Insônia
Insônia
Insônia
Ainda que muitas pessoas pensem que dormir é uma perda de tempo. Uma boa noite de sono é determinante para
amenizar grande parte dos problemas relacionados à saúde. Durante o sono, o organismo sofre um tipo de reset, voltando
à condição em que iniciou o dia. Isso inclui o relaxamento muscular, redução da pressão arterial, dos batimentos
cardíacos e da produção de urina, a consolidação da memória e o controle da temperatura corporal. Mas como dormir
bem se você tem distúrbios do sono como a insônia?
Diversos hormônios são fortemente influenciados pelo sono, como a insulina, que controla a glicose no sangue, a leptina,
responsável pela saciedade, a grelina, que estimula o apetite, e a somatotrofina, que age no crescimento. Dormir mal ou
pouco causa irritação, dores de cabeça, dores no corpo, dificuldades cognitivas, sonolência e diversas mudanças no
metabolismo que deixam seu organismo suscetível à outras doenças, como hipertensão, doenças
cardiovasculares, depressão e diabete, por exemplo.
Apresentar dificuldades para dormir em qualquer fase do sono pode trazer prejuízos à curto e longo prazo. Durante as três
primeiras fases do sono, o corpo economiza energias, promove a restauração de tecidos, o aumento da massa muscular e
libera o hormônio de crescimento. Já na fase REM, há a consolidação da memória e do aprendizado. Quando a pessoa
está dormindo e é acordada por alguma irregularidade, ela volta imediatamente à fase 1 do sono, comprometendo esse
Essas dificuldades podem ser um alerta para problemas crônicos, nem sempre associados a doenças. As primeiras
manifestações dos distúrbios do sono se dão através de alterações de humor, de memória e de capacidades mentais
(cognitivas), como aprendizado, raciocínio e pensamento, variando de um distúrbio para o outro.
Insônia
O que é a insônia?
A insônia é caracterizada pela incapacidade de iniciar ou manter o sono. Geralmente causada por hábitos inadequados,
ela pode estar relacionada a distúrbios do humor, como ansiedade e depressão, sendo difícil saber qual vem primeiro. Se
os sintomas ocorrerem pelo menos três vezes por semana e por mais de três meses, a pessoa tem um quadro crônico.
A insônia pode ser classificada em três tipos de acordo com sua duração ou
frequência, sendo eles:
Transiente: dura apenas alguns dias e pode chegar até 3 semanas;
Crônica: também chamada de longa duração, a insônia crônica é aquela que dura mais de 3 semanas;
Intermitente: insônia de curta duração que ocorre de tempos em tempos. Entre esses tempos, há períodos de
sono regular.
Além disso, a insônia pode ser primária (quando não há nenhuma doença causando a insônia), ou secundária (quando a
insônia é sintoma de alguma condição médica). Em todos os casos, pessoas com insônia possuem sua qualidade de vida
e bem-estar prejudicados pela falta de sono.
Na maioria dos casos, a insônia é do tipo psicofisiológica. Nessas situações, estão envolvidos fatores predisponentes
como um nível alto de alerta e vigilância durante a noite, fatores desencadeantes como mudança de trabalho, perda de
ente querido, situações familiares e pessoais de conflito, e fatores como a manutenção de hábitos inadequados em
relação ao sono (horário irregular para deitar, assistir TV, usar o computador ou celular antes de dormir, hábitos
alimentares prejudiciais, entre muitos outros).
Pessoas do sexo feminino, pois sofrem mudanças hormonais durante o ciclo menstrual e na menopausa. A
insônia também é comum com a gravidez.
Pessoas acima dos 60 anos de idade, devido às alterações nos padrões de sono e a problemas de saúde.
Pessoas com algum distúrbio de saúde mental, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, transtorno de
estresse pós-traumático, entre outros.
Pessoas sob estresse constante.
Pessoas que realizam trocas frequentes de horário para dormir.
O resultado disso é já começar o dia sentindo-se cansada, com problemas de humor e falta de energia, pior desempenho
no trabalho, nos estudos ou qualquer outro círculo que exige esforços cognitivos, sentir fadiga e sonolência durante todo o
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dia, ansiedade, dores de cabeça ou prejuízos na coordenação motora. Além desses sintomas, diversos outros podem se
apresentar de acordo com cada pessoa.
O primeiro diagnóstico é feito a partir de uma série de perguntas para analisar comportamentos e histórico. Depois disso,
é feito um exame físico para procurar sintomas de outros problemas que podem desencadear a insônia. Exames podem
ser exigidos para identificar essas doenças. Durante o período de diagnóstico, o médico analisará seu padrão de sono e
sonolência diurna. Para isso, manter um diário de sono por um determinado período de tempo é essencial.
Se a causa da insônia não estiver clara ou seja apresentado sinais de outro distúrbio do sono, como a apneia do sono ou
síndrome das pernas inquietas, é possível que seja solicitada a polissonografia. Esse exame consiste em permanecer
uma noite em um centro especializado para o monitoramento dos parâmetros do sono, quantidade de horas dormidas,
atividades corporais, ondas cerebrais, respiração, batimentos cardíacos, movimentos dos olhos e outros.
Uma vez estabelecido o diagnóstico, existem várias opções de tratamento, seja medicamentoso ou através de terapias
cognitivo-comportamentais, sendo indispensável o acompanhamento do médico adequado.
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