The Dark Kingdom 2 - Titan
The Dark Kingdom 2 - Titan
The Dark Kingdom 2 - Titan
Titan
Emilee
Quando deixei a cidade do pecado para trás, não tinha planos de voltar.
Evitei todo mundo, até mesmo minhas amigas, para ficar na minha bolha.
Sempre fui o tipo de pessoa que me afasta e foge quando as coisas ficam
difíceis.
Mas um telefonema mudou tudo e estava correndo de volta a cidade. Se
soubesse o que estava esperando por mim...
Titan reapareceu como um fantasma me assombrando. Um olhar e sabia
que ele me reconheceu.
Nunca me esqueci dele ou do que compartilhamos. Esses sentimentos
que ninguém mais sabia que existiam entre nós.
Ignorei naquela época, mas agora eles estão mais intensos do que
nunca.
‘Fique de joelhos...’ Ele exigiu que me ajoelhasse para ele.
Tentei agir como se ele não me afetasse, mas ele sabia. Ele se lembrou de
como reagi quando ele me tocou.
E assim como ele foi ensinado a fazer, ele usou minhas fraquezas contra
mim.
Quatro delas começam a se despir sem hesitar. Elas fazem isso para
viver, embora geralmente seja sob luzes piscando, máquinas de neblina e
música estrondosa. E não se esqueça do dinheiro que vem com a venda de
seu corpo. Mas ainda assim, elas não são tímidas. A última à direita
observa as outras com olhos verdes arregalados enquanto ela morde o
lábio inferior.
—Problema? — Pergunto.
Ela olha para mim e engole. —Eu... uh, eu não sabia... eu não uso um...
—Você não tem nada que já não tenha visto, — interrompo suas
divagações.
—Aqui, — Sandy oferece. —Você pode usar o meu. —Ela abre o sutiã
de renda preta e o estende para a loira. Seus seios grandes pagos de
aparência bastante nova e animada estão agora totalmente em exibição.
Sandy o joga no chão e dá de ombros. Ela bate as palmas das mãos nas
coxas nuas e dá um pequeno salto em seus sapatos de saltos de quinze
centímetros.
Porra! É muito cedo para essa merda. Não sou um treinador de torcida
preparando elas para um jogo. Esfregando minhas têmporas, olho para a
papelada que cobre minha mesa preta. —Megan, você não listou seus
limites, — anuncio, olhando para ela através dos meus cílios.
Seus olhos caem para o chão, e não perco o fato de que ela ainda está
vestida. Seus braços agora abraçando seu pequeno peito. —Eu não
entendi...
Jesus!
As outras meninas riem. —É mais do que apenas isso, — Sandy diz a ela
com um sorriso no rosto.
—Senhoras, esta é GiGi. Pense nela como sua... mãe da casa. — Bom o
bastante. —Ela vai tirar suas medidas e inserir em seus arquivos. — As
quatro mulheres seminuas acenam com a cabeça com entusiasmo. —Assim
que terminar a prova, a Dra. Lane vai atendê-las.
—Sim. — Rosnando, olho para ela. Ela não ouviu nada do que eu disse?
—Todas as Rainhas devem estar sob controle de natalidade. Noventa e
cinco por cento de nossos clientes, já têm esposas e filhos. Eles querem ter a
garantia de que não haverá nenhum bebê surpresa ou uma Rainha
tentando engravidar por dinheiro de chantagem. —Garantimos a satisfação
dos nossos clientes. E gravidez não planejada não vai conseguir isso. E não
estou prestes a confiar em nenhuma mulher a minha reputação e dedicação
aos meus clientes. Todas elas se viram e se encaminham para fora. —
Megan sente. — Paro ela.
Ando ao redor da minha mesa e me inclino contra ela. —Por quê você
está aqui? — Pergunto. Cruzando meus braços sobre meu peito, olho para
ela.
Ela pega um pedaço de fiapo inexistente em seu jeans. Seu cabelo loiro
escuro protege seu rosto de mim. —Preciso de dinheiro.
Já sabia disso. E tenho certeza que ela é uma maldita virgem. —Quantos
anos você tem?
—Dezoito.
Sua cabeça se levanta. Seus olhos verdes se estreitam em mim antes que
ela os desvie e deixe seus ombros caírem. —Eu sei. Não sei o que estava
pensando. — Ela coloca o cabelo atrás da orelha.
—Não.
Talvez seja a porra da minha dor de cabeça ou talvez esteja apenas com
disposição para ceder. Duvido, mas digo: —Vá para este endereço e dê isto
ao Mitch. — Ando ao redor da minha mesa e sento na minha cadeira.
Escrevo enquanto falo. —Diga a ele que enviei você, e ele vai te colocar no
cronograma. — Arranco o papel e empurro na superfície de mogno. Ela
não pode trabalhar no Kingdom. No estado de Nevada, você precisa ter
pelo menos vinte e um anos para servir bebidas. Mas tenho ligações por
toda a cidade, incluindo restaurantes.
—Sim senhor.
Ela sai correndo do meu escritório muito mais rápido do que havia
entrado.
As Rainhas do Kingdom.
A morena que não falou muito nas últimas duas horas me olha. O nome
dela no acordo de confidencialidade que ela assinou diz Maggie. Ela veio
com Sandy. —Você tem que terminar um encontro mais cedo com
frequência?
Concordo.
—E acabei com isso. — Simples assim. Uma garota nunca foi estuprada
ou espancada enquanto estava sob vigilância. Meus clientes entendem no
que se inscrevem quando solicitam uma garota. Se eles quebrarem
qualquer regra do contrato, vou quebrar a porra de seus pescoços. Mas
entendo que não posso estar lá com elas cem por cento do tempo, então nos
certificamos de que todas as bases estejam cobertas.
Na maior parte, tudo sempre corre bem. As meninas ficam com sessenta
por cento do que cobro, e algumas nem mesmo tiraram a roupa. Ficar nua e
chupar pau não são requisitos para ser uma Rainha, mas se é isso que elas
querem fazer, então, faça. Além disso, elas mantêm cem por cento de suas
gorjetas fora dos livros. Isso é entre o cliente e a Rainha para negociar.
Ela empurra o lábio inferior enquanto seus olhos escuros vagam pelos
meus braços tatuados. —Isso é ruim.
Minha porta se abre com tanta força que bate na parede interna, e um
dos meus melhores amigos e parceiros de negócios entra no meu escritório.
Seus olhos azuis estão estreitados e seu peito curvado. Ele está chateado
com alguma coisa. E se tivesse que adivinhar, diria que é sobre seu irmão,
Grave, que é outro amigo meu e parceiro de negócios.
—Você viu isso? — Ele exige, vindo até a minha mesa. Ele bate um
pedaço de papel na superfície. —Isso é besteira! — Ele aponta para a
manchete. Bones é o único cara que conheço que verá um artigo na internet
e o imprimirá para ler indefinidamente.
Em vez de ler, assisto Whitney olhar para Bones como sua próxima
refeição. Fui esquecido. Ela já se moveu. Sorrio para mim mesmo. Não vou
dizer a ela que ela tem melhores chances de ganhar na loteria. Bones não
toca em ninguém associado ao Kingdom. Ele voa para fora do estado para
molhar o pau. Seu sabor atual do mês é uma modelo de passarela de um
metro e oitenta que mora em uma cobertura de seis mil metros quadrados
em Nova York. Ela já está planejando o casamento. Ele está apenas usando
ela. Como todos nós fazemos. Homens como nós não se apaixonam. Nem
todo rei precisa de uma rainha.
—Oi. — Ela tem seus seios empurrados para cima.
Sua mandíbula está rígida. Ele para de andar e coloca os nós dos dedos
tatuados na minha mesa. Inclinando, ele fala baixinho comigo. —Você
sabia sobre isso?
Ele vira a cabeça para olhar para ela, e seus olhos se arregalam quando
ela dá um passo para trás. Bones pode ter esse efeito em você. Sua atitude
de ‘vai se foder’ pode afastar qualquer um.
Saio de trás da minha mesa, agarro seu braço e a empurro para fora da
sala enquanto ela protesta. —Todo mundo fora! — Ordeno as outras três,
que saem sem discutir. Batendo a porta, volto para a minha mesa.
Bones se empurra para fora da minha mesa. —Eu mesmo vou matar ele,
porra.
—Por mais que odeie, não há nada que você possa fazer, — digo a ele
com pesar.
Seu irmão mais novo deseja morrer. Tem sido assim desde que éramos
crianças. E o homem não vai mudar agora. Ele adora as drogas, as
mulheres e a bebida. Sem mencionar seu vício em brigas e jogos de azar. —
Ele é um adulto...
—Mesmo? — Ele atira em mim. —Quando foi a última vez que você foi
preso?
Ele bufa.
Me sento de volta na minha cadeira. —Sério. Vou sair com ele neste fim
de semana. Apenas sentir ele. — Aponto para o papel na minha mesa. —
Você sabe como os repórteres mentem sobre essas merdas. Talvez o que
está escrito e o que realmente aconteceu sejam duas coisas diferentes. —
Duvido, mas valia a pena tentar. Terei que perguntar a Cross se ele estava
lá com ele. E se ele não estava, então é quem Grave teria chamado para
salvar ele.
Ele pega o papel da minha mesa. Enrola e joga no meu lixo. —Tudo
bem. Mas se você não colocar um pouco de bom senso nele, meus punhos
vão colocar.
—Titan. Tenho algo que você pode querer saber, — diz o homem em
saudação.
Desligo.
Emilee
Meu corpo está pesado. Meu peito se aperta e meu coração está
despedaçado.
Há dois meses, descobri que minha mãe estava doente. Ela vai morrer; o
médico havia dito. Não há nada que possamos fazer, acrescentou ele. Passei os
últimos dois meses tentando me preparar para dizer adeus a ela. Para
encontrar uma maneira de ficar em paz para que seu sofrimento acabe e ela
não sinta mais dor.
Soltei um longo suspiro, soprando os fios soltos do meu rabo de cavalo do meu
rosto enquanto debato se quero responder ou não.
Tenho evitado minhas amigas e suas perguntas intermináveis que virão quando
eu atender. Fui para casa em Vegas alguns meses atrás e disseram que minha mãe
está morrendo. Meu tempo é limitado. Tive que voltar para colocar algumas coisas
em ordem e arrumar meu apartamento enquanto o colocava à venda. Enquanto
estava lá, uma das minhas melhores amigas, Jasmine, me ligou e disse a ela o que
aconteceu. Deveria ter mantido minha boca fechada, mas era como vômito. Fui
incapaz de segurar as emoções que me inundaram. E disse a ela. Sei que ela falou
com nossa outra melhor amiga Haven agora. Ela está explodindo meu telefone, mas
simplesmente não tenho palavras. Não tenho energia para falar sobre isso.
Ele para e me sinto aliviada. Mas então ele recomeça imediatamente. Ficando de
pé, passo por cima de algumas caixas cheias de roupas e faço o meu caminho pelo
corredor para o meu quarto no final. Pego meu telefone da cama queen-size e
franzo a testa quando vejo o número.
—Minha mãe está bem? —Pergunto correndo. Talvez meu pai tenha tido que
levá-la ao hospital, e é por isso que ele não me ligou.
—Emilee?
—Ele está pronto para você, — diz ela antes de virar as costas para mim
e caminhar até sua mesa.
—Obrigada, — murmuro tão baixo que nem tenho certeza se ela pode
me ouvir. Ajoelho, pego meu telefone do chão de mármore branco onde o
deixei cair e mordo meu lábio inferior, tentando acalmar minha respiração.
Nervosamente, passo minhas mãos sobre meu cabelo. Tenho um coque
apertado e meu estômago ronca como resultado de não comer desde... não
sei quando. Comida tem sido a última coisa em minha mente. E o pouco
que comi. Não consigo segurar. Meus nervos continuam tirando o melhor
de mim.
O medo.
A tristeza.
É tudo demais.
Não sou uma estranha para a morte. A mãe de minha mãe morreu
quando eu tinha oito anos e lembro de seu serviço. Como minha mãe
estava fraca demais para ficar de pé. Meu pai teve que praticamente
carregar ela de volta para o nosso carro. Ela não conseguiu sair da cama
por semanas.
—Ele está. — Ouço sua voz viajar para mim da frente. —Ele está no
escritório do seu pai.
Minha cabeça gira. —Ele está o quê? — Desta vez, ela não responde.
Fechando a porta, vou até a próxima e a abro. —Por que você está…?
Meu pai queria este escritório pela vista. Ele amava Las Vegas. É na
esquina do prédio, no trigésimo quinto andar. Cinquenta por cento da
grande sala tem janelas do chão ao teto. Ele disse que não havia uma vista
melhor em Nevada. Quando ele tinha que trabalhar até tarde, minha mãe
trazia o jantar para ele. Faríamos um piquenique no chão de seu escritório
enquanto observávamos a cidade iluminar o céu, e ele nos mostraria onde
seu próximo projeto seria.
Este era o seu espaço. Sua casa longe de casa. E agora George vai
assumir o controle como se sempre fosse dele.
É isso que me deixa tão nervosa com esta reunião. George insistiu que
eu viesse aqui após o culto. Ele disse que precisava me ver e que era
importante. —Sr. Yan, aqui é Emilee York. — Ele me apresenta ao
advogado do meu pai.
Tinha acabado de conhecer ele no funeral. Nós não falamos, mas sabia
quem ele era porque George o indicou para mim. Não prestei muita
atenção nele, mas agora, ao ver seu terno Armani e seu sorriso de boas-
vindas, não gosto dele. Se ele é o advogado do meu pai, por que estou
acabando de conhecê-lo?
Dou a ele o sorriso mais fraco que consigo reunir e me sento em frente à
mesa, empurrando meu vestido preto mais para baixo em minhas pernas.
Não é curto de forma alguma. Nesta posição, cai apenas nos joelhos, mas
sentar aqui com os dois me deixa desconfortável. Muito exposta. Ou talvez
seja o fato de que estou nesta sala, sabendo que meu pai não entrará tão
cedo. Me abraçar. Para me beijar. Para me amar.
Faço uma varredura rápida em sua mesa e vejo que todas as suas fotos
de minha mãe e eu sumiram. As poucas caixas no canto me dão uma ideia
do que aconteceu com elas.
Concordo. —Tudo bem. — Não estou surpresa. Meu pai estava sempre
se preparando para o inesperado e sabia que a morte fazia parte da vida.
Ele queria que minha mãe e eu fôssemos cuidadas. —Vamos fazer uma
reunião para a leitura do testamento? — Isso é o que fizemos quando os
pais do meu pai faleceram. Eles eram bilionários e tinham dois filhos, meu
pai e meu tio Jack. Tivemos que voar para o Texas e nos encontrar com seu
advogado, e ele citou todos os bens que deixaram para seus filhos. Não
correu bem. Eles deixaram para meu pai mais de setenta e cinco por cento
de sua fortuna. Meu tio estava chateado. Não o vi desde então.
Sim, com o dinheiro do meu pai. Ele age como se eu não o conhecesse. —A
casa? — É com isso que me preocupo. Garantir que minha mãe tenha um
lugar para ficar é a parte mais importante.
George olha para o Sr. Yan e depois de volta para mim. —Minha
também.
Fico rígida. —Não vejo como isso pode ser sua, — rosno, ficando
irritada. —Está em nome do meu pai. — Ele construiu aquela casa para ela
há cinco anos. Era exatamente o que ela sempre quis. Ela desenhou de
tudo, desde os azulejos e lustres de cristal até a cor da tinta nos armários.
Ela mandou trazer tapetes de Paris que ela desenhou, pelo amor de Deus.
Sentando reto, ele cruza os braços sobre o peito. —Se um de nós se for, o
parceiro restante terá direito a suas ações da empresa por um valor pré-
determinado. —Ele acena para Yan. —Está declarado naquele documento.
Preto e branco.
Soltei uma risada áspera porque isso é uma piada. Tem que ser.
Ele concorda. —Aos trinta e cinco anos, você receberá acesso à sua
herança.
George volta e se senta à mesa. Olho para ele e ele suspira pesadamente.
—Esta não é a situação que eu queria, Emilee.
Olho para ele e minhas sobrancelhas se juntam. Por que ele tem esse
sorriso de merda no rosto?
Estou longe de Las Vegas há dois anos. Não voltei para casa o
suficiente. Sei disso agora. Tanta coisa estava acontecendo que eu nem
sabia. Gostaria de poder voltar e passar mais tempo com eles, mas é tarde
demais. Ele se foi. Ela está desaparecendo. E vou ficar aqui com esse
pedaço de merda lamentável.
Ele se inclina para frente, colocando os antebraços na mesa. —Você quer
ficar? — Meu coração bate mais rápido com suas palavras antes de seus
olhos caírem para o meu peito. —Em casa, é isso?
Meu corpo começa a tremer. Ouço ele atrás de mim, mas não me viro.
Segundos depois, ele volta para se sentar à mesa no lugar do meu pai e
serve um copo de uísque. Ele empurra para mim e serve outro para si
mesmo. Mas estou surpresa quando ele empurra esse para mim também.
—Você quer que sua mãe seja cuidada. E eu quero você.
Ele observa a lágrima escorrer pela minha bochecha e sorri. Fico de pé.
—Não, — digo e me viro para caminhar em direção à porta. Vou encontrar
uma maneira…
Fecho meus olhos e meus ombros caem. Nós dois sabemos que não
posso.
—Ela tem talvez quatro meses restantes. — Ele adiciona. —Mesmo que
o tratamento não funcione, você não quer que ela se sinta confortável?
—Você está tirando vantagem disso, — estalo. Mas não acredito nele.
Meu pai não faria isso comigo. Para a minha mãe. Ele nos amou. Ele teria
cuidado de nós. Não importa o que.
Zombo. —Você pode ter um pau e bolas, mas você não é um homem de
merda.
Ele me dá um tapa no rosto com tanta força que meu corpo inteiro gira,
e caio de cara no chão. A dor explode na minha bochecha e minha
respiração é tirada do impacto com o chão duro. Meus olhos ardem e
minha bochecha lateja. Fecho os olhos, mordendo o lábio para não fazer
barulho quando quero gritar de dor.
Sento e olho para as minhas pernas e percebo que meu vestido subiu.
Agarro a bainha e empurro para baixo rapidamente, tentando me cobrir.
A porta se abre e minha cabeça vira para cima para ver uma mulher da
minha idade entrar com vários pedaços de papel na mão. Ela não me
reconhece de forma alguma. —Aqui estão os papéis para a Srta. Lee,
senhor.
Ele os tira dela, sem dizer nada, e ela sai tão rápido quanto entrou.
Ele joga um no chão na minha frente e o pego. Li sobre isso, e é uma
conta médica. Vinte e cinco mil dólares e trinta centavos. Engulo o caroço
que começa a me sufocar.
Olho para cima para encontrar seus olhos e eles estão em minhas
pernas. Tento empurrar meu vestido mais para baixo, mas está apertado
demais. E se ele me forçar...?
—Eu não vou estuprar você, Emilee, — diz ele como se estivesse lendo
minha mente, e minha respiração se acelera. Em seguida, seus olhos
correram pelo meu corpo, pairando no meu peito antes de finalmente
encontrar os meus. —Não, você vai abrir essas suas lindas pernas e me
permitir foder essa boceta sozinha.
Meu corpo inteiro fica rígido e uma frieza se instala em meus ossos.
Suas palavras soam tão definitivas como se meu futuro já estivesse
decidido. Ele sabe que me tem em desvantagem. Não tenho dinheiro para
cuidar da minha mãe e não tenho como ganhar tanto assim tão rápido. E
não vou permitir que ela vá sem os melhores cuidados que o dinheiro pode
comprar.
Ele pega o uísque que serviu e o entrega para mim, sem dizer nada.
Ele estende a mão e fico rígida quando sinto sua mão na minha coxa.
Engulo a bile e giro rapidamente para encarar ele e jogo a bebida em seu
rosto. —Eu não vou deixar você fazer isso comigo ou com minha mãe.
—Sua vadia. — Ele estende a mão para mim, mas corro para a porta e a
abro, acertando ele no rosto. Ele cai de bunda com o impacto.
Bones olha para o relógio e solta um rosnado. — Onde diabos ele está?
Cross está sentado à minha direita, segurando seu Zippo na mão. O som
dele abrindo e fechando está irritando meus nervos já curtos. Minha dor de
cabeça ainda dura como um caso de uma noite se recusando a ir embora
depois que terminei com ela.
Bufo. —E exatamente o que você vai fazer com isso? Você não tem
tempo livre suficiente.
—Tenho certeza de que Nick deixou isso para Emilee. Ela estaria mais
do que disposta a vendê-la para nós. — Cross dá de ombros.
—Senso comum. Ela nem mora aqui. Você acha que ela vai voltar aqui
para assumir o controle? — Ele balança a cabeça.
Tudo bem, vamos tentar de outra maneira. —O que você sabe sobre
construção?
Bones abaixa a cabeça e passa a mão pelo cabelo espetado. Estou apenas
esperando que ele arraste o irmão sobre a mesa de conferência. Não seria a
primeira vez. A única diferença entre Bones e Grave é que Bones está
sóbrio o suficiente para realmente causar algum dano no momento. —Ele
veio até nós e precisava do dinheiro. Nós o emprestamos. É isso. Agora que
é hora de ele pagar, ele quer voltar atrás em sua palavra, e nós não
toleramos isso. — Bones está dizendo tudo isso com os dentes cerrados.
—O que podemos fazer por você, Nick? — Pergunto quando ele entra na sala
de conferências. Ele ligou para Bones uma hora atrás e disse que precisava falar
conosco imediatamente.
Não tenho problemas com o homem, mas com a filha dele, por outro lado...
—O que é isso? — Bones pergunta, parado perto das janelas do chão ao teto.
As cortinas pretas bem fechadas para bloquear o sol. Bones prefere escuridão em
todos os aspectos de sua vida.
A sala fica em silêncio. Meus olhos vão para Bones, e ele está passando a mão
em seu rosto recém-barbeado. Grave estourou uma bolha com seu chiclete e Cross
está virando seu Zippo.
—Feito. — Bones acena com a cabeça. —Terei para você em três horas.
Os olhos verdes do Sr. York se arregalam por um breve segundo, e então ele se
certifica de olhar para cada um de nós quando fala. —Você não quer saber por quê?
— Ele pergunta, parecendo surpreso.
—Não, — respondo.
—O porquê não importa para nós. O importante é que você pague de volta, —
explica Bones.
Ele se levanta da cadeira e abotoa o paletó de vinte mil dólares. —Nem vou
precisar de tanto tempo.
Nunca descobrimos por que ele queria ou o que ele fez para nos
retribuir.
Não durmo há dias. Assim que George me ligou, joguei algumas das
minhas caixas que estavam embaladas com minhas roupas no meu carro e
vim direto para Las Vegas. Uma viagem de trinta e cinco horas levou vinte
e quatro. Dirigi o mais rápido que pude. Nunca fiquei em um hotel, mas
parei para dormir algumas horas aqui e ali. Sobrevivi com bebidas
energéticas e fast food. Eles estavam cremando meu pai de acordo com sua
vontade, e isso me deu algum tempo para voltar para casa. Queria voar
para chegar aqui mais rápido, mas precisava do meu carro aqui. Sabia que
quando chegasse que não voltaria por um tempo. Se alguma vez voltasse.
Desligando meu carro na rua, entro na casa do meu pai e corro pela
escada em espiral, dois degraus de cada vez. Assim que chego ao segundo
andar, corro pelo corredor até a suíte máster e abro a porta sem bater.
Minha mãe está deitada na cama king-size com a cabeça apoiada na
cabeceira estofada branca e os lençóis de seda vermelha puxados até o
pescoço. Sua enfermeira está à sua direita, ajudando ela a tomar um gole de
um copo de isopor.
—Não faça isso. — Balancei minha cabeça. —Não fale comigo como se
eu tivesse cinco anos, mãe. Você se divorciou. — Rosno. —Um divórcio?
Por que…? O que? — Estendo a mão e começo a puxar os grampos e o
prendedor de rabo de cavalo que mantinham o coque no lugar. —Porra! —
Assobio, coçando minha cabeça com força.
—Quem? — Exijo.
—Foi mútuo.
—Besteira! — Estalo.
—Emilee…
Jogo minhas mãos para cima. —Que se foda isso. — Viro para sair.
Quando minha mão gira a maçaneta da porta, ela fala.
Continuo de costas para ela e meu peito aperta. Eu sabia. Não queria
acreditar. Minha mãe uma vez me disse ‘alguém sempre ama mais o outro’
e meu pai a amava mais.
—Eu não estava feliz. E ele também não. Mesmo que ele não admitisse.
— Um silêncio enche o quarto. —Já fazia muito tempo.
Ela fecha os olhos pesados e passa as mãos nos lençóis. —Eu estava
envergonhada...
Meus olhos vão para onde ele agarrou a mão dela. Seus olhos escuros
travam nos meus enquanto ele se inclina e beija os dedos dela. Meu sangue
começa a ferver assim que fecho meus punhos.
—Você não pode estar falando sério? — Consigo soltar. —Mãe? — Olho
para ela. O sangue corre em meus ouvidos e estou tentando recuperar o
fôlego. —Isso é…?
—Mãe…
—Ela disse que está cansada, — ele rosna para mim. —Volte amanhã.
Ela precisa descansar. — Ele puxa as cobertas e a cobre. —O que você quer,
querida? — Ele pergunta a ela.
—Por favor, não lute, — sussurra minha mãe. —Agora não. Tem sido
um longo dia.
—Não se desculpe, querida. — Ele se inclina e beija sua testa. Então ele
se levanta e vem até mim. Quero virar, mas meus pés ainda não se movem.
Ele vem até mim, agarra meu braço e me puxa para fora do quarto,
fechando suavemente a porta atrás de nós.
Ele bate a mão na minha boca e empurra minhas costas na parede. Olho
para ele enquanto ele paira sobre mim. —Eu te disse que eu controlo tudo.
Seria do seu interesse calar a boca.
Empurro e ele dá um passo para trás. —Não sei o que você planeja
fazer, mas não vai acontecer, — prometo a ele.
Ele me encara. Olho para ele. É um impasse. Mas nós dois sabemos que
ele me colocou em desvantagem. Preciso fazer alguma coisa. Minha mãe
pode ter deixado meu pai, mas ele teve algo a ver com isso.
É por isso que liguei para ela. Jasmine não faz muitas perguntas, se
houver. Ela é uma garota de correr ou morrer. E é exatamente disso que
preciso agora.
Já passa da meia-noite quando volto aos tropeços para a casa dos meus
pais. Estive fora o dia todo com Jasmine e bebi mais álcool do que meu
peso. Minha visão está embaçada e minha mente nublada, lábios
dormentes. Vou me arrepender disso amanhã.
Ela nunca me fez uma única pergunta. Jasmine pode falar mal de
alguma coisa, e estava grata por isso hoje. Cada conversa que tivemos foi
sobre ela. Cada brinde que fizemos foi ao nosso passado. O futuro nem
mesmo pensado. Jasmine é o tipo de garota que vive no agora.
Ela desmaiou de costas. Suas mãos cruzadas sobre o peito. Ela parece
morta, e se eu não estivesse tão bêbada, meu peito doeria. Olho para o
colchão que está ao lado da cama dela e está vazio.
Isso é estranho. Sua enfermeira passa a noite em seu quarto com ela.
Essa é uma das estipulações que seu médico deu a ela ao voltar para casa,
atendimento 24 horas por dia.
—Emilee?
Paro quando ouço meu nome sendo chamado atrás de mim. É ele. Ele
está morando aqui? Girando, tropeço e caio na parede.
—Você está bêbada pra caralho? — Ele exige no final do corredor. Suas
mãos estão apoiadas em seus quadris como se ele fosse meu pai prestes a
me castigar porque cheguei em casa embriagada e depois do toque de
recolher.
Odeio fazer o que ele pede, mas meus pés doem e minhas pernas estão
cansadas. Caio na cadeira como um tijolo afunda no fundo do oceano. —O
que? — Assopro alguns fios soltos do meu rosto.
Ele está lá, com as mãos ainda nos quadris. Ele está vestido com uma
camisa de botão preta e calça preta. Parece que ele acabou de voltar do
escritório, o escritório do meu pai.
Ela o faz e cruza as pernas uma sobre a outra. Liv deve ter cinquenta e
poucos anos. Cabelo castanho claro que combinava com os olhos. Ela usa
muito pouca maquiagem e uniforme azul.
—Eu vou ter que deixar você ir, — ele diz a ela.
Ele se levanta de seu assento. —Isso não está em discussão, Olivia. Sou eu
anunciando sua rescisão. — Ele desliga o monitor.
Meus olhos pesados olham para ele. Ele tem uma expressão de
satisfação em seu rosto presunçoso.
—Porque se bem me lembro, antes você gritou com ela e então saiu
furiosa desta casa.
—Você não pode fazer isso! — Grito, sentindo minhas pernas trêmulas
ameaçarem dobrar sob mim.
Dando a volta na mesa, ele vem até mim. Ele estende a mão para
segurar minha bochecha, mas o afasto. —Você está certa, você sabe. Ela
precisa de suas enfermeiras.
Ela tem duas que se revezam indo à casa para cuidar dela. Ela mal
consegue sair da cama, quanto mais cuidar de si mesma. Não consigo fazer
isso. Tenho que ganhar dinheiro para tentar nos afastar desse lamentável
filho da puta.
—Isso pode ser arranjado. Se... — Ele para, e sei onde isso vai dar. Ele
está afirmando que é nosso dono.
—Você. — Ele estende a mão e passa os nós dos dedos pela minha
bochecha.
—Shh. — Ele estende a mão e me puxa para ele. Ele coloca a mão livre
sobre minha boca, me silenciando. —Eu disse que você ia abrir de bom
grado aquelas pernas para mim, Emilee. E sempre consigo o que quero.
Meus olhos estão pesados e minha mente turva de todo o álcool que
consumi. Mas ainda estou muito ciente do que está para acontecer e como
ele está certo.
Capítulo Dois
Emilee
Tenho meus seios saltando para fora. O que mais preciso fazer para
conseguir uma fodida bebida? Tirar minha camisa e jogar na cara dele?
Subir no bar e sacudir minha bunda?
Só estou aqui há trinta minutos e já estou cansada disso. Esta semana foi
uma semana infernal e precisava de um momento para mim mesma para
limpar minha mente. Pelo menos foi o que disse a mim mesma. Mas era
apenas uma mentira. Aquela casa parece uma prisão, e eu precisava sair.
Precisava ficar bêbada e apenas tomar ar fresco.
Minha vida foi decidida para mim. Bem, pelo menos até conseguir me
afastar de George. E não tenho certeza se posso viver isso.
Assim não.
Não estar sob seu controle.
Ele acena para mim e quase sorrio. —O que você quer? — Ele pergunta.
—Uma dose de vodca. — Não vou jogar esta noite. —Na verdade, sirva
três. —Quem sabe quanto tempo vai demorar até ele voltar?
Ele sai para preparar minhas bebidas e retiro meu cartão de débito.
Estou batendo o sapato no chão enquanto meu telefone vibra com uma
resposta.
Ele lê imediatamente, mas desta vez, ele opta por não responder. Não.
Não, isso não pode estar acontecendo. Por que eles congelariam as contas?
O Imposto de Renda está investigando ele? É algum tipo de protocolo?
Meu pai estava com problemas com a lei? Um milhão de perguntas passam
pela minha mente.
Olho para ele, e ele tem mais de um metro e oitenta ao lado do outro
que tem muito mais de um metro e noventa. Com os saltos, ele ainda se
eleva sobre mim. Ele coloca as mãos espalmadas no bar, e isso faz com que
as mangas de sua jaqueta de couro subam. E vejo tinta preta cobrindo sua
pele, envolvendo seu pulso como uma segunda manga. Seus dedos
tamborilam no topo do bar, e vejo um anel de prata que tem uma caveira
com ossos cruzados.
Eu já vi isso antes...
—Eu não apostaria em você, — diz outro cara, parando do outro lado
dele.
Ele não está usando uma jaqueta, então meus olhos correm por seu
braço musculoso coberto de tinta. Suas tatuagens aparecem por baixo de
sua camisa, e um conjunto de asas pretas envolve sua garganta, subindo
pelos lados de sua cabeça, onde seu cabelo é raspado perto do couro
cabeludo. Meus olhos encontram os dele e se arregalam.
Puta merda!
Seus olhos viram em minha direção. Ele desvia o olhar, mas eles voltam
para mim, e vejo o reconhecimento surgindo em seu rosto. Seus olhos azuis
olham para os meus com uma expressão de aborrecimento. Da mesma
forma que ele fez na faculdade.
Tenho que sair daqui. Se Titan está aqui, então Bones não está muito atrás,
e não posso ficar perto dele. Não depois do que aconteceu entre nós. Já
ouvi histórias sobre que tipo de homem eles são hoje, e nenhum deles é
bom.
Ele diz outra coisa para o barman, olha para mim e acena com a cabeça.
Engulo nervosamente e tomo a terceira dose, antes de tirar a cinquenta da
minha bolsa e largá-la no balcão. Me viro para sair, mas encontro alguém.
O cara que evitei com sucesso que estava parado no final do bar está agora
bem aqui. No meu espaço. Olhando para mim.
Puxo meu braço de seu aperto, surpresa que ele me soltou, e o impulso
me faz cair para trás. Bem ao lado de Grave. Apenas minha sorte.
Fecho meus olhos e rezo para poder sair daqui antes que ele me
reconheça também. Por favor Deus. Preciso da sorte do meu lado.
Coloco meus dedos atrás da minha orelha e inclino minha cabeça para
frente como se não tivesse ouvido o que ele tem a dizer. Sendo a vadia que
posso ser. Que pena que a música deles não está mais alta. Pelo menos
então eu teria uma desculpa legítima para ignorar o filho da puta.
Seu amigo dá um tapinha em seu ombro. —Oh cara, ela é surda. — Eles
riem.
—Você pode ficar com ela, cara. Uma cadela surda é inútil. Não é
divertido quando elas não podem receber pedidos. — O homem ri de mim.
Abro minha boca para dar a ele um pedaço da minha mente, mas Grave
me empurra para o lado, meu lado batendo no bar. Então vejo Titan
caminhar até ficar ao lado do Grave. Nenhum deles olha para mim
enquanto avançam sobre o homem e seus amigos.
—Você sabe o que quero dizer, cara. — O Sr. Olhos Azuis ri e seus
amigos o seguem.
—Isso é o que eu pensei que você quis dizer. — Titan fala e olha para
Grave. Ele começa a rir, e Grave segue o exemplo.
Então, sem aviso, a risada para, e Titan atinge o rosto de Olhos Azuis,
jogando ele de volta para os outros três caras com quem ele veio até aqui.
Como dominós.
Merda!
—Titan fez. E não se preocupe, ele pagou sua conta. — Ele empurra o
dinheiro que coloquei de volta em minha direção.
Simplesmente ótimo!
Ela deixou meu pai e, pelo que sei, foi pelo desprezível melhor amigo e
parceiro de negócios dele.
Fico tensa com a menção de Bones. Me viro para ver Titan e Grave
caminhando no estacionamento.
—Ei, Titan. É aquela garota ali. — Ouço Grave falar, e sou grata por ele
não ter me reconhecido.
Nunca fui na casa do pai do Bones. Ele veio até a minha para me foder,
e foi isso. Nós não namoramos. Nós dois estávamos muito cientes de nossa
situação. Ele queria ter seu pau chupado, e caí de joelhos a cada chance que
tínhamos. As crianças o temiam. Ensino médio e faculdade. Ele nunca
demonstrou nenhuma emoção por nada. Seu único amor era o beisebol. Ele
iria se tornar um profissional até que não o fez. Esse dia foi um dia muito
ruim. Para nós dois.
Titan não diz nada. Por que ele não está chamando meu nome?
—O que ela está fazendo parada aí? — Grave pergunta a ele. —Vamos
descobrir. —Ele tira as mãos do bolso e as levanta no ar, caminhando até
mim.
—Estou mostrando a ela que não tenho armas, — diz Grave. —Não
quero que ela pense que vou atacar ela ou algo assim.
Titan para diante de mim e me olha com expectativa. Ele sabe que posso
ouvir, mas ele não vai dizer isso. Ele está esperando para ver quanto tempo
posso jogar este jogo.
Vou abrir a boca, mas Grave fala. —Porra, o pneu dela está furado!
Titan bufa.
Ele e eu nunca nos demos bem na escola. Ele tratava as mulheres como
se fossem descartáveis. Ele passou por elas como a maioria das meninas
passa por roupas íntimas. E em seu último ano no colégio, sua professora
de inglês foi demitida. O boato era que ele transou com ela no banco de trás
de seu carro na propriedade da escola, e seu marido os pegou. Claro que
ela foi a única que foi punida por suas atividades sexuais.
A maneira como sua voz profunda diz carona, acho que ele está se
referindo ao tipo que me envolve nua e ele em cima de mim. Meu coração
começa a bater forte no meu peito e dou um passo para trás.
—Não...
—Desculpe? — Pisco
—Chegamos perto daquela vez. — Seus olhos vão para o meu peito, e
sei que ele pode sentir meu coração batendo forte contra o dele. Ele estende
a mão e passa os nós dos dedos pelo meu pescoço. Seu anel de crânio
queima a pele, me fazendo estremecer. —Tão perto pra caralho. Foi a única
vez que pude realmente tolerar você.
—Sim, Em? — Ele pergunta enquanto seus olhos percorrem meu rosto.
Titan
Emilee York!
Tem sido, o quê? Não a vi desde meu último ano na faculdade, e ela era
apenas um segundo ano. Isso foi há quatro anos.
Meu melhor amigo costumava transar com ela. Sempre quis enfiar meu
pau em sua garganta, então não precisava ouvir ela. Ela era uma puta de
merda em todos os sentidos possíveis.
Meu corpo pressiona contra o dela, e seus grandes olhos azuis olham
para mim. Me estico e passo minhas mãos por seu cabelo escuro. Me
pergunto como ficaria esparramado na minha cama. Ou torcido em minhas
mãos enquanto sua boca estava cheia do meu pau. Envolvo os fios longos e
encaracolados em volta dos meus dedos tatuados.
—Eu disse não, então. — Ela rosna. —Exatamente como estou dizendo a
você agora.
Ela enfia os punhos no meu peito e rosna por entre seus lindos dentes.
—Não significa não, Titan.
Mesmo ela sendo uma vadia total, era meio sexy. Tínhamos um tipo de
amizade de amor e ódio. Se você pudesse nos chamar de amigos. Acho que
é por isso que ela prendeu tanto minha atenção. Todas as outras garotas
eram irritantes e pegajosas, mas ela não. Então, novamente, ela não era
minha também. —Mas você estava tão molhada para mim. Você está
agora?
—Bones sabe que você está de volta à cidade? — Pergunto a ela. Com a
notícia da morte de seu pai, ele não a mencionou nenhuma vez.
Seu corpo fica rígido contra o meu. As coisas não mudaram muito
desde a faculdade. Os caras e eu ainda dirigimos esta porra de cidade.
Depois de se formar, ela foi embora e nunca mais olhou para trás. Apenas
Bones sabe por que ela se foi, mas ele nunca compartilhou essa informação
com nenhum de nós. No entanto, agora aqui está ela, parecendo melhor do
que nunca.
Passo minha mão direita em seu cabelo macio e inclino sua cabeça para
trás. Ela não tenta lutar comigo. Por que ela iria? Ela sabe que não pode me
vencer. —Não tenho certeza se acredito nisso. — Ela sempre foi um
problema. Meu amigo transou com ela e eu secretamente queria um pedaço
dela. Aquele em que ela abriu as pernas e me deixou foder com ela.
—Titan. — Ela murmura meu nome, e isso envia um choque direto para
o meu pau.
—Sim, querida?
Faço meu caminho até o carro para ver Grave sentado no banco do
motorista, me perguntando por que ele nunca veio nos buscar. Abro a
porta do passageiro e entro. Ele está ao telefone.
—Perdi ele, — minto, ainda chateada com Titan por não ter devolvido
para mim na noite passada. E ainda mais chateada comigo mesma por não
ter um bloqueio nele. Não me lembro quais fotos estão lá. Tive duas opções
depois que ele se afastou de mim na noite passada. Entrar e chamar George
para vir me buscar ou explodir o telefone de Jasmine até que ela atendesse.
Felizmente, ela não me decepcionou.
Não me movo.
—Um trabalho?
Ela me dá um grande sorriso e depois pula para cima e para baixo uma
vez. —Kingdom.
Caio de costas, jogo meu braço sobre o rosto e suspiro em derrota. Esta
semana está tentando me matar, porra! E esta noite, pode dar certo.
Permito que ela me leve pela cidade durante a maior parte do dia. Ela
me leva a um salão para um bronzeado spray, então tenho meu cabelo
lavado e fixado com perfeição. Fiz minhas unhas e pés. Era para o trabalho.
Estive nervosa a maior parte do dia. Mesmo as duas margaritas que tomei
antes de sairmos do salão não me ajudaram muito. Fiquei me perguntando
como iria pagar por tudo, mas quando peguei minha bolsa, ela se recusou a
me deixar ajudar. Ela disse que era com ela desde que nos inscreveu para
isso. E odiava não poder pagar por isso, mas estava grata por sua bondade.
Pretendo pagar a ela pela minha metade assim que for paga por qualquer
merda que estamos fazendo esta noite.
Ela sorri. —Você vai encontrar Bones mais cedo ou mais tarde.
—Só não quero que seja hoje. — Ela não sabe que vi Titan na noite
passada. Tenho certeza que ela dormiu com ele na faculdade. Inferno,
talvez ela ainda faça. Estive fora por muito tempo. E não pretendo ficar em
Las Vegas por muito tempo. Há apenas uma coisa para mim aqui, e não
ficará por muito mais tempo. Já teria entrado em um avião e voltado para
Chicago se não fosse por minha mãe, já que meu apartamento ainda não foi
vendido. Mas não posso abandonar ela agora.
Ela sai da Strip e vira para o Kingdom. Olho para os edifícios com
admiração. —Uau, — digo, observando a cena diante de mim.
Dois homens abrem nossas portas e agradeço a eles quando saio. Ela
quase corre escada acima, mas subo devagar, segurando o corrimão,
apenas observando tudo. Carros buzinam ao longe na Strip e na fila
esperando sua vez de entrar no hotel e no cassino.
—Vamos lenta, — ela grita, segurando uma das portas de vidro para
mim.
Ela agarra minha mão e me puxa para a extrema direita, onde há uma
passarela. Ela pisa na calçada rolante. Os espelhos de ambos os lados estão
iluminados com lâmpadas redondas, e fico olhando para o meu reflexo.
Meu cabelo escuro está solto e em grandes cachos. Minha maquiagem está
forte, mais do que normalmente uso e meus olhos estão pintados com
delineador preto. Meus cílios têm três camadas extras, tornando-os
pesados, e meus lábios estão cobertos com um gloss nude. Sinto como se
estivéssemos na faculdade de novo, e permiti que ela me convencesse a sair
furtivamente para ir a um bar.
—Você vai ver. — Ela praticamente salta para cima e para baixo antes
de abrir a porta. Entramos em uma sala que lembra um vestiário. Tem
alguns chuveiros, armários e pias. Ela vai até um armário com a etiqueta
vinte e cinco e o abre. Alcançando dentro, ela pega um conjunto de roupas
e as entrega para mim.
Não sei muito sobre ela, mas não acho que ela seja casada. Não vi um
anel em seu dedo ontem à noite. Eu olhei. E não vi um homem lá com ela.
Eu: E onde fica isso?
Pergunto.
Filho da puta: Pare de brincar, Emilee. Nós temos um acordo e você não vai
cumprir sua parte!
Passo a mão pelo meu rosto. Olho para cima quando a porta do
escritório se abre e Bones entra como sempre.
Desligo o telefone dela e coloco no bolso. —Bem, quase tão bom quanto
poderia ter sido.
Ele está recostado em sua cadeira com as mãos atrás da cabeça e suas botas
pretas sobre a mesa. Alguma merda do Netflix está passando em sua tela plana que
fica pendurada na parede. Seus olhos azuis passam para os meus lentamente. —
Você quer sair?
Dou de ombros. —Estou com vontade de tomar algumas bebidas. — Ele tem
razão. Costumava festejar. Mas isso foi antes de ajudar a administrar uma empresa
multibilionária. Minha única responsabilidade era acordar, me arrastar para a aula
e acertar algumas bolas no campo. As coisas estão diferentes agora.
—Certo. — Ele suspira e se senta. —Vou desligar o computador e estou
pronto.
—Não, ele está preocupado com a imagem que estou dando a Kingdom. — Ele
olha para mim. —Alguém já disse que você é um mentiroso de merda?
—Não é tudo sobre o Kingdom, — começo. —Ele está preocupado com você.
—Bem, você pode dizer a ele que estou bem. E você não precisava fingir que ia
beber comigo para ter essa informação. Você poderia ter feito isso no meu
escritório. — Ele adiciona.
—Como estão as coisas com você e Lucy? — Mudo de assunto. Ele já está
vendo ela há um tempo.
—O mesmo.
—Que é? — Pergunto cavando mais fundo. Não sei o que diabos ele e ela são.
Então, o mesmo não significa nada para mim.
—Nós transamos. — Ele olha para mim. —Isso é tudo o que fazemos. — Ele
puxa o celular do bolso. —Isso é tudo que planejo fazer com ela. Ela não é o tipo de
garota com quem você se estabelece.
—Não, — ele responde. —É por isso que o que estamos fazendo funciona tão
bem.
E foi isso. Não tirei nada dele. Entramos no bar e então encontramos
Emilee. Nós nem ficamos lá por dez minutos antes de batermos na bunda
de alguns caras e depois irmos embora. Deixei ele no Kingdom, onde ele
entrou no carro e foi se encontrar com Lucy, e fui para casa dormir.
—Como eu disse Bones, Grave é um adulto. Não posso forçar ele a fazer
algo e nem você, — digo a ele.
Ele solta um grunhido. —Não. Sou muito cuidadoso com o que faço e
como faço. Além disso, as drogas não comandam minha vida.
Verdadeiro. Isso nunca foi nossa praia. Mas isso não significa que não
vivemos uma vida de pecado. Você não pode brincar de Deus e esperar ser
perdoado quando for questionado sobre o que você teve que fazer para
alcançar esse título.
—Mas?
—Mas nada. — Ele se levanta e sai do meu escritório tão rápido quanto
entrou, encerrando nossa conversa.
E fico muito surpreso quando vejo que não pertence a ninguém menos
que o desgraçado do George Wilton.
Que tipo de acordo você poderia ter com ele, Em?
Capítulo Quatro
Emilee
Ela nos inscreveu para ser garotas de ringue. Hoje à noite o Kingdom
está hospedando uma luta, e nós temos caminhado pelas últimas duas
horas, meio vestidas e segurando placas para anunciar cada rodada. O
centro de eventos do Kingdom tem mais de cem mil metros quadrados e
acomoda cerca de dezessete mil convidados. E o evento está em plena
capacidade.
Equipes de TV estão por todo lado, o que ela não mencionou antes. Está
quente e meus seios e testa estão cobertos de suor. As luzes que brilham no
ringue são insuportáveis. Deveria ter usado menos maquiagem porque
posso literalmente sentir ela derreter no meu rosto. E minhas roupas estão
grudadas no meu corpo. Estou rezando para que minha bunda não tenha
uma mancha molhada.
As luzes se apagam e a multidão grita tão alto que cubro meus ouvidos
para tentar bloquear, mas não adianta. Quando elas voltam, elas estão
piscando, tornando difícil ver qualquer coisa. A música começa a bater nos
alto-falantes.
—Lá está ele, — Jasmine grita, acenando com a cabeça para o corredor
enquanto puxa meu braço para me colocar de pé.
Ela acena com a cabeça, seus olhos estrelados em Grave enquanto ele
sorri para seu oponente. —Todo final de semana.
—O que? — Isso chama a atenção dela, e seus olhos verdes se fixam nos
meus. —Quando? Onde?
—Titan?
—Que porra é essa, Em? — Ela explode e coloca as mãos nos quadris. —
Por que você não me contou tudo isso?
Olho para os Nikes brancos que ela me fez usar, incapaz de encontrar
seus olhos. —Já estou longe há muito tempo. E sei que você e ele...
A luta durou dois vírgula cinco segundos. O cara atacou Grave e errou.
Então Grave o atingiu, uma vez e ele caiu no chão como um cadáver.
Empurro minhas solas no chão. —Oh, não... está tudo bem. Posso pegar
mais tarde. Ou comprar outro… — Sim, com que dinheiro, Emilee?
Um cara nos vê e sorri. —Ei senhoras. O que você vai fazer mais tarde?
Outro cara passa na nossa frente, nos forçando a parar. —Ei, estamos
indo para uma festa. A cobertura aqui no Kingdom. Vocês duas querem se
juntar a nós?
Jasmine bufa. —Se quisermos transar com você, vamos nos aproximar
de você. Se mova idiota. — Ela o empurra para fora do caminho e começa a
me arrastar novamente.
Chegamos a uma porta que tem Grave escrito do lado de fora em letras
brancas. Diria que é porque ele luta com frequência, não porque ele é o
dono do cassino. Mas qualquer um pode ser o motivo pelo qual ele tem
uma sala designada, e o outro lutador não.
Ela empurra a porta e me puxa para dentro. Grave está sentado em uma
mesa preta com as pernas penduradas para o lado. Ele ainda está vestido
com seu short preto, o nome de seu patrocinador na lateral. Titan está à sua
esquerda, de costas para nós. Cross se inclina contra a parede oposta com
os olhos para baixo em seu telefone em suas mãos, e Bones está à direita.
Deito de bruços na minha cama. Meu livro de matemática está aberto e estou
escrevendo no meu caderno, resolvendo os problemas quando ouço minha janela se
abrir.
Olhando para cima, vejo Bones entrando. Ele está com uma camiseta de
beisebol preta e branca, um boné preto virado para trás e jeans desbotados. Estamos
na faculdade e ele ainda entra pela janela do meu quarto. É meio que se tornou
tradição. Meus pais ficariam loucos se soubessem que estava dormindo com um
homem com quem não tenho um relacionamento. Eles sempre foram rígidos. Tenho
certeza que eles pensam que ainda sou virgem.
—Ei? — Pergunto, sentando. —Eu não sabia que você viria hoje à noite? —
Ele me disse antes que tinha treino. Ele caminha até a porta do meu quarto e a
tranca. Meu corpo aquece instantaneamente. Ele tira o boné, jogando no chão. Seu
cabelo escuro cai sobre os olhos, e ele empurra para trás, deixando livre. Em
seguida, ele estende a mão e puxa a camiseta para cima e sobre a cabeça, revelando
um peito duro e um pacote de seis. Ele e os Kings treinam regularmente. Eles
precisam estar em forma para o time de beisebol. Meus olhos examinam sua
tatuagem de crânio em seu peito liso. Ele tem uma coroa inclinada no canto e ossos
cruzados abaixo dela. Todos os Kings as têm. Como se fosse algum tipo de marca.
—Bones... meus pais estão em casa...
—Então? — Meus olhos se arregalam. —Eles vão nos ouvir. — Olho para a
janela. Meus pais acham que sou a boa garota. Eu não sou, mas isso não significa
que quero que eles descubram. —Vamos para o seu carro... — Ele agarra meu
braço e me joga na cama. —Bones...
Ele me interrompe, colocando a mão sobre minha boca. Olho para ele montado
em mim, respirando pesadamente pelo nariz. Seus olhos azuis se fixaram nos meus.
Ele está zangado. Sobre o quê, não sei. Não compartilhamos nossos sentimentos ou
informações pessoais. Somos tão distantes quanto duas pessoas que estão apenas
fodendo podem ser.
Sua mão livre vai entre minhas pernas e ele está empurrando a fina camada da
minha calcinha para o lado. Estou sempre molhada para ele. —Então é melhor eu
te amordaçar, — diz ele, passando o dedo pela minha boceta.
Arqueio minhas costas, respirando pelo nariz. Seus dedos cavam em minhas
bochechas enquanto ele pressiona a mão sobre minha boca. Grito em sua mão
quando ele entra em mim com um empurrão forte. Bones gosta de fazer doer. Ele
tirou minha virgindade. Isso machucou. Chorei. Então ele fez tudo se sentir
melhor.
Uma batida vem na minha porta e meus olhos se arregalam. Ele para de se
mover, mas seus olhos continuam nos meus.
Ele tira a mão da minha boca e respiro fundo. —Sim, — digo e estremeço com o
quão alto minha voz está. —Acabei de dar uma topada no dedão do pé, —
acrescento.
—Tudo bem…
Ele bate com a mão na minha boca e se inclina, colocando os lábios na minha
orelha. Seu peso corporal está me prendendo, tornando difícil respirar, e seu pau
ainda está dentro de mim, mas ele ainda não começou a se mover. —Vou foder essa
sua boceta apertada e depois vou comer meu esperma de você. Você vai ser meu
jantar, Em.
Titan amplia sua postura e cruza os braços sobre o peito enquanto olha
para mim. Os olhos de Cross se arregalam no momento em que ele me
reconhece.
—Fique com ele, — rosno e me viro para sair, mas Jasmine agarra meu
braço, me parando. Por que esperaria mais dele está além de mim. Pensei
que apenas uma vez, pegaria a porra de um passe livre com essa sequência
de azar de merda que eu tenho. Achei que colocar ele na berlinda
funcionaria a meu favor. Isso é o que ganho por pensar qualquer coisa
sobre os Kings.
Ele me olha de cima a baixo uma última vez, e então seus olhos frios
encontram os meus. Esqueci como eles são lindos. —Bem, você está
demitida, então faça as malas e dê o fora. — Então ele me vira as costas.
Deveria estar surpresa, mas não estou. Ele nunca foi bom, a menos que
seu pau estivesse duro. O que Bones e eu tínhamos nunca foi complicado.
Eu sabia onde estávamos. Nunca fui aquela garota que inventava merda na
cabeça ou pensava que um homem deveria me amar só porque dei a ele
meu corpo. Ele deixou muito claro quando declarou que me queria.
Três palavras. Isso foi tudo que precisei para entregar a ele minha
virgindade cinco dias depois. Ele queria meu corpo. E ofereci a ele como
um sacrifício. Como se deitar para um King fosse me garantir a salvação.
Mas estar diante deles agora me faz perceber que nunca precisei ser salva.
—Não vou embora até pegar meu telefone. — Primeiro George e agora
ele? Me recuso a permitir que eles me tratem assim.
Bones faz uma pausa e se vira para olhar para mim. Depois, Titan. —
Você está com o telefone dela?
Ele concorda.
Bufo, balançando minha cabeça. —Vejo que nada mudou. Você sabe o
que…? — Olho para Titan, descendo meu lábio para mostrar a ele o quanto
estou enojada. —Fica com isso. — Então me viro e saio dali.
Titan
Todos nós ficamos na sala, assistindo a porta bater enquanto Jasmine
persegue Emilee para fora. Bones olha para mim, e arqueio uma
sobrancelha, silenciosamente desafiando ele a me perguntar o que diabos
foi isso e por que sua antiga amiga de foda estava aqui esta noite
trabalhando. E por que o telefone dela está no meu bolso.
Ele não diz nada. Em vez disso, ele olha para o irmão. —Se prepare.
Temos negócios para cuidar. — Então ele sai também.
Grave passa a mão pelo cabelo suado. —Eu realmente pensei que ela
era surda. — Ele franze a testa, claramente desapontado por ela não ser. —
E não posso acreditar que não a reconheci. — Talvez se ele largasse as
drogas, ele teria uma cabeça mais limpa.
—Levei um segundo para descobrir quem ela era. — Cross acena para si
mesmo. —Já faz muito tempo.
Não tenho tempo para Emilee York consumir meus pensamentos esta
noite. Mesmo se quisesse arrancar as roupas que ela usava e jogá-la na
mesa. Os Kings que se danem. Não sou tímido. Se eles quiserem assistir, eu
deixo.
Capítulo Cinco
Emilee
Jasmine me deixa, e entro na casa dos meus pais e corro para o meu quarto, batendo
Passo a mão pelo meu cabelo. Tem mais spray de cabelo do que uma
criança em uma competição de tiara. Respirando fundo, peso minhas
opções. Ele ainda tem controle. Ele provavelmente está explodindo meu
telefone que não tenho. —Ele está no escritório do meu pai?
—Não. Ele foi para sua casa à noite. Ele disse que você sabe onde é. —
Ela morde o lábio inferior e baixa os olhos até os pés.
—E ele disse que está tentando entrar em contato com você o dia todo.
Bato a porta na cara dela e a ouço gritar do outro lado. —Desculpe, filho
da puta, — assobio. Nós não fizemos um acordo. Ele me chantageou. Mas
ele está certo. Se quero o que é melhor para minha mãe, preciso dar a ele o
que ele quer. Porra, odeio minha vida. Me olhando no espelho, decido
trocar de roupa, mas estou deixando minha maquiagem e meu cabelo do
jeito que está. Não vou perder tempo me consertando para ele. Preciso de
uma bebida, mas não posso tomar se tiver que dirigir... —Merda! — Jogo
minha cabeça para trás e fecho meus olhos. Preciso consertar meu pneu.
Reboquei o carro para a casa de Jasmine. Felizmente, ganhei o suficiente
esta noite para isso, mas isso não me ajuda agora. —Que se foda, — digo,
pegando uma camiseta. Vou descer e chamar um táxi. Nunca vou superar
George me tocando se estiver sóbria.
Titan
Eles não nos deixam esperando por muito tempo. Uma pequena mulher
mexicana atende a porta. Seu cabelo preto está preso em um coque
apertado, e ela usa um uniforme preto e branco tradicional que permite
que ela esfregue a urina dele no chão quando ele estiver muito machucado
para ir ao banheiro.
Ela respira fundo e agarro sua camisa pelo colarinho e a puxo para fora
da porta. Ela engasga quando a empurro para longe de nós. Entramos na
casa e batemos a porta. Bones tranca a porta, mantendo ela fora.
—Me dê dez...
Vidro se estilhaça à minha direita e ouço Grave rir como a porra de uma
colegial destruindo merda.
—Ele pode estar pegando uma arma, — afirma Cross, olhando para nós.
Outro som de vidro quebrando e Bones suspira, mas não faz nenhum
movimento para impedir seu irmão. Grave é a criança que destrói tudo que
ele toca. A criança que se deita no meio de uma mercearia e tem um ataque
porque sua mãe não compra sorvete para ele. E Bones é aquele pai que se
afasta dele, fingindo que é problema de outra pessoa.
—Onde? — Pergunto.
—Não. Não. Não, — George diz, se pondo de pé. —Eu posso pegar. Só
preciso de tempo...
—Você está sem tempo. — Agarro seu braço e o puxo para baixo sobre a
mesa de café retangular que fica no centro da sala. Ele grita enquanto luta
contra mim, mas consigo tirar a corda do bolso e envolver ela em seus
pulsos. Então a puxo para baixo e amarro nas pernas da mesa. Ele chuta as
pernas, mas não há nenhum lugar para ele ir enquanto está deitado de
costas com os pulsos amarrados acima da cabeça para debaixo da mesa.
Todos nós nos viramos para olhar para a porta do escritório aberta, e
Grave entra. Ele tem a mão direita enrolada na nuca dela. Ele empurra a
garota para dentro da sala. —Olha quem encontrei.
Grave ri, fechando a porta e encostando nela para que ela não possa
sair. —Duas vezes em uma noite. Deve ser nosso dia de sorte.
Olho para Bones, e ele tem a mesma pergunta em seus olhos. O que
diabos Emilee está fazendo aqui?
—Não, — George responde. —Ela não faz parte disso! — Ele puxa a
corda que o amarra à mesa.
Seu corpo inteiro enrijece quando seus olhos encontram os dele. Seus
pés vacilam, e ela tropeça ao ver Bones, engolindo nervosamente. Ele a
encara como fazia antes, sem emoção, mas noto o tique em sua mandíbula.
—Ela não tem nada a ver com isso. Tire ela daqui, — George late.
Bones desvia o olhar dela para o dele. —Ela fica. — Então seus olhos
encontram os meus e ele acena com a cabeça.
Estendo a mão, agarro seu braço e a puxo de volta para a minha frente.
Ela luta um pouco mais em meu aperto, e sua bunda esfrega contra meu
pau da maneira mais doce. Ela mudou de roupa desde antes, mas ainda
está com a maquiagem e o cabelo arrumado. Ela cheira a porra de doce.
Doce e comestível. —Você está me excitando, Em.
Franzo a testa com seu tom. Parecia mais um pedido do que uma
pergunta. Por que ela está aqui às três da manhã? Ela estava aqui para falar
de negócios com ele? Seu pai acabou de falecer. Talvez ele tenha deixado
sua metade a ela. Com George morto, ela conseguiria cem por cento disso.
Matá-lo seria um favor para ela.
Fizemos um acordo e você não está cumprindo sua parte. Foi o que a
mensagem dele para ela dizia. Ainda não contei aos Kings o que encontrei
no telefone dela.
Bones olha para ela. Seus olhos azuis correm de seus pés descalços até
suas pernas tonificadas e sobre seu short de algodão branco e camiseta
rosa. Ela se encolhe em mim e sorrio. Por que ela está com medo dele
agora, mas ela não estava apenas algumas horas atrás no Kingdom? O que
mudou?
—Isso não cabe a você decidir, — ele finalmente diz, olhando para ele.
Bones faz um som de estalo com sua língua. Ele se aproxima de nós e
olha para Emilee. Ele agarra seu queixo e empurra sua cabeça para trás em
meu peito.
—Não! — George diz, lutando contra as restrições, mas Cross ainda se
senta em cima dele, restringindo seus movimentos ainda mais. —Não
toque nela! — Ele grita.
—Ele não sabe sobre nós? — Bones inclina a cabeça para o lado. Ele vai
pressionar George para ver o quão ciumento ele ficará. Ele está pensando a
mesma coisa que eu, que eles estão juntos.
Ela olha para ele com os olhos lacrimejantes. —Vai de foder, Bones. —
Sua voz está rouca, suavizando o ódio que ela pretendia expressar.
Ele olha para mim, com falta de ar, e ordena: —Dê o fora da minha casa!
—Eu sei.
—Ele vai nos oferecer Em. — Já vi o suficiente para saber como isso
funciona. Ele sabe que ela tem um passado com Bones. O homem salvará
sua própria vida jogando a dela fora. Ela significa algo para ele, mas
simplesmente não sei o quê. Mas o passado dela com Bones a torna ainda
mais valiosa para ele.
—Eu sei.
Ele finalmente olha para mim e seus olhos caem para minha virilha. —
Então por que seu pau está duro?
Capítulo Seis
Emilee
—Por que você deve dinheiro a eles? — Pergunto. O que ele poderia ter
feito? Meu pai também estava envolvido? Eles fizeram negócios com eles?
Mil pensamentos passam pela minha mente.
Ele ignora minha pergunta mais uma vez. —Venha aqui, — ele ordena,
e fico rígida. —Eu disse venha aqui!
Meus pés pesados dão passos lentos e pequenos até ele. Quando chego
perto o suficiente, ele puxa meu braço, puxando para frente dele. Suas
mãos sobem pelas minhas coxas e estremeço, engolindo o vômito que
começa a subir. Só tomei dois drinques. Vou precisar de mais alguns antes
de fazer isso.
Viro meu rosto para longe dele, e ele agarra meu cabelo e puxa minha
cabeça para trás. Um grito é arrancado de meus lábios. —Por favor…
—Ele fodeu esta boca? — Ele passa os dedos pelos meus lábios
trêmulos. —Diga, — ele ordena.
—Para que?
Ele segura minha bochecha onde ele apenas deu um tapa. Minhas
lágrimas salgadas queimam a carne tenra. —Você, minha querida, vai
pagar minha dívida.
Titan
Tomo uma bebida e sento. —O que você quer, Bones? — Não estou com
vontade de jogar com ele hoje. Ele precisa ir direto ao ponto e rápido.
—E?
—Você não pode estar falando sério. — Suspiro. —Você a quer? — Ele
não se cansou dela no colégio e na faculdade?
—Não. — Ele acena para mim. —Mas você pode ficar com ela.
—O que diabos vou fazer com ela? — Ela era uma vadia e uma puritana
total. Bem, para qualquer um, menos para Bones. Ele manteve suas pernas
abertas vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Se ela não estava
chupando seu pau, ele estava fodendo sua boceta ou bunda. Depois que ele
parou de usar ela, foi como se ela nunca tivesse existido. Ele era um idiota
do caralho.
Seus olhos passam para as portas francesas duplas que estão abertas
para minha suíte pessoal. Uma ruiva e uma loira estão enroladas nos
lençóis brancos imaculados. Ambas desmaiaram. Suas roupas desta manhã
se espalharam pelo chão. Elas estavam me esperando no saguão quando
chegamos de volta a Kingdom. —Você pode pensar em algumas coisas. —
Seus olhos voltam para os meus.
Ele passa os dedos tatuados no queixo. —Ela tinha uma mente muito
aberta naquela época.
—Eu o vi dar um tapa nela. — Tomo outro gole. —Depois que todos
vocês foram embora. Ele bateu nela. Porque ela dormiu com você. — Ainda
não consigo entender por que um estava tão preocupado com o outro.
Ele passa a mão pelo cabelo penteado para trás, pensando nas minhas
palavras. Ele teria impedido George se tivesse visto? Duvidoso. Ele quase a
fez desmaiar com a mão em volta da garganta. E não poderia mostrar
fraqueza em relação a ela e intervir. George teria usado isso a seu favor,
mas parece que vai tentar de qualquer maneira.
—Eu não tenho tempo para ajudar uma mulher quebrada. — Balancei
minha cabeça. —E não podemos pegar algo que alguém não tem. —
George é um problema. Mas não um que possamos resolver por conta
própria.
Ele abre a boca, mas seu telefone toca no bolso. —Alô? — Pausa. —O
que é, Nigel? Sim. — Seus olhos encontram os meus. —Já estaremos lá. —
Ele desliga. —Vamos lá.
Porra!
Seus olhos lacrimejantes vão dos meus aos de Bones. Então ela abaixa a
cabeça e olha para as unhas. —Ele não vai te pagar.
Ela levanta a cabeça para me olhar nos olhos. —Ele quer me dar a você.
Como se eu fosse um maldito objeto que pode ser negociado. — Ela coloca
as mãos no colo. —Tentei explicar que não funciona. George...
Ela endireita as costas. —Eu tenho uma proposta própria para você.
—Sem ofensas, Emilee, mas sua boceta não vale quinhentos mil, — ele
diz a ela, embora ele apenas tenha tentado vender a ideia de eu pegá-la.
—Emilee...
Os dois me encaram.
Titan franze a testa. —Você disse que está no nome da empresa e ele é o
dono da empresa agora. E se ele morresse? Então quem é o próximo?
—Eu sou, — minto. Como diabos vou saber? Como se George fosse
compartilhar qualquer uma dessas informações comigo.
Bones me olha. —Tudo teria que queimar. Você está disposta a perder
tudo?
—Sim.
Solto um longo suspiro e olho para minhas mãos no meu colo. —Eu já
perdi tudo, — digo baixinho, fazendo meu peito apertar. —Depois do meu
pai... — faço uma pausa. —George se mudou e levou tudo o que sempre
significou algo para mim.
—Bem, então você tem que pensar sobre o tamanho da casa, — Titan
acrescenta, correndo os dedos pelo queixo em pensamento. —Levará horas
para queimar completamente uma desse tamanho. O corpo de bombeiros
estará lá muito antes de ser totalmente destruída.
Bones bufa.
Aperto minhas mãos. —Há apenas uma estrada para entrar e sair do
bairro privado. Bloqueie...
Bones fala. —Como você vai ter certeza de que ele estará lá? Ele vai
fugir quando descobrir que não vamos aceitar você como pagamento. —
Ele me olha de cima a baixo e meu rosto fica vermelho.
—Diga a ele que você vai, — argumento. —Se ele fugir, isso vai frustrar
o plano e tudo será em vão. Preciso dele morto.
Olhando para ele, vejo que ele está relaxado na cadeira. Ele está com o
cotovelo direito no apoio de braço e seus dedos tatuados percorrem o lábio
inferior. Sua outra mão repousa em sua coxa. Ele parece um demônio
pronto para engolir minha alma. Perguntando o que estou oferecendo em
pagamento.
Titan empurra a parede e o vejo caminhar até mim. Meu coração acelera
quando ele fica atrás da minha cadeira, fora da minha linha de visão. Ele
puxa meu cabelo do meu ombro suavemente, mas parece uma ameaça.
—Ele vai querer uma prova, — diz ele com a mesma suavidade.
Engulo.
—Você pode ter tudo isso. — Minha voz treme. —Eu só quero…
—Cuidar de sua mãe, — Titan anuncia.
Ele acena e fica de pé em toda a sua altura. Tenho que olhar para cima e
instantaneamente me sinto como alguém que ele quer esmagar. —Vamos
conseguir de uma forma ou de outra, — ele diz simplesmente e, em
seguida, contorna sua mesa.
Ele sorri para mim. Um sorriso cruel e letal que me faz lembrar o quão
frio esse desgraçado pode ser. —Ninguém pode se esconder dos Kings, —
afirma.
Titan
Bones fecha a porta e olha para mim. —Coloque vigilância. Quero olhos
em sua casa e na residência de York vinte e quatro horas por dia, sete dias
por semana. Se ele sentar para mijar, quero saber.
—E Emilee?
Ele volta para trás de sua mesa. —Não dou a mínima para o que ela faz.
Nunca perguntei o que aconteceu entre eles porque não queria parecer
que me importava. Talvez eu deva. —E se ela começar o fogo de qualquer
maneira?
—Ela parece desesperada. Vir aqui teve que levar algumas bolas. A
rejeição dói. —Ele não diz nada. —Podemos ligar para Luca, — ofereço. —
Cross o ajudou a destruir a Catedral. Poderíamos pagar o bombeiro para
fazer o mesmo com a residência de York.
Ele suspira, passando a mão pelo rosto. —Não foi uma má ideia, mas
não ia dizer isso a ela. Não quero que ela se coloque em perigo.
Sua mandíbula se afia e ele desvia o olhar de mim. —Não é desse jeito.
Nós transamos. Seguimos em frente. Não significa que quero que ela se
mate em um incêndio em uma casa pelo fodido George.
—Temos uma reunião com ele esta noite. — Ele muda de assunto.
—Desde quando?
—Era sobre isso que ele ligou mais cedo. Queria plantar uma conversa
no meu ouvido sobre Emilee e marcar a reunião.
Sua mandíbula aperta novamente, e posso dizer que ele está irritado
com a situação. E sei que é por causa de Emilee. Em qualquer outro
momento, ele não seria tão tolerante com George. Estaríamos enterrando
um corpo, não negociando com ele.
—O Grave não será capaz de se sentar por tempo suficiente para ouvir.
E Cross tem algo para cuidar. — Ele acena para mim. —Vá terminar de
brincar com as meninas em sua cama e depois se prepare.
Capítulo Oito
Emilee
A porta se abre. —E. — Ela sorri para mim. —O que você está…?
Sigo ela pelo foyer e por um corredor. Em seguida, por outra porta que
leva ao porão de seu pai. Acendo a luz, vou até o bar cheio e sento na
banqueta. Coloco meu rosto em minhas mãos. Costumávamos vir aqui e
beber o tempo todo no colégio. Ele nunca verificou seu inventário.
—Quanto?
—Um milhão seria um bom começo. — Dou uma risada áspera,
tentando não chorar com a situação em que me encontro.
—Tudo bem. — Olho para ela, e ela coloca uma bebida cheia na minha
frente. —É um milhão.
—Eu também. Vou pegar do meu pai e dar a você. Vou dizer a ele que
fui às compras.
—E, uma vez gastei mais de um milhão em uma escultura em uma loja
Gucci em Milão. Você deveria ter visto o rosto dele quando leu o extrato do
cartão de crédito. Confie em mim. Ele vai acreditar.
—Não sou eu. É minha mãe, — admito. —Meu pai deixou George
encarregado de tudo depois que ele faleceu. Ele está me chantageando para
fazer sexo com ele. — Ela suspira. —Para pagar as contas médicas da
minha mãe.
—Não. — Estive fora por pouco mais de dois anos. As coisas vão e vêm
muito nesta cidade.
Seus olhos verdes suavizam e ela coloca sua mão livre em cima da
nossa. —Confie em mim, E. Vou te ajudar. E ninguém vai saber.
Vinte minutos depois, ela está me levando de carro pela Strip. —Por
favor, me diga que não vamos para o Kingdom. — Não posso lidar com
mais Kings hoje.
—Não.
—Não estamos aqui para trabalhar. Estamos aqui para obter ajuda.
Seu telefone apita no porta-copos e ela o atende. —Ela tem dez minutos
de sobra para nós.
—Quem? — Pergunto.
Ela vai abrir a porta, mas estende o braço e bate a mão no meu peito. —
Se abaixe. —Ela sussurra asperamente, puxando minha camisa.
—Jasmine, o que...?
Olho para onde ela está boquiaberta e vejo Bones saindo de uma porta
preta no segundo andar. Ele desce as escadas de metal e chega a um
Lamborghini Reventón estacionado que está parado aqui junto com o dela.
Não tinha visto isso antes. Ele não tinha aquele carro antes quando nós...
transamos.
Bufo. —Mesmo? Você tem que fazer essa pergunta? — Seus faróis se
acendem e o motor do carro ganha vida. Ele sai de seu lugar antes de
entrar na Strip.
Olho para o painel. —Ele não ficou aqui por muito tempo. Eu estava em
Kingdom há uma hora em seu escritório.
Reviro o meu. Como isso pode me ajudar? Não vou rastejar para este
palco. Não importa quantas bebidas eu compre.
—Aproveite, senhoras.
Ela agarra minha mão e me puxa por outro conjunto de portas duplas.
As luzes cegantes e a música batendo instantaneamente me dão dor de
cabeça.
Jasmine parece saber o que estamos fazendo porque ela nos leva
subindo três degraus e passando pelo bar em direção ao fundo da sala.
Há uma cabine redonda de couro preto que está vazia. Ela cai nela e se
afasta para permitir que me sente ao lado dela. Estou prestes a perguntar a
ela o que diabos é isso quando uma garota sai do palco ao nosso lado e
entra em nossa cabine. Ela tem cabelo loiro claro que desce em cascata
pelas costas. Seus lábios carnudos são pintados de vermelho sangue, e ela
tem lentes de contato roxas. Ela também usa nada além de um fio-dental.
Não posso deixar de olhar para seus seios perfeitos. Honestamente, não sei
dizer se eles são reais ou falsos.
—Por favor? — Jasmine implora. —Sei que você pode me ajudar. Juro
que não vou contar a ninguém. Totalmente confidencial.
Quero fazer tantas perguntas, mas fico de boca fechada por enquanto.
Shana olha dela para mim algumas vezes. —Estou supondo que isso é
para vocês duas?
—Preencher o quê?
Ela vira o telefone e o segura para que possamos ler. Meu coração pula
uma batida quando vejo para quem ela enviou uma mensagem.
Ela: Vou mandar duas garotas na sexta-feira. Elas têm seus formulários.
Corro a mão pelo meu cabelo. —E por que diabos ela mandou uma
mensagem para o Titan sobre isso?
—Jesus…
Ela ri. —Não me lembro de você ser tão cautelosa, E. — O sinal fica
verde e ela passa pelo cruzamento.
—Não tenho certeza. Shana já faz isso há dois anos. Ela só trabalha na
Glass uma noite por semana. Toda a sua renda vem de ser uma rainha.
Ela acena com a cabeça. —Oh sim. Nem toda mulher que quer ser
rainha é contratada. Ele vai te dizer não.
Não tenho certeza de por que ele me negou, mas de alguma forma, sei
que ela está certa. —Aquele bastardo ainda tem meu celular.
Seu rosto cai, mas ele se recupera rapidamente. —Bem, uh... eu não
tenho isso...
Mentira. Emilee diz que tem, mas se recusa a pagar. E acredito nela por
causa desse pedaço de merda.
—Mas eu vou. Em breve, — acrescenta.
—Isso pode levar meses, — acrescento. Se isso for verdade. Quem sabe
o quanto ele já tem acesso desde que Nick York faleceu?
—Eu não quero a fodida garota. — Bones balança a cabeça. —Eu quero
o que você nos deve.
—Há cem mil aí. Se você me der apenas um mês, vou pagar o resto, —
George fala apressado. —Eu vou... vou levar para você. Encontro você no
Kingdom assim que eu tiver.
Acordei com outra dor de cabeça latejante, então fechei as cortinas para
bloquear a luz. E cinco novas garotas estão no centro do meu escritório.
Todas despojadas até ficarem de calcinhas. Ainda estou revisando a
papelada delas quando ouço a voz de Nigel pelo alto-falante do telefone do
meu escritório. —Duas senhoras chegaram, senhor. Elas dizem que Shana
as encaminhou e que você as espera hoje.
—Vá com GiGi para fazer suas medições. Depois de fazer isso, volte
aqui e o médico estará pronto para atendê-las, — as informo.
Nenhuma delas diz nada. Passo a mão pelo meu cabelo. —Droga. — Eu
estou fodido. Não estou com humor para isso hoje. Ou qualquer outro dia.
—Que merda é essa? — Exijo, pegando seus papéis.
—Estamos aqui para fazer um teste para ser uma Rainha, — Jasmine
sorri para mim. Ela tem o cabelo ruivo curto com a metade para cima e está
vestida como se fosse sair para a cidade em um minivestido preto com os
seios quase para fora e saltos altos. Eu não esperaria menos dela.
Não diz exatamente essas palavras, mas não vou impedi-las. Estou tão
pronto para que este dia acabe, e ainda não são nem dez da manhã. —Você
tem razão. — Cruzo meus braços sobre meu peito e meus olhos vão para
Emilee. Ela parece quase apavorada. —Mostre, — a desafio. Eu não tinha
dúvidas de que Jasmine faria isso, mas Em não.
Emilee
Passo minha mão pelo meu cabelo e fecho meus olhos. Houve um
tempo em que gostava dele. Na verdade, queria que ele me tocasse. Me
fodesse.
Ele abaixa a cabeça no meu pescoço. Seu hálito quente batendo em minha pele.
—Ninguém está aqui neste momento, Em. É só você e eu. — Suas mãos vão para o
meu short. —E não posso esperar... — Seus lábios encontram os meus. —Preciso...
— Beijo. —Estar dentro de você agora.
Sua língua entra na minha boca, enroscando com a minha, e gemo quando a
sensação usual cresce em meu estômago. Minhas coxas apertam e minha boceta fica
molhada com o quanto ele precisa de mim. Bones nunca precisa de nada. Sou a
única que ele mostra quem ele realmente é. Quão quebrado ele realmente está. E
não posso deixar de querer salvar ele. De seus demônios. De seus pesadelos. Nunca
recuso ele.
Ele empurra meu short pelas minhas pernas quando percebe que não vou
protestar mais. Seus dedos vão entre minhas coxas e ele os passa sobre o tecido
encharcado da minha calcinha.
Abro meus olhos e suspiro quando vejo um par de olhos azuis olhando para
mim no espelho grande. Olho para nossa esquerda, mas não há ninguém lá. É
outro conjunto de armários. Ele enfia um dedo em mim e começo a ofegar. Olhando
para trás no espelho, vejo aqueles mesmos olhos novamente. E percebo que ele está
do outro lado dos armários. Só que desta vez, ele avançou, mais na linha de visão, e
é Titan.
Ele puxa minha calcinha de meus quadris e choramingo quando o tecido rasga
minha pele antes de ceder à sua força. Ele enfia ela na minha boca, em seguida,
aperta a mão sobre meus lábios, batendo a parte de trás da minha cabeça no
armário com força. Olho para ele, e a umidade se acumula entre minhas pernas.
Seu rosto está na minha frente, olhando para mim. —Vou foder essa boceta
apertada, Em. — Ele abaixa os lábios no meu pescoço, beijando minha pele
suavemente. —Você vai manter essa calcinha encharcada na boca até eu substituir
ela pelo meu pau e gozar em todo esse lindo lábio.
Choramingo. Meus olhos ainda estão em Titan. Ele fica ali como uma estátua,
ouvindo cada palavra. E meu coração bate forte. Bones sabe que ele está aqui? Ele
pararia se eu contasse a ele?
Aceno minha cabeça. Minha respiração acelerada e meu coração batendo forte.
Sei que eles já compartilharam garotas antes. Me pergunto se já passou pela cabeça
dele me compartilhar...
Meus olhos estão em Titan. Ele no meu. Sua camiseta branca se estica com a
respiração pesada. Ele abaixa as mãos e abre o zíper da calça jeans, e minha
respiração fica presa quando o vejo puxar seu pau duro através do zíper aberto.
Levantando a mão, ele cospe nela antes de acariciar seu pau longo e grosso. Uma
vez. Duas vezes. Conversa de garotas nessa escola e suas memórias sussurradas de
seu pau não fazem justiça a ele. Observo avidamente enquanto sua mão acelera o
passo e saliva se acumula na minha boca.
—Porra, você está tão molhada, baby, — Bones rosna. —Deveria te amordaçar
com mais frequência. — Ele agarra meu cabelo com a mão livre e puxa minha
cabeça para trás, me fazendo olhar para as telhas brancas do teto. Não consigo mais
ver Titan, mas posso sentir seus olhos em nós. Assistindo. Querendo. Uma parte
de mim deseja que ele me toque. Chupe meus mamilos duros. Ainda estou de sutiã
e camisa. Quando Bones está com um humor assim, nada mais importa além de
uma rapidinha. Duro e rápido para levar nós dois. Sem preliminares. Sem atenção
extra.
E agora, tenho certeza que quero jogar. Com os dois. Uma parte maior gostaria
que o pau de Titan estivesse na minha boca em vez da minha calcinha.
Ouço Bones fechar o zíper de suas calças, e então ele se ajoelha diante de mim.
—Eu tenho treino esta noite, mas estarei lá depois. Deixe sua janela destrancada e
fique nua. — Ele me beija, se levanta e vai embora.
Sem quebrar o contato visual, levanto em minhas pernas trêmulas. Ele joga a
toalha de papel no lixo e se vira para mim.
—Titan... — sussurro, pensando que ele vai me beijar. Estou parada na frente
dele, nua da cintura para baixo. Nem um pouco envergonhada ou embaraçada.
Em vez disso, ele se inclina para frente, colocando seus lábios no meu ouvido.
Seu grande corpo pressionando contra o meu trêmulo. —Você parecia bem de
joelhos, Em. Combinou com você. — Ele se afasta, ficando reto em toda a sua
altura. Ele estende a mão passando um dedo sobre meus lábios molhados. —
Sempre que você precisar de um lembrete de onde pertence, me avise. Ficarei mais
do que feliz em te ajudar. — Então ele se vira e sai.
—Por que você está aqui, Em? — Pergunto, caminhando até o frigobar
para servir uma bebida para ela. Vodca pura. Estendo para ela, mas ela não
aceita.
Boa menina
—Tudo bem, — vou agradar a ela. —Então por que você ainda está
vestida? — Ela apenas me encara. —Isso foi o que eu pensei. — Volto para
minha mesa. —Presumo que você pode ver a si mesma? — Sento na minha
cadeira, mas ela ainda está lá. —Eu não tenho tempo...
Ela se abaixa e agarra a bainha de sua camisa e a puxa para cima e sobre
sua cabeça. Seus olhos azuis permanecem nos meus enquanto ela abre o
zíper da calça jeans e a empurra pelas pernas antes de sair dela.
Engulo, mas não discordo dela. Ela sabe o que eu quero, ou não teria
pegado seu telefone e exigido que ela caísse de joelhos para pegar ele de
volta.
—Isso é o que você quer, certo? Eu? Nos meus joelhos? — Ela cai diante
de mim e me sento mais reto. Suas mãos alcançam meu cinto, e não a
impeço enquanto ela o abre.
Meu coração acelera e meu pau endurece, mas mantenho meus olhos
nos dela.
—Eu posso usar as pessoas também, Titan, — ela afirma, lambendo seus
lindos lábios rosados. —E sei o que deve ser feito para conseguir o que
quero? Você?
Estendendo a mão, agarro seu cabelo escuro em minhas mãos. —O que
isso significa?
—Significa que nós dois queremos algo. — Suas mãos descem pelas
minhas coxas. —Ou você não me quer mais? — Ela pergunta. —Lembro de
uma época em que você fez isso. Você poderia ter me tido, sabe? Eu estava
apenas jogando duro. E você se acovardou.
Não fico surpreso quando vejo Jasmine ao lado dela. Ela imediatamente puxa
Em pela sala de estar e para a cozinha.
Viro minha cerveja e percebo que está vazia. Levantando, também vou para a
cozinha. E vejo Jasmine servir duas doses. Ela entrega uma para Emilee, mas ela
balança a cabeça, recusando.
Jasmine revira os olhos e as toma, uma após a outra. Antes que ela pudesse
colocar o segundo copo vazio na mesa, Trenton caminha pela cozinha, e ela o segue
para fora da cozinha para o que só posso supor ser um quarto no andar de cima.
Jogo minha garrafa de cerveja fora e caminho até a ilha da cozinha. —O que
você está fazendo aqui? — Pergunto a ela.
Ela pula para trás e coloca o cabelo escuro atrás da orelha. —Jasmine me
convenceu a sair.
Aceno e tiro a tampa da minha nova cerveja. —Eu vejo. — Olho ela de cima a
baixo. Ela usa uma calça jeans preta e um suéter azul oceano. Seu cabelo está solto
e ela não está usando muita maquiagem. É como se ela tentasse minimizar seu
visual, sabendo que estava vindo para uma festa de fraternidade. Emilee não é uma
daquelas garotas que gosta de ser vista. Ela prefere ficar nas sombras, mas sempre
a notei. Pego uma garrafa de maple Crown e sirvo duas doses. —Tome uma bebida.
Parece que você precisa disso. — Empurro pela ilha.
Ela pega, mas não me olha nos olhos. Ela tem me evitado desde que a vi com
Bones no vestiário dos meninos algumas semanas atrás. Ela pode tentar me evitar
o quanto quiser, mas nós dois sabemos que ela gostou que eu assistisse. Que isso a
excitou.
Empurro meu corpo no dela, prendendo ela na bancada. Minhas mãos vão para
seus quadris e abaixo meu rosto em seu pescoço. Cheiro seu perfume. Ela cheira a
morango com creme.
—Eu não consigo tirar você de joelhos da minha cabeça, — admito
descaradamente. —Você pensa sobre isso também, Em?
Seu peito sobe e desce rapidamente enquanto seus dedos cavam em meu jeans.
—Bones…
—Bones sabia que eu estava lá, — admito. —Ele sabe o quanto te odeio. E que
eu quero te foder. Por que ele deveria ter toda a diversão?
Ela bate os punhos no meu peito, me empurrando um passo para trás. Seus
olhos se estreitam para mim. —Vá para o inferno, Titan.
Aqueles duros olhos azuis suavizam, e suas mãos envolvem minha cintura, me
puxando para mais perto dela. —Você não fez nenhum movimento, — ela sussurra
antes de lamber os lábios.
—Eu gostei de assistir você, — admito. —Me masturbava para você e ele. —
Ela me viu. Ela sabe o que fiz. Mas quero que ela saiba que sei que ela me queria
tanto quanto eu a queria. Não tenho vergonha do que fiz. —Eu quero uma vez.
E assim, ela mudou de ideia. Ela me empurra para longe dela e dou um passo
para trás, permitindo que ela observe a cena. Para deixar tudo o que acabei de dizer
a ela afundar. Ela se vira e sai correndo da cozinha.
Sigo ela, agarro seu braço e a puxo por uma porta que por acaso é um quarto.
—Titan, eu não posso, — ela sussurra enquanto fecho a porta atrás de mim.
Giro ela, prendendo-a de costas contra a porta.
As luzes estão apagadas, então está escuro como breu aqui, mas posso ouvir sua
respiração pesada. Posso sentir seu coração batendo forte contra meu peito. O meu
faz o mesmo e estou duro como uma rocha. Ele pressiona dolorosamente contra o
interior da minha calça jeans. Sei que ela pode sentir isso.
—Eu te odeio, — digo, baixando meus lábios nos dela. Ela respira fundo. —
Mas isso não significa que não quero te foder, Em.
—Por que você me odeia? — Ela pergunta, a pergunta sem fôlego, e posso
sentir o cheiro do bordo em seu hálito.
Abaixo meus lábios em seu pescoço e sinto seu pulso acelerar enquanto beijo
suavemente sua pele macia. —Porque você não vai me dar o que eu quero.
Ela fica em silêncio, mas não me afasto. É a jogada dela. Terei prazer em ficar
de joelhos por ela. Tudo o que ela precisa fazer é dar a ordem, porque por mais que
a odeie, a quero ainda mais.
Suas mãos passam pelo meu peito e envolvem meu pescoço, e então ela me puxa
para frente. Meus lábios tocam os dela e minha mão passa de seu rosto para seu
cabelo. Agarro entre meus dedos, e ela engasga em minha boca. Seu beijo fica cada
vez mais frenético, assim como suas mãos.
É isso. Finalmente vou conseguir o que quero. E nem me importo que ela vá
para Bones mais tarde. Só quero provar.
Emilee
Eu vim aqui para ser uma Rainha e não vou embora até que isso
aconteça. Preciso do dinheiro. Minha mãe precisa desse dinheiro.
Titan me encara como se estivesse atordoado. Ele não está aqui comigo.
Não agora. Ele está em algum lugar do passado. Provavelmente naquela
noite na casa da fraternidade. Naquela vez que eu ia tentar, mas mudei de
ideia no último segundo. Queria estar com os dois, mas estava com medo
de que se Bones descobrisse que eu estive com Titan, ele me odiasse. E esse
pensamento me apavorou. Posso não ter amado ele, mas não podia me dar
ao luxo de perdê-lo. Mas desta vez é diferente. Não pertenço a ninguém.
Não Bones e com certeza não George. Vou escolher com quem fodo e
quando fodo.
—Emilee…
Não permito que ele me recuse. Abro minha boca e o empurro para o
fundo da minha garganta, provando seu pré-gozo.
Me reajusto de joelhos e olho para ele. Sua cabeça está para trás e seus
lábios estão separados. Ele está ofegante. Seus quadris se movem na
cadeira.
Minha cabeça salta para cima e para baixo enquanto engulo seu pau
fodido como se ele fosse um cliente. Mas não é? Posso ter desejado todos
esses anos, mas isso é mais uma audição do que um trabalho real.
Depois de alguns minutos, sinto seu corpo ficar tenso e, sem aviso, ele
goza na minha boca. Suas mãos caem do meu cabelo.
Me afasto e respiro respiração após respiração. Limpo a baba do meu
queixo e levanto aos meus pés trêmulos.
Ele também está de pé, se elevando sobre mim. Sua mão sobe e passa os
nós dos dedos pelo lado da minha bochecha. —Tem certeza que quer se
vender para mim, em vez de para ele? — Ele pergunta.
Ele se afasta de mim e enfia a mão na gaveta da mesa. Ele pega meu
celular e começa a digitar. Volto para a frente de sua mesa e me visto.
Assim que termino, olho para ele.
Aceno, sem saber o que ele quis dizer sobre problemas, mas posso
descobrir. Me recuso a agradecer a ele. Então, em vez disso, dou as costas a
ele e caminho em direção à porta lateral por onde Jasmine havia entrado.
—Oh, Em?
Antes que possa sair do escritório, sua porta principal se abre e Bones
entra. Merda!
Seus olhos azuis caem para o meu celular na minha mão, e os cantos de
seus lábios se erguem.
Sem dizer uma palavra a ele, empurro a porta e dou o fora de lá. No
momento em que fecha, inclino minhas costas contra ela. Fechando meus
olhos, soltei um longo suspiro, esperando ter tomado a decisão certa.
Capítulo Doze
Titan
Olho para Bones depois que Emilee sai da sala. Ele arqueia uma
sobrancelha. —Vejo que você devolveu o telefone a Emilee.
Concordo.
—Um trabalho.
—Eu fiz dela uma rainha. — Não é a melhor decisão que já tomei, mas
não sei por que não pensei nisso antes. É uma ótima solução para sua
situação atual. Além disso, posso ficar de olho nela. —Vou controlar quem
ela vê e o que faz. É a melhor forma de coleira.
—Acho que ela não foi a razão de você ter entrado em meu escritório.
—Vamos deixar ele ir por enquanto. Ele vai voltar. — Seus olhos voltam
para a porta pela qual Emilee acabou de sair.
—Você acha que ele vai voltar por ela? — Pergunto, o pensamento não
caiu bem para mim. Ela é minha agora. Esperei muito tempo por ela, ele
não vai colocar as mãos nela novamente.
Ele balança a cabeça. —Não há razão para ele fazer isso. Ela não vai
levá-lo a lugar nenhum, especialmente agora que ele sabe que não vamos
trocar ela por dinheiro.
—Você acha que alguém vazou essa informação, ou ele apenas ficou
nervoso e percebeu que o tínhamos coberto?
—Eu não sei. — Ele passa a mão no cabelo, frustrado. —Mas quando ele
voltar, ele vai nos pagar de volta, em quilos de carne. — Com isso, ele se
levanta e sai do meu escritório, batendo a porta atrás de si.
Emilee
Ela olha para mim e pisca. —Então, vejo que você recuperou o telefone.
—Sim.
—E?
—Aqui. — Ela me entrega seu celular e o cartão de visita que GiGi nos
deu. —Coloque isso no GPS. É melhor descobrir o que diabos é isso.
Olho para baixo. É um cartão liso preto sem nada escrito nele além de
um endereço. Digito. —Diz que fica a dezesseis quilômetros daqui.
—De jeito nenhum, — diz ela com admiração, olhando para o espaço
enorme.
Passamos por duas mulheres vasculhando o que parece ser uma seção
de vestidos de noite.
—Por que você não iria querer usar algo daqui? — Jasmine sussurra.
A senhora para e se vira para nos encarar. —Vou deixar vocês duas
olharem em volta. — Ela acenou com a cabeça para o canto direito traseiro
da loja. —Existem os provadores. Experimente algumas coisas e me avise
quando estiver pronta.
—Suas fotos.
Me viro para encarar Jasmine. Ela tem um sorriso no rosto e seus olhos
verdes estão enormes. —Isso é tão incrível. — Ela agarra minhas mãos e
começa a pular para cima e para baixo. —Me sinto como uma linda
mulher. Mas a melhor parte é que não tenho que foder um cara pelo resto
da minha vida.
Eu ri. —Vamos, Julia Roberts. Vamos encontrar algo para você vestir.
Escolhemos um biquíni e depois caminhamos até os vestidos de noite.
As duas mulheres ainda estão vasculhando as prateleiras.
—Oi. — Claro, Jasmine deve falar com elas. Ela nunca conheceu um
estranho. É por isso que ser uma rainha vai ser perfeito para ela.
—Quando você come baunilha por toda a sua vida, a estrada rochosa
parece muito deliciosa. — Ela mexe as sobrancelhas escuras.
Reviro meus olhos. Sei muito bem que aquela mulher prefere o tipo
mais pervertido de sexo ao invés de baunilha.
Capítulo Treze
Titan
Meu pau está duro desde que ela saiu do meu escritório mais cedo.
Queria ela por muito tempo. Tenho dito a mim mesmo que superei, mas,
obviamente, não estava.
Saio de meus e-mails e sento reto na minha cadeira. —Se eu não tivesse
visto você à luz do dia, poderia jurar que você é alérgico ao sol.
Ele deixa cair o controle remoto, senta à minha frente e passa a mão no
rosto. —Acabei de ser informado que George embarcou em um jato
particular para Paris.
—Emilee.
Estendo minhas mãos bem abertas, gesticulando para ele me dizer. Não
gosto de jogos de adivinhação.
—Licença de casamento.
Ele dá de ombros. —Por pior que pareça, ele poderia ter forçado seu
caminho até ela, mas ele queria que ela desistisse de bom grado. Por quê?
—E se ele fez isso sabendo que iria vazar? Ele quer que Nancy descubra
o que eles fizeram.
—Não que eu saiba. Mas não estávamos lá. — Ele suspira. —Acho que a
única coisa certa é que ele não esperava que aparecêssemos. Nós o
assustamos. Colocou qualquer plano que ele tinha com Emilee em espera.
—E quanto a Nancy?
—O que tem ela?
—Não posso ver ele deixando ela para trás. Emilee disse ela que não
tinha muito mais tempo.
Ele dá de ombros. —Depois de tudo que descobri, sei que ele não se
casou com ela por amor. Duvido que ele se importe se ela morrer enquanto
ele está fora. Além disso, uma vez que ela esteja morta, ele tem direito ao
que Nick deixou para ela.
—Mas não parecia que ele deixou muito a ela. Em, disse que tudo foi
para George. É disso que precisamos para colocar as mãos. Seu testamento.
Ele se levanta da cadeira. —Já estou trabalhando nisso. Vou deixar você
saber o momento que eu tiver.
—Jantar.
—Eu tenho apenas uma para você. — Puxo o arquivo de Jasmine. Jacob
adora o tipo franco. As que se destacam. Seu cabelo ruivo atual e atitude
exagerada são apenas isso.
—Quero algo diferente para este jantar. Ela precisa ficar quieta. Sentar
lá e ficar bonita. É uma reunião de negócios, não um evento social.
Click.
Bones sorri, mas não diz nada enquanto sai do meu escritório.
Idiota.
Emilee
—Obrigada, — digo ao meu motorista de táxi, que me deixa fora do
Kingdom. Subo os quinze degraus até a entrada dos fundos.
—Olá, senhorita York. É bom ver você de novo, — diz Nigel, segurando
uma das portas duplas aberta para mim.
Soltei um longo suspiro. Estou nervosa. Meus seios estão suados e meus
joelhos tremem. É o desconhecido. O que é esperado de mim.
Essa é uma pergunta carregada. E tenho tantas. Mas a única que consigo
falar é. —Todas elas são apanhadas aqui no casino? — Quando fui
notificada do local de coleta, fiquei mais do que surpresa. Quer dizer,
fiquei aliviada por não ser da minha conta. Ou dele. Pelo menos Kingdom é
terreno mútuo. E posso ver por que eles não queriam que nos
encontrássemos no restaurante. Ele quer chegar comigo. Me mostrar.
Entendo como isso funciona.
—Não. Mas essa é sua primeira vez com esse cliente, correto?
—Primeiro vez. — Passo minhas mãos suadas pelo meu vestido.
Ele coloca sua mão livre sob meu queixo e a levanta, então encontro
seus olhos gentis. —Você faz o que se sente confortável para fazer. Este é o
seu show.
Borboletas enchem meu estômago, e não tem nada a ver com o encontro
em que estou sendo paga para continuar. —Eu...
Algo em sua voz me faz levantar meu queixo mais alto. Fiquei mais
reta. Sua dúvida em mim me faz querer provar que ele está errado, mais do
que a confiança de Nigel. —É apenas um encontro, Titan, — cuspo.
Ele cruza os braços tatuados sobre o peito largo e sorri para mim. —E se
ele quiser transar com você?
Pisco com sua franqueza. Meu coração acelerou com a ideia de dormir
com um cara por dinheiro. Por qualquer outra razão que não seja atração.
Quer dizer, vamos encarar, chupei seu pau pelo meu telefone. Mas foi mais
do que isso, não foi? Queria Titan há anos e finalmente tive uma desculpa
para fazer isso e não me arrepender, mesmo que ele tivesse me
encurralado. —Se o preço estiver certo. — Dou de ombros, não querendo
que ele veja meu medo.
O sorriso desaparece de seu rosto e seu corpo fica rígido. Ele me encara
e ignoro o sangue correndo em meus ouvidos. Ele está tentando me
assustar. Ele acha que não posso fazer isso. Que não tenho o que é preciso.
É quando gostaria de ser mais como Jasmine. Apenas terei que fingir por
enquanto.
—Titan!
—Jacob. — Titan aperta sua mão. —Esta é Emilee. Seu encontro esta
noite. — Ele gesticula para mim. Ele substituiu sua carranca por um
sorriso, mas é falso.
—Bem, olá, Emilee. — Ele estende a mão para mim e a pego. Curvando-
se, ele beija meus dedos. —Espero que goste de frutos do mar.
—Toda a minha vida, — digo, olhando por cima do ombro para ver
Titan ainda de pé no mesmo lugar nos observando partir. Seus olhos caem
para onde Jacob coloca a mão na parte inferior das minhas costas, e meu
coração começa a disparar com a forma como sua mandíbula aperta.
Capítulo Quatorze
Titan
Por que deixei suas palavras me afetarem? Não dou a mínima para
quem ela abre as pernas. Não tenho certeza do que é pior, o fato de que ele
está pagando por sexo, ou que ela desistiria de boa vontade.
Eu quero ela.
Você teve a boca dela, minha mente grita, mas isso não foi o suficiente.
Pensei que seria, mas é tudo em que penso.
Ele olha para mim, seus olhos azuis indo dos meus para Cross, que
ainda está sentado em sua cadeira atrás de mim. —Eu…
Sem dúvida, ele ouviu falar de nós. —O que você quer que eu faça? —
Cruzo meus braços nas costas da cadeira. Seus olhos examinam minhas
tatuagens antes de pousar de volta nos meus. —Permitir que você fique
com o dinheiro e saia pela porta da frente?
—Eu vou embora, — diz Robert. —Você pode ter tudo isso.
Ele engole nervosamente e o suor escorre pela testa. Vejo suas mãos
tremerem quando ele as passa pelo rosto. —Contar cartas não é ilegal, —
ele finalmente diz.
Jogo minha cabeça para trás e rio. O som enchendo a sala. Grave e Cross
fazem o mesmo.
Robert começa a seguir isso, mas parece inseguro sobre o que está
acontecendo.
—Isso é ilegal! — Ele dá um tapa na mesa quando seu medo toma conta
dele. —Você está me mantendo contra a minha vontade. — Ele pula de pé.
—Sente-se. — Grave o empurra para frente e para trás em sua cadeira.
—Já fizemos.
—Oh, não vai sair daqui, — o informo. —Não com você de qualquer
maneira.
Emilee
Ele parece bom o suficiente, embora ele não tenha falado muito comigo.
Assim que entrei na limusine no Kingdom, ele passou a maior parte do
curto trajeto em seu telefone com sua esposa. Foi mais estranho do que
qualquer coisa. Ele disse boa noite aos filhos e que os amava. Ele tinha uma
garrafa de champanhe no gelo, mas não me ofereceu nenhum. Não me
ofendi. As informações delineando minha noite me informaram que eu
estava limitada a dois drinques enquanto na presença dele.
Bebo o que resta da minha bebida e ele levanta a mão, sinalizando para
o nosso garçom. Ele se aproxima e se abaixa para que o cara possa
sussurrar em seu ouvido. Ele olha para a minha bebida e acena com a
cabeça.
Ajo como se não tivesse visto a troca. Em vez disso, tiro o celular da
bolsa e vejo uma mensagem.
Então o cara está tentando foder o par de seu pai. —Idiota, — digo
baixinho.
Minha cabeça está começando a girar e meus olhos estão cansados. Isso
pode ser devido à falta de sono que tive na noite passada. Minha
preocupação com meu encontro levou o melhor de mim. Agora percebo
que não tenho nada com que me preocupar. Estou aqui estritamente para
acompanhar. Não falaram comigo diretamente, e isso me incomoda mais.
Acho que poderia ser pior. Jacob poderia ter me levado a um clube de
sexo e esperado que o tocasse na frente de seus colegas enquanto eles
gravavam. O que me leva a um pensamento. Não me lembro de ter visto
nada sobre vídeos sendo proibidos durante um encontro no aplicativo.
Terei que perguntar a Titan sobre isso na próxima vez que o vir.
Isso é uma coisa que não gosto no Queens. Os homens dizem o que você
pode e não pode vestir, mas não dizem o que esperar do seu encontro. Ou
para onde você está indo. Apenas a coleta e o prazo, junto com seus
requisitos e restrições.
Uso o banheiro e lavo as mãos. Abro a porta para ser saudada pelo
próprio garoto. —Oh. — Pulo para trás, antes de quase trombar com ele.
Ele está parado no meio do corredor, bloqueando meu caminho de volta
para a mesa. —Com licença. — Vou dar uma volta, mas ele dá um passo
para o lado, me bloqueando mais uma vez. Começo a ficar irritada. —Posso
ajudar? — Rosno.
Ele sorri, seus olhos me olhando de cima a baixo. —Eu acho que você
pode. — Ele estende a mão para mim, mas dou um passo para trás, fora de
seu alcance.
—Eu não estou aqui para você. — Endireito meus ombros. —Se você
pudesse, por favor...
Meu corpo treme, mas não de medo. Raiva. Como esse garoto ousa falar
comigo desse jeito? —Vai se foder, — digo com os dentes cerrados.
Com uma bufada, ele coloca a mão livre no meu quadril e me puxa para
perto dele. —Eu irei. De uma forma ou de outra.
Bato meus punhos em seu peito, e ele me solta. Dando alguns passos
para trás, ele passa os olhos sobre mim uma última vez antes de entrar no
banheiro masculino à minha esquerda rindo.
O garoto nunca disse mais nada para mim. Ele apenas olhou para mim
do outro lado da mesa. Fiquei nervosa, então continuei pedindo bebidas.
Depois da minha quinta, Jacob olhou para mim, mas ele nunca as impediu
de vir. Contanto que não estivesse fazendo uma cena, ele estava
permitindo.
Puta merda!
—Não, — minto. Pelo que sei, ele sabe o que o garoto fez e não se
importou. É o filho de seu parceiro de negócios, pelo amor de Deus. Ele vai
ficar do seu lado sobre a prostituta que contratou para sentar lá e ficar
bonita.
—Emilee…
A limusine sai e me viro para pegar um táxi. Bebi muito esta noite para
dirigir para casa.
—Senhorita York?
Me viro para ver Nigel parado no topo da escada, segurando uma das
portas aberta com uma das mãos e um celular no ouvido na outra. Ele
acena com a cabeça algumas vezes e sussurra algo antes de colocá-lo no
bolso. —Por favor entre.
É uma suíte. Uma fodida de uma mansão com vista para a Las Vegas
Strip. As janelas do chão ao teto permitem que as luzes da cidade iluminem
a sala de estar aberta. Piso de mármore branco com móveis cinza escuro e
mesa de centro de vidro. À minha direita, há uma grande cozinha com
armários pretos com ferragens douradas. As bancadas combinam com o
piso de mármore branco com eletrodomésticos de aço inoxidável. —Isso é
lindo, — digo com admiração.
Tomo um gole.
—É lindo, não é?
Me viro para ver que Titan se juntou a mim. Ele se recosta na porta de
vidro agora fechada com as mãos nos bolsos da frente da calça. As mangas
de sua camisa preta estão enroladas até os cotovelos, expondo seus braços
musculosos e tatuados.
—Você está bêbada? — Seus olhos caem para o vidro, ignorando minha
pergunta.
Outro homem que se sente com direito ao que faço com meu corpo. —
Isso não é da sua...
—Sim ou não, Em? — Seu peito duro vibra contra o meu com suas
palavras. Seus olhos perfuraram os meus, quase brilhando com sua raiva.
Sua mandíbula aperta e ele está respirando pesadamente.
Ele inclina a cabeça para o lado e libera meu pescoço. Respiro fundo
enquanto ele passa os nós dos dedos pela minha clavícula. Eles fazem o seu
caminho para baixo sobre o osso do meu peito e acariciam suavemente
meu mamilo sobre o meu vestido. Ele endurece instantaneamente.
Abro minha boca para rir, mas seu polegar correndo sobre meu mamilo
duro o substitui por um gemido.
—Hum? — Ele estende a mão e solta meu coque, permitindo que meu
cabelo caia sobre meu peito. Ele o empurra para trás e sobre meus ombros.
—E se eu dissesse que não pensei em nada além de você a noite toda?
Ele sorri. —Vou provar para você. — Ele se abaixa, agarra o tecido de
seda e rasga meu vestido, me fazendo ofegar.
Titan
Gostaria que o que eu tivesse dito a ela fosse uma mentira, mas não era.
Não pensei em nada além dela desde que ele a convidou para um encontro.
Sei o quão desesperada ela estava. Como ela implorou a Bones e a mim
para ajudá-la. O que ela faria com um estranho que lhe pagasse qualquer
coisa?
Carregando ela para o meu quarto, empurro ela e suas costas caem na
minha cama. Seu vestido preto rasgado mal cobre seu corpo magro. Seus
mamilos duros pressionam contra a seda preta. Ela me encara e lambe os
lábios enquanto seus olhos caem para a minha calça. Meu pau está duro
como pedra, e você pode ver claramente o contorno dele. Me inclino e abro
meu cinto. Ela se ergue, apoiando-se nos cotovelos.
—Hum? — Ela morde o lábio inferior, os olhos ainda nas minhas calças,
me observando com cuidado enquanto abaixo meu zíper.
Ela joga a cabeça para trás e solta uma risada que faz seus seios
balançarem. Minhas mãos coçam para arrancar o que sobrou daquele
vestido dela. —Não estamos todos desesperados por algo? — Ela pergunta.
É isso. Deveria dizer não a ela. Que simplesmente não vai funcionar. Se
ela não tivesse fodido meu amigo por todos esses anos, então aceitaria esta
oferta. Mas ela fez, então não posso. Em vez disso, me ouço dizer: —Tudo o
que eu quiser.
Soltando seu cabelo, vejo sua cabeça cair na cama. Agarro meu pau
duro e acaricio algumas vezes enquanto passo minha mão livre sobre sua
boceta, manchando sua umidade.
Ela alcança entre as pernas para se tocar, mas bato em sua boceta com
minha mão.
—Isso é tudo meu, querida. — Então empurro para dentro dela sem
aviso.
—Oh Deus…
Inclinando sobre suas costas, passo meus braços sob seus ombros e subo
sobre sua cabeça, travando meus dedos juntos atrás de seu pescoço. A
posição enterra sua cabeça no colchão enquanto restringe seus braços
acima de sua cabeça ao mesmo tempo.
E fodo com ela. Duro. Meus quadris batem em sua bunda, fazendo ela
gritar. Fodo com ela implacavelmente. O mais forte e rápido que posso. Seu
corpo treme, sua boceta aperta e ela grita meu nome mais alto do que
qualquer mulher antes. Mas isso é esperado. Nunca fodi ninguém assim.
Eu odiava essa mulher desde a escola primária, mas uma parte de mim
sempre a quis. Ela era como uma coceira que você não pode coçar. Uma
altura que você nunca poderia alcançar. Ela era inalcançável. Até agora.
Não diminuo enquanto seu orgasmo balança seu corpo. Continuo por
mais alguns minutos, então solto meus dedos de trás de sua cabeça e me
sento. Nossos corpos estão escorregadios de suor e suas coxas tremem. Ela
está ofegante, suas mãos agora agarrando o lençol.
Puxo ela e a viro de costas. Meu pau fica em posição de sentido, coberto
por seu gozo. Ele desce pela parte interna das coxas e chega aos meus
lençóis. Deveria ter usado camisinha, mas, honestamente, não queria.
Quero sentir ela. Tudo dela. Sei que ela está limpa, vi seus resultados. Faz
parte do processo ser rainha. E sei que estou limpo.
Alcançando ela, empurro seu cabelo selvagem de seu rosto liso. Sua
maquiagem está borrada e seus lábios entreabertos. É assim que ela sempre
deve ser para mim. Uma bela bagunça do caralho. —Abra para mim, Em.
Ela olha para mim com seus olhos pesados. Ela está alta e sinto orgulho
por tê-la colocado lá. Que fiz isso com ela.
Eu não acabei.
Emilee
Porque eu estou…?
Sentando, olho em volta para ver que sou a única pessoa no quarto.
Rapidamente vou para minhas ligações recentes e ligo para a única pessoa
com quem preciso falar.
—Emilee?
—Sim.
—Espere... você sabe que horas são? — Ela boceja. Obviamente, acordei
ela.
—Não importa.
—No Kingdom? Por que você... — Ela para, e espero que ela tenha
descoberto porque não tenho certeza se posso dizer isso em voz alta. —
Você ficou com Titan noite passada?
Caio de lado e enterro minha cabeça nos lençóis. Eles cheiram a sexo. —
Sim, — murmuro.
—Você tem que me contar tudo sobre isso. Que tal te encontrar no bufê
daí em trinta minutos? — Ela boceja. —Preciso de um pouco de café da
manhã.
—Tudo bem, — digo, mas faço uma pausa. —Ligue para Haven e veja
se ela quer se juntar a nós. — Faz muito tempo que não a vejo. E Jasmine
não a mencionou nenhuma vez.
Ela fica em silêncio por um momento. —Quando foi a última vez que
você falou com ela?
Titan
Sento à minha mesa, meu celular em uma mão e uma caneta na outra.
Minha porta se abre e quando meus olhos encontram um conjunto de
verdes escuros, suspiro interiormente.
—Vou ter que te ligar de volta, — digo a Luca do outro lado da linha.
Click.
Coloco meu celular na minha mesa, em seguida, cruzo os braços sobre o
peito. —Senhor Bates. O que eu posso fazer para você hoje?
Ele está vestido com um de seus ternos Armani, pronto para atacar
qualquer um que se meta em seu caminho para governar o mundo.
Começando seu dia comigo. —Demita ela, — ele exige, vindo até minha
mesa.
—Que porra, você sabe! — Ele ferve, apontando o dedo para mim. —
Você contratou minha filha como uma porra de Rainha.
Minha porta se abre e Bones entra, fechando atrás dele. —Eu estava
passando e pensei em verificar se você precisava de ajuda.
Bones olha de mim para o Sr. Bates. Eles têm história. Não é boa. Ele
quer ficar, mas sai com relutância.
Ando em volta da minha mesa e fico cara a cara com ele. —Eu não vou
despedir ela. E a única razão pela qual você sabe que ela é uma rainha é
porque você é um cliente. — Alcanço ele e pego seu paletó, puxando ele
para mim. —Se você quiser continuar a pagar pelo seu sexo, sugiro que
fique de boca fechada e não me diga como fazer meu trabalho. — Empurro
ele para trás.
Ele tropeça nos próprios pés e cai na cadeira. Volto para a minha mesa e
me sento em frente a ele.
Ele abaixa a cabeça e passa a mão pelos cabelos. Sua preocupação vai
tirar o melhor dele. —Você sabe o que isso fará comigo se souber que
minha filha vende o corpo?
—Não vai.
Também estou de pé. —Então, cuidarei dele da mesma forma que faria
se algum de meus clientes vazasse qualquer informação sobre minhas
rainhas. — Administro um tipo de negócio sem tolerância. —Eu protejo
meus bens.
Ele parece estar satisfeito com a minha resposta porque ele se vira para
a porta, mas para e me encara mais uma vez. —Jasmine não deve saber que
estive aqui.
Capítulo Dezessete
Emilee
—Que porra é essa, Haven? — Pergunto, meu queixo ainda caiu com a
notícia.
Franzo a testa. —Você está bem? Luca está tratando você bem? — O
cara está na máfia. Todas nós sabemos disso desde o colégio, mas isso
nunca a impediu de amá-lo.
—Sim, começou um pouco difícil, mas agora está tudo perfeito. — Ela
coloca uma mecha de cabelo castanho atrás da orelha. Seus olhos âmbar
suaves e cheios de amor enquanto ela fala sobre seu marido.
—Bem... isso é bom saber. — Estou feliz por ele estar se certificando de
que ela está segura, mesmo que ela sinta que é um exagero.
—Eu tentei te ligar. Várias vezes, — diz Haven. Estreitando os olhos nos
meus, ela muda de assunto.
Meu peito se aperta. —Eu sinto muito. — Tenho sido uma amiga de
merda. E odeio não estar aqui para ela.
—Deixei mensagens para você. — Ela pega minha mão. —Você não as
ouviu?
—Sim. — Jasmine acena com a cabeça. —Nós sabemos como você age.
Não posso discutir com ela ou ficar brava com o que Jasmine diz porque
é verdade. Nunca me permiti chegar muito perto. Nem mesmo para elas.
Haven e Jasmine eram as mais próximas.
Jasmine baixa os olhos para a mesa. Ela não contou a Haven o que
aconteceu com ele. Imagino que Haven não assiste ao noticiário com
frequência de qualquer maneira. Se o fizesse, não veria nada além de coisas
ruins em relação ao marido.
Fechando meus olhos, sinto uma lágrima escorrer pela minha bochecha.
Essas são minhas irmãs. Nós só tivemos uma a outra, e sinto muito a falta
delas.
—Ei. — Ela sorri. —Estou bem. Prometo. Não se preocupe comigo. Mas
Jasmine... — Ela olha para ela. —Ela precisa de ajuda.
—Ele é. Mas está tudo bem. Não discrimino. E eu vou ter você gritando
meu nome a noite toda.
Ele a ignora.
Ela levanta sua bebida para tomar um gole. —Pela centésima vez, não
fizemos sexo. Ele me comeu.
—Bem, que bom que você não é uma mulher, — brinca Haven. —Você é
aquele cara de fraternidade arrogante que se gaba para todos os seus
amigos.
—Ela fodeu o Titan. — Jasmine obviamente não tem nenhum problema
em contar informações importantes sobre minha vida.
Vacilo com a maneira como ela diz puta. Sei que ela está brincando, mas
o pensamento do cara da noite passada ainda me deixa nervosa. Deus, ele
era um idiota.
Também olho para ele, e ele já está olhando para ela. O que diabos eu
perdi?
Faço o meu caminho para a entrada privada dos fundos para encontrar
Nigel em sua mesa. Ele se senta em sua cadeira com um jornal nas mãos. —
Eu não sabia que alguém ainda lia isso.
Ele olha para mim, dobrando-o. —Todo mundo parece receber suas
notícias através das mídias sociais hoje em dia.
—Titan me informou esta manhã que você tem acesso sempre que
quiser.
Minhas bochechas coram, e deixo cair meus olhos, mas encontro meus
pés caminhando e entrando no elevador. Decido testar as águas com
quanta informação ele me dará enquanto subimos. —O que significa o R?
—Os Kings vivem no nível Real quando estão aqui, — ele responde.
Eu sabia. Mas escolho focar em... —Quando eles estão aqui?
—Sim, senhora. Às vezes eles vão para casa. Às vezes eles ficam no
Kingdom. — O elevador para e ele sai comigo. —Você tem acesso total ao
andar Royal.
Olho por cima do jeans e da camiseta que uso junto com um par de
Converse. —Obrigado pelas roupas. — Digo a ele. Depois que falei com
Jasmine esta manhã e disse a ela que queria me encontrar para o café da
manhã, encontrei algumas roupas dobradas ordenadamente em uma bolsa
na mesa de cabeceira de Titan com as etiquetas ainda nelas. Não sei como,
mas sabia que Nigel as havia entregado na suíte.
Ele está fodendo uma loira curvada sobre a mesa por trás. A sala está
cheia de seus grunhidos e seus gemidos. —Porra, — ela grita.
—Lucy. — Ele rosna o nome dela enquanto olha para seus corpos
batendo.
Titan
Ela dominou meus pensamentos hoje. Não fui capaz de fazer nada sem
pensar nela. Meu pau está duro e minha mente está uma bagunça confusa.
Os caras perceberam. Bones até comentou sobre isso, mas ignorei todos
eles. Eles não sabem que ela foi a razão, e quero manter assim.
Entrando na Suíte Real, vou direto para o meu quarto, sabendo que terei
o lugar só para mim esta noite. Bones tem planos com Luca, ou então ele
diz. Ele ainda acha que o negócio que eles têm é segredo, então vou deixá-
lo ficar com isso por enquanto. E ouvi Grave e Cross dizer que iam andar
pelos clubes da strip.
Entro no meu quarto e meus olhos vão direto para a minha cama. Ela
não está lá como eu esperava. Sei que ela está aqui. Nigel tinha me
informado que a escoltou até aqui horas atrás. Girando, vejo que a porta do
banheiro está encostada e ouço o chuveiro ligado.
Melhor ainda.
Seu rosto cai e ela morde o lábio inferior. —Cerca de três horas. Tirei
uma soneca. — Seus olhos se arregalam e ela parece nervosa de repente. —
Eu não deveria ter vindo...
Meus pés seguram os dela. Suas costas retas. Passo minha mão por sua
espinha, sentindo cada vértebra. Ela estremece. Agarrando meu pau duro
em minha mão, coloco contra sua bunda e ela fica tensa. —Há quanto
tempo? — Pergunto.
—Foda essa sua boceta, querida. Quero três dedos se fodendo. Quero
você gozando sobre esses dedos. Então vou lambê-los até deixar eles
limpos.
—Deus…
Titan está na cozinha aberta virando panquecas. Ele me olha uma vez, e
meu corpo esquenta com a intensidade de seu olhar. Limpo minha
garganta e esfrego meu pescoço sem jeito.
Meus olhos vão para Cross. Ele parece menos surpreso do que Grave
em me ver aqui. Ele está recostado na cadeira, relaxando com as pernas
abertas e a mão esquerda abrindo e fechando o Zippo. Cross sempre teve
uma vibração misteriosa sobre ele. Eu era menos próxima dele porque ele
se mantinha sozinho. Mesmo entre os Kings. Ou talvez eu simplesmente
nunca estivesse perto o suficiente para prestar atenção. Tudo o que sei
sobre ele é que ele tem segredos. Segredos assassinos.
Ela ri. —Bones não pode ser o único filho da puta sortudo a bater nesse
traseiro.
Reviro meus olhos e volto para o meu carro, pegando o cobertor que minha mãe
me fez colocar lá apenas no caso de eu ficar presa no inverno. Ela esquece que
vivemos na porra de Vegas. —Aha, — digo, encontrando escondida lá embaixo.
—Você ouviu falar de Oak Grove? — Ela pergunta enquanto jogo por cima do
meu ombro.
Oak Grove é a Igreja Batista em que o pai de Cross prega. —Não. O que tem
ela? — Fecho meu porta-malas e começamos a caminhar em direção à escola.
Ela acena com a cabeça e olha por cima do meu ombro. Me viro para seguir sua
linha de visão.
Os Kings estão todos ao lado do carro de Bones. Ele está com as duas mãos nos
bolsos da calça jeans escura e com um agasalho de moletom branco. Titan está de
frente para ele com um cigarro entre os lábios, e Cross está com a bunda encostada
na porta do passageiro da frente. Sua bolsa está a seus pés. Ele tem o tornozelo
direito cruzado sobre o esquerdo. Sua mão esquerda está no bolso enquanto a outra
abre e fecha o isqueiro Zippo.
—De jeito nenhum, — falo antes de olhar de volta para Cross. Seus olhos estão
nos meus, e me pergunto se ele pode nos ouvir por todo o estacionamento. Ele fecha
o isqueiro e o abre novamente.
—Ouvi meu pai falando sobre isso esta manhã. Acho que uma testemunha
chamou a polícia e disse que viram Cross entrar na igreja com seu pai uma hora
antes e depois o viram saindo. Sozinho. Pouco antes de o lugar pegar fogo.
Ela cobre a boca com a mão. —O pai dele foi deixado dentro?
Ele dá de ombros.
Trenton apenas o empurra. —Gostaria de ver você dizer isso na cara dele.
Jasmine ri, e ele joga o braço sobre os ombros dela e a leva em direção à escola
junto com Liam.
Me viro, mas os Kings não estão mais perto do carro. Olhando ao redor do
estacionamento, vejo algumas pessoas paradas ao redor. Alguns estão ao telefone.
Outros estão indo para as aulas. É uma segunda-feira bem cedo. Jasmine e eu
temos aula, mas os Kings têm que praticar bola. Me voltando para a porta, dou um
passo, mas bato em um corpo rígido. —Desculpe…— Minha voz falha quando
olho para cima para ver que é o Bones. —Ei, — digo, tentando desacelerar meu
coração acelerado.
Ele dá uma rápida olhada ao redor. —Você não deveria estar aqui sozinha.
Ignoro essa declaração enquanto ele agarra minha mão na sua. —O que está
acontecendo com Cross? Ouvi sobre o que aconteceu com o pai dele...
Ele me faz parar e se vira para me encarar. O olhar em seus olhos me fez dar
um passo para trás. —O que você ouviu? — Ele exige.
Engulo. —Uh, isso... só que havia uma testemunha que o viu em Oak Grove
com seu pai e depois ele saiu logo antes do incêndio... — Ele avança em mim e
fecho minha boca quando ele agarra meus braços, cavando seus dedos em minha
pele. —Dillan….
—Não diga uma porra de palavra, Em. Para ninguém. Você me ouve?
—O que? — Meus olhos procuram os dele. —Eu não sei de nada... é apenas
um boato...
—Quem te contou?
—Tr...? — Me paro antes de terminar essa frase. Não quero jogar Trenton
debaixo do ônibus. Não importa o quanto não gosto do cara. E não tenho certeza se
os Kings estão envolvidos na morte do pai de Cross. Mas não quero ser responsável
por nada que aconteça. —Dillan…
—Quem diabos era, Emilee? — Ele rosna, usando meu nome completo.
Seus olhos azuis procuram os meus um pouco mais antes de ele me soltar, e dou
um passo para trás até minha bunda bater no meu carro. Então ele se vira e entra
no prédio, me deixando em pé no estacionamento sozinha e confusa com o que
diabos aconteceu.
Nunca toquei no assunto novamente. Bones nunca me deixou entrar em
sua vida pessoal. Nunca discuti o que ele e os Kings fizeram, e ele nunca
ofereceu nenhuma informação.
Puxo uma cadeira e caio nela, evitando o olhar de Grave enquanto ele
volta a enfiar panquecas na boca.
—Em.
Eu não era nada. Mas isso não significa que ele poderia concordar com
isso também.
—Mas vou lhe dizer que Grave não tem ideia do que está falando. —
Ele caminha de volta para mim. —Grave vive em seu próprio mundinho
que não existe para os outros.
Ele sempre fez isso. Grave teve problemas com o vício desde que era
jovem. E ele não permite que ninguém se aproxime. Porque isso o tornaria
real. E ele não pode lidar com isso. Bones sempre deixou seu irmão mais
novo fazer o que diabos ele quisesse. E o pai deles nunca esteve realmente
por perto. Ele passava todo o seu tempo no Kingdom quando ele e os Três
Sábios o possuíam. Não tenho certeza agora porque estive fora por alguns
anos, mas não vi ou ouvi ninguém mencionar ele.
—Mas...
—Não. — Ele abre a boca para falar. —Você pode chamar ele para mim,
por favor? — Titan me deu acesso à suíte, não ao escritório.
Ele acena com a cabeça uma vez e pega seu telefone de mesa. Ele digita
um número e leva o fone ao ouvido. —Olá, Bones? Sim. Você tem Emilee
aqui no saguão querendo falar com você. — Ele acena com a cabeça uma
vez para si mesmo. —Sim senhor. — Ele desliga e olha para mim. Prendo
minha respiração. —Ele vai ver você.
Entro para ver Bones sentado atrás de sua mesa. A sala está escura.
Grossas cortinas pretas fechadas o escondem da cidade que ele tanto ama.
O tapete um sofá de couro cinza escuro e preto à direita e duas cadeiras de
couro preto posicionadas em frente à sua mesa. Ele se levanta e acena com
a cabeça para Nigel, que sai da sala sem dizer uma palavra.
—O que posso fazer por você, Em? — Ele pergunta, apontando para
uma das cadeiras.
Meus olhos examinam seus braços tatuados. Ele está com as mangas da
camisa enroladas até os cotovelos e a gravata sobre a mesa. Ele tem os dois
primeiros botões abertos. Bones nunca gostou de ter que se vestir com
trajes de negócios; ele preferia jeans e uma camiseta.
Não me movo. Em vez disso, fico onde estou e forço meus olhos a
olharem para cima para encontrar os dele. —Eu... eu queria... — limpo
minha garganta e ele cruza os braços sobre o peito. —Eu queria que você
soubesse que estou dormindo com Titan. — Solto em uma respiração.
Ele não parece nem um pouco surpreso, e isso apenas me enerva mais.
Passo minhas mãos suadas pelo meu jeans.
—Eu só não queria que você ficasse com raiva dele, — acrescento
rapidamente quando ele se aproxima. —Somos…
Engulo nervosamente.
Ele estende a mão e agarra uma mecha do meu cabelo. Ele o torce em
torno do dedo como costumava fazer, e meus joelhos começam a tremer. —
Bones…
—Eu não estou bravo. — Seus olhos azuis percorrem meu rosto.
—Você não está? — Pergunto, sentindo a gota de suor entre meus seios.
Porra, está quente aqui. Não amo Bones, mas não posso negar que tivemos
uma química incrível.
Ele balança a cabeça uma vez. —Não, estou com ciúme.
Fico tensa.
Ele pressiona seu corpo no meu, e seu dedo que estava girando no meu
cabelo entra no meu cabelo, agarrando meu couro cabeludo e inclinando
minha cabeça para trás. —Eu sinto sua falta, Emilee.
Meus lábios se abrem e meus olhos ficam pesados com suas palavras. —
Eu... — Me paro.
Eu ia dizer que estou com o Titan agora, mas estou? Nunca estive
realmente com Bones. Acabamos de nos entender. Ele estava com tesão, ele
veio até mim. Ele estava com raiva, ele veio até mim. Nunca tivemos um
rótulo, nós não precisávamos disso. Mas quando se trata de mim e Titan,
estou perdida. Não espero que ele apenas me foda. Sou uma rainha, pelo
amor de Deus.
A porta bate depois disso. Era Grave. Conheço sua voz bem o suficiente.
Porra!
—Eu não sinto. — Seu outro braço serpenteia atrás das minhas costas,
me puxando para mais perto dele.
—Bones. — Minhas mãos seguram sua camisa branca.
Ele não me permite terminar esse pensamento. Ele pressiona seus lábios
nos meus e endureço contra ele, mas apenas por um segundo. Meu corpo
reage a ele como antes.
Meus braços vão para cima e em volta do seu pescoço, e abro para ele,
deixando Dillan Reed pegar o que ele quer como sempre fazia.
Titan
—Vamos subir para o meu quarto. — Ela agarra minha mão e me puxa
escada acima.
Ela tinha me enviado uma mensagem hoje cedo que ela voltaria para
casa esta noite para passar um tempo com sua mãe, e que ela queria que eu
fosse vê-la. Que precisávamos conversar. —Sobre o que você queria falar?
—Sinto muito. — Ela passa a mão pelo cabelo. —Eu não sabia onde
estávamos. Não queria que você pensasse que sou uma daquelas garotas
que espera que você seja fiel a mim. E não queria que você pensasse que eu
tinha qualquer expectativa, — ela divaga, —porque eu não tenho. — Ela
joga as mãos para o alto. —Mas não quero você com raiva de Bones. Eu fui
ver ele. — Ela engole nervosamente com o meu silêncio. —Eu precisava
dizer a ele que dormimos juntos porque não queria que ele ficasse com
raiva de você.
—Em...?
—Em?
—Estou tão…
Vou até nela, agarro seu queixo e a forço a olhar para mim. —Eu sei.
—Bones me disse.
—Então você não está bravo com ele? — Ela pergunta com cautela.
Ela passa a mão pelo cabelo. —Bem, agora estou com vergonha, — ela
murmura para si mesma.
Bones e eu temos um entendimento. Ele a tinha. Eu a queria. Eu não
chamaria meu amigo de estúpido, mas diria que quando ele não se
comprometeu com ela, foi um erro. Emilee é o pacote completo. Ela é o tipo
de mulher que você usa no quarto, mas a exibe como uma maldita rainha
nas ruas dos camponeses.
Franzo a testa.
Ela explica mais. —Eu não queria que você pensasse que eu estava
colocando um rótulo em nós. Mas também queria que ele soubesse o que
estávamos fazendo. Odiaria ficar entre vocês dois.
—Sim. — Passo minhas mãos para baixo sobre seu pescoço e sinto seu
pulso acelerar. —Tem um problema com isso?
Sim, é boa. Acho que meus dias são muito mais toleráveis quando abro
os olhos para ver Emilee ao meu lado. Nua. Amo o jeito que ela geme
quando a acordo para sexo antes de começar meu dia. —Boa tarde. —
Aceno e caminho pelo longo corredor até a pesada porta de metal no final.
Abro e entro no espaço frio. Bones entra atrás de mim e nos tranca dentro
da sala de concreto. Grave e Cross não estão presentes, mas Luca e Nite
estão. Junto com três outros homens que conheço muito bem.
—Uau. — Tommy joga as mãos para cima. —Você acha que fizemos
isso de propósito?
Tão defensivo logo de cara. Cruzo os braços sobre o peito, mas não digo
nada.
—Você não pode estar falando sério, — o último, Steven sibila. —Nós
cercamos a casa.
—Não sabemos. — Matt rosna, dando um passo para trás da mesa. Ele
bate em Nite, que o empurra para frente.
—Besteira! — Estalo.
—Não foi nossa culpa. Eles tiveram uma vantagem sobre nós. — Matt
atira para ele.
—Parece que você permitiu que eles tivessem essa vantagem sobre
você. — Bones empurra ele para trás. —Agora a questão é foi
propositalmente ou apenas uma coincidência?
—Espere um minuto. — Steven olha dele para mim. —Isso não foi
intencional. Armaram para nós.
Olho para Bones e ele dá de ombros para mim. É meu show. —Você
tem razão. Vocês estavam. — Digo e tiro três balas do bolso da frente da
minha calça preta. Luca se aproxima de mim e me entrega seu revólver
clássico Smith and Wesson 629. Abro e insiro as três balas magnum .44 no
cilindro e, em seguida, giro antes de fechar.
—Vai se foder! — Ele grita. —Todos vocês! — Ele luta com Nite, mas ele
é muito fraco para isso. O Sr. Bianchi criou o Nite para isso. Para ser um
soldado. Um assassino. Todos nós fomos treinados para a batalha, então
vencemos a guerra.
Soltando seu cabelo, agarro seu queixo e separo seus dentes. Ele grita
quando coloco o cano do revólver em sua boca. Puxo o gatilho.
Novamente, nada acontece.
Nite dá um passo para trás e Matt cai no chão. Ele está ofegante e as
lágrimas escorrem pelo seu rosto enquanto ele treme incontrolavelmente.
Uma olhada em seu jeans e ele se mijou. —Merda! — Ele soluça, olhando
para Steven, que ainda está sangrando no chão de concreto por causa do
tiro na coxa. Mas ele tirou a camisa e a embrulhou com força para tentar
estancar o sangramento.
—Do que ele está falando? — Steven rosna de seu lugar no chão.
—Seu amigo aqui. Aceitou suborno de George Wilton para deixar ele
escapar. —Bones explicou. Steven está perdendo sangue, então ele pode ter
dificuldade em compreender o que está acontecendo.
—Você o que? — Matt grita com Tommy. —Você colocou nossas vidas
em perigo por quinze mil dólares? — Ele corre para ele, mas Nite agarra a
parte de trás de sua camisa e o mantém cativo novamente.
—Ele veio até mim! — Tommy solta, apontando para o peito. —Eu!
Disse que você era muito fraco e que nunca seria capaz de fazer o trabalho.
Ele precisava de um homem.
—Seja como for. — Falo. —Quero respostas. Tenho mais três tiros e
mais duas balas. Quem quer jogar? — Pergunto.
—Por que você está me perguntando? Eu não fiz um acordo com ele.
Inclino minha cabeça para o lado. —Isso ainda não foi determinado.
Vocês poderiam ter dividido o dinheiro.
—Cinco mil por cabeça? — Ele balança a cabeça com raiva. —Que se
foda isso. Nada vale a pena ferrar com os Kings.
—Ahh, ele é mais inteligente do que parece. — Luca finalmente fala. Ele
tem um sorriso malicioso no rosto e as mãos nos bolsos da calça. Ele está de
bom humor hoje. Mas não estou surpreso. Ele gosta de sangue tanto
quanto o resto de nós.
—Uma fonte nos disse que ele está em Paris, mas também não acho que
seja verdade. — Bones acrescenta. —Então, pela última vez, onde ele está?
Levanto a arma e puxo o gatilho. Desta vez, ela dispara. E a bala vai
bem entre seus olhos.
Minha mãe não fala sobre ele. Acho que ela está desistindo de tentar me
vender a ideia de eles ficarem juntos. E ela simplesmente não tinha energia.
Não tive nenhum emprego desde aquele como Rainha. Mas pagou
muito bem. Não pagaria a conta da minha mãe cem por cento, mas é o
suficiente para eu sobreviver. Mas, neste ponto, não consigo fazer com que
ela pegue meu dinheiro. Ela diz que George tem tudo sob controle.
‘Half God Half Devil’ do In This Moment toca suavemente nos alto-
falantes no teto.
Vou tirar minha toalha e começar a me vestir, mas paro quando ouço
vozes do outro lado da porta. Me afastando do espelho, me viro para
encará-la no momento em que ela se abre. Bones e Titan entram.
—Ligue para ele de novo, — Bones rebate, assim que seus olhos azuis já
estreitos encontram os meus. Ele para de repente.
Titan passa a mão pelo cabelo, olhando para ele. —O filho da puta... —
Suas palavras morrem quando ele percebe que Bones parou e segue sua
linha de visão. Ele também para quando seus olhos encontram os meus. A
porta fecha suavemente atrás deles, me prendendo.
Meu coração começa a bater forte no meu peito ao vê-los juntos. Nós os
três. Em uma sala. Não vi Bones desde que ele me beijou em seu escritório
na semana passada. E a última vez que vi Titan foi esta manhã, quando
rastejei para fora de sua cama.
Abro a boca para dizer algo, para explicar o que estou fazendo aqui,
mas não sai nada.
Olho para Titan em sua calça jeans escura e camiseta preta lisa. Ele tem
um cinto cravejado de prata com uma corrente no bolso de trás. Ele usa
uma pulseira no pulso direito que combina com ela. Seus braços
musculosos fazem sua camisa se esticar, me mostrando cada músculo
definido e todas as suas tatuagens.
Bones usa calça preta e uma camisa de botão branca com as mangas
enroladas até os cotovelos. A tinta preta que cobre seus braços e pescoço o
faz parecer deslocado. Como se ele não pudesse decidir se quer ser o
pecador ou o santo.
—Em, — Titan diz meu nome, e não consigo esconder o gemido que
escapa da aspereza em seu tom.
Porra, esses homens têm esse jeito de fazer meu corpo precisar deles.
Eles me puxam, e não sou forte o suficiente para lutar contra eles.
Olho para cima e Titan está lá, seus olhos olhando nos meus. Espero que
ele não veja o que eles querem. Ou observe a forma como meu corpo treme.
Seus olhos caem para onde sua grande mão está pressionada no
material de pelúcia, bem sobre meu umbigo. Meus olhos vão para Bones.
Seus olhos azul bebê me olham sem qualquer emoção, não revelando nada.
O ar fica mais quente, o vapor sai do meu banho e sinto o suor brotar na
minha testa. —Eu devo ir, — consigo sussurrar.
—Fique.
Meus olhos se arregalam com a única palavra que o Titan fala, e minhas
coxas se contraem com o que está por vir. Quando não faço nenhum
movimento para correr, ele dá um passo à frente e caminha lentamente ao
meu redor, sua mão permanecendo na minha barriga sobre a toalha. Ele
vem para ficar atrás de mim e pressiona sua frente nas minhas costas.
Gemo quando sinto seu pau longo e duro pressionando minha parte
inferior das costas.
—Titan, — ofego, mas meus olhos vão para Bones ainda parado diante
de mim, sem dizer uma palavra. Nem tenho certeza se ele está respirando.
Sua mão na minha barriga lentamente começa a viajar para o sul. Fecho
meus olhos devido à vergonha, porque não faço nenhum movimento para
impedir ele.
—Olhe para ele, — Titan ordena, e meus olhos se abrem. Sua mão
atinge a parte inferior da toalha, logo abaixo da minha boceta. Ele passa a
mão entre minhas pernas e meus lábios se abrem enquanto minha
respiração acelera. Seus dedos percorrem minha boceta. —Encharcada.
Exatamente como eu esperava.
Minha respiração fica presa quando ele adiciona outro. Sua mão aperta
minha garganta e seus dedos se tornam fortes.
Mordo meu lábio inferior para não gritar enquanto seus dedos se
movem para dentro e para fora de mim de uma forma que faz com que o
calor suba pelas minhas costas.
Estou tendo problemas para respirar, pois suas mãos puxam minha
garganta para trás neste ângulo estranho. Seus dedos param
completamente, e meu estômago dá um nó com a perda do que estava tão
perto de conseguir.
São apenas palavras, digo a mim mesma. Palavras que vão me dar o que
quero.
Abro meus olhos pesados e olho para Bones. Seus braços tatuados estão
cruzados sobre o peito e seus olhos estão queimando os meus. —Por favor,
— solto.
—Por favor, me faça gozar. — Minha voz treme tanto quanto minhas
pernas. E a mandíbula de Bones fica mais afiada com minhas palavras.
Então, sem dizer uma palavra, ele levanta sua mão que está coberta pela
minha excitação e Bones abre seus lábios, permitindo que Titan coloque
seus dois dedos em sua boca.
Bones não responde. Em vez disso, ele remove as mãos dos meus
quadris e as levanta. Ele puxa suavemente a toalha onde a enfiei no meu
peito para manter no lugar.
Ela cai no chão e minha respiração fica presa na minha garganta quando
ele a segue, caindo de joelhos. —Bones, — ofego.
—Ele quer um pouco mais, — Titan me diz enquanto estica a mão livre
e puxa meu rabo de cavalo do meu coque bagunçado. Meu cabelo cai sobre
meus ombros.
Bones agarra minha coxa direita e levanta minha perna trêmula por
cima do ombro. Olho para ele com os olhos arregalados e em estado de
choque, silenciosamente implorando para que ele não pare. Não para me
perguntar se eu realmente quero isso. Porque não tenho certeza se posso
mentir e dizer não.
Minha cabeça gira, meus olhos se fecham e meu corpo aquece mais uma
vez. Cada músculo se contrai, e assim que Titan se afasta, gemo de prazer
para o banheiro com Bones de joelhos com a cabeça entre as minhas pernas.
Minhas pernas dobram e vou caio no chão, mas Titan me pega. Ele enfia
um braço sob meus joelhos trêmulos e minhas costas, me embalando em
seu peito. —Por favor, — imploro, embora minha mente diga pare não
aguento mais.
—Você quer mais querida? — Ele pergunta.
Meus olhos começam a arder de vergonha, mas esta pode ser minha
única chance de conseguir o que sempre quis.
Titan chama minha atenção enquanto tira sua camisa e, em seguida, ele
está empurrando sua calça jeans por suas pernas musculosas. Ele está
diante de mim completamente nu. Tinta preta e azul cobrem cada
centímetro de seus braços, tórax e pescoço. Seu estômago é uma perfeição
esculpida que mostra seu tanquinho. Gosto de como ele tem uma tatuagem
do lado, mas é só na altura do estômago. Ele tem uma caveira preta em seu
peitoral direito que tem uma coroa inclinada em cima com ossos cruzados
embaixo. É o que todos os Kings têm.
Me viro para ver Bones parado atrás de mim. Seus olhos azuis caem
para a minha boceta e ele lambe os lábios molhados. Minhas coxas
trêmulas ainda estão molhadas de sua cabeça estar entre elas. Ele ainda
está vestido com sua camisa de botão e calça comprida. Ando até ele e seus
olhos encontram os meus. Eles não revelam nada, mas posso ver que ele
também quer isso quando meus olhos caem para sua calça. Ele está tão
duro quanto estou molhada. Estendo a mão e abro. Ele fica completamente
parado enquanto empurro para baixo, liberando seu pau duro. Ele não
estava usando nada por baixo dela. Minha mão envolve a base dele e seu
corpo estremece levemente. Minha boca começa a salivar quando sinto o
metal frio por baixo, conto cinco piercings quando meus dedos sobem em
seu eixo. Ele nunca teve isso antes. Quero prová-lo. Sentir ele. Já faz tanto
tempo que nós...
Meu corpo fica arrepiado quando sinto Titan chegar atrás de mim. Sua
mão puxa meu cabelo para trás e para fora dos ombros. Ele inclina seus
lábios até meu ouvido. —Quer provar ele como ele provou a você?
Mordo meu lábio inferior nervosamente. Quero. Deus, como quero. Mas
o que o Titan pensará de mim?
Ele deve sentir minha inquietação porque ele fala novamente. —Vá em
frente, querida. Me deixe ver ele foder sua boca.
Titan
Ela está diante de mim, praticamente ofegante enquanto encara o pau
de Bones com saudade. Olho para ele e seus olhos estão nela.
Emilee York tem esse efeito nos homens. Ver ela nos querer tanto
quanto nós queremos, me faz sorrir.
—Fique de joelhos, Em, — ordeno quando ela apenas fica lá. Sei que ela
quer. Ela está apenas nervosa. Possivelmente envergonhada. Mas não há
razão para estar. Qualquer um de nós poderia ter saído desta sala a
qualquer momento. No entanto, ainda estamos aqui.
Ela respira fundo e cai de joelhos. Me abaixo e envolvo seu longo cabelo
em volta do meu punho, e gentilmente puxo sua cabeça para trás, então ela
tem que olhar para ele. Ele envolve a mão em torno da base de seu pau
duro e acaricia algumas vezes. Ela observa o movimento, lambendo os
lábios. Então ele o conduz até sua boca aberta e disposta.
Ele empurra seus quadris para frente, e ela vai puxar para trás, mas
minha mão em seu cabelo a mantém no lugar, forçando ela a tomar o que
ele quiser. Ele vai devagar no início, suave, o que me surpreende. Nada
sobre Bones é gentil. Mas talvez ele a esteja sentindo, dando a ela uma
chance de dizer não a ele. Para empurrar ele para trás.
Ela solta um gemido, ainda olhando para ele. Sua cabeça cai para trás,
sua tatuagem no pescoço se movendo enquanto ele engole. Seus quadris
levantam e ele começa a foder com mais força. Ela se ajoelha, e sei que sua
boceta está molhada pelo que fizemos com ela no banheiro e pelo que está
por vir. As mãos dela agarram suas coxas. Suas unhas cravando em sua
pele. Ela se agarra a ele.
Lágrimas correm por seu rosto junto com baba quando ele fode seu
rosto como se ele uma vez a amou, e ela o machucou. Mesmo sabendo que
não foi isso que aconteceu.
Seu abdômen fica tenso e sua mandíbula fica mais afiada. Bem quando
acho que ele está prestes a gozar, ele puxa para fora de sua boca. Não culpo
ele. Prefiro entrar em sua boceta ou bunda apertada do que em sua boca.
Sua cabeça inclina para a frente e sua respiração enche a sala menor
enquanto ‘Saints’ de Echos começa a tocar.
Quão adequado.
Envolvo minha mão em volta do seu pescoço e puxo seu rosto para o
meu. Beijo ela desesperadamente. Minha língua varre sua boca, provando
um pouco de Bones nela. Ela se afasta, ofegante, e sua cabeça cai na curva
do meu pescoço.
Olho por cima do ombro para Bones. Ele estende a mão, agarra um
punhado de seu cabelo e puxa sua cabeça para trás, usando aquela
aspereza que ele prefere. Ela geme, e o som faz meu pau estremecer.
Ele se inclina sobre suas costas, baixando os lábios em sua orelha. Seus
olhos seguram os meus. Não há desafio neles. Sem ciúme. Simplesmente
desejo. —Você vai ter que dizer isso, Em.
É a primeira vez que ele fala com ela desde que entramos no banheiro
para encontrar ela recém-saída do banho. Envolvida em uma toalha e
silenciosamente nos implorando para usar ela.
Suas mãos estão no meu peito e seus seios logo acima do meu rosto.
Minhas mãos passam de seus lados até o peito. Agarro um punhado de
seus seios deliciosos. E ela engasga. Estamos ambos esperando
pacientemente que ela nos dê luz verde. Vai valer a pena esperar.
Sua língua sai e lambe suas lágrimas antes de puxar o lóbulo da orelha
entre os dentes. —Diga. — Ela ainda está tentando recuperar o fôlego e
seus olhos pesados estão fechados. —Nos diga que você quer nossos dois
paus fodendo você. Ao mesmo tempo.
Ela aperta os olhos com força e lambe os lábios molhados. Seu rosto está
sem maquiagem e ela está absolutamente linda. É assim que sempre a
imaginei, molhada, carente e implorando porra. —Por favor, — ela
sussurra.
—Mais alto! — Ele exige. As mãos dele ainda agarradas ao cabelo dela.
Libero seus seios, e o que soa como um rosnado escapa de seus lábios
entreabertos. Coloco minhas mãos em seus quadris, me recusando a tocá-la
em qualquer outro lugar até que ela nos dê o sinal.
Ela balança os quadris para frente e para trás, e não posso evitar o
sorriso que se espalha pelo meu rosto. Apenas diga querida.
—Por favor. — Ela limpa a garganta quando uma única palavra sai
áspera. —Por favor, me fode. Vocês dois.
Sua mão vai entre suas pernas separadas que se estendem por meus
quadris. Ele enfia dois dedos em sua boceta sem aviso, e ela choraminga
com a força dele. Ela já está tão dolorida. Espere até amanhã, querida.
Ele os remove e os passa sobre sua bunda, preparando ela para seu pau.
Seus olhos se abrem e eles olham para mim. Minha mão passa entre
suas pernas e esfrego seu clitóris enquanto ele a fode com o dedo. Seu
corpo estremece e ela geme com a sensação. Quando ele puxa os dedos e
vai pegar o óleo para cobrir seu pau, enfio dois dedos dentro dela. Sua
respiração falha, e então os puxo para fora. Seu corpo cede o melhor que
pode contra o meu, porque a mão direita de Bones ainda está presa em seu
cabelo. Levanto meus dedos e os esfrego contra seus lábios. Sua língua sai
rapidamente para provar a si mesma.
—Chupe, — exijo, e ela abre seus lindos lábios para mim. Enfio em sua
boca, e ela geme, balançando seus quadris contra mim.
Bones se ajoelha e sei que ele está pronto. Pego meu pau com minha
mão livre e levanto meus quadris deslizando meu pau duro lentamente em
sua boceta molhada. Suas paredes fecham em torno de mim, me sugando, e
minhas bolas apertam. Porra, como vou evitar gozar tão cedo?
Ela morde meu dedo, e Bones se move novamente. Seu corpo endurece
acima de mim.
—Relaxe, vai sentir bem Em, — digo a ela, e ele solta um grunhido
quando a penetra um pouco mais. —Vamos fazer você se sentir tão bem.
Ela tenta puxar a cabeça para trás do meu dedo, mas a mão de Bones
ainda está presa em seu cabelo, segurando ela no lugar. Não há nenhum
lugar para ela ir.
Passo meus dedos para baixo sobre seu queixo e pescoço delicado.
Meus quadris aumentam o ritmo, e a mesa começa a balançar para frente e
para trás quando Bones começa a foder sua bunda.
Esta manhã, rolei sobre meu estômago e gemi com a dor que meu corpo
estava sentindo.
Porra, tudo parecia tão bom. Não posso te dizer a última vez que me
senti assim depois do sexo. Sempre havia algo faltando, me deixando
insatisfeita, mesmo depois de todos aqueles anos com Bones. Ele era ótimo
na cama e fazia questão de cuidar de mim todas as vezes, mas depois, era
como se meu corpo nunca tivesse realmente atingido aquela altura que
você ouve falar de mulheres.
Ela suspira. —Se vou gastar dez dólares em uma bebida, é melhor que...
—Ela está brincando. — Dou uma risada falsa, empurrando ela para
longe do balcão.
—Ah, como se não tivesse acontecido com você? — Ela pergunta. —Eu
juro que só preciso ficar em casa. As pessoas não gostam de mim e odeio a
maioria delas.
—Ou talvez você deva apenas pensar antes de falar, — Haven sugere.
—Sim, você sabe. Podemos ver isso escrito em seu rosto, — Jasmine me
interrompe.
—E Bones.
Haven deixa cair seu muffin de mirtilo que ela estava prestes a dar uma
mordida. —O Titan sabe? — Ela pergunta com os olhos arregalados.
Haven dá uma risada. —Bem, nunca estive com dois caras ao mesmo
tempo, e não há nenhuma maneira de Luca permitir isso. Não que eu
queira, — ela acrescenta rapidamente.
—Era muito pequeno. Quer dizer, não estou dizendo que preciso de
uma tromba de elefante, mas era do tamanho de um dedo mínimo. E
minha boceta precisa de mais do que isso para trabalhar.
—Você é o que? — Ela late. —Sei que você não disse apenas Rainhas? —
Ela estreita os olhos em mim. —Você também está fazendo isso? — Seus
olhos se movem rapidamente enquanto ela abaixa a voz. —Você é uma
acompanhante?
Nossa mesa fica em silêncio. Jasmine fecha os lábios com força e a vejo
cerrar os punhos. Ela nunca teve um ótimo relacionamento com o pai, e
sinto que ele tem muito a ver com o fato de Jasmine ser assim. Ela tem
problemas com o papai. Mas nunca falamos sobre eles antes. Algumas
coisas são melhores deixadas sozinhas. Falar sobre eles com as meninas
não vai torná-los melhores. É algo que ela precisa falar com o pai. Só eles
sabem o problema e podem resolver juntos.
—Ei. — Ele acena para mim, vindo atrás de Jasmine na fila. —Jas. — Ele
a reconhece. Seus olhos em sua bunda.
Ele sorri para ela. Grave tem um e oitenta e sete, mas ainda assim o mais
baixo de todos os Kings. Ele tem aquele rosto de bebê fofo e sorriso de tirar
as calcinhas. Seus olhos são azuis como os de seu irmão, mas são mais
suaves. Mais acessível. Bones é sempre difícil e intimidante.
—Vejo que você ainda está vivo. — Ela toma um gole de sua bebida e
puxa o lábio depois de engolir. Claramente ela não gostou do que pedi.
Ele puxa o telefone que toca do bolso de trás da calça jeans rasgada. Eu
não acho que Grave possui qualquer tipo de traje de negócios. —Ele está no
Palácio.
Sento e tomo minha bebida com as meninas. Mas o tempo todo, minha
mente está em Titan. Isso é aqui no Kingdom? As meninas e eu saímos por
cerca de trinta minutos e então lhes digo adeus.
Seu sorriso desaparece e ela cruza os braços sobre o peito. Modo cadela
ativado. O piercing entre os olhos e o arco pendurado no nariz não ajudam
a tornar ela mais amigável. Tudo o que ela está perdendo é a fumaça
saindo de suas orelhas e ela pareceria um touro de desenho animado
prestes a me atacar. —Você tem um horário?
—Ele não está disponível. Para você, — ela responde lentamente como
se fosse difícil de ouvir ela enquanto seus olhos castanhos me examinam.
Obviamente me julgando pelo que ela vê, falta de tinta e piercings, tenho
certeza.
Ignoro ela.
Dando outra volta, passo pelas portas abertas. A última à direita está
fechada. Abro sem bater.
Uma mulher está deitada de costas. Suas pernas erguidas no que
parecem estribos. Tudo o que ela usa é uma calcinha rosa suave da cintura
para baixo. Sua calça jeans está apoiada nas costas de uma cadeira no canto
da sala. E Cross está entre suas pernas, tatuando a parte interna da coxa. —
Oh meu Deus... eu sinto muito...
—Eu disse a ela que você estava ocupado, — a jovem solta, entrando
atrás de mim.
—Ela pode ficar. — Ele acena para ela, e a ouço rosnar. —O que posso
fazer para você? — Ele pergunta, empurrando seus óculos de aro preto
para a cabeça e removendo as luvas. Cross sempre teve aquele jeito de
menino mau de ‘vou te foder no sofá enquanto seus pais estão na outra sala
com a porta aberta.’ Tudo o que ele precisa é colocar a mão em volta da sua
garganta e cortar o ar para evitar que você grite o nome dele. Ele sempre foi
misterioso, mas o cara poderia conseguir qualquer garota que ele quisesse.
E ele fez fila delas. Ele tinha problemas com o pai, assim como Jasmine.
Será que eles se reuniriam e falariam sobre eles? Isso ajudaria?
Ele tem cabelos grossos e escuros com os quais a maioria das mulheres
sonha. Ele sempre o manteve longo por muito tempo. No momento, ele
está escondido sob um boné de beisebol virado para trás. E sua barba,
combina com seu cabelo em espessura e cor. Nunca me importei com eles
porque senti que eles cobriam muito de seu rosto bonito. Mas Cross tem
seu próprio jeito de fazer tudo parecer gostoso. Seus olhos são o que o
fazem, no entanto. Eles têm um tom esmeralda profundo. Evitei ele na
escola. Cada vez que ele faz contato visual com você, você sente que ele
está te despindo. É íntimo e deixa suas pernas fracas. Como agora. Ele usa
uma camiseta preta com uma caveira que parece estar pegando fogo. O
topo da camiseta diz: ilumine minha alma. Com jeans desbotados e botas
de combate pretas. Ele é o pesadelo de todos os pais e a fantasia selvagem
de todas as mães.
Paro de foder ele com os olhos e lembro porque estou aqui. —Como
faço para chegar ao décimo sexto andar?
Ele concorda. —Certo. Palácio. Nigel pode te ajudar com isso. Vou
deixar ele saber que você está indo.
Fecho a porta e volto para onde entrei na loja. —Obrigada por nada,
vadia, — digo para a garota ainda olhando para mim enquanto saio.
Demoro dez minutos para chegar ao outro lado do Kingdom, torre um.
—Recebi um código.
—Ah sim. Você precisará dele para entrar no quarto. — Ele concorda.
Olho por cima das paredes lisas pintadas de preto e do carpete roxo
escuro. Arandelas pretas penduradas na parede, brilhando luzes roxas no
chão. O tapete é tão grosso que meus sapatos estão afundando nele. Me
viro em um círculo completo para olhar ao meu redor. Posso voltar para o
elevador ou ir em direção à porta no final do corredor. Essas são as únicas
opções que tenho.
—Em? — Titan pergunta quando ele fica ao lado dela. Ele olha para a
loira e diz: —Você pode ir, Sandy.
Vejo ela sair e então me viro para ele. Ficamos em silêncio apenas
olhando um para o outro. Quero perguntar a ele o que diabos ele está
fazendo em um quarto de hotel que eu não sabia que existia com uma
mulher. Mas não tenho esse direito. Eu tenho? Quer dizer, literalmente
deixei ele e seu melhor amigo me foderem outro dia. Não posso dizer a ele
que ele não pode fazer o mesmo.
—O que? — Pisco
—Posso ver o que você está pensando. Está escrito em seu rosto, e você
não poderia estar mais errada.
Meus ombros cedem. Não fico com ciúmes. Não tenho sentimentos por
homens. É apenas sexo. —Eu não estava...
—Tenho ligado para você. Grave disse que você estava aqui.
Ele não diz nada. Apenas fica parado no final da entrada. Acho que ele
está com raiva de mim. Cruzo meus braços sobre meu peito e dou minhas
costas a ele.
—Onde você está indo? — Ele pergunta. Paro e lentamente me viro para
encará-lo mais uma vez. Ele estende os braços bem abertos. —Você estava
procurando por mim. Aqui estou.
Meus olhos se estreitam sobre ele. Mesmo que meus joelhos tremam,
estou tão confusa com o que vi e o que posso e não posso dizer a ele. Ele
não me ama. E ela é uma rainha. Talvez ele fosse o trabalho dela? Quer
dizer, ele me fode e sou uma rainha. Ele não me paga por sexo, no entanto.
Tenho certeza de que ele organizou para ser de graça.
—Este é o palácio.
—Clientes? — Pergunto.
—As rainhas.
Foi aí que ouvi esse nome. Foi no armazém quando Jasmine questionou as
duas garotas que conhecemos sobre o Palácio. Elas disseram que não
existia. Uma lenda urbana.
Me viro e olho para a super cama king-size que fica no meio do grande
quarto. Tem lençóis de seda preta e duas almofadas que combinam. A
cabeceira da cama é composta por barras verticais. O estribo parece uma
paliçada dos tempos em que as pessoas eram espancadas publicamente por
seus crimes. É elevada do chão. Olho por baixo dela. —Aquilo é…?
—Para a submissa.
—Orgasmos forçados.
—O que? — Suspiro.
Ele sorri para mim. Caminhando para ficar nas minhas costas, ele diz:
—Uma mulher ou um homem deita-se na mesa e é amarrado a ela. O Dom
então leva o sub ao orgasmo. Várias vezes. — Ele coloca as mãos em meus
quadris e pulo. —Não fique nervosa, — ele sussurra. —Tudo o que você
precisa fazer é ficar deitada. — Ele beija meu pescoço e minha cabeça cai
para o lado. —E gozar. Novamente. — Sua mão desce pela minha cintura.
—Novamente. — Sua mão desliza entre minhas pernas e choramingo. —E
de novo. Seu corpo estará tremendo. Sua pele coberta de suor. Sua mente
está nebulosa. E membros pesados.
—Você já fez isso antes? — Pergunto sem fôlego. Não gosto do calor
que sobe pela minha espinha em preparação para ele dizer sim.
—Não. Mas estaria mentindo se dissesse que não quero fazer isso com
você. — Ele pressiona seus quadris na minha bunda, e estremeço quando
sinto o quão duro ele está.
Sinto a tensão sumir do meu corpo sabendo que ele nunca fez isso antes.
—Quanto tempo? — Questiono.
—Tire a roupa para mim, Em. — Então ele se afasta, nem mesmo se
preocupando em questionar minhas palavras.
Solto meus sapatos e os chuto para longe junto com meu short jeans e
camiseta. Em seguida, meu sutiã e calcinha. Fico nua, de frente para a
mesa. Meu coração está batendo forte e minhas mãos estão suadas. Ele está
parado em silêncio atrás de mim, mas posso sentir seus olhos em mim.
Obedeço.
Ele vai até o pé da mesa e abre bem minhas pernas. Ele coloca meu
tornozelo direito sobre a alça e me afivela na restrição semelhante a um
cinto. O interior é forrado com pele, então ele é frio e macio. Ele vai até o
outro tornozelo e o segura também.
Então ele se move para o meu lado. Ele segura outro cinto em meus
quadris. É apertado, me prendendo à mesa. Seus olhos encontram os meus
enquanto ele alcança meu pescoço. —Olhe para cima, — ele ordena, e faço
o que ele diz, inclinando minha cabeça para trás. Outro cinto grosso é
colocado sobre minha garganta, e engulo enquanto ele o afivela no lugar.
Respiro instavelmente. —Você está bem?
Vou acenar com a cabeça, mas não posso. A grossa tira de couro em
meu pescoço impede qualquer movimento. Tenho que manter minha
cabeça inclinada para trás. —S-Sim, — gaguejo e tusso para limpar minha
garganta.
Ele puxa meus braços acima da minha cabeça e segura os dois. Estou
bem esticada e amarrada.
Começo a ofegar. Meu coração dispara. O suor escorre pela minha testa
e peito, e minhas costas grudam no couro preto. Ele coloca as mãos na
minha coxa e pulo. Inclinando, ele olha para mim. —Você me avisa quando
a dor supera o prazer. Entendido?
Dor? Achei que fosse sobre orgasmos. Acho que seria uma pergunta
estúpida, então apenas digo. —Sim.
Desta vez, sinto seus dedos me espalhando antes que ele enfie dois em
mim enquanto coloca o vibrador de volta no meu clitóris. Ele me fode com
os dedos enquanto o brinquedo incrível me leva a um nível totalmente
novo. A sala gira. Meus olhos se fecham e estou respirando com tanta
dificuldade que sinto que estou hiperventilando. Estou gozando.
—Sim, — resmungo. Por que minha voz parece rouca? Minha garganta
está doendo. Meu corpo fica tenso novamente. Estou pegando outra onda.
Não quero que isso pare. Nunca. Seria sua sub se isso significasse ser
amarrada a uma mesa. Sua voz fica cada vez mais distante, mas sempre
digo que sim. Sempre quero mais.
Titan
Ela geme e sua cabeça cai para o lado. Verifico seu pulso. Está correndo.
Talvez pressionei muito.
—Estou bem, — ela sussurra, lendo minha mente. —Eu poderia ter...
continuado.
—O que então?
—Incrível.
—Dolorida?
Beijo o cabelo dela. Está emaranhado nas costas, onde ela lutou com o
pescoço sendo contido. —Vamos. Vamos limpar você e te colocar na cama.
Acordo com o som de um ruído vibratório. Bocejo, me perguntando que
horas são. Este quarto não tem janelas por um motivo. E depois que
terminamos na banheira, desmaiamos. Não está sendo usado até amanhã,
então nós apenas ficamos aqui. Sabia que ela precisava descansar.
Titan
Preciso de um encontro para a festa anual da minha empresa. Será no meu iate
na costa do Havaí. Semana que vem. Diria que a duração será de três dias. Tempo
dado para voos e eventos. E quero reservar Emilee.
Passo a mão pelo meu cabelo e olho para ela dormindo na cama. Seu
corpo nu emaranhado nos lençóis de seda preta. Ela está de lado, de frente
para mim. Seus olhos estão fechados enquanto ela respira profundamente.
Não me importo que ela seja uma rainha, contanto que saiba em que
situação ela se encontra e que ela não esteja fora do meu alcance. Um
encontro noturno aqui em um de nossos muitos restaurantes? Claro,
deixaria ela fazer isso. Um encontro em uma ilha, enquanto está em um iate
com um cliente que conheço que prefere foder sua rainha? Absolutamente
não.
Escrevo uma resposta rápida.
Estou mais do que feliz em garantir a você uma rainha para o evento.
Infelizmente, Emilee não está disponível no momento.
—Bom dia.
Ando pelo corredor lotado da escola e a vejo vindo em minha direção. Ela está
com os olhos baixos, olhando para o celular, digitando. Provavelmente falando com
Bones. Não a vi desde que a beijei na casa da fraternidade no fim de semana
passado. Quando estava pronto para ir até o fim e ela mudou de ideia.
—Isso levará apenas um segundo. — Agarro seu braço e a puxo para a sala de
aula mais próxima que sei que está vazia a esta hora do dia. Fecho a porta atrás de
mim e tranco a porta.
Agarro seu braço, puxo ela para mim e pressiono meus lábios nos dela. Ela se
abre para mim imediatamente e geme em minha boca. Minhas mãos encontram seu
cabelo e aprofundo o beijo. Ela tem gosto de pirulito de cereja.
Mas ela se afasta muito cedo. —Titan, não podemos, — ela sussurra, lambendo
os lábios.
—Não. — Ela passa as mãos pelos cabelos emaranhados. —Nós não somos
assim.
—Então você é apenas a foda dele? — Sei o que são, mas quero ouvir ela dizer
isso. Quero que ela admita que o que eles têm não é o que poderíamos ter.
—Eu não tenho que explicar para você, — ela rosna. —Não é da sua conta. E
por que você se importa tanto? Ele é seu melhor amigo, você não deveria querer me
foder.
—Porque sei que ele não dá a mínima para você, — digo.
—Em, não foi isso que eu quis dizer. — Ele não a ama, não, mas ele se
preocupa com ela. Ela é a única mulher no mundo para quem ele se importa. Ele
sempre fala merda sobre Grave e seu problema com as drogas, mas Emilee é sua
droga. Ele não pode deixá-la.
Fecho minha boca porque não tenho certeza do que dizer. Como fazer ela
entender. Ela acha que a observo e a sigo por nada? Ela está certa. Não deveria
querer ela. Assim não. Não por aqui.
—Foi isso que eu pensei, — ela afirma, e saio do caminho, deixando ela sair da
sala e da minha vida.
Passo a mão pelo meu rosto. —Você. Eu. — Faço uma pausa. —Bones.
Ela esfrega círculos no meu peito com as pontas dos dedos, mas para
quando menciono ele. Ela se senta, o lençol de seda preta caindo de seu
peito, e me encara. —Você está com raiva de mim? Pelo que fizemos?
—Não. — Também me sento. —Eu disse que estava tudo bem com isso.
Não mentiria para você.
—É só que... — Ela morde o lábio inferior.
—Posso te perguntar uma coisa? — Ela acena com a cabeça. —Por que
vocês pararam de se ver naquela época? —Sempre quis saber, mas algumas
coisas você simplesmente não pergunta. E ela estava certa. Não era da
minha conta. Não importa o quanto quisesse saber.
Ela inclina a cabeça e suspira. Coloco seu cabelo atrás da orelha para
que eu possa ver seu rosto. —Sabe aquela noite em que te beijei na casa da
fraternidade? — Ela pergunta.
—Naquela noite anterior, Bones tinha vindo para a casa. Meus pais
estavam fora da cidade e nós fizemos sexo. — Sabia que ele estava indo
para lá porque tínhamos planos, e ele estava atrasado devido a tê-la visto
antes. —Depois que terminamos, ele estava se vestindo e disse que
precisávamos parar de nos ver. — Ela franze a testa. —Fiquei confusa no
início porque era apenas sexo, mas então ele disse que me amava, mas ele
não poderia me amar do jeito que você fazia. — Seus suaves olhos azuis
encontram os meus.
—Eu amei Bones, o máximo que ele permitiria que alguém o amasse. —
Ela suspira, desviando os olhos novamente. —Começamos a nos ligar no
meu segundo ano do ensino médio, quando ele estava no último ano.
Passaram alguns meses antes da morte de sua mãe e, honestamente, pensei
que ele iria para algum lugar. Mas depois que ela morreu, ele se tornou
mais fechado do que antes. Ele estava inacessível. Era como se ele não
sentisse nada. Nem mesmo dor física. Vi Grave espiralar depois disso, pior
do que ele já estava, e estava com medo de que Bones fizesse o mesmo. Me
agarrei a ele, me tornei seu bote salva-vidas porque não queria que ele se
afogasse. — Ela respira fundo. —Então ele se machucou no beisebol
enquanto estava na faculdade, destruindo sua chance de sair desta cidade e
se tornar profissional como sabia que ele queria. Nunca era uma boa hora
para ir embora. Mas você... — Ela olha para mim. —Você não teve esse
problema. Lembro de dizer como o Titan poderia me amar? Ele nem me
conhece. Eu estava atraída por você, sim. E queria você sim, mas isso seria
o máximo que poderia ter acontecido.
—Que não seria capaz de fazer com você o que fiz com Bones. — Ela
abaixa a cabeça. —Que não seria capaz de separar os sentimentos apenas
por sexo casual, então o afastei. É assim que você se sente por mim? — Ela
pergunta. —Você sentiu algo por mim?
—O que eu deveria dizer? Ei, gosto de você desde que você estava na
terceira série. Mas na hora que quis me aproximar de você, você já estava
transando com meu melhor amigo?
—Eu tinha aula da Sra. Hollan, e a janela dela dava para o playground.
— Posso me lembrar daquele dia como se fosse ontem. Estava duas séries à
frente dela e era nosso último ano na escola primária. Sua mãe sempre a
vestia com cores brilhantes. Ela era difícil de perder.
Sua boca se abre enquanto ela olha para mim em estado de choque.
—Você estava vestindo uma camisa rosa com bolinhas brancas e jeans.
Você tinha tranças. Uma fita rosa na direita com uma fita amarela enrolada
na outra.
—Isso é... — Ela pisca.
—Adorável.
Dou de ombros —Deve ter sido carma. — Segui aquele filho da puta
para casa depois da escola e quebrei seu braço com minhas próprias mãos.
E disse a ele que se ele dissesse uma palavra, quebraria o outro. Ele nunca a
tocou novamente.
Capítulo Vinte e Dois
Emilee
Ela se vira para olhar para mim e sorri. Acho que ela se lembra de mim.
Concordo.
—Sim.
Haven parece que viu um fantasma. Toda a cor sumiu de seu rosto.
Mordo meu lábio para esconder minha risada.
Me recosto na cadeira. —Por que um homem faz isso? — Por que ele
contrataria Sandy por uma noite e depois gastaria dez mil em um quarto só
para ligar para a esposa? Isso não faz sentido para mim.
—Eu não sei. Tenho um cliente que se veste de cachorro. Como uma
fantasia de Halloween completa. E puxo ele pelo quarto com uma coleira.
— Sandy dá de ombros. —Não tenho certeza do que ele consegue além de
ficar duro. Ele me fode como um cachorrinho e late quando goza.
—Você gosta disso? — Pergunto curiosa. Sei que algumas pessoas têm
algumas perversões estranhas, mas isso?
—Porra, não. — Ela começa a rir. —Mas vou para casa e fico com o
dinheiro que me paga. — Ela me dá um grande sorriso.
Jasmine se vira para olhar para ela. —Já ouviu aquele ditado: encontre o
que você mais ama e peça a alguém para fazer isso?
Sandy e eu rimos.
Jasmine ri, mas não perco ela olhando para Nite antes de desviar os
olhos. E me pergunto se ele é o mais novo vício dela. Porque Haven não
estava mentindo.
Titan
Isso é o que eu temia. Mas não é aí que paro. —Cave mais fundo.
—Eu tive. — Pego uma cadeira e a puxo até a ponta da mesa. Girando,
empurro para trás e coloco meus braços no encosto.
—Sim. — Ela pega seu telefone e cutuca os ombros de Jasmine para que
ela saia para que Haven possa ir embora.
Jasmine rasteja para fora e Luca pega a mão de Haven. —Te ligo mais
tarde, Titan.
—Parece bom. — Aceno para ele, em seguida, olho para Em. —Você
está pronta para ir também?
Emilee abaixa a cabeça, mas não perco o sorriso que cobre seu rosto.
Esta é a primeira vez que nós três estamos juntos desde que dormimos com
ela. Não sei se ela está envergonhada ou apenas desconfortável com a
situação. Mas não estou.
Odeio admitir, mas fico com ciúme quando se trata de Emilee York.
Cortaria a mão de um homem se ele apenas a tocasse. Mas Bones? Não me
importo. Porque sei que não importa o que aconteça entre Em e eu, ele iria
protegê-la com sua vida. E nem teria que dizer a ele o que ela significa para
mim. Ele faria isso porque a ama. Mesmo que ele não admita.
—Eu também, — Jasmine concorda com Bones, então olha para mim. —
Então, para onde você está nos levando?
Jasmine sempre foi uma namoradeira, mas ela é inofensiva. Nós fizemos
sexo uma vez na escola. Eu estava bêbado. Ela estava chapada. Foi um erro
que ambos concordamos em nunca repetir.
—Pensei que não dormia com uma Rainha? — Sandy pergunta, olhando
para mim.
Emilee não é uma rainha. Não da maneira como Sandy a vê. Em pode
fazer quantos trabalhos ela quiser, mas ela só vai fazer aqueles que
garantem que ela mantenha suas roupas. Bones e eu seremos os únicos
homens que ela fode.
Abro a porta da minha suíte e Emilee entra. Fecho e tranco atrás de
mim.
—O que Sandy quis dizer com você não dorme com Rainhas? — Ela
pergunta no momento em que estamos sozinhos. —Onde ela teria ouvido
isso?
Abro o botão superior da minha camisa para baixo. —No dia em que ela
veio ao meu escritório para fazer o teste para ser uma rainha, outra garota
perguntou se eu provava o produto. E disse não a ela. — Não vou mentir
para ela. Não tenho nada a esconder.
Ela se vira para mim e coloca as mãos nos quadris. —Por que você diria
isso?
—E? — Tiro minha camisa dos ombros. Seus olhos vão para o meu peito
e depois caem para as minhas mãos enquanto desabotoo meu cinto.
Fofa. —Fazemos.
—Nós estabelecemos isso. — Tiro minhas calças nas pernas junto com
minha boxer. Meu pau não está duro, mas não vai demorar muito. Só de
olhar para a maneira como ela o encara já está funcionando. Ela parece
estar atordoada. Aposto que a boceta dela já está molhada.
Estendo a mão, pego sua mão e puxo seu corpo contra o meu. —Por que
você ainda está vestida? — Passo minhas mãos para cima e sobre sua
bunda, agarrando seu jeans.
—Estou tentando…
—Shh. — Coloco minha mão sobre sua boca. —Pare de pensar nisso.
Não importa.
—Eu sou o chefe. Posso fazer o que quiser. — Todos os Kings quebram
as regras em algum momento. É assim que você consegue.
—Quero saber com quantas rainhas você realmente fodeu porque você
é o chefe delas e pode fazer o que quiser. — Ela cruza os braços sobre o
peito. — Abro a boca para não dizer nada por que ela continua. —E
quantas você e Bones compartilharam?
Não sei por que suas palavras me irritam, mas irritam. Talvez porque
esperava que ela me visse de forma diferente. Talvez esperasse que ela
entendesse a conexão entre nós três. De qualquer forma, entrando no
espaço dela, digo a primeira coisa que me vem à mente. —Você não achou
que era especial, não é?
Emilee
Isso machuca.
Não sei por que pensei que era especial. Acho que por causa da nossa
conversa que tivemos na semana passada no Palácio. Ele disse que tinha
sentimentos por mim uma vez, mas isso não significa que ele os tenha
agora. Muito tempo se passou.
Os Kings sempre tiveram garotas caindo aos pés deles. Mas mesmo que
eu e Bones não fôssemos exclusivos, sabia que ele só dormia comigo. Ele
não tinha tempo para mais ninguém. Acredite em mim, ele me manteve
ocupada. Mas nunca tivemos que dizer isso. E por mais que nos usássemos,
ele nunca me fez sentir assim.
Minha briga com Titan me permitiu passar mais tempo com ela hoje.
Tenho estado tão envolvida com ele e passo muito tempo no Kingdom. Sou
necessária aqui. Sou procurada aqui. Mesmo que meu relacionamento com
minha mãe não seja perfeito, pelo menos sei que ela me ama. Titan era
apenas aquela coceira que queria coçar. Gostaria que tivesse sido uma
decepção.
Desço as escadas e entro na cozinha para pegar uma bebida, mas ouço
um barulho vindo do corredor. Parecia vidro quebrando. —Olá? —
Chamo.
Minha mãe tem duas enfermeiras que mudam de turno. Uma está
sempre aqui e fica lá em cima com ela. Talvez Liv não tenha conseguido
dormir esta noite também.
—Liv? — Sem resposta. Faço meu caminho pelo corredor e vejo a porta
do escritório do meu pai, entreaberta. —Olá? — Chamo novamente,
empurrando ela totalmente aberta. —Que diabos? — Digo quando dou
uma olhada dentro.
Meu coração começa a bater forte e jogo minhas mãos para o ar. Não
preciso ver para saber que é uma arma. —Eu... uh...
Tropeço no tapete e sinto o vidro perfurar meus pés descalços. —Eu não
sei a combinação. — Minha voz treme.
Ele agarra meu cabelo e grito. Ele empurra meu rosto contra a parede ao
lado do cofre, mas me segura com força.
—Última vez, — ele rosna em meu ouvido. Sinto sua saliva atingir meu
pescoço e tenho vontade de vomitar. —Abra esse cofre ou vou espalhar
seus miolos para o papai encontrar.
Pisco. Meu coração para e meu corpo fica rígido com suas palavras. Esse
cara pensa que ele está vivo. —Ele está... morto, — consigo dizer.
Ele solta um grunhido e bate minha cabeça no cofre. Uma vez. Duas
vezes. Então ele me empurra para o lado. Meu corpo bate na mesa do meu
pai antes de cair no chão. Tento olhar para o homem na sala, mas meu
rosto arrebentado não consegue ver nada. Sinto seu sapato em minhas
costelas, no entanto. Me enrolo em uma bola para proteção quando ele faz
isso de novo. Desta vez, eram minhas costas.
—Eu vou conseguir esse dinheiro, — ele rosna, sem fôlego. —Eu volto,
e é melhor você ter o código.
Faço meu caminho para o terceiro andar, entro no meu quarto e pego
meu telefone. Ligo para a única pessoa em quem posso pensar para me
ajudar agora.
Titan
—Escritório.
Ela me olha o melhor que pode, o que não é muito, considerando que
seu olho direito está inchado e o esquerdo tem um corte.
Ela suspira. —Por quê você está aqui? Luca ligou para você?
—Eu disse para você não fazer, — ela solta, então estremece.
—Você não está. — Passo a mão pelo meu cabelo. —Por que você não
me ligou?
—Não é óbvio? Eu não queria você aqui, — ela afirma e se levanta. Ela
começa a cair e estendo a mão para segurar ela. —Eu estou...
Quando Haven me ligou, ela disse que Em tinha ligado para Luca e os
acordou em lágrimas. Tudo o que ela sabia era que tinha havido uma
invasão e Emilee tinha se machucado. Não sabia em que estado a
encontraria.
Ela enterra a cabeça no meu peito e sinto seu corpo tremer antes de
ouvir ela chorar.
—Shh. — Esfrego suas costas. Podemos discutir isso mais tarde. Agora,
ela precisa de uma cama quente e analgésicos. Chorar não vai ajudar na
situação.
A porta se abre e olho para ver Bones, Luca e Nite entrarem. —Fiz
alguns telefonemas e fui informado de que Nick York deve dinheiro, —
anuncia Luca.
Ele coloca o telefone no bolso da calça. —Sinto muito, Emilee. Ele deve
um milhão de dólares.
Troco um olhar com Bones. Foi quanto emprestamos a ele, mas ele nos
pagou de volta.
—Um milhão? — Questiono e ele acena com a cabeça. Ando até ele e
baixo minha voz. —Temos certeza de que não é George?
Bones cruza os braços sobre o peito e amplia sua postura. Seus olhos
olham para Emilee por um breve segundo antes de voltar para nós. —E se
George estivesse fingindo ser Nick? — Ele oferece.
Concordo. —Faça uma ligação e marque uma reunião para nós mais
tarde hoje. — São quase cinco da manhã. O sol vai nascer em breve. Preciso
mover ela e sua mãe. Então, vou me preocupar com a bunda de quem vou
matar por tocá-la.
—Não, — interrompo Luca. —As mulheres não vão ficar aqui. Elas
estão voltando para casa comigo.
Emilee
Por três dias, vivi em um mundo de dor e névoa. Ele veio e se foi.
Acordava em agonia, Titan me dava uma pílula, e então ele desaparecia e
minha consciência também.
Hoje, não me sinto tão mal. Posso realmente abrir meus olhos, e minhas
costelas não doem tanto quanto antes. Sentando na cama, olho para baixo e
vejo que ainda estou usando a bandagem. Lembro vagamente do médico
que cuida das rainhas nesse quarto, me embrulhando.
—Olá querida. — Ela vem para o meu lado da cama king-size e coloca
uma bandeja na mesa de cabeceira. —Estou aqui para lhe dar seus
remédios diários e um pouco de comida.
—Ordens do Titan.
Soltei um longo suspiro. —Onde ele está? — Sei que ele me trouxe e
minha mãe para sua casa. Nem tentei discutir. Posso não acreditar que meu
pai deva dinheiro, mas não me sentia mais segura naquela casa. Para ser
honesta comigo mesma, não me sinto segura lá desde que descobri que
George estava com minha mãe. É uma das razões pelas quais evitei ir para
casa à noite e fiquei no Kingdom com tanta frequência.
Pego dela junto com o copo de água. Engulo, e ela coloca a água de
volta na mesa de cabeceira. —Coma sua torrada e descanse um pouco.
Estarei de volta em algumas horas para verificar você.
Entro em seu closet e encontro uma camiseta branca junto com uma
calça de moletom. Eles me engolem, mas vai ter que servir.
Saindo do quarto, olho para a varanda e vejo uma sala de estar aberta.
Nunca estive em sua casa antes. Paredes em creme, com frisos em castanho
escuro a condizer com as portas. Pisos de madeira escura cobrem o
corredor e a escada. Ela abraça a parede e faz uma curva acentuada à
esquerda na parte inferior, terminando no grande foyer. Viro à esquerda e
desço para uma sala de estar aberta. A sala de jantar fica à esquerda. Vejo
duas portas de vidro deslizantes abertas à direita, exibindo o escritório.
Posso ver Bones sentado em uma cadeira daqui. Faço meu caminho até lá.
—Em…
—Eu não sou uma criança. — Alguém recebeu informações erradas. Ele
estava atrás de meu pai quando ele não era o alvo pretendido.
—Você tem razão. — Luca acena com a cabeça. —Você não é. Os Kings
e eu tivemos uma reunião há dois dias. Descobrimos que seu pai deve um
milhão de dólares a Nicholas Royce.
Meus joelhos cedem e caio em uma cadeira. —Eles o mataram por isso?
— Sussurro. Essa tem que ser a única explicação. Por que eles estão
preocupados com uma autópsia e crime. Ele cometeu um erro, devia
dinheiro e sua vida era um pagamento.
—Não sabemos. — Titan suspira e coloca a mão nas minhas costas. Ele
começa a esfregar, mas me afasto. —Em...?
—Eu quero ir. — Minha cabeça se levanta para olhar para ele.
Eles trocam um olhar que está longe de ser amigável. Algo está
acontecendo entre eles. E sou esse algo.
Titan
—Ela não precisa voltar para aquela casa. — Fecho as portas de vidro
do meu escritório quando ela sai para se trocar.
—Não vejo por que você quer esconder que pedaço de merda seu pai
obviamente era dela, — afirma Bones.
Passo a mão pelo meu cabelo. —Não tem nada a ver com o pai dela e
mais a ver com o fato de que a casa não é segura.
Ele bufa. —Ela está mais segura quando está conosco. E todos nós
estaremos lá.
Emilee
Vou com Bones e Titan de volta para minha casa, e Luca e Nite nos
seguem. Titan chamou Grave e Cross para sua casa para ficar com minha
mãe e Liv enquanto estávamos fora. Isso me fez pensar que há mais coisas
acontecendo do que eles estão me dizendo.
—Pelo que sabemos, ele ainda está fora do país, — argumenta Titan.
Concordo. —Me disse que se não abrisse o cofre, ele iria explodir minha
cabeça para que papai encontrasse.
Seus olhos vão de assassinos a surpresos. —Ele acha que seu pai ainda
está vivo?
—Bem, então vamos entrar nele e ver quanto está lá dentro, — afirma
Luca.
Os caras começam a procurar dando uma olhada no escritório. Vou até
a estante que fica na parede do fundo e corro os dedos sobre as lombadas.
Eles estão empoeirados. Meu pai não era muito leitor, mas eu era. Esses
livros eram para mim, mas não ia para casa há dois anos. Eles
permaneceram intocados, deixados apodrecendo em uma prateleira. Isso
parte meu coração.
Ela cai em uma cadeira e coloca o rosto nas mãos. —Não. Isso não pode
ser. — Ela olha para mim. —Eles não são casados. Ela teria me contado.
—Como você pode dizer isso? — Ela funga e as lágrimas enchem seus
olhos. —É por isso que meu pai está morto! — Ela grita.
—Você não sabe disso! — Defendo.
—E você não pode provar que não é! — Ela joga os papéis em Bones.
Ele os joga sobre a mesa. —George queria seu dinheiro. Em seguida, ele me
chantageou por sexo, a fim de pagar as contas médicas de minha mãe. E
agora há a prova de que eles já eram casados! Então um homem aparece,
exigindo dinheiro de um cofre que ele sabia que estava aqui. Um cofre do
qual eu não tinha ideia. E você quer dizer que isso não tem nada a ver com
isso?
—Não! — Ela dá um passo para trás. —Isso tudo começou porque você
queria o que George lhe deve. — Ela cruza os braços sobre o peito. —
Talvez você tenha feito isso.
Ela dá uma risada áspera. —O que você vai fazer, Titan? Contratar um
cara para entrar e me derrubar?
Coloco minhas mãos atrás da minha cabeça e olho para eles. —Vamos
encerrar tudo.
Não, não vai. Me inclino para frente e baixo minha voz. —Deixe ela
pensar que está conseguindo o que quer. — Me levanto e caminho até Nite,
que parece uma estátua no canto. —Eu preciso de um favor.
Ele concorda.
Capítulo Vinte e Seis
Emilee
Depois que saí do escritório do meu pai, voltei para a casa de Titan e
trouxe minha mãe junto com sua enfermeira para a casa dos meus pais.
Odeio tanto mover ela, e odeio que estamos de volta em casa, mas é melhor
do que a alternativa. Não posso ficar perto de Titan agora. Ou Bones.
Ambos mentiram para mim.
Esfrego meu dedo sobre meus lábios para esconder meu sorriso em sua
raiva óbvia. —E como ele está testando você? — Pergunto.
—Era uma foto do pau dele. — Jasmine morde outra batata frita. —E ele
estava duro. E então eu estava molhada.
Alcanço o outro lado da mesa e coloco minha mão em cima da dela para
impedir ela de comer outra. Ela enche a boca quando está nervosa. Com
qualquer coisa. Comida, galo, bebidas. Tudo o que ela puder colocar as
mãos. —Não deixe ele chegar até você. Ele é casado, — lembro ela.
—Jasmine…
—Quer dizer, eu não amo o cara. Não mais. Mas o sexo era tão bom. —
Ela come outra batata frita. —Como vou dizer não a ele? Como eu disse,
Deus está me testando. — Outra batata frita. Esta se afogando em ketchup.
—Minhas notas estão caindo tão rápido quanto estou de joelhos.
Meus olhos passam para Nite, que está parado na entrada. Ele ainda
está em serviço para Haven. Provavelmente será até o dia em que ele
morrer. Ele apenas fica parado nas sombras, nos observando o tempo todo.
É meio assustador, mas entendo por que Luca quer um destacamento de
proteção na minha melhor amiga vinte e quatro horas por dia, sete dias por
semana. Ela é muito importante. —Por que você não fica com o Nite? —
Ofereço.
Ela bufa.
Ela olha para nós. —Vou dormir até o meio-dia. Problema resolvido.
—Jasmine…
Ela segura o telefone perto do meu rosto. —Eu disse a ele que não, tudo
bem? — Ela o joga sobre a mesa e enterra o rosto nas mãos. —Porra, tenho
o pior gosto para homens.
Comecei a rir, mas comecei a tossir para tentar disfarçar quando seus
olhos se estreitaram. —Desculpe. — Bato no meu peito e sussurro: —Eu
não sabia que isso era uma coisa. — Jasmine não fazer sexo? Isso é como
dizer ao sol que ele não pode brilhar, impossível.
—Esta manhã, tentei fazer uma vitamina depois da minha corrida, mas
virou uma dose de uísque, — Jasmine continua ignorando meus
comentários.
—Desde quando você corre? — Pergunto, cada vez mais confusa sobre
a garota sentada na minha frente. É como se eu nem a conhecesse.
—Estou cometendo todos os tipos de erros hoje. — Ela pega minha água
e toma um gole.
—Me deixe falar com ele. Eu vou fazer ele ir embora. — Haven pega o
celular de Jasmine.
—Mas por que ele deixaria tudo para George quando Nancy ainda
estava viva? — Pergunto.
—Mas é isso que torna tudo ainda mais inacreditável. Seu sócio e amigo
se casou com sua ex-mulher. Isso deve tê-lo irritado.
—Talvez ele não soubesse que eles eram casados, — Luca oferece.
Olho para o Bones. Ele está sentado atrás de sua mesa com os braços
cruzados sobre o peito. Ele não falou muito nos últimos dias. —Vamos
colocar outra vigia de volta na casa. — Matei um dos três da vigilância que
tínhamos sobre George.
Bones olha para mim. —Você acha que ele vai voltar?
—Acho que se Nick devia um milhão de dólares a alguém, então é
possível que ele deva a outros.
—Não vou pressionar ela. Ela quer ficar sozinha, então vou deixá-la em
paz por enquanto.
Capítulo Vinte e Sete
Emilee
Estou muito chateada com ela. Muito machucada. Uma parte de mim a
culpa por isso. Se ela não tivesse deixado papai, então talvez ele não tivesse
jogado tudo fora e nos colocado nesta posição. Quem sabe tudo o que ela
não me contou? Neste ponto, estou apenas esperando o banco aparecer e
tirar a casa de nós. Fechando a porta, vou para o meu quarto e tomo banho.
Depois disso, rastejo para minha cama. Aconchegando em meu travesseiro,
fecho meus olhos pesados e desmaio.
—Eu vou falar com ela. — A enfermeira da minha mãe, Liv, entra atrás
dele.
—Senhorita…
—Senhorita York…
Ele apenas fica lá e não faz nenhum movimento para sair. Em vez disso,
ele puxa o celular do bolso e disca um número, virando de costas para
mim.
Tínhamos mais tempo. Deveria ter seis meses. Acabei de enterrar meu
pai. Agora tenho que enterrar minha mãe. Não tenho mais ninguém. Agora
sou só eu. Esse pensamento é paralisante.
Estava ignorando ela. A culpava por tudo. Mas era realmente sua
culpa? Quanto meu pai fez para ela que eu não sabia? Sinto como se ele
tivesse essa outra vida que escondeu de mim. Ela sentia o mesmo? Agora,
nunca vou saber.
Titan
Ela me ignora.
—Emilee…
Sua cabeça se levanta e seus olhos se estreitam nos meus. —Eu disse
para ir embora, Titan! — Ela solta. —Por que diabos você está mesmo aqui?
— Ela exige. —Por que todo mundo liga para você? — Sua voz falha e ela
inclina a cabeça.
Meu coração se parte por ela e pelo que ela está passando. Ambos os
pais em questão de semanas seriam duros com qualquer pessoa. —Estou
aqui por você.
—Eu não preciso de você. — Seus olhos procuram a sala, mas somos
apenas nós. —Não preciso de ninguém. — Ela me empurra para longe e
fica de pé com as pernas trêmulas. —Quero ficar sozinha.
Agarro seus pulsos e a puxo para mim. Envolvo meus braços em torno
dela e seguro seu corpo trêmulo contra o meu. Ela enterra a cabeça no meu
peito. —Shh. — Passo minha mão pelas costas dela. —Vai ficar tudo bem,
— minto. —Estou aqui por você. — Isso não é uma mentira, mas também
não é o que ela quer ouvir agora.
Ela vai correr. Conheço ela bem o suficiente para saber que ela vai sair.
Isso é exatamente o que ela faz. O que ela conhece.
Ela pode tentar se esconder o quanto quiser, mas vou encontrar ela. Não
importa aonde ela vá. Um rei sempre encontra sua rainha.
Sento ao lado dela no funeral. A mãe dela faleceu há três dias e ela não
me disse nada. Não acho que ela falou com ninguém. Esta é a Emilee York
que conheço, completamente fechada.
Me levanto, abotoo meu paletó e ando até o fundo da igreja, dando a ela
a chance de se despedir de sua mãe sozinha.
—Bem, ele não poderia ter ido tão longe, — sussurro, virando para o
vidro. Vejo que ela ainda está no mesmo lugar que a deixei, mas agora
Jasmine está sentada à sua direita e Haven à sua esquerda. —Onde quer
que ele esteja, ele vai voltar. Especialmente agora que Nancy morreu. —
Ele vai querer ganhar a herança que encontramos. Legalmente, ele era seu
marido e agora tem direito a tudo.
—Ela estava com uma doença terminal. Acho que foi só uma questão de
tempo. — Momento muito ruim. Ele passa a mão pelo rosto. Me viro para
olhá-lo nos olhos. —Você acha que foi intencional?
—Suspeito, — termino.
Ele acena com a cabeça uma vez. —Como sabemos que George não
estava aqui naquela noite?
—Emilee não queria uma. — Ela não falou comigo diretamente, mas
passou a maior parte do tempo no telefone fazendo arranjos. Ela queria que
sua mãe fosse enterrada o mais rápido possível.
—Titan? Bones?
Nós dois nos viramos para ver um homem parado diante de nós.
—Sim? — O reconheço.
—Tenho ligado para Emilee nos últimos dias, sem resposta ou retorno
de chamadas. Você fará com que ela entre em contato comigo, por favor?
— Ele estende a mão direita e tem um cartão nela. Bones pega.
—Eu sou Yan. Advogado de sua mãe. Preciso me encontrar com ela
sobre seu testamento.
—Senhor Yan? — Digo, caminhando até Titan e Bones. Não disse adeus.
Me recuso a terminar assim comigo a odiando e com tantas perguntas sem
resposta. Estava tão brava, mas agora tudo parece nada. Mas não posso
deixar passar que ela escondeu segredos de mim. Sou uma adulta, não uma
criança. Por que ela simplesmente não me contou?
—Senhorita York. Estava informando aos Kings que estou ligando para
você.
Ele acena com a cabeça uma vez. —Sim, mas isto é importante.
Com isso, passo por eles e saio da igreja. Desço as escadas e chego ao
sedan preto que me aguarda no meio-fio.
Odeio como ele fica bem vestido com seu terno todo preto. Seu cabelo
penteado para trás e tristeza em seus olhos. Quanta falta sinto dele. E como
há um buraco do tamanho do Texas em meu peito. Nunca me senti mais
sozinha. Nunca precisei de alguém para me abraçar antes, mas daria
qualquer coisa por ele. Mas uma parte de mim não vai deixar isso
acontecer. Agora que meus pais estão mortos, não há mais nada me
mantendo aqui em Vegas. Meu apartamento não foi vendido em Chicago,
então preciso voltar para lá. Essa tem sido minha casa. É onde pertenço
agora. —Não sei do que você está falando.
Titan
—Você tem que dar tempo a ela, Titan, — Bones diz atrás de mim. —
Primeiro, o pai dela e agora, a mãe dela. — Ele suspira. —Isso é muito.
Nunca fui próximo da minha mãe ou meu pai. Minha mãe era uma
bêbada que amava seu vício mais do que jamais poderia me amar. Meu pai
era casado com Kingdom. Ele viveu para isso. Ele também morreu por isso.
Minha mãe bebeu até ficar em coma e meu pai foi morto em sua casa. O
assassino nunca foi identificado, mas acho que era alguém de seu círculo
íntimo. Não havia sinal de arrombamento ou luta. Eles o encontraram
morto no chão da sala com um único tiro na cabeça. Quem fez isso teve
pena dele.
A única coisa que ele me deixou foi Kingdom. Vinte e cinco por cento
de um negócio multibilionário.
Não queria, mas isso não importava. Eu era filho único e deveria
continuar com o legado. Assim como o resto dos Dark Kings.
—É assim que você é, — disse meu pai certa vez. —Você nasceu rei e vai
morrer rei. — Era uma besteira total. Mas me aproximei e assumi sua
posição. Assim como os outros. O Sr. Reed é o único Três Sábios original
remanescente vivo. Mas ele se aposentou anos atrás, cedendo suas ações
aos filhos, Grave e Bones.
Não falamos de sua mãe. Ela era uma santa em um mundo cheio de
demônios. Mas há um ditado, o bom morre jovem.
—Titan?
—O que? — Solto.
Ele passa a mão pelo cabelo preto azeviche. —Tentei explicar a George
que o Sr. York não tinha testamento.
—Bem, Nick não veio até mim para definir seus arranjos. Mas George
insistia que Nick tinha, de fato, um testamento. Ele tinha visto isso.
—Obviamente, mas ainda não faz sentido. Por que ele usaria uma farsa
quando tecnicamente já era casado com Nancy? — Bones acrescenta.
—Mas... nós falamos com Luca. Ele disse que o testamento era legítimo.
Então, talvez George soubesse sobre ele, mas Yan não? — Ofereço.
—Ele queria Emilee, mas por quê? — Continuo —Por que forçar ela e
não apenas tentar seduzir?
Ele dá de ombros. —Talvez ele soubesse que ela veria através de suas
besteiras? Ou talvez ele não quisesse esperar a quantidade de tempo que
isso levaria. Nesse tempo, Em poderia descobrir que ele era casado com
Nancy. E puft, seu plano seria exposto.
Inclino minha cabeça e passo minha mão pelo meu rosto. Estou com
uma dor de cabeça do caralho. —Precisamos encontrar ele. Precisamos de
respostas.
Capítulo Vinte e Nove
Emilee
Ela nunca sorriu para George. Nem mesmo olhou em sua direção.
Então, por que casar com ele? Quando eles se apaixonaram? E por que a
urgência de se mudar tão rápido? Talvez por causa do diagnóstico dela?
Nunca vou conseguir essas respostas. Agora não. Ela está morta.
George se foi. A casa está assustadoramente silenciosa. Isso zomba de mim.
As memórias que eu tinha dentro dessas paredes não eram nada além de
mentiras. Mas me faz pensar... meu pai tinha alguém? Ele estava saindo
com alguém pelas costas da minha mãe também? Talvez ele fosse casado
com outra pessoa. Tinha ficado online e verificado. Nevada tem registros
públicos, mas não consegui encontrar nada sobre seu novo casamento. Mas
isso não significa que ele não foi para outro estado para fazer isso.
Jogo os papéis sobre a mesa e pego o uísque de cinquenta anos que meu
pai mantinha em seu escritório. Ele só bebia em ocasiões especiais.
Removendo a tampa de vidro, coloco em um copo e tomo. Abrindo minha
boca, respiro fundo, minha boca queimando com o álcool. Segundos
depois, pego outro.
Não respondo. Em vez disso, pego outra e me lembro que tudo acabará
em breve. Comprei uma passagem de volta para Chicago. Saio às três da
tarde amanhã. E toda essa merda vai ficar para trás.
Olho para ela. Ela está com o cabelo escuro preso em uma torção forte.
Ela usa um vestido preto que vai até os joelhos e Jimmy Choos preto
também. É o vestido que ela usou no funeral da minha mãe antes. Seus
olhos âmbar suavizam quando ela exala e se senta em frente à mesa.
—Por que você não vem para casa comigo? — Ela continua. —Passar
algumas noites na minha casa? Será como nos velhos tempos.
Meus olhos caem para sua aliança de casamento. —Nada jamais será
como era, — me pego dizendo.
Ela também está de pé. —Você não pode fazer isso consigo mesma.
—Fazer o que?
Jogo minha cabeça para trás, rindo. —Que se fodam os Kings. — Eles
não queriam me ajudar no começo, não como eu queria. Talvez se
tivessem, minha mãe ainda estaria viva. Talvez tivesse aqueles três meses
extras que os médicos me prometeram.
Ela solta um bufo e levanta o queixo. —Agora você está apenas sendo
uma vadia.
Deus, Titan estava certo. Sou uma vadia. Pegando a garrafa, a jogo do
outro lado da sala. O vidro se estilhaça e o uísque cobre a parede, o chão e
a estante. Caio na cadeira e olho os papéis uma última vez.
Quero que eles vão embora. Vou deixar toda essa merda para trás
amanhã, mas isso não significa que tenho que deixar como encontrei.
Titan
—É Emilee.
—Ela está bem. — Ele suspira. —Mas você precisa vir buscá-la. E entre
em contato com a Dra. Lane. — Ele desliga.
Vou pular para dentro da ambulância, mas uma mão agarra meu braço,
me segurando. —Preciso falar com você por um segundo, — Jeffrey me
informa. Nite está ao lado dele.
—Recebi uma mensagem do Nite. Ele me informou que minha ajuda era
necessária, — ele começa. —Ele a tirou de casa, mas não conseguiu apagar
o fogo.
—Jesus…
Tenho que proteger ela. Não importa o que. —Foi um acidente, — digo.
Passo a mão pelo meu cabelo e caminho de volta para a ambulância. Ela
ainda está sentada na mesma posição. Ela tem cinzas no rosto e marcas
pretas nos braços e pernas que o cobertor não está cobrindo. —Vou levar
ela para casa, — declaro aos paramédicos.
—Senhor?
Todo mundo está aqui. Bones, Grave, Cross, Luca e Haven. Acho que
Nite mandou uma mensagem para Luca. Então Haven ligou para Jasmine.
É uma grande festa. Emilee está desmaiada na minha cama há oito horas.
Dra. Lane está aqui esperando para ver como ela está. Ela tirou seus sinais
vitais enquanto ela dormia, mas ela quer examiná-la de perto pelas
próximas vinte e quatro horas, então Grave cedeu seu quarto para ela ficar
enquanto esperamos ela acordar.
—Ela já passou por muita coisa, — Haven responde a ele. Luca coloca as
mãos nos ombros de sua esposa para acalmar ela.
—Obrigado. — Estendo a mão para apertar sua mão. Isso vai me custar
muito dinheiro. Sua ajuda sempre tem um preço. Mas sempre foi algo que
estou disposto a pagar.
Todos nós nos viramos para ver Emilee entrando na sala de estar. Ela
parece a vítima de um bombardeio. Ela ainda está coberta de cinzas e tem
marcas pretas em toda a pele. Sua maquiagem antes perfeita está borrada
sob os olhos.
—Em...?
Emilee
Arrasto meus olhos para olhar para Bones quando respondo a ele. —
Tudo precisava queimar.
Não respondo.
—Emilee, você está falando como uma maluca. — Ela cai de joelhos
diante de mim.
—Eu sou?
—Sim, — ela late, se pondo de pé. Abaixando, ela agarra meu ombro e
me puxa para cima também. —Você precisa se controlar, Emilee! Esta é a
sua vida que você está colocando em perigo. Para que? Uma mãe e um pai
que se divorciaram?
Seu rosto endurece e seus olhos verdes se estreitam. —Eu sei. Sei disso
mais do que você. Mas há uma diferença entre você e eu. Eu não tive a
chance de fugir disso. — E com isso, ela se vira e sai do quarto, batendo a
porta atrás dela.
—Da última vez que você esteve sozinha, você colocou fogo em sua
casa.
—Por que Cross pode fazer isso, mas quando eu faço, é uma tragédia do
caralho? — Digo com os dentes cerrados.
Ele vai até uma sacola no chão e abre o zíper. Nite a agarrou do meu
chão quando me arrastou para fora da casa em chamas. Ele pega meu
cartão de embarque que imprimi antes de colocar o fogo. —Que porra é
essa?
Caminhando até mim, ele me encara. —Me deixe ser bem claro, Emilee.
Você não vai embora amanhã. Ou no dia seguinte, você me entende?
—Você não pode me fazer ficar. — Digo e meu peito aperta. Me sinto
tão perdida. Confusa. Totalmente sozinha, embora ele esteja bem na minha
frente.
—Eu deixei você se afastar de mim uma vez, Em. Não vou cometer esse
erro de novo. — Lágrimas ardem em meus olhos com suas palavras. —
Você me ouviu? Não vou deixar você sair. Não vou. Não dessa vez. — Ele
passa o polegar sobre meus lábios inchados. —Fique aqui comigo. Me
deixe consertar isso. E prometo, vou chegar ao fundo de tudo isso. — A
primeira lágrima escorre pela minha bochecha. —Me deixe cuidar de você.
Me deixe te amar.
Capítulo Trinta e Um
Titan
Ela lambe os lábios e acena com a cabeça uma vez. —Preciso voltar para
Chicago. Mas não vou ficar aí.
—Por que?
—Porque ainda tenho coisas lá. Não consegui voltar desde que recebi a
ligação sobre meu pai. E acabei de destruir tudo que tinha aqui. — Ela
aponta para o vestido preto que ela ainda está usando do funeral anterior.
—Preciso de coisas...
—Não preciso...
—Eu quero, — interrompo ela, segurando sua bochecha. —Por favor?
— Imploro. —Me deixe mostrar o que você merece. — Não há nada neste
mundo que não possa dar a ela. Ela só precisa deixar.
Emilee
Estive fora por dois anos e não precisava disso antes, por que precisaria
agora?
Titan passou vinte e quatro horas direto comigo. Acho que foi o tempo
mais longo que ele ficou fora do trabalho. Ele teve que voltar hoje.
Tenho caminhado pelo Kingdom nas últimas duas horas, fingindo jogar
em máquinas aqui e ali para conseguir bebidas grátis. Dou uma gorjeta às
garçonetes, e elas continuam vindo.
Haven me ligou três vezes. Ignorei todas elas. Envergonhada como falei
com ela naquela noite após o funeral, quando ela estendeu a mão para
mim.
Jasmine não tentou falar comigo nenhuma vez. Também me sinto mal
pelo que disse a ela. Porque, de nós três, ela era a que vinha da vida
familiar mais fodida. Jasmine não costuma contar os problemas dela, mas
Haven e eu sabíamos que eles estavam lá. Acho que nunca fomos amigas o
suficiente para perguntar.
Pego meu celular do bolso e disco o número dela. Ela atende no quarto
toque.
—Eu só... — Meus olhos caem para o carpete preto e dourado. —Só
queria dizer que sinto muito pelo que disse a você. Por machucar você.
Ela suspira.
—Sei que você estava apenas tentando me ajudar. — Ela fica em
silêncio. —Você, mais do que ninguém, deveria saber como é isso.
Jasmine é de longe a mais independente de nós três, mas isso porque ela
tinha que ser assim.
—Não. — Tomo um gole do meu rum com Coca. —Estou andando pelo
cassino pegando bebidas grátis.
—Sim. Mas já terminei. O cara alugou o lugar por uma noite e levou
apenas vinte minutos. — Sua risada cresce. —Ele está no banheiro se
vestindo para sair. Venha aqui e vamos invadir o frigobar juntas. Vai ser
como o ensino médio de novo.
—Não sei. Nigel não me deixa subir lá. E não estou fazendo um
trabalho. — O quarto é apenas para clientes pagantes. E quando me refiro a
clientes, quero dizer aqueles que contratam uma rainha. O casino não
promove o quarto de forma alguma. Para todos esses jogadores que estão
aqui de férias, isso não existe.
Olho ao redor do quarto. Parece o mesmo da última vez que estive aqui
com Titan. As luzes roxas emitem um brilho. As paredes pretas ajudam a
mantê-lo bem iluminado. —Seu cliente não demorou muito, hein? —
Pergunto a ela.
Ela ri, caminhando até o bar no canto. —Nós não fizemos sexo.
—Haven me ligou.
—Ela está preocupada com você. Ela queria que eu falasse com você.
—Estou bem.
—Como vai? — Pergunto. Tudo tem estado tão louco ultimamente que
nem pensei em perguntar como ela está.
—Sobre o que?
—Certa. Sei disso. Você sabe. Todo mundo sabe disso. — Ela se levanta.
—Você acha que sou uma prostituta?
—Você não precisa mentir. Sempre fomos honestas umas com as outras.
Pego a mão dela. —Eu gostaria de ser mais parecida com você.
Ela bufa.
Também sorrio. —Você não dormiu com ele. E mesmo se você fizesse, e
daí? — Coloco meu cabelo atrás da orelha. —Como eu disse, gostaria de ser
mais parecida com você. Sempre fui tímida. Só tinha dormido com Bones
até me mudar para Chicago. Mesmo lá, só dormi com um cara. Agora com
Titan foi três.
Não significa que sou boa para ele. Tenho pensado nisso desde que ele
me implorou para ficar. Não tenho nada para oferecer a ele. Ele possui um
reino. Estou sem-teto, falida e meu trabalho atual é ser acompanhante.
—Já chega disso. Vamos tomar doses agora. — Ela volta para o frigobar.
—Escolha seu veneno. Eu tenho Jim, Jack e Garth.
—Garth?
Titan
Checo meu telefone pela terceira vez em cinco minutos. Me tornei uma
garota do caralho esperando uma ligação de Em. Estou preocupado com
ela. Consegui convencer ela a ficar aqui, mas ela está nervosa e George
ainda está desaparecido. Não temos nenhuma pista no momento. Enfio
meu telefone no bolso de trás. —Alguma palavra sobre o cara que invadiu
a casa dos pais dela? — Pergunto a Bones enquanto subimos as escadas dos
fundos para Kingdom.
Coloco meu cartão no teclado e aperto o décimo sexto andar. Parece que
estamos fazendo uma parada.
—Sim, e você abriu seus braços e disse retorno, filho da puta. Tenho
certeza que ele cagou nas calças quando viu que você estava destruindo
seu precioso carro. — Emilee se levanta, e não perco como ela tropeça. Ela
está bêbada. E para provar que estou certo, ela vai até o bar.
Emilee
—Sim, ele estava. Mas o sexo que fizemos depois foi fora de série, —
acrescenta ela.
Me viro para caminhar de volta para o meu lugar no chão, mas paro
quando vejo Titan e Bones parados diante de mim. Lado a lado, eles têm os
braços cruzados sobre o peito e as pernas abertas. Há quanto tempo eles
estão aqui?
—Trenton não tinha o pau maior, mas sabia como usar, — continua
Jasmine. —Ele era péssimo em oral, no entanto. Porra, por que gosto dele?
Meus olhos vão e voltam entre Bones e Titan. Os dois me encaram, sem
revelar nada. Mas se tivesse que adivinhar, diria que eles estão chateados
por estarmos aqui.
—Você sabe que aquele filho da puta ainda me culpa por ser expulso do
time de futebol? — Ela pergunta, olhando para mim de seu estômago no
chão. —Como se eu tivesse feito ele cheirar cocaína. Em? — Ela pergunta
quando apenas fico lá. Ela olha por cima do ombro e se levanta quando
avista os Kings.
Soltando uma risada suave, ela se estica, pega minha bebida inteira e
sorri. —Agora é uma festa. — Ela inclina meu copo e toma um gole. —
Quem vai tirar a roupa primeiro? — Ela pergunta a eles.
Bones passa seus olhos azuis para os dela. —Nos mostra o que você
tem. — Ele arqueia uma sobrancelha, desafiando ela.
Meus olhos se arregalam e vão para Titan. Espero que ele acabe com
isso, mas ele apenas fica lá. Ele está chateado. Sei isso. Evitei falar com ele
sobre o que fiz nos últimos três dias. Não pedi a ele para me salvar. E
mantenho o que fiz. Essa casa não era nada para mim. Meu único
arrependimento é que George não estava aqui para pegar fogo com ela.
Mas também não mencionei o fato de que ele me pediu para deixar ele
me amar. Foi o mesmo que dizer que me ama? Ou que ele poderia se o
deixasse entrar? Deveria ter contado a ele como me sentia. Mas não fiz, e
agora o tempo passou.
Bones deixa cair os braços para o lado enquanto ela caminha até ele
completamente nua. Ela fica na ponta dos pés para beijar ele. Ele enfia as
mãos em seu cabelo ruivo, mas no último segundo, ela se afasta, deixando
escapar uma risada.
Meus olhos se fecham em seus lábios macios contra os meus. Com uma
mão no meu rosto e a outra na parte inferior das minhas costas, abro para
ela. Já nos beijamos antes. Certa vez, agíamos como se fôssemos amantes
lésbicas, então um grupo de rapazes nos deixava em paz. Funcionou então,
mas tenho a sensação de que agora terá o efeito oposto.
Levanto minhas mãos para enredar em seu cabelo curto e inclino sua
cabeça para o lado para aprofundar o beijo. Ela tem gosto de vodca e
champanhe. Sua língua entra na minha boca e gemo. Minhas pernas
apertam e minha boceta lateja. Não tinha percebido o quão excitada estava
até agora. Nem sei quantos dias já se passaram. Estive muito focada em
lutar com Titan para pensar em sexo. Mas agora? Agora quero.
Ofego enquanto a vejo cair de joelhos, puxando minha calcinha com ela.
Ela beija uma trilha suave que desce sobre meu estômago e minha coxa. —
Oh Deus. — Jogo minha cabeça para trás e fecho meus olhos. Meu corpo
está pegando fogo. Meus mamilos duros. Estou muito molhada e muito
ciente de que temos uma audiência, mas isso nunca me parou antes.
Capítulo Trinta e Três
Titan
Ela não precisa dizer duas vezes. Ele agarra o cabelo dela com as mãos,
puxa sua cabeça para trás e coloca seus lábios nos dela. Os braços dela
envolvem o pescoço dele e ele solta os cabelos dela, agarra suas coxas e a
levanta do chão. Ela envolve as pernas em volta da cintura dele, no
momento em que ele a joga contra a parede.
Vou até Emilee, que ainda está afundada na mesa. Pela primeira vez na
minha vida, não tenho certeza do que fazer. Sei o que quero, mas ela está
com raiva de mim. —Em…
Também não perco um minuto. Estou duro. Ela tem gozo escorrendo
pela parte interna das coxas. E quero ouvir ela gritar meu nome.
Tiro minha camisa enquanto ela tira minhas calças. Ela puxa meu pau e
aperto os dentes quando ela começa a acariciar. Afasto a mão dela, agarro
eu mesmo e empurro dentro dela, sem me preocupar com as preliminares.
Podemos voltar a isso mais tarde.
Emilee
Sinto que estou de volta à faculdade. Naquela noite em que Haven e
Luca assistiram Bones e eu transando na sala de jogos. Então assisti Luca
foder Haven no chão. Mas é uma cena diferente agora.
Ele a tem inclinada sobre uma pequena mesa. Suas mãos estão
amarradas nas costas com seu cinto. Suas calças estão abaixadas em torno
de suas coxas, e ele a fode por trás. Ele está curvado sobre suas costas e tem
uma mão em volta de sua garganta, enquanto a outra está presa em seu
cabelo.
Bones sempre foi um dominante. Ele nunca soube ser suave. Ele
assumiu o controle de você, controlou cada centímetro, e qualquer garota
queria isso.
Seu corpo se debate sob o dele quando ela goza. Ele para, puxa e a
coloca de pé pelos cabelos. Girando, ela cai de joelhos. Tirando o
preservativo, ele agarra a base de seu piercing no pau e ordena que ela abra
a boca. Ela o faz, como qualquer outra garota nessa posição, e ele fode a
boca dela.
Bones sempre odiou usar preservativos, mas ele faria isso. É por isso
que ele preferiu gozar em sua boca. Não precisava de preservativo para
isso.
Titan agarra meu cabelo e puxa minha cabeça para trás para lhe dar
acesso ao meu pescoço. Ele morde minha pele e fecho meus olhos,
choramingando. O arrepio percorre meu corpo. —Titan... — é a única coisa
que posso dizer antes de gozar mais uma vez.
Capítulo Trinta e Quatro
Titan
Ele acena com a cabeça, encaixando o pente em sua 9 mm. —Vamos lá.
Saímos do meu carro e vejo Luca sair de seu Bugatti La Voiture Noire
com Nite. Deixamos Grave e Cross para trás no Kingdom com as meninas.
Assim que saímos do Palácio, o telefone de Bones começou a explodir. A
fonte de Luca veio e descobriu quem era o cara que invadiu a residência de
York.
Coloco minha arma na cintura e olho para Luca. —Você tem a bolsa?
Ele acena com a cabeça e a levanta. —Apenas me diga onde você o quer.
Tudo nele está coberto de água. Está até mesmo respingado na minha
camisa, e a parte inferior das pernas da minha calça e sapatos estão
molhados.
—Digo para acabarmos com isso agora, — Bones oferece, puxando uma
faca de seu bolso e pressionando em sua garganta. Bones sempre preferiu o
lado sangrento das coisas. Não poderia me importar de qualquer maneira,
contanto que fosse feito.
—Não! Não! — O cara chora. —Eu não sei. Foi enviado por mensagem.
Agarro sua garganta e aperto, levando seu fôlego. —Sim, você fez,
porra, — digo com os dentes cerrados.
Nesse momento, Nite entra e passa um telefone para Luca. Ele passa
por isso e olha para mim. Não gosto do olhar em seus olhos. —O único
número com o qual ele teve contato naquela noite foi um número de Nova
York.
—Nova York? — Bones imita meus pensamentos exatamente. Quem
diabos nós conhecemos em Nova York?
Pelo menos temos um local. Isso é tudo que precisamos saber por
enquanto. —Obrigado pela informação. — Bato no cara em seu peito
molhado e respinga água de sua camisa encharcada. Alcançando a bolsa de
lona, pego o outro pano que está em um saco Ziploc. Está encharcado nas
últimas três horas. Coloco as luvas e abro o saquinho. Pegando, enrolei e
enfiei em sua boca, encerrando seus protestos. —Bones.
Emilee
Temos muito o que discutir, mas agora, estou feliz que eles voltaram de
onde quer que tenham ido. E não vejo nenhum respingo de sangue em suas
roupas. Mas... —Por que você está molhado? — Pergunto.
—Oh, — digo, incapaz de esconder minha surpresa. Não sabia que ele
estava saindo com alguém. Nunca pensei que ele estaria indisponível. Quer
dizer, não o quero para mim, mas nós fizemos sexo. E também não quero
ser a outra mulher.
Bones olha seu irmão. —Ela não é meu contato. — Então olha para
Jasmine. —Não é desse jeito.
—Por que Bones pensaria que Jasmine se importa se ele está saindo com
alguém em Nova York ou não? — Haven sussurra em meu ouvido.
—Shh, — digo a ela, tentando encobrir essa conversa muito estranha.
—Eles têm…?
Grave vai para seu quarto, já ligando para alguém em seu celular, e
Cross vai até Bones e começa a ter uma conversa com ele. Me levanto e
abraço Jasmine em adeus e depois Haven. —Vejo vocês em breve.
—Estou muito cansada. — Digo tentando evitar o que sei que ele quer
falar. Estou com ele desde que incendiei a casa dos meus pais, mas não nos
falamos. Ignorei ele. Até fazermos sexo no Palácio, no início desta noite.
—Brigar por algo tão idiota. Você já joga este jogo há bastante tempo. —
Ele se inclina e beija minha testa.
—Não, não é. — Ele passa a mão pelo rosto. —O que você quer, um
pedido de desculpas?
—Sim, — ele sibila e vira as costas para mim, entrando em seu banheiro.
Ele bate a porta de vidro.
Tinha iniciado aquele incêndio porque não queria mais nada disso. Fiz
isso na esperança de seguir em frente. E fiz isso para que aquele pedaço de
merda do George não conseguisse a casa que meu pai construiu para
minha mãe. Nunca quis que custasse a Titan. Não esperava que ele viesse
em meu resgate. Não é como se tivesse enviado a ele um aviso do que
estava planejando fazer.
—Sim? — Saiu mais como uma pergunta porque pensei que era por isso
que ele estava bravo. Estava errada?
—Eu…
—Não estou tentando começar uma briga com você, mas também não
quero que você me evite. — Seus olhos percorrem meu rosto. —É aqui que
você pertence. — Ele segura meu rosto novamente. —Comigo. Posso te
manter segura. E posso te dar o que você precisa.
Ele abaixa seus lábios nos meus e me beija suavemente. —Estou bem
aqui, Em e não vou a lugar nenhum.
Sexta-feira de manhã, paramos em um aeroporto privado remoto.
Possui seis hangares. O da extrema direita está aberto e você pode ver o
belo jato lá dentro. É branco com um K dourado no meio de um círculo
preto. O mesmo logotipo que está por todo o Kingdom. —O que é isso? —
Pergunto.
—É por isso que todo jato tem paraquedas, — acrescenta Titan. Ele se
inclina e começa a sussurrar para Bones, encerrando nossa conversa sobre
Grave e suas experiências de quase morte. Não estou nem um pouco
surpresa que Grave sobreviveu a um acidente de avião. O menino é como a
porra de um gato, mas tem noventa vidas.
Olho para Jasmine e ela dá de ombros. Ela não dá a mínima para quem
sabe o que fizemos no Palácio. Respiro fundo. —Tudo bem...
Capítulo Trinta e Cinco
Titan
—Tenho alguns amigos que moram aqui. Bem, um deles mora aqui em
Nova York em tempo integral. O outro mora em Vancouver, — Bones
responde.
—Você disse que eles eram contatos, — Jasmine o corrige. —Você ainda
tem amigos?
—Muito pouco. — Ele bebe sua bebida quando há uma batida na porta.
—O que isso traz para você? — Jasmine pergunta, olhando para ele na
minha mão.
—Como sabemos que ele estava lá? — Pergunta Luca. —Eles mantêm
um registro de quem entra e quando?
—E o pagamento? — Adiciono.
Seus olhos azuis encontram os meus e ele sorri. —Não. Nossas taxas são
exigidas no primeiro dia do ano. Em dinheiro. Notas grandes. Você
aparece. Eles examinam o dinheiro. Uma vez feito isso, eles emitem um
novo cartão e você está liberado. Sem prova de pagamento. E eles podem
suspender sua assinatura a qualquer momento por qualquer motivo.
—Essencialmente. Mas você tem que ser convidado. Agora, eles não
escaneiam os cartões para ter certeza de que você é, de fato, o titular do
cartão. Você encontra um cartão de membro e está dentro. Mas poucos
sabem sobre esse andar do Kink. Esse andar do clube tem um nome
diferente. Portanto, a probabilidade de um estranho pegar um nas ruas e
saber seu significado é improvável. — Tristan toma um gole.
—Me deixe ver seu cartão. — Jasmine estende a mão para Avery.
Ele balança a cabeça. —Não sou mais um membro. Prefiro não exibir
meus desejos sexuais na frente de outras pessoas.
Meus olhos vão para Emilee, e ela cora. Minha garota safada gostaria
disso.
—Sim. Como eu disse, todos os quartos são de vidro. Você pode assistir
a tudo isso. Ou você pode escolher um quarto que eles oferecem privativos.
Eles atendem a todos os gostos, — acrescenta Tristan.
—Aqui, tenho uma foto para você. — Tristan enfia a mão no bolso e tira
o celular. Ele o folheia por alguns segundos e o entrega para mim.
—Eu estava lá. Eu tirei, — anuncia Tristan. —Você nos deu o número.
Como você disse, não estava em nenhum banco de dados. Mas
conseguimos enviar o número para Kink. Então, uma mulher ligou para
esse número. Ela fez contato e tirei a foto. Isso é o que nos demorou tanto.
Ele não estava respondendo a princípio. Demorou alguns dias para morder
a isca.
Começo a andar.
—Sobre?
—Nós pensamos que era George. Devia ter sido George quem mandou
o cara buscar o dinheiro na residência York.
Continuo andando. Minha mente tentando juntar o que sei e o que vi.
—Do que você acha que eles estão falando? — Pergunto, roendo minhas
unhas enquanto olho para a porta. O que quer que estivesse naquele
telefone, Titan não gostou.
Eles usam ternos caros e relógios Rolex. Eles se parecem com meninos
bonitos. Eles me lembram dos meninos na faculdade que dirigiam Teslas e
gastavam o dinheiro do papai nas férias nos Hamptons e nos fins de
semana em Paris. Mas algo me diz que não é o que eles fazem ou como
ganham sua renda. Eles podem ser bonitos de se olhar, mas eles têm esse ar
que grita perigoso.
Talvez a máfia como Luca? Essa poderia ser a conexão, mas Bones foi
quem disse que os conhecia.
—O que você acha que eles fazem para viver? — Pergunto suavemente.
Bufo.
—De jeito nenhum, — Jasmine protesta. —Esses dois rostos lindos não
são perdidos em ficar sentado atrás de uma mesa ao telefone o dia todo.
Não. Eles trabalham com as mãos.
—Sim, mas o que eles fazem com elas? — Adiciono.
Meus olhos vão para Nite. Ele está ao lado deles também. Ele nunca diz
uma palavra, mas Tristan está falando com ele. Nite apenas balança a
cabeça e balança a cabeça. É como se Tristan soubesse que é mudo e só está
fazendo perguntas que exigem uma resposta sim ou não.
Haven está rindo. —Só estou com ciúme de não ter recebido esse tipo de
atenção de você. — Ela joga de volta na cara de Jasmine, e Jasmine joga no
chão.
A porta da suíte se abre e pulo de pé. —Ei. — Os olhos de Titan
encontram os meus e ele parece louco. Bones passa a mão tatuada pelo
cabelo. —O que está errado? — Pergunto.
Titan olha para mim. —Porque não precisamos mais de você lá.
—Mas...
—Você sabe que os caras vão ficar bravos com você por ter saído, certo?
— Jasmine pergunta.
—Para onde devemos ir? — Pergunto. Kink está fora de questão, pois
não temos associação. Acho que Tristan tem conexões, e ele está levando os
Kings, Luca e Nite para mostrá-los como membros em potencial. Se Titan
voltar dizendo que assinou um contrato e pagou cinquenta mil, não vou
ficar brava. Sou uma Rainha, pelo amor de Deus. Mas como não fomos com
os caras, não conseguimos acesso.
É uma foto dele atrás de um bar fazendo uma bebida. Ele está olhando
para a câmera. Ele tem suas pontas loiras descoloridas em pé. Um piercing
em sua sobrancelha direita e ele está lambendo o lábio superior. O status
diz: Me deixe te servir.
Haven e eu rimos. —Não precisamos que você durma com ele, — digo.
Capítulo Trinta e Seis
Emilee
—Poderia te perguntar a mesma coisa. — Sorri. É bom ver ele. Ele era
mais um amigo do que um companheiro de foda. Nós saíamos juntos o
tempo todo. Íamos fazer compras, jantar, ir ao cinema. Ele era meu melhor
amigo. Meu único amigo em Chicago. Ver ele agora me lembra o quanto
sinto falta dele.
—Estou aqui no fim de semana. Mas posso estar se mudando para cá,
— ele responde.
—Isso é incrível, — digo não tenho certeza do que fazer agora ou como
agir. Nunca disse a ele que estava indo embora. Ou sobre minha mãe.
Simplesmente parei de atender suas ligações e ele parou de estender a mão.
E com certeza, a porta dos fundos se abre e dois caras entram. A mulher
tenta olhar por cima do ombro para ver, mas ela não é capaz de vê-los
devido à forma como seus braços estão presos acima da cabeça.
Os caras começam a se despir. —Estou fora, — digo e empurro a
parede. Saio da sala e vou para o corredor. É muito escuro em Kink. Há
música tocando, mas nada como um clube. É macio. Acho que eles querem
que você ouça os homens e mulheres gemendo mais do que as músicas.
Faz parte do apelo.
—Vou esperar aqui no corredor para ver se ele entra lá, — digo, sem
vontade de olhar para os paus esta noite.
Uma loira bonita atrás do bar começa a servir três copos de uísque.
Tristan caminha até o bar e pega os copos de uísque que a loira fez para
ele. Ela dá a ele um grande sorriso e seus dentes brancos brilham com as
luzes negras ao redor do bar. Ela pisca para ele.
—Obrigado amor, — ele diz a ela.
—A qualquer hora, T.
—Não posso acreditar que tenho vindo para Nova York desde sempre e
não sabia que este lugar existia, — Bones diz, tomando um gole de seu
uísque. Então ele olha para mim. —Você acha que o Sr. Bianchi é um
membro aqui?
Dou de ombros. —Não tenho certeza por que ele não seria. O cara
comanda a porra da máfia. — O pai de Luca é o que você consideraria
qualquer membro da máfia. Um filho da puta implacável. Ele está
brincando com a mãe de Luca há anos. Ele sempre teve uma mulher
secundária. Eles não se casam por amor na máfia. Bem, a maioria não. Luca
casou-se com uma mulher que amava. Mas também havia outras razões
para isso. —Pelo menos agora você sabe sobre isso. Você pode trazer Lola
aqui quando for visitá-la.
Ele balança a cabeça. —Ela não viria aqui. Além disso, terminei com
isso.
—Quando? — Pergunto.
Ele bufa. —Não. Lola me ligou e me informou que havia planejado uma
viagem para o próximo fim de semana. Estávamos indo para a Inglaterra.
Ela queria que eu conhecesse seus pais.
Tristan assobia. —Quanto tempo vocês dois ficaram transando?
Passo minha mão livre pelo meu cabelo. —Talvez devêssemos voltar
para a suíte e nos reagrupar. Tentar localizar o celular dele. — Ainda temos
o telefone do desgraçado que matamos há alguns dias. Podemos cavar para
ver o que mais podemos encontrar. Além disso, por mais que não me
importe com este lugar, isso me deixou com tesão pela minha garota. —
Você pode nos trazer de volta amanhã à noite se precisarmos? — Pergunto.
Ele concorda.
Emilee
Haven se cala e engole sua bebida, agindo como se tivesse gasto seus
últimos oito dólares com isso. E começa a sair da cabine.
—Oh sério? — Haven coloca as mãos nos quadris. —Como você está
com Trenton?
Jasmine abre a boca, mas depois a fecha. —Eu sei. É uma pena ser
viciado em pau. — Ela faz beicinho, nos fazendo rir.
—Sim, bem... — Minha voz falha quando vejo um cara no bar do outro
lado da pista de dança. Ele está de costas para nós, vestido com uma
jaqueta de couro preta com jeans escuros e botas pretas.
Não consigo tirar meus olhos dele. Ele se vira para o lado, me dando
uma visão de perfil, e minha respiração fica presa em meus pulmões. Ele
inclina o braço contra o bar e sorri para a morena que parece ter metade de
sua idade. Alcançando a mão esquerda, ele pega uma mecha de seu cabelo
entre os dedos e a gira como se estivesse flertando.
Ignoro as duas, embora ela não esteja muito longe. Acho que estou na
zona do crepúsculo. Não pode ser...
Saio da cabine e as ignoro enquanto chamam meu nome. Fazendo meu
caminho pela pista de dança, estou esbarrando em corpos. Alguns até me
xingam, mas os ignoro.
Ele agarra meu braço. Seus dedos cavam na minha pele enquanto ele
me arrasta pela multidão. Não tento impedir ele. Logo, estamos invadindo
uma porta de saída e ele está me puxando por um estacionamento. O ar da
noite quente na minha pele suada.
Olhando por cima do ombro, percebo que ele está entrando na estrada.
—Pai, para onde estamos indo? — Pergunto, ficando nervosa. Estava em
choque por ele estar ali. Vivo. —Você está morto, — digo a mim mesma
mais do que a ele. —Estou alucinando. Sonhando, — digo mais para mim
mesma. Adormeci e as meninas e eu nunca saímos da suíte do hotel.
—Estou muito vivo, — ele rosna. Ele está com raiva de mim.
—Para o aeroporto. Tenho um jato lá. Ele a levará de volta a Las Vegas.
Ele rapidamente passa seus olhos para os meus antes de voltar para a
estrada. —Quem diabos é todo mundo?
Lambo meus lábios nervosamente, mas respondo. —Os Kings. — Então
me lembro que apenas dois deles estão aqui. Nem todos eles.
Não gosto de como ele cospe suas palavras. Ou o fato de que ele mentiu
para mim. —Você não os conhece! — Grito.
—Você vai voltar para Las Vegas para ficar com sua mãe, — ele grunhe,
mudando de faixa.
Meu coração pula uma batida. Agora sei que estou sonhando. —Minha
mãe está morta, — digo, olhando pela pequena janela. —George se foi. E
queimei a casa que você construiu para ela. — É melhor contar tudo ao
fantasma do meu pai. Os entes queridos mortos fazem isso, certo? Visita
você em seus sonhos?
—O que você quer dizer com tudo o que você tem é Titan? — Ele
pergunta lentamente.
Me viro para olhar para ele. As luzes do painel mostrando sua barba
crescente. Sempre achei meu pai bonito, com olhos castanhos profundos,
queixo quadrado e cabelo escuro. Pelas fotos que minha mãe me mostrou,
ele era um menino bonito no colégio. Todas as meninas o queriam. Foi
minha mãe quem o conseguiu.
—Sim, — respondo. Meu telefone vibra no meu colo e olho para a tela.
—E este é ele agora. Ei querido. — Atendo.
Titan
Ando pela suíte do hotel. Luca se senta no sofá com Tristan. Bones e
Avery estão perto da janela com copos de uísque nas mãos. Nite e Kayn
estão sentados no outro sofá de couro.
Olho para cima quando a porta se abre e vejo Emilee entrar. Minhas
mãos tremem da raiva que sinto por ela agora. Ela usa um minivestido
preto e seu cabelo solto. Ela mal consegue andar nos saltos, mas esperava
isso. Haven nos informou quando chegamos aqui e as meninas estavam
desaparecidas. Luca ligou para ela e ela atendeu, dizendo que ela e Jasmine
estavam voltando para o hotel, mas Emilee havia saído do clube com um
homem. Elas não viram quem ele era. Apenas a viram caminhar até ele e
então eles saíram juntos.
—Do que você está falando? — Bones exige, também de pé. —Ajudar
quem?
Ele a empurra para longe dele e para os braços de Bones. Ele os segura
ao redor dela, segurando ela no lugar. É a mesma situação em que ela
estava quando fomos para a casa de George e Grave a trouxe para seu
escritório. Mas desta vez, Bones está com ela, não eu.
Um sorriso cruel se espalha por seu rosto. —Te disse, Emilee. Os Kings
não dão a mínima para ninguém.
Olho para ele pelo cano da arma enquanto ouço os outros se levantarem
de seus assentos. Ouço alguém engatilhando sua arma atrás de mim. Estou
supondo Luca.
—O que você está fazendo, Titan? — Emilee lamenta. —Por favor pare.
Ele precisa de ajuda.
Seus olhos vão dos meus aos de sua filha. Ela está histérica neste
momento. Bones tem os braços dela presos atrás das costas enquanto ela
tenta freneticamente chegar ao seu pai de merda. —Precisava de ajuda com
o quê? — Ele pergunta.
Bufo. —Como se você desse a mínima.
Puxo meu lábio para trás com nojo quando ele me chama de filho. Posso
amar a filha dele, mas odeio esse homem. O que ele a fez passar. Agora
isso, o filho da puta nunca esteve morto. Ela pensou que tinha perdido o
pai, depois a mãe. Só que ela não o perdeu. Ela estaria melhor se tivesse.
Porque agora sabemos que ele está carregando um grande segredo. E isso
poderia colocar sua vida em perigo.
—Por favor... — ouço Emilee soluçar. —Não faça isso, Titan. Não o tire
de mim de novo, — ela implora.
Meu peito aperta com suas palavras. Que ela iria querer salvar seu
traseiro arrependido. Perdoar ele tão facilmente.
Um sorriso cruel se espalha por seu rosto. Como se fosse uma armação.
Ele está me testando. Para ver o que ela significa para mim. Mato o pai dela
e a perco para sempre? Ou deixo ele viver e possivelmente tirar ela de
mim? De qualquer forma, perco porque ela vai escolher ele. Ele é o pai
dela, que a mãe dela traiu e foi embora. Ele tem a simpatia dela. Sou apenas
o cara com quem ela está fodendo no último mês.
Ela está chorando nos braços de Bones. Mas ele não a está mais
restringindo. Em vez disso, ela está com a cabeça em seu peito. Ela está tão
bêbada que logo desmaiará.
—Emilee? — Ele chama o nome dela como se ela tivesse feito algo
errado. Ele começa a andar até ela, mas bato meu punho em seu peito,
parando ele. —Bones, coloque Emilee na cama. Temos algumas merdas
para discutir com Nick.
Capítulo Trinta e Oito
Titan
Bones sai do quarto em que estou ficando com Emilee e acena com a
cabeça uma vez para mim, me deixando saber que ela já está desmaiada.
Ele passa a mão pelo cabelo. Ele parecia fisicamente abalado desde que
anunciei que seu melhor amigo e parceiro de negócios transou com sua
filha. Mas não acredito. Ele fingiu sua própria morte. Ele fará qualquer
coisa.
Bones bufa.
Nick o ignora. —Deveria ficar quieto enquanto ele esperava pelo
pagamento. Então ele pagaria o que eu devia e estaria livre.
—Quando foi a última vez que você falou com ele? — Luca pergunta.
—Não tinha motivo para não fazer isso, — ele rebate, ficando com raiva.
—Dei a ele acesso às minhas contas para cuidar de Nancy.
—Porque ela era segurada da empresa até nos divorciarmos. Ela não
possuía ações da empresa. Eu estava pagando do meu bolso.
Nick pega uma tigela de vidro que fica na mesa lateral e a joga do outro
lado da sala, quebrando em um milhão de pedaços e fazendo com que as
palavras de Bones parem. —Vou matar ele, — ele rosna, cerrando os
punhos.
—Onde ele está? — Tristan é quem pergunta. Tenho certeza que ele e
Avery estão atualizados agora. Eles são caras inteligentes.
—Tem certeza disso? — Pergunto. A última vez que soube, ele estava
em Paris.
Ele acena com a cabeça, passando as mãos pelos cabelos escuros. —Na
manhã seguinte, ele embarcou em um avião particular de volta para Las
Vegas.
Suspiro. —Duvido que ele ainda esteja lá. Mesmo que seja para onde ele
foi.
Uma mão agarra meu braço e me faz parar. Me viro para encarar seu
pai. —Obrigado. — Ele suspira. —Por cuidar dela. — Me soltando, ele dá
um passo para trás. —Quando ela me disse que você e ela... — Ele limpa a
garganta. —Eu pensei...
—Eu sei o que você pensou, — o interrompo e baixo minha voz. —Só
saiba que você estava errado.
Emilee
Acordo com uma forte dor de cabeça. Meus olhos estão sensíveis à luz
do sol que entra pelas janelas do chão ao teto. Gemo, enterrando meu rosto
no travesseiro.
Levanto minha cabeça e abro meus olhos para vê-lo parado ali com
duas aspirinas em uma mão e uma garrafa de água na outra.
Sento e pego dele. —Porra. — Jogo na boca e bebo a água. —Você não
iria acreditar no sonho que tive noite passada, — digo.
Minha mandíbula aperta com suas palavras. —Ei, isso não é...
—Justo? — Ele me interrompe.
—Mas você está... eu vi você... — Nunca vi seu corpo. Ele foi cremado, e
tivemos um serviço fúnebre em sua memória.
Meu rosto cai. —Eu queimei sua casa, — digo, e meu lábio inferior
começa a tremer com o que fiz.
—Não se preocupe com isso. — Ele segura meu rosto. —Luca tem uma
cobertura no centro da cidade que ele me ofereceu. Ninguém saberá que
estamos lá.
—Sim, — digo e paro o que estou fazendo. —Ele é meu pai. Pensei que
ele estava morto…
Meu peito aperta com suas palavras. Quão frias elas foram ditas. Como
se ele acreditasse que sou realmente idiota se for com meu pai. —Titan…
—Não! — Ele grita. —Ele poderia ter confessado tudo para você. Ou te
informar sobre o plano dele. Mas ele não fez isso, Em. Ele não confiava em
você.
—Para usar você, — ele rosna. —Assim como George fez. Assim
como…
—Você também me usou, Titan. Não finja que você não fez.
Ele não diz nada. Apenas fica lá como uma estátua de merda.
—Fique de joelhos, Em! Você quer seu telefone? Fique. Sobre. Seus.
Joelhos. Isso soa familiar?
Balancei minha cabeça. —Não assim. Não queria ser sua puta.
Ele inclina a cabeça para o lado. —Você não fez isso pelo seu telefone.
Você fez isso porque queria ser uma rainha. Você não teve nenhum
problema em se prostituir por dinheiro então.
Titan
Não vi Luca nem ouvi nada sobre George. Neste ponto, não é mais
problema meu. Ela se foi. Seu pai pode descobrir isso agora. Anulei os
quinhentos mil que ele nos deve.
É por isso que pagamos tanto ao Nigel. Ele está sempre procurando no
nosso cassino. Ele pode localizar uma agulha em um palheiro.
Marcho em meu caminho até ele e, sem qualquer aviso, tiro seu boné de
sua cabeça.
—O que…?
Agarro sua nuca e bato sua cabeça no feltro verde o mais forte que
posso, então o solto.
Assim que volto para a torre um, meu celular apita no meu bolso. Pego
para ver que é um e-mail. Abro e meus dentes rangem.
Emilee
Ele está nervoso. Ele não disse isso, mas posso dizer. Ele está sempre ao
telefone tentando falar com George, mas não há resposta. Ouvi ele há
alguns dias falando com alguém, acho que era Luca. Ele o fez fazer algum
tipo de pesquisa por um número de telefone, mas não acho que nenhuma
informação tenha sido encontrada ainda.
Titan está sempre em minha mente. Me sinto mal pelo que disse a ele.
Estava louca, e no calor do momento, mas nunca pensei que ele fosse nem
remotamente parecido com George. Estava atraída por Titan e o queria há
muito tempo. Não tenho certeza se isso teria acontecido de outra maneira.
Mas, mesmo assim, não deveria ter dado um tapa nele ou abandonado ele.
Ele tinha razão. Meu pai mentiu para mim. A questão é por quê?
Mesmo agora, ele não vai me dizer isso. Não sei os detalhes de por que ele
fingiu sua morte, ou por quanto tempo ele iria fingir que estava morto. Ele
alguma vez confessaria tudo para mim?
Cada vez que tento falar com ele, ele me empurra. Ele diz que tem
cuidado e não precisa se preocupar. Ele está me tratando como uma
criança. Como se não pudesse lidar com a verdade.
Meu celular toca na minha cama e pego para verificar. Acho que é
Haven ou Jasmine. Não nos vimos desde que voltamos. E sinto tanto a falta
delas.
Mordo meu lábio inferior, olhando para ele. Ele quer me levar para
jantar novamente. Mesmo lugar. Mesma hora. E quer me pagar cinco mil
dólares. Ele está solicitando que use um vestido vermelho e meu cabelo
solto. Sem limite de bebidas desta vez. Talvez ele tenha percebido que
posso lidar com minha bebida.
Não deveria...
—O que você está fazendo, docinho? — Meu pai entra no meu quarto.
—Eu sou uma Rainha, — o lembro. Ele sabe o que fiz desde que ele
decidiu fingir sua morte. Mesmo que ele não fale comigo, contei tudo a ele
em nosso voo de volta para Las Vegas de Nova York.
—Bem ... — Ele vem se sentar ao meu lado. —Eu... só... é...
—Não foi tudo culpa minha. — Ele fica na defensiva. —George fez um
acordo. Mas meu nome também estava naquele contrato. Agora ele fugiu
da cidade e estou preso a nada.
—Por que eles não foram atrás dele? Por que ele não fingiu sua morte?
— Pergunto.
Aceno em compreensão.
Ele acena com a cabeça uma vez. —Era na suíte máster. Tinha um cofre
escondido no armário...
Queimei tudo. Para tirar isso de George, destruí algo de que meu pai
precisava. —Quanto? — Limpo minha garganta.
—Quinhentos mil.
—Ei. — Ele me puxa para o seu lado. —Você não sabia. Ninguém sabia.
Nem mesmo sua mãe ou George. Era meu esconderijo secreto. — Ele beija
minha testa. —Não se preocupe, querida. Nós vamos superar isso. Vou
descobrir algo. — Com isso, ele se levanta e sai do meu quarto.
Claro que ela aceitou, porra! Ela é uma rainha e não se curva a ninguém.
Por que seria diferente? Ela não vai considerar como me sinto sobre isso
agora. Permiti porque ela realmente não estava fazendo isso. Agora as
coisas mudaram. Poderia demiti rela, mas isso mostraria que me importo, e
meu plano é tentar ao máximo não dar a mínima para o que ela faz ou
quem vê.
Ele cospe sangue na mesa em que ele está sentado no frigorífico. —Vai
se foder, cara.
Estraguei seu rosto muito bem com o único golpe na mesa de pôquer.
Agora ele está prestes a ver o que realmente posso fazer.
Soco ele no nariz, jogando sua cabeça para trás. Ele grita quando o
sangue sai voando por meu anel de crânio fazendo contato. —Sabe, estou
prestando um serviço aos outros ao me livrar de você.
Sua cabeça cai para frente e ele geme enquanto o sangue goteja de seu
rosto.
Agarro seu cabelo e jogo sua cabeça para trás. —Olhe para mim quando
estou falando com você.
Seus olhos mal estão abertos devido ao quão inchados estão. —Me
ofereceram vinte mil, só para te matar, — digo a ele. —Eu disse que não,
ele é jovem. Ele não virá mais por aqui. Ele não vai mais nos roubar. Mas,
vejam só, aqui está você. E adivinha? — Balanço sua cabeça com meu
punho ainda em seu cabelo. —Vou fazer de graça. — Então bato seu rosto
na mesa mais uma vez.
Sinto mais falta daquela mulher do que jamais vou admitir. Um rei
nunca mostra sua fraqueza. Nem mesmo para sua rainha.
—Faz. — Ela olha para cima e o sorriso desaparece de seu rosto quando
seus olhos encontram os meus. Ela suspira suavemente quando eles caem
nas minhas roupas manchadas de sangue. —Titan, — ela sussurra meu
nome e dá um passo em minha direção.
Seu rosto está mais magro e seus olhos parecem mais escuros, mais
tristes, como se ela tivesse perdido o sono, mas isso é apenas uma ilusão da
minha parte, certo? Quero que ela sinta minha falta como sinto sua falta.
Desejo ver ela de mau humor e irritada com o mundo. Em vez disso, ela
parece incrivelmente linda e triste ao mesmo tempo.
Como uma boneca quebrada com a qual não se brinca há anos. Seus
olhos imploram por atenção enquanto seu corpo grita me leva.
Meus dedos coçam para arrancar seu vestido como fiz naquela primeira
noite no meu quarto. Para jogar ela na minha cama e beijar, foder ela. Fazer
ela me foder como ela fazia. Mas Emilee York nunca pertencerá a mim.
Peguei tudo que queria tirar dela, então viro para o elevador, pego meu
cartão-chave e entro assim que as portas se abrem.
Mas quando ele para na suíte Real, pego meu celular e faço uma ligação.
Este jantar está quase tão bom quanto o último. Chato pra caralho!
Então penso em Titan. Não consigo tirar a cara dele da minha mente.
Ódio puro. Assim como ele estava no colégio e na faculdade.
Olho para cima para ver com quem ele está falando e suspiro
mentalmente. É o cara de merda de novo. O filho do parceiro de negócios
que me parou no corredor do banheiro feminino da última vez.
Maravilhoso!
Seus olhos encontram os meus e ele sorri como se pudesse ouvir meus
pensamentos íntimos. Ele sabe que o odeio. Sua presença sozinha já faz
minha pele arrepiar, e o filho da puta fica louco com isso.
—Outra, — digo, levantando minha bebida meio cheia de champanhe.
É melhor terminar esta e ir para a próxima. Talvez o tempo voe se estiver
exausta.
Mais três copos e uma hora depois, estou começando a ver o dobro de
tudo. Minha mente está nebulosa e meus lábios entorpecidos. Champagne
sempre me deixa fodida mais rápido do que qualquer outra coisa.
Jacob se estica e coloca a mão na minha coxa. Fico tensa. É por isso que
ele está me permitindo beber? Para me soltar para percorrer todo o
caminho comigo.
—Certo...
Engulo e, de repente, minha língua parece uma lixa. Merda. Isso não é
bom. Ele pega minha mão e me levanta para ficar de pé. Já posso dizer que
estou vacilante nos saltos.
Fechando meus olhos, respiro fundo. Não é tão longe. Só preciso chegar
ao elevador, onde posso me encostar na parede do fundo. Depois, a curta
distância até a limusine. Eu tenho isto.
Todos nós entramos no elevador e ele começa a descer. A última bebida
que tomei começa a me atingir com mais força. Estou piscando
rapidamente, incapaz de manter meus olhos pesados abertos. Meus
tornozelos cedem e caio para a direita.
Jacob me vê com o canto do olho e envolve seu braço em volta dos meus
ombros, me prendendo ao seu lado. Permito. Prefiro estar perto dele do
que do jovem pervertido.
Quando o elevador apita e para, a porta se abre e todos nós saímos para
a noite quente de verão. —Espere bem aqui. Vou levar o Sr. Links até o
carro, — Jacob me diz.
—O que? — Pergunto confusa sobre por que ele levaria o homem com
quem jantamos até seu carro, mas eles já estão indo embora.
—Vou pagar o dobro se você me deixar foder você sem uma borracha,
— ele sussurra.
—Eu o mandei.
—Eu... eu acho que sim. — Estou respirando pesado, meus joelhos estão
ralados e minhas mãos queimam por me segurar quando caí, mas fora isso,
estou fisicamente bem.
Me afasto e vejo Titan colocar todas aquelas lutas que assisti Grave fazer
no ringue serem vergonhosas. Titan é uma força como nada que já vi. O
garoto nem mesmo consegue uma chance.
—Que porra é essa, Titan? — Ele exige. —Você tem alguma ideia de
quem é?
—Eu posso. — Titan cai de joelhos e estende a mão para Nite, que está
parado em silêncio esse tempo todo, apenas observando. Ele coloca uma
faca na mão de Titan.
Ele agarra o cabelo do garoto e puxa sua cabeça para cima e estica a
parte de trás da perna de Titan. Ele pega a faca e corta a garganta do
garoto. Cubro minha boca enquanto o sangue jorra da ferida aberta e por
todo o jeans de Titan.
Jacob apenas fica lá, seu corpo tremendo, os olhos arregalados. Acho
que ele está em choque. —O que…? O que você fez? — Ele sussurra em
horror.
Como rainha, não sei o que os clientes podem fazer. Só sei o que as
rainhas podem e não podem fazer.
—Eu não sabia que ele...
—Besteira! — Ele grita. —Você sabe que ele a abordou em seu último
jantar.
Meus olhos se arregalam. Ele sabia disso? Como Titan sabia disso?
—Essa foi sua escolha. — Ele acena com a mão no ar, dispensando ele.
—Minha escolha? — Ele ataca Titan. —Se ele queria transar com ela, ele
pode transar com ela! — Ele grita. Jacob pega meu braço e me puxa da
parede. Tento me afastar dele, mas ele segura meu braço enquanto me
arrasta para o centro do beco.
Bang!
Grito de surpresa quando a arma dispara. Meu coração para e minha
respiração fica presa na minha garganta enquanto vejo Jacob cair de joelhos
e, em seguida, em seu peito em uma poça de seu próprio sangue em um
beco.
Meu Deus. Meu Deus. Estou cantando em minha cabeça enquanto sinto
sangue em meu rosto, peito e braços. Tropeço para trás na parede mais
uma vez enquanto tento rapidamente esfregar o sangue.
Capítulo Quarenta e Um
Titan
Me viro para encarar ela. Ela está contra a parede em estado de choque,
olhando para o sangue manchado em suas mãos e braços.
—Em? — Pego seu rosto em minhas mãos. —Emilee, olhe para mim.
—Você... os matou.
—Sim. — E faria isso de novo. Ninguém vai colocá-la em qualquer
situação que possa lhe causar mal.
Tinha uma ideia de como seria esta noite. É por isso que liguei para Nite
para vigiá-la. Ele havia me informado no minuto em que o garoto chegou.
Se ele não tivesse, então ela nunca saberia que estava vigiando ela. Mas ele
cometeu um erro muito grave e pagou por isso com a vida.
—Em...?
Abro a boca para dizer que a amo, mas agora não é o momento certo.
Ela está coberta de sangue e dois cadáveres estão literalmente aos nossos
pés.
Esperei vinte e seis anos para dizer a ela como me sinto, então o que é
outro dia? —Vamos. Vamos para o Kingdom. Precisamos nos lavar. —
Então olho para Nite. —Certifique de obter seus telefones.
Paro na parte de trás do Kingdom e saio do carro. Corro pela frente e
abro a porta. Depois de ajudar ela sair, removo minha camisa e a envolvo e
pego sua mão para ajudá-la a subir as escadas. Nigel já está esperando por
nós.
Entramos na suíte real e vamos direto para o meu quarto. Sei que Bones
está no Glass com Luca, mas não tenho certeza de onde diabos estão o
Grave e Cross.
—Não quero mais. — É a primeira coisa que ela me diz desde que
saímos do beco. Ela ficou sentada no meu carro em silêncio e tremendo
incontrolavelmente, balançando para frente e para trás. Estava com medo
de dizer qualquer coisa a ela. Ela precisava de tempo para processar tudo.
O que aconteceu com ela e o que fiz para proteger ela.
—O que fez ele pensar isso? — A maior parte da casa foi destruída, mas
algumas partes conseguiram ficar intactas. Os vizinhos ligaram para o
corpo de bombeiros antes que tudo pegasse fogo.
—Ele me disse que voltou lá na noite em que voltamos para Las Vegas.
— Ela abaixa a cabeça. —Eu tinha queimado. Ele precisava dele. É por isso
que aceitei o trabalho esta noite.
Agarro seu queixo e levanto sua cabeça, então ela tem que olhar para
mim. —Nunca faça outra coisa que não seja por si mesma, Em.
Capítulo Quarenta Dois
Titan
Nigel mostra a Nick York seu assento na minha frente. Agradeço a ele e
ele sai, nos deixando a sós com ele.
Mandei Nigel buscá-lo há uma hora. Meio que esperava que ele já
estivesse fugindo.
Quase rio. Esse idiota acha que tem vantagem aqui, mas não tem. —Nós
sabemos que você mentiu para Em, — declaro, e seu rosto perde a cor que
tinha. —Veja, colocamos vigilância do lado de fora após o assalto. Era
principalmente para ver se George voltava, mas mesmo assim funcionou a
nosso favor.
—Não sei…
—Você disse a Emilee que voltou para casa para pegar o dinheiro que
tinha escondido em seu esconderijo secreto. Você mentiu. — Os caras e eu
assistimos esta manhã depois que contei sobre tudo o que aconteceu ontem
à noite e o que Em me disse. E assim como esperava, ele mentiu para ela.
Nós mantivemos as câmeras funcionando para o caso de George decidir
mostrar sua cara novamente. Agora estou feliz por termos feito.
—Ela vai, uma vez que dissermos como você armou para ela, — Bones
rosna.
—Eu não...
—Isso é verdade?
Ele pula de pé enquanto Nigel segura a porta para que Emilee entre.
—O que você está…? — Ele se vira para me encarar. —Você armou isso.
Sento e cruzo os braços sobre o peito. —Ela merece saber. — Emilee tem
um grande coração. Ela quer ver o lado bom das pessoas. Quer dizer, olhe
para o tipo de pessoa de quem ela se rodeou. Bones, eu, o resto dos Kings.
Ela acredita em segundas chances, e a amo por isso. Sem seu perdão, nunca
teria minha chance com ela. Mas seu pai? Já é suficiente. Ela precisa ver que
ele a traiu. E isso poderia ter custado a ela, sua vida.
—Você estava disposto a deixar ele dormir comigo porque lhe devia
dinheiro? — Ela continua dizendo e sua voz falha.
—Assim como você fez com George. Você sabia o que ele queria. O que
ele faria com ela se você fosse embora. — Estou pescando. Não tenho
confirmação ainda, mas vou ter.
Ele puxa os lábios para trás. —Você acha que é melhor do que eu? —
Ele balança a cabeça. —Ela é uma maldita Rainha. Garota de programa.
Acompanhante. Prostituta! Ela fode homens por dinheiro. — Ele aponta
para ela.
Aperto meus dentes e fecho minhas mãos. —O único cara com quem ela
fodeu por dinheiro foi o seu parceiro de negócios, porque você a deixou
sem nada, — estalo. Como ele poderia apenas pensar em si mesmo?
Examinei todos os documentos que Yan mostrou a Emilee depois que sua
mãe faleceu. E eles eram legítimos. Exceto pelo testamento que ele deixou a
ela. Esse dinheiro não existia. Foi algo que Nick e George inventaram para
ganhar tempo enquanto ele fingia estar morto. Ele escreveu onde Emilee
deveria ter trinta e cinco anos para herdar três milhões. Quando isso
acontecesse, ele haveria se levantado de seu túmulo e pegado cada centavo
que tinha e estaria em outro país.
—Não é como se George a estuprou, — ele solta, e me levanto. —Ela de
boa vontade...
Corro até ele, pego sua camisa e o arrasto até mim. Bato sua cara nas
janelas do chão ao teto com vista para Las Vegas. —Você sabia, não é? —
Rosno e puxo sua cabeça para trás. —O que ele faria com ela. Isso fazia
parte do acordo?
—Você sabia o tempo todo, porra. — Enfio seu rosto nela uma última
vez, ignorando-o. Então o empurro para longe de mim, onde ele cai no
chão.
O sangue cobre a janela onde bati seu rosto nela. —Ele prometeu...
cuidar dela.
—Fiz o que tinha que fazer, — diz ele, rolando para o lado e sentando.
—Achei que você gostaria de ver isso. — Luca joga uma pilha de papéis
sobre a mesa.
Ando até ela e os pego, passando rapidamente por cima deles. Começo
a rir. —Rapaz, você se fodeu. Cinco vírgula dois milhões de dólares. —
Assobio. —É muito dinheiro para guardar quando você deve alguns
milhões. — Jogo os documentos na frente dele no chão. —Você não podia
tocar nele, porque você o colocou no nome de sua esposa. Mas ela não
sabia sobre isso, sabia? — Levanto uma sobrancelha.
As datas mostram que a conta foi aberta há seis meses. —Você sabia que
ela e George estavam dormindo juntos e precisava de uma maneira de
esconder dinheiro. De sua ex-mulher e de seu parceiro de negócios. Mas
então você teve que se esconder quando fingiu sua morte. Significa
nenhum contato com o mundo. Nem mesmo Nancy. Então você não tinha
ideia de que ela havia morrido. Você estava muito ocupado em Nova York
vivendo uma vida de solteiro. E por que George o informaria da sua
morte? Ele estava recebendo tudo que você já teve.
—Tem alguém que você não usou? — Emilee pergunta baixinho. Pura
derrota em seus olhos azuis. Odeio que ele a machucou tanto.
Ignoro Titan e faço meu caminho para seu quarto. Meus olhos
encontram sua varanda, e abro a porta de vidro deslizante e saio para ela.
Respiro fundo o ar fresco.
—Sinto muito.
Sempre achei que ele fosse um santo. Um homem que tinha tudo no
mundo. Uma empresa conceituada. Uma esposa amorosa. Quantas pessoas
ele usou? Até onde ele teria ido se Titan não tivesse intervindo na noite
passada? —Obrigada.
—Não me agradeça, Em. — Ele segura meu rosto. —Odeio ver essa
expressão em seu rosto. E odeio que ele não fosse o homem que você
pensava que era.
—Eu amo você. — Digo as palavras que nunca disse a outro homem.
Não tenho arrependimentos ou dúvidas. Este homem é o único para mim.
E prendo a respiração, esperando que ele sinta o mesmo por mim.
Ele traz seus lábios aos meus. —Também te amo. — Então ele está me
beijando.
Epílogo
Emilee
Quero seguir em frente. Quero ser feliz com Titan e deixar meu pai ir e
tudo o que aconteceu desde que voltei de Chicago. Vou aproveitar cada
segundo que tenho com este homem. Vi ele no seu pior. Ele matou não
apenas um, mas dois homens. De forma brutal. Mas ele fez isso por mim.
Ele me protegeu. Ele se preocupava com meu bem-estar. Quem mais posso
dizer que fez isso ultimamente? Ninguém.
Meus olhos caem para sua cama king-size e vejo uma caixa sobre ela. —
Titan? — Chamo, mas não recebo nada em troca. A porta de seu quarto
está fechada e ele me disse antes que tinha que trabalhar até tarde esta
noite.
Caminhando até ela, examino a caixa preta. Ela tem uma fita amarela
enrolada em um laço no meio. Um cartão está colocado no topo.
Minha Em,
Ele está tramando algo, e mal posso esperar para ver o que é.
Titan
Sento na minha mesa no meu escritório quando Bones entra. Olho para
o relógio e digo: —Seja rápido. Tenho planos para esta noite.
Ele sorri, caindo em seu assento. —Eu sei. Você me lembrou dez vezes
hoje.
Sei que Emilee está magoada com o que seu pai fez, mas Bones achou
que seria melhor se ele cuidasse dele sozinho. Manter minhas mãos limpas,
esse tipo de coisa. Ela não pode me odiar por algo que não participei.
Aceno. —Obrigado.
—Não diga isso. — Ele sorri, me deixando saber que gostou de tudo o
que fez com o filho da puta. —Ah, e queria que você soubesse que vou tirar
alguns dias de folga. — Ele olha para o relógio como se precisasse estar em
algum lugar.
—Sim. — Ele bate as mãos nas coxas vestidas com jeans antes de se
levantar de sua cadeira. Ele faz o seu caminho até a porta do meu escritório
e para, voltando para me encarar. —Parabéns, Titan. Você merece obter o
que sempre quis.
Passo a mão pelo meu cabelo nervosamente. —Ela ainda não disse sim.
Sinto meu telefone vibrar no bolso e o pego para ver que tenho uma foto
de Emilee. Abro. É ela e o Titan no telhado do Kingdom, algumas noites
atrás. Ele a está segurando, com as mãos nos quadris. Sua cabeça se
abaixou, beijando. Fogos de artifício estão explodindo ao fundo,
iluminando o horizonte de Las Vegas. Com a legenda que diz, eu disse que
sim.
Sorrio e digito: Parabéns. Não poderia estar mais feliz por meu melhor
amigo e pelo amor de sua vida. Nunca poderia amar Emilee como ela
merecia. Ou qualquer mulher para esse assunto. O Kingdom sempre virá
em primeiro lugar, e sei que não é assim que o amor deve ser. Aceitei isso.
É por isso que voei meio mundo. Digo a mim mesmo que isso é sobre o
Kingdom. Mas também é sobre a mulher naquela foto.
Ele se afasta o melhor que pode, o que não é longe. Coloco meu celular
no bolso e pego a faca que está na mesa ao lado dele. Está manchada com
seu sangue. Estamos aqui há mais de oito horas.
Uma vez disse a Titan que se eu encontrasse esse filho da puta, o faria
pagar em quilos de carne. E sou um homem de palavra.
Conteúdo de Bônus
—Mas…
Não comento. Esta não é a primeira vez que sou chamado aqui para
resgatar alguém, e não será a última. Em vez disso, pergunto: —Como está
a Sra. Bray?
Ele grunhe, me deixando saber que ele não superou o fato de que
quando ele voltou para casa mais cedo de um turno, duas semanas atrás,
ele encontrou sua esposa de joelhos com as mãos amarradas nas costas com
uma de suas gravatas caras enquanto sua boca estava cheia do pau de seu
irmão. Alguns caras aceitariam isso. A única coisa que David fez foi colocar
seu irmão para fora da fodida porta e receber uma acusação de agressão
após amassar seu rosto.
—O de costume, senhor.
A coisa é? Possuo este clube. Bem, metade disso. Um amigo veio até
mim anos atrás e perguntou se queria ser um parceiro silencioso. Aceitei a
oferta. Mas ninguém sabe do meu envolvimento. Nem mesmo meu irmão.
Viro para a direita e subo cinco degraus até a plataforma onde fica o
bar. —Ei, Bones, — Val grita de trás do bar. Ela está com o cabelo loiro
descolorido preso em um rabo de cavalo alto, os olhos delineados com
muito preto e os lábios vermelho-sangue.
Meu irmão está sentado em uma cadeira de couro preto. Uma mulher
vestindo apenas um fio-dental branco está montada em suas pernas, de
costas para mim enquanto o encara. Seu sutiã e saia combinando estão no
chão perto do palco privado no canto. ‘Pour It Up,’ de Rihanna, toca nos
alto-falantes enquanto ela o mói. Ela está curvada, o rosto na curva do
pescoço dele. Sua mão direita agarra sua bunda nua enquanto a esquerda
repousa na poltrona segurando um copo quase vazio do que conheço ser
sua bebida favorita, rum com Coca.
—Ei, — ela fala e se vira para me encarar. Ela me olha de cima a baixo e
depois sorri. —Não sabia que seu amigo iria se juntar a nós.
Seus olhos injetados de sangue correm sobre ela antes que ele beba o
que sobrou de sua bebida. Meu irmão tem um problema. Ninguém nunca
fala sobre isso, mas isso não significa que não esteja lá.
Fomos ensinados desde muito jovens a desligar qualquer coisa que você
sinta. Ele nunca poderia entender esse conceito, no entanto. Ele sente tudo
fodido. Demais. Cada emoção. Cada pensamento. Então, ele o enterra nas
drogas, afoga no álcool ou sufoca com sexo. Mesmo agora que ele está
bêbado como um gambá. Olho para a pequena mesa redonda ao lado de
sua cadeira, e ela tem um frasco de comprimidos e restos de alguma merda
branca que sei que é cocaína. Não tenho certeza se era dele ou da stripper.
Ele ri, afundando ainda mais na cadeira. Sua mão desce sobre sua
camiseta e agarra seu maldito pau duro em sua calça jeans —Se você não
quiser entrar, então puxe uma cadeira. Você pode assistir.
Ele puxa o celular do bolso de trás. —Vou ser fodido. — Ele desbloqueia
o telefone.
—Este pau duro não vai se chupar. E você interrompeu meu plano esta
noite. Estou enviando uma mensagem para Lucy.
Ele bufa. —Não amo Lucy. É apenas sexo. — Ele começa a digitar, mas
seu telefone começa a tocar. Vejo o nome de Cross piscar em sua tela antes
de atender. —Alô?
Franzo a testa para isso. O que ela quer dizer com estou com fome? O
que diabos ela está fazendo? São três da manhã.
Em seguida, apita novamente e tenho uma foto. Olho para cima para ter
certeza de que o sinal ainda está vermelho e, em seguida, abro. É uma foto
dela. Ela está deitada de costas, deitada em sua cama. Nua. Você pode ver
os montes de seus seios. A depressão no estômago e o contorno dos ossos
do quadril. Suas fodidas pernas cremosas estão bem abertas, e a cabeça do
meu melhor amigo está entre elas, fodendo sua boceta. Você pode ver sua
língua de fora lambendo avidamente, mas seus olhos azuis estão abertos e
olhando diretamente para a câmera. A mão livre dela está em seu cabelo.
Seu anel de noivado de um milhão de dólares brilhando como uma estrela
do caralho no meio da noite. Seus dedos cavando em sua carne, e
praticamente posso ouvi-la gemendo enquanto ele lambe sua doce e fodida
boceta.
Pego o telefone de suas mãos e olho para baixo para ver que ele já
enviou uma mensagem para sua foda noturna.
Em seguida, desligo o telefone antes de jogar no colo dele, para que ela
não possa ligar.
Quando olho para cima, a luz fica verde. Dou meia-volta e sigo para a
casa de Titan.