A Independência Nacional
A Independência Nacional
A Independência Nacional
Dircia;
Ísio Benvindo;
Tatiana João.
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2. A Independência Nacional: A República Popular de Moçambique
Após a proclamação da República Popular de Moçambique, tempos difíceis aguardam a nova
nação:
Milhares de colonos portugueses abandonam o país;
Pelo seu posicionamento na África Austral, Moçambique deu apoio solidário à luta do
Zimbabwe e ao ANC da África do Sul, o que fez com que rapidamente granjeasse
inimigos na região: primeiro, na Rodésia do Sul e, depois, a República da África do Sul,
países que tudo fizeram para impedir o desenvolvimento normal de Moçambique;
Se a isso acrescentamos que a economia moçambicana, definida durante o período
colonial como uma economia de serviços, associada à falta de quadros técnicos a todos os
níveis produtivos, percebemos que o novo país foi conduzido a um caos económico.
Apesar desta situação, o governo da FRELIMO, no campo interno, decretou a
nacionalização do ensino, da saúde, da habitação, da indústria, da banca e de diversas
empresas transnacionais. A palavra de ordem era “a luta continua”.
No campo externo, optou pelo não-alinhamento e internacionalismo proletário, tendo sido
membro fundador da Linha da Frente. Em 1976, encera as suas fronteiras com a Rodésia,
apoiando a luta pela libertação do Zimbabwe. Em resposta, a Rodésia apoiou o Movimento de
Resistência Nacional (MNR), que havia surgido no mesmo ano.
Em 1977, o país mergulha numa guerra de desestabilização que devastou totalmente o país,
paralisando-o económica, política e socialmente.
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O PPI foi implementado entre “escombros de propriedades abandonadas, geridas por quadros
não qualificados, por cooperantes que pouco sabiam da realidade cultural e do comportamento
dos camponeses”. Contudo, a euforia nacional pela independência facilitou as mobilizações para
trabalhos voluntários e campanhas agrícolas e consequente subida da economia entre 1975/81.
A falta de mao-de-obra qualificada, a má gestão, a inesperiência dos técnicos a guerra com a
Rodésia e a Renamo, contribuiram para o declínio da produção, a partir de 1981, e o decréscimo
do nível de vida da população. Esta situação conduziu à integração de Moçambique em 1984 no
Banco Mundial (BM) e no Fundo Monetário Internacional (FMI).
Com a morte de Samora Machel no dia 19 de Outubro de 1986, na sequência de um acidente
aéreo, ainda não esclarecido, impediu-o de assumir a responsabilidade do Programa de
Reabilitação Económica (PRE), no início de 1987. Este acabou por ser implementado por
Joaquim Alberto Chissano, presidente nomeado em 1986.
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4. Referências Bibliográficas
Manual de História de Moçambique - 12ª Classe