ASA - EP10 - Teste - Farsa de Ines Pereira
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CANTIGA DE MALDIZER
[…]
Pero Garcia Burgalês, (CV 988, CBN 1380), A lírica galego-portuguesa, Lisboa, Editorial Comunicação, 1983,
p. 230. (Apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária de Elsa Gonçalves)
5. Comprova, com base na segunda estrofe, que é através de uma antítese que se promove
o humor.
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v. 4: para se mostrar grande trovador;
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v. 5: porque ela desdenhou do seu amor;
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ressuscitou;
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sobre este assunto;
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nisso;
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habilidade poética;
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vv. 11-12: nas cantigas que faz gosta de morrer nelas e depois voltar a viver;
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Teste Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente (Sequência 4)
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por nada, por coisa nenhuma;
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não o.
GRUPO II
Lê o texto seguinte.
O humor em Portugal
Em Portugal o humor, como representação da crítica moral e social, teve a sua expressão
mais comum através da palavra escrita, quer sob a forma das cantigas de escárnio e maldizer
quer sob a forma de teatro que Gil Vicente tão acutilantemente 1 revelou. A Inquisição2 surgiu
como censora da liberdade de expressão remetendo o riso e a ironia para a representação
5 iconográfica3 nas artes populares.
Nas décadas de 60 e 70 do século XIX, nomes como Manuel Macedo, Manuel Maria
Bordalo Pinheiro e sobretudo Raphael Bordalo Pinheiro, inseridos na corrente naturalista, irão
15 marcar uma nova visão da caricatura e do humor em Portugal. A publicação dos seus
trabalhos, bem como de outros artistas, era divulgada através de periódicos como A Berlinda,
O Binóculo, O Sorvete, O Charivari ou o Pontos nos ii, entre outros. Dos temas tratados, com
mais ironia, destacava-se a política monárquica, denotando-se a tendência republicana de
muitos caricaturistas que se acentuará no final desse século.
30 A par deste tipo de publicações, diários e semanários de outra índole contavam também
com o trabalho de caricaturistas. Para além destes, surgiram jornais associados a instituições
que, muitas vezes produzidos de forma quase artesanal, refletiam a atualidade da organização
que os editava. Como exemplo, podem referir-se os inúmeros “jornais de caserna 6” que
durante o século XX foram sendo editados nas unidades, quer no continente quer no ultramar,
35 os quais tiveram uma larga divulgação durante o período da Guerra Colonial 7. Embora não se
tratassem de publicações de caráter cómico, muitos eram os humoristas que, estando a
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prestar o serviço militar, colaboravam com os seus trabalhos nestas edições, ironizando as
situações vividas na guerra e nos quartéis.
http://www.exercito.pt/sites/MusMilPORTO/Actividades/Paginas/4297.aspx.
(Texto adaptado, consultado em janeiro de 2016)
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tão acutilantemente – tão bem; 2 Inquisição – tribunal de natureza religiosa, fortemente repressivo;
3
representação iconográfica – representação em imagens; 4 Guerra Peninsular – a guerra entre os exércitos de
Napoleão e os de Inglaterra, Portugal ou Espanha (1807-1814); 5 Estado Novo – regime político ditatorial que
vigorou em Portugal entre 1933 e 1974; 5 caserna – quartel; 6 Guerra Colonial – guerra travada por Portugal em
algumas das suas antigas colónias (1961 – 1974).
1. Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.7, seleciona a opção que permite obter uma
afirmação correta.
1.2 A censura da Inquisição sobre formas de humor em Portugal exerceu-se principalmente sobre
(A) as imagens.
(B) a palavra escrita.
(C) a palavra dita.
(D) as artes populares.
1.4 Em meados do século XIX, o humor, em Portugal, debruça-se principalmente sobre temas
(A) religiosos.
(B) políticos.
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Teste Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente (Sequência 4)
(C) artísticos.
(D) sociais.
1.7 «O humor no Jornal do Exército 1961-1964» é uma iniciativa cujo objetivo principal é
(A) uma pesquisa de documentação humorística.
(B) uma seleção de documentação humorística.
(C) uma apresentação de documentação humorística.
(D) uma exposição de documentação humorística.
2.1 O étimo latino UNITATE- deu origem à palavra «unidade». Indica o processo fonológico
presente na evolução de /t/ (no étimo latino) para /d/ (na palavra portuguesa).
2.2 Refere a função sintática de «o humor» (linha 6).
2.3 Classifica a última oração iniciada pela palavra «que» presente no texto.
GRUPO III
ALTERNATIVA I
ALTERNATIVA II
Escreve uma síntese do texto do Grupo II que tenha cerca de um quarto das suas palavras.
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B
4. O texto critica uma prática literária constante das cantigas de amor que consistia no
desenvolvimento do tópico artístico da morte por amor – por amor não
correspondido.
5. O humor está presente na antítese ou jogo antitético entre o «morrer» e o «viver», v. 5
da segunda estrofe. Esta antítese comprova bem o caráter artificial da expressão
da morte de amor típica de muitas cantigas de amor.
GRUPO II
1.1 C; 1.2 B; 1.3 C; 1.4 B; 1.5 A; 1.6 D; 1.7 D
2.1 Sonorização, em ambas as ocorrências
2.2 Sujeito
2.3 Oração subordinada adjetiva relativa restritiva
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