGENA
2│ ANALFABETO. VALIDADE. REQUISITO DE FORMA. ASSINATURA DO INSTRUMENTO CONTRATUAL A ROGO POR TERCEIRO, NA
PRESENÇA DE DUAS TESTEMUNHAS. ART. 595 DO CC/02. PROCURADOR PÚBLICO. DESNECESSIDADE. 1. Ação ajuizada em
● 20/07/2018. Recurso especial interposto em 22/05/2020 e concluso ao gabinete em 12/11/2020. 2. O propósito recursal consiste
em dizer acerca da forma a ser observada na contratação de empréstimo consignado por idoso indígena que não sabe ler e escrever
(analfabeto). 3. Os analfabetos, assim como os índios, detêm plena capacidade civil, podendo, por sua própria manifestação de
vontade, contrair direitos e obrigações, independentemente da interveniência de terceiro. 4. Como regra, à luz dos princípios
da liberdade das formas e do consensualismo, a exteriorização da vontade dos contratantes pode ocorrer sem forma especial
ou solene, salvo quando exigido por lei, consoante o disposto no art. 107 do CC/02. 5. Por essa razão, em um primeiro aspecto,
à míngua de previsão legal expressa, a validade do contrato firmado por pessoa que não saiba ler ou escrever não depende de
instrumento público. 6. Noutra toada, na hipótese de se tratar de contrato escrito firmado pela pessoa analfabeta, é imperiosa
a observância da formalidade prevista no art. 595 do CC/02, que prevê a assinatura do instrumento contratual a rogo por
terceiro, com a subscrição de duas testemunhas. . 7. Embora o referido dispositivo legal se refira ao contrato de prestação de
serviços, deve ser dada à norma nele contida o máximo alcance e amplitude, de modo a abranger todos os contratos escritos firmados
com quem não saiba ler ou escrever, a fim de compensar, em algum grau, a hiper vulnerabilidade desse grupo social. (REsp
1907394/MT, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 04/05/2021, DJe 10/05/2021). Grifos nossos.
Existem várias Ações idênticas tramitando no Brasil, todas alegando nulidades. Não é bem assim!
O que acontece é que as Partes Adversas buscam a Instituição Financeira porquê de alguma forma necessitam de
crédito, seja para quitar despesas ordinárias, por vezes com taxas de juros maiores, seja em razão de algum imprevisto
ou necessidade de aquisição de determinado bem, e nestas ocasiões, por livre e espontânea vontade, optam pela
modalidade de crédito que lhe é mais vantajosa ou que lhe é possível.
Contratam, usam o crédito e, após, usam de artifícios para tentar não cumprir com a obrigação que assumiram.
04 Das preliminares
Não se trata da necessidade do exaurimento da via administrativa, mas de encontrar uma resistência à pretensão. Caso
contrário, não haverá lesão ou ameaça a ser apreciada pelo Poder Judiciário.
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CONTESTAÇÃO
Neste ponto, destaca-se que a moderna jurisprudência tem se firmado pela necessidade de se buscar uma
solução amigável antes da judicialização da demanda, o que se pode verificar através da ratio decidendi
esposada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE nº 631240, de relatoria do Ministro ROBERTO
● BARROSO (Tribunal Pleno), julgado em 03/09/2014 e pela decisão do Superior Tribunal de Justiça no REsp nº
1.310.042 – PR, que teve como relator o Ministro HERMAN BENJAMIN.
0
2│ Assim, considerando que a parte autora:
●
i. Não comprova tentativa amigável de composição;
ii. Não comprova a existência de pretensão resistida;
A extinção do feito sem resolução do mérito é medida que se impõe, nos termos do art. 485, VI do CPC.
B. Da conexão
- Contrato nº 419505755, firmado em 13/10/2020, no valor de R$ 4.796,82, para pagamento em 84 parcelas de R$ 117,04, tendo
parte do valor sido utilizado para quitar o saldo devedor do contrato nº 418805606 e o saldo remanescente sido liberado em favor da
Parte Autora.
Trata-se de um contrato efetuado no Correspondente Bancário, esta modalidade é feita mediante cartão,
senha/biometria, não há via física para esse tipo de contratação. O log de contratação segue em anexo.
Acerca do recebimento do crédito na conta da parte autora, bem como sua utilização, pode-se notar pela simples
conferência do extrato, abaixo:
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CONTESTAÇÃO
É cediço que a contratação do CDC é menos burocrática e realizada diretamente na conta corrente, mas não se trata de
contrato menos seguro que os demais. Portanto, a negociação e adesão ao produto é realizada diretamente nos canais
de atendimento pelo consumidor, ao passo que todas as camadas de segurança precisam ser ultrapassadas.
●
Assim, a contratação do Crédito Pessoal através dos canais digitais é garantida por rigoroso processo de validação:
0
2│ Dispositivos de Segurança:
●
02 04
- por meio de um scanner segurança de forma
instalado no caixa automática e temporária,
eletrônico, procedimento através de combinações de
de validação intransferível
números, que valem
e impossível de ser
menos de 1 minuto. Ou
fraudado. Tan code seja, naquela transação. Cartão magnético
Para conclusão do Crédito Pessoal de forma digital, além do uso das ferramentas de segurança acima mencionadas, é
necessário também a indicação da senha numérica de 4 ou 6 dígitos, sendo a de 4 dígitos utilizada para acessar o
aplicativo no celular, internet banking e fone fácil e a de 6 dígitos quando da solicitação por meio de caixas eletrônicos.
No caso da solicitação do empréstimo mediante uso do cartão magnético em caixa eletrônico, além do cartão, é
imprescindível, ainda, da validação da operação por meio do TOKEN ou TAN CODE e da senha de 6 números.
Portanto, Excelência, as medidas de segurança adotadas pelo Bradesco na autenticação das transações feitas nos
canais digitais de atendimento só ratificam a legitimidade da contratação em discussão, frente à segurança dos
ambientes virtuais do banco.
Desta forma, a parte autora detentora de sua senha pessoal e intransferível seria a única a realizar o empréstimo na
modalidade pessoal, vejamos Enunciado do TJMA:
Enunciado n. 8 A senha bancária é de uso pessoal do titular e eventual empréstimo realizado no terminal de autoatendimento, feito
sob sua responsabilidade ou ciência, deve ser considerado válido. (APROVADO POR MAIORIA)
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CONTESTAÇÃO
● 03 Mérito
Basta, para tanto, ver os documentos colacionados ao final. E a Parte Adversa teve plena ciência do que contratou, o
que se constata após uma análise, mesmo que não detalhada, do que estava escrito no aludido Contrato (artigo 6, III
do CDC).
Primeiro: que se diga não haver nada errado em se tratar de modalidade por adesão. Tal ressalva é posta eis que muitos
ecoam que só isso já seria um prejuízo. Ledo engano! A modalidade é necessária no mundo moderno. Contrata quem
assim o desejar.
Segundo: que a Parte Adversa possui emprego fixo ou é concursada/aposentada, provavelmente sabe ler, escrever e
interpretar, e, ao tempo em que, por vontade própria, contratou com o Banco, por certo que leu e entendeu o que estava
contratando. Afinal, é inadmissível que alguém, nos dias de hoje, ainda mais com o conhecimento da Parte Adversa,
assine qualquer documento sem lê-lo.
Terceiro: porquê ao se debruçar sobre o Contrato e demais documentos, denota-se a ciência da Parte Adversa às
inúmeras explicações que ali se encontram contidas, as quais são claras e de fácil entendimento por qualquer do povo.
O que mais, então, o Banco poderia fazer? Patente que a Parte Adversa teve ciência do que contratou.
É no mínimo curioso verificar que os pleitos são lançados ao Poder Judiciário apenas para buscar indenização.
Em regra, se alega a não contratação/nulidade dela, mas a intenção é de auferir vantagens com isso.
Tal postura merece ser revista pelo Poder Judiciário, eis que alguns resultados obtidos em demandas têm gerado uma
verdadeira enxurrada de novas ações, assoberbando o Poder Judiciário e onerando todo o sistema financeiro,
prejudicando, na essência, os próprios tomadores de empréstimos.
Necessário adentrar no pedido. Ver o que se busca, sem esquecer de que o bem da vida buscado foi recebido e usado.
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CONTESTAÇÃO
Ou seja, não é difícil encontrar situações onde a Parte Adversa, ao final da ação, se viu indenizada em 5 (cinco) ou até
10 (dez) vezes mais do que o valor que ele voluntariamente contratou, prática que deve ser fortemente coibida pelo
judiciário, inclusive, com a imposição de condenações por litigância de má-fé, para o fim de se gerar efeito didático.
Isto porque é considerável o número de aventuras jurídicas hoje propostas perante o judiciário, onde partes que nada
têm a perder, eis se beneficiam da gratuidade da justiça, ingressam com demandas judiciais aguardando que a
instituição financeira, por dificuldades administrativas ou de outra ordem, não identifique, a tempo da apresentação da
contestação, o contrato reclamado.
Resta patente, portanto, a legalidade dos descontos efetivados no benefício da Parte Adversa.
É que como a Parte Adversa já possui o produto há certo tempo, o primeiro instituto tem ligação intrínseca. Já o segundo
possui elementos essenciais envolvendo a matéria de empréstimo consignado:
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CONTESTAÇÃO
● Destaque-se que:
0 o analfabetismo não faz presumir a existência de incapacidade civil, seja ela relativa ou absoluta;
2│ inexiste na legislação pátria disposição legal que exija procuração pública para validade de contrato firmado
por analfabeto;
● presumir que o simples fato do contratante ser analfabeto gera a nulidade do contrato implica em dizer que
este não tem capacidade para as avenças do dia a dia, como a compra de alimentos em supermercados, por
exemplo. Importa em equipará-lo a uma pessoa totalmente incapaz. Inapta para os atos da vida civil;
A nulidade do contrato depende de prova que ateste eventual vício de vontade na contratação.
A pessoa analfabeta é plenamente capaz para os atos da vida civil (CC, art. 2º) e pode exarar sua manifestação de vontade por
quaisquer meios admitidos em direito, não sendo necessária a utilização de procuração pública de escritura pública para a contratação
de empréstimo consignado, de sorte que eventual vício existente na contratação do empréstimo deve ser discutido à luz das hipóteses
legais que autorizam a anulação por defeito do negócio jurídico (CC, arts. 138, 145, 151, 156, 157 e 158);
É CONSIDERADOLEGALO INSTRUMENTO PARTICULAR ASSINADO A ROGO E SUBSCRITO POR DUAS TESTEMUNHAS PARA A
CONTRATAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS ENTRE PESSSOAS ANALFABETAS E INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, NOS DITAMES
DO ART. 595 DO CC, NÃO SENDO NECESSÁRIOINSTRUMENTO PÚBLICO PARA A VALIDADE DA MANIFESTAÇÃODE VONTADE DO
ANALFABETO NEM PROCURAÇÃO PÚBLICADAQUELE QUE ASSINA A SEU ROGO, CABENDO AO PODERJUDICIÁRIO O CONTROLE DO
EFETIVO CUMPRIMENTO DASDISPOSIÇÕES DO ARTIGO 595 DO CÓDIGO CIVIL
É válida a contratação de empréstimo consignado por analfabeto mediante a assinatura a rogo, a qual, por sua vez, não se confunde,
tampouco poderá ser substituída pela mera aposição de digital ao contrato escrito. STJ. 3ª Turma. REsp 1.868.099-CE, Rel. Min. Marco
Aurélio Bellizze, julgado em 15/12/2020 (Info 684).
Por fim, saliente-se que os requisitos dos artigos 104, 107 e 595 do CC estão cumpridos, não se podendo admitir
qualquer alusão ao artigo 37, §1 da lei 6.015/1973, eis que inaplicável à situação (trará de registro e escrituração nos
Cartórios de Registro de Pessoas Naturais).
Qual, efetivamente, foi o abalo da Parte Adversa? Ele (o suposto abalo), caso tenha ocorrido, foi demonstrado?
É que, sabe-se, para que uma condenação de tal órbita ocorra deve ocorrer um ferimento à honra, à paz, a qual não
se sustenta, apenas, com uma mera insatisfação com o acontecido. Situações chatas todos passam. É o mal (ou
bem), de vivermos num mundo moderno.
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CONTESTAÇÃO
Ademais, ainda que se entenda pela cobrança indevida dos valores reclamados pela Parte Adversa, o que se cogita
apenas por argumentar, não se está diante de hipótese de dano moral in re ipsa, de modo que caberia à Parte
Adversa comprovar que maiores transtornos foram gerados em decorrência dos descontos. Em outras linhas, o
● dano moral necessita de demonstração da ocorrência de constrangimento, angústia e tristeza ao ofendido.
0
F. Do termo inicial dos juros que envolvem danos morais
2│
● Acredita-se que não haverá condenação no caso em tela. Contudo, caso ela venha e tenha arbitramento de valores a
título de danos morais, sinaliza-se, por cautela, acerca da não aplicação dos conteúdos da Súmula 54 do STJ e do artigo
398 do CC. Todo o arrazoado abaixo se resume em algumas perguntas:
O Resp 903258/RS1, cujo Voto da Relatora, Ministra Maria Isabel Gallotti, enfrenta e esclarece a questão.
A Ministra discorreu no sentido de que no caso de pagamento de indenização em dinheiro por dano moral puro ‘não há
como considerar em mora o devedor, se ele não tinha como satisfazer obrigação pecuniária não fixada por sentença
judicial, arbitramento ou acordo entre as partes’.
É que o artigo 1.064 do Código Civil de 1916 e o artigo 407 do Código Civil de 2002 estabelecem que os juros de mora
são contados desde que seja fixado o valor da dívida. Desta forma, como os danos morais somente assumem expressão
patrimonial com o arbitramento de seu valor em dinheiro na Sentença de mérito, a Ministra conclui que o não pagamento
desde a data do ilícito não pode ser considerado omissão imputável ao devedor, para efeito de tê-lo em mora. Em suma,
mora não há! E isso porquê...’Mesmo que o quisesse, o devedor não teria como satisfazer obrigação decorrente de dano
moral não traduzida em dinheiro nem por sentença judicial, nem por arbitramento e nem por acordo (CC/16, artigo
1.064)’.
Já quanto à correção monetária – e até mesmo demonstrando a congruência para os casos relacionados ao chamado
‘dano moral puro’ – a Súmula 362 do STJ define que tal deve incidir a partir do arbitramento, entendimento sumular
esse que, diferentemente do acima demonstrado, merece efetiva aplicação.
Denota-se da análise dos autos que o contestante demonstrou inequivocamente a regularidade da contratação e, por
conseguinte, a ausência de ilicitude na cobrança dos valores referentes ao produto contratado, portanto, inexiste dever
de devolução dos valores cobrados, sobretudo em dobro.
Com base no Princípio da Concentração, requer-se que, caso Vossa Excelência, mesmo após todas as explicações
acima, ainda assim entenda por bem em determinar alguma espécie de condenação para esta Instituição Financeira, a
devolução, atualizada (juros e correção monetária), da quantia que foi disponibilizada para a Parte Adversa ou a sua
devida compensação, também de forma atualizada (juros e correção monetária).
1https://ww2.stj.jus.br/processo/pesquisa/?src=1.1.2&aplicacao=processos.ea&tipoPesquisa=tipoPesquisaGenerica&num_registro
=200601848080
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CONTESTAÇÃO
A parte pede em sua inicial a inversão do ônus da prova. Contudo, deve-se rechaçar esta possibilidade que não pode
ser deferida sem se apurar a hipossuficiência do consumidor. Todavia, ainda que se acolha a inversão do ônus da prova,
isto não isenta a parte autora de arcar com o seu ônus, e de fazer ao seu encargo, prova mínima de suas alegações.
● Aplicação do artigo 373, I do CPC.
0 J. Da litigância de má fé
2│
● A parte adversa alterou os fatos para receber indenização. Requer, assim, a aplicação dos artigos 79 e seguintes do CPC.
Ademais, a apresentação de dados em processos judiciais/administrativos, até mesmo os que envolvem o sigilo
bancário, estão acobertadas pelo Princípio da Ampla Defesa e do Contraditório (artigo 5, LV da CF/1988), consoante
reiteradas Decisões dos Tribunais3, inclusive sedimentadas por Precedente do STJ4.
Caso contudo este Juízo entenda por pertinente, que o feito tramite em segredo de Justiça ou que os documentos
juntados que contém dados sejam tornados indisponíveis para o acesso público.
05 Conclusão
c) Acaso tais pleitos não sejam acolhidos, que os pedidos iniciais sejam, todos, julgados improcedentes;.
d) Acaso não se entenda pela improcedência, o que se cogita por argumentar, requer a compensação do crédito
liberado em favor da parte autora - sempre de forma atualizada (juros e correção monetária) - com a quantia cujo
ressarcimento foi determinado por este juízo, bem como com eventual indenização por danos morais, e que tal
ressarcimento seja determinado em sua forma simples, ante a ausência de má-fé da ré. Requer, ainda, que
eventual condenação por danos morais se atente para os princípios da razoabilidade e proporcionalidade
2 Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado nas seguintes hipóteses: VI - para o exercício regular de direitos em processo
judicial, administrativo ou arbitral, esse último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem);
3 Desta forma, não há que se falar em quebra injustificada de sigilo bancário capaz de ensejar reparação por danos morais, quan do a juntada dos
extratos da conta corrente que demonstram a movimentação financeira do devedor são imprescindíveis ao seu exercíci o do direito de defesa. (TJ-
BA - APL: 04001253120138050001, Relator: Cassinelza da Costa Santos Lopes, Primeira Câmara Cível, Data de Publicação: 20/10/2017)
"Não há que se falar em quebra do sigilo bancário quando a parte juntou os extratos da conta c orrente do devedor com o intuito de provar a
inadimplência contratual. " (TJ-DF 00014528020178070001 DF 0001452-80.2017.8.07.0001, Relator: ANA CANTARINO, Data de Julgamento:
11/05/2018, 8ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 16/05/2018 . Pág.: Sem Página Cadastrada.)
4 "Não há que se falar em quebra do sigilo quando a parte juntou os extratos da conta corrente do devedor com o intuito de prov ar a inadimplência
contratual. " (STJ - AREsp: 1350938 DF 2018/0215957-9, Relator: Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, Data de Publicação: DJ 19/10/2018)
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CONTESTAÇÃO
e) Na remota hipótese de se constatar a existência de danos morais, requer que o termo inicial dos juros de mora e
da correção monetária, na hipótese de condenação em dano moral, seja a data do arbitramento.
●
Pleiteia-se provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, os quais estão, desde já,
0 devidamente requeridos , notadamente no que diz respeito à juntada posterior de documentos e à colheita do
2│ depoimento pessoal da parte autora;
●
Requer ainda, que, sem prejuízo das intimações eletrônicas expedidas por este juízo, as decisões também sejam pu
blicadas em órgão oficial de imprensa em nome de ANTÔNIO DE MORAES DOURADO NETO, inscrito na OAB/PE sob o
nº 23.255, com endereço profissional na Av. Visconde de Suassuna, nº 639, Boa Vista, Recife/PE - CEP: 50.050-540 e
endereço eletrônico: publicacoes.pe@urbanovitalino.com.br , sob pena de nulidade, nos termos do art. 272, § 2° e §5º,
do Códex Processual Civil.
Nestes termos,
Pede deferimento.
OAB/PE 23.255
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Número do documento: 22070419183062700000027443095
CHAVE_LOJA BOOK_DEF Cod_Agencia_Cli
84655 CRPE-INSS CONSIGNADO - CORRENTISTAS 937
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Número do documento: 22070419183123400000027443106
Cod_Agencia_Neg Conta_Corr_Cli Cod_PAB_PAE Tipo_PAB_PAE Tipo_Segmento
2856 5972 334 9 0
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Número do documento: 22070419183123400000027443106
Nome_Segmento Contrato Cod_Produto Cod_Sub_Produto Cod_Convenio Vl_Contrato
CLIENTE CLASSIC 419505755 12 238 55585 4796,82
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Vl_Financiado Tac Qtde_Parcela Tipo_Taxa Dt_Celeb_Contrato Dt_Inclusao_Contrato Dt_Vcto_Contrato
4796,82 0 84 1 13/10/2020 13/10/2020 27/12/2027
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Número do documento: 22070419183123400000027443106
Situacao_Contrato Sistema_Orig TAXA_MENSAL Objeto_Finan NOME_OBJETO
15 945 1,79 10 CREDITO PESSOAL
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AGCONTA vl_troco vl_troco_liquido NOME_LOJA Cod_Ag Conta dt_abertura AG_PACB Razao
COMECIAL PROGRESSO 937 5972 26/02/2015 0937334 7050
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Tipo_Pessoa tp_conta situacao_conta cpf_cnpj sexo dt_nasc vlr_renda ag_conta
FI 0 1-ATIVA CCMS 0234986530000004 1 08/12/1950 1045 0937005972
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dt_resolucao_2025 titular AnoMes_AbCta cod_tipo_pacb chave_corr
26/02/2015 FRANCISCO FELIX DE MOURA 2015/02 2 84655
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Número do documento: 22070419183123400000027443106
Contas_Origem_Trag Contas_Trag_Mortalidade Contas_HSBC AnoMes_DtAbt
201502
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Extrato para Extrato para
Simples ConferÊncia Simples ConferÊncia
EmissÁo Folha EmissÁo Folha
08/06/2022 01 08/06/2022 02
Nome AgÊncia Conta Nome AgÊncia Conta
FRANCISCO FELIX DE MOURA 0937-7 5.972-2 FRANCISCO FELIX DE MOURA 0937-7 5.972-2
CONTA CORRENTE CONTA CORRENTE
Data HistÓrico Documento DÈbito/crÈdito/saldo Data HistÓrico Documento DÈbito/crÈdito/saldo
SALDO EM 02/10/2020 9,65CR TRANSPORTE 170,00DV
13/10/20 EMPRESTIMO PESSOAL 9505755 730,45 SALDO EM 09/11/2020 170,00DV
13/10/20 RESGATE INVEST FACIL 5958129 223,59 24/11/20 INSS 0240937 992,10
13/10/20 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 960,00- 24/11/20 TARIFA EMISSAO EXTRATO 0061120 1,35-
ESPECIE EXTRATOmes(E)
SALDO EM 13/10/2020 3,69CR 24/11/20 TARIFA BANCARIA 0161120 27,70-
15/10/20 TARIFA BANCARIA 1000002 4,00- CESTA B.EXPRESSO4
SAQUEcorrespondente 24/11/20 APLIC.INVEST FACIL 6868826 792,05-
15/10/20 TARIFA BANCARIA 0131020 27,70- SALDO EM 24/11/2020 1,00CR
CESTA B.EXPRESSO4 25/11/20 RESGATE INVEST FACIL 6868826 792,05
SALDO EM 15/10/2020 28,01DV 25/11/20 SAQUE COM CARTAO CB 0937392 790,00-
23/10/20 RECEBIMENTO FORNECEDOR 0158902 1.075,00 ESPECIE
TRANSITORIA SAQUE CONSIGNADO SALDO EM 25/11/2020 3,05CR
23/10/20 APLIC.INVEST FACIL 5199269 1.045,99- 27/11/20 TARIFA EMISSAO EXTRATO 0251120 1,35-
SALDO EM 23/10/2020 1,00CR EXTRATOmes(E)
26/10/20 INSS 0260937 1.024,10 SALDO EM 27/11/2020 1,70CR
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ESPECIE SALDO EM 15/01/2021 25,35DV
03/11/20 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 0,56- 25/01/21 INSS 0250937 1.046,00
ENCARGO - 07,73% 25/01/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937392 840,00-
SALDO EM 03/11/2020 139,84DV ESPECIE
09/11/20 GASTOS CARTAO DE CREDITO 3990314 30,16- 25/01/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000025 55,92-
TRANSPORTE 170,00DV TRANSPORTE 124,73CR
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25/03/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937392 850,00- SALDO EM 26/04/2021 0,25CR
ESPECIE 28/04/21 TARIFA EMISSAO EXTRATO 0260421 1,35-
25/03/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000084 55,92- EXTRATOmes(E)
CONTR 420031626 PARC 003/084 SALDO EM 28/04/2021 1,10DV
25/03/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000084 117,04- 14/05/21 TARIFA BANCARIA 0120521 33,20-
TRANSPORTE 0,71CR TRANSPORTE 34,30DV
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15/07/21 TARIFA BANCARIA 0120721 33,20- SALDO EM 01/10/2021 0,02CR
CESTA B.EXPRESSO4 05/10/21 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,15-
SALDO EM 15/07/2021 33,22DV
26/07/21 ESTORNO DE PARC CONSIG 0413026 55,92 SALDO EM 05/10/2021 0,13DV
26/07/21 INSS 0260937 794,80 15/10/21 TARIFA BANCARIA 0111021 38,60-
TRANSPORTE 817,50CR TRANSPORTE 38,73DV
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23/12/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 700,00- SALDO EM 21/02/2022 0,39CR
ESPECIE 02/03/22 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 0,66-
SALDO EM 23/12/2021 0,88CR ENCARGO - 08,89%
27/12/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000361 55,92- SALDO EM 02/03/2022 0,27DV
CONTR 420031626 PARC 012/084 03/03/22 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,17-
TRANSPORTE 55,04DV TRANSPORTE 0,44DV
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183165600000027443117
25/05/22 INSS 0250937 1.510,56
25/05/22 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 465,00-
ESPECIE
25/05/22 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 1.000,00-
ESPECIE
TRANSPORTE 0,52CR
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 17/06/2022 19:38:33 Num. 28593396 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061719383348800000026936032
Número do documento: 22061719383348800000026936032
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
01ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE PICOS – PI.
CUMPRIMENTO LIMINAR
PROCESSO
0802176-73.2022.8.18.0032
Como deferimento do pedido antecipatório do mérito formulado pela parte Autora, este MM Juízo proferiu a seguinte
decisão: Suspender desconto.
Deste modo, vem a parte Ré informar o cumprimento da obrigação imposta, conforme tela comprobatória abaixo cola-
cionada:
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 17/06/2022 19:38:33 Num. 28593397 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061719383367000000026936033
Número do documento: 22061719383367000000026936033
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
DA COMARCA DE
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-470
Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 15/06/2022 09:27:27, Usuário do sistema - 15/06/2022 09:27:27 Num. 28526286 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061509272713600000026872184
Número do documento: 22061509272713600000026872184
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
1ª Vara da Comarca de Picos DA COMARCA DE PICOS
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-470
MANDADO DE INTIMAÇÃO
https://tjpi.pje.jus.br/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam :
Assinado eletronicamente por: MARIA CASSIA DOS SANTOS - 15/06/2022 09:27:11 Num. 28526283 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061509271156300000026871431
Número do documento: 22061509271156300000026871431
Título Tipo Chave de acesso**
Petição 2205061251562940000002546
Petição Inicial
Inicial 9058
03 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
2205061251564240000002546
DANOS MORAIS - ANALFABETO - Petição
9059
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO ATIVO
Documento 2205061251567790000002546
documentos pessoais
s 9060
Comprovan 2205061251572670000002546
extrato consig
te 9062
2205100943254520000002547
Decisão Decisão
5451
Contrafé 2205101102122740000002556
Contrafé eletrônica
eletrônica 4403
2205100943254520000002547
Citação Citação
5451
2205100943254520000002547
Intimação Intimação
5451
2205201035006400000002595
Habilitação nos autos Petição
4040
protocolo - carol - habilitacao - 2205201032228410000002595
Petição
2635623_1652901011 4047
ata - diretoria - banco - bradesco - sa Documento 2205201032230050000002595
_4 s 4048
Documento 2205201032232410000002595
do-pg-0023_3
s 4049
2205201032234620000002595
procuracao-bradesco-1_2 Procuração
4053
Documento 2206140225009440000002681
Documentos
s 5449
Documento 2206140225011140000002681
carta de preposicao_Nicole Spencer----
s 5450
substabelecimento_Hilton Pereira de Documento 2206140225013640000002681
Lima Júnior s 5451
Ata da 2206141345152230000002684
Ata da Audiência
Audiência 5702
2206141537110860000002685
Link de acesso a mídia de audiência Certidão
3836
Ciente em ___/____/_______
___________________________________
Intimado/Citado
Assinado eletronicamente por: MARIA CASSIA DOS SANTOS - 15/06/2022 09:27:11 Num. 28526283 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061509271156300000026871431
Número do documento: 22061509271156300000026871431
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
GABINETE DA 1ª Vara da Comarca de Picos
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-
470
CERTIDÃO
CERTIFICO QUE, procedi com a inserção dos arquivos de mídia da audiência realizada
nos autos na ferramenta digital onedrive desta Vara, possuindo como link de acesso o
seguinte:
https://midias.pje.jus.br/midias/web/08021767320228180032
O referido é verdade e dou fé.
Picos-PI, 14 de junho de 2022.
Assinado eletronicamente por: MARIO NARCIO RODRIGUES DE CARVALHO - 14/06/2022 15:37:11 Num. 28506921 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061415371108600000026853836
Número do documento: 22061415371108600000026853836
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
GABINETE DA 1ª Vara da Comarca de Picos
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-
470
Assinado eletronicamente por: MARIA DA CONCEICAO GONCALVES PORTELA - 14/06/2022 13:45:15 Num. 28498680 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061413451522300000026845702
Número do documento: 22061413451522300000026845702
SEGUE ANEXO
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 14/06/2022 02:25:01 Num. 28466258 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061402250094400000026815449
Número do documento: 22061402250094400000026815449
p ara
acessar nossas mídias
sociais.
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 14/06/2022 02:25:01 Num. 28466259 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061402250111400000026815450
Número do documento: 22061402250111400000026815450
SUBSTABELECIMENTO
SUBSTABELECENTE: ANTÔNIO DE MORAES DOURADO NETO , inscrito na OAB/PE, sob o n. 23.255, com endereço profissional
na Avenida Visconde de Suassuna, 639, boa vista, Recife/PE, na conformidade dos poderes que recebeu da Empresa
__, conforme Procuração apresentada.
SUBSTABELECIDO (A): Hilton Pereira de Lima Júnior_, inscrito (a) na OAB/PE__, sob o n. _31,135 _____, telefone: (81) 9 8883 -
2852 , e-mail: hilton.junior87@hotmail.com
PODERES: com reservas, os que me foram outorgados pela empresa outorgante, não podendo, contudo, tomar ciência de
qualquer Decisão, devendo as intimações ser dirigidas ao Substabelecente, sob pena de nulidade.
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 14/06/2022 02:25:01 Num. 28466260 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061402250136400000026815451
Número do documento: 22061402250136400000026815451
SEGUE EM AENXO.
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:22 Num. 27551741 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010350064000000025954040
Número do documento: 22052010350064000000025954040
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A)
DE DIREITO DA 01ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE
PICOS – PI.
HABILITAÇÃO
PROCESSO
0802176-73.2022.8.18.0032
ANTÔNIO DE MORAES DOURADO NETO, inscrito na OAB/PE nº 23.255 OAB/PI 18573, com endereço
profissional na Av. Visconde de Suassuna, nº 639, Boa Vista, Recife/PE - CEP: 50.050-540, em nome de
quem deverão ser realizadas, exclusivamente, todas as publicações, intimações e demais notificações de
estilo, independentemente de algum outro causídico ter realizado ou vir a realizar algum ato processual
neste caso, tudo isto sob pena de nulidade, nos termos do art. 272, §§ 1º, 2º e 5º, do Códex Processual
Civil e na conformidade do entendimento pacificado pela Corte Especial do STJ no REsp. n. 812.041.
Requer ainda:
Que as intimações eletrônicas sejam dirigidas em nome da sociedade de advogados URBANO VITALINO
ADVOGADOS, inscrita na OAB/PE nº 313, sediada Av. Visconde de Suassuna, 639, Boa Vista Recife-PE – CEP
50.050-540, através do endereço eletrônico: publicacoes.pe@urbanovitalino.com.br. Isto em atenção ao art. 5º,
§4º da Lei 11.419/2006 e art. 270 do CPC, sob pena de nulidade, nos termos do art. 272, §§ 1°, 2º e 5º, do CPC.
Se tratando de autos eletrônicos, seja o Dr. Antônio de Moraes Dourado Neto, OAB/PE 23.255 vinculado como
advogado exclusivo do banco demandado, a fim de viabilizar o direcionamento de todas as intimações ao
referido causídico, conforme acima requerido.
Nestes termos,
Pede deferimento.
PICOS / PI, 17 de maio de 2022.
11
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:22 Num. 27552198 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322284100000025954047
Número do documento: 22052010322284100000025954047
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552199 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322300500000025954048
Número do documento: 22052010322300500000025954048
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552199 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322300500000025954048
Número do documento: 22052010322300500000025954048
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sexta-feira, 24 de julho de 2020 Diário Oficial Empresarial São Paulo, 130 (137) – 23
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Número do documento: 22052010322346200000025954053
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
GABINETE DA 1ª Vara da Comarca de Picos DA COMARCA DE PICOS
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-470
CONTRAFÉ ELETRÔNICA
Comunico que tramita nesta 1ª Vara da Comarca de Picos a Ação PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)
(Processo n.o 0802176-73.2022.8.18.0032) que tem como requerente AUTOR: FRANCISCO FELIX DE
MOURA
e como requerido REU: BANCO BRADESCO S.A.
.
Conforme Provimento Conjunto Nº 29/2020 - PJPI/TJPI/SECPRE as cópias de todos os documentos de
atos processuais até a presente data praticados podem ser visualizadas, utilizando as chaves de acesso
abaixo, acessando o sítio
https://tjpi.pje.jus.br/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam :
Assinado eletronicamente por: MARIA CASSIA DOS SANTOS - 10/05/2022 11:02:12 Num. 27136204 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22051011021227400000025564403
Número do documento: 22051011021227400000025564403
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
1ª Vara da Comarca de Picos
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-
470
DECISÃO
Assinado eletronicamente por: FABRICIO PAULO CYSNE DE NOVAES - 10/05/2022 09:43:25 Num. 27041902 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22051009432545200000025475451
Número do documento: 22051009432545200000025475451
Recebo a petição inicial e defiro o pedido nela formulado para concessão de gratuidade
judiciária, bem como o pedido de tramitação prioritária, ex vi do art. 71 do Estatuto do
Idoso: “É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na
execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente
pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.
Registre-se no sistema processual a preferência de tramitação.
CITE-SE o réu, preferencialmente por meio eletrônico, para ter conhecimento dos
termos da presente ação e para, em 15 (quinze) dias, ofertar contestação, sob pena da
decretação de revelia e de seus efeitos.
Lastreado nas regras ordinárias de experiências que se extraem de casos como o
presente, DECRETO a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º do inciso VIII,
do CDC, consoante pleiteado na vestibular, para o fim de determinar a parte ré que
apresente concomitantemente com a contestação o contrato discutido nos autos, para
verificação das cláusulas entabuladas e eventual anuência da parte adversa.
Ademais, visando uma célere prestação jurisdicional, INTIMEM-SE as partes, com
antecedência mínima de 20 (vinte) dias, para comparecerem à audiência una de
CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO, acompanhadas de seus respectivos
advogados, a ser realizada no dia 14/06/2022, às 11h10min, na sala virtual, a ser
controlada nas dependências deste juízo.
Caso não haja composição amigável da lide, colher-se-á o depoimento da parte autora,
sem prejuízo da audição da outra parte e das testemunhas que vierem a ser arroladas
no prazo de 05 (cinco) dias.
A audiência também servirá para que a autora, pessoa analfabeta, ratifique os poderes
outorgados ao(s) seu(s) advogado(s).
Portanto, a participação da parte autora é OBRIGATÓRIA.
A audiência será realizada em sala virtual criada por meio do Microsoft Teams,
ferramenta de transmissão de som e imagens em tempo real indicada pelo TJPI,
disponível para download gratuito no site https://www.microsoft.com/pt-br/microsoft-
teams/download-app, bem como através das lojas de aplicativos de smartphones
android, IOS, etc.
Link para audiência:
https :// teams . microsoft . com / l / meetup - join /19%3 ameeting _ NDdjYzY 3 N 2
QtZGI 0 ZC 00 MDg 3 LWJmMGMtNzBhOGQ 3 ODY 3 ODlk %40 thread . v 2/0?
context =%7 b %22 Tid %22%3 a %2204112 af 6-22 cf -485 b -87 e 3-75 fa 02 e 5 ddbc
%22%2 c %22 Oid %22%3 a %220 fe 554 fa - a 279-403 e - ada 4- e 1952 a 8 d
3655%22%7 d
Conste da intimação, ainda, que o não comparecimento injustificado das partes à
audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será
sancionado com multa de até 2% (dois por cento), nos termos do art. 334, §§ 5º e 8º, do
CPC.
Acrescente-se, também, que a ausência da parte autora culminará na aplicação da
pena de confesso, sem prejuízo da possibilidade de extinção da causa em decorrência
da não ratificação em audiência dos poderes outorgados ao seu advogado.
DETERMINO QUE O PRESENTE DOCUMENTO SIRVA, AO MESMO TEMPO, COMO
DESPACHO E COMO MANDADO/CARTA, PARA CUMPRIMENTO.
Picos/PI, 09 de maio de 2022.
Assinado eletronicamente por: FABRICIO PAULO CYSNE DE NOVAES - 10/05/2022 09:43:25 Num. 27041902 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22051009432545200000025475451
Número do documento: 22051009432545200000025475451
INICIAL
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27034892 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515629400000025469058
Número do documento: 22050612515629400000025469058
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __º VARA DA CIDADE
E COMARCA DE PICOS - ESTADO DO PIAUÍ
Em face de BANCO BRADESCO S/A, instituição financeira de direito privado, inscrita sob
o CNPJ nº 60.746.948/0001-12, com sede no Núcleo Cidade de Deus, S/N, Bairro Vila
Yara, Cidade de Osasco, Estado de São Paulo, CEP: 06.029-900, pelos motivos de fato e
de direito a seguir aduzidos:
PRELIMINARMENTE
1. DA AUTENTICIDADE DAS CÓPIAS DOS DOCUMENTOS E IMPRESSOS
JUNTADOS AOS AUTOS
PRELIMINARMENTE
2. DA JUSTIÇA GRATUITA
Requer a concessão da justiça gratuita, nos moldes da Lei nº 1.060/50 c/c art.
5º, LXXIV da CF/88, tendo em vista, o seu caráter legal, no qual permite às pessoas físicas
e jurídicas que comprovarem insuficiência de recursos irem a juízo, isentas das custas e
Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
1
viajuridicama@hotmail.com
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
despesas processuais, proporcionando a todos o acesso à justiça. Por fim, importante
frisar, que possui anexado aos autos, no documento 01 a declaração de pobreza.
PRELIMINARMENTE
3. DO DESINTERESSE NA AUTOCOMPOSIÇÃO – DESNECESSIDADE DA
REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO PREVISTA NO
ART. 334 DO CPC
4- DOS FATOS
Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
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Num. 27035343 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
Ressalte-se que a parte requerente não é alfabetizada, tendo como única
fonte de renda o referido benefício.
Neste diapasão, não lhe resta alternativa senão recorrer ao Judiciário para ver
sanada tamanha irregularidade, devendo a mesma ser ressarcida em dobro pelo valor pago
indevidamente e ainda pelos danos morais causados.
5- DA INEXISTÊNCIA DE PRESCRIÇÃO
Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
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Num. 27035343 - Pág. 3
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Número do documento: 22050612515642400000025469059
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL NÃO EXPIRADA.
RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO VICIADO. CABIMENTO.
DANO MORAL. EXISTÊNCIA. APELO IMPROVIDO. I. Quando
não se trata de exercício do direito de reclamar ao fornecedor
pelo vício de inadequação do produto, e a demanda é de
reparação por danos supostamente causados pelo vício do
produto, não se aplicam os prazos decadenciais do artigo 26,
incisos I e II, do CDC, mas o da prescrição quinquenal de 05
(cinco) anos, na forma do artigo 27, do mesmo Diploma. II.
Há dever de indenizar por parte de concessionária que
forneceu veículo com vício, quando devidamente
comprovada sua compra, bem como a apresentação de
defeito no prazo da garantia, sem qualquer solução
comprovada por parte da concessionária. III. O valor da
indenização por danos morais foi razoável e proporcional,
não havendo razão para redução. IV. Apeio improvido."
('TJMA; APELAÇÃO CÍVEL N° 10.135/2013 - SÃO LUIS; Rela.
DESA. MARIA DAS GRAÇAS DE CASTRO DUARTE MENDES;
julgado na Sessão do dia 11 de novembro de 2013).
Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
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Num. 27035343 - Pág. 4
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Número do documento: 22050612515642400000025469059
evidencia a necessidade de um maior cuidado da instituição
financeira no momento da contratação. É cediço que as
pessoas analfabetas são plenamente capazes para exercer
todos os atos da vida civil; todavia, para que certos atos
tenham validade, deve-se observar determinadas
formalidades. III - O apelado, na tentativa de comprovar a
regularidade da contratação, acostou aos autos cópia do
instrumento contratual, mas não trouxe instrumento público
a dar validade ao ato, ou representação por procurador
constituído pela forma pública. VI - Resta evidente a falha na
prestação do serviço pelo Banco apelante, consistente em
não adotar as medidas de cuidado e segurança necessárias à
celebração do instrumento contratual, devendo a instituição
financeira suportar o risco de sua atividade, indenizando os
danos morais sofridos, os quais fixo em R$ 5.000,00 (cinco
mil reais). V - Os danos materiais são evidentes, posto que a
apelada sofreu diminuição patrimonial com os descontos
indevidos em seu beneficio, sendo a repetição do valor
efetivamente descontado dos proventos da apelante devida,
nos termos do art. 42, Parágrafo único, do CDC. VI - No
cálculo do dano moral, a correção monetária conta-se da data
do arbitramento e os juros moratórios são devidos no
percentual de 1% ao mês, a partir do evento danoso. Quanto
aos danos materiais, a correção monetária e os juros
contam-se a partir do efetivo prejuízo. VII- Recurso provido.
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Número do documento: 22050612515642400000025469059
descontados indevidamente da conta da aposentada, nos
termos do art. 42 do CDC.
6- DO DIREITO
(omissis)
I- o modo de seu fornecimento;
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Número do documento: 22050612515642400000025469059
Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido
fica obrigado a restituir; obrigação que incumbe àquele que
recebe dívida condicional antes de cumprida a condição.
Art. 42 (...)
Nesta esteira, não resta outra saída, a não ser afirmar que o demandado está
enriquecendo ilicitamente, devendo o autor ser reembolsada de todas as parcelas
descontadas ilicitamente, em dobro, com os juros legais e correção monetária.
Pelo exposto, não resta balda de dúvidas, que o demandado é devedor das
parcelas que retém sem justa causa, locupletando-se do ilícito, assim sendo, a demandante
lesada é credora das parcelas descontadas indevidamente, fato este decorrente da conduta
dolosa e de má-fé do réu, devendo, assim, ser restituída em dobro de tais parcelas.
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Por seu turno, determina o NCC, em seus arts. 186 e 927, que:
Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
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Art. 927 –Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
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533002294, 540122995, 243032319, 241132531, respectivamente. Nesse sentido, o ônus
da prova incumbe ao requerido, destacando que quanto aos contratos 533002294,
243032319, 241132531 este não trouxe aos autos qualquer contrato assinado entre as
partes autorizando a realização dos empréstimos, arguindo apenas defesa genérica pela
não incidência de danos morais e repetição de indébito, não impugnando as alegações do
autor ou mesmo juntado qualquer documento as contrapondo. Já quanto ao contrato nº
540122995, o ônus da prova incumbe ao requerido, destacando que este trouxe aos autos
um contrato firmado com o autor, contudo este é analfabeto e não consta nos autos
qualquer instrumento para que alguém o represente, não obstante, as cópias dos
documentos do autor e das testemunhas juntadas pelo requerido encontram-se com partes
ilegíveis. Outrossim, o próprio INSS já editou Instrução Normativa visando regulamentar
as consignações feitas nos benefícios previdenciários, de modo que a Instrução Normativa
n.º 121/2005 dispõe sobre a necessidade de efetiva contratação pelo titular do benefício.
Com efeito, incumbe à instituição bancária, enquanto prestadora de serviço, tomar todas
as cautelas necessárias ao exercício de sua atividade, no intento de evitar possíveis erros,
transtornos e aborrecimentos futuros, de sorte que, assim não agindo, deverá responder
objetivamente pelos danos causados, ou seja, independentemente da demonstração de
culpa.Feitas essas considerações, depreende-se dos documentos que guarnecem a inicial
que a autora teve o seu benefício previdenciário indevidamente reduzido em decorrência
de descontos efetivados em seu benefício pela instituição bancária, ora requerida,
decorrente de relação contratual não solicitada, situação esta que demonstra nítida falha
na prestação do serviço.Feito esse registro, entendo inequívoca a evidência de lesão ao
patrimônio jurídico da autora, decorrente da indisponibilidade parcial de seu rendimento,
indispensável a sua subsistência, restando plenamente caracterizada a falha na prestação
de serviço, na forma estipulada no art. 14, § 1º, incisos I e II do Código de Defesa do
Consumidor. Com efeito, incumbe à instituição bancária, enquanto prestadora de serviço,
tomar todas as cautelas necessárias ao exercício de sua atividade, no intento de evitar
possíveis erros, transtornos e aborrecimentos futuros, de sorte que, assim não agindo,
deverá responder objetivamente pelos danos causados, ou seja, independentemente da
demonstração de culpa. Corroborando, segue a jurisprudência nacional: DIREITO CIVIL,
DO CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO OBTIDO MEDIANTE
FRAUDE - INSTITUIÇÃO FINANCEIRA - FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO -
RESPONSABILIDADE - DEVER DE INDENIZAR. 1. NÃO SE CONHECE DO PEDIDO DE
CONCESSÃO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA EM FASE RECURSAL, POR
AUSÊNCIA DE INTERESSE, QUANDO O PLEITO JÁ FOI DEFERIDO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA.
2. NÃO SE APLICA A NORMA INSCRITA NO ARTIGO 18 DA LEI 6.024/74, SEGUNDO O QUAL
A DECRETAÇÃO DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL SUSPENDE AS AÇÕES INICIADAS SOBRE
DIREITOS RELATIVOS AO ACERVO DA ENTIDADE LIQUIDANDA, QUANDO A AÇÃO
ENCONTRA-SE EM FASE PROCESSUAL AVANÇADA, TENDO SIDO AJUIZADA MAIS DE SEIS
ANOS DO DECRETO DE LIQUIDAÇÃO. 3. AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS RESPONDEM
OBJETIVAMENTE PELOS DANOS CAUSADOS AO CONSUMIDOR EM DECORRÊNCIA DA
FALHA NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, CONSOANTE PREVISÃO CONSTANTE DO ARTIGO
14 DO CDC, SALVO SE PROVAR A INEXISTÊNCIA DO DEFEITO, O FATO EXCLUSIVO DO
CONSUMIDOR OU A OCORRÊNCIA DE CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR. 4. A
CONTRATAÇÃO DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO MEDIANTE FRAUDE EM DECORRÊNCIA DA
AUSÊNCIA DE CONFERÊNCIA DA VERACIDADE DOS DOCUMENTOS APRESENTADOS GERA
O DEVER DE INDENIZAR. 5. REJEITOU-SE A PRELIMINAR DE SUSPENSÃO DO CURSO DO
PROCESSO E NEGOU-SE PROVIMENTO AO APELO. (TJ-DF - APC: 20060810070562 DF
0001807-55.2006.8.07.0008, Relator: LEILA ARLANCH, Data de Julgamento: 16/01/2014,
1ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE: 04/02/2014. Pág.: 65)
(Grifei)Continuando, os descontos indevidos que foram perpetrados sobre os proventos da
parte autora é fato gerador de dano moral, eis que causador de angústia, aflição e
constrangimento. O dano moral está evidenciado pela lesão a bem imaterial, pois é
evidente que o desconto indevido no provento da requerente é suficiente para se configurar
o dano moral, pois evidente a ofensa aos direitos da personalidade, em especial ao direito
à vida privada (Código Civil, art. 12) e, o que é mais grave, à própria dignidade da pessoa,
considerando o caráter alimentar da quantia que recebe a título de benefício. Continuando,
o desconto indevido que foi perpetrado sobre os proventos do autor é fato gerador de dano
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moral, devendo por isto ser reparado, o que reputo como justo o valor de R$ 3.000,00
(três mil reais) para cada contrato consignado de forma indevida, totalizando o valor de
R$ 12.000,00 (doze mil reais).Assim, verificado que o empréstimo foi indevido, impende
aplicar-se o art. 42, parágrafo único do CDC: "O consumidor, cobrado em quantia indevida
tem direito a repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso,
acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável". Ante
o exposto JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos constantes na inicial
para: a) DETERMINAR o cancelamento dos contratos nº 533002294, 540122995,
243032319, 241132531, se já não houver sido feito, no prazo de 72 (setenta e
duas) horas da ciência desta sentença, sob pena de multa diária de R$ 50,00
(cinquenta reais), limitada ao máximo de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a ser
revertida em favor da parte requerente. b) Bem como CONDENAR a instituição
bancária requerida ao pagamento em dobro das parcelas descontadas até o
momento no benefício do autor JOÃO MOREIRA DA SILVA, perfazendo o montante
total de R$ 11.226,10 (onze mil duzentos e vinte e seis reais e dez centavos),
com relação aos quatro contratos (R$ 16,70, R$ 13,80, R$ 41,50 e R$ 82,17). c)
Por fim, CONDENO o BANCO BMG S/A. ao pagamento, a título de indenização por
danos morais, a importância de R$ 12.000,00 (doze mil reais). Por fim, condeno
o requerido a pagar custas e honorários advocatícios, os quais arbitro em 10%
(dez por cento) sobre valor da condenação, com os acréscimos legais,
considerando o quantum a ser apurado, em decorrência do trabalho produzido e
o grau de zelo profissional verificado nas peças elaboradas. Publique-se.
Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se com as
cautelas legais. Santa Luzia/MA, 18 de maio de 2017. CLÉCIA PEREIRA
MONTEIRO Juíza de Direito - 2ª Vara Resp: 164665
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Como a formalização do suposto contrato de empréstimo
consignado em folha de pagamento não foi demonstrada, a
realização de descontos mensais indevidos, sob o pretexto
de que essas quantias seriam referentes às parcelas do valor
emprestado, dá ensejo à condenação por dano moral. 2. Esta
Corte Superior somente deve intervir para diminuir o valor arbitrado
a título de danos morais quando se evidenciar manifesto excesso do
quantum, o que não ocorre na espécie. Precedentes. 3. Recurso
especial não provido. Acórdão. Vistos, relatados e discutidos estes
autos, acordam os Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal
de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas
constantes dos autos, por unanimidade, negar provimento ao
recurso especial, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)
Relator(a). Os Srs. Ministros Massami Uyeda, Sidnei Beneti, Paulo
de Tarso Sanseverino e Vasco Della Giustina votaram com a Sra.
Ministra Relatora. Notas. Indenização por dano moral mantida
em R$ 20.000,00 (vinte mil reais).Veja . (CARACTERIZAÇÃO DO
DANO MORAL) STJ - REsp 1072308-RS (DANO MORAL IN RE
IPSA) STJ - AgRg no Ag 742489-RJ, REsp 1059663-MS, REsp
773470-PR, REsp 1087487-MA, REsp 582047-RS (DANO
MORAL - REVISÃO EM RECURSO ESPECIAL) STJ - REsp 932334-
RS
Dentro da realidade apresentada até aqui, não resta a mais remota dúvida de
que, os direitos consumeristas do autor foram violados pelo demandado, causando-lhe
transtornos e constrangimentos com a abusiva e ilícita abertura de contrato de
empréstimo consignado em seu nome, fato este que está devidamente provado nos
autos.
7- DA TUTELA DE URGÊNCIA
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Deve o magistrado antecipar a tutela pretendida, se verificada a reversibilidade
da medida e evidenciados, no conjunto fático - probatório, a verossimilhança das alegações
e o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação a consumidores, que trata
de cartão de crédito a aposentados, idosos e analfabetos, beneficiários do INSS.
Noutro ângulo, ainda que inexistente a prova inequívoca do alegado, fato a ser
considerado é a plausibilidade do direito em exame, uma vez que o autor nega
peremptoriamente ter contratado qualquer cartão de crédito junto à ré. E, em se tratando
de relação de consumo, releva anotar que a prova da existência do negócio jurídico é da
instituição financeira. Cabe obtemperar que impeditivo à concessão da tutela de urgência
seria a irreversibilidade da medida, circunstância inexistente na hipótese, uma vez que as
parcelas não pagas, se consideradas devidas a final, poderão ser exigidas futuramente,
com correção e sem prejuízo à financeira.
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previdenciário do autor, sob pena de multa diária -
Admissibilidade - Recorrido que não reconhece a dívida cobrada -
Elementos apresentados evidenciam a verossimilhança das
alegações, bem como risco de dano irreparável ou de difícil
reparação - Presença dos requisitos legais previstos no
art. 273 do CPC. Multa diária -Cabimento - Providência que visa
a dar efetividade ao cumprimento da ordem judicial - Decisão
mantida - Recurso desprovido” (AI nº 2127687-38.2014.8.26.0000,
37ª Câmara de Direito Privado, rel. Des. Sergio Gomes, j.
02.09.2014).
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TJPE-0070228) AGRAVO LEGAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.
DECISÃO MONOCRÁTICA. VIOLAÇÃO AO ART. 557 DO CPC. NÃO
OCORRÊNCIA. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NO STJ.
DESCONTO INDEVIDO NA APOSENTADORIA DO AUTOR.
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO NÃO REQUERIDO. SUPOSTA
FRAUDE. TUTELA ANTECIPADA DEFERIDA. SUSPENSÃO DOS
DESCONTOS. FIXAÇÃO DE MULTA COMINATÓRIA POR DIA DE
DESCUMPRIMENTO. POSSIBILIDADE. VALOR DA MULTA E
PRAZO ESTIPULADO RAZOÁVEL. RECURSO IMPROVIDO.
DECISÃO UNÂNIME. 1. Primeiramente, quanto a insurgência da
agravante de impossibilidade do julgamento do presente recurso de
forma monocrática pelo relator, é entendimento pacificado no STJ
que não se considera violado o art. 557 do Código de Processo Civil,
quando o Tribunal adota razões jurídicas suficientes para a pronta
rejeição do mérito recursal, após reconhecida a admissibilidade do
apelo. Ademais, eventual nulidade da decisão monocrática fica
superada com a reapreciação do recurso pelo órgão colegiado, na
via de Agravo Regimental. Precedentes. 2. Desta forma, eventual
nulidade da decisão terminativa que foi aplicada ao caso sub
examine, em sede de recurso de apelação, fica superada com o
julgamento deste Recurso de Agravo pelo órgão colegiado. 3. No
que diz respeito ao prazo estipulado para cumprimento da decisão
e o valor da multa cominatória a ser aplicada em caso de
descumprimento, tal aspecto foi muito bem analisado na decisão ora
atacada. 4. A cominação de multa diária para o caso de
descumprimento da obrigação imposta em decisão judicial de
imediata suspensão do desconto efetuado no benefício
previdenciário da agravada é medida cabível com expressa
autorização legal (art. 461, § 4º do CPC), e tem por finalidade
induzir o réu a cumprir o mandado atuando como medida de coerção
indireta imposta com o objetivo de convencer o demandado a
cumprir espontaneamente a obrigação. 5. Em se tratando de
devedor de acentuado poder econômico, o valor fixado não pode ser
singelo, porque, caso contrário, ficaria a seu critério satisfazer a
obrigação ou pagar multa ínfima, nulificando-se, portanto, a coerção
indireta por ela objetivada. Por seu turno, se o devedor, dotado de
notório poder econômico-financeiro, cumprir de pronto a obrigação
de fazer, não terá multa por pagar. 6. Já no que pertine ao prazo
estipulado para o cumprimento da obrigação, ficou consignado na
decisão atacada, segundo orientação do STJ, que a fixação do prazo
é requisito intrínseco temporal das astreintes. Diante disso, foi
estabelecido o prazo de 10 (dez) dias para o cumprimento da
decisão, considerando que esta foi proferida desde 11.09.2012, ou
seja, há quase um ano, sem que haja o cumprimento, não podendo
a parte agravada continuar sofrendo com os prejuízos advindos dos
descontos indevidos. 7. Ademais, levou-se em consideração
também o fato de que o prazo de 10 (dez) dias para que uma
instituição financeira do porte da agravante efetive a ordem judicial,
no tocante à cessão dos descontos no benefício da agravada, se
mostra razoável, já considerando os trâmites operacionais inerentes
às instituições financeiras. 8. Recurso improvido à unanimidade de
votos. (Agravo no Agravo de Instrumento nº 0007985-
21.2013.8.17.0000, 3ª Câmara Cível do TJPE, Rel. Bartolomeu
Bueno. j. 19.09.2013, unânime, DJe 25.09.2013).
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Conforme vastamente explanado, para a devida proteção da requerente,
consumidor vulnerável, necessário seja tomados as seguintes medidas, de modo a
estancar a conduta ilícita do Requerido:
8- DOS PEDIDOS
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e.3) condenação da requerida ao pagamento à requerente de indenização por
danos de ordem moral, sugerindo-se o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais)
desde o evento danoso, considerando-se a capacidade financeira das partes, a condição
social e a atividade profissional desenvolvida pela vulnerável consumidora, ex vi do que
determinam os arts. 18, I, e 6º. da Lei n. 8.078/90;
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Num. 27035347 - Pág. 1
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