Bens Públicos e Suas Características
Bens Públicos e Suas Características
Bens Públicos e Suas Características
CLASSIFICAÇÃO:
Os bens públicos se classificam quanto à titularidade, quanto à destinação e quanto à
disponibilidade. Quanto à titularidade, os bens podem ser federais, estaduais, distritais e
municipais.
• Federais são aqueles pertencentes à União, enumerados no art. 20 e incisos da CF, pois
levam em conta a segurança nacional, a proteção à economia do País, o interesse público
nacional e a extensão do bem.
Os bens classificados como federais em razão do interesse público nacional são as vias
federais de comunicação, a preservação do meio ambiente, as cavidades naturais
subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos, além das terras tradicionalmente
ocupadas pelos índios. Os bens classificados como federais em razão de sua extensão, os
lagos e rios que banham mais de um Estado.
Bens de uso comum (art. 99, I, do CC) (não tem critério econômico, é
indisponível. PODEM SOFRER RESTRIÇÕES OU IMPEDIMENTOS. Ex.: no são
joão quando quando querem fechar a rua para fazer uma festa, não vai
simplesmente fechar a rua, e sim, precisa de autorização)
Bens de uso especial (art. 99, II, do CC) (tem critério econômico, é indisponível)
Bens dominicais (art. 99, III, do CC) (é um bem público, mas não está destinado à
atender a coletividade. Tem critério econômico, é disponível. constituem o
patrimônio disponível, exercendo o Poder Público os poderes de proprietário como
se particular fosse. São bens desafetados, ou seja, não possuem destinação pública)
O uso especial dos bens públicos é a utilização do bem pelo usuário que se submete a
regras específicas e à anuência estatal (uso privativo), ou que se sujeita à onerosidade,
como por exemplo, uso da calçada pública para colocação de mesas de bar e pagamento
de pedágio nas estradas.
LEMBRANDO: Há bens que não são bens públicos mas são dotados do regime de direito
público quando o bem TIVER DESTINAÇÃO PÚBLICA, independente se o titular for um
particular ou entes públicos.
AFETAÇÃO, DESAFETAÇÃO E REGIME JURÍDICO
Como visto, a classificação dos bens públicos pode variar em razão das circunstâncias de
estarem ou não afetados a finalidades públicas.
AFETAÇÃO
É um fato administrativo pelo qual se atribui ao bem público uma destinação pública especial
de interesse direto ou indireto da Administração. Isso significa que um bem público pode ter
a afetação por algum instrumento formal (a exemplo de uma lei ou de um ato administrativo)
ou pela mera circunstância da destinação que lhe é conferida ser para a promoção de
alguma finalidade pública.
Com exceção dos bens dominicais, todos os demais bens públicos são incorporados ao
patrimônio público para uma destinação. Essa destinação especial é chamada de afetação.
A retirada dessa destinação, com a inclusão do bem dentre os chamados dominicais,
corresponde à desafetação.
É a retirada do referido destino do bem. É ato unilateral por meio do qual o Estado altera o
regime jurídico aplicável ao bem de uso comum ou de uso especial, submetendo-o ao
regime de bem dominical. Constitui o desligamento do bem da estrutura organizacional
institucional estatal. O bem continua a ser público, mas deixa de ser necessário ou útil para
desempenho das funções próprias do Estado. Os bens dominicais não são afetados a
nenhum destino público. SÓ O DESUSO NÃO É SUFICIENTE!
SÃO CARACTERÍSTICAS DO REGIME JURÍDICO DOS BENS PÚBLICOS
QUANDO OS BENS SÃO UTILIZADOS POR PARTICULARES, ESSE USO PODE SER:
Comum ou Privativo
Ex: Uma rua está fechada por conta de realização de um festival que ali se realizará.
CARACTERÍSTICAS:
Entretanto, são admitidas pela legislação algumas hipóteses em que particulares podem
usufruir privativamente de certo bem público, mediante remuneração ou não. A utilização do
bem público pelo particular deve necessariamente ser reduzida a instrumento por escrito e é
precária em via de regra, pois o interesse público exige prerrogativas a favor da
Administração, como, por exemplo, a faculdade de revogar uma autorização previamente
concedida.
FORMAS:
AUTORIZAÇÃO O interesse não é da administração pública e sim de quem está
pedindo a autorização. Além do seu caráter unilateral um ato e discricionário.
São hipóteses em que se concede autorização para uso incomum e excepcional, que
podem causar transtornos para terceiros.
Autorização qualificada
A autorização qualificada é aquela que contém prazo de vigência. Exemplo disto é o Código
de Águas, que determina a obrigatoriedade de fixação de prazo para a derivação de águas
no interesse do particular.
Foi instituída pela Medida Provisória 2.220 de 04 de setembro de 2001. Concedeu ao Poder
Público a faculdade de dar autorização de uso a quem possuiu imóvel público de forma
pacífica e ininterrupta pelo prazo de cinco anos, de até 250m², em área urbana, para fins
comerciais, até 30 de junho de 2001.
Noções gerais
Fundamento constitucional:
Modalidades restritivas:
a) Limitação administrativa
b) Servidão administrativa
c) Ocupação temporária
d) Requisição administrativa
e) Tombamento
Modalidades supressivas:
a) Desapropriação
b) Confisco
Limitação Administrativa
a) Conceito
b) Características
Ocupação Temporária
a) Conceito
b) Características
Requisição Administrativa
a) Conceito
b) Características
Conceito
Direito à indenização
De rodovias
Em torno de aeroportos
De energia elétrica
TOMBAMENTO
Normas constitucionais sobre proteção à cultura
Conceito
Origem
Modalidades de tombamento:
Procedimento do tombamento:
2) Notificação ao proprietário;
3) Impugnação em 15 dias;
4) Réplica em 15 dias;
5) Decisão em 60 dias;
De não fazer
De fazer
De tolerar
CONFISCO
Conceito
a) Ausência de indenização
Exemplos:
b) Perda dos bens utilizados na prática de crimes (art. 91, II, Código Penal)
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem
localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na
forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação
popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções
previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º.
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso,
porte ou detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo
agente com a prática do fato criminoso.
DESAPROPRIAÇÃO
CONCEITO
MODALIDADES:
Para fins de Reforma Agrária (Lei 8629, de 1993) – art. 184, CF/88
Art. 5º
a) a segurança nacional;
b) a defesa do Estado;
d) a salubridade pública;
f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas minerais, das águas e da energia
hidráulica;
g) a assistência pública, as obras de higiene e decoração, casas de saúde, clínicas,
estações de clima e fontes medicinais;
II - VETADO
VIII - a utilização de áreas, locais ou bens que, por suas características, sejam apropriados
ao desenvolvimento de atividades turísticas. (LEI 4132/62)
INDENIZAÇÃO NA DESAPROPRIAÇÃO
OBRIGATORIEDADE
CARACTERÍSTICAS:
a) Justa
b) Prévia
c) Em regra, em dinheiro
I – imóvel urbano para atendimento ao disposto no Plano Diretor: títulos da dívida pública
PROCEDIMENTO DE DESAPROPRIAÇÃO:
Fase Declaratória
Fase Executória
Administrativa
Judicial
AÇÃO JUDICIAL DE DESAPROPRIAÇÃO
Conclusão da desapropriação
Desapropriação indireta
Direito de extensão