Dinamicas de Grupo Nelson Vitiello
Dinamicas de Grupo Nelson Vitiello
Dinamicas de Grupo Nelson Vitiello
MANUAL DE
DI NÂMI CAS
DE
GRUPO
COORDENADOR: NELSON VITIELLO
AUTORES: ANA CRISTINA CANOSA GONÇALVES
ARLETE MARIA GIRELO TAVARES GAVRANIC
CARLA ZEGLIO / EDUARDO TAKESHI YABUZAKI
FABI A VI TI ELLO / MARI LDA MOURA CAMPOS
NELSON VITIELLO / ROSANE MARQUES RODRIGUES SAMAHA
SIDNEI ROBERTO DI SESSA / SONIA BERNASCONI SOSNOSKI DAUD
MANUAL DE
DI NÂMI CAS
DE
GRUPO
SOCIEDADE BRASI LEI RA DE SEXUALIDADE H UMANA
PERSONA – CENTRO DE ESTUDOS
EM COMPORTAMENTO H UMANO
1997
Iglu Editora
© Copyright by Ana Cristina Canosa Gonçalves et alii
© Copyright 1997 by Iglu Editora Ltda.
Editor responsável:
Júlio Igliori
Revisão:
Nelson Vitiello
Composição:
Real Produções Gráficas Ltda.
Capa:
Osmar das Neves
M294
Manual de dinâmicas de grupo / coordenador: Nelson Vitiello ; Ana
Cristina Canosa Gonçalves... | et. al. | – São Paulo : Iglu, 1997.
250p. cm.
ISBN 85-85631-33-3
CDD–302.3
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio eletrônico,
mecânico, inclusive por processo xerográfico, sem permissão expressa do Editor
(Lei nº 5.988, de 14.12.73).
Apresentação .............................................................................................. 9
Estratégias para a aprendizagem .......................................................... 11
Um pouco da história.............................................................................. 19
Dinâmicas de Grupo: Proposta, estrutura e objetivos ................... 25
Descrição das dinâmicas de grupo
A escultura .................................................................................................. 29
A Viagem ..................................................................................................... 31
Desenho explicativo ................................................................................. 34
Dessensibilização pela palavra .............................................................. 36
Dinâmica de avaliação ............................................................................. 38
Dinâmica de encerramento ................................................................... 40
Dramatização: A adolescência............................................................... 42
Dramatização: Disfunções sexuais masculinas ................................. 44
Dramatização: Doenças sexualmente transmissíveis...................... 46
Dramatização: Uma ceia de Natal ........................................................ 48
Estudo de casos.......................................................................................... 50
Exclusão ....................................................................................................... 54
Exposição de arte: sexualidade ............................................................. 56
Expressão artística como meio de dar e receber ............................ 58
Fantasias sexuais ........................................................................................ 60
Improvisação: criar uma dinâmica de grupo.................................... 62
Interpretação de texto ............................................................................ 64
Liberação lúdica das fantasias ............................................................... 68
6
O amor, o que é?...................................................................................... 70
Papel do Educador Sexual ..................................................................... 72
Piso mágico ................................................................................................. 74
Rótulos ......................................................................................................... 76
Sexualidade do profissional ................................................................... 78
Sexualidade na família............................................................................ 80
Tornarem-se conhecidos ........................................................................ 82
Treinamento assertivo ............................................................................. 84
Túnel do Tempo ....................................................................................... 86
Abrigo nuclear ........................................................................................... 88
Saco tátil ...................................................................................................... 91
Dinâmica da eleição ................................................................................. 93
Bibliografia recomendada...................................................................... 95
7
8
APRESENTAÇÃO
9
todas as descrições, um roteiro simples e didático, apresen-
tando os objetivos de cada DG, o tamanho ideal do grupo
a qual pode ela ser aplicada, o tempo necessário para seu
desenrolar, etc.
Esperamos assim tornar mais fácil o trabalho de edu-
cadores, especialmente aqueles que se dedicam à educa-
ção sexual, bem como à atividade dos terapeutas, posto
que as DG se constituem em relevante instrumento para o
atendimento de grupos.
Os autores
10
ESTRATÉGI AS PARA A APRENDI ZAGEM
11
mento. O educador terá o desafio de adotar as estratégias
que mais se adequem as características do grupo e ao obje-
tivo que se procura atingir. Entende-se por característi-
cas do grupo a idade, escolaridade, homogeneidade, nível
sócio-econômico e particularidades culturais. Conhecer o
grupo é talvez a melhor estratégia de um educador. E este
conhecimento se dará paulatinamente, na mesma medida
em que as estratégias para a aprendizagem vão sendo ado-
tadas, permitindo a expressão dos membros do grupo.
A seguir, citaremos sucintamente os principais tipos
de abordagens estratégicas para o ensino participativo.
12
grupo deve dizer as palavras ou sensações que lhe vierem a
mente, para que o grupo todo tenha uma “imagem” glo-
bal das idéias do grupo.
13
3) Pesquisas e Projetos
14
a) Seminários:
b) Simpósio:
c) Painel:
15
6) Discussão
7) Grupos
16
9) Sessões de Sensibilização
17
cadas por profissionais maduros e responsáveis, que sai-
bam respeitar o momento emocional dos indivíduos, bem
como os limites das atividades, que devem estar coerentes
com os objetivos propostos.
Como principal técnica de sensibilização temos as
chamadas Dinâmicas deGrupo, que envolvem jogos, drama-
tizações, estudos de caso, desenhos, etc.
18
UM POUCO DA H I STÓRI A
19
O homem sempre apresentou como tendência básica
a necessidade de compreender o Universo. Nesse anseio
de curiosidade, desde sempre tentou usar a ação, a imita-
ção e a representação como meio de expressão, procuran-
do assim influenciar a natureza para viver melhor.
Esta necessidade imperiosa de movimento se manifes-
ta desde o aparecimento da sociedade humana e sua con-
seqüente cultura, através de uma atividade livre, alegre e
divertida: o jogo. Em sua essência, o jogo encerra um senti-
do maior do que a simples manifestação de uma necessida-
de; encerra sua significação. No jogo, existe alguma coisa
“em jogo”, que transcende as necessidades imediatas da
vida e confere um sentido à ação.
A criança, com seus jogos e brincadeiras, nos faz ver
que dentre todas as atividades imprescindíveis para o orga-
nismo – comer, beber, dormir, sobressai a atividade lúdi-
ca. Pois o que a criança quer é jogar, desempenhar, criar
uma realidade própria no seu mundo do “faz de conta”,
do “como se...”. Podemos notar a alegria que as crianças
manifestam quando jogam. Nessas situações surge um pra-
zer natural, espontâneo, que reforça a motivação para con-
tinuar no jogo.
Se observarmos o comportamento das crianças duran-
te seus jogos, poderemos confirmar a impressão de que
elas tem uma crença absoluta na realidade do que esco-
lhem para brincar. O jogo lhes permite ir a um mundo não
real, o mundo da imaginação. Assim, por exemplo, uma
simples caixinha de fósforos pode ser um caminhão, e uma
boneca um ser humano. Entretanto, se questionarmos a
criança que joga com seu “caminhão”, ela nos dirá que está
num “faz de conta”, e que aquilo, na realidade, é uma caixa
de fósforos.
No “faz de conta” a criança alcança um domínio ple-
no da situação, vivendo e convivendo com a fantasia e com
20
a realidade, capaz de instantânea e facilmente passar de
uma situação à outra, criando assim a possibilidade de ela-
boração de seus anseios e fantasias. Essa fascinante capaci-
dade de alternar sonho e realidade de maneira absoluta e
totalmente convicta e convincente, faz com que se desen-
volva a capacidade de dar respostas rápidas à situações
novas e respostas novas à situações já conhecidas. Na ver-
dade, as crianças conseguem tais feitos por terem ainda
bem forte o senso de espontaneidade, que vai se sofisti-
cando e diluindo na medida em que a pessoa se desenvol-
ve. A essência do jogo, da capacidade de se revestir dos
papéis e situações imaginárias, está exatamente nessa ele-
vada espontaneidade, que estimula a liberdade e permite
aos jogadores “viajar” no mundo da imaginação. Através
dessa “viagem” pode-se recriar e descobrir novas formas
de atuação.
É importante, assim, que o indivíduo queira jogar,
que esteja disponível para o jogo, para que não se percam
seus valores de espontaneidade e criatividade. Caso con-
trário, a liberdade também será perdida.
O jogo permite pois ao homem reencontrar a liber-
dade não só através de respostas, mas também na própria
procura de formas novas para os desafios da vida, liberan-
do sua espontaneidade criativa. O jogo nos devolve, com
sua intensidade, uma fascinante energia que nos possibili-
ta ir e vir, trocar e transformar, promovendo a descoberta,
o encontro do homem consigo mesmo, com os outros e
com o Universo.
No jogo se luta, se representa, se imagina ou se sensi-
biliza para alguma coisa. É neste sentido que o jogo enfei-
ta a vida, ornamenta-a e se constitui em uma necessidade
para o homem, ao lhe dar uma consciência de ser diferen-
te da “vida cotidiana”, de compreender e influenciar o
mundo em que vive. Este é também o sentido em que
21
utilizamos o jogo no psicodrama e é o critério que aqui
usamos para colecionar os jogos e classificá-los.
A expressão “dinâmica de grupo” apareceu pela pri-
meira vez em 1944, tendo sido cunhada por Kurt Lewin.
Esse psicólogo, um americano de origem alemã nascido
em Mogilno, em 1890, e morto em Newtonville, Massa-
chusetts, em 1947, esteve inicialmente ligado ao gestaltis-
mo mas, posteriormente, desenvolveu uma teoria própria.
Nesse desenvolvimento aplicou à psicologia social con-
ceitos advindos da topologia geométrica e da física dos
campos de força. Escreveu então “Princípios da Psicologia
Topológica”, em 1936.
Após esses trabalhos concentrou-se no estudo das
dinâmicas dos grupos e na influência do tipo de regime
político-social sobre as crianças, garantindo merecido
lugar de destaque na história do estudo da psicologia de
grupos.
A atuação de Kurt Lewin marcou um período de fun-
damental importância no estudo dos fenômenos ligados
aos grupos. Sua influência se faz notar em muitos estudos,
pesquisas e obras, que desenvolveram suas idéias. Com ele,
a psicologia e o estudo dos processos dinâmicos de atua-
ção das pessoas e dos grupos teve grande desenvolvimento
como ciência.
Lewin fundou um Centro de Pesquisas em Dinâmica
de Grupo, onde testou várias de suas hipóteses e fixou
novos objetivos de pesquisa em psicologia social, cogitan-
do novos caminhos mais funcionais, eficientes e criativos
para o estudo das relações interpessoais e intergrupais.
Para ele, só o estudo de pequenos grupos poderia dar sub-
sídios que nos levassem a compreender o que se passa nos
macro-grupos.
Diversas disciplinas contribuíram para a elaboração e
fundamentação da teoria da dinâmica de grupo, entre
22
elas a psicologia, a sociologia, a antropologia, as ciências
políticas, a economia, a pedagogia, a medicina e outras.
Começaram então a surgir diversas atividades grupais que
se utilizavam dessas técnicas, tais como orientação de
casais e de adolescentes, grupos de tratamento e auto-
ajuda ( alcoólicos anônimos, por exemplo) , grupos volta-
dos para educação de adultos ou para aspectos educacio-
nais específicos, como a educação sanitária, e inúmeros
outros grupos voltados para aspectos gerais ou particula-
res de processos pedagógicos.
Quatro foram as profissões que marcaram de manei-
ra importante o estudo e o desenvolvimento das técnicas
de dinâmica de grupo.
Serviço Social
Psicoterapia
Educação
23
Administração
24
DI NÂMI CAS DE GRUPO
1 – PROPOSTA
2 – ESTRUTURA
25
si mesmo, em seus processos de vida, não estarão cum-
prindo adequadamente suas finalidades.
3 – OBJETIVOS
4 – PARTICIPANTES
26
Descrição das principais Dinâmicas
de Grupo
utilizadas nos Cursos
27
28
A ESCULTURA
Objetivo:
Este jogo se propõe a provocar a capacidade de ima-
ginação e fantasia dos adultos, freqüentemente relegados
a um segundo plano.
Tamanho do grupo:
Vinte a trinta pessoas, dispostas em círculo.
Tempo exigido:
1 hora.
Material necessário:
Nenhum.
Ambiente físico:
Sala de aula ampla, sem carteiras.
Processo:
Um dos participantes, como se estivesse trabalhando
com argila, deve “esculpir” com as próprias mãos um
determinado objeto e “entregá-lo” ao seu companheiro
da direita, que deve receber e dizer o que recebeu ( o
que imagina que lhe foi entregue) . A seguir, “desmancha”
a escultura, faz outra e passa para o seu companheiro da
29
direita, que procede da mesma forma, até se completar a
rodada.
Fechamento:
O facilitador discutirá com os participantes sobre as
dificuldades de representação espacial que todos temos, e
como essa relativa incapacidade pode geral mal enten-
didos. Enfatizará também que nosso “filtro sensorial” faz
com que vejamos o que estamos predispostos a ver.
30
A VI AGEM
Objetivo:
Fazer com que os participantes desenvolvam a capaci-
dade de imaginação e a criatividade. Promover o relaxa-
mento.
Tamanho do grupo:
De 25 a 35 participantes.
Tempo exigido:
De uma hora a uma hora e meia, dependendo do
tamanho do grupo.
Material necessário:
Texto a ser lido por um dos facilitadores.
Ambiente físico:
Sala ampla, sem carteiras.
Processo:
Pede-se aos participantes que formem um círculo,
todos sentados no chão e de mãos dadas aos vizinhos, man-
tendo os olhos fechados. Um dos facilitadores lerá então,
bem pausada e claramente o texto a seguir, solicitando aos
31
participantes que se concentrem o mais possível durante o
exercício.
A VIAGEM...
32
montanha, refaz o caminho da ida e passa novamente pela
área iluminada e aquecida pelo foco de luz branca.
Todos vão se sentando novamente em círculo, dando
as mão aos vizinhos. Com a mão direita, você faz sutil pres-
são na mão esquerda de seu vizinho, enquanto recebe, em
sua mão esquerda, a pressão que o outro vizinho lhe faz.
Na medida em que recebe a pressão em sua mão esquer-
da, você procura transmiti-la, em idêntico grau, ao seu
vizinho da direita.
Enquanto as pressões vão se igualando, a luz, de iní-
cio branca, vai se tornando cada vez mais azulada. Após
estabilização da coloração da luz, os participantes devem
ir lentamente afrouxando a pressão exercida, com o que,
concomitantemente, a luz irá diminuindo de intensidade,
até a extinção total.
Fechamento:
Os participantes serão instruídos a seguir para ir len-
tamente abrindo os olhos e retomando contato com o am-
biente. Quando todos estiverem em plena vigília, serão
instados a relatar qual a pergunta feita ao monge e qual a
resposta recebida. Claro que isso será feito voluntariamen-
te, reservando-se aos que assim o preferirem, o direito ao
silêncio sobre o assunto.
No final, o coordenador chamará a atenção de todos
para os diversos aspectos envolvidos, tais como a maior ou
menor facilidade em soltar a imaginação, e a curiosidade
íntima de cada um.
33
DESENHO EXPLI CATI VO
Objetivo:
Esse exercício se destina a integrar os participantes e
a demonstrar aos profissionais a distância existente entre
o conhecimento teórico e a aplicação desse conhecimento
na prática, permitir que o participante visualize seus con-
ceitos sobre o tema abordado através da técnica do dese-
nho e proporcionar a reflexão e a discussão sobre a exter-
nalização dos conceitos e de como isso é projetado nas
relações sociais travadas pelo indivíduo.
Tamanho do grupo:
Vinte a trinta pessoas, subdivididas em grupos de 4 ou
5 elementos.
Tempo exigido:
1 hora.
Material necessário:
Nenhum.
Ambiente físico:
Sala de aula, sem carteiras.
34
Aquecimento:
O grupo deve caminhar pela sala, o mais unido possí-
vel, obedecendo à voz de comando do facilitador, ( mais
rápido, mais lento, de costas, pulando, etc...)
Processo:
Após o aquecimento, o grupo deve se dividir em dois
subgrupos, cada qual ficando sob a supervisão de um faci-
litador. Um dos participantes de cada subgrupo deve dei-
tar-se sobre ampla folha de papel, enquanto o resto do
grupo desenha sua silhueta. Idealmente, cada subgrupo
deve escolher um modelo de cada sexo. Depois, o grupo
deve localizar e desenhar os órgãos sexuais na figura, espe-
cificando suas funções. Pode-se pedir para que os subgru-
pos se unam e desenhem uma terceira figura, desenhando
e localizando os órgãos que representariam o intersexo.
Fechamento:
O facilitador pode discutir as facilidades e dificulda-
des encontradas pelos subgrupos, na representação da
anatomia de cada sexo. Podem-se colocar os desenhos em
local visível, abrindo a discussão.
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DESSENSI BI LI ZAÇÃO PELA PALAVRA
Objetivo:
Esse exercício, além de desembaraçar os integrantes
do grupo, alerta os profissionais para a necessidade do uso
da nomenclatura correta, em situações específicas.
Tamanho do grupo:
Vinte a trinta pessoas.
Tempo exigido:
1 hora.
Ambiente físico:
Sala de aula ampla, com carteiras.
Material utilizado:
Um quadro ou flip-chart.
Processo:
1 – Palavras, de alguma maneira ligadas ao exercício
da sexualidade, vão sendo sugeridas pelos participantes e
anotadas numa lousa;
2 – Os facilitadores pedem aos participantes, em
seqüência, que dêem sinônimos populares para cada uma
das palavras.
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Ex: Pênis Vagina Homossexual masculino Ato sexual
Pinto Xoxota Viado Trepada
Fechamento:
Os facilitadores devem ouvir os depoimentos dos par-
ticipantes sobre seus sentimentos ao formularem as frases,
enfatizando como por vezes é difícil se expressar. Devem
também enfatizar que, especialmente quando se visa a
educação sexual, é importante que se use a terminologia à
qual os educandos estão habituados.
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DI NÂMI CA DE AVALI AÇÃO
Objetivo:
Esse exercício se propõe a fazer uma análise objetiva e
conclusiva sobre o curso realizado e todos os aspectos nele
envolvidos: qualidade das aulas, corpo docente, material
didático, etc...
Tamanho do grupo:
De 20 a 30 pessoas.
Tempo exigido:
Uma hora.
Material necessário:
Lousa ou flip-chart
Ambiente físico:
Sala de aula, com carteiras.
Processo:
Na lousa, são dispostos em fileiras os diferentes itens
envolvidos no Curso e, logo abaixo deles, cada aluno escre-
verá um adjetivo para qualificar esses itens. É importante
38
que cada participante possa se expressar sem constran-
gimento. Para isso, o facilitador pode distribui papéis de
tamanho e cor iguais para todos, onde cada um escreve
suas opiniões sobre cada item. Depois, o facilitador cola os
papéis nas colunas correspondentes.
Ex:
Corpo
Docente Dinâmicas Aulas.
Aluno 1 Bom Ótimas Regulares
Aluno 2 Medíocre Ótimas Ruins.
Fechamento:
O facilitador enfatizará as opiniões dos alunos, levan-
do sempre em conta a possibilidade de que, uma vez inicia-
do o processo dinâmico de crítica, podem surgir situações
em que as críticas são formuladas por alguns participantes
apenas para marcar presença, sendo por vezes injustas e
imotivadas.
39
DI NÂMI CA DE ENCERRAMENTO
Objetivo:
Propiciar um clima de despedida fraternal entre os
participantes, no fechamento do encontro.
Tamanho do grupo:
Todo o grupo envolvido.
Tempo exigido:
Uma hora
Material necessário:
Massa de modelar, de várias cores.
Ambiente físico:
Sala de aula, de preferência sem carteiras fixas, para
que se possa, se desejado, abrir espaços para sentar no
chão.
Processo:
O coordenador pedirá que cada participante repre-
sente, usando massa de modelar, seu sentimento pelo cur-
so. Depois, cada participante deverá falar em voz alta o
que quis demonstrar com sua massa de modelar.
40
Fechamento:
O facilitador chamará a atenção de todos para as
naturais dificuldades de expressão, especialmente quando
se trata de demonstrar emoções.
41
DRAMATI ZAÇÃO: A ADOLESCÊNCI A
Objetivos:
Propiciar aos participantes a oportunidade de viven-
ciarem determinadas situações no papel de adolescentes e
no de adultos que lidam com adolescentes, em algumas
situações problemáticas.
Tamanho do grupo:
25 a 40 pessoas.
Tempo exigido:
1 hora.
Material utilizado:
Papéis a serem distribuídos para subgrupos, com fra-
ses indicando situações a serem dramatizadas.
Ambiente físico:
Sala suficientemente ampla para realização do exer-
cício.
Processo:
O Coordenador dividirá a turma em 4 subgrupos,
cada um dos quais receberá uma folha de papel com a
frase que indica o tema ou situação a ser dramatizada.
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Cada subgrupo terá 20 minutos para discussão do tema
que lhe coube, após o que o subgrupo ou um de seus
representantes dramatizará a situação para o grupo todo.
Após a apresentação de todos os subgrupos, o Coor-
denador deverá fazer as observações necessárias acerca do
trabalho, explorando também as sensações experimenta-
das pelos membros envolvidos na vivência.
Finalmente, cada um dos participantes deve ser insta-
do a prestar um depoimento sobre como se sentiu inter-
pretando o papel que lhe coube.
43
DRAMATIZAÇÃO:
DI SFUNÇÕES SEXUAI S MASCULI NAS
Objetivo:
Confrontar educadores com situações de desesta-
bilização emocional, advindas de disfunções sexuais mas-
culinas, para que repensem suas posições a respeito do
assunto e consigam se colocar no lugar de seus pacientes e
educandos.
Tamanho do grupo:
Idealmente de 20 a 30 pessoas, subdivididas em gru-
pos de 5 pessoas.
Local:
Sala ampla, sem carteiras.
Material necessário:
Nenhum
Aquecimento:
O grupo deverá caminhar pela sala, observando seu
corpo e procurando concentrar-se.
Processo:
Cada subgrupo deverá dramatizar uma das situação
descritas a seguir, para posterior discussão com o grupo.
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1) – O casal está com dificuldades no relacionamento,
pois o marido apresenta algum tipo de disfunção sexual.
Cada um deles procura um profissional da área médica
para expor o problema. Durante a consulta, ao descre-
verem a situação, apresentam diferentes percepções dos
fatos, caracterizando uma inadequação sexual.
2) – Situação familiar corriqueira, com marido, mu-
lher, filhos, sogra ou empregada, na qual um conflito do
dia a dia impede ou dificulta a vivência de uma situa-
ção sexual para satisfação de um desejo demonstrado pela
esposa.
3) – Num grupo de adolescentes masculinos, como é
próprio dessa faixa etária, eles intensificam, valorizam e
fantasiam as próprias vivências. Deste grupo, um adoles-
cente se destaca e, em voz alta, se questiona, comparando
suas próprias vivências com as apresentadas pelos demais.
4) – Um grupo de homens na terceira idade jogando
dominó e tecendo comentários a respeito da ausência
de um dos frequentadores da roda. Ele não está porque
arrumou uma namorada vinte anos mais nova. Comen-
tários maldosos a respeito da capacidade do amigo em
satisfazê-la.
5) Situação familiar na qual apresentam-se diferentes
condutas em relação à sexualidade ( filha reprimida, filho
mais velho que pode tudo) , culminando numa absurda
pressão do pai para que o caçula se inicie sexualmente.
Fechamento:
A discussão com os alunos deverá ressaltar não apenas
os fatos inerentes a cada situação simulada, mas também a
importância de que o educador tome contato com situa-
ções que muitas vezes não fazem parte de seu dia a dia,
porém reconhecidamente existem e devem ser levadas
em conta.
45
DRAMATI ZAÇÃO: DOENÇAS
SEXUALMENTE TRANSMI SSÍ VEI S
Objetivo:
Propiciar aos participantes a oportunidade de viven-
ciar determinadas situações no papel de Educador, frente
à problemática enfrentada pelos portadores de Doenças
Sexualmente Transmissíveis ( DST) .
Tamanho do grupo:
30 a 35 participantes.
Tempo exigido:
Uma hora.
Material utilizado:
Tiras de papel contendo os temas a serem vivenciados
pelos participantes.
Ambiente físico:
Sala ampla.
Processo:
Os participantes são subdivididos em pequenos gru-
pos de 8 a 10 pessoas cada um. Cada subgrupo receberá
uma tira de papel com a situação a ser encenada, dentre as
46
sugeridas a seguir. Após 10 a 15 minutos de prazo, cada
subgrupo apresentará a todos sua encenação.
Os participantes serão instados a apresentar depoi-
mentos sobre suas sensações e emoções durante a expe-
riência.
Fechamento:
Os facilitadores deverão realçar o estigma social que
acompanha as DST, bem como os aspectos ligados ao
temor à morte, em casos de AIDS. É importante também
que aponte para as dificuldades que cada um tem em falar
de si próprio e em se encarar como “promíscuo”.
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DRAMATI ZAÇÃO: “UMA CEI A DE NATAL”
Objetivo:
Confraternização dos participantes.
Tempo exigido:
Uma hora a uma hora e meia.
Tamanho do grupo:
De 10 a 40 pessoas.
Material necessário:
Nenhum.
Ambiente:
Sala ampla.
Processo:
Uma Ceia de Natal é dramatizada livremente, ficando
os participantes soltos na escolha e na interpretação dos
papéis. Tem por finalidade levar o indivíduo a uma expres-
são espontânea e criativa, que possibilite a recriação dos
papéis rigidamente desempenhados na situação real, aná-
loga à da apresentação.
48
Fechamento:
Fase dos comentários. Esta fase tem função importan-
te e que transcende o nível puramente grupal: a de mar-
car a relação da temática explicitada no contexto dramáti-
co com o contexto social.
49
ESTUDO DE CASOS
Objetivo:
Promover a reflexão e a discussão acerca de um caso
específico que necessite de uma “solução” a ser buscada
pelo grupo.
Tamanho do grupo:
Mínimo de 5 e máximo de 25 participantes. O exercí-
cio poderá ser feito com vários subgrupos.
Tempo requerido:
1 hora.
Ambiente físico:
Sala ampla, que possa acomodar os participantes.
Material exigido:
Uma cópia do Estudo de Caso para cada subgrupo.
Um quadro, lousa ou flip-chart para anotações.
Processo:
1 – O facilitador pede para que os participantes se
dividam em subgrupos.
50
2 – Distribui-se uma cópia do Estudo de Caso para
cada subgrupo, que deverá lê-la, discuti-la e refletir sobre
o caso, buscando uma “solução” para ele. Cada subgrupo
poderá receber casos diferentes, ou todos poderão rece-
ber cópias do mesmo caso.
3 – Cada subgrupo deverá eleger um relator, para
que este exponha a solução encontrada por seu grupo
para o caso em pauta. O facilitador, enquanto isso, anota-
rá no quadro os pontos principais das reflexões de cada
subgrupo.
4 – Abre-se a discussão para todos os participantes.
Fechamento:
O facilitador estimulará discussão entre os participan-
tes, buscando o enfoque das diferentes interpretações e
diferentes soluções encontradas para cada caso.
CASO 1
51
CASO 2
CASO 3
52
sente prazer nenhum nas relações e que pretende procu-
rar um terapeuta sexual. C. M. acredita que seu casamento
está falindo, até porque tem mantido relações sexuais
extraconjugais com várias mulheres ( inclusive algumas
colegas de trabalho) , achando que sua esposa está descon-
fiada disso. Tem tomado um anti-depressivo ( Prozac) por
conta própria, sem perceber qualquer melhora em seu
estado de depressão, o que tem afetado seriamente seu
trabalho na empresa.
53
EXCLUSÃO
Objetivos:
1 – Permitir aos participantes experimentar cons-
cientemente o que significa ser excluído do grupo.
2 – Confrontar sentimentos que se originam da
exclusão.
3 – Experimentar processos pelos quais a identida-
de social é concedida pelo grupo excluído e aceita pelos
membros excluídos.
Tamanho do grupo:
Ilimitado. Devem ser formados subgrupos de 5 pessoas.
Tempo exigido:
De uma hora a uma hora e meia.
Material utilizado:
Refrigerantes e biscoitos.
Ambiente:
Sala ampla para acomodação dos participantes.
Processo:
1 – O facilitador forma subgrupos de 5 pessoas, dei-
xando uma pequena distância entre um grupo e outro. O
54
critério para o agrupamento deve ficar por conta dos pró-
prios participantes.
2 – Cada subgrupo é orientado para excluir um mem-
bro. O critério para exclusão deve ser fixado pelo próprio
grupo. Cada subgrupo terá 20 minutos para cumprir essa
tarefa. Assim que cada subgrupo tiver escolhido um mem-
bro para ser excluído, estes serão encaminhados juntos
para um lugar prefixado da sala, o mais distante possível,
mas à vista, dos subgrupos originais.
3 – O subgrupo dos “excluídos” é orientado para con-
versar entre si. Enquanto isso, é servido refrigerante e bis-
coitos para os integrantes dos subgrupos originais, que
não devem se comunicar com os membros do subgrupo
dos excluídos.
4 – Cada subgrupo original escolhe um porta-voz, que
deverá explicar quais foram os critérios usados na exclu-
são de um dos seus integrantes.
5 – O facilitador convida a seguir o subgrupo dos
excluídos a localizar-se no centro da sala, onde cada um
dos seus membros dirá a razão de sua exclusão do sub-
grupo original, se acha que essa exclusão foi justa, como se
sente em relação ao subgrupo que o excluiu e também em
relação aos outros membros do subgrupo dos excluídos.
6 – Os excluídos são então instados a voltarem aos seus
grupos de origem e procurarem novamente se integrar.
7 – Reúne-se então o grupo todo e o facilitador apre-
senta comentários acerca do exercício realizado, enfati-
zando os aspectos sociais e sexuais, as características das
pessoas “normais” e das “estigmatizadas”, bem como a
interação entre os estigmatizados.
55
EXPOSI ÇÃO DE ARTE: “SEXUALI DADE”
Objetivos:
Fazer a leitura do processo de criação, identificando
os sentimentos surgidos na elaboração de um objeto de
arte referente a sexualidade.
Tamanho do grupo:
Ilimitado. Subgrupos de 6 pessoas.
Tempo exigido:
Aproximadamente uma hora.
Ambiente:
Sala ou salas suficientemente amplas para a acomoda-
ção dos participantes.
Material utilizado:
Folhas de cartolina, sucata, cola, tintas, pincéis.
Processo:
1 – O facilitador solicita aos integrantes do grupo que
se dividam em subgrupos de no máximo 6 pessoas.
2 – Propõe que cada subgrupo se utilize do material
disponível para confeccionar, em 30 minutos, um objeto
de arte que transmita elementos da sexualidade do grupo.
56
3 – Arrumada a “exposição” dos objetos produzidos,
solicita-se que um representante de cada subgrupo iden-
tifique-se com o objeto e, na primeira pessoa do singular,
identifique-se com ele e transmita seu significado para
todo o grupo.
4 – Após o término das explanações, o grupo como
um todo terá 10 minutos para expressar sentimentos que
tenham surgido durante a confecção do objeto ou da sua
apresentação, discutindo-se as emoções emergentes duran-
te o processo de criação.
57
EXPRESSÃO ARTÍ STI CA
COMO MEI O DE DAR E RECEBER
Objetivos:
Vivenciar os problemas ocorrentes em sentimentos,
com o dar e receber um presente. Facilitar o relaciona-
mento interpessoal através da percepção que se tem do
outro. Explorar as dimensões de um encontro breve.
Tamanho do grupo:
De 30 a 35 participantes.
Tempo exigido:
Uma hora.
Material utilizado:
Massa de modelar.
Ambiente físico:
Sala ampla para acomodar todos os participantes.
Processo:
Os facilitadores solicitam aos participantes que cami-
nhem em silêncio pela sala, e que formem par com alguém
por quem se sintam atraídos ou por quem tenham maior
afinidade. Pede-se então aos participante que utilizem a
58
massa de modelar para fazer um presente a ser dado ao
seu par.
Terminada a tarefa, os facilitadores solicitam que cada
um entregue o seu “presente” à pessoa escolhida, dizendo
os motivos que o levaram a presenteá-la.
Fechamento:
Os facilitadores pedirão aos participantes para que
digam como se sentiram ao dar e ao receber os presentes,
enfatizando as dificuldades que a maioria tem para esco-
lher o que dar e, principalmente, para receber presentes.
59
FANTASI AS SEXUAI S
Objetivo:
Estimular a percepção de emoções e comportamen-
tos frente à declaração de fantasias sexuais.
Tamanho do grupo:
Indefinido. Subgrupos de quatro a sete participantes.
Tempo exigido:
Aproximadamente uma hora.
Material:
Objetos estimuladores da sexualidade ( meias femini-
nas, echarpe, cueca, etc.) .
Ambiente:
Sala ampla.
Processo:
1 – O critério da subdivisão em grupos será feito atra-
vés da eleição de um objeto, que será apresentado pelo
facilitador.
2 – Com a posse do objeto, o grupo se reúne para
discutir e criar uma fantasia sexual.
60
3 – Os subgrupos escolherão um relator, que expli-
citará a fantasia criada. O relato deve ser feito na primeira
pessoa do singular.
4 – Os subgrupos discutirão os sentimentos emergen-
tes através da escuta dos relatos dos outros subgrupos.
5 – Os subgrupos elegerão novo relator para decla-
rar ( na primeira pessoa do singular) as emoções causadas
pelos outros relatos.
Fechamento:
As emoções serão compartilhadas e discutidas por
todos, sob a coordenação do facilitador, que enfatizará
os aspectos mais importantes dos sentimentos desenca-
deados.
61
I MPROVI SAÇÃO:
CRI AR UMA DI NÂMI CA DE GRUPO
Objetivos:
Estimular os participantes a utilizarem os conheci-
mentos teóricos obtidos no decorrer do Curso, formulan-
do uma DG de qualquer tipo. Avaliar os conhecimentos
transmitidos.
Tamanho do grupo:
Vinte a trinta pessoas.
Tempo exigido:
Uma hora.
Ambiente físico:
Sala ampla, sem carteiras.
Processo:
Os alunos serão divididos em subgrupos, e a eles será
pedido que, com base nas aulas que já tiveram, montem
dinâmicas de grupo, painéis de discussão, etc., para apre-
sentação posterior para toda a sala.
Fechamento:
Deve ser chamada a atenção do grupo para a necessi-
dade de conhecimento e domínio das diferentes técnicas
62
de dinâmica. Esse tipo de conhecimento torna impro-
visações de qualquer tipo viáveis, o que num projeto de
educação é sempre necessário.
63
I NTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Objetivo:
Deixar claro aos participantes a dificuldade em iden-
tificar comportamentos ou situações que podem ser carac-
terizadas como sensuais ou como sexuais, pois o que é
sensual para um pode ser sexual para outros.
Tamanho do grupo:
De 20 a 35 participantes.
Tempo exigido:
Cerca de uma hora.
Material utilizado:
Cópias do texto a ser analisado. Canetas com tinta
azul e vermelha
Ambiente físico:
Sala ampla, com carteiras.
Processo:
Explicar os objetivos da dinâmica, e solicitar que se
dividam 4 ou cinco subgrupos. Cada subgrupo deve ler o
texto em conjunto e promover discussão sobre o que cada
um e o que o grupo julga como sendo sensual ou sexual,
64
sublinhando cada situação com uma das cores de canetas
fornecidas. As conclusões de cada subgrupo serão apre-
sentadas por um relator, eleito pelo próprio subgrupo.
Após a discussão, os grupos se reúnem e o relator de
um dos grupos apresenta a todos as passagens que seu
grupo considerou como sensuais ou como sexuais, jus-
tificando esses conceitos. A seguir, os relatores dos outros
grupos apresentarão os pontos de concordância ou não
com o primeiro relator, devendo ser dado a todos a opor-
tunidade de expor os motivos das concordâncias ou dis-
cordâncias.
Fechamento:
Os facilitadores devem chamar a atenção para as dife-
renças surgidas, mostrando a todos que certos concei-
tos não podem ser “fechados” e que deixa de haver una-
nimidade em inúmeros pontos referentes à sexualidade
humana.
PENSANDO EM VOCÊ
65
árido não elimina minha percepção de beleza da paisa-
gem que vejo.
Volto para a cama e começo a lembrar de você. Sinto
saudade. As cenas do nosso último encontro passam em
minha tela mental, produzindo uma sensação muito
prazerosa. Imagino que estamos novamente naquela ade-
ga. O sabor do vinho se mistura com o sabor do teu beijo
molhado. Meu corpo vibra, se aquece, como se estivesse se
repetindo aquele momento. Lembro-me que seu beijo e
seu abraço, inicialmente aconchegantes, vão aos poucos
se tornando intensos e fortes. A excitação foi tomando
conta de nossos corpos e da nossa mente. E agora, como
se estivesse com você, vou sentindo em minha roupa a
umidade do carinho e dos toques que recebi.
Já é hora de sair da cama. Logo você vai chegar e
gostaria de preparar um café especial.
Depois de um banho morno, fico mais disposta. Colo-
co um disco de música romântica. Preparo a mesa com
sabores gostosos de geléias, frutas e biscoitos.
A campainha toca e tenho certeza que é você. São
8:30 horas.
O abraço que você me dá traduz-se por uma saudade
intensa.
Pouco nos envolvemos com o café, pois muitas coisas
haviam a serem ditas. A conversa foi estimulante. Fiquei
contente em saber que tudo havia ocorrido como você
esperava.
Não vimos o tempo passar. Já eram 10:30 horas.
Fomos para a sala escutar música, como sempre gos-
tamos de fazer. Logo era hora do almoço e os amigos nos
esperavam num restaurante. Passamos o restante do dia
com os amigos, num clima alegre.
À noite estávamos em casa; tomamos um banho e
fomos para o quarto, que estava iluminado pela lua cheia.
66
Nossas carícias produziam sensações agradáveis. Sentia
que em cada parte do seu corpo que eu tocava era como
se você percebesse diferente. A excitação do toque nos
lábios induzia ao desejo da carícia genital. Nossos toques
se transformaram em movimentos sincronizados e arden-
tes do envolvimento de nossos corpos.
Do calor veio o êxtase. Do clímax veio a calma e
o aconchego. Trocamos amor, fazendo amor, sentindo
amor.
Dormimos felizes.
67
LI BERAÇÃO LÚDI CA DAS FANTASI AS
Objetivo:
Fazer com que os indivíduos fantasiem, num exercí-
cio saudável de capacidade imaginativa. Vivenciar e enten-
der a importância das fantasias eróticas para a vida sexual.
Vivenciar os problemas com sentimentos que aparecem
ao esboçar uma fantasia erótica.
Tamanho do grupo:
30 participantes.
Tempo exigido:
Uma hora.
Material utilizado:
Uma boneca.
Ambiente físico:
Sala ampla, sem carteiras.
Processo:
Os facilitadores solicitam aos participantes que for-
mem um círculo. Será dada a instrução para que cada par-
ticipante faça e diga o que quiser para a boneca, liberando
ludicamente sua fantasia. Após fazer isso, passará a boneca
68
para o colega da direita, que deverá evitar repetir os que o
antecederam.
Quando todos tiverem terminado suas tarefas, os
facilitadores solicitam que os participantes formem pares;
cada elemento do par deverá fazer no outro exatamente o
que fez e disse para a boneca.
Fechamento:
Ao término do exercício, os facilitadores devem soli-
citar aos participantes depoimentos sobre suas sensações
durante o exercício.
69
O AMOR, O QUE É?
Objetivo:
Levar os participantes a perceber que as pessoas, em
função de diferentes histórias de vida, têm diferentes pos-
turas sobre esse tema. Levá-los também a refletir como
sentem, intimamente, o tema proposto.
Tamanho do grupo:
Vinte a trinta pessoas.
Tempo exigido:
1 hora.
Ambiente físico:
Sala de aula ampla, com as carteiras dispostas em
círculo.
Aquecimento:
Caminhando em silêncio, perceber o seu corpo.
Processo:
Cada participante recebe uma folha de papel, sendo-
lhe solicitado que complete, individualmente, a frase: “O
amor é...”
70
Em seguida, as folhas serão recolhidas e os partici-
pantes devem se dividir em 3 grupos. Para cada grupo será
sorteado um tema:
1) Amor altruísta
2) Amor romântico
3) Amor biológico
Fechamento:
O coordenador deverá então, analisar cada argumen-
to usado pelos grupos, ressaltando a importância de todas
as formas de amor.
71
PAPEL DO EDUCADOR SEXUAL
Objetivo:
Levar o grupo a uma reflexão sobre o papel do educa-
dor sexual.
Tamanho do grupo:
Ilimitado. Subgrupos de 3 a 10 pessoas.
Tempo exigido:
De uma hora a uma hora e meia.
Ambiente:
Sala ampla.
Material:
Papel e lápis para cada participante.
Processo:
1 – Aquecimento do grupo; o facilitador pedirá que
cada integrante individualmente escreva 3 características
esperadas num educador sexual e 3 características que
esse educador não deve ter. Os papéis serão entregues ao
facilitador.
2 – O grupo é dividido, ao acaso, em subgrupos com 3
a 10 participantes cada um.
72
3 – Os papéis entregues ao facilitador serão distribuí-
dos ao acaso entre os participantes dos subgrupos, que
discutirão as características positivas ou não ali listadas.
4 – Cada subgrupo apresentará suas conclusões sobre
quais devem ser as características desejáveis do educador
sexual através de uma imagem, sem se utilizar palavras.
5 – Será aberta discussão, sob a coordenação do
facilitador.
Fechamento:
O facilitador enfatizará as dificuldades enfrentadas
sempre que se queira reduzir um assunto tão complexo
como este. Enfatizará ainda a importância da linguagem
não verbal na comunicação entre as pessoas.
73
PI SO MÁGI CO
Objetivo:
Este jogo se propõe a provocar a capacidade de imagi-
nação e fantasia dos adultos, sempre relegados a um segun-
do plano. Pode ser utilizada como uma Dinâmica isolada,
ou como técnica de aquecimento para outras Dinâmicas.
Tamanho do grupo:
De 20 a 30 participantes.
Tempo exigido:
15 a 30 minutos.
Material necessário:
Nenhum.
Ambiente físico:
Sala ampla e arejada, de dimensões tais que permita a
livre locomoção dos participantes.
Processo:
O grupo todo deve andar livremente pela sala, imagi-
nando que está caminhando sobre pedras; na areia quen-
te; na beira da praia, na grama; na chuva; em um dia de
74
intenso calor; sobre a neve; na atmosfera; onde não há
gravidade; num bosque florido, etc.
Fechamento:
O facilitador enfatizará a importância do uso da fan-
tasia para um melhor relacionamento interpessoal, bem
como nos atos da vida diária.
75
RÓTULOS
Objetivo:
O exercício demonstra a facilidade com que as pes-
soas são rotuladas e reduzidas ao que se pode ver na “em-
balagem”, sem que tenham tempo de mostrar o que real-
mente são.
Tamanho do grupo:
Vinte ou trinta pessoas, dispostas em sete ( 7) sub-
grupos.
Tempo exigido:
1 hora.
Material utilizado:
Cartões e fita adesiva.
Ambiente físico:
Sala de aula ampla, sem carteiras.
Processo:
Sete dos integrantes, um de cada subgrupo, recebe-
rão – sem que saibam o que nele está escrito – um rótulo a
ser aderido à sua testa. Nos rótulos estarão escritas frases
como as que se seguem:
76
• SOU ENGRAÇADO, RIA.
• SOU TÍMIDO, AJUDE-ME.
• SOU SURDO, GRITE.
• SOU MENTIROSO, DESCONFIE.
• SOU CRIATIVO, OUÇA-ME.
• SOU INSIGNIFICANTE, IGNORE-ME.
• SOU MUITO PODEROSO, BAJULE-ME.
Fechamento:
O facilitador perguntará a cada um dos ‘rotulados’
como se sentiu naquela situação, e que tipo de percepção
teve sendo assim discriminado.
77
SEXUALI DADE DO PROFI SSI ONAL
Objetivos:
Tentar qualificar um bom educador sexual; Esclare-
cer conceitos de valores e ética profissional.
Tamanho do grupo:
De 30 a 35 participantes.
Tempo exigido:
Uma hora.
Material utilizado:
Cópia dos itens profissionais. Caneta ou lápis.
Ambiente físico:
Sala ampla, com carteiras.
Procedimento:
Os participantes são divididos em subgrupos de 5 a 8
pessoas, recebendo cada subgrupo uma cópia dos atri-
butos profissionais, sendo instruídos a colocá-los em uma
ordem decrescente de prioridade. Cada subgrupo apre-
sentará então suas conclusões, que devem – na medida do
possível – serem atingidas por consenso. As opiniões dos
diversos subgrupos são debatidas, tendo todos os partici-
pantes oportunidade de se manifestar.
78
Fechamento:
Os facilitadores devem enfatizar:
– as dificuldade para se chegar a um consenso dentro
de cada grupo;
– a multiplicidade de enfoques possíveis;
– as dificuldades de se lidar com conceitos simplistas,
tipo “certo/ errado”, em temas complexos como este.
Cada participante deve expressar seus sentimentos ao
vivenciar a dinâmica.
Atributos profissionais:
1 – Experiência educacional
2 – Competência
3 – Maturidade psicossocial
4 – Empatia
5 – Ausência de preconceitos
6 – Ética
7 – Flexibilidade
8 – Qualidades pedagógicas
9 – Permissividade
10 – Capacidade de perceber o que sentiria caso esti-
vesse na situação e na circunstância experimentada por
outra pessoa.
11 – Habilidade do educador em não julgar o com-
portamento sexual dos educandos.
12 – Capacidade de consentir, de ser indulgente, de
ser tolerante.
13 – Capacidade de esclarecer, ensinar, educar.
14 – Habilidade na escolha e ajustamento da atitude
técnica mais adequada.
15 – Não utilização do educando para gratificações
neuróticas.
16 – É o estar bem, isto é, ajustado consigo mesmo e
praticamente seguro de sua sexualidade.
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SEXUALI DADE DENTRO DA FAMÍ LI A
Objetivo:
Identificação dos conceitos culturais sobre sexualidade.
Tamanho do grupo:
Ilimitado.
Tempo exigido:
De uma hora a uma hora e meia.
Material necessário:
Nenhum.
Ambiente:
Sala suficientemente ampla.
Processo:
1 – O facilitador solicita que o grupo maior divida-se
em subgrupos, pelo critério dos países de origem de seus
ancestrais.
2 – Os subgrupos discutirão a respeito das formações e
informações sexuais recebidas durante sua criação, basea-
da em sua família de origem.
3 – Cada subgrupo irá demonstrar em plenária a con-
clusão da discussão do tema através de uma “estátua” ou de
uma cena ( imagem não verbal) .
80
Fechamento:
O facilitador coordenará a discussão, enfatizando as
diferenças e similitudes constatadas, bem como suas impli-
cações para o comportamento sexual futuro dos envol-
vidos.
81
TORNAREM-SE CONH ECI DOS
Objetivos:
Ajudar os membros do grupo a se conhecerem, de
uma maneira fácil e não ameaçadora. Explorar os senti-
mentos que se originam desse conhecimento. Explorar
as dimensões desse encontro. Enfatizar a necessidade de
saber escutar cuidadosamente durante uma conversa.
Treinar a memória.
Tamanho do grupo:
De 25 a 35 pessoas.
Tempo exigido:
Aproximadamente uma hora.
Material necessário:
Nenhum.
Ambiente:
Sala ampla, com carteiras.
Processo:
O facilitador forma subgrupos a dois, orientando a
todos para que, durante cinco a dez minutos conversem e
procurem se conhecer mutuamente, focalizando as carac-
82
terísticas pessoais de cada um. Importa lembrar que esse
exercício visa igualmente treinar para o “saber ouvir”.
Para isso, convém assegurar-se que entendeu bem, dizen-
do por exemplo “o que ouvi dizer foi...”.
Após dez minutos forma-se um círculo maior, caben-
do a cada participante apresentar seu colega a todos.
Aquele que está sendo apresentado não deverá intervir
durante a apresentação, podendo entretanto complemen-
tá-la ou corrigi-la ao final.
Fechamento:
Os facilitadores coordenam a discussão, procurando
focalizar os sentimentos de cada um, ao apresentar seu
colega e ao serem apresentados ao grupo.
83
TREI NAMENTO ASSERTI VO
Objetivo:
É um procedimento que tem como meta fazer com
que as pessoas se conduzam afirmativamente nos diferen-
tes momentos de sua existência.
Tamanho do grupo:
Qualquer tamanho.
Tempo exigido:
Uma hora.
Material utilizado:
Nenhum.
Ambiente físico:
Sala com cadeiras moveis, suficientemente ampla
para acomodar a todos.
Processo:
Os participantes são instados a sentarem-se em duplas,
um de frente para o outro. Pede-se então que sucessiva-
mente formulem um elogio ou transmitam qualquer outra
mensagem que gostariam de transmitir nesse momento
para a pessoa sentada em sua frente.
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Fechamento:
Quando todos tiverem terminado de falar, os facilita-
dores devem chamar a atenção para o conceito de assertivi-
dade e para as dificuldades que encontramos em assumí-la.
Devem ser enfatizados os vários componentes do compor-
tamento assertivo, tais como:
Olhar nos olhos;
Postura corporal;
Linguagem gestual;
Expressão facial;
Tonalidade e volume da voz;
Escolha do momento apropriado;
Uso do pronome “eu”.
A seguir, pede-se que todos repitam a tarefa, procu-
rando respeitar os itens acima assinalados.
Finalizando, os facilitadores devem fazer observações
sobre o comportamento de cada um dos participantes.
85
TÚNEL DO TEMPO
Objetivo:
Este jogo favorece ao indivíduo a atenção para a sua
sexualidade, que sempre estará presente em todos os mo-
mentos de sua vida, inclusive a profissional.
Tamanho do grupo:
Vinte a trinta pessoas. Exercício individual.
Tempo exigido:
10 minutos
Material necessário:
Nenhum.
Ambiente físico:
Sala de aula ampla, sem carteiras.
Processo:
Pede-se que os participantes se acomodem confor-
tavelmente, que procurem relaxar e que fechem os olhos.
O facilitador os conduz à uma viagem no túnel do tem-
po. Nessa viagem, irão até o útero de suas mães, para daí
começar uma lenta viagem de regresso aos nossos dias,
passando por todas as fases de desenvolvimento até a vida
86
adulta, registrando os fatos referentes a sua sexualidade.
Ao abrirem os olhos, o facilitador pede que os participan-
tes guardem para si o conteúdo da viagem. Este conteú-
do deverá estar sempre presente, para que o profissional
possa trabalhar a sexualidade do outro com maior tran-
qüilidade.
87
ABRI GO NUCLEAR
Objetivo:
Propiciar, através da vivência e da discussão, que os
participantes possam questionar valores e conceitos mo-
rais, bem como demonstrar a dificuldade de um exercício
de consenso quando esses valores estão em jogo.
Tempo exigido:
1 hora
Tamanho do grupo:
25 a 40 pessoas
Material utilizado:
Uma cópia do texto “Abrigo Nuclear” e uma folha
para anotações, para cada subgrupo.
Ambiente físico:
Sala ampla, que possa acomodar os participantes.
Processo:
1 – O grupo é dividido em três subgrupos, com o
mesmo número de pessoas.
2 – Distribui-se para cada subgrupo uma cópia do tex-
to “Abrigo Nuclear” e uma folha em branco para anota-
88
ções. O facilitador deve ler em voz alta a atividade, pedin-
do que todos acompanhem a leitura e esclarecendo even-
tuais dúvidas. É importante que seja enfatizado que cada
subgrupo deve discutir as propostas e entre em consenso.
Os subgrupos terão 20 minutos para terminar esta etapa, e
devem eleger um representante.
3 – Abre-se um círculo e os representantes de cada
subgrupo verbalizam a posição de consenso do subgrupo.
É importante que se frise que, quando o representante
estiver falando, os outros participantes do subgrupo não
podem emitir opiniões, nem a favor nem contra.
4 – Depois de todos os subgrupos exporem suas opi-
niões, todos poderão concordar ou discordar das escolhas
feitas. O facilitador deve estimular os participantes a dis-
cutir a respeito dos aspectos morais envolvidos.
89
• Uma prostituta de 43 anos.
• Um psicopata de 35 anos e sua esposa de 31 anos,
que aceita ir para o abrigo apenas se seu marido for
junto.
• Uma mulher de 26 anos, que havia feito voto de
castidade.
• Um rapaz de 27 anos, impotente primário.
• Um rapaz de 18 anos, que já havia tentado por duas
vezes o suicídio.
90
SACO TÁTI L
Objetivo:
Fazer com que os participantes lidem com o desco-
nhecido, a surpresa e o inesperado.
Tamanho do grupo:
20 a 30 participantes
Tempo necessário:
60 minutos
Ambiente físico:
Sala ampla
Material necessário:
Um saco plástico preto e aproximadamente 30 obje-
tos difíceis de serem identificados pelo tato.
Processo:
O facilitador passa o saco preto com os objetos para
que cada participante nele introduza a mão e tente, em 15
segundos, identificar pelo tato o maior número possível
de objetos, sem se manifestar. Após terminado seu tempo,
cada participante deve anotar num papel, que manterá
guardado, os nomes dos objetos que conseguiu identifi-
91
car. Depois que todos tiverem examinado o saco pelo tato,
ele será aberto e os objetos mostrados a todos, um a um.
Fechamento:
O facilitador deve discutir os aspectos do novo e a
coragem de explorar uma situação desconhecida. O gru-
po deve discutir como a mudança de perspectiva altera a
percepção, e como é difícil demonstrar ou lidar com qual-
quer coisa, sem que dela se tenha conhecimento prévio.
92
DI NÂMI CA DA ELEI ÇÃO
Objetivos:
Discutir os processos decisórios inerentes à toda e qual-
quer atividade humana. Mostrar as dificuldades usuais para
expressão não verbal.
Tamanho do grupo:
Qualquer.
Tempo exigido:
De uma hora a uma hora e meia.
Material necessário:
Nenhum.
Ambiente físico:
Sala ampla.
Aquecimento:
O grupo deve ser subdividido em quatro, através
da escolha de papéis de cor branca, preta, rosa ou azul.
Depois, os subgrupos rosa e azul, e branco e preto, serão
reunidos e será pedido a eles que discutam sobre os meca-
nismos e os prós e contras de eleições diretas e indiretas.
Após uma breve discussão, cada um dos dois grupos for-
93
mados deverá eleger através do sistema que concluiu ser o
melhor ( eleição direta ou indireta) três representantes,
que cada grupo acredite serem os que se expressam me-
lhor de forma não verbal.
Feito isso, pede-se que os participantes escolham o
nome de três filmes. Os representantes de cada grupo irão
até o grupo oposto, onde lhes será informado o nome do
filme que cada um irá representar para seu próprio grupo.
O tempo de cada uma para essa representação será
de um minuto e meio.
Fechamento:
O facilitador deverá pontuar para o grupo as diferen-
ças de interpretação emergidas, tanto quanto às expres-
sões não verbais quanto aos temas que se referem a con-
ceitos pessoais. Deve ainda ser ressaltada a não existência
de certo ou errado, mas sim de vivências e interpretações
individuais.
94
BI BLI OGRAFI A RECOMENDADA
95
Nelson Vitiello é médico, f o r m a d o pela Faculdade de
Medicina da Pontífica Universidade Católica de São
Paulo, especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela
Federação Brasileira da Sociedades de Ginecologia e
Obstetrícia (FEBRASGO). É Doutor em Medicina pela
USP e, atualmente, exerce as funções de Professor
Assistente Doutor na Disciplina de Ginecologia e
Obstetrícia do Departamento de Saúde Materno Infantil
da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André,
São Paulo.
É especialista no atendimento a adolescentes, com
Curso de Especialização feíto no Centro de Atención a
Adolescência (CORA), no México. Tem Título de
Especialista em Educação Sexual concedido pela
Federación Latinoamericana de Sociedades de
Sexologia y Educación Sexual (FLASSES).
Desde maio de 1993 é o Presidente da Sociedade
Brasileira de Sexualidade Humana (SBRASH).
É autor, co-autor ou editor de 17 livros e de mais de uma
centena de trabalhos publicados em revista nacionais e
internacionais, muitos dos quais sobre adolescência,
sexualidade e educação sexual.
Desde 1993 é o Coordenador dos Cursos de Pós-
Graduação Lato sensu em Educação Sexual,
promovidos pela Sociedade Brasileira de Sexualidade
Humana e pela Câmara de Pós-Graduação da Faculdade
de Medicina do ABC.