Aulas TP 1º Teste
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02/03/2023
Relação entre o DUE e o Direito Nacional, a sua compatibilidade
União de Direito: atualização de Comunidade de Direito usada primeiramente no âmbito publico por Walter
Hallstein (acórdão Os Verdes 1986 – processo 294/83).
Rule of Law vincula o pensamento que um Estado Democrático está vinculado ao Direito. A União compõe
uma ordem jurídica própria, autónoma dos direitos nacionais e internacionais, tem as suas próprias fontes, os
poderes da União são atribuídos a ela (Princípio da Atribuição de competências). Vinculado à ideia de
Estado de Direito está o Princípio da Autonomia da UE.
Esta ordem jurídica vai ter 5 ideias:
1. Fonte própria;
2. Instituições independentes;
3. Sistema de fiscalização judicial;
4. Princípios específicos;
5. Objetivos próprios.
Tratado de Lisboa é composto por dois subtratados: Tratado da UE que é um tratado base com objetivos e
ideias bases e o Tratado sobre o funcionamento da UE.
Art.º 2º TUE – repositório dos princípios e valores que nuclearmente definem o que é a União Europeia
como união de Direito.
Art.º 7º TUE – prevê mecanismo em que a própria União por unanimidade de todos os Estados-Membros,
pode sancionar um Estado que viole o Estado de Direito.
Com a menção destes artigos afirmamos que esta ideia, quer formal quer materialmente, de Estado de
Direito Democrático acaba por convalidar esta ideia de integração (com esta sanção mediante o Estado de
Direito, ou seja, mediante a prática legislativa).
Os tratados também estabelecem as formas de adoção de normas jurídicas, nomeadamente o 294º TFUE. Tal
como uma constituição, também a UE está dotada de direitos fundamentais, através da Carta de Direitos
Fundamentais da UE e, também, está dotada de um sistema de vias de reação e de tribunais próprios para
reagir a ilegalidades que possam afetar o ordenamento jurídico europeu, ou seja, um dos vetores essenciais
para dizer que um ordenamento se explica como sendo de Direito é a proclamação da tutela jurisdicional
efetiva. Qualquer ordenamento tem de se pautar por isto, porque se eventualmente algo correr mal, há que
ter um último reduto para reparar a legalidade, a dita tutela jurisdicional efetiva. É precisamente aqui que o
Acórdão Associação Sindical dos Juízes Portugueses surge, o qual vem fundamentar a efetiva
instrumentalidade desta tutela jurisdicional efetiva a uma união de direito. Falamos disto em termos
abstratos.
No acórdão acima referido, encontrava-se em causa uma ação judicial movida pela Associação Sindical
contra o Estado português a propósito dos cortes salariais impostos aos juízes do Tribunal de Contas
português, tendo o caso chegado ao conhecimento do STA português, o qual procedeu ao reenvio do caso
para o Tribunal de Justiça da UE. Na verdade, a ligação ao DUE fazia-se a partir da ideia de que os tribunais
nacionais também atuavam como tribunais europeus, quando nos litígios que perante si são movidos eles
tenham de aplicar Direito da União. Isto quer dizer, que para além do Tribunal de Justiça da UE, que é
organicamente europeu, os tribunais nacionais configuram-se como funcionalmente europeus.
Lei Nacional nº 75/2014 prevista pela AR que definia uma redução do salário dos juízes, o
que violava o Princípio da Independência dos Juízes (art.º 213º CRP, 19º/1 TUE, 47º Carta
dos Direitos Fundamentais), a fixação de um rendimento adequado protege os magistrados de
influências que os condicionavam.
No caso em concreto, o Tribunal de Contas português é chamado a intervir em diversas ações onde o direito
da união é aplicável, sendo que, no caso, o Tribunal de Contas pode tratar de questões relativas à aplicação
do DUE, desde logo, analisar questões relativas a défices excessivos, sendo, portanto, nesta matéria um
tribunal funcionalmente europeu (considerando 40).
Ora, o corte salarial que é imposto aos juízes pode ter a suscetibilidade de afetar as suas prerrogativas de
independência e de imparcialidade, dimensões integrantes da tutela jurisdicional efetiva.
Posto isto, o Tribunal de Justiça, neste acórdão, começou por esclarecer que, por força do artigo 2º do TUE,
a União funda-se em valores comuns aos estados-membros, como é o caso do valor do Estado de Direito.
Sendo que esses valores têm que ser prosseguidos numa sociedade que se caracteriza pela justiça,
considerando 30. O artigo 19º do TUE consagra precisamente o princípio da tutela jurisdicional efetiva,
concretiza este valor, pois confia a tarefa de assegurar a fiscalização jurisdicional da ordem jurídica
europeia, não apenas ao Tribunal de Justiça, mas também aos tribunais nacionais, cabendo, portanto, aos
estado-membros assegurar que esses tribunais nacionais atuam com independência. Convoca-se ainda o art.º
4º/3 TUE – princípio da cooperação leal, pois a União cria normas jurídicas que vinculam os Estados-
membros, com fórmula própria, institutos próprios, processo próprio para interpretar as normas e
mecanismos que visam funcionar a sua violação.
Concluímos aqui que qualquer norma que seja contrária à UE afeta a União de Direito.
Por força do considerando 42, o Tribunal de Justiça caracteriza a independência como inerente à função de
julgar, impondo-se não só ao nível da União, aos juízes que compõem o Tribunal de Justiça, mas também ao
nível dos estados-membros, aos seus órgãos jurisdicionais. Esta independência pressupõe que o exercício
jurisdicional seja realizado com total autonomia, sem submissão a qualquer hierarquia, sem receber ordens
de qualquer entidade e, portanto, protegendo-se o poder jurisdicional de pressões externas, o que apenas é
garantido por uma remuneração de nível adequado à importância das funções desempenhadas –
considerandos 44 e 45. Ou seja, o Tribunal de Justiça, veio, com este acórdão, colocar a tónica na tutela
jurisdicional efetiva, pois só através de tribunais independentes e imparciais podemos encontrar qualquer
ordenamento jurídico efetivamente explicado, contendo por fundamento e teleologia, o Direito.
Em termos fácticos, o Tribunal de Justiça entendeu que o corte salarial era justificado, uma vez que esta não
tinha sido uma medida adotada especificamente para o poder jurisdicional, mas sim um pacote geral de
medidas para o controlo financeiro. Este foi apenas o mote, pois a associação sindical conseguiu tudo o que
queria.
Aquando dos tratados, quem interpreta é o Tribunal da Justiça (art.º 267º TFUE). Sendo prioritário o
controlo da constitucionalidade da lei nacional de acordo com o sistema nacional, declarar a norma
inconstitucional sem antes se fazer o reenvio colocaria em causa o sistema de cooperação entre o Tribunal
de Justiça da União e os Tribunais Nacionais.
Quando o Tribunal Nacional não verifica desse fator de cooperação, este atua contra a sua obrigação de zelar
pela aplicação correta do Direito da União Europeia. Logo o TJ declara que o direito nacional se opõe ao
direito da união, e a primazia do controlo da constitucionalidade complica ainda mais esta situação sendo
que não permite que exista a comunicação entre o juiz nacional e o TJ (que exista cooperação), já que
impede este reenvio (que deve ser promovido), violando o princípio do primado do direito da UE.
Art.º 267º TFUE (regula o reenvio): não se vai opor à legislação mencionada do Código Penal Francês, a
não ser que o órgão nacional promova esta ligação, este diálogo entre o tribunal nacional e o TJ.
Os arguidos, interpretam os art.º 67º e 77º TFUE. O Tribunal Francês, lutando contra a delinquência que era
comum naquelas zonas, diz que se justifica que se aplique aquele controlo. Por sua vez, os governos da UE
também apresentaram as suas observações, dizendo que o Código de Fronteiras Schengen (previsto no
Regulamento (UE) 2016/399 de 9 de março de 2016) irá regular isto, concluindo que este controlo não é
válido.
O Tribunal nacional diz que não se vai pronunciar relativamente ao Código de Fronteiras Schengen. Art.º
22º deste CFS diz-nos que não pode ser realizado este controlo de fronteiras (definido no nº 2 do art.º 11º).
Considerandos 69 e 70 dizem-nos que não é pelo facto de estarmos perante a livre circulação de pessoas que
a polícia não pode atuar, o que tem de estar estabelecidos no código nacional (art.º 23º CFS).
No considerando 71, o TJ pronuncia-se sobre o Código do Processo Penal Francês diz-nos que o controlo
não é o mesmo que o controlo mencionado no CFS. Em contrapartida, a possibilidade de lei nacional que
impõe a confirmação de identidade, não pode ser impedida pelo CFS.
Por conclusão, viola-se o princípio da livre circulação de pessoas (se aqui existe um controlo dissimulado de
fronteiras, já que verificamos a identidade/documentação das pessoas que transpuseram a fronteira –
violação da Livre Circulação e, por conseguinte, do DUE).
09/03/2023
Acórdão Coleman – uma senhora trabalhava num escritório de advogados, que tinha um filho
com deficiência e tinha de se ausentar do trabalho, algumas vezes (por causa de consultas etc.).
Acaba por ser despedida e invoca que o seu despedimento é ilícito. Invoca a disposição de uma
diretiva que promovia a igualdade, contra a sociedade de advogados. O TJ esclarece que a
proteção da não discriminação em razão de deficiência não protege só o próprio doente, mas
também as pessoas que são afetadas pela deficiência.
A senhora usa a disposição da diretiva, mas só para intuir aquela base de proteção de um
princípio que está consagrado na Carta dos Direitos Fundamentais.
Maribel era uma senhora que trabalhava na segurança social em França, tem um acidente in itinere entre a
sua casa e o trabalho, no percurso. À luz da legislação francesa aplicável este acidente não era equiparável a
um acidente de trabalho. O DUE tinha influenciado a legislação nacional com a diretiva que estabeleceu o
direito a férias laborais remuneradas. A legislação que a transpunha fazia depender de um período mínimo
de trabalho efetivo por ano, salvo se estivesse impedida de trabalhar por acidente de trabalho.
Fica de baixa médica cerca de 1 ano e 2 meses e em função disso apresenta no tribunal de França um pedido
para obter 22,5 dias de férias remuneradas relativamente ao período que esteve de baixa.
A norma francesa que regula as férias diz que têm de trabalhar 10 dias por mês para ter férias e ela não
trabalhou por ter baixa. Este acidente in itinere não era equiparável à luz da legislação nacional a um
acidente de trabalho. Maribel reagiu judicialmente a esta negação invocando a disposição da diretiva que lhe
reconhecia direito a férias.
Vai para a próxima instância alegando que o acidente em causa se trata de um acidente de trabalho. Esta
instância leva o caso para os tribunais da UE, nomeadamente a incompatibilidade entre a norma nacional e a
diretiva 2003/88 que determina questões sobre organização do tempo de trabalho e reconhece a todos o
direito a férias renumeradas.
O TJ começa por estabelecer que a primeira aproximação ao caso deverá pautar-se por uma interpretação
conforme da norma nacional à luz da norma europeia (normas da diretiva em questão), o que poderia passar
por uma interpretação extensiva do conceito de acidente de trabalho nacionalmente consagrado como
também integrando as situações de acidente in itinere – circunstância que acautelaria a posição jurídica de
Maribel. Tal poderia ser possível porque parece não ultrapassar os limites impostos à interpretação
conforme, pois não conduziria a uma interpretação contra legem do direito francês e não chocaria com
nenhum princípio geral de direito no caso em concreto.
No entanto, caso o juiz nacional considere que não é possível, teria de verificar se a disposição da diretiva
invocada preenche os requisitos cumulativos para gozar de efeito direto. Em primeiro lugar, a norma em
causa confere direitos a particulares (direito a férias anuais remuneradas); em segundo lugar, fá-lo de forma
clara, precisa, na medida em que conseguimos compreender qual o direito e as suas consequências jurídicas
e fá-lo de forma incondicionada (sem ter de preencher uma observação prévia); em terceiro lugar, a diretiva
em causa já teria de ter sido transposta para o ordenamento interno (já decorrido o prazo de transposição);
por último, atendendo a que a entidade patronal do caso atuava no âmbito da SS, poderia reputar-se como
tendo um estatuto público e, nessa medida, também o sentido da invocação é possível, porque se trataria de
invocar a disposição da diretiva por um particular contra o Estado.
O TJ não dispondo, no entanto, de elementos suficientes para caracterizar o CICOA como ente público ainda
esclarece que na base da norma da diretiva estava a prossecução de um princípio com dimensão social e,
como tal, não declarando o efeito direto horizontal, esclarece que este direito de caráter social poderia ser
convocado para proteger Maribel na relação com outro particular.
Princípio da interpretação conforme: visa auxiliar a todo o aplicado de direito a interpretar o direito
nacional no sentido da norma europeia.
2. Interpretação contra legem do direito interno (o conteúdo da interpretação não pode produzir efeitos
contra legem, pois podia levar a uma violação do princípio de separação de poderes)
Ter em atenção se estamos perante uma diretiva ou regulamento. Se a interpretação conforme não pudesse
ser aplicada ao caso concreto é necessário verificar se a diretiva é passível de efeito direto. Em primeiro
lugar aplica-se o princípio da interpretação conforme e depois o princípio do efeito direito. Este último
corresponde ao direito dos particulares, perante as autoridades administrativas, invocarem a seu favor o
conteúdo das normas europeias. Pode ser vertical em que o particular invoca contra o Estado, ou horizontal
que será a invocação entre particulares.
Princípio do efeito direto: direito dos particulares perante órgãos jurisdicionais e autoridades, invocarem a
seu favor o conteúdo das normas europeias. Só se aplica às diretivas.
É necessário que a norma dê direitos aos particulares, que seja direcionada ao estado e quando já passou o
prazo de transposição ou foi feito de forma incorreta.
O TJ decidiu no caso que competia ao juiz nacional decidir, pois se a sua instituição for pública, vai ser
considerada do estado e pode aplicar-se o efeito direto, se for uma entidade privada mesmo que o art.º 7º da
diretiva seja claro, incondicional e preciso, não se pode aplicar o efeito direto pois só se aplica em efeito
vertical, não pode também alegar o estado o seu incumprimento de transposição contra um particular, isso
também é proibido (como demonstra o Ac. Silvio Berlusconi).
Acórdão Poplawski, de 24 de junho de 2019, Processo C-573/17
Mandado de detenção europeu, solicitado em 2013 por um tribunal polonês contra um cidadão polaco que
tinha sido condenado com pena privativa de 1 ano, mas este cidadão residia nos Países Baixos. Este
mandado foi então recebido em Amesterdão.
Tem por base a decisão quadro 2002/584/JAI. Este mandado substitui a extradição. Os Países Baixos tinham
uma lei que consistia numa exceção a este exercício de extradição: caso o cidadão fosse dos Países Baixos
ou residisse no país, os Países Baixos não a executavam de imediato.
Em 2008 entrou em vigor a decisão quadro 2008/909/JAI que vai estabelecer que o Estado Membro pode-se
recusar a dar vazão ao mandado europeu desde que reconheça a sentença dada pelo Estado emissor e a
venha a executar. É feito um reenvio perguntando se a decisão quadro consiste numa “obrigação”.
Princípio do primado: consagra a prevalência do direito da União em relação ao nacional, em caso de
confronto (ac. Costa/ENEL, processo 6/64). O tribunal de justiça diz que este princípio impõe aos tribunais
nacionais que em primeiro lugar interpretem o seu direito em função do direito da União. Ativa o princípio
da interpretação conforme.
Art.º 34º do TUE, versão de Nice, que dizia que nas decisões não havia efeito direto – Protocolo nº 36. As
decisões quadro não produzem efeito direto, não podendo o primado ser aplicado.
Quando o efeito direto não pode ser acionado deve ainda assim o tribunal verificar se consegue uma
interpretação conforme. O tribunal de justiça termina dizendo que o TC deveria tentar compatibilizar o
sentido da norma nacional com as decisões quadro porque haveria pessoas impunes e os direitos das pessoas
da UE ficariam em causa. Se fosse uma diretiva, que cumprisse os requisitos do efeito direto, aplicar-se-ia o
princípio do primado europeu.
16/03/2023
23/03/2023
A partir da leitura do art.º 19º/1, 2º parágrafo do TUE percebemos que entre a tutela jurisdicional efetiva e
a autonomia processual dos EM existe uma relação umbilical, especificamente nos casos em que a tutela
jurisdicional tem de ser assegurada pelos tribunais nacionais, porque quando é assim o DUE vai-se auxiliar
das normas processuais nacionais, ou seja, remete para o processo civil, penal, etc. do EM. Por isso é que se
diz que os EM gozam de uma autonomia processual.
Cabe aos EM criar as vias recursórias adequadas e normas de processo tendentes à efetivação do DUE. Esta
faculdade surge para dar resposta à tutela jurisdicional efetiva do DUE. Se o DUE diz que se use o processo
nacional, este, sendo testado, tem de ser suficientemente adequado para assegurar que o DUE é acautelado.
Para isso há dois testes cumulativos em sentido positivo: o teste da equivalência e o da efetividade.
A equivalência visa testar se a norma processual nacional acarreta um tratamento menos favorável para o
litigio que envolve DUE relativamente àquele que não envolve. O teste da equivalência exige uma
comparabilidade de situações, não exige uma identidade. Não havendo possibilidade de promover a
comparação o teste é dado por ultrapassado estando conduzido o juízo à luz da efetividade em sentido
estrito.
A efetividade em sentido estrito visa testar se uma norma processual nacional trona excessivamente difícil
ou impossível na prática o exercício dos direitos decorrentes da ordem jurídica europeia. Como se trata de
um conceito indeterminado o TJUE esclareceu que cabe olhar para a norma nacional e perceber o seu papel
no computo global do processo e se mesmo assim não formos capazes de chegar a uma conclusão cabe aferir
se na base daquela norma processual reside uma vocação de efetivar algum princípio geral.
Exemplo do Acórdão Johnston – discriminação em termos de género. Existia uma norma processual
nacional que tinha impacto no caso que impedia o juiz de fazer uma livre apreciação. Ainda que o juiz
quisesse conhecer a materialidade do DUE não podia, porque a norma fazia com que a prova fosse inilidível.
Assim, havia uma falha no teste da efetividade em sentido estrito, por tornar difícil ou impossível.
1. Começar pela união de direito – caracterizar a UE como uma união do direito porque subsume toda a sua
atividade enquanto exercício do poder público ao direito.
2. Identificar o ato normativo em causa – diretiva, regulamento, decisão e caracterizar à luz do 288º do
TFUE
Se for um regulamento falamos da aplicabilidade direta, que lhe é intrínseco.
Se for uma diretiva, explicamos que há dois princípios ligados, que são a interpretação conforme e o efeito
direto. O efeito direto surge antes, mas por conta do Ac. Maribel Dominguez e Poplawsky passou-se a
averiguar primeiro a interpretação conforme. O efeito direto afasta a norma nacional, ao passo que a
interpretação conforme é menos intrusiva.
Perceber se a interpretação conforme é possível, limites e como se faz (à luz dos padrões interpretativos
nacionais – artigos iniciais do CC).
Se não for possível passa-se para o efeito direto (perceber se a disposição da diretiva goza desse efeito).
Pressupostos do efeito direto. Efeito direito vertical ou horizontal, sendo que o horizontal nunca foi
declarado. O efeito direto vertical invertido foi proibido no ac. Berlusconi.
3. Se o Estado ignorar o efeito direto, há responsabilidade do Estado por violação do DUE. Pressupostos.
4. Reenvio prejudicial
Interpretação ou validade, obrigatório ou facultativo.
Se a situação concreta for alvo de alguma tramitação especial (urgente ou acelerada) caracterizá-la.