You Only Die Twice - Vivian Murdoch
You Only Die Twice - Vivian Murdoch
You Only Die Twice - Vivian Murdoch
Katrina
Jackson
— Nada ainda, seu pridurok3. É por isso que eu parei você. Leve-a
para a enfermaria. Eles vã o prepará -la para sua pró xima aula de
alimentaçã o.
CAPÍTULO TRÊS
Katrina
Luka
Katrina
Jackson
Eu vejo a mudança nela, sinto na carícia de sua respiraçã o contra
minha bochecha. Seu cheiro passou daquela mistura doce e melíflua de
medo tingido com necessidade apenas para se tornar um fedor acre. Eu
quero confortá -la, dizer a ela que tudo ficará bem, mas conforme cada
chicotada abre mais pele, o cheiro de seu sangue é muito forte para
prometer qualquer coisa a ela.
No momento em que Luka permitir, vou festejar com ela. Seus
gritos estridentes enquanto seu corpo se sintoniza de volta à dor que
ecoa em minha cabeça. Eu sei que ele está fodendo com ela, fazendo-a
pensar que está dormindo, mas em algum lugar lá no fundo, ela sabe.
Ela nã o sabe que nada disso está certo, que Deus me ajude, mas nã o
posso confortá -la. Nã o agora.
Esse nã o é o meu trabalho. Meu trabalho é garantir que ela possa
aguentar até que Luka termine com ela, entã o eu posso reconstruí-la,
segurá -la até o amanhecer. Eu ainda nã o entendo completamente por
que ele insiste em que ela seja trancada, mas olhando para ela agora,
lentamente vejo seu jogo final.
Se a deixarmos louca por falta de sensaçã o, falta de conversa,
eventualmente ela ficará tã o quebrada que nunca mais vai querer ir
embora. Ela vai desejar esse pesadelo acordado até se forçar a dormir
só para estar conosco. Entã o, só entã o, ela estará quebrada o suficiente
para ser nossa para sempre.
Contanto que ele me deixe cuidar dela, entã o ele pode foder com a
mente dela o quanto quiser. Vou me beneficiar da loucura dela também.
Quanto mais cedo a quebrarmos, mais cedo ela será nossa
completamente. Insatisfeito com o sal de suas lá grimas, eu afundo no
chã o, inclinando minha cabeça entre suas coxas.
Até que Luka se satisfaça, nã o tenho permissã o para transar com
ela, como ela vive nas boas graças dele, sou obrigado a obedecer. Eu
odeio isso. Eu odeio tudo sobre isso. Ele encontrou minha ú nica
fraqueza e continua a explorá -la.
Apenas uma? Vamos lá. Você teve outras fraquezas, tenho
certeza.
Meu cérebro recua de sua voz enquanto ela rasga em mim,
deixando-me uma massa sem fô lego de fome e necessidade. Nã o é
apenas a minha fome. Estou fundido com o pró prio monstro, sentindo o
que ele sente, saboreando o que ele saboreia. Seu medo é diferente para
ele do que é para mim.
Ela é mais como chocolate fino para ele, embora ele nã o fosse
capaz de expressar isso dessa maneira. Ele tem idade suficiente para
que a maioria dos alimentos tenha gosto de cinza em sua boca. Para
mim, porém, ainda tenho a memó ria da comida. Eu posso traduzir as
sensaçõ es que ele está me alimentando em algo que eu possa digerir.
Gemendo, eu mergulho meus dedos na boceta de Katrina,
maravilhado com o aperto vibrante. Sua cabeça cai para frente
enquanto ela olha para mim, seu medo se transformando em luxú ria.
Enquanto eu puder dar prazer a ela, ela pode resistir a Luka. Estou
certo disso.
Eu enrolo meus dedos apenas um toque, atingindo aquele ponto
que eu sei que a faz se contorcer. Ofegando, suas paredes se fecham, me
segurando como refém dentro dela. Outro estalo corta o ar, muito mais
alto do que antes.
Em vez de um grito de terror ou dor, Katrina grita de prazer, seu
corpo tem espasmos ao meu redor. Maravilhado com a mudança,
quebro o contato visual e olho ao redor da cruz para olhar para Luka.
Seus lá bios se torcem em um sorriso presunçoso de conhecimento. Ele
sabia que ela reagiria assim, que acabaria por se excitar com a dor.
Olhando de volta em seus olhos vidrados, eu sorrio, o monstro se
contorcendo na minha cabeça até que estou quase dominado pela
sensaçã o. Eu encosto meus lá bios em seu clitó ris, gemendo enquanto
ela se mexe, cavalgando meu rosto com um abandono que rivaliza até
mesmo naquele momento no navio.
Continuo chupando, lambendo, provocando. Eu extraio seus
gemidos e grunhidos, selando-os dentro da minha cabeça para repetir
mais e mais sempre que Luka estiver ocupado demais para perceber.
Logo, os gemidos diminuem, novamente eu olho para cima, a parte
humana de mim precisando saber que ela ainda está viva.
Seus olhos estã o nublados e suaves, um sorriso provocando seus
lá bios. Conheço esse olhar em qualquer lugar. Nossa pequena humana
está flutuando no subespaço. É só entã o que Luka abaixa o maldito
chicote e caminha até nó s. Ele a solta e a levo até a cama.
Katrina está fraca, seus passos vacilam. Entrando em açã o, eu a
pego em meus braços, ignorando a sirene do sangue escorrendo de
suas costas o melhor que posso. Enquanto a levo para a cama, Luka
desabotoa a calça e passa o cinto pelas presilhas.
— Você se lembra do nosso acordo, nã o é?
Eu cerro os dentes, forçando meu olhar a ficar em Katrina. Agora,
ela é minha tá bua de salvaçã o, a ú nica coisa que me prende à
humanidade. — Sim.
— E você ainda deseja foder nossa pequena humana?
— Sim.
— Isso foi o que eu pensei. Quando você estiver pronto.
Deitado na cama, puxo o corpo flá cido de Katrina para cima do
meu. Seus suaves suspiros e arquejos enquanto suas costas se estica e
puxa, abrindo e reabrindo as feridas indo direto para o meu pau.
Finalmente, terei o paraíso que desejei.
Os joelhos de Katrina sobem ao redor de meus quadris, como se
ela soubesse o que se espera dela sem que eu sequer perguntasse.
Quando a coloco em posiçã o, Luka desliza para cima entre minhas
coxas, suas mã os amassando a carne enquanto manobro minha humana
sobre mim. Eu nã o dou a mínima para o que ele diz. Katrina sempre
será minha.
Posso ter que dividi-la com o pró prio diabo, mas ela sempre me
pertencerá . Luka agarra meu pau, eu forço o gemido a ficar na minha
garganta. Por mais que eu despreze o homem, nã o posso negar como é
bom quando ele me toca. Sem dú vida parte da mesma razã o pela qual
ouço a voz dele na minha cabeça.
Conhecendo-o, ele está me forçando a apreciá -lo. Mais uma
humilhaçã o para adicionar à contagem diante de mim. O calor da
boceta de Katrina enquanto Luka arrasta minha cabeça por seus lá bios
encharcados faz tudo valer a pena. Se eu tiver que passar pelo inferno
para experimentar o paraíso dela, que assim seja.
Eu agarro seus quadris, afundando-a em meu pau. Gemendo, eu
levanto um pouco para arrastar seu mamilo em minha boca. A
dualidade do mamilo duro envolto por uma pele tã o macia me
surpreende. Até a imortalidade, nunca pude apreciar totalmente a
sensaçã o, o cheiro e a textura do corpo humano.
Agora, posso me deleitar com isso. Gemendo, chupo mais fundo,
raspando sua pele delicada com minhas presas. As vibraçõ es percorrem
meu corpo, eu empurro para cima, socando-a no meu pau. Seu grito de
prazer surpreso faz meu pau pulsar, eu nã o quero nada mais do que
apenas devastar seu corpo, mas Luka está diante de mim, esperando até
que Katrina esteja totalmente sentada para fazer o que lhe é devido.
Segurando-a perto, forço meu corpo a relaxar, a me concentrar
nela enquanto a ponta de seu pau cutuca minha entrada. A experiência
me mantém imó vel. Eu sei que se eu lutar com ele, ele só vai piorar as
coisas. Se eu puder relaxar, permitindo que ele entre, ele pode
realmente tornar isso um tanto prazeroso para mim.
E isso aí é o jogo final dele. Fazer com que eu me rebaixe para
poupar o desconforto do meu corpo físico enquanto ele rasga minha
mente e vontade, deixando-me uma casca do homem que já fui. Se nã o
fosse pelo Katrina esfregando contra mim enquanto ele se forçava a
passar por aquele anel apertado, eu nã o acho que poderia ficar parado.
Simplesmente nã o é da minha natureza me submeter, mas por ela,
eu o farei. Moverei céus e terra se isso a mantiver segura. Centímetro
por centímetro, eu o sinto me preenchendo, deslizando para frente, me
esticando, me quebrando, até que os pelos crespos raspam contra
minha bunda. Estou tã o cheio, tã o incrivelmente apertado. O pau grosso
de Luka ameaça me dividir em dois, ainda assim, mantenho meu
controle sobre Katrina o mais leve possível.
Ela nã o tem culpa dessa situaçã o. Tudo isso é minha culpa, terei
que passar a eternidade com esse fato. Se ao menos eu fosse mais
cuidadoso. Se ao menos eu a mantivesse mais perto. Se ao menos… Meu
mundo parece girar e parar nessa ú nica frase. Se ao menos.
Se ao menos eu nã o tivesse encontrado a Gloria, ou melhor, a falta
da Gló ria. Se ao menos eu nã o tivesse ficado obcecado por Luka a ponto
de fazer todo o resto sofrer como resultado. Se ao menos eu nã o tivesse
vindo nessa porra de cruzeiro. Fazendo uma pausa, eu olho para a
expressã o extasiada de Katrina, e um sorriso suave aparece em meus
lá bios.
Se nã o tivesse, nunca teria conhecido minha humana, a outra
metade da minha alma. Bem, acho que ela é minha alma agora. A minha
se foi para sempre, amarrada ao monstro que é Luka. Ele grunhe
enquanto se enfia completamente, entã o se inclina para frente,
deslizando sua língua ao longo de uma de suas feridas abertas,
lambendo o sangue que brota.
Meu gemido combina com o dele enquanto ele abre sua mente,
compartilhando comigo as sensaçõ es, os gostos, tudo. A maneira como
minha bunda sufoca seu pau enquanto ele desliza para fora e para
dentro novamente em estocadas propositais. É muito mais eró tico do
que eu jamais imaginei. Meus sentidos estã o em chamas, enquanto as
sensaçõ es deslizam pelas minhas sinapses, ameaçando me dominar.
Agarrando os quadris de Katrina, eu a mantenho imó vel enquanto
empurro dentro dela e monto Luka ao mesmo tempo. É uma sensaçã o
estranha. Nã o há palavras para descrever a sensaçã o visceral de sua
boceta apertando em volta do meu pau enquanto eu forço meu caminho
para dentro, junto com o sentimento grosso e cheio quando Luka me
deixa usar seu pau como meu vibrador pessoal.
Nó s três gememos quase em uníssono enquanto buscamos nosso
prazer. Katrina cai contra mim, permitindo-me assumir totalmente o
controle. Correndo meu nariz ao longo de seu pescoço, faço uma pausa,
olhando para Luka. Ele acena com a cabeça e agarra a cabeça dela,
segurando-a no lugar enquanto eu corro minhas presas contra a pele
delicada.
Minhas bolas doem enquanto eu entro e saio dela, desesperado
para encontrar minha liberaçã o. Com um silvo, eu afundo minhas
presas em seu pescoço, recompensado com o gosto mais divino
enquanto seu sangue derrama sobre minha língua e desce pela minha
garganta. Seu pulso vibra enquanto sua boceta tem espasmos ao meu
redor, seu orgasmo desencadeado pela minha mordida.
Sorrindo contra seu pescoço, eu a chupo profundamente para
mim, deixando seu gosto me preencher como nenhum outro. No
momento em que o sangue dela entra em minhas veias, me sinto novo
de volta, quase humano. Eu a seguro perto, gemendo quando a
eletricidade desce pela minha espinha. Meu pau estremece dentro dela
enquanto meu pró prio orgasmo começa a se aproximar.
Eu me afasto e lambo as marcas em seu pescoço, parando para
morder meu polegar e misturar meu sangue na ferida. Sua pele se
contrai diante dos meus olhos, nã o deixando vestígios de que a mordi.
Gemendo, sinto as mã os de Luka deslizarem entre nó s enquanto ele a
segura, assumindo o controle. Enquanto ele empurra para dentro de
mim, ele levanta e abaixa Katrina, efetivamente me fodendo de duas
maneiras.
É uma sobrecarga de sensaçõ es. Depois de mais alguns golpes, ele
coloca Katrina de volta em cima de mim e estende a mã o para agarrar
minhas bolas. O orgasmo iminente bate em mim, deixando-me sem
fô lego. Já tive bons orgasmos antes, mas nada que se igualasse à
intensidade ou velocidade deste.
Minhas coxas tremem quando eu atiro minha porra dentro dela.
Eu me deleito com os arrepios que ondulam em seu corpo enquanto
minha porra fresca invade o calor de sua boceta. Acho que nunca vou
me cansar disso. Eu sei que ela logo será transformada e tã o fria quanto
eu, mas até entã o, mal posso esperar para fazê-la se contorcer de novo e
de novo.
Luka agarra minhas coxas, desta vez procurando sua pró pria
liberaçã o. Ele dá voltas nas costas de Katrina no mesmo ritmo de seu
impulso, empurrando meu corpo cada vez que ele soca em mim. Logo,
meu pau começa a se contorcer novamente dentro dela, eu gemo. Um
dia, vou admitir que gosto dessa tríade sombria, decadente e imunda
que temos, mas nã o agora. Eu nã o posso permitir que minha mente
deslize ainda.
Estou segurando o fio da minha humanidade. Admitir que gosto
disso dará ao monstro apenas mais um ponto de apoio. É mais um
passo para nã o me importar em como consigo meu prazer, se isso me
consome. Os gemidos de Luka enchem meus ouvidos enquanto ele
enche minha bunda com sua pró pria porra.
Mais uma vez, eu me contorço enquanto o prazer percorre meu
corpo. É realmente tã o errado simplesmente ceder? Eu seguro Katrina
perto enquanto Luka sai, o sorriso conhecedor nunca deixando seus
lá bios.
— Ela é sua para cuidar. A menos que você a queira inú til nos
pró ximos dias, sem mais sangue esta noite. — Ele pega a calça e sai sem
se importar com sua nudez ou com o resíduo de porra espirrando no
chã o. E por que ele iria?
Quem ousaria dizer algo a ele sobre isso? Eu seguro Katrina perto,
ouvindo seu coraçã o. Isso me acalma, acalma a besta que ameaça se
libertar e matar o homem que nos fez escravos de sua misericó rdia. Ela
geme contra mim, seu corpo se enterrando na segurança dos meus
braços.
Mesmo em seu sono, ela sabe que sou eu quem vai remendá -la.
Nem uma vez ela procurou Luka para nada além de necessidades
carnais, e tudo bem. Nã o me importo de ser o demô nio de armadura
brilhante dela. Puxo o cobertor entre nó s, permitindo que ele retenha
um pouco do calor que emana de seu corpo.
Seria tã o fá cil apenas me aconchegar com ela e ouvi-la respirar até
o amanhecer, mas precisarei cuidar de seus ferimentos antes de deixá -
la dormir em meus braços. Virando seu rosto para baixo, eu ignoro o
gemido de protesto de seus lá bios carnudos. É para o bem dela, nunca
vou deixá -la atrapalhar isso.
As feridas ainda estã o vazando, mas sã o pelo menos lentas. Eu
resisto à vontade de dar uma volta nelas, atendendo ao aviso de Luka.
Nã o quero que nada me comprometa a vê-la, mesmo que seja por uma
noite de cada vez. Ela é o ar em meus pulmõ es, a luz para minha
escuridã o. O que vai acontecer quando ele fizer dela uma de nó s?
Quando ele apagar essa luz?
Uma batalha se trava com esse mesmo pensamento. Parte do que
a torna tã o atraente é sua humanidade. É saber que a vida dela está em
nossas mã os. Tirar isso, torná -la imortal como nó s, tiraria o perigo. Nã o
haveria alegria em levá -la ao limite porque, como vampira, nã o seria tã o
terrível, tã o aterrorizante.
As feridas sã o muito maiores do que as que fiz no pescoço dela.
Correndo minha presa ao longo da ponta de um dedo, eu deslizo,
ignorando o grito de protesto. Deve estar causando uma dor
excruciante para ela gritar assim, mas nã o consigo parar. Nã o importa o
quanto ela chore, eu preciso curá -la.
Eu preciso ser aquele que cuida da segurança dela. Falhei com ela
antes. Eu nunca vou falhar com ela novamente. Uma vez que cada linha
é curada até que nã o haja nenhum traço de sequer um arranhã o, eu a
puxo em meus braços, cobertor dobrado em torno dela em um casulo
macio. Se meus cá lculos estiverem corretos, tenho algumas horas antes
de colocá -la em seu quarto durante o dia.
Embora eu queira mantê-la aqui conosco, nesta sala de jogos feita
especialmente para ela, tenho que devolvê-la. É tudo uma questã o de
jogos mentais para Luka. Para mim, eu só a quero em meus braços
enquanto eu puder tê-la, mas sei que nã o posso contrariá -lo. Com ela
ainda humana, tenho que seguir os jogos dele. Enquanto isso, vou
aproveitar esse tempo com ela, essas poucas e preciosas horas.
Serã o algumas horas para recuperar a sanidade que perdi
lentamente. Algumas horas para se sentir humano. Porra. Algumas
horas para apenas sentir. Katrina suspira contra mim, e o pouco
coraçã o que me resta grita por ela, desesperado para transmitir o
quanto ela significa para mim, mas sabe que nunca terá a chance. Luka
simplesmente pegaria essa fraqueza e a usaria contra mim.
Assim como ele usou Gloria.
CAPÍTULO SEIS
Katrina
Uma luz forte entra pela janela, quase me cegando quando abro os
olhos. Certamente a noite passada nã o foi apenas um sonho. Deitada na
cama, deixo minha mente voltar, desesperada para me apegar aos
detalhes. Tudo parecia tã o real. O latejar entre minhas coxas com
certeza parece real o suficiente.
Saindo da cama, examino cada mú sculo, notando qualquer dor.
Nã o há nenhuma. Eu me sinto ainda melhor agora do que quando fui
dormir. Mas isso nã o deveria ser possível. Nã o em uma cama que nem é
minha. Gemendo, eu esfrego minha mã o sobre meu rosto e deslizo
minhas pernas para fora, deixando meus pés balançarem sobre a borda.
As fibras do carpete fazem có cegas em minhas solas enquanto as
balanço para frente e para trá s. Há algo que estou perdendo. Algo que
nã o consigo identificar. Eu gostaria de poder entender o que meu
cérebro está tentando me dizer, mas parece que as respostas estã o
embrulhadas em algodã o e empurradas para os recessos mais distantes
do meu cérebro.
Quanto mais eu luto para chegar a esse entendimento, mais
distante ele parece. Olhando para a mesa de cabeceira, noto um copo e
dois comprimidos. Ao lado deles há uma nota com um toque irregular
de rabiscos. Só de olhar para a caligrafia sinto um arrepio na espinha.
Quã o estú pido é isso? É apenas uma nota. Sem dú vida do médico
a bordo. As palavras “tome dois comprimidos e me ligue de manhã”
trazem um sorriso aos meus lá bios. Ele obviamente tem senso de
humor. Isso é uma vantagem, pelo menos. Apertando os olhos, olho
para as cortinas abertas. Eu sei com certeza que as fechei ontem. Eu nã o
fiz?
Eu penso no passado, repassando os eventos de ontem em minha
mente, com certeza, tenho uma forte lembrança de fechá -las. Pode ser
que quem me entregou o remédio decidiu que eu precisava de um
pouco de luz solar. Estou pá lida o suficiente para entender a
preocupaçã o deles, mas ver toda aquela extensã o de á gua faz o oposto
de me acalmar.
Balançando a cabeça, eu faço meu caminho e as fecho novamente,
levando o quarto de incrivelmente brilhante a suportável. Se isso
significa que preciso tomar vitamina D extra, que assim seja. Prefiro
fazer isso a sofrer a ansiedade que o oceano traz. Arrastando-me para o
banheiro, acendo as luzes e espero que as luzes parem de dançar antes
de me olhar no espelho.
Além de estar ainda mais pá lida do que ontem, nada parece muito
diferente. Nã o há marcas na minha pele que eu possa ver. Virando-me,
eu arqueio meu pescoço e olho para minhas costas. Se eu realmente fui
açoitada até quase morrer, deve haver alguma evidência. Certo? Mas
nã o há nada. Nem mesmo um arranhã o. Nem mesmo uma sombra de
marca. Na verdade, minha pele parece muito melhor do que nunca.
Talvez sejam todas essas infusõ es. Porra, onde elas estavam
durante a puberdade? Está tudo na minha cabeça. Isso é o que tudo está
me dizendo. Estes sã o sonhos e nada mais. Até eu começar a ver Luka
ou Jackson no meu quarto, vou colocar a culpa de tudo em uma
imaginaçã o excitada e nã o em delírio.
Além disso, minha pele nã o está mais fria do que normalmente,
nã o estou me sentindo enjoada... apenas entediada. Eu nã o queria
depender da TV para me divertir, mas é assim que está começando a
parecer. Voltando para o quarto, arrasto um lençol para fora da cama,
notando a textura macia - muito mais macia do que eu me lembrava - e
o enrolo em volta de mim.
Eu olho para a porta, ignorando o estremecimento que passa por
mim. Nã o estou nem perto dela e já quero começar a suar frio. O que
diabos está errado comigo? Balançando minha cabeça em
determinaçã o, eu caminho até a porta, meus passos decididos, no
entanto, quanto mais perto chego, começo a vacilar.
Embora eu dê um passo a mais do que ontem, meu corpo treme
quando eu forço minha mã o. Eu só quero tocar na maçaneta. É isso. Mas
eu nã o posso nem fazer isso. Meu braço cai mole, inú til ao meu lado
enquanto meu corpo estremece no lugar. Nã o consigo parar de tremer,
nã o importa o quanto eu tente.
Me afastando, eu ando para trá s em passos trêmulos, minha
respiraçã o voltando ao normal com cada movimento de recuo que faço.
Logo as cortinas roçam minhas costas e sei que nã o tenho para onde ir.
Há apenas o lado de fora, diabos se eu vou sair para aquela varanda
onde posso ser jogada ao mar.
Sei que é irracional, mas pelo menos sei que sou eu. Isso nã o é o
delírio falando. Esta é apenas a minha autopreservaçã o entrando em
açã o e nã o me deixando morrer neste navio estú pido. Já é ruim eu estar
presa aqui em quarentena, nã o vou piorar as coisas fazendo algo
estú pido propositalmente. Além disso, deve estar congelando lá fora.
Nenhuma das minhas roupas será quente o suficiente.
Rastejando de volta para a cama, puxo meus joelhos até o peito e
balanço para frente e para trá s. Um pavor sem nome bate em meu
cérebro, exigindo que eu saiba algo, entenda algo... mas nã o consigo
entender. Mais uma vez, olho para as pílulas. Talvez seja disso que eu
preciso. Algo para me ajudar a lutar contra esta doença. Sã o
comprimidos indefinidos, simples e brancos. Eles nã o deveriam ter
algum tipo de marcaçã o neles? Mas entã o, eu nã o sou uma médica. Nã o
posso presumir saber o que devo ou nã o tomar.
Felizmente, estes sã o mais reforços imunoló gicos, algo para me
ajudar a ficar bem - vitaminas. As vitaminas geralmente nã o têm
marcas. Forçando meu cérebro a seguir a resposta mais ló gica, pego as
pílulas e coloco na boca antes de tomar um grande gole de á gua.
Naquele momento, meu estô mago gorgoleja alto o suficiente para que
Lizzy provavelmente possa ouvi-lo. Isto é, se ela estivesse no quarto ao
lado.
Meu estô mago dá voltas quando olho para a maçaneta que nos
separa. Eu poderia tentar a pulseira novamente. Talvez eu nã o tenha
colocado no lugar certo ou nã o tenha o sensor certo. É para nos deixar
entrar em qualquer lugar, por que nã o no quarto dela? Vasculhando a
gaveta, localizo-a de lado e agarro-a. Logicamente, sei que ninguém
pode me ver, mas, por precauçã o, seguro-a na palma da mã o, cobrindo-
a com o telefone antes de trazê-la para fora.
Isso é loucura. Eu sei que é uma loucura. Está além do irracional,
no entanto, quanto mais penso nisso, mais tudo faz sentido... de uma
forma complicada, só parece racional quando nã o penso muito sobre
isso. Com a pulseira na mã o, vou até a porta e a seguro contra a
maçaneta.
Nada.
Eu tento em outro lugar, e o resultado ainda é o mesmo. Lá grimas
escorrem pelo meu rosto enquanto tento, repetidamente, saber que o
que estou fazendo é a pró pria definiçã o de insanidade. No entanto,
continuo esperando que talvez eu nã o esteja colocando no lugar certo.
Um soluço brota da minha garganta quando largo a pulseira e bato os
dois punhos contra a porta.
— Lizzy! — Eu grito, esmurrando a madeira, sem me importar
nem um pouco que dó i. E daí se eu tiver hematomas mais tarde? Pelo
menos estou fazendo alguma coisa. Estou tentando de tudo para fazer
contato com outro ser humano. Caindo no chã o, eu seguro a pulseira no
meu peito e balanço para frente e para trá s.
Jackson
Luka
Katrina
Fosfenos8.
Lembro-me de ter lido isso uma vez, por algum motivo, ficou
comigo. Fosfenos. Deixei a palavra rolar em meu cérebro enquanto as
cores brilhavam atrá s de minhas pá lpebras. É algo real, tangível. Eu vejo
isso tã o claramente quanto vi as sombras esvoaçando sobre as cortinas
antes de abri-las.
Talvez nã o seja real entã o.
Talvez nada disso seja.
Com os olhos ainda fechados, eu caio no chã o e coloco os joelhos
no peito. Estou presa entre um mundo onde sonhos e pesadelos
ocupam o mesmo espaço. Estou andando em meio a uma névoa,
incapaz de determinar o que é real e o que nã o é. Eu costumava pensar
que nada seria uma façanha incrível de se alcançar. Sem preocupaçõ es,
sem cuidados, sem nada. Agora que existo neste mundo de nada, nã o
consigo mais lidar com isso.
Eu preciso de toque. Preciso de vozes, mesmo que estejam
sussurrando para que eu faça todas as coisas erradas. De alguma forma,
eu sei que vai parecer tudo tã o certo. Tirando minhas mã os do meu
rosto, eu olho de volta para Luka, meio esperando que ele tenha ido
embora, assim como todos os outros fantasmas em minha mente.
Mas ele está lá . Ele ainda está lá . Olhando para mim com um
estranho tipo de fascínio - como um cientista olhando para um inseto
sob um microscó pio. Eu já vi esse olhar antes. Foi o mesmo que Chet me
deu quando pedi para ele me bater, só que nã o há recriminaçã o nos
olhos de Luka, apenas curiosidade.
Estendo a mã o, meio que esperando que minha mã o atravesse a
miragem que conjurei, mas isso nã o acontece. Ele é só lido. Real. Ou tã o
real quanto meu cérebro confuso pode conceber. Ainda nã o há provas
de que isso nã o seja um sonho. Embora, sonho ou nã o, vou aproveitar
cada pedacinho enquanto durar.
Levantando-me do chã o, eu me lanço para Luka, quase rindo com
o olhar de choque que desliza em seu rosto por um breve segundo
antes de ele me pegar. Isso, mais do que qualquer outra coisa, me diz
que é apenas um sonho. Nã o há como Luka se surpreender. Ele parece
saber tudo a qualquer momento.
Assim que estou em seus braços, ele nã o perde tempo me levando
para a cama e me deitando. Sua respiraçã o fria roça minha pele
enquanto seus lá bios pairam sobre meu pescoço por apenas um
momento. Posso sentir sua hesitaçã o, embora nã o entenda por quê. É
um sonho. Podemos fazer o que quisermos.
Uma risada histérica borbulha em meu peito enquanto eu o
empurro, determinada a exercer minha pró pria vontade. De que
adianta sonhar se eu nã o forçar os limites? Ele é como uma está tua de
pedra, imó vel enquanto eu empurro para cima, tentando empurrá -lo
para que eu possa montá -lo.
Ele é uma força implacável me pressionando, quase me sufocando.
Cada respiraçã o é preenchida com seu perfume. É frio, assim como ele,
pois queima meus pulmõ es. Se eu fechar meus olhos, quase posso
imaginar estar lá fora na neve em vez de neste navio infernal.
Minhas pá lpebras tremulam quando algo frio e ú mido apimenta
minha pele. Neve! Eu fico olhando maravilhada enquanto flocos gordos
caem sobre mim, obscurecendo minha visã o. Como isso é possível?
Pisco de novo e balanço a cabeça. A neve se foi e em seu lugar está a
estú pida cabine do navio e o olhar fixo de Luka.
Ele está nu de alguma forma, um fato que nã o está totalmente
perdido em mim. Onde antes ele usava uma camisa de botã o e calça
elegante, agora ele é uma está tua sensual. Cada mú sculo ondula
enquanto ele se move. Eu deslizo meus dedos em sua pele, procurando
por algo dele, qualquer coisa.
Tremendo, eu me encolho nele, buscando calor, alguma coisa, mas
nã o há nada lá . Apenas carne fria e insensível. — Por favor. — As
palavras saem da minha boca antes mesmo que eu possa pensar. Nã o
sei o que quero ou mesmo o que procuro. O que eu preciso é
inexplicável e certamente nada que Luka possa entregar.
Quero promessas sombrias embrulhadas em um laço suave.
Quero o perigo beliscando meu pescoço com uma rede de segurança
debaixo de mim. Eu quero viver, mas também ser tã o consumida que
parece que estou morrendo. Eu abro minha boca para dizer a ele tudo
isso quando ele desliza seus lá bios nos meus.
Uma mordida afiada aqui, uma lambida ali. Dor seguida de
calmante. É como se ele soubesse o que eu preciso sem que eu
implorasse. Ele estica um dos meus braços e o segura na cama antes de
pegar o outro. Estou estendida diante dele, um sacrifício para ele
devorar.
Enquanto ele se afasta, percebo apenas um indício de caninos
afiados, mas é tã o rá pido, tã o fugaz que tenho certeza de que apenas
imaginei. Mesmo quando tentei interpretar com Chet, os vampiros
nunca apareceram. Nunca fui arrebatada por essa mania, mas aqui
estou, imaginando-os em todos os lugares. Um ou dois livros populares
depois, e sou uma viciada em vampiros.
Com um puxã o de seus pulsos, ele rasga minha camisa, revelando
a falta de um sutiã por baixo. Desde que meus dias começaram a borrar,
nã o coloquei mais calcinha. Qual era o ponto? Seus lá bios deslizam pelo
meu esterno, ignorando os picos doloridos que estã o desesperados por
seu toque.
Seus dedos encontram o có s da minha calça e a puxam para baixo,
seus lá bios seguindo em uma trilha ardente. Mais para baixo, ele vai até
que sua boca roça a pele macia e delicada dos meus lá bios inferiores.
Estremeço quando ele passa os polegares por eles, abrindo-me em uma
dança lenta e agonizante. Meu clitó ris dó i enquanto ele toma seu
tempo, me abrindo para ele, me estudando de uma forma que nenhum
homem jamais fez.
É como se ele estivesse me vendo. Nã o apenas meu corpo. Eu.
Minha pulsaçã o é alta em meus ouvidos enquanto sua respiraçã o sopra
através de mim. Eu quero tã o desesperadamente me arquear, forçar sua
boca no meu monte, mas eu resisto. Nã o quero quebrar este momento
entre nó s. Algo está acontecendo aqui, algo profundo e visceral. Em vez
de me tomar com uma necessidade implacável como de costume, ele é
lento, terno até.
Como um sonho.
Suspirando, deito-me, deleitando-me com os lá bios de Luka em
mim. Ele é tã o gentil, tã o diferente do que estou acostumada. Parte de
mim sabe que algo mais está por vir, tem que acontecer, mas eu
realmente nã o me importo. Depois de incontáveis horas e dias sem
nada, eu o aceitarei como puder. Se ele está sendo doce, ó timo. Se isso
se transformar em pesadelo e me devastar, arrancando a carne do meu
osso, nã o me importo mais. Eu só preciso acabar com esse tormento
monó tono que apodrece meu cérebro.
Sua língua serpenteia para fora, deslizando entre meus lá bios
internos e externos, me provando, fazendo uma refeiçã o com meu
corpo. Lento. Metó dico. Desliza para cima, faz uma pausa, gira em volta
do meu clitó ris e desliza para baixo. Ele mantém esse padrã o,
embalando meu corpo para que confie nele, meus quadris balançando
suavemente enquanto ele recompensa minha paciência com sua língua
mais uma vez em meu clitó ris.
Meu corpo está pesado, lâ nguido. Mesmo quando meus olhos se
fecham, eu sei que nã o é um sono de verdade. É onde eu já moro. É
onde eu existo. Lá grimas queimam meus olhos enquanto ele me leva ao
auge do orgasmo apenas para que ele se esgote. Seu tormento é o mais
delicioso e nã o porque me faz gritar de dor, mas porque me obriga a
ficar com ele neste momento.
Maldito Chet.
Quanto mais perto chego, mais memó rias surgem, memó rias que
guardei para nunca mais olhar. É como se sua língua os estivesse
sugando de mim, desenterrando-os dos recessos mais distantes da
minha mente, onde estavam escondidos com segurança.
— Desista. Dê-me tudo. Nã o se esconda mais de mim.
A voz de Luka sussurra contra a minha pele, mas ainda assim, sua
língua nunca para a jornada sem fim ao redor da minha boceta.
Gemendo, eu me mexo, apenas um movimento de um fio de cabelo,
indetectável, mas é claro, ele sabe. Ele sente isso, assim como com tudo
o mais. Fogo corre através de mim enquanto meus lá bios delicados
queimam. Nã o consigo identificar a causa da dor sem fim, mas me
afasto, a autopreservaçã o batendo em meu crâ nio.
Suas mã os fortes me seguram no lugar, nã o me deixando mover
um centímetro enquanto sua língua renova seu caminho, parando a
cada poucos momentos para lamber a pele macia antes de fazer seu
caminho de volta para o meu clitó ris. As lá grimas começam a cair de
verdade enquanto meu corpo se contorce, à beira do orgasmo. Eu quero
tanto gozar que é como uma cã ibra que começa no meu nú cleo e se
espalha pelo meu corpo.
Mais uma vez, ele me traz direto para aquela borda e me deixa
pendurada. Eu quase desejo que ele simplesmente me batesse, me
esfolasse viva se fosse preciso. Eu só preciso de alívio. Gemendo, eu
flexiono meus dedos, a sú plica em meus lá bios.
Luka
Meu pau pinga enquanto eu olho para sua boceta, encharcada de
excitaçã o e sangue. Ela é quente, oh tã o quente. Embora eu pretendesse
transar com ela, forçá -la a suportar minha agressã o, isso é
surpreendentemente muito melhor. A agonia em seu rosto é muito mais
prazerosa do que qualquer coisa que eu tenha visto em muito tempo.
Sua cabeça se debate para frente e para trá s enquanto um
balbucio fú til sai de seus lá bios. O fato de eu tê-la tornado
incompreensível é apenas mais uma camada para este delicioso lanche.
Como ela ainda é humana, seu sangue assume as vá rias notas de suas
emoçõ es. Agora, eles cantam com necessidade nã o correspondida e
apreensã o.
É um pouco mais sutil do que o medo absoluto, mas estou
descobrindo que gosto desse sabor muito mais do que do outro. É
quase como um caramelo quente sobre a mordida de sorvete de
baunilha frio, em oposiçã o ao açú car torrado, ainda quente do fogo.
Ambos têm seus benefícios e gostos, mas este me dá vontade de comê-
la.
Seus gemidos e choramingos suaves atraem meu pau, fazendo
meu pau inchar e pulsar enquanto eu lambo a guloseima tã o
habilmente espalhada diante de mim. Eu tinha me perguntado se
deveria amarrar seus tornozelos também, mas parte de mim queria ver
se ela lutaria. Ela nã o o fez, e a surpresa ainda mexe comigo.
Desde o momento em que nos olhamos pela primeira vez, ela
sabia que eu era um monstro, um predador. Embora eu tenha tirado de
seu corpo, ela nunca me deu de boa vontade. Agora, ela está aberta,
suas coxas tremendo com a força de sua contençã o. A parte animal de
seu cérebro, a porçã o reptiliana que a mantém viva, é o que bombeia
essa apreensã o por seu corpo e nã o algum medo profundo de mim.
Nã o sei por que essa distinçã o é tã o importante para mim, mas é.
Embora eu despreze o quã o suave esses dois estã o me deixando, a lasca
de humanidade que deixei se revela em sua confiança. Vou quebrá -la
com muito mais frequência do que mantê-la, mas os poucos momentos
em que ela se solta e realmente se entrega a mim sã o aqueles que vou
valorizar.
Me afastando, puxo minha faca de volta, deslizando a ponta em
um local diferente, sorrindo enquanto o sangue sobe e escorre,
cobrindo seus lá bios e manchas. Vou para o outro lado e faço outro
corte, deixando aquele sangue escorrer para se misturar com o resto.
Nã o é a dor que a faz se contorcer. Pelo contrá rio. A cada corte da minha
faca, ela fica ainda mais molhada, como naquela primeira noite no
navio.
Como é recordativo. Só que desta vez, embora ainda drogada, ela é
uma participante ativa. Ela geme e sussurra, balançando seus quadris
em mim. Está muito longe da primeira vez. Variando meu caminho bem
forjado, eu mudo as coisas e deslizo minha língua para baixo, reunindo
o sangue que escorre perto de onde sua boceta encontra sua bunda.
Sua inspiraçã o afiada enquanto passo a ponta da minha língua ao
longo dessa á rea sensível é reveladora. Meus lá bios se curvam contra
sua pele, bebendo o calor, a vida, a vitalidade que flui através dela. É
uma pena que tudo isso desapareça assim que a transformarmos, mas
valerá a pena ser capaz de destruí-la adequadamente sem ter que se
preocupar com algo tã o incô modo quanto sua morte.
O que resta do meu coraçã o murcho treme com esse pensamento,
eu sei com certeza que estou irrevogavelmente fodido. Eu rosno para
sua boceta, determinado a lutar contra qualquer coisa real ou
imaginá ria que ouse ameaçá -la. Ainda nã o tenho ideia do que ela tem,
mas ela sempre será minha.
Há um desejo possessivo aqui que nunca senti com nenhum dos
humanos que transformei. Um apó s o outro, continuei procurando por
isso, continuei buscando por isso. Inferno, eu pensei que Gloria seria
aquela que preencheria essa necessidade em mim, mas agora, a ú nica
humana que já conseguiu me agarrar de alguma forma é essa que se
contorce ao meu toque, me implorando para deixá -la gozar.
Esta pequena garota tem mais poder sobre mim do que meus
inimigos, e ela nem sabe disso. Tudo o que ela sabe é o prazer que estou
dando a ela, o orgasmo que estou prestes a forçar em seu corpo. Ela nã o
sabe que com um passo em falso, ela pode se machucar e quebrar os
sentimentos frá geis que se enrolam dentro de mim.
A raiva por deixar um verme humano tã o insignificante entrar em
meu coraçã o murcho enche meu corpo. A raiva é um sentimento que
conheço intimamente. É um que eu posso deixar para trá s. Perto da
cabeceira, Katrina balança a cabeça, suas palavras se tornando mais
confusas e incoerentes.
Uma se destaca entre todas elas, no entanto…. Chet. Eu ouço o
chamado melancó lico claro como o dia. Nã o sei quem é Chet, mas sei
que ele deve morrer. O fato de que estou tomando meu tempo com ela,
esbanjando-a com tanta ternura que posso reunir, e ainda assim, ela
liga para um idiota chamado Chet.
O nome fica como cinzas na minha boca enquanto me inclino para
beber dela. Espero que seu sabor mude e se prepare contra a doce
plenitude do desejo. Em vez disso, o toque acre de raiva explode contra
a minha língua. O que quer que esteja acontecendo em sua cabeça, nã o
é no prazer que ela está pensando. É raiva, quase ó dio.
Furando meu dedo indicador, passo meu sangue ao longo das
feridas, esperando que fechem antes de ir até ela. Os olhos de Katrina
estã o selvagens, vidrados e sem foco. O medo bate em mim enquanto
seguro sua cabeça em minhas mã os. Sua pele está febril, muito mais
quente do que deveria.
— Katrina. Eu preciso que você se concentre. Katrina. — Eu
seguro sua cabeça em minhas mã os, deixando a frieza tirar um pouco
do calor dela. Nã o sei o que está causando essa febre. A ú nica vez que
ela deixou este quarto foi para ser agradada por Jackson ou por mim, e
com certeza nã o podemos ficar doentes.
Esse é o problema dos humanos. Eles podem simplesmente ficar
doentes sem nenhuma razã o. A fú ria bate em mim enquanto desfaço
suas amarras e coloco seu corpo junto ao meu. Eu poderia chamar a
enfermeira, mas entã o ela saberia que eu dou a mínima para esta
humana, confio nos vampiros ao meu redor tanto quanto posso com
eles.
A menos que tenham sido feitos por mim, nunca poderei saber
verdadeiramente se estã o do meu lado ou nã o. Infelizmente, a maioria
dos que gerei morreram ou estã o no mundo, aumentando meu alcance.
Agora, mais do que nunca, gostaria de ter mantido mais deles em casa.
Inferno, mesmo alguns dos idiotas como Gage ou Joseph serviriam no
á pice. Mas isso é o que acontece quando você nã o dá a mínima para
quem te faz companhia.
Mesmo agora, estou amaldiçoando o fato de ter enviado Jackson
em sua missã o estú pida. Eu realmente precisava dele para provar sua
lealdade tanto assim? Ele realmente precisava aprender tanto a liçã o de
matar o pai de alguém? Eu nã o posso arrastá -lo de volta porque,
novamente, isso iria me fazer perder minha mã o. Ele já conhece meus
pensamentos, mas isso os solidificaria em sua mente.
Eu poderia transformá -la agora e manter tudo o que está
acontecendo a distâ ncia, mas entã o eu nã o poderia tê-la amarrada a
Jackson. Puxando Katrina para perto, ouço seu coraçã o enquanto
balanço para frente e para trá s, alisando minhas mã os frias ao longo de
sua pele aquecida. Ela geme, virando-se para mim, embora eu nã o saiba
dizer se é pelo prazer do meu toque ou pelo frescor da minha pele.
Os pensamentos giram em meu cérebro enquanto a seguro perto,
mantendo-nos pele com pele. A ú ltima vez que a febre foi um problema,
foi mortal. Puxando os lençó is, estudo seu corpo, procurando por
qualquer sinal de erupçã o cutâ nea. Sinceramente, minha progênie e eu
nunca fomos afetados pela epidemia que varreu a Rú ssia, mas vi tantos
humanos sucumbirem a ela que conheço alguns dos sintomas.
O problema é que nunca estive perto deles o suficiente para saber
exatamente o que aconteceu ou em que intervalos. É uma loucura
pensar que algo tã o mortal possa estar aqui, na minha propriedade,
mas coisas mais estranhas aconteceram. Empurrando-a para o meio da
cama, vou até minha calça e as visto antes de pegar meu telefone.
Tem que haver algumas respostas online. Com todas as
informaçõ es ao meu alcance, com certeza posso cuidar de uma humana.
Certo? Mexendo, digito minha consulta, clicando no primeiro site
médico. Meu sangue corre mais frio do que o normal, quase
congelando. Poderia ser realmente que ela tem câ ncer?
Eu olho para ela, uma carranca franzido minhas sobrancelhas. Se
fosse algo tã o ruim, eu nã o teria sentido o cheiro nela? Provado em seu
sangue? Ainda…. Eu rolo um pouco mais, examinando os sintomas.
Cada link deste site me leva a mais um artigo sobre câ ncer.
Eventualmente, chega a um sobre câ ncer testicular, e eu quase
jogo meu telefone, a raiva impotente borbulhando dentro de mim. Nã o
há como ela ter câ ncer testicular. Quantas malditas formas de câ ncer
existem? Enojado, começo uma nova busca, focando apenas em febres
mortais, mas mesmo isso é suficiente para assustar qualquer humano,
muito menos um imortal.
Balançando a cabeça, eu puxo os lençó is até o queixo, notando seu
corpo trêmulo quando os tremores começam a dominá -la. Mais uma
vez, coloco minha mã o em sua testa, uma pontada de preocupaçã o
percorrendo minha espinha. Tenho estado tã o fora de contato com os
humanos que sou incapaz até mesmo de cuidar de um.
Eu esfrego a mã o no meu rosto. Ela está ainda mais gostosa do
que antes. Depois de colocá -la na cama, abro a porta de seu quarto e
agarro o guarda pela garganta, jogando-o contra a parede.
— Você faz qualquer coisa para perturbá -la. Qualquer coisa. E vou
foder suas entranhas enquanto as estou puxando para fora de você.
Você me entende?
O guarda sem nome empalidece um pouco mais e acena com a
cabeça, seus olhos se arregalando quando eu me afasto. Foda-se tudo
isso. Assim que Jackson voltar, vou passar por todos que trabalham aqui
e garantir sua lealdade a mim. Eu apenas tomei tudo como certo, mas
agora nã o tenho esse luxo. Nã o até que ela seja uma de nó s.
Indo pelo corredor, pego meu telefone e mando uma mensagem
para Jackson, exigindo um relató rio. Eu poderia olhar dentro de sua
mente, mas agora estou muito preocupado com Katrina para permitir
que meu cérebro faça qualquer tipo de desvio. Além disso, tudo o que
conseguirei sã o seus pensamentos sobre o assunto. Isso nã o é
realmente a mesma coisa.
Eu vou até a enfermaria, meu telefone puxado com tudo que eu
preciso para manter Katrina bem e ser capaz de monitorá -la. A
principal coisa que todos mencionaram foi algo para esfriá -la. Por sorte,
sou uma geladeira ambulante, se quiser.
A cozinha felizmente está vazia enquanto eu ando abrindo vá rias
gavetas e tal. Como ela é nossa ú nica humana aqui, nã o temos tantos
suprimentos quanto deveríamos. A maior parte da lista está
lamentavelmente ausente. Já que ela será a ú ltima humana permitida
aqui, nã o faz sentido estocar agora. Nã o vai me ajudar no momento.
Embora seja fá cil levá -la para cima, nã o quero o que quer que seja
infectando todos os outros humanos - isso me fecharia para sempre.
Além disso, nã o costumo manter um médico na equipe. Se for
necessá rio, nó s os transportamos.
Pego o termô metro, mas nã o há mençã o de nada remotamente
parecido com acetaminofeno ou anti-inflamató rios nã o esteroides. Na
verdade, a maioria dos armá rios está vazio. Um rosnado rasga minha
garganta quando pego uma comadre e a jogo pelo quarto. Para que
serve uma comadre? Que eu saiba, ninguém aqui tem esse fetiche.
Quando estou prestes a sair, vejo um enema preparado. Embora a
pesquisa nã o tenha mencionado nada sobre isso, lembro-me de ser um
tratamento predominante quando vá rias epidemias diferentes
surgiram. Seria melhor tê-lo e nã o precisar do que precisar e ter que
descer e deixá -la em paz.
Meu telefone toca, felizmente, Jackson está voltando. Embora
tenham se passado apenas algumas horas, ainda pensei que levaria
mais tempo. Um vislumbre crescente de respeito se mistura com o meu
medo. Se ele for realmente tã o bom, será ó timo tê-lo por perto, e nã o
apenas como uma boa transa. Envio uma mensagem rá pida ordenando-
lhe que compre o remédio de que preciso e coloco meu telefone no
bolso antes que ele possa me fazer qualquer uma das centenas de
perguntas irritantes em seu cérebro.
Minha língua fica mais grossa na minha boca enquanto corro de
volta, a emoçã o obstruindo minha garganta. Felizmente, como nã o
preciso respirar, nã o estou hiperventilando, mas me sinto
perigosamente perto. Se eu nã o fechar minhas emoçõ es, nã o serei bom
para ela. Sei que há uma pequena chance de o que quer que esteja
errado ser mortal, mas minha ú nica lembrança da febre sã o as dezenas
de vidas que ela tirou.
O fato de eu realmente me importar com essa humana, é…. É
desconfortável. Logo depois de me transformar, nunca mais pensei na
vida humana, agora, aqui estou, debatendo mentalmente os méritos dos
enemas nas febres. Como os poderosos caíram e caíram duramente.
Gemendo, eu me forço para frente, ignorando os olhares
questionadores do guarda. Nã o o pago para se perguntar o que estou
fazendo, se o fizesse, ainda nã o seria da conta dele. Eu deslizo de volta
para Katrina e a puxo em meus braços, deixando sua cabeça pender.
Deslizo o termô metro e mantenho sua boca fechada enquanto espero o
bipe.
O silêncio é ensurdecedor. Esperamos lá , com meu proverbial
coraçã o na garganta enquanto vejo os nú meros subirem. 38°. Porra. Eu
a coloco de volta na cama e pego meu telefone, ignorando a enxurrada
de perguntas que eu sabia que estaria lá . Ele vai descobrir em breve.
Volto ao site popular e procuro a temperatura. Nenhum dos artigos é
bom.
Embora ela nã o esteja em grande perigo, ela pode precisar ir ao
hospital. Aqui fora, nã o há ninguém perto o suficiente para o meu gosto.
Nã o há maneira de contornar isso. Assim que Jackson voltar, teremos
que transformá -la. Nã o posso arriscar perdê-la para algo tã o estú pido
quanto uma maldita febre no século XXI. As pessoas nã o deveriam estar
morrendo de febre.
Examino a lista de causas de febre naquela temperatura e meu
estô mago revira. Tantas coisas podem estar erradas com ela, nem vou
saber dizer. Sei que posso descartar exaustã o pelo calor e queimaduras
solares, mas, novamente, ele lista o câ ncer junto com tantas outras
coisas que nã o tenho como diagnosticar.
Rastejando para a cama, pego Katrina em meus braços, cobrindo o
má ximo de sua pele que posso com a minha na esperança de baixar sua
temperatura. Arrepios explodem em sua pele enquanto eu a balanço
para frente e para trá s. Espontaneamente, as memó rias do meu
primeiro amor passam pelo meu cérebro. Achei que, depois de
quinhentos anos, o havia empurrado para longe o suficiente para nunca
mais senti-lo.
Mas nã o.
Como um fantasma do meu passado, ainda consigo evocar o rosto
dela. Nã o era febre nem nada do tipo; foi o parto. Seus gritos saltam em
meu crâ nio enquanto ela implorava para segurar nosso filho natimorto.
Ambos estavam cobertos de sangue. Deus. Tanto sangue. A parteira nã o
podia fazer nada. Ela a ajudou como pô de. — Violaçã o — ela
murmurou, colocando o bebê em uma mesa pró xima.
Eu nã o suportaria deixar minha esposa ver nosso filho assim, mas
ela insistiu, seu cérebro e olhos mal registrando meu pró prio rosto. Nã o
havia mal algum em permitir-lhe alguns momentos de paz antes que ela
também morresse. Lá grimas escorriam pelo meu rosto enquanto eu o
colocava em seus braços, sussurrando seu nome para ela enquanto ela
estendia a mã o para ele.
Suas mã os mal conseguiam segurar seu peso insignificante
enquanto eu segurava os dois, ajudando-a a embalá -lo. Eu tinha que ser
forte. Eu tinha que ser o ú nico a mantê-la unida. Horas se passaram
enquanto ela continuava a sangrar, seu corpo ficando mais fraco a cada
minuto. Quando ela fechou os olhos para se juntar ao nosso filho, nã o
pude evitar o suspiro de alívio.
Era uma agonia vê-la sofrer. Meu coraçã o morreu naquele dia,
junto com os dois. Embora eu ainda nã o fosse um monstro, isso me
preparou muito bem. Afinal, bons monstros sempre têm a melhor
histó ria de fundo. Enterrei os dois ao amanhecer, colocando Eriks nos
braços de sua mã e. Governante eterno. Por isso escolhi esse nome.
Embora ele já tivesse partido, eu ainda esperava que ele fosse um líder
forte, mesmo nos céus.
Olhando para Katrina, o mesmo medo que me paralisou entã o se
aproxima de mim agora. Mesmo com o quã o poderoso eu sou, nã o
posso ajudá -la. Assim nã o. É tã o fá cil ligar para alguém pró ximo para
vir ajudar, mas eu nã o confio neles. Nã o confio em nenhum deles.
Ninguém jamais encostará um dedo na minha humana. Nunca. Jackson
é o ú nico homem em quem confio para nã o machucá -la.
Seus lá bios se movem enquanto ela se aconchega em mim, o
cheiro de medo e doença saindo de seu corpo. Chet. Chet sempre. O
ú nico consolo é que ela nunca diz o nome dele de maneira cativante. É
sempre com uma pitada de raiva e um toque de arrependimento.
Embalando sua cabeça em meu braço, eu me abaixo e abro suas
pá lpebras, olhando profundamente em sua alma.
Estando doente como ela está , ela nã o pode fechar suas memó rias
para longe de mim. Ela nã o pode se esconder atrá s de qualquer
pretensã o. Ela está ali para eu ver, crua e linda. As lembranças dela e
dessa desculpa patética de homem passam por sua mente como um
filme que nã o consigo parar e nem quero. Quero ver tudo o que ele fez
com ela. Bom e mau.
Embora ele nunca tenha sido cruel, ele nunca deu a ela nada que
ela precisasse. Eu observo como ele a rejeitou repetidamente, fazendo-a
se sentir barata, usada, estranha por suas tendências. As que ela trouxe
para ele eram mansas em comparaçã o com o que eu fiz com ela. Eu me
pergunto o que esse aspirante a político pensaria da minha garota
agora? Ela nunca mais terá que esconder quem ela é. Nunca.
Deixando sua pá lpebra cair, eu a seguro perto de mim novamente,
medindo sua temperatura a cada cinco minutos ou mais. É
provavelmente além do compulsivo, mas nã o tenho como saber como
avaliar o progresso dela. Mesmo com tudo isso, nã o vou mudar minha
opiniã o sobre os humanos. Eu nã o vou estudá -los e descobrir o que faz
seus corpos funcionarem ou quebrarem, mas se eu tivesse que fazer
tudo de novo, eu teria procurado pelo menos um médico e o forçado a
ficar por perto.
Minutos passam enquanto espero por Jackson neste quarto
horrível. Se eu tivesse certeza de que movê-la nã o pioraria as coisas, ela
estaria na minha cama e nã o aqui. O amanhecer está se aproximando.
Em breve, Jackson terá que estar aqui conosco ou encontrar abrigo em
outro lugar.
Irritaçã o e preocupaçã o deslizam pela minha espinha, tomando
conta. Nã o quero olhar para o telefone novamente por medo de ver
mais uma série de perguntas que nã o tenho vontade de responder.
Depois de uma eternidade, a porta se abre e Jackson corre para dentro
do quarto, seu olhar pousando primeiro em Katrina e depois em mim.
Desprezo à acusaçã o em seus olhos, como se de alguma forma eu
fosse à causa. — Eu nã o a machuquei ou a transformei, e a menos que
você queira que eu te curve sobre o corpo dela enquanto eu te fodo de
volta à submissã o, você vai muito bem tirar esse olhar do seu rosto. —
eu rosno, meus braços apertando em torno do seu corpo quente.
Os olhos de Jackson suavizam apenas um pouco enquanto
olhamos um para o outro, mesmo que Katrina esteja obviamente
doente, suas respiraçõ es retraem com a minha ameaça. — Bem? Entã o,
está feito? — Continuo manobrando meu corpo para que Jackson possa
se sentar. Eu nã o quero que ele saiba o quã o forte o pâ nico agarra meu
peito. Ele nã o pode me ver tropeçar ou vacilar. Nã o vou me permitir
perder a estima aos olhos dele.
— Está feito. — Sua voz é rouca, como se ele tivesse gritado. Ele
engole vá rias vezes, seus olhos desaparecendo por um momento. —
Você estava certo. Eu matei o líder deles, e o resto deles caiu, seus
corpos virando cinzas. O que há de errado com Katrina?
— Nã o sei. — Eu odiava admitir isso, mas negar nã o ajuda em
nada. — Este site diz que é câ ncer, mas nã o posso verificar isso.
Os olhos de Jackson se estreitam quando ele estende a mã o. —
Qual site?
— Um médico. — Eu entrego a ele meu telefone e deixo minha
mã o voltar para a testa de Katrina, fazendo movimentos suaves
enquanto forço meu eterno frescor em seu corpo febril.
Sua gargalhada faz minha espinha vibrar. A insolência dele rindo
de mim. — Nã o consigo ver o que é engraçado.
— Ninguém usa este site. Eles sã o famosos por assustar as
pessoas, fazendo-as pensar que estã o morrendo ou algo assim.
— Entã o ela nã o está ? Morrendo?
Ele balança a cabeça e a puxa para fora dos meus braços.
Instantaneamente sinto falta do peso dela. Preciso de toda a minha
força de vontade para nã o puxá -la de volta para onde é seguro. Estou
gostando cada vez mais de Jackson, mas isso nã o significa que ainda
nã o seja eu quem assumirá o comando de ambos. Se ele fizer algo que
prejudique a saú de dela, desejará a morte de Gloria.
— Eu nã o sou médico, entã o nã o posso dizer isso com certeza.
Qual é a temperatura mais atual dela?
— Está oscilando entre 38° e 39°.
— Hmmm. Nã o alto o suficiente para ser uma emergência.
Jackson
Katrina
Luka
Katrina
— Oh. Oh, mas você será , Pishcha Dlya Bogov13. Eu posso garantir
que você será . Você acha que eu ia deixar você matar esse lanche? Ela é
uma das garotas que trabalham lá em cima. Ela é muito mais valiosa
para mim viva do que morta, mas agora, agora que você está se
tornando desafiadora, como se você tivesse algo a dizer, porra, ela vai
morrer. A morte dela estará em suas mã os. Saiba isso.
Ele faz uma pausa por um momento e olha para Jackson. —
Segure-a. Nã o quero que ela interfira.
— Nã o! — Meu grito é interrompido pelo aperto de Jackson
enquanto ele envolve seus dedos em volta da minha boca, me puxando
para seu colo. — Shhh. A primeira é difícil. Mas depois disso você se
acostuma. Eu prometo.
Lá grimas escorrem pelo meu rosto enquanto eu desvio o olhar,
nã o querendo ver o que Luka está fazendo. Como eu poderia saber que
a alimentaçã o nã o iria matá -la? Ninguém me disse isso. Eles apenas me
deixaram aqui com ela como se fosse algum tipo de teste… E eu
obviamente falhei.
O barulho de correntes ferem meus ouvidos, entã o o som de seus
gritos. Eu me encolho, enterrando-me no peito de Jackson. Mais e mais,
seus gritos perfuram meus ouvidos. Eu nã o posso aceitar isso. Nã o
posso fazer isso. Por que ele está me forçando?
— Por quê? Você quer saber por quê? — Nã o há como confundir a
queimaçã o de raiva enquanto Luka me dá um sermã o. — Porque você
tem que se alimentar. Você nã o morrerá sem isso, mas escapará de nó s,
presa em um mundo pior do que viver. É um pesadelo infernal do qual
você nunca estará livre. E Jackson e eu teremos que experimentar isso
com você.
Aí está . O egoísmo por trá s de tudo. Como é muito Luka.
Jackson agarra meu queixo e força meu rosto para ele, suas
sobrancelhas juntas. — Nã o é egoísmo. Nã o podemos sobreviver sem
você. Nã o posso falar por Luka, mas morreria se você me deixasse. Na
verdade, é você que está sendo egoísta.
— Traga-a para mim.
O cheiro de sangue bate em mim, roubando minha respiraçã o.
Fico com á gua na boca enquanto estudo cada nota individual. É
acobreado com uma nitidez subjacente. Como maçã s caídas em um dia
frio. Cheira a fogueiras e festas de torcida, trazendo de volta memó rias
que devo ter suprimido. Eu finalmente olho para Luka, sua pele pá lida
coberta de gotas de sangue.
Meu estô mago aperta enquanto eu o encaro, amando e odiando-o
naquele instante. Ele é, de fato, o diabo e nã o tem nenhum problema em
me arrastar para o inferno com ele. Ele acena para mim, seus dedos se
curvando enquanto ele faz um gesto para que eu vá até ele. Jackson se
inclina, sua respiraçã o agitando meu cabelo.
— Ou você vai até ele, ou eu vou fazer você ir. Posso garantir que
você preferirá agir por conta pró pria.
Deslizando do colo de Jackson, eu avanço lentamente, ainda me
recusando a olhar para cima. O sangue está vindo de algum lugar e eu
conheço sua origem. Ainda posso ouvir seus gritos, embora agora
estejam abafados, como se ela estivesse amordaçada ou algo assim. O
desespero me impulsiona para frente, a necessidade de me alimentar.
Ela já está ferida. Qual o problema em aproveitar o que está sendo
oferecido?
Assim que estou perto o suficiente, Luka me puxa para baixo,
forçando minha boca em seu corpo onde o sangue se encontra,
gemendo enquanto eu o lambo. O gosto explode em minha língua, e
minhas lambidas sã o apressadas, frenéticas enquanto ingiro cada gota.
Uma vez que Luka está limpo, ele me força a ficar de costas, me
colocando contra seu peito.
A garota está pendurada acima de mim, com ganchos nas costas,
suspendendo-a no teto. É das feridas que o sangue escorre, deslizando
sobre sua pele, pintando-a de vermelho antes de cair sobre mim. Eu
quero gritar. Quero me desculpar, implorar por perdã o, mas tudo isso é
empurrado para fora da minha mente quando Luka me agarra com
força e entra em mim, enchendo minha bunda com seu pau.
Eu grito entã o, mas nã o é de terror ao ver a vida se esvair dos
olhos da garota. É por estar tã o totalmente preenchida. Minha boceta
aperta quando ele bate em mim, forçando seu pau a passar pelo anel
apertado da minha bunda. Como da ú ltima vez que eles me levaram, eu
posso sentir o rasgar, o rasgar da minha pele enquanto ele me possui,
mas eu estou além de me importar. É uma sensaçã o incrível, como se eu
estivesse sendo quebrada novamente.
Jackson caminha para frente, seu passo preguiçoso enquanto ele
se aproxima, ignorando o sangue que pinga em meus lá bios. Ele se
acomoda entre minhas coxas e as empurra para trá s, quase me
dobrando ao meio.
Meus olhos se fecham quando o â ngulo me aperta em torno de
Luka, fazendo-o parecer ter quase o dobro do tamanho. Gemendo, deixo
que ele me empurre, confiando na força deles, no fato de que posso
curar. Posso apreciá -los me despedaçando porque isso nã o significa
para sempre.
Jackson dá um tapa na minha boceta com seu pau, eu tenho um
espasmo, precisando dele em mim, preenchendo o espaço vazio. Ele
estende a mã o, seus dedos se forçando a passar por meus lá bios
cerrados, separando meus dentes, mesmo quando ele avança.
Sangue pinga em minha língua, preenchendo um frenesi em mim
que só eles podem satisfazer. Nã o ouço mais os gritos de dor da mulher.
Em vez disso, sã o meus pró prios grunhidos e gemidos enquanto os dois
deslizam para dentro e para fora de mim em um delicioso cabo de
guerra. Jackson mantém minha boca aberta, recusando-se a permitir
que eu negue o presente que eles estã o me concedendo.
Com eles me forçando, nã o parece tã o ruim. Nã o sou eu que estou
me alimentando dela. Eles estã o me obrigando a fazer isso. Essa
pequena mentira alivia a amargura de seu sangue enquanto desce pela
minha garganta, enchendo meu estô mago. Meu corpo aperta enquanto
meu orgasmo paira, fora de alcance. Embora ambos estejam fodendo
comigo, é como se eles tivessem se inclinado para onde eles obtêm o
maior prazer enquanto me provocavam com a esperança de conclusã o.
Ambos gritam, seus paus inchando impossivelmente grandes.
Com os dois dentro de mim, sou incapaz de me segurar mais, mas em
vez do orgasmo estourar através de mim, mal está lá , nem mesmo o
suficiente para aliviar a tensã o. Na verdade, isso me faz desejar ainda
mais essa liberaçã o.
Em vez de cuidar de minhas necessidades e prazer, eles saem,
derramando sua porra no chã o, deixando-me lá com a jovem enquanto
ela começa a chorar ainda mais. Ela nã o tem muito mais tempo, mas
ainda assim, seu sangue vivificante flui para o chã o, misturando-se com
suas porras.
Incapaz de me conter, eu bebo, porra e sangue misturados. É uma
mistura ambrosial que eu nunca sonhei que poderia querer. Antes,
quando ainda éramos humanos, a porra de Jackson tinha um gosto
melhor do que a média, mas ainda continha notas amargas. Agora, é
como açú car mascavo, algodã o doce caindo na minha língua como
flocos de neve antes de derreter. Adicionar o sangue realça tudo com
seus sabores á cidos, evitando que a porra seja muito opressora.
Eles me deixam lá , degradada enquanto continuo a lamber. Mas
era isso que eu queria, certo? Ser sua pequena vagabunda? Eles ainda
estã o cuidando de minhas necessidades, apenas da maneira mais
humilhante possível.
Lá grimas ardem em meus olhos e caem no chã o, o carmesim
escuro enfraquecendo com as da humana. É por isso que eles estavam
lambendo meu rosto. Tantas coisas fazem muito sentido agora. E
quando eles saem, a dor oca do meu coraçã o ressoa. Quero implorar
para que fiquem, mas sei que estou sendo punida.
Quase posso sentir o desespero de Jackson, mas Luka é uma força
inabalável. Ele vai me curvar à sua vontade, nã o importa o quê.
Arrastando-me do chã o, arrasto-me para a cama, minha mente girando
com o que acabou de acontecer. Embora minha fome tenha diminuído
um pouco, ela ainda está lá , zumbindo sob a superfície.
Pior que isso, a dor entre minhas coxas é irreal. Deito-me de
costas e abro as pernas, as lá grimas ainda escorrendo. A solidã o se
infiltra em todos os poros enquanto eu forço três dedos em mim, o
alongamento nã o é o suficiente. É uma pá lida comparaçã o com a porra
que eles me dã o.
Soluçando, continuo a me acariciar, desesperada por qualquer
tipo de alívio. O orgasmo que me foi negado corre através de mim, mas
parece oco, vazio, assim como o quarto. A garota está morta agora, e seu
sangue cheira mal, quase rançoso. É a ú nica coisa que me impede de
escalar as paredes de alguma forma para lamber suas feridas.
Virando-me para o lado, puxo os cobertores ao meu redor, minha
alma se partindo em duas ao saber que causei a morte dela. Nã o posso
viver assim. Nã o posso andar por aí com a morte dela, quem sabe
quantas outras no futuro, manchando minha alma. Eu nã o era religiosa,
mas nã o tem como isso estar certo. Se existe céu ou inferno, perdi
minha chance de chegar ao paraíso.
Eu tenho que fazer alguma coisa, descobrir uma maneira de
acabar com isso enquanto minha alma ainda está o mais intacta
possível. Conhecendo Luka, ele vai me forçar a continuar matando até
que eu nã o seja mais capaz de dizer a diferença entre o certo e o errado.
Rolando para o outro lado, deixo cair os pés no chã o e caio de joelhos.
Vampiros podem morrer com uma estaca no coraçã o. Certo?
Todos os livros e filmes falam sobre isso. Se eu conseguir reunir a
vontade de acabar comigo mesma, entã o posso parar toda a dor sem
sentido e a morte antes mesmo de começar. Agarro a perna da cama e
puxo, esperando que alguma das outras tradiçõ es esteja correta. Super
força com certeza seria incrível agora.
Leva vá rios puxõ es, mas logo a madeira voa livre em uma bagunça
estilhaçada. Colocando a madeira no chã o, alinho a borda onde deveria
estar meu coraçã o. É largo o suficiente para que, mesmo que eu erre um
pouco, ele ainda deve atingir alguma coisa. Minha respiraçã o sai em um
suspiro trêmulo enquanto deixo meu peso corporal fazer o trabalho.
O terror toma conta de mim quando ouço os gritos e rosnados
frenéticos de Jackson em meu cérebro. Se eu nã o fizer isso logo, ele vai
me parar. Eu sei que ele vai. Ele nã o entende, e como pode? Ele já está
sob o feitiço de Luka, mas ainda tenho uma chance. Com um suspiro
final, eu me jogo o resto do caminho, gritando quando a madeira
perfura meu corpo.
Fechando os olhos, espero que o esquecimento me leve.
CAPÍTULO QUATORZE
Jackson
Katrina
Medo faíscas ao longo dos meus nervos enquanto observo Jackson
em minha visã o periférica. Eu deveria estar grata por eles nã o estarem
me machucando enquanto estou neste estado vulnerável, mas estou
muito tomada pelo pâ nico para pensar com clareza. Achei que isso
funcionaria. Eu realmente pensei que seria uma absolviçã o.
Eu quero gritar, dizer a eles que sinto muito, mas nada está
funcionando. Nã o posso nem derramar uma lá grima para mostrar a
eles meu remorso. Mas isso nã o importa. Nã o é uma tristeza verdadeira.
Na verdade. Estou arrasada por nã o ter conseguido. Eu nã o dou a
mínima para eles sentirem minha falta. Pelo menos, nã o nessa altura.
Quanto mais Jackson me acaricia durante o acasalamento furioso
de Luka, mais meu coraçã o se parte com a ternura contrastante. Eu
posso sentir a raiva saindo de ambos, mas parece vir de um lugar de
carinho. Mas como? Como esses monstros podem se importar com
alguma coisa?
Não apenas qualquer coisa, Kotenok. Você. Não confunda
nossa paixão, nossa posse de você com fraqueza. Nós mataríamos
por você. Jackson morreria por você. Eu não tenho esse luxo. Há
muitas bolas que giram por causa da minha existência. A única
razão pela qual não estou aqui te fodendo como um meio de sexo
para afirmar a vida é porque isso não é novo. Você não é a primeira
a fazer esse truque, sinceramente, pensei que você seria mais
criativa.
A voz castigadora de Luka queima em minha mente, refletindo a
queimaçã o em minha boceta enquanto ele se move dentro e fora, nã o
dando a mínima para o meu prazer. Com esta aposta em mim, até
mesmo essa parte é silenciada. Eu realmente nã o sinto o desconforto
tanto quanto ele provavelmente está querendo, mas também nã o estou
sentindo o prazer. Estou nessa névoa cinza, e é uma sensaçã o que
detesto.
Depois de bombear para dentro e para fora mais algumas vezes,
Luka se levanta e se acaricia sobre mim antes de me encharcar com sua
porra. Gotas frias e grossas descem no meu rosto, respingos caindo nos
meus olhos enquanto ele me marca. Se eu ainda fosse uma humana,
haveria uma corrida louca para um pano para ter certeza de que nã o
estraguei os tecidos delicados, mas nenhum deles fez um movimento
para me limpar.
Assentindo, Luka e Jackson me deixam lá , ainda empalada. A
batida da porta parece final quando eles me deixam sozinha com meus
pensamentos. Nada disso é justo. Se eu nã o sou a primeira a tentar isso,
eles deveriam saber o que eu estava pensando. Por que me deixar
continuar com isso?
Minutos se transformam em horas enquanto eu fico lá , esperando
que ele volte. Eventualmente, depois de uma eternidade, ele chega.
Luka nã o diz uma palavra para mim enquanto arranca a madeira. No
momento em que sai do meu peito, eu suspiro, o ar enchendo meus
pulmõ es pela primeira vez em muito tempo.
— Filhotes. — ele diz antes de mais uma vez me deixar sozinha no
quarto.
Descendo a mã o, sinto o buraco aberto, meu abdô men
despencando quando sinto a pele exposta. Eu sinto tudo - a dor de onde
fui empalada e a picada de sua porra enquanto pisco meus olhos sobre
os restos em crostas. É uma agonia, pior porque nã o tenho o prazer de
meus homens fazerem tudo valer a pena.
Rastejando até a cama, me forço nela e arrasto as cobertas. Fechar
os olhos é quase impossível enquanto forço as pá lpebras a passarem
pela película arenosa. Parece uma lixa, só que é um milhã o de vezes
pior. Finalmente, sou capaz de cair no sono, por mais intermitente que
seja.
CAPÍTULO QUINZE
Katrina
Katrina
[←2]
Citado no Antigo Testamento, é o alimento que Deus deu aos israelitas durante o Êxodo. É
sinônimo de um alimento milagroso.
[←3]
Idiota.
[←4]
Querida.
[←5]
Traidora.
[←6]
Puta.
[←7]
Transtorno de Estresse Pós Traumático.
[←8]
Fosfeno nada mais é que aquela sensação de quando vemos luzes e estrelas quando
esfregamos os olhos. Normalmente, este fenômeno é inofensivo, mas em alguns casos, pode
indicar que algo não vai tão bem com a visão.
[←9]
A Febre Tifoide é uma doença bacteriana aguda, causada pela Salmonella enterica sorotipo
Typhi.
[←10]
Luz da lua.
[←11]
Preciosa.
[←12]
Raio de Sol.
[←13]
Comida para os Deuses.
[←14]
Brinquedo.
[←15]
Pequenina.