22607-Texto Do Artigo-65310-1-10-20181208
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ADRIANA RAMOS1
ANA LIVIA ADRIANO2
AMANDA CAROLINE DE SOUZA3
Resumo: Este trabalho é fruto de pesquisa desenvolvida pelo Núcleo de Estudos dos Fundamentos
do Serviço Social (NEFSS), na qual prioriza o estudo da formação e do trabalho profissional, e,
dentre outros debates, compreender o trabalho do assistente social no âmbito da Política de Saúde.
Para tanto, organizou-se um primeiro mapeamento bibliográfico sobre a produção do conhecimento
do Serviço Social no âmbito da Saúde, cujo universo de pesquisa envolveu teses, dissertações e
artigos em periódicos produzidos no período 2000 a 2015. A delimitação temporal justifica-se por
entender que nesta conjuntura se evidenciam inflexões na Política de Saúde brasileira.
Palavras-chave: Serviço Social; Saúde; Produção de conhecimento; trabalho do assistente social.
Abstract: This work is the result of a research developed by the Center for Studies of the
Fundamentals of Social Service (NEFSS), in which it prioritizes the study of training and professional
work, among other debates, to understand the work of the social worker in the scope of the Policy of
Health. For this purpose, a first bibliographic mapping was organized on the production of Social
Service knowledge in the field of Health, whose research universe involved theses, dissertations and
articles in periodicals produced between 2000 and 2015. The temporal delimitation is justified for
understanding that at this juncture there are evidences inflections in the Brazilian Health Policy.
Keywords: Social Service; Health; Knowledge production; social work worker
1. INTRODUÇÃO
4Aqui é fundamental a compreensão de que somente foi possível este movimento de ruptura com as bases
conservadoras do Serviço Social porque a conjuntura do final das décadas de 1970 e início da de 1980 forram
construídas por uma erosão da ditadura empresarial militar, pelo processo de redemocratização do país, por
uma conjuntura de reorganização dos movimentos sociais e sindicais dentre outros elementos, que propiciou
ao profissão uma aproximação ainda que enviesada com as obras do campo da tradição marxista.
Sob esta perspectiva crítica deitam raízes num projeto profissional de base
progressista, com tonalidades democráticas e que constitui um outro ethos
profissional5 para o Serviço Social brasileiro. Este projeto representa seus saberes
práticos e interventivos, suas perspectivas e seu acúmulos teóricos, suas
normatizações e a autoimagem da profissão construída por uma vanguarda
progressista. (Netto, 2006). Tal projeto representou uma forte interlocução com o
pensamento do campo da tradição marxista reconfigurando a profissão e contém
como um de seus princípios centrais a defesa intransigente da liberdade e o
compromisso com a construção de outra ordem societária. Este projeto,
hegemônico na categoria, se expressa nas ações político pedagógicas dos sujeitos
que constroem essa profissão, na articulação desta com as lutas dos trabalhadores
e nos marcos legais fundamentais- Lei que regulamenta a profissão, Código de
Ética de 1993 e nas Diretrizes curriculares de 1996, abrangendo a totalidade da
formação e do trabalho profissional. Nesse sentido este projeto está “[...]
comprometido com a contribuição profissional voltada para a construção da
emancipação humana, o que exige a superação das condições de exploração
inerentes ao modo de ser da sociedade capitalista.” (Forti e Coelho, 2015, p. 36)
5
Ethos esse fundamentado da teoria do ser social, entendendo a ética como uma capacidade humana, uma
forma de práxis, que tem na liberdade o seu fundamento maior e, no nosso projeto profissional fundamenta-se
em onze princípios fundamentais assegurados no Código de ética (1993).
5
2. DESENVOLVIMENTO
SOCIAL
ASSISTENTES SOCIAIS
3. CONCLUSÃO
Com este material composto de 129 textos, a grande parte 53%, aborda mais
especificadamente a “Política de Saúde”, 36% abordam o “Serviço Social e Saúde”,
5 % abordam os sujeitos usuários da Política de Saúde, 4 % sobre “Trabalho e
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Pode-se indicar com estes dados que muitos profissionais acabaram por
debruçar-se pela compreensão teórica da Política de Saúde, ao invés de reforçar
análise de estratégias das lutas sociais para garanti-las. Isto é, prioriza-se o estudo
da política e sua institucionalidade em detrimento dos tensionamentos que ela
comporta. Tal analise não oculta a perspectiva crítica destas elaborações, mas
chama atenção um aparente negligenciamento acerca das reflexões dos projetos
políticos que conformam tal política e em muito definem a natureza contraditória do
trabalho profissional, em seus limites e potencialidades. Sobre o trabalho
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REFERÊNCIAS
ANDREAZZI, M. de F. S; BRAVO, M.I.S. “Privatização da gestão e organizações
sociais na atenção à saúde. Revista Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v.12, n
3, p. 499-518, 2014.
ABRAMIDES, M. B. C. Desafios do Projeto Profissional de ruptura com o
conservadorismo. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, ano XXVIII, n. 91,
2007.
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